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USO DE ALGEMAS E CRIMINALIDADE ORGANIZADA

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USO DE ALGEMAS E CRIMINALIDADE ORGANIZADA 
Prof.ª Fernanda Herbella Maia 
 
ETIMOLOGIA 
Algemas → vêm do árabe e significa pulseiras. 
Pode ter suas variações: ferros, cadeias, grilhões. 
 
ORIGEM 
A constrição das mãos não é algo novo, possui origem desde a mesopotâmia, 
cultura pré-incaica, bíblia e mitologia (grega/romana). 
Eram utilizadas como forma de castigo, pena, sanção, suplício. 
Hoje são para neutralizar a força quando extremamente necessário. 
 
ESPÉCIES 
EVOLUÇÃO 
Eram utilizados materiais anteriores ao metal, como tripa de carneiro, cordas, 
etc. 
Geralmente eram fixas na parede, pela utilização como pena. 
Modelo de 3/8 → formato rígido, se a pessoa tivesse a mão gorda, machucava, 
se fosse magra, escapava. 
Outros modelos: barra de ferro, formato de u (borboletas), sem catraca, 
ajustáveis, trava, plástica (mais baratas, leves. Normalmente utilizadas por 
países como EUA), nylon (modelo novo, normalmente utilizado por países 
europeus). 
 
HISTÓRICO LEGISLATIVO 
1821 → Decreto do Príncipe 
1830 → Código do Império 
Penas de galés: o condenado era colocado em um barco algemado com as mãos 
para trás e solto em alto mar. Se conseguisse se salvar, teria cumprido sua pena, 
senão, morreria. 
(reformas mantiveram – mulheres e idosos excluídos). 
1871 → Houve uma reforma, a qual era permitida somente quando plenamente 
justificado. 
1881 → Confirmada abolição pela CF. 
1890 → Abolido do sistema por Decreto. 
 
LEGISLAÇÃO ATUAL 
O anteprojeto do Código Penal previa a palavra algemas, porém foi aprovado 
sem mencionar expressamente em 1940. 
Art. 284 → Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no 
caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso. 
Art. 292 → Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em 
flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas 
que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para 
vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas 
testemunhas. 
 
CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONARIOS RESPONSÁVEIS PELA 
APLICAÇÃO DA LEI – ONU 1979 
Art. 3º → Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei só podem 
empregar a força quando tal se afigure estritamente necessário e na medida 
exigida para o cumprimento do seu dever. 
“força” lê-se algemas. 
 
PODER DE POLÍCIA 
Art. 78, CTN. → Considera-se poder de polícia atividade da administração 
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a 
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente 
à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do 
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do poder público, à tranquilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
→ O uso de algemas é para salvaguardar a segurança e respeito aos direitos 
individuais ou coletivos. Não podemos nunca desrespeitar os direitos 
fundamentais do preso, mas também deve-se salvaguardar os direitos 
fundamentais da sociedade, e daqueles que podem estar em risco diante de um 
grande criminoso por perto. 
 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
Art. 478, → Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, 
fazer referências: 
I - À decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a 
acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade 
que ou prejudiquem o acusado. 
→ Artigo alterado pela reforma do CPP de 2008, a qual trouxe diversas 
alterações no procedimento do Júri. 
A primeira vez que a palavra literal algemas veio ao CPP e voltou à uma 
legislação federal. 
Logo, se as algemas foram ou não colocadas no réu, isso não poderá ser trazido 
em debates. Como por exemplo, a defesa não pode alegar que o réu está sem 
algemas porque não trás perigo à sociedade, bem como não pode o MP alegar 
que o réu está as utilizando por ser perigoso, trazer perigo ao julgamento. 
§3º → Não se permitirá o uso de algemas no acusado durante o período em que 
permanecer no plenário do júri, salvo se absolutamente necessário à ordem dos 
trabalhos, à segurança das testemunhas ou à garantia da integridade física dos 
presentes. 
→ O uso de algemas é de modo excepcional. 
 
