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Fabiano Nagamatsu 
Economia do 
meio ambiente
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Jeane Passos de Souza – CRB 8a/6189)
Nagamatsu, Fabiano
 Economia do meio ambiente / Fabiano Nagamatsu. – São Paulo: 
Editora Senac São Paulo, 2018. – (Série Universitária)
	 Bibliografia.
 e-ISBN 978-85-396-2319-8 (ePub/2018)
 e-ISBN 978-85-396-2320-4 (PDF/2018)
 1. Ciências ambientais 2. Meio Ambiente 3. Economia I. Título. 
II. Série.
18-764s CDD-363.7
 BISAC BUS069000
 BUS099000
 NAT011000
Índice para catálogo sistemático
1. Ciências ambientais: Economia 363.7
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ECONOMIA DO 
MEIO AMBIENTE
Fabiano Nagamatsu
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo
Presidente do Conselho Regional
Abram Szajman
Diretor do Departamento Regional
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Superintendente Universitário e de Desenvolvimento
Luiz Carlos Dourado
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Lucila Mara Sbrana Sciotti 
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Jeane Passos de Souza (jpassos@sp.senac.br)
Coordenação Editorial/Prospecção
Luís Américo Tousi Botelho (luis.tbotelho@sp.senac.br) 
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Administrativo
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Comercial
Marcos Telmo da Costa (mtcosta@sp.senac.br)
Acompanhamento Pedagógico
Ana Claudia Neif Sanches Yasuraoka
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Revisão Técnica
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Coordenação de Preparação e Revisão de Texto
Luiza Elena Luchini
Preparação de Texto
Amanda Lassak
Revisão de Texto
AZ Design Arte e Cultura
Projeto Gráfico
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Emília Corrêa Abreu
Capa
Antonio Carlos De Angelis
Editoração Eletrônica
Sidney Foot Gomes
Ilustrações
Sidney Foot Gomes
Imagens
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Todos os direitos desta edição reservados à
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Sumário
Capítulo 1 
Noções básicas, conceito de 
economia e o problema de 
escassez, 9
1 Conceito de economia e os três 
problemas econômicos 
fundamentais, 10
2 Curva de possibilidade de 
produção, 12
3 Custo de oportunidade e 
deslocamento da curva de 
possiblidade de produção, 14
4 Fatores/recursos de produção e 
suas remunerações, 16
5 Bens	intermediários	e	bens	finais,	17
6 Divisão da teoria econômica, 18
Considerações	finais,	20
Referências, 22
Capítulo 2 
Escola do pensamento 
econômico, 23
1 Mercantilismo, 24
2 Fisiocracia, 26
3 Adam Smith, 27
4 John Maynard Keynes, 29
Considerações	finais,	30
Referências, 31
Capítulo 3 
Demanda e oferta. Equilíbrio de 
mercado, elasticidade, produção 
e custos, 33
1 Demanda ou procura de mercado, 34
2 Oferta de mercado, 36
3 Equilíbrio de mercado, 37
4 Elasticidade-preço da demanda 
(EPD), 38
5 Teoria da produção, 40
6 Custos de produção, 41
7 Maximização dos lucros, 43
8 Lucro normal e lucro 
extraordinário, 43
Considerações	finais,	45
Referências, 46
Capítulo 4 
Estrutura de mercado de bens 
e serviços e introdução à 
macroeconomia, 47
1 Monopólio, 48
2 Concorrência perfeita, 50
3 Concorrência monopolista, 51
4 Oligopólio: Conselho Administrativo 
de Direito Econômico (CADE), 53
5 Conceitos e metas de políticas 
macroeconômicas, 54
6 Instrumentos de política 
macroeconômica, 56
Considerações	finais,	57
Referências, 59
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aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
Capítulo 5 
Determinação da renda e do 
produto nacional e contabilidade 
nacional, 61
1 Oferta agregada, 62
2 Demanda agregada, 64
3 Equilíbrio no modelo keynesiano 
básico, 66
4 Produto Interno Bruto (PIB), 67
5 Investimento agregado e poupança 
agregada, 69
Considerações	finais,	72
Referências, 73
Capítulo 6 
Taxa de câmbio e política 
cambial, balanço de pagamentos 
e organismos financeiros 
internacionais, 75
1 Conceito de taxa de câmbio, 76
2 Mercado cambial, 77
3 Regimes cambiais, 78
4 Valorização e desvalorização 
cambial, 79
5 Conceito de balanço de pagamentos 
(BP), 80
6 Estrutura do balanço de 
pagamentos, 82
7 Ajuste no balanço de pagamentos, 86
8 Principais	organismos	financeiros	
internacionais, 87
Considerações	finais,	88
Referências, 89
Capítulo 7 
Inflação, 91
1 Definição	e	impacto	negativo	das	
altas	taxas	de	inflação,	92
2 Tipos	de	inflação,	95
3 Metas	de	inflação,	97
4 Como uma redução na taxa de juros 
(Selic) pode afetar o dia a dia, 98
Considerações	finais,	99
Referências, 100
Capítulo 8 
Moeda e crescimento e 
desenvolvimento econômico, 103
1 Conceito e evolução da moeda, 104
2 Funções da moeda, 106
3 Oferta de moeda, 107
4 A oferta monetária pelos bancos 
comerciais, 109
5 Conceitos de crescimento e 
desenvolvimento econômico, 110
6 Fatores de crescimento 
econômico, 111
Considerações	finais,	112
Referências, 113
Capítulo 9 
Banco Central, política monetária 
e política fiscal, 115
1 Funções do Banco Central, 116
2 Política monetária e instrumentos 
de política monetária, 117
3 Carga tributária, 121
4 Política	fiscal	e	orçamento	do	setor	
público, 123
5 Contas públicas: conceito primário e 
nominal, 125
6 Financiamento	do	déficit	público	e	 
a Lei de Responsabilidade Fiscal 
(LRF), 126
Considerações	finais,	131
Referências, 132
Capítulo 10 
Economia ambiental e economia 
ecológica, 135
1 O ambiental como característica 
econômica, 136
2 Conceitos ambientais, 138
3 Conceitos de economia 
ambiental, 140
4 Evolução da relação homem e meio 
ambiente, 141
5 Economia e economia ambiental, 143
6 Economia ecológica, 144
Considerações	finais,	147
Referências, 148
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Capítulo 11 
Economia dos recursos naturais 
e dos recursos naturais 
renováveis, 151
1 Dos estudos de Malthus à economia 
dos recursos naturais, 152
2 Classificação	dos	recursos	 
naturais, 153
3 A	classificação	de	McKelvey,	155
4 Recursos exauríveis: a regra de 
Hotelling, 157
5 Recursos renováveis e obtenção do 
ótimo econômico, 159
6 O desenvolvimento sustentável, 161
7 Gerenciamento sustentável de 
recursos naturais, 162
8 Modelos econômicos associados 
aos recursos renováveis, 163
9 O casoda pesca, 164
10 Modelo de gestão de pesca e 
capacidade de suporte, 165
Considerações	finais,	167
Referências, 169
Capítulo 12 
Economia da poluição: 
externalidades, 171
1 Externalidades, 172
2 Externalidades positivas, 173
3 Internalização dos custos de 
controle, 176
4 Externalidades de consumo, 179
5 Externalidades de produção, 180
6 Externalidades: causas e soluções, 181
Considerações	finais,	184
Referências, 185
Capítulo 13 
Poluidor-pagador sob a ótica da 
legislação, 187
1 Conceitos gerais e legais, 189
2 Soluções públicas, 192
3 Políticas ambientais, 194
4 Instrumentos de comando e 
controle, 196
5 Instrumentos de incentivo, 198
Considerações	finais,	200
Referências, 202
Capítulo 14 
Valoração de danos 
ambientais, 203
1 Bens econômicos e serviços 
ambientais, 204
2 Valoração do meio ambiente, 207
3 Objetos de valoração, 209
4 Tipos básicos de valoração do meio 
ambiente, 210
5 Métodos de valoração econômica 
ambiental, 212
Considerações	finais,	215
Referências, 216
Capítulo 15 
Valoração de danos ambientais: 
estudo de caso, 217
1 Mudanças ambientais no 
Pantanal, 218
2 Parque Nacional do Iguaçu, 220
3 Valoração econômica da 
biodiversidade: Mata Atlântica, 222
Considerações	finais,	225
Referências, 226
Capítulo 16 
Avaliação de custo-benefício, 229
1 Análise custo-benefício, 230
2 Custos e benefícios marginais, 233
3 Ajustes de tempos nos benefícios e 
os custos ambientais, 234
4 Comparações de custos e 
benefícios marginais, 237
5 Avaliação de custo-benefício, 238
6 Instalação de múltiplas 
indústrias, 241
Considerações	finais,	242
Referências, 244
Sobre o autor, 247
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
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ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
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aterial para uso exclusivo de aluno m
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partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
Capítulo 1
Noções básicas, 
conceito de 
economia e o 
problema de 
escassez 
Com as constantes mudanças no mundo empresarial devido à evo-
lução das novas tecnologias, do poder de compra dos consumidores 
e da alta exigência por qualidade e capacidade de resposta rápida às 
necessidades de consumo, gerando novas formatações de trabalho e 
especializações	 profissionais,	 torna-se	 fundamental	 ter	 conhecimento	
dos estudos de economia.
