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PortfolioA Fase II

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Centro Universitário Internacional - UNINTER 
Curso de Bacharelado em Química 
Portfólio – Fase AII - 2021 
 
Comportamento financeiro da população de 
Curitiba/PR durante a pandemia de COVID-
19 
Cristiane Fátima de Oliveira1 
 
RESUMO: O vírus SARS-COV-2, chegou no Brasil em fevereiro de 2020 e desde então 
a população teve necessidade de se reinventar e mudar hábitos de consumo, para assim, 
honrar seus compromissos financeiros e sustentar suas famílias. A desigualdade social 
ficou mais acentuada com o fechamento de empresas e comércios, onde muitas pessoas 
perderam seus empregos. Outra questão que deve ser levada em consideração foi a criação 
da Medida Provisória 936/2020, onde trabalhadores tiveram diminuição de jornada de 
trabalho e consequentemente, de salários. Com o objetivo de apresentar os impactos da 
COVID-19 sobre o comportamento financeiro na população de Curitiba/PR, realizou-se 
a análise das relações de consumo, revisão de gastos e salários, levando-se em 
consideração a realidade da capital paranaense, assim como a situação financeira da 
autora deste portfolio, durante a pandemia. 
PALAVRAS-CHAVE: COVID-19, consumo consciente, pandemia, renda familiar, 
educação financeira. 
 
 
INTRODUÇÃO 
O primeiro caso de COVID-19 foi registrado em Wuhan na China em dezembro 
de 2019. No início foi tratado como surto epidêmico, porém a facilidade de contaminação, 
fez com que o vírus se espalhasse rapidamente por todo o mundo e assim, foi reconhecido 
como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 11/03/2020. Segundo 
Freitas (2020), a propagação do vírus Covid-19 pelo mundo já faz sentir seus efeitos 
recessivos sobre a economia de vários países, com repercussão global e de prazo ainda 
indeterminado. Ao contrário de recessões clássicas que se originam em problemas 
financeiros ou políticos nacionais que interferem nos fundamentos da economia, com 
movimentos de queda de investimentos, seguidos de redução do consumo e retração do 
emprego e da renda, a recessão causada por uma situação de saúde pública como esta 
resulta diretamente de restrições sobre a produção de bens e serviços. 
O comércio deve ser um dos setores com maior contração de renda, com redução 
de remunerações de seus trabalhadores e das margens de comercialização. Espera-se uma 
queda de 10,7% no PIB comercial do país com potencial de fechamento de 2 milhões de 
postos de trabalho. (FREITAS, 2020). Em Curitiba, os setores de comércio e serviços 
foram os mais afetados pela pandemia. As medidas adotadas para forçar o isolamento e 
controlar a propagação do vírus, faz com que a incerteza no futuro da economia seja fator 
determinante para que os empresários fechem as portas definitivamente. Apresento aqui 
o cenário atual da cidade de Curitiba e também a situação financeira da autora, que foi 
incluída na MP936/2020 e com isso, precisou realizar adequação de gastos e hábitos de 
consumo. O Paraná foi o quinto estado com maior adesão a medida provisória, perdendo 
apenas para os estados: SP, RJ, MG e RS. 
 
SITUAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA/PR 
Curitiba é a quarta cidade mais rica do Brasil, ocupa a décima posição em 
qualidade de vida para os moradores. Possui extensão de 435 Km², distribuídos em 75 
bairros. O último censo realizado pelo IBGE em 2018 informou que Curitiba possuí 1,9 
milhões de habitantes e a faixa etária predominante está compreendida entre 20 a 34 anos, 
ou seja, a maioria da população é considerada financeiramente ativa. Em 2018, o salário 
médio era de 4 salários mínimos e a proporção de pessoas ocupadas em relação à 
população total era de 53.7%. A capital paranaense faz parte do grupo dos cinco 
municípios que concentram 27% da riqueza produzida no país. De acordo com o IBGE, 
em 2017, o Produto Interno Bruto foi de R$ 84,7 bilhões. O PIB per capita de Curitiba 
era de R$ 44,4 mil (2017). O setor de serviços é responsável por 84,7% do PIB total, a 
indústria por 15,28% e a agropecuária por menos de 1%. 
De acordo com a Secretaria da Fazenda do Paraná, mesmo com a pandemia e a 
queda na arrecadação tributária, as receitas correntes do Estado do Paraná fecharam o ano 
de 2020 com um aumento real de 1,1% – resultado especialmente do crescimento real de 
22% nas Transferências Correntes devido a transferências da União aos Estados (LC 
173/2020), além da recuperação do consumo no segundo semestre como consequência do 
auxílio emergencial à população de baixa renda. Estima-se em R$ 13 bilhões injetados na 
economia paranaense por meio deste benefício, o que impactou positivamente o PIB 
estadual em 2,3%. 
O Sistema Federação das Industrias do Estado do Paraná (FIEP) realizou um 
estudo sobre as mudanças no consumo e impactos nas atividades econômicas e identificou 
que as maiores quedas no consumo foram nos setores de viagens e turismo (linhas aéreas, 
cruzeiros, hotéis, lazer) e quando consideramos o fornecimento de serviços, temos a área 
de telecomunicações e automóveis os maiores afetados pela pandemia. Com relação às 
empregadas domésticas, 75% dos brasileiros entrevistados cancelaram ou suspenderam 
os serviços, bem como 77% cancelaram ou suspenderam as babás. Os serviços mais 
afetados foram manicure e faxineira, que tiveram as atividades canceladas por 88% e 85% 
dos clientes, respectivamente e em contrapartida a esse cenário, observa-se uma aumento 
nos gastos em mercados e farmácias, sendo o consumo maior nos itens de higiene pessoal. 
 
APRESENTAÇÃO DO QUADRO PESSOAL 
O agravamento da pandemia no país foi responsável pela criação de políticas 
assistenciais para a população de baixa renda e medidas provisórias para auxiliar 
empresários através da redução de jornada e salários, flexibilidade das leis trabalhistas ou 
adiamento do pagamento de taxas e impostos obrigatórios. A MP936/2020 foi a política 
adotada pela empresa onde a autora deste portfolio trabalha que utilizou o benefício de 
redução salarial para a maioria de seus colaboradores O objetivo da MP936/2020 é preservar 
o emprego e a renda; garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais; e reduzir 
o impacto social decorrente das consequências do estado de calamidade pública e de 
emergência de saúde pública, esse objetivo tende a ser alcançado através da redução 
proporcional de jornada de trabalho e de salários; e/ou a suspensão temporária do contrato 
de trabalho. 
Em junho de 2020, a empresa onde trabalho me enquadrou na MP936/2020 e tive 
meu salário reduzido em 25% (vinte e cinco por cento). Com essa redução de salário foi 
necessário diminuir algumas despesas extras, tais como: salão, roupas, calçados e utensílios 
para a casa. A relação do meu ganho mensal versus a redução com gastos extras, esta 
ilustrada na tabela abaixo. A minha família é composta por dois adultos e 1 adolescente, no 
meu caso, como meu marido também trabalha e não teve redução dos seus ganhos, somente 
com a redução dos gastos extras e economia no supermercado, conseguimos pagar as contas 
fixas, sem precisar renegociar ou optar para empréstimos a juros altos e que no futuro 
poderiam comprometer o orçamento familiar. Mas infelizmente essa não foi a realidade da 
maioria das famílias que perderam seus empregos e passaram por dificuldades até para se 
alimentar. 
 
