Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DISPLASIA BRONCOPULMONAR Discentes: Caio Erick; José Edson; Vanessa Macena CONTEXTO Histórico da Definição 50 anos depois: a definição evoluiu consideravelmente. 1967 Doença pulmonar crônica do recém-nascido – SDR (Northway). 1975 Insuficiência respiratória crônica da prematuridade (Klaus, et al.). 1979 Antecedente de doença aguda ao nascer, com uso de VM no primeiros dias e necessidade de O2 (Bancalari). 1988 Atenção para os riscos de pneumopatias crônicas e prognóstico relacionado ao O2 suplementar acima de 36 semanas de IG (Shennan). 2000 DBP considerada em neonatos dependentes de O2 acima de 21% por um período ≥ a 28 dias (Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano). 2016 Desafio fisiológico de retirada de oxigênio suplementar para testar a necessidade de oxigênio em 36 semanas PMA (NICHD). CONTEXTO Etiologia e Fatores de Risco Multifatorial Gasto energético elevado; Problemas alimentares; Limitação minero-nutricionais; Efeito anorexiante da inflamação sistémica; Hipoxemia. Fatores de Risco Prematuridade; Retardo do crescimento intrauterino; Extremo baixo peso; Sexo masculino; História familiar de asma; Ausência de corticoide antenatal; Asfixia perinatal; Corioamnionite; Fumo materno. DESENVOLVIMENTO PULMONAR Formação da Arvore Brônquica; Desenvolvimento do Parênquima Pulmonar; Formação da Pleura. FISIOPATOLOGIA Eventos pré-natais Genética Corticoide Eventos pós-natal VM invasiva Má nutrição Exposição à citocina Prematuridade Deficiência de surfactante Corioamnionite Sepse PCA FISIOPATOLOGIA Resposta Inflamatória Aumento da permeabilidade capilar com diapedese de células de defesa, podendo lesionar também o epitélio respiratório. Com isso, resulta em lesão do parênquima pulmonar. Por consequência da lesão pulmonar, ocorre uma cascata inflamatória onde há liberação de citocinas inflamatórias, na qual, sua resposta depende de fatores genéticos de cada individuo. Imaturidade do pulmão proporciona suscetibilidade ao individuo, devido a pequena quantidade de colágeno, elastina e menor CRF, além da produção escassa de surfactante pulmonar. Por esse motivo a VM pode ocasionar resposta inflamatória com ativação de fagócitos na circulação com a liberação de linfócitos T CD4 e CD8 produzindo mediadores inflamatórios. FISIOPATOLOGIA Processo Reparatório e Cicatricial Ativação dos fibroblastos, produção de colágeno e modificação celular com metaplasia. Isso explica o porque da fibrose pulmonar e diminuição do tecido epitelial ciliado, podendo assim, causar deficiência na depuração mucociliar e maior fragilidade do sistema de defesa. FISIOPATOLOGIA DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO Principal forma de diagnosticar é por meio de manifestações clínicas e exames de imagem Avaliação Clínica Específica e ampla, onde irá abordar tópicos como: antecedentes familiares, fatores ambientais, imunoprofilaxia, alimentação, sintomas respiratórios, intercorrências, revisão terapêutica e uso de medicações, se utiliza equipamentos em domicilio, bem como oxigenoterapia, ventilação mecânica, e por fim, exame físico completo. DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO ≠ Classificação da gravidade Exame radiológico ACHADOS RADIOLÓGICOS Hiperinsuflação nos dois pulmões e opacidades pulmonares reticulares (fig. 1) Opacidades e aeração pulmonar por consequência da fibrose (fig. 2) Pode-se observar também cardiomegalia Fig. 1 Fig. 2 QUADRO CLÍNICO Taquipneia Retração da caixa torácica Edema pulmonar Hipoxemia Broncoespasmo Infecções e atelectasia Hipertensão pulmonar Cor pulmonale EPIDEMIOLOGIA Em RNs prematuros extremos (<1000 gramas) a incidência de DBP é em aproximadamente 30%. DBP é infrequente em RN >1200 gramas