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1 FACULDADE SANTO ANTÔNIO – GRUPO EDUCACIONAL CAELIS BACHARELADO EM FARMÁCIA PRIMEIRO/SEGUNDO SEMESTRE MANUAL DE BIOSSEGURANÇA – FARMÁCIA ALAGOINHAS- BA, 2020 2 Faculdade Santo Antônio – Grupo Educacional Caelis Manual de Biossegurança – Farmácia Bacharelado em Farmácia Ariadiler Silva Dos Santos Manual solicitado pela docente Solange Fiscina na disciplina Biossegurança para fins avaliativos. 11 de Janeiro de 2021, Alagoinha- BA 3 SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….. 04 2-PRINCÍPIOS DA BIOSSEGURANÇA FARMACÊUTICA…….…………………. 05 3-CONCEITO DE RISCO……………………………………………………………… 06 3.1 TIPOS DE RISCO…………………………………………………………………. 07 3.2 CLASSES DE RISCOS BIOLÓGICOS…………………………………………. 08 4-MAPA DE RISCO……………………………………………………………………. 18 5-BIOSSEGURANÇA NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL………………………… 19 6-BOAS PRÁTICAS EM BIOSSEGURANÇA……………………………………… 22 7-REFERÊNCIAS……………………………………………………………………… 27 4 1-INTRODUÇÃO A biossegurança consiste num conjunto de normas e medidas adotadas para proteger os trabalhadores de riscos advindos do serviço diário e evitar acidentes de trabalho. As medidas de prevenção na área de saúde são mais comumente aplicadas em hospitais e instalações laboratoriais, no controle dos agentes biológicos que os profissionais são expostos. Como riscos biológicos podem ser classificados microorganismos tais como, bactérias, fungos, protozoários, vírus, parasitas etc., ou seja, agentes biológicos que ao invadir o organismo humano por via cutânea, digestiva e/ou respiratória causam algum tipo de patologia como, por exemplo, tuberculose, AIDS, hepatites, tétano, micoses etc. As medidas de biossegurança abrangem uma gama de atitudes envolvendo os agentes biológicos, desde o uso adequado de EPI’s ao transporte e descarte de lixo hospitalar adequado e equipamentos corretos, tendo sempre como objetivo manter a segurança do meio ambiente e profissionais. As normas de biossegurança estão presentes na legislação brasileira com o intuito de preservar a vida e promover segurança em qualquer atividade que envolva agentes biológicos, dispostas na Lei de Biossegurança 11.105 de 24 de Março de 2015. Além da segurança em diversos ambientes de trabalho que possam ser expostos a riscos biológicos, como hospitais, laboratórios farmacêuticos, clínicos, hemocentros, centros de pesquisa e universidades, nesta lei, constam ainda a lista dos riscos relativos às técnicas de manipulação de organismos, alimentos transgênicos, etc. 5 2-PRINCÍPIOS DA BIOSSEGURANÇA FARMACÊUTICA A biossegurança nas ações em farmácia tem como objetivo manter e prevenir a saúde do profissional, dos clientes e alguns cuidados com o meio ambiente. Através dela, adquire-se noções básicas de técnicas usadas para evitar acidentes de trabalho utilizando: os equipamentos de proteção individuais(EPIs), os equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e normas de boas práticas usadas para evitar acidentes. Aprende-se também os malefícios causados pela exposição aos agentes físicos, por exemplo: Radiação, contaminação com agentes biológicos no caso de acidente com perfuro cortantes e os cuidados e perigos ao manipular os agentes químicos. As práticas de biossegurança compreendem também pequenas atitudes como lavagem das mãos de forma correta, limpeza do chão, uso de materiais esterilizados e até o descarte adequado do lixo biológico. A