RESOLUÇÃO 213 – CNJ (15/12/2015) – AUDIÊNCIAS DE CUSTÓDIA 
Art. 8º → Na audiência de custódia, a autoridade judicial entrevistará a pessoa 
presa em flagrante, devendo: 
II – assegurar que a pessoa presa não esteja algemada, salvo em casos de 
resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria 
ou alheia, devendo a excepcionalidade ser justificada por escrito. 
→ A algema pode ser utilizada na audiência de custódia como forma excepcional 
e burocrática. 
 
Protocolo de como os juízes deverão proceder na oitiva dos presos na 
custódia. 
 
→ Exemplo: Justificativa de uso de algemas da custódia de Gledson Pablo Dos 
Santos Caires, Walter Pereira Júnior, Tailan Miranda Dos Santos e Leonardo Da 
Silva Santana (procurar no e-saj). 
 
 
 
STJ EDIÇÃO 120 – JURISPRUDÊNCIA EM TESES – PRISÃO EM 
FLAGRANTE – MARÇO DE 2019. 
9) Não há nulidade da audiência de custódia por suposta violação da Súmula 
Vinculante nº 11 do STF, quando devidamente justificada a necessidade do uso 
de algemas do segregado. 
 
LEGISLAÇÃO PERTINENTE 
Busca pessoal → É um dispositivo permitido pela legislação, presente no CPP, 
sempre que houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de 
produtos ilícitos. 
Nos EUA, há como procedimento obrigatório algemar o detido para que se 
proceda com total segurança a ele e ao policial a sua busca pessoal. 
No Brasil, se for justificada sua necessidade, poderá ser utilizada, sempre de 
modo proporcional e necessário. 
 
Condução coercitiva 
Previsão na 9.099/95, ECA, e LAA, bem como ADPF. 
Por ora, a polícia há de ter bastante cautela nas conduções, diante dos 
proibitivos jurídicos existentes e em discussão no momento. 
 
CPPM 
Há previsão expressa acerca do uso de algemas, bem como rol taxativo de 
pessoas que nunca podem ser algemadas, como, por exemplo, juízes. 
 
Lei de Segurança de Água e Ar – Código Náutico e Código da Marinha 
Ambos os Códigos mencionam a contenção das mãos como forma a garantir a 
segurança de todos que estejam a bordo de aeronaves ou a bordo de 
embarcações. 
Ex: pessoa turbulenta quer abrir a porta. Nesse caso, comandante pode 
determinar que a pessoa seja contida/algemada p/ a devida segurança de todos. 
O Código da Marinha ainda permite que a pessoa possa ser contida para, 
inclusive, proteção da carga. 
 
MONITORAÇÃO ELETRÔNICA 
Resolução SAP → LEP. 
Tornozeleiras Eletrônicas. Polêmico. A SAP emitiu uma resolução que trazia a 
possibilidade da monitoração eletrônica dos presos por intermédio de 
tornozeleiras/algemas eletrônicas. Houveram muitas ADI’s pq a algema 
eletrônica iria muito além de uma simples disciplina de uma organização 
penitenciária. Tal resolução foi revogada, porém seu texto foi utilizado como 
proposta de alteração da LEP, ipsis litteris. 
Lei 12.403/11 – Medidas Cautelares (art. 319, IX, CPP) 
→ A monitoração eletrônica é uma das medidas cautelares. 
 
LEP – LEI 7.210/84 
Art. 199 → O emprego de algemas será disciplinado por decreto federal. 
 
DECRETO Nº 8.858/2016 – REGULAMENTA O ARTIGO 199 DA LEP 
Art. 2º → É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e 
de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, 
causado pelo preso ou por terceiros, justificada a sua excepcionalidade por 
escrito. 
 
RESOLUÇÃO SAP 26/01 – RDD – LEP 
V – permanecer sem algemas, no curso das visitas. 
O RDD nasceu através de uma resolução da SAP em 2001, e da mesma forma 
a resolução recebeu várias ADI’s, por ser assunto que se deva tratar através de 
Lei Federal, sendo posteriormente introduzido na LEP. 
Os presos do RDD – Regime DisciplinarDiferenciado – utilizam algemas em 
todas as saídas da cela, entretanto, podem permanecer sem algemas durante 
as visitas. 
 