e/ou > 30 semanas de gestação. Incidência de Displasia Broncopulmonar Incidência de Displasia Broncopulmonar IG < 32 semanas 26 a 28 semanas 28 a 30 semanas 0.16 0.44 0.21 IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE DO BEBÊ Causa importante de doença respiratória em RN pré-termo (RNPT) que resulta em morbi-mortalidade significativa; Associada a pior desenvolvimento neuropsicomotor; Reinternações frequentes. IMPORTANTE PREVENIR E TRATAR AS COMORBIDADES ASSOCIADAS À DISPLASIA BRONCOPULMONAR PARA POTENCIALIZAR A QUALIDADE DE VIDA DO BEBÊ PREVENÇÃO Comprovado Manter suporte nutricional adequado; Administração de cafeína; Administração de corticoides. Desenvolvimento da cascata inflamatória Não comprovado Administração precoce de surfactante; Uso cauteloso de O2; Utilização de CPAP nasal; VM protetora; Antioxidantes exógenos; Restrição hídrica; Óxido nítrico inalado; Eritromicina. PREVENÇÃO Prevenção de lesão oxidativa; Fornecimento de fator de crescimento; Vitamina A; Ventilação oscilatória de alta frequência; Dexametasona pós-natal; Hidrocortisona pós-natal; Tensoativo pós-natal; Tentar melhorar as condições gestacionais para evitar nascimento de bebês prematuros. Evitar agravos da DBP TRATAMENTO Objetivos Melhorar os sintomas respiratórios; Garantir bom crescimento e desenvolvimento; Prevenir e tratar precocemente as intercorrências infecciosas; Controlar a função pulmonar; Utilizar medicamentos com doses mínimas e evitar efeitos colaterais; Evitar hospitalizações e monitorar o uso de oxigênio domiciliar. TRATAMENTO Oxigenoterapia Broncodilatadores Corticosteroides Diuréticos Fenoterol, salbutamol e terbutalina Esteroides TRATAMENTO Fisioterapia Remoção de secreção; Estimulação precoce; Alongamentos da musculatura acessória e reequilíbrio de forças torácicas e abdominais. Objetivos TRATAMENTO Fisioterapia Condutas AFE ELpr Tosse provocada e vibração RTA VNI CPAP Hood Atividade física TRATAMENTO EDUCAÇÃO EM SAÚDE ASSITÊNCIA VOLTADA PARA HUMANIZAÇÃO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA RESUMO REFERÊNCIAS ABMAN, Steven H., et al. Interdisciplinary Care of Children with Severe Bronchopulmonary Dysplasia. Jornal de Pediatria, [S.I], 2017, p. 1-36. BANCALARI, Eduardo; JAIN, Deepak. Bronchopulmonary Dysplasia: 50 Years after the Original Description. Neonatology, [S.I], 2019, p. 384-391. COSTA, Patrícia F. B. M. Displasia Broncopulmonar. Revista Pulmão, Rio de Janeiro, v. 22, n. 3, p. 37-42, 2013. Displasia Broncopulmonar - Seguimento após a alta da UCIN. 2018. 21p. Sociedade Portuguesa de Neonatologia. HIGGINS, Rosemary D., et al. Bronchopulmonary Dysplasia: Executive Summary of a Workshop. Jornal de Pediatria, 2018, p. 300-308. LIMA, Marcela Raquel de Oliveira. Influência de Fatores Maternos e Neonatais no Desenvolvimento da Displasia Broncopulmonar. Revista da Associação Médica Brasileira, [S.I], v. 57, n. 4, p. 398-403, 2011. MELLUZZI, M. Doro, et al. A Importância da Fisioterapia no Tratamento da Displasia Broncopulmonar. Brazilian Journal of Development, Curitiba (PR), v. 6, n. 12, p. 100853-100863, 2020. MESTRE, Natalia Morales. Physical Activity Program Improves Functional Exercise Capacity and Flexibility in Extremely Preterm Children With Bronchopulmonary Dysplasia Aged 4–6 Years: A Randomized Controlled Trial. Arch Bronconeumol, [S.I], v. 54, n. 12, p. 607-613, 2018. PISCOYA, Maria D. B. de Vasconcelos, et al. Displasia Broncopulmonar - Definição, Fisiopatologia e Tratamento: Revisão da Literatura, Revista Inova Saúde, Criciúma (SC), v. 6, n. 1, p. 93-106, 2017. VALERIO, Giselle; GARDENGHI, Giulliano. Atualização em Displasia Broncopulmonar. Revista Eletrônica Saúde e Ciência, [S.I], v. 6, n. 1, p. 45-53, 2016. AGRADECEMOS PELA ATENÇÃO!
Compartilhar