 
PROBLEMATIZAÇÃO DA FUNÇÃO CONSUMO 
O ano de 2020 foi desafiador para a população mundial. Não existia um protocolo 
para uma crise sanitária dessa proporção e até mesmo as pessoas com a situação financeira 
controlada, se viram diante da ameaça da perda do emprego, descontrole de preços nos 
supermercados, nas farmácias e nos postos de gasolinas. O fechamento de comércios para 
evitar a aglomeração e propagação do vírus. A lotação dos hospitais e suspensão de 
cirurgias eletivas. O medo e a insegurança de como será o futuro próximo, quando a 
pandemia for controlada, se instalou em todos os lares. Levando em consideração o cenário 
da minha realidadefinanceira apresentada na tabela 1.0. 
100% 100% 100% 100% 100%
75% 75% 75% 75% 75% 75% 75%
45% 43% 33% 34% 33% 21% 19% 18% 17% 17% 16% 32%0%
50%
100%
150%
Salário x Gastos Extras
Salário Gastos Extras
Tabela 1.0 
Pode-se verificar, que antes do início da redução salarial, em junho, já houve 
redução de gastos extras e isso se deve ao fato de que sou farmacêutica e tive minha jornada 
aumentada no início da pandemia, já que no laboratório em que trabalho, em março, 
iniciou-se a Campanha da Vacina da Influenza, que foi bastante significativa no ano de 
2020. Esse ritmo intenso de trabalho aliado com o fechamento do comércio em Curitiba 
em meados de março, foi responsável pela redução de gastos de alguns itens que não são 
considerados essenciais. Também pode-se observar que em dezembro os gastos extras 
tiveram aumento e isso se deve ao período de festas, pois mesmo sem realizar as ceias de 
Natal e Ano Novo com toda a família reunida, não deixamos passar sem lembrar das 
pessoas que amamos e que fazem parte das nossas vidas. 
Por fim, realizei a obtenção da expressão linear representando o gráfico da tabela 
1.0. A expressão linear dos meus gastos extras ao longo dos meses está representada na 
tabela abaixo. É possível perceber que houve padrão na economia dos gastos extras durante 
os meses de redução salarial, provando que muitas vezes compramos por impulso e não 
por necessidade. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Diante da análise dos dados apresentados neste portfólio é possível afirmar que o 
planejamento financeiro é muito importante para a manutenção da renda familiar. A 
realidade financeira da minha família durante a pandemia não ilustra o que aconteceu em 
grande parte da população da minha cidade, infelizmente muitos comércios foram fechados, 
muitos trabalhadores perderam seus empregos e mesmo com a ajuda dos auxílios criados 
pelo Governo, seja o auxílio emergencial ou a suspensão de corte de água e luz, por falta de 
pagamento, para as famílias de baixa renda, a população não consegue honrar seus 
compromissos com as despesas básicas (água, luz, aluguel e alimentação) e muitas vezes 
acabam tendo que ir morar nas ruas. Os resultados financeiros da crise sanitária, que ainda 
estamos vivendo, serão sentidos mesmo após o controle da pandemia e infelizmente, 
algumas famílias jamais conseguirão se recuperar moral e financeiramente da destruição 
que esse vírus deixou por onde passou. 
 
REFERÊNCIAS 
FIEP. Novo coronavírus: mudanças no consumo e impactos nas atividades 
econômicas. Disponível em: https://agenciafiep.com.br/wp-
content/uploads/2020/07/Mudan%c3%a7as-no-consumo-e-impactos-nas-
atividades-econ%c3%b4micas-1.pdf. Acesso em 12 mai. 2020. 
y = -0,022x + 0,41650%
20%
40%
60%
0 2 4 6 8 10 12 14
Gastos Extras
https://agenciafiep.com.br/wp-content/uploads/2020/07/Mudan%c3%a7as-no-consumo-e-impactos-nas-atividades-econ%c3%b4micas-1.pdf
https://agenciafiep.com.br/wp-content/uploads/2020/07/Mudan%c3%a7as-no-consumo-e-impactos-nas-atividades-econ%c3%b4micas-1.pdf
https://agenciafiep.com.br/wp-content/uploads/2020/07/Mudan%c3%a7as-no-consumo-e-impactos-nas-atividades-econ%c3%b4micas-1.pdf
FREITAS, F.G.; MAGNABOSCO, A.L.; BANDEIRA, A.C. A pandemia do 
covid-19 e seus impactos na economia mundial e brasileira. Confederação 
Nacional de Serviços, Brasília, mar. 2020. Disponível em: 
http://www.cnservicos.org.br/wp-content/uploads/2020/03/Impactos-economicos-
do-Covid-19-v11.pdf. Acesso em 11 mai. 2020. 
 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em https:// 
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/curitiba/panorama. Acesso em 11 mai. 2020. 
 
PARANÁ. Secretaria da Fazenda. Notícias em Destaque. Em ano de pandemia, 
Paraná aumentou investimentos e gastos com saúde. Disponível em: 
https://www.fazenda.pr.gov.br/Noticia/Em-ano-de-pandemia-Parana-aumentou-
investimentos-e-gastos-com-saude#. Acesso em 02.05.2021. 
http://www.cnservicos.org.br/wp-content/uploads/2020/03/Impactos-economicos-do-Covid-19-v11.pdf
http://www.cnservicos.org.br/wp-content/uploads/2020/03/Impactos-economicos-do-Covid-19-v11.pdf
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/curitiba/panorama
https://www.fazenda.pr.gov.br/Noticia/Em-ano-de-pandemia-Parana-aumentou-investimentos-e-gastos-com-saude
https://www.fazenda.pr.gov.br/Noticia/Em-ano-de-pandemia-Parana-aumentou-investimentos-e-gastos-com-saude

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