ECA 
→ Não há menção expressa da possibilidade ou menção do uso de algemas em 
menores, apenas a possibilidade de colocar o menor em compartimento fechado 
de viatura para transporte. 
 
DECRETO ESTADUAL PAULISTA 19.903/50 
Confirmado pela Resolução SSP 41/83 (o decreto ainda está em vigor). 
Possibilita que pessoas possam ser algemadas se tiverem expondo multidões a 
perigo, como por exemplo, pessoas alcoolizadas. 
 
PORTARIA DGP 10/10 
As unidades policiais tem que manter em suas dependências um livro obrigatório 
para especificar o uso de algemas. 
 
LOP – LEI ORGÂNICA DA POLÍCIA 
Art. 132 – O Estado fornecerá aos policias civis carteira de identidade funcional, 
distintivo, algema, armamento, para o efetivo exercício de suas funções. 
Artigo alterado pela LC nº 1282/2016 
 
PORTARIA DGP 28/94 
Art. 2º → Em razão de estar permanentemente em serviço, o policial deve 
sempre portar arma e algemas. 
 
PORTARIA DGP 30/12 
Fixa normas visando o aprimoramento e boa execução dos serviços policiais. 
Art. 1º → são atribuições comuns a todas as carreiras policiais da polícia civil: 
a. Portar arma, distintivo e algemas. 
 
 
INSTITUTO MÉDICO LEGAL 
→ Exame de corpo de delito ad cautelam nos presos antes da audiência de 
custódia ou para ingresso no sistema penitenciário. 
Portaria do Diretor Técnico de Departamento de 31/12/2014 
1.2.6.3. Durante a realização do exame médico legal de custodiado, no 
IML, o periciando não poderá estar acompanhado de escolta nem 
algemado, salvo nos casos em que a segurança do perito esteja 
em risco. 
 
REGRAS MÍNIMAS PARA TRATAMENTO DE PRESOS 
Regra humanitária a qual o Brasil é signatário. 
33. A sujeição a instrumentos tais como algemas, correntes, ferros e coletes de 
força, nunca deve ser aplicada como sanção. Mais ainda, correntes e ferros não 
devem ser usados como instrumentos de coação. 
 
As algemas podem, de maneira excepcional, serem utilizadas como: 
a. Medida de precaução contra uma evasão durante uma transferência; 
b. Por razões médicas sob indicação do médico; 
c. Por ordem do diretor, depois de se os outros meios de dominar o recluso, 
a fim de impedi-lo de causar prejuízo a si próprio ou a outros ou de causar 
estrago de materiais. 
 
TRATAMENTO DE MULHERES PRESAS 
Regras de Bangkok (Resolução nº 2010/16 de 22/07/2010) → Trouxe no 
regramento a instrução a mulheres no período gestacional, sendo um 
instrumento de direitos humanos, regra humanitária. O Brasil é signatário dessa 
resolução da ONU. 
INSTRUMENTOS DE CONTENÇÃO 
(complementa as regras 33 e 34 das regras mínimas para o tratamento de 
reclusos) 
Regra 24 – Instrumentos de contenção jamais deverão ser usados em mulheres 
em trabalho de parto, durante o parto e nem no período imediatamente posterior. 
 
 
DECRETO ESTADUAL 57.783/12 
Art. 1º - Fica vedado, sob pena de responsabilidade, o uso de algemas durante 
o trabalho de parto da presa e no subsequente período de sua internação em 
estabelecimento de saúde. 
Parágrafo único - As eventuais situações de perigo a integridade física da própria 
presa ou de terceiros deverão ser abordadas mediante meios de contenção não 
coercitivos, a critério da respectiva equipe médica. 
→ Este decreto dilata o período de não utilização das algemas, eis que As 
Regras de Bangkok preveem a desnecessidade do uso em período 
imediatamente posterior ao parto, enquanto o decreto abrange o período de 
internação da presa, caso, por exemplo, esta tenha problemas no parto. 
 