biossegurança, é considerada atualmente como direito e dever de todo cidadão e deve ser aplicada de forma constante com o propósito de proteger e promover a salvaguarda da vida de todos os trabalhadores, clientes, pacientes, estudantes e cidadãos. É extremamente importante manter a disciplina, acidentes ocorrem quando não há controle da situação. Deve-se trabalhar visando a prevenção. Partindo do princípio de que se trabalha nas áreas das ciências da saúde e biológicas com fluidos, deve ser prioritário o sistema preventivo de precaução, zelo e disciplina. Todas as amostras, de origem humana e animal, devem ser tratadas como se estivessem contaminadas. O profissional deve empregar em suas práticas as normas de cuidados específicas, evitando, com normas de biossegurança, a exposição de seu paciente, seus companheiros e os cidadãos a riscos decorrentes de seu trabalho. O profissional deve ter a postura e o compromisso de proteção de todo e qualquer cidadão contra a falta de cuidado técnico e descuido ético, exigindo e trabalhando com boa prática e conduta na obediência criteriosa das normas de biossegurança e de 6 proteção individual e coletiva. O profissional deve estabelecer coerentemente o vínculo entre o pensamento ético e a consciência social objetivando a melhor prática na execução de sua atividade nas áreas das ciências e da saúde. O profissional e o aluno das áreas das ciências da saúde e biológicas devem estar conscientes de que o ser humano abrange aspectos corporais, emocionais, voluntários, mentais, psicológicos, sociais e valorativos. 3-CONCEITO DE RISCO A norma internacional ISO 45001 – Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional conceitua risco como a: “Combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições perigosas relacionadas aos trabalhos e da gravidade das lesões e problemas de saúde que podem ser causados pelo(s) evento(s) ou exposição(ões)”. Em outras palavras pode-se dizer que risco é a chance de uma situação ou evento perigoso efetivamente provocar danos ou prejuízos. O risco ocupacional é definido pela frequência com a qual uma pessoa pode sofrer danos causados por uma fonte de perigo. Quanto maior a frequência de exposição ao fator de risco, maior a probabilidade de haver consequências negativas. Os riscos são avaliados em termos de consequências e de probabilidade dessas consequências ocorrerem. Trata-se de uma medida de incerteza. Eles podem ter efeitos positivos ou negativos..O grau de exposição aos riscos ocupacionais está vinculado a 3 variáveis: • Tempo de exposição – período durante o qual o trabalhador fica exposto ao agente ou fator de risco; • Intensidade ou concentração– nível acumulado do agente ou fator de risco no ambiente de trabalho; • Natureza do agente ou fator de risco– grau de nocividade ou potencial agressivo à saúde do trabalhador. http://www.sstonline.com.br/e-publicada-iso-45001-sistemas-de-gestao-em-sst http://www.sstonline.com.br/e-publicada-iso-45001-sistemas-de-gestao-em-sst 7 3.1-TIPOS DE RISCO os riscos ocupacionais podem ser classificados e 5 grupos: • Riscos químicos “Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.’’ • Riscos biológicos “Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitos, entre outros.’’ • Riscos de acidentes/mecânicos “Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.’’ • Riscos ergonômicos “Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, ritmoexcessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc.’’ Referente a prevenção de riscos, existem uma série de medidas e técnicas que visam eliminar ou reduzir a exposição do trabalhador; os princípios e hierarquia das medidas são os seguintes: Evitar ou reduzir a utilização de materiais, processos ou equipamentos que possam oferecer riscos para a saúde; Prevenir ou reduzir a formação ou ocorrência de agentes ou fatores de risco; Evitar ou controlar a liberação de agentes de risco e sua disseminação ou propagação no ambiente de 8 trabalho; Evitar que os trabalhadores sejam atingidos ou afetados por agentes de risco, por exemplo, utilizando um equipamento de proteção individual (EPI). 3.2-CLASSES DE RISCOS BIOLÓGICOS São diversos os agentes biológicos que afetam o reino animal e vegetal distribuídos em classes de risco com a seguinte definição: • Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): Inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos sadios. Exemplos: Lactobacillus sp. e Bacillus subtilis. A classe de risco 1 é representada por agentes biológicos não incluídos nas classes de risco 2, 3 e 4 e para os quais não se verifi ca a capacidade de causar doença no homem. • Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): Inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Exemplos: Schistosoma mansoni e Vírus da Rubéola. CLASSE DE RISCO 2- BACTÉRIAS, INCLUINDO CLAMÍDIAS E RIQUÉTSIAS: Acinetobacter baumannii, A. calcoaceticus, Acinetobacter spp. Actinobacillus actinomycetemcomitans, A. hominis, Actinobacillus spp. Actinomadura madurae, A. pelletieri Actinomyces gerencseriae, A. israelii, A. pyogenes [Nomenclatura anterior: Corynebacterium pyogenes], Actinomyces spp. Aeromonas hydrophila, Aeromonas spp. Amycolata autotrophica [Nomenclatura anterior: Nocardia autotrophica, Pseudonocardia autotrophica, Streptomyces autotrophicus] Arcanobacterium haemolyticum [Nomenclatura anterior: Corynebacterium haemolyticum], A. pyogenes [Nomenclatura anterior: Corynebacterium pyogenes], Arcanobacterium spp. Bacillus cereus cepas diarreiogênicas e enterotoxigênicas Bacteroides fragilis, Bacteroides 9 spp. Bartonella henselae, B. quintana, B. vinsonii, Bartonella spp. Bordetella bronchiseptica, B. parapertussis, B. pertussis, Bordetella spp. Borrelia burgdorferi, B. duttoni, B. recurrentis, Borrelia spp. Burkholderia cepacia [Nomenclatura anterior: Pseudomonas cepacia], Burkholderia spp. exceto aquelas classifi cadas como de risco 3 Campylobacter coli, C. fetus, C. jejuni, C. septicum, Campylobacter spp. Cardiobacterium hominis, C. valvarum Chlamydia pneumoniae, C. trachomatis Clostridium chauvoei, C. haemolyticum, C. histolyticum, C. novyi, C. perfringens, C. septicum, C. tetani, Clostridium spp. exceto Clostridium botulinum classifi cado como de risco 3 Corynebacterium diphtheriae, C. minutissimum, C. pseudotuberculosis, C. renale, Corynebacterium spp. Dermatophilus chelonae, D. congolensis Edwardsiella tarda, Edwardsiella spp. Ehrlichia chaffeensis, E. sennetsu, Ehrlichia spp. Eikenella corrodens Enterobacter aerogenes [Nomenclatura anterior: Klebsiella mobilis], E. cloacae, Enterobacter spp. Enterococcus spp. Erysipelothrix rhusiopathiae Escherichia coli todas as detentoras de antígeno K1 e cepas diarreiogênicas exceto Escherichia coli enterohemorrágica classifi cada como de risco 3 Haemophilus ducreyi, H. infl uenzae, Haemophilus spp. Helicobacter