A relevância do estudo está atrelada ao conhecimento básico sobre 
os conceitos e os fatores econômicos de forma a auxiliar o cotidiano do 
gestor diante de um cenário de alta competitividade.
10 Economia do meio ambiente Ma
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O objetivo deste capítulo é explicitar o conceito de economia e o pro-
blema da escassez, introduzindo ideias essenciais para os estudos da 
ciência econômica e sua relação com o meio ambiente.
1 Conceito de economia e os três problemas 
econômicos fundamentais
1.1 Princípio da escassez e definição de economia
Para entender o conceito de economia, é importante primeiramente 
conhecer o princípio da escassez, que é a otimização de recursos es-
cassos	utilizando	recursos	alternativos	a	fim	de	gerar	competitividade.
Os recursos escassos são bens e serviços destinados à produção 
que	têm	o	objetivo	 de	agregar	 valor	 ao	produto	 final	e	atender	a	uma	
demanda. Logo, a escassez é a base para os estudos de economia, 
pois sua existência dá relevância aos dilemas (trade-offs1) econômicos, 
como	mostra	a	figura	1.
Figura 1 – Exemplo do princípio da escassez
(+) barato
( - ) conforto
Ônibus lotado
(+) conforto
( - ) barato
Ônibus com 
poucos passageiros
1		Ocorre	quando	há	um	conflito	de	escolha	em	que	se	deve	considerar	o	lado	bom	e	ruim	dentro	de	uma	
tomada de decisão. Por exemplo: oferecer produtos com facilidade de pagamento a prazo pode ser mais 
atraente ao consumidor e, consequentemente, resultar em mais vendas; por outro lado, também pode haver 
um risco de aumento da taxa de inadimplência.
11Noções básicas, conceito de economia e o problema de escassez 
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
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ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
Em outras palavras, Frank e Bernanke (2012) reforçam que o princí-
pio da escassez é popularmente conhecido pela expressão “Não existe 
almoço grátis”, pois enquanto o almoço oferecido a você pode vir gratui-
tamente, na verdade ele é pago por outra pessoa.
IMPORTANTE 
A economia estuda como a sociedade administra recursos escassos na 
produção de bens e serviços, distribuindo-os entre diferentes indivíduos 
(MOCHÓN, 2007).
 
Portanto, a economia é o estudo das decisões pessoais sob con-
dições de escassez e dos resultados inerentes às escolhas para a so-
ciedade. Vasconcellos e Garcia (2014) acrescentam ainda que se trata 
de uma ciência social que estuda como a sociedade gerencia recursos 
produtivos escassos.
Os	 autores	 também	 afirmam	 que	 o	 termo	 economia	 serve	 como	
base para outros estudos, como da própria ciência social e dos concei-
tos	de	escassez	(falta),	necessidades	(justificativa),	recursos,	produção,	
escolha (decisão) e distribuição.
Embora a visão da economia, em geral, se incline para modelos ma-
temáticos como ferramenta de análise, ela é considerada uma ciência 
social, pois busca explicar a relação do homem na sociedade enfatizan-
do a produção, o consumo e a troca de bens e serviços.
1.2 Problemas econômicos fundamentais 
Quando	 se	 envolvem	 as	 definições	 de	 produção,	 as	 necessidades	
limitadas	do	profissional	e	a	escassez	de	recursos,	formam-se	também	
os	problemas	econômicos	fundamentais,	definidos	no	quadro	1	a	seguir.
12 Economia do meio ambiente Ma
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Quadro 1– Problemas econômicos fundamentais
PROBLEMAS DEFINIÇÕES
O que e quanto 
produzir?
A partir da escassez de recursos na produção, existe a necessidade de 
escolher os produtos que serão produzidos e suas respectivas quantidades 
para atender a demanda.
Como produzir?
A sociedade escolhe os recursos para a produção de bens e serviços de 
acordo com a tecnologia existente; a concorrência acaba influenciando na 
forma que esses bens e serviços serão produzidos; os produtores escolhem 
o método mais eficiente e o que oferece o menor custo de produção.
Para quem produzir?
A sociedade define como cada membro irá participar da distribuição dos 
resultados de sua produção. 
Fonte: adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014).
Os problemas econômicos fundamentais são bases do mercado 
econômico, relacionando diferentes tipos de segmentos em uma ca-
deia produtiva. Vale ressaltarque esses problemas econômicos sempre 
estarão interligados com os trade-offs. 
2 Curva de possibilidade de produção
Depois de entender os problemas econômicos fundamentais, o pró-
ximo passo é entender a curva de possibilidade de produção, também 
conhecida como "fronteira de possibilidade de produção".
A	curva	de	possibilidade	de	produção	(CPP),	representada	por	gráfico,	
mostra a escassez das produções e a capacidade máxima produtiva de 
uma empresa, nação ou região (FRANK; BERNANKE, 2012).
Na CPP, é apresentado o potencial produtivo que a empresa dispõe 
em seu processo de produção. Para esclarecer esses conceitos, consi-
dere o exemplo a seguir. 
13Noções básicas, conceito de economia e o problema de escassez 
M
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atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
Imagine uma indústria que produz notebooks e celulares e tem as 
seguintes alternativas de produção (em milhares): 
• Alternativa A = 20 notebooks e 0 celular
• Alternativa B = 15 notebooks e 35 celulares
• Alternativa C = 10 notebooks e 52 celulares
• Alternativa D = 5 notebooks e 65 celulares 
• Alternativa E = 0 notebook e 75 celulares
Gráfico 1 – Curva de possibilidade de produção de notebooks e celulares
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0 5 10 15 20
20
10
30
0
40
60
50
80
70
notebooks
celulares
D
C
B
A
Nesse exemplo, pode-se considerar que as alternativas A e E repre-
sentam a fronteira de possibilidade de produção, enquanto as alternati-
vas B, C e D representam a capacidade de produção em conjunto, não 
mantendo ociosidade como nas alternativas A e E.
Para	obter	eficiência	na	produção,	é	necessário	buscar	a	hipótese	de	
pleno	emprego	de	recursos	produtivos,	o	que	significa	que	todos	os	recur-
sos (matérias-primas, tecnologias, mão de obra e maquinários) estarão 
sendo utilizados completamente, sem que haja ociosidade.
14 Economia do meio ambiente Ma
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3 Custo de oportunidade e deslocamento da 
curva de possiblidade de produção
3.1. Custo de oportunidade ou custo alternativo
O custo de oportunidade refere-se à transferência de recursos da 
produção de um bem ou serviço para a produção de outro bem ou ser-
viço, considerando o pleno emprego dos recursos utilizados (sem ocio-
sidade). Basicamente, trata-se de analisar quanto custa a oportunidade 
de alterar uma produção para outra dentro das alternativas da curva de 
possibilidade.
NA PRÁTICA 
Considere o exemplo do gráfico 1 e a mudança da produção de celulares 
de 35.000 (Alternativa B) para 52.000 (Alternativa C). 
