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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CURSO DE PSICOLOGIA ESTÁGIO BÁSICO DO NÚCLEO COMUM RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO Disciplina Psicologia do Cotidiano Nome: Ashiley Cristina Farias De Oliveira RA: F043878 Turma/semestre: 5° semestre Sala: 319 Campus: Tatuapé Professor: Adonis Tomé Data da observação: 08/05/2021 Período: 13:20 às 15:20 Local: Ponto de ônibus Sentada no ponto de ônibus dou de cara com cachorro caramelo muito simpático. Ele se senta ao meu lado e permanece pelos próximos cinco minutos. Aparentemente ele será meu companheiro nessa observação. Passado uns quinze minutos uma mulher se senta ao meu lado. E depois uma senhorinha com uma bolsinha preta se sentou no outro lado. Aos poucos o ponto foi se enchendo e foi ficando mais apertado o assento. A maioria das pessoas estavam no celular, e só uma menina estava lendo. Eu gostaria muito de saber o que ela estava lendo, mas o livro estava apoiado na mochila dela que estava no colo. Ela aparentava ter entre dezessete ou dezoito anos. Usava óculos e tinha cabelo cacheado preto bem cheio que parecia ser muito macio. Mas fora ela e a senhorinha, todos estavam no celular. Eu percebi que o intervalo dos ônibus variava de vinte minutos até meia hora. E as vezes até meia hora, deixando todo mundo muito irritado. O dia estava meio nublado, mas com um calorzinho agradável, por isso quase todas as pessoas que passavam pelo ponto usavam casacos leves. O ponto de ônibus era de frente pra outro – o que me possibilitava a melhor visualização de pessoas diversas. O teto do ponto era de cimento assim como o ponto. E a cor era vermelha de um e amarela de outro. Tinha alguns desenhos também que passavam para o muro que estava atras do ponto. Tinha uma espécie de “garagem” entre os pontos onde os ônibus paravam para as pessoas embarcarem. Achei bem diferente. Passado algum tempo, a conversa de duas mulheres que estavam perto de mim me chamou a atenção: elas estavam falando sobre suas rotinas pesadas. Uma delas era universitária e trabalhava em uma multinacional meio-período. Depois ainda chegava em casa e ajudava sua avó com os afazeres domésticos, preparava uma marmita e dormia pra recomeçar. A outra tinha uma rotina puxada no hospital – pelas suas roupas eu julgava que ela fosse uma enfermeira. Me recordo de como a escala 12x36 era muito puxada. Mas a o que me chamou mesmo atenção foi os relatos da mulher sobre os casos de covid 19. “ Macas lotadas, UTIS sem alta... as coisas estão muito ruins. E não vejo previsão de melhora tão cedo “ O ônibus das duas chega, elas se despedem e embaraçam. Essa foi a observação que terminou com o gosto mais amargo.
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