pylori, Helicobacter spp. Klebsiella oxytoca, K. pneumoniae, Klebsiella spp. Legionella pneumophila, Legionella spp. Leptospira interrogans todos os sorotipos, Leptospira spp. Listeria spp. Moraxella spp. Morganella morganii, subespécies morganii, psychrotolerans e sibonii Mycobacterium asiaticum, M. avium, M. bovis cepa BCG vacinal, M. chelonae, M. fortuitum, M. kansasii, M. leprae, M. malmoense, M. marinum, M. paratuberculosis, M. scrofulaceum, M. simiae, M. szulgai, M. xenopi, Mycobacterium spp. Mycoplasma caviae, M. hominis, M. pneumoniae, Mycoplasma spp. Neisseria gonorrhoea, N. meningitidis, Neisseria spp. Nocardia asteroides, N. brasiliensis, N. farcinica, N. nova, N. otitidiscaviarum, N. transvalensis, Nocardia spp. Pasteurella multocida, Pasteurella spp. Peptostreptococcus anaerobius, Peptostreptococcus spp. Plesiomonas shigelloides Porphyromonas spp. Prevotella spp. Proteus hauseri, P. mirabilis, P. penneri, P.shigelloides, P. vulgaris Providencia alcalifaciens, P. rettgeri, P. rustigiannii, P. stuartii Rhodococcus equi [Nomenclatura anterior: Corynebacterium equi], R. gordoniae Salmonella spp. todos os sorotipos Serpulina spp. Shigella boydii, S. fl exneri, S. sonnei, Shigella spp. exceto Shigella dysenteriae tipo 1 classifi cada como de risco 3 Sphaerophorus necrophorus [Nomenclatura anterior: Fusobacterium necrophorum] Staphylococcus aureus subespécies aureus e anaerobius, S. caprae, S. fi lis, S. haemolyticus Streptobacillus moniliformis Streptococcus pneumoniae, S. pyogenes, S. suis, Streptococcus spp. Treponema carateum, T. 10 pallidum, T. pertenue, Treponema spp. Vibrio cholerae (01 e 0139), V. parahaemolyticus, V. vulnifi cus, Vibrio spp. Yersinia enterocolitica, Y. pseudotuberculosis FUNGOS: Acremonium alabamensis, A. falciforme [Nomenclatura anterior: Cephalosporium falciforme], A. kiliense [Nomenclatura anterior: Cephalosporium kiliense], A. potronii, A. recifei [Nomenclatura anterior: Cephalosporium recifei], A. strictum [Nomenclatura anterior: Cephalosporium acremonium] Aphanoascus fulvescens Apophysomyces elegans Arthrographis kalrae (Teleomorfo: Eremomyces langeronii) Aspergillus alliaceus (Teleomorfo: Petromyces alliaceus), A. amstelodami (Teleomorfo: Eurotium amstelodami), A. candidus, A. fl avus (Teleomorfo: Petromyces fl avus), A. fumigatus (Teleomorfo: Neosartorya fumigata), A. glaucus (Teleomorfo: Eurotium herbariorum), A. nidulans (Teleomorfo: Emericella nidulans), A. niger, A. oryzae, A. terreus, A. ustus, A. versicolor Basidiobolus ranarum Bipolaris spp. (Teleomorfo: Cochliobolus spp.) Blastomyces dermatitidis (Teleomorfo: Ajellomyces dermatididis) Botryomyces caespitosus Candida albicans [Nomenclatura anterior: Candida genitalis, C. langeroni, C. nouvelii, C. stellatoidea, Monilia albicans], C. dubliniensis; C. glabrata [Nomenclatura anterior: Torulopsis glabrata], C. guilliermondii (Teleomorfo: Pichia guilliermondii), C. krusei (Teleomorfo: Issatchenkia orientalis), C. lusitaniae (Teleomorfo: Clavispora lusitaniae), C. parapsilosis, C. pelliculosa (Teleomorfo: Pichia anomala), C. tropicalis Cladophialophora bantiana [Nomenclatura anterior: Clasdoporium bantianum, C. trichoides, Xylohypha bantiana], C. carrionii [Nomenclatura anterior: Clasdosporium carrionii] Colletotrichum gloeosporioides Conidiobolus coronatus [Nomenclatura anterior: Entomophthora coronata], C. incongruus Cryptococcus gattii (Teleomorfo: Filobasidiella