Em termos de notebooks, o custo de oportunidade é 10.000, ou seja, 
10.000 notebooks são deixados de lado para produzir mais 17.000 
celulares.
 
Nesse	 exemplo,	 fica	 claro	 que	 o	 custo	 de	 oportunidade	 pode	 ser	
considerado	como	custo	alternativo,	em	que	se	sacrifica	uma	quantida-
de de produção para produzir outra. No entanto, quando se aumenta a 
transferência	de	produção,	o	custo	de	oportunidade	cresce	e	fica	mais	
oneroso, pois o grau de sacrifício também aumenta.
Isso se deve porque as produções não são totalmente especializa-
das para diferentes linhas de fabricação e, por isso, não são totalmente 
adaptáveis,	com	mão	de	obra	e	tecnologias	qualificadas.
15Noções básicas, conceito de economia e o problema de escassez 
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3.2 Deslocamento da curva de possibilidade de produção 
da economia
O deslocamento da curva de possibilidade de produção ocorre pelo 
aumento	 de	 fatores	 de	 produção,	 como	 eficiência	 produtiva,	 melhor	
aproveitamento	dos	recursos	existentes,	mão	de	obra	qualificada,	pro-
gresso dos fatores tecnológicos e investimentos em novas fábricas e 
equipamentos.
Esse deslocamento representa um crescimento econômico e pode 
ser visualizado pela trajetória da curva, que se move para cima e para 
frente,	como	mostra	o	gráfico	2.
Gráfico 2 – Crescimento econômico
E
0 5 10 15 20
20
10
30
0
40
60
50
80
70
notebooks
CPP nova
CPP atual
celulares
D
C
B
A
25
Note que a CPP nova (curva de possibilidade de produção nova) 
aumenta a produção tanto de notebooks quanto de celulares, represen-
tando o crescimento econômico. 
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4 Fatores/recursos de produção e suas 
remunerações
É importante entender que os fatores básicos de produção são com-
postos por terra, mão de obra e capital. As famílias e as empresas têm 
um	papel	duplo	no	fluxo	real	da	economia.	
Para Vasconcellos e Garcia (2014), no mercado de produtos e servi-
ços, as famílias demandam e as empresas oferecem. Já no mercado de 
fatores de produção, as famílias oferecem e as empresas demandam. A 
figura	2	ilustra	essa	relação.
4.1 Funcionamento de uma economia de mercado: fluxos 
reais e monetários
A	efetivação	do	fluxo	real	da	economia	ocorre	quando	há	a	presença	
da moeda para pagamento dos produtos e serviços e para a remunera-
ção dos serviços dos fatores de produção.
Figura 2 – Fluxo real da economia$
demanda Mercado de bens e serviços
Empresas
Mercado de fatores de produção
Famílias
$
oferta
$
oferta
$
demanda
Fonte: adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014, p. 9).
O	fluxo	monetário	(ou	fluxo	nominal)	ocorre	quando	as	unidades	pro-
dutoras (empresas) pagam os serviços das famílias. Os pagamentos 
17Noções básicas, conceito de economia e o problema de escassez 
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monetários	são	estabelecidos	por	meio	dos	preços	dos	serviços,	defi-
nidos como:
 • salário: remuneração aos proprietários pelo fornecimento da 
mão de obra.
 • taxa de juros: remuneração aos proprietários das empresas pelo 
investimento nos fatores de produção.
 • lucro: remuneração ao capital físico, patrimônio, equipamentos e 
maquinários. Considera também o pagamento de dividendos, ou 
seja, a lucratividade paga às famílias proprietárias das empresas 
produtivas. 
 • aluguel: renda da terra aos proprietários.
IMPORTANTE 
Fluxo real: disposição dos recursos produtivos das famílias (mão de 
obra/prestação de serviço) para as empresas e, por outro lado, as merca-
dorias (produtos e serviços) das empresas para as famílias. 
Fluxo monetário: representa o recurso financeiro no processo de fluxo 
real, remuneração da mão de obra (prestadora de serviços) e pagamen-
to dos produtos e serviços às empresas produtoras (CANO, 1998).
 
5 Bens intermediários e bens finais
Para	compreender	os	bens	intermediários	e	finais,	é	relevante	enten-
der a estrutura de bens de maneira geral. Em resumo, existem os bens 
de	capital,	os	bens	de	consumo	e	os	bens	intermediários	e	finais,	que	
vamos discutir com mais detalhes a seguir.
Os	bens	de	capital	são	ativos	fixos	das	empresas	utilizados	para	o	pro-
cesso produtivo, como maquinários,equipamentos e prédios. Já os bens 
de consumo são destinados às necessidades humanas e são divididos 
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em duráveis (veículos, geladeiras, máquina de lavar roupa) e não duráveis 
(alimentos, produtos de higiene e limpeza).
5.1 Bens intermediários
Os bens intermediários são transformados ou agregados na fabrica-
ção de outro produto e são totalmente utilizados no processo produtivo. 
Esses	bens	são	considerados	“meios”	para	se	chegar	ao	produto	final.	
Exemplos: insumos commodities, componentes e matérias-primas.
5.2 Bens finais
Os	 bens	 finais	 são	 os	 produtos	 finais	 prontos	 para	 comercialização	
(consumo	ou	utilização	final).	Neste	caso,	os	bens	de	capital	são	conside-
rados	bens	finais,	pois	estão	prontos	para	satisfazer	as	necessidades	na	
fabricação de outros produtos, não sendo consumidos como intermediá-
rios no processo produtivo. Exemplo: máquina de solda elétrica.
6 Divisão da teoria econômica
A economia possui três fases: 
• economia descritiva: visa mensurar e analisar os fatos econômi-
cos	de	maneira	superficial,	preparando	para	a	teoria	econômica.
• teoria econômica: busca reunir sistematicamente teorias e mo-
delos construídos com base nos princípios e leis da economia, jul-
gando,	de	forma	científica,	coerência,	consistência	e	objetividade.	
• política econômica: é a prática das teorias econômicas, um siste-
ma de valores e convicções que reforçam o discurso de um partido 
em relação à ordem institucional de um país, estado ou município.
19Noções básicas, conceito de economia e o problema de escassez 
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Considerando essas fases, a ciência econômica pode ser estudada 
em microeconomia e macroeconomia.
6.1 Microeconomia
A microeconomia estuda o comportamento dos personagens eco-
nômicos individuais, buscando entender o comportamento dos con-
sumidores, das empresas e suas produções, bem como a relação de 
custos. Seu foco é na determinação de preços dos bens e serviços e, 
por isso, também é conhecida como "teoria de formação de preços".
Por analisar sistematicamente a relação de troca entre os persona-
gens na economia, destacam-se algumas atividades como:
• o comportamento do consumidor e suas necessidades/desejos 
diante das restrições de rendas;
• o comportamento dos vendedores diante dos avanços tecnoló-
gicos e alterações de preços no mercado;
• as atitudes dos compradores em relação às alterações de preços 
e de rendas;
• a busca por maximização de lucros por parte das empresas;
• a estruturação de custos, a formação de preços e tipos de 
mercados;
• a competição dos mercados e o poder de monopólio.
6.2 Macroeconomia
A macroeconomia estuda o comportamento de todo o sistema 
econômico, tendo por foco o comportamento do sistema econômico 
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nacional:	produto	interno	bruto	(PIB),	inflação/deflação,	investimentos,	
aplicações, contas e balanços governamentais, índice de desenvolvi-
mento humano (IDH), entre outros. Analisa também:
 • o comportamento geral dos preços de segmentos da economia;
 • o orçamento, o sistema tributário, as despesas, as receitas e os 
investimentos públicos;
 • o nível de empregabilidade (ingresso e desemprego);
 • as transações de produtos e serviços quanto às questões de im-
portação e exportação;
 • a análise das taxas cambiais nominais.
Confira	 no	 quadro	 2	 as	 características	 principais	 da	 micro	 e	 da	
macroeconomia.
Quadro 2 – Características da micro e da macroeconomia
CARACTERÍSTICAS MICROECONOMIA MACROECONOMIA
Foco Individual Geral
Objetivo 
Analisar o comportamento das 
famílias e das empresas na relação 
com os fatores de produção.
