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Extensivo Essencial Carreiras Jurídicas (Estúdio) - Diurno CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO Disciplina: QSJ - Direito Processual Penal Professor: Guilherme Madeira Aula: 01 | Data: 01/02/2016 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO 1. Questão 1 2. Questão 2 3. Questão 3 4. Questão 4 5. Questão 5 6. Questão 6 7. Jurisprudência 1. Questão 1 Aplicada em: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: SEAP-DF Prova: Agente de Atividades Penitenciária No que se refere ao direito processual penal, julgue o item, segundo o entendimento dos tribunais superiores e da doutrina dominante. Em regra, a Lei Processual Penal é aplicada tão logo entra em vigor, afetando, inclusive, atos já realizados sob a vigência de lei anterior. A afirmação é falsa, sob a ótica do art. 2º do CPP: Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. Atenção: Nas provas, o teor deste artigo é geralmente escrito em outra ordem. 2. Questão 2 Aplicada em: 2015 Banca: FCC Órgão: TJ-PE Prova: Juiz Substituto Antonio está sendo processado pela prática do delito de furto qualificado. É correto dizer que, caso haja mudança nas normas que regulamentam o procedimento comum ordinário, a) a nova lei se aplica ao processo no estágio em que se encontra, se concluída a fase de instrução. b) a nova lei apenas se aplica se benéfica ao acusado. c) os atos praticados sob a vigência da lei anterior são válidos. d) a nova lei se aplica ao processo no estágio em que se encontra, apenas se ainda não recebida a denúncia contra Antonio. e) os atos praticados sob a vigência da lei anterior precisam ser ratificados, caso contrário não serão considerados válidos. Acerca de aspectos diversos do processo penal brasileiro, o próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. Página 2 de 4 A afirmativa correta é a letra C. Deve-se ter em mente a regra do “tempus regit actum”. O art. 2º do CPP, acima transcrito, não discute ratificação dos atos anteriores à lei nova. Obs: Essa questão é excepcional, pois, geralmente, os enunciados são mais longos. 3. Questão 3 Aplicada em: 2015 Banca: CESPE Órgão: DPE-PE Prova: Defensor Público Alberto e Adriano foram presos em flagrante delito. O juiz que analisou a prisão em flagrante concedeu a Alberto a liberdade provisória mediante o recolhimento de fiança arbitrada em um salário mínimo. Quanto a Adriano, foi- lhe decretada a prisão preventiva. Antes que o autuado Alberto recolhesse o valor da fiança e que a DP impetrasse habeas corpus em favor de Adriano, entrou em vigor lei processual penal nova mais gravosa, que tratou tanto da fiança quanto da prisão preventiva. Nessa situação, a lei processual penal nova que tratou da fiança aplicar-se-á desde logo, sempre juízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. Entretanto, à prisão preventiva aplicar-se-ão os dispositivos que forem mais favoráveis ao interessado. É importante esquematizar o problema: Alberto Fiança deferida Lei nova mais gravosa Adriano Prisão preventiva Lei nova mais gravosa À prisão preventiva aplicar-se-ão os dispositivos que forem mais favoráveis ao interessado? O professor diria que sim, mas a reposta seria falsa na prova de magistratura, MP ou delegado. Na defensoria, a resposta seria verdadeira. 4. Questão 4 Aplicada em: 2014 Banca: FGV Órgão: TJ-RJ Prova: Analista Judiciário Especialidade Execução de Mandados A Constituição da República e o Código de Processo Penal preveem regras e princípios para solucionar conflitos no tema “a lei no tempo”. À lei puramente processual penal aplicam-se os seguintes princípios: a) da irretroatividade da lei prejudicial ao réu e da retroatividade da lei benéfica; b) da aplicação imediata e do tempus regit actum (tempo rege o ato); c) da inalterabilidade e da ultratividade da lei benéfica; d) da ultratividade e da retroatividade da lei benéfica ao réu; e) da retroatividade da lei prejudicial e da ultratividade da lei benéfica. A resposta correta é a letra B, também à luz do disposto no art. 2º do CPP (acima transcrito). 5. Questão 5 Aplicada em:2014 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: Promotor de Justiça-Matutina Página 3 de 4 São efeitos do princípio tempus regit actum, previsto no Código de Processo Penal: a) os atos processuais realizados sob a égide da lei anterior são considerados válidos; b) as normas processuais têm aplicação imediata, pouco importando se o fato que deu origem ao processo é anterior à sua entrada em vigor. Ambas as afirmativas estão corretas, mas o professor critica a redação da letra “b”. 6. Questão 6 Aplicada em:2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Delegado de Polícia A lei processual penal a) tem aplicação imediata, sem prejuízo dos atos realizados sob a vigência de lei anterior. b) somente pode ser aplicada a processos iniciados sob sua vigência. c) tem aplicação imediata, devendo ser declarados inválidos os atos praticados sob a vigência de lei anterior. d) tem aplicação imediata, devendo ser renovados os atos praticados sob a vigência da lei anterior. e) é retroativa aos atos praticados sob a vigência de lei anterior. A alternativa correta é a letra A. O professor chamou atenção para a letra D, pois não há necessidade de renovação. 7. Jurisprudência Este Superior Tribunal tem reiteradamente decidido que não há ofensa ao princípio da identidade física do juiz no caso de substituição do magistrado em decorrência de férias, exceção prevista no Código de Processo Civil (art. 132), aplicável nos termos do art. 3º do Código de Processo Penal. AgRg no HC 174014 / RJ Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j. 17.11.15 O juiz que encerrou a instrução deve julgar o feito. Este princípio não possui exceções no CPP, mas também está previsto no CPC (art. 132), que prevê exceções: Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor. O STJ tem entendido que as exceções podem ser aplicadas ao processo penal, sem ofensa ao princípio, devido à possibilidade de aplicação subsidiária do CPC. Problema: O Novo CPC não prevê o princípio da identidade física do juiz, tampouco exceções. Como resolver? O princípio da identidade física do juiz existe desde 2008 e agora o CPP ficou “a pé”. As exceções, portanto, deverão ser incorporadas pela doutrina e pela jurisprudência. Obs: o Professor disponibilizará a resposta à 3ª questão de forma escrita, fazendo a ressalva quanto ao posicionamento que defende que a prisão preventiva é norma de garantia e não pode ter tratamento mais gravoso, de acordo com Aury Lopes Júnior. Página 4 de 4 Em questões escritas, deve-se tomar muito cuidado com o espaço.
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