RESOLUÇÃO CONJUNTA SS/SJDC/SSP/SAP Nº 1 de 27/02/12 
Regulamentou o decreto estadual 57.783/12. 
Dilatou também o período de não contenção para até 30 dias após o parto. 
Art. 1º - Fica vedado, sob pena de responsabilidade, o uso de algemas em presa 
gestante, desde o comprovado conhecimento do estado de gravidez pela 
administração, e no período de até 30 dias após o parto, salvo se demonstrar 
inexistência de outros meios menos gravosos de contenção, nas seguintes 
hipóteses(...) 
 
CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA 
Resolução nº 3 de 1/06/2012. 
Art. 1º Recomendar que não sejam utilizadas algemas ou outros meios de 
contenção em presos que sejam conduzidos ou permaneçam em unidades 
hospitalares, salvo se restar demonstrado a necessidade de sua utilização por 
razões de segurança, ou para evitar uma fuga, ou frustrar uma resistência. 
Parágrafo único – A autoridade deverá optar, primeiramente, por meios de 
contenção menos aflitivos do que as algemas. 
→ É uma recomendação, não tem tipo punitivo. 
A decisão é da autoridade e não do médico. 
 
 
 
Há a ampliação, não só havendo a preocupação com mulheres, parturientes, 
mas também para qualquer intervenção cirúrgica também com o preso homem. 
 
DECRETO 8.858/2016 
Regulamentou o artigo 199 da LEP. 
Art. 3º É vedado o emprego de algemas em mulheres presas em qualquer 
unidade do sistema penitenciário nacional durante o trabalho de parto, no 
trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar e 
após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada. 
→ Pequena ampliação para período hospitalar. Destina-se a presos definitivos e 
provisórios. 
 
LEI Nº 13.434/2017 
Acrescentou o p.u. no artigo 292 do CPP 
Art. 292(...) 
p.u. – É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-
hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de 
parto, bem como em mulheres durante o período de puerpério imediato (NR). 
SÚMULA VINCULANTE 11 – STF 
→ Surgiu em 2008 pelo caso de um pedreiro julgado no tribunal do júri de 
Laranjal Paulista que permaneceu algemado no julgamento, a qual o advogado 
ao interpor HC, alegou cerceamento na ampla defesa, pois aos olhos dos juízes 
leigos, por estar algemado, poderia ser visto como culpado. Júri foi anulado. E 
Supremo editou a súmula, por unanimidade. 
SUM. 11 – Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado 
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do 
preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de 
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado. 
 
USO DE ALGEMAS E ORG. CRIM. 
→ Na legislação atual, não há distinção entre crimes, ou presos com/sem 
antecedentes criminais para justificar o uso de algemas. 
Há de ser feito a balização na Súmula, como perigo e fundado receio de fuga. 
O STF já declarou que não houve mudança substantiva no contexto econômico, 
cultural ou social do país que justificasse o cancelamento da Súmula Vinculante 
11, que só autoriza o uso de algemas em situações excepcionais. 
 
ONDE FUNDAMENTAR? 
Delegacia → BO, auto de prisão em flagrante, recibo, relatório do IP. 
Juiz → termos de audiência. 
 
Exemplo – Caso Concreto: 
 
 
 
LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE 
No projeto, havia a criação de crime próprio para policiais que utilizassem 
algemas sem fundamentação. 
Era uma infração de menor potencial lesivo. Veja-se: 
Art. 14. Submeter o preso ao uso de algema, ou outro objeto que lhe tolha a 
locomoção, sem justa causa e com o fim deliberado de constrangê-lo 
indevidamente ou provocar sua exposição vexatória. 
Pena – detenção de 6 meses a 2 anos e multa. 
(...) 
Art. 17. 
 
Os artigos foram vetados por este assunto já estar sumulado. 
 
 
Entretanto, há o artigo 13 da LAA a qual se pode relacionar o uso de algemas. 
Veja-se: 
Art. 13 – Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça 
ou redução de sua capacidade de resistência, a: 
I – exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública; 
II – submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em 
lei. 
 
EXEMPLO – AC 4352/DF. 
MinistraCarmen Lúcia “a exibição do preso algemado é uma decretação de pena 
de morte social”. 
PROBLEMÁTICAS RELACIONADAS AO USO DE ALGEMAS 
Direito à imagem, integridade física e tortura, produto controlado, dignidade da 
pessoa humana, abuso de autoridade e constrangimento ilegal.

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