Analisar o global da 
economia (visão sistêmica).
Variáveis 
fundamentais do 
estudo
Lei da oferta e procura, precificação, 
comportamento do consumidor, 
mercados competitivos, produção e 
processos das empresas.
Nível de produções gerais, 
pesquisa de preços, emprego 
versus desemprego, taxas de 
câmbio, inflação, juros.
Considerações finais
Neste capítulo, vimos que a economia estuda como a socieda-
de administra e distribui recursos escassos na produção de bens e 
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serviços. Também vimos que o princípio da escassez consiste na otimi-
zação de recursos escassos utilizando recursos alternativos e gerando 
competitividade.
Os recursos escassos são bens e serviços destinados à produção 
para	agregar	valor	ao	produto	final	e	atender	a	uma	demanda.	Por	isso,	
podemos dizer que a escassez é a base para os estudos de economia.
Os problemas centrais da economia estão embasados nos seguin-
tes questionamentos: O que e quanto produzir? Como produzir? Para 
quem produzir? Ao longo dessa discussão, constatamos que a curva 
de possibilidade de produção ocorre quando a empresa compara suas 
produções e seus fatores de produção, sendo, portanto, o potencial pro-
dutivo da empresa. 
Nesse sentido, o custo de oportunidade é a análise usada quando se 
decide alternar entre processos produtivos. Já o deslocamento da curva 
de possibilidade ocorre quando há uma mudança nos fatores de produ-
ção,	seja	por	progresso	tecnológico,	mão	de	obra	qualificada	ou	maior	
produtividade, o que certamente contribui para a melhoria da economia 
do país.
Quanto aos fatores de produção e suas remunerações, as relações 
de personagens (famílias e empresas) têm via de mão dupla. Para cada 
fluxo	foi	apresentado	o	tipo	de	remuneração:	os	fluxos	reais	consistem	
na interação entre famílias e empresas segundo seus interesses, e os 
fluxos	 monetários,	 que	 consistem	 na	 disponibilização	 de	 moedas	 de	
troca como remuneração pelos recursos produtivos. Os bens interme-
diários	e	finais	são	bens	do	processo	produtivo	e	produtos	acabados,	
respectivamente.
Por	fim,	vimos	que	a	microeconomia	estuda	o	comportamento	dos	
personagens econômicos individuais e a macroeconomia estuda o 
comportamento de todo o sistema econômico global.
22 Economia do meio ambiente Ma
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Referências
CANO, Wilson. Introdução à economia: uma abordagem crítica. São Paulo: 
Editora Unesp, 1998.
FRANK, Robert H.; BERNANKE, Ben. Princípios de economia. Tradução: Heloisa 
Fontoura e Monica Stefani. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
MOCHÓN, Francisco. Princípios de economia. Tradução: Thelma Guimarães. 
Revisão técnica de Rogério Mori. São Paulo: Pearson Prentice Hall,2007.
SOUZA, Nali de Jesus de. Curso de economia. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; GARCIA, Manuel Enriquez. 
Fundamentos da economia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
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Capítulo 2
Escola do 
pensamento 
econômico
Depois de estudar os princípios da economia, é importante compre­
ender o surgimento das escolas do pensamento econômico que servi­
ram de base para o avanço das teorias econômicas atuais. 
Para Vasconcellos e Garcia (2014), as teorias econômicas se origi­
naram no período antes de Cristo, tendo Aristóteles, Platão e Xenofonte 
como principais referências. Contudo, há um consenso de que a teoria 
econômica mais estruturada teve seu início com os fisiocratas e princi­
palmente com a obra A riqueza das nações, de Adam Smith.
Neste capítulo, serão apresentadas as principais escolas do pen­
samento econômico e suas características, idealizadores, contrapon­
tos e influências no mercado atual. Para isso, vamos discorrer sobre o 
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mercantilismo, a fisiocracia, além das valiosas contribuições de Adam 
Smith e John Maynard Keynes.
1 Mercantilismo
O mercantilismo teve início no século XVI junto com mais dois gran­
des marcos: o Renascimento Científico e a Reforma de João Calvino. Foi 
considerado a “primeira escola econômica” (VASCONCELLOS; GARCIA, 
2014).
Foi nessa era que o intervencionismo estatal atingiu o seu ápice, 
formando os primeiros monopólios estatais. O foco era dado aos in­
teresses do Estado Absoluto, abrindo mão inclusive do bem­estar in­
dividual em prol do enriquecimento do Estado (PINDYCK; RUBINFELD, 
2010). Essa luta constante pela proteção e enriquecimento do país 
era o propósito principal em que o movimento mercantilista era lide­
rado pela Igreja.
Segundo Pindyck e Rubinfeld (2010), os objetivos desse novo pensa­
mento econômico não tinham bases técnicas, mas uma preocupação 
excessiva com o acúmulo de riquezas nacionais. Assim, os pensadores 
mercantilistas acreditavam que quanto maior o acúmulo de metais pre­
ciosos de um país, maior seria seu poder e soberania diante das outras 
nações (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014). 
Esse acúmulo de riquezas nacionais pode ser ilustrado na figura 1 
a seguir.
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Figura 1 – Mercantilismo
Protecionismo e nacionalismo econômico 
Dificultando (não 
contribuindo para o 
fortalecimento do 
mercado externo):
- Aumento de taxas
- Criação de leis
Redução das 
importações Aumento das 
exportações 
Facilitando (focando no 
fortalecimento 
do mercado interno):
- Incentivo às produções
- Colonialismo
 e criação e monopólios
A figura 1 representa o movimento desenvolvido pelo mercantilismo. 
Enquanto de um lado criavam-se dificuldades para diminuir as compras 
do exterior, aumentando as taxas alfandegárias e as leis de bloqueio, por 
outro facilitava­se a comercialização para fora do país por meio de in­
centivos à produção e à criação de monopólios, acumulando riquezas de 
outras nações.
IMPORTANTE 
O mercantilismo não se limitava somente à doutrina e às ações inter-
vencionistas do Estado soberano, mas trazia um conjunto de regula-
mentações para as relações entre os Estados e suas tratativas coloniais 
(OLIVEIRA; GENNARI, 2009).
 
Para Vasconcellos (2001), outro fator que representa o mercantilis­
mo é a criação da teoria econômica liberal ou liberalismo econômico, em 
que se defende a livre concorrência e a lei da oferta e da procura. Esse 
mercado acirrado pelo liberalismo econômico contribuiu para que os 
empresários buscassem maior competitividade a fim de fortalecer seus 
negócios no mercado interno e fomentar o nacionalismo econômico.
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2 Fisiocracia
A partir do século XVII, a economia passa a ser estudada com um 
novo pensamento: o da fisiocracia. Aqui, a terra passa a ser o principal 
elemento de riqueza, ao contrário do mercantilismo, em que a valorização 
primordial eram os metais preciosos e o acúmulo de riquezas. Ficou co­
nhecido como o “Governo da Natureza” (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014).
Uma característica relevante dessa escola é a valorização da terra 
como principal elemento econômico. Segundo o pensamento fisiocra­
ta, a terra, a lavoura, a pesca e a mineração passam a ser ferramentas 
essenciais para o enriquecimento, dando início ao liberalismo e à mo­
dernização da teoria econômica. Nesse sentido, o trabalho do homem 
no campo passa a ser a principal fonte de renda para o enriquecimento. 
PARA SABER MAIS 
Uma das grandes contribuições da fisiocracia foi a construção da Esco-
la da Ciência Econômica, que, segundo Murteira (1966), é considerada 
um marco na constituição da ciência.
 
Para Campos (1983), a fisiocracia durou pouco tempo, mas deixou 
contribuições duradouras, especialmente para a formalização e a es­
truturação do pensamento econômico com foco na educação. Esse 
foco na educação é reforçado quando se afirma que a produção, a dis­
tribuição, a circulação e o consumo são regidos pelas leis da natureza, 
que são objetivas, universais, indispensáveis e não dependem da von­
tade dos homens. Essa afirmação contribuiu substancialmente para a 
concepção do caráter científico iniciado no século XVIII.
