Libras: Terminologia e História

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Libras aula 1
Terminologia 
 Deficiente auditivo é a forma como nos dirigimos à pessoa que não ouve, sendo assim os termos “deficiente auditivo” e “surdo-mudo” deixam de ser utilizados. Ora, falar não significa emitir sons, mas expressar a sua língua, então, dizer surdo-mudo é duplamente incorreto. Já o termo “sujeito surdo” remete a um posicionamento político de respeito ao sujeito como um ser social, e não como uma visão clínica ou patológica. Os surdos oralizados são as pessoas com perda auditiva que utilizam a voz como principal forma de comunicação e podem ser auxiliados pela leitura labial e uso de aparelhos ou implantes auditivos. Os surdos conversam com as mãos, por meio do estabelecimento de uma comunicação visual. O termo correto para se referir a eles, e que também deve ser utilizado pela sociedade em geral é surdo.
 O que é Libras? Por que Libras é uma língua?
 Libras é uma sigla que significa Língua Brasileira de Sinais, sendo esta a língua natural das Comunidades Surdas do Brasil. É considerada a língua materna dos surdos, ou seja, sua primeira língua (L1). Sendo assim, a Língua Portuguesa é a segunda língua do surdo (L2). Então, na educação dos surdos, deve ser efetivada em Língua de Sinais como L1 e Língua Portuguesa, na modalidade escrita, como L2. Libras é considerada uma língua porque possui regras gramaticais e é composta por todos os níveis linguísticos, como qualquer outra língua. É por isso que LIBRAS significa Língua Brasileira de Sinais e não Linguagem Brasileira de Sinais.
Marcos históricos
 Os surdos no Brasil vêm conquistando espaços a cada dia. Em 1987 foi fundada a FENEIS(Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos) por um grupo de surdos liderados pela pedagoga surda Dra. Ana Regina e Souza Campello. Um dos seus objetivos principais era o reconhecimento da Língua de Sinais Brasileira – Libras. Ela foi oficializada em 24 de abril de 2002, pela lei n. 10.436, com o nome de Língua Brasileira de Sinais. Em 22 de dezembro de 2005, foi assinado o Decreto n. 5.626, que regulamenta a Lei de LIBRAS, e o art. 18 da Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade comunicacional às pessoas surdas. Ambos os documentos foram muito importantes para o reconhecimento dos surdos como comunidade social e linguística brasileira.
As línguas de sinais no mundo e o Gestuno
 Assim como ocorre entre as línguas orais, é grande a variedade de línguas de sinais ao redor do mundo. As línguas de sinais são de aquisição visual e produção espacial e motora. São as línguas naturais de cada comunidade de surdos, ao redor do globo. A comunicação dos surdos não é universal; pertence às comunidades em que são usadas, havendo diferenças consideráveis entre as determinadas línguas. Gestuno é uma forma de comunicação usada em convenções e competições internacionais e significa “gesto único”, mas não substitui a língua de sinais de cada país.