A curta duração do período fisiocrata se deu pela popularidade 
da nobreza instituída por Karl Marx, que dizia que esse pensamento 
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econômico beneficiava apenas os grandes proprietários de terras, de­
fendendo os direitos feudais. Ao apoiar os grandes proprietários de ter­
ras, Marx valorizava o principal elemento econômico da escola fisiocra­
ta: a riqueza natural. 
O quadro 1 apresenta as diferenças entre as escolas precursoras da 
teoria econômica.
Quadro 1 – Comparação entre as escolas mercantilista e fisiocrata
MERCANTILISTA FISIOCRATA
Intervenção do Estado Governo da Natureza
Empirismo Leis naturais
Comercialização como fonte de riqueza Cultivo da agricultura como fonte de riqueza
Corporativo Individualista
Monarquia – Burguesia Monarquia – Burguesia
Note a diferença de conceitos entre mercantilismo, regido pelo 
Estado, e fisiocracia, com foco na natureza. Essas duas escolas aca­
bam culminando na escola econômica de Adam Smith.
3 Adam Smith
Importante filósofo e economista do século XVIII, Adam Smith foi 
considerado pioneiro na modernização da teoria econômica, abordan­
do-a de forma científica e sistematizada, na contramão das teorias 
anteriores.
Adam Smith publicou algumas obras, sendo a mais conhecida A ri-
quezadas nações, em 1776, que trata de questões de mercado e formas 
de distribuição de renda (SMITH, 1983). Nessa obra, Adam Smith defen­
de que a concorrência deve ser livre e guiada por uma espécie de “mão 
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invisível”, fazendo com que o mercado se autorregule sem a intervenção 
do Estado, o que traria, assim, muitos benefícios para o coletivo e inicia­
ria o liberalismo.
Segundo Cannan (1996), Adam Smith analisava com bons olhos o 
modelo fisiocrático, mas não concordava com os aspectos empíricos 
e naturalistas que norteavam esse modelo econômico. Por conta dis­
so, ele seguiu a carreira acadêmica e foi eleito, em 1752, professor de 
Filosofia Moral da Universidade de Glasgow, fortificando ainda mais seu 
cunho intelectual e, principalmente, seu interesse pela economia anali­
sada cientificamente.
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), um dos pilares de seus 
argumentos na defesa da livre concorrência se baseava no laissez-faire, 
expressão francesa que simbolizava o liberalismo na forma de capitalis­
mo, ou seja, sem intervenção do Estado, apenas com regulamentos que 
protegiam o direito de propriedade. Além disso, Adam Smith acreditava 
que a riqueza das nações estava no trabalho humano, mais precisamen­
te na divisão do trabalho, fator decisivo para o aumento da produção.
Nesse cenário, surge a necessidade de aprimoramento de mão de 
obra e invenção de novas máquinas e técnicas de trabalho, ficando para 
o Estado apenas a responsabilidade de proteger a sociedade. Com base 
no valor­trabalho, Smith (1983) assume que o crescimento da riqueza 
de um país depende da produção do próprio trabalho, que é uma função 
do nível de especialização de uma divisão de trabalho.
PARA PENSAR 
Para Adam Smith, o aumento de riqueza e da produtividade do trabalho 
se dá por meio da divisão social do trabalho.
 
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4 John Maynard Keynes
Outro estudioso que leva seu nome na escola econômica é John 
Maynard Keynes, que criou o keynesianismo na publicação da Teoria 
geral do emprego, dos juros e da moeda.
Segundo Vasconcellos e Garcia (2014), Keynes se destacou com 
sua teoria sobre a crise econômica mundial conhecida por Grande 
Depressão de 1930. Uma das soluções que ele trazia era de que, na 
impossibilidade de o mercado absorver todo o excedente de mão de 
obra, seria necessária a intervenção do Estado para acolher e empregar 
esses trabalhadores, evitando o desemprego.
Keynes não acreditava no autoajustamento do mercado e defendia a 
intervenção do Estado por meio das políticas de gastos públicos, fazen­
do cair por terra toda a crença trazida no laissez-faire. No entanto, para 
Lima (2003), Keynes tinha um pensamento voltado apenas para o pre­
sente, ou seja, para um espaço de tempo muito curto, não se atentando 
para as consequências a longo prazo. 
PARA SABER MAIS 
Ao contrário das outras teorias, a teoria keynesiana defende a interven-
ção do Estado para ajustamento da economia no mercado.
 
Veja uma figura explicativa do modelo keynesiano enfatizando a 
forte influência do Estado tanto nas empresas quanto na própria eco­
nomia doméstica:
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Figura 2 – Modelo keynesiano
Na figura 2, notamos a grande influência do Estado sobre as empresas 
e economias pessoais dos consumidores. Para Keynes, a única forma de 
regular a economia do mercado é com a política de gastos públicos.
Nesse período, abriu­se espaço para muitos apoiadores e também 
oposicionistas. O período pós­keynesiano continuou explorando suas 
obras, trazendo discussões e comprovando que Keynes não negligen­
ciou o papel da moeda e da política econômica, mas reforçou o papel do 
Estado como grande responsável pela condução do ritmo econômico 
de um país.
Considerações finais
Dentre as várias teorias econômicas, este capítulo destacou quatro 
escolas do pensamento econômico, sendo dois precursores (o mercan­
tilismo e a fisiocracia), uma clássica vista como moderna (a teoria de 
Adam Smith) e uma neoclássica (a teoria de Keynes). 
Vimos que, antes dos precursores das teorias econômicas, a ativi­
dade econômica do homem era baseada na filosofia da sociedade, da 
moralidade e da ética, não havendo um estudo sistemático e científico 
Estado
 oferecem trabalho
pagam salários
 oferecem trabalho
pagam salários
Economias
domésticasEmpresas
redistribui rendas redistribui rendas
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das relações econômicas. O mercantilismo regido pela Igreja visava o 
acúmulo de riquezas (metais preciosos) e a extrema valorização do pro­
tecionismo e do nacionalismo, o que levou ao aumento das exportações 
e à diminuição substancial de importações de mercadorias, criando 
grandes monopólios internos.
Já para a fisiocracia, o foco do enriquecimento se dava pela valori­
zação da terra, tornando­se conhecida como o Governo da Natureza. 
Outro ponto relevante da fisiocracia é a autorregulação da economia no 
mercado que ficou conhecida por “mão invisível” (Mão de Deus), a lei da 
oferta e procura.
Adam Smith foi o precursor da teoria econômica moderna e res­
ponsável pela formalização da economia por meio de estudos cien­
tíficos e sistematizados. Um dos seus pilares se baseava na livre 
concorrência, considerada como o princípio do liberalismo. Ele acre­
ditava que a riqueza das nações estava no trabalho humano, princi­
palmente na divisão do trabalho, o que gerava a necessidade de os 
trabalhadores se especializarem em algumas atividades.
Enquanto Adam Smith defendia que o papel do Estado na econo­
mia deveria ser somente na proteção social contra possíveis ataques, 
Keynes enfatizava a necessidade da influência do Estado tanto nas em­
presas quanto nas economias pessoais. Keynes acreditava que, a partir 
da política de gastos públicos, o Estado era o grande responsável pela 
condução do ritmo econômico do país.
Referências
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Abril Cultural, 1983 (Coleção Os economistas).
CANNAN, Edwin. Introdução. In: SMITH, Adam. A riqueza das nações: 
investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Nova Cultural, 1996. 
(Coleção Os economistas). 
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Heloisa Fontoura e Monica Stefani. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.LANGE, Emily. Contributo para um debate conceitual do desenvolvimento e 
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Capítulo 3
Demanda e 
oferta. Equilíbrio 
de mercado, 
elasticidade, 
produção e custos
Como já estudamos nos capítulos anteriores sobre macro e micro-
economia, é relevante agora compreender e desenvolver ações que 
contribuam de forma eficiente para a redução de custos, ajustando a 
produção a fim de maximizar o lucro da empresa.
O gestor deve considerar variáveis internas e externas à sua organi-
zação, tais como preços de mercado, preferências, publicidades, fatores 
climáticos e sazonais, questões tecnoló gicas e produtos alternativos, 
estrutura de custos do produto ou serviço, entre outros.
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O objetivo deste capítulo é entender os conceitos básicos envolvidos 
na determinação de preços em uma economia de mercado e como as 
empresas definem o nível de produção que maximiza o lucro. Para isso, 
vamos estudar a sistemática da oferta e procura, os custos de produ-
ção e elasticidade-preço de demanda até chegar aos lucros extraordiná-
rios por meio de uma maximização eficiente.
O estudo enfatiza as variáveis que influenciam direta e indiretamente 
a relação de oferta e procura, apresentando soluções práticas para me-
lhorar a compreensão dos conceitos econômicos.
1 Demanda ou procura de mercado
A demanda ou procura de mercado trata basicamente de uma quan-
tidade de bens ou serviços desejados pelos consumidores. Essa rela-
ção da procura de um bem ou serviço ocorre considerando somente 
alguns pontos relevantes, como preço estipulado e análise do preço dos 
concorrentes, renda, preferência e período.
Vasconcellos (2001) complementa com outras variáveis que tam-
bém influenciam no deslocamento da demanda:
 • riqueza (e sua distribuição);
 • fatores climáticos e sazonais;
 • propaganda;
 • expectativas sobre o futuro;
 • facilidades de crédito (disponibilidades, taxas de juros, prazos). 
Com isso, a quantidade demandada varia de acordo com os pontos 
influenciadores ou variáveis citadas. Veja o gráfico 1 para entender me-
lhor a questão de demanda de mercado.
35Demanda e oferta. Equilíbrio de mercado, elasticidade, produção e custos
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Gráfico 1 – Curva da demanda ou procura
Q0 Qp
P₁
P
Q1
P₀
Em que, 
 • Qp (Qp0, Qp1) = quantidades demandadas; e
 • P (P0, P1) = preços (variável).
O gráfico 1 considera apenas o preço como variável influen-
ciadora, isto é, quando o preço sobe, a quantidade procurada cai, 
e quando o preço é reduzido, a quantidade procurada aumenta. 
Isso quer dizer que a alteração das variáveis externas da empresa con-
duz a curva da demanda.
IMPORTANTE 
A demanda ou procura de mercado pode ser entendida como uma con-
sequência do custo-benefício. Trata-se da realização de uma atividade 
se seus benefícios forem pelo menos iguais aos custos empregados 
(FRANK; BERNANKE, 2012).
 
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Oliveira e Gennari (2009) reforçam que a demanda pode sofrer 
influências:
• da preferência dos consumidores: com o avanço da tecnologia e 
maior exigência dos consumidores, as preferências influenciam a de-
manda. Exemplo: preferências por aparelhos digitais e não analógicos.
• da renda dos consumidores: além da renda, considera-se tam-
bém a mudança do custo de vida. Exemplo: desemprego ou au-
mento de despesas com moradia e transporte.
• dos preços (relativos) dos bens ou serviços substitutos ou com-
plementares: ou seja, o efeito de os consumidores consumirem 
bens ou serviços alternativos. Por exemplo: substituição de veícu-
los de alto consumo por veículos mais compactos e econômicos.
2 Oferta de mercado
A oferta, por sua vez, complementa a demanda. Portanto, ela é a ex-
posição de bens e serviços para os consumidores. Rasmussen (2006) 
afirma que a oferta é composta por conjunto de produtos e serviços, 
escassos ou não, comercializados por grupos de fornecedores para pú-
blicos de consumidores.
Assim como a demanda, a oferta também depende de diversas variá-
veis, como o próprio preço de custo, os fatores de produção e os objetivos 
dos empresários (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014).
Ainda devemos considerar os fornecedores que dominam marcas ou ti-
pos de commodities e que não geram movimentação na curva da oferta. Um 
exemplo clássico é a oferta do relógio Rolex, em que o consumidor compra 
pelo prestígio sem considerar ofertas de outras marcas. Vale ressaltar que 
essa prática não é considerada monopólio1, mas oferta única.
1 Comercialização abusiva de determinado produto faltante no mercado a um preço exorbitante.
37Demanda e oferta. Equilíbrio de mercado, elasticidade, produção e custos
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Matematicamente, a equação que representa a oferta é Q0 = f(P), em 
que Q0 representa a quantidade ofertada de produtos ou serviços em 
um período, e P representa o preço do produto ou serviço ofertado.
Dessa maneira, a correlação entre quantidade ofertada do produto 
ou serviço se deve ao aumento do preço no momento que rentabiliza a 
empresa, contribuindo para a elevação da produção.
3 Equilíbrio de mercado
Como já estudado nos tópicos anteriores, demanda e oferta são for-
ças que compõem o mercado e, para haver equilíbrio de mercado, é 
necessário que essas duas forças estejam alinhadas. 
Para exemplificar um equilíbrio de mercado, vamos usar o gráfico 2 
para comparara quantidade produzida de um bem e o seu preço.
Gráfico 2 – Equilíbrio de mercado na relação oferta e demanda
Q
D
E
O
P1
P
Q1
A linha vertical P representa o preço do bem ou serviço; a letra Q 
expressa a quantidade desses bens; a linha azul com a letra O indica a 
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oferta, e a roxa com a letra D, a demanda. Se for produzida a quantidade 
Q1 no preço P1, a oferta e a demanda estarão relativamente proporcio-
nais, levando à intersecção das curvas no ponto E e, consequentemen-
te, a um ponto de equilíbrio desse mercado. 
Alguns fatores podem alterar o comportamento da oferta, como a 
tecnologia, os preços dos fatores de produção, os preços de bens re-
lacionados e as políticas governamentais (SAMUELSON; NORDHAUS, 
2012). 
Todos esses fatores exercem influência direta devido às variações 
no preço dos bens e serviços, alterando a curva e gerando um desequi-
líbrio de mercado. Também pode ocorrer devido à variação do poder 
aquisitivo, gerando um excesso de demanda.
4 Elasticidade-preço da demanda (EPD)
Para analisar e calcular o preço e a renda sobre a relação de oferta e 
demanda, utiliza-se a elasticidade. Para Wessels (2010), a elasticidade 
é uma medida de reação de causa e efeito dos percentuais em que o 
efeito é o numerador, e a causa, o denominador.
IMPORTANTE 
Trata-se de um conceito econômico que pode ser objeto de cálculo a 
partir de dados reais confrontados com as proposições da teoria eco-
nômica. (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014).
 
Já a elasticidade-preço da demanda consiste em medir o volume ou 
quantidade demandada de produtos em relação à variação no seu preço 
atual. Para entender a elasticidade-preço da demanda, confira:
39Demanda e oferta. Equilíbrio de mercado, elasticidade, produção e custos
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E (Qd, P) = Variação percentual da quantidade demandada/ 
Variação percentual do preço
Tabela 1 – Tipos de elasticidade-preço da demanda
E(Qd,P) > 1
A demanda é elástica, ou seja, uma 
alteração no preço gera uma variação maior 
da quantidade de demanda.
Exemplo: os consumidores de cerveja 
reagem consideravelmente de acordo com a 
alteração dos preços. Se o preço aumenta, 
diminuem o consumo; mas quando há 
uma queda nos preços da cerveja, 
aumentam o consumo.
Q
D
P0
Curva de demanda,
perfeitamente elástica
P
E(Qd,P) < 1
A demanda é inelástica, ou seja, os 
consumidores reagem pouco com a 
alteração de preços. Existe, então, uma 
baixa sensibilidade ao que acontece nesse 
tipo de mercado em relação ao fator preço.
Exemplo: reduz 10% do preço de óculos de 
grau, aumenta 5% na procura.
Q (quantidade)
D
Curva de demanda,
perfeitamente inelástica
P 
E(Qd,P) = 1
A demanda é de elasticidade-preço unitária, 
o que significa que as variações no preço e 
na quantidade são proporcionais, mas em 
sentido oposto.
Exemplo: é indiferente se os sacos de 
café estão em quilos ou toneladas, 
pois as variações percentuais de 
preços são as mesmas.
O
D
Curva de demanda
de elasticidade unitária
P
P = preço; Q = quantidade
Assim como na demanda e na oferta existem fatores que influen-
ciam na variação, o grau de elasticidade-preço da demanda também é 
influenciado pelos seguintes fatores:
 • existência de produtos alternativos: se houver produtos substi-
tutos, mais elástica será a demanda.
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• essencialidade do produto: se o produto é essencial, a alteração 
de preços pouco importará (demanda inelástica).
• relevância do produto (com relação ao seu gasto no orçamento da 
empresa): em um restaurante, imagine um aumento de 80% no 
preço do palito de dente e 5% no preço da carne. A carne tende 
a ser mais relevante, pois tem parcela maior no seu orçamento.
5 Teoria da produção
Para entender melhor essa teoria, é importante primeiramente definir o 
que é produção. Silva e Sinclayr (2010) definem produção como o proces-
so de transformação dos fatores de produção de uma empresa, tendo a 
finalidade de criar bens e serviços a serem disponibilizados no mercado.
Já Vasconcellos e Garcia (2014) a definem como a preocupação 
com as relações tecnológicas entre as quantidades de produtos e de fa-
tores de produção, envolvendo custos e preços dos insumos utilizados.
5.1 Função de produção
A função de produção é a quantidade de produto obtido por meio 
de fatores de produção, capital e trabalho em período determinado 
(VASCON CELLOS; GARCIA, 2014). A função de produção pode ser tam-
bém representada pela expressão:
q = f(x1, x2, x3, ..., xn)
Em que: 
 • q representa a quantidade de bens ou serviços produzidos em 
determinado espaço de tempo;
 • X1, X2, X3, ..., Xn indicam as quantidades de fatores de produção 
utilizadas;
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• f representa que q depende de X1, X2..., e é a função da quantidade 
de insumos utilizados.
Também é possível representar a função de produção com uma 
expressão mais simplificada:
q = f(N,K)
Em que:
 • N representa a quantidade de mão de obra utilizada; 
 • K representa o valor de capital utilizado.
Por meio desse cálculo é possível analisar se a quantidade de produ-
to ou serviço produzido atende no curto ou longo prazo.
6 Custos de produção
Com o aumento da concorrência e a escassez de recursos, surgiu a 
necessidade de planejar melhor os controles das empresas, a começar 
pela análise do custo da produção (também chamada de custo total), 
calculando os custos dos fatores de produção mais os gastos dos em-
presários (SILVA; SINCLAYR, 2010).
Para arcar com os custos, é necessário que a empresa venda seus 
produtos ou serviços para gerar o que chamamos de receita ou lucro, 
tornando este o objetivo básico de qualquer empresa. Assim, os custos 
totais (CT) podem ser subdivididos em custos variáveis totais (CVT) e 
custos fixos totais (CFT). Sendo assim:
CT = CVT + CFT
Os custos variáveis totais ou custos diretos (CVT) estão relaciona-
dos à produção, como compra de matéria-prima utilizada, energia e 
comissões sobre as vendas.
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Os custos fixos totais (CFT), ou custos indiretos, não estão rela-
cionados diretamente à produção, mas aos gastos fixos das em-
presas, como aluguéis, salários e demais despesas administrativas 
(TEBCHIRANI, 2012).
Figura 1 – Lucro contábil, lucro normal e lucro extraordinário
Custo de produçãoCustos 
diretos com 
maquinário + 
pessoal
Custos diretos 
com insumos
Custos 
indiretos
A figura 1 ilustra a composição geral dos custos de uma empresa, 
em que as subdivisões de custos são os custos diretos com maquiná-
rios mais o custo de funcionários, custos diretos com a produção (insu-
mos) e custos indiretos, totalizando o custo total da produção. Como 
a teoria da produção analisa os custos da produção em um espaço de 
tempo, pode-se dividir os custos em curto e longo prazo, que têm, res-
pectivamente, parcelas de custos fixos e custos variáveis.
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7 Maximização dos lucros
Desde a microeconomia tradicional, a maximização dos lucros tem 
sido um dos pontos principais de uma empresa seja a curto ou a longo 
prazo, definindo como lucro total o resultado da diferença entre as recei-
tas e despesas (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014). Pode ser representa-
da pela expressão LT = RT - CT, em que:
 • LT é o lucro total;
 • RT é a receita total;
 • CT é o custo total. 
Para alcançar a maximização dos lucros de uma empresa, é pre-
ciso buscar um equilíbrio entre a oferta e a demanda, tornando po-
sitiva a diferença entre a receita total e o custo total (CRUZ; SCHIER; 
ANDRICH, 2012). 
Para Rossetti (2013), é importante o empresário não perder o real 
objetivo da relação oferta e demanda, em que a demanda deve mostrar 
o quanto o consumidor deseja comprar um produto e está disposto a 
pagar por ele em um momento específico, e a oferta deve determinar 
o quanto a empresa quer vender um produto a um preço e em um pe-
ríodo específico.
8 Lucro normal e lucro extraordinário
Algumas literaturas tratam o lucro normal como "custo de oportu-
nidade de capital" e o lucro extraordinário como "lucro econômico". Por 
isso, é possível encontrar essas variações de nomenclatura em diferen-
tes materiais de economia.
Para Vasconcellos e Garcia (2014), o lucro normal se refere ao valor 
que mantém o proprietário em determinada atividade e, se o lucro for 
menor, o proprietário sairia deste mercado. Para Hendriksen e Breda 
(1999), o lucro extraordinário é todo o excedente do lucro normal. 
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Existe ainda um terceiro tipo de lucro, o lucro contábil, que requer 
somente uma avaliação dos ativos com base em seus custos não ex-
pirados (SOLOMONS, 1971). Nesse contexto, destacamos três pontos 
fundamentais:
 • O lucro econômico é apurado pelo incremento do patrimônio 
líquido.
 • O patrimônio líquido é mensurado pela capitalização dos recebi-
mentos líquidos futuros.
 • O lucro contábil não tem nenhuma relação com o lucro econômi-
co, representando a diferença entre a receita e os custos efetivos.
Para entender melhor, considere que João, um investidor do ramo 
de produtos naturais e saudáveis, está analisando a compra de uma 
parte da empresa Natureba Vida Saudável, que comercializa produtos 
orgânicos e naturais.
Após a análise, João investiu um certo capital, mas deixou claro que 
se não houvesse rendimentos acima da aplicação “X”, em que estava 
seu capital, retiraria imediatamente seu investimento. Ou seja, o rendi-
mento representa o custo de oportunidade do investidor. 
Passados 12 meses, a empresa Natureba Vida Saudável lucrou mui-
to mais do que o lucro contábil (que é a diferença entre a receita e os 
custos da empresa) e mais do que o lucro normal (custo de oportunidade 
do investidor), auferindo, assim, um lucro extraordinário. Confira na figura 2: 
Figura 2 – Exemplo de lucro contábil, lucro normal e lucro extraordinário
L. Contável
L. Normal
L. Extraordinário
Receita (-) Despesas(=)
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Considerações finais
Para entender os conceitos básicos na determinação de preços em 
uma economia de mercado e como as empresas determinam o nível de 
produção que maximiza o lucro, este capítulo buscou destacar a rela-
ção de oferta e procura vinculando variáveis que influenciam diretamen-
te na composição dos custos.
Aprendemos que, na relação oferta e procura, além das variações 
pode acontecer um equilíbrio de mercado quando a oferta e a deman-
da estão relativamente proporcionais, interseccionando as curvas. Para 
isso, foi preciso entender que há pelo menos três tipos de elasticidade- 
-preço da demanda: demanda elástica, em que a alteração do preço 
altera consideravelmente a procura do consumidor pelo produto ou 
serviço; demanda inelástica, que define a sensibilidade como baixa na 
procura de produtos quando há uma alteração de preço; e elasticidade-
-preço de demanda única, que altera proporcionalmente as variações 
de preço e procura, mas em sentido oposto.
Destaca-se também a teoria de produção, que consiste na preocu-
pação com as relações tecnológicas entre as quantidades de produ-
tos e de fatores de produção, envolvendo custos e preços dos insumos 
utilizados.
Assim, com uma análise mais sistêmica sobre os custos de produ-
ção, é possível aumentar a margem de lucro ou maximizar os lucros 
da produção. Por isso, destaca-se a descrição dos tipos de custos a 
serem trabalhados na produção.
Ao final do estudo, destacamos os tipos de lucro: o econômico, que 
é a apuração do patrimônio líquido da organização (mensurado pela ca-
pitalização dos recebimentos líquidos futuros) e o lucro contábil, que 
representa a diferença entre a receita e os custos efetivos.
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Referências
CRUZ, June Alisson W.; SCHIER, Carlos, Ubiratan C.; ANDRICH, Emir G. 
Contabilidade introdutória descomplicada. 5. ed. Curitiba: Juruá, 2012.
FRANK, Robert H.; BERNANKE, Ben S. Princípios da economia. 4. ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2012.
HENDRIKSEN, Eldon S.; BREDA, Michael F. Van. Teoria da contabilidade. 5. ed.
São Paulo: Atlas, 1999.
RASMUSSEN, Uwe Waldemar. Economia para não economistas: a desmisti-
ficação das teorias econômicas. São Paulo: Saraiva, 2006.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 19. ed. São Paulo: Atlas, 
2013.
SAMUELSON, Paul A; NORDHAUS, William D. Economia. Tradução: Elsa 
Fontainha e Jorge Pires Gomes. 19. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
SILVA, César Roberto Leite da; SINCLAYR, Luiz. Economia e mercados: 
introdução à economia. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
SOLOMONS, David. Economic and accounting concepts of income. The 
Accounting Review, v. 36, n. 3, p. 374-383, jul. 1971.
TEBCHIRANI, Flávio Ribas. Princípios de economia micro e macro. 3. ed. 
Curitiba: Ibpex, 2012.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. Economia: micro e macro. São 
Paulo: Atlas, 2001.
__________; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos da economia. 
5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
WESSELS, Walter J. Economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
1
Capítulo4
Estrutura de 
mercado de 
bens e serviços 
e introdução à 
macroeconomia
O mercado capitalista é regido pelas questões de conjunturas eco-
nômicas funcionando sobre a lei da oferta e da procura. Com isso, o 
mercado possui características como local onde produtores e consumi-
dores negociam compras e vendas de mercadorias e serviços.
Entretanto, é relevante que tanto o produtor quanto o consumidor 
compreendam de maneira sistêmica a atuação e as políticas que regu-
lamentam o mercado de concorrências. Assim, este capítulo apresen-
ta as estruturas de mercado de bens e serviços, bem como, a estrutura 
da macroeconomia.
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.Dessa maneira, este estudo objetivou diferenciar as estruturas de 
mercado de bens e serviços e entender os objetivos e os instrumentos 
de política macroeconômica. Para isso, destaca-se pontos como mo-
nopólio, oligopólio, concorrência perfeita e concorrência monopolista, 
conceito, metas e instrumentos de políticas macroeconômicas.
1 Monopólio
De maneira geral monopólio significa a ausência de concorrência, 
ou seja, apenas um único fornecedor não havendo inclusive produtos 
substitutos (HAFFNER, 2013). Já Pindyck e Rubinfeld (2006) trazem o 
conceito de que no monopólio o fornecedor pode estabelecer o preço 
que lhe for mais favorável, ou seja, podendo impor preços as suas mer-
cadorias, ficando suscetível ao nível de vendas.
IMPORTANTE 
Vale lembrar que a legislação comercial brasileira proíbe a criação de 
monopólios e quaisquer práticas monopolistas. Mesmo diante desta 
proibição o setor de petróleo é praticamente um monopólio do governo, 
sendo controlado por acionistas estatais da Petrobrás.
Outro ponto é que, na prática, monopólio não é somente quando há ape-
nas uma empresa ofertante no segmento, mas quando há uma empresa 
capaz de controlar e influenciar o segmento.
 
Para que os monopólios existam, são necessárias barreiras que im-
peçam a entrada de novos concorrentes no mercado que são elas:
• Monopólio puro ou nominal: caracterizado pelo capital eleva-
do em suas operações, gerando um custo unitário muito baixo, 
sendo esta uma enorme barreira na tentativa de entrada de no-
vos concorrentes. Como exemplo, a exploração de petróleo rea-
lizada pela Petrobrás, onde há espaço para outras concorrentes 
3Estrutura de mercado de bens e serviços e introdução à macroeconomia
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entrarem, porém, a Petrobrás exerce influência sobre os preços 
do mercado, devido a sua estrutura.
• Patentes: é necessário que a marca caia em domínio público para 
que sua tecnologia seja compartilhada. Um exemplo de patentes 
que viraram domínio público são os medicamentos das indús-
trias farmacêuticas. Após virar domínio público, podem se criar 
os chamados “genéricos”.
• Controle de matérias-primas básicas: a empresa é quem con-
trola inclusive a produção e o fornecimento da matéria-prima bá-
sica de sua produção. No controle de matérias-primas básicas, 
a Petrobrás é novamente um bom exemplo. O gás de cozinha de 
diversas marcas/engarrafadoras é controlado pela Petrobrás.
A figura a seguir ilustra o centralismo de poder destacado nos três 
pontos anteriores:
Figura 1 – Domínio do segmento de mercado
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2 Concorrência perfeita
Antes de tratarmos sobre a concorrência perfeita, faz-se necessário 
a definição de concorrência, onde está se caracteriza pela disputa de 
um mercado de bens e serviços com a finalidade de angariar uma maior 
quantidade de clientes. 
Segundo Mankiw (2006), Pindyck e Rubinfeld (2006), o mercado 
competitivo ou concorrência perfeita traz a ideia da existência um gran-
de número de fornecedores de um mesmo bem ou serviço, sem que 
este cause fortes influências sobre os preços dos produtos. 
Para Vasconcellos e Garcia (2014) a existência de um grande núme-
ro de empresas fornecedoras faz com que elas sejam apenas tomado-
ras de preços, sendo necessário prezar por algumas premissas como 
a transparência do mercado, onde as informações de preços e lucros 
devem ser conhecidas por todos os participantes deste mercado, a não 
existência de barreiras para novos entrantes, permissão de entrada de 
produtos homogêneos e a presença de várias empresas do mesmo 
segmento gerando um mercado atomizado. 
NA PRÁTICA 
Em linhas gerais, uma concorrência perfeita gera a livre concorrência e 
consequentemente uma redução dos preços e melhorias na qualidade 
dos produtos. Um forte exemplo que pode ser citado são os comercian-
tes da Rua 25 de Março em São Paulo/SP local onde são comercializa-
dos os mesmos produtos a preços praticamente idênticos.
 
A seguir é possível analisar a figura que traz as principais diferenças 
entre um mercado de concorrência perfeita e um monopolista, sendo 
destacadas suas discrepâncias. 
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Figura 2 – Concorrência Perfeita versus Monopólio
CONCORRÊNCIA PERFEITA
X
MONOPÓLIO 
Muitos produtores: nenhum produtor 
individualmente controla o mercado; 
Um único produtor; 
Muitos consumidores: nenhum consumidor 
controla o mercado individualmente; 
Produtores são formadores de preços; 
Produto comercializado é homogêneo; Existem barreiras à entrada e saída; 
Produtores são tomadores de preços; 
A demanda e a receita marginal (RMg) tem o 
mesmo coeficiente linear, mas o coeficiente 
angular da RMg o dobro do da demanda.
Inexistência de barreiras à entrada e saída 
de empresas 
Dessa maneira, concorrência perfeita pode ser entendida como, uma 
concorrência que não oferece altos riscos para quem está no mercado 
ou para pretende entrar. Geralmente, ocorre em tipos de produtos e ser-
viços que não possuem valores agregados, ou considerados mercados 
tradicionais ou de necessidade básica.
Em contrapartida, um mercado monopolista é totalmente o oposto do 
mercado competitivo sendo o domínio de mercado por conta de um único 
fornecedor, controlando preços e criando barreiras para novos entrantes.
3 Concorrência monopolista
A estrutura de mercado denominada concorrência monopolista ou 
também chamada de competição monopolista por algumas literaturas 
é determinada pela existência de muitos vendedores em um mesmo 
mercado, porém o produto de cada um apresenta um de algum modo 
uma diferenciação (MENDES, 2004). 
Vasconcellos e Garcia (2014) trazem a concorrência monopolista 
como uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência 
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