bacillispora), C. neoformans (Teleomorfo: Filobasidiella neoformans) Cunninghamella bertholletiae Emmonsia crescens (Teleomorfo: Ajellomyces crescens) Epidermophyton fl occosum [Nomenclatura anterior: Epidermophyton inguinale, Trichophyton cruris, T. fl occosum, T. inguinale] Exophiala dermatitidis [Nomenclatura anterior: Fonsecaea dermatitidis, Hormodendrum dermatitidis, Phialophora dermatitidis, Wangiella dermatitidis], E. jeanselmei [Nomenclatura anterior: Phialophora jeanselmei], E. spinifera [Nomenclatura anterior: Phialophora spinifera, Rhinocladiella spinifera] Fonsecaea compacta, F. monophora, F. pedrosoi [Nomenclatura anterior: Hormodendrum pedrosoi, Phialophora pedrosoi, Rhinocladiellapedrosoi] Fusarium oxysporum, F. solani (Teleomorfo: Nectria haematococca), 11 F. verticillioides [Nomenclatura anterior: Fusarium moniliforme] Geotrichum candidum [Nomenclatura anterior: Oidium pulmoneum] (Teleomorfo: Galactomyces geotrichum), G. capitatum (Teleomorfo: Dipodascus capitatum), G. clavatum Gymnoascus dankaliensis Hortaea werneckii [Nomenclatura anterior: Cladosporium werneckii, Exophiala werneckii, Phaeoannellomyces werneckii] Lacazia loboi [Nomenclatura anterior: Loboa loboi] Madurella grisae, M. mycetomatis Malassezia dermatis, M. furfur [Nomenclatura anterior: Pityrosporum ovale], M. globosa, M. japonica, M. obtusa, M. pachydermatis [Nomenclatura anterior: Pityrosporum pachydermatis], M. restricta, M. slooffi ae, M. sympodialis Microsporum audouinii, M. canis [Nomenclatura anterior: Microsporum lanosum, M. sapporoense] (Teleomorfo: Arthroderma otae – Nomenclatura anterior: Nannizia otae), M. ferrugineum, M. fulvum (Teleomorfo: Arthroderma fulvum – Nomenclatura anterior: Nannizia fulva), M. gypseum (Teleomorfos: Arthroderma gypseum – Nomenclatura anterior: Nannizia gypsea, Arthroderma incurvatum – Nomenclatura anterior: Nannizia incurvata) Mucor amphibiorum, M. circinelloides [Nomenclatura anterior: Mucor griseo-roseus, M. javanicus, M. lusitanicus], M. indicus [Nomenclatura anterior: Mucor rouxii], M. ramosissimus Mycocladus corymbiferus [Nomenclatura anterior: Abisidia corymbifera, A. ramosa, Mucor corymbifer] Nattrassia mangiferae [Nomenclatura anterior: Hendersonula toruloidea]) (Anamorfo artroconidial: Scytalidium dimidiatum) Neotestudina rosatii Paecilomyces lilacinus, P. variotii Paracoccidioides brasiliensis1 [Nomenclatura anterior: Blastomyces brasiliensis] Penicillium marneffei Phaeoacremonium parasiticum [Nomenclatura anterior: Phialophora parasitica] Phialophora americana (Teleomorfo: Capronia semiimmersa), P. europaea, P. richardisiae, P. verrucosa Phoma cruris-hominis, P. dennisii var. oculo-hominis Pneumocystis carinii (P. jiroveci) Pyrenochaeta romeroi Rhinocladiella aquaspersa, R. atrovirens Rhinosporidium seeberi Rhizopus azygosporus, R. microsporus, R. oryzae, R. schipperae, R. stolonifer Scedosporium apiospermum [Nomenclatura anterior: Monosporium apiospermum] (Teleomorfo: Pseudoallescheria boydii – Nomenclatura anterior: Allescheria boydii; Petriellidium boydii), S. aurantiacum, S. prolifi cans [Nomenclatura anterior: Scedosporium infl atum] Schizophyllum commune Scopulariopsis acremonium, S. asperula, S. brevicaulis, S. brumptii, S. fl ava, S. fusca, S. koningii Sporothrix schenckii Stachybotrys chartarum [Nomenclatura anterior: Stachybotrys alternans, S. atra] Trichophyton concentricum (Teleomorfo: Arthroderma sp.), T. interdigitale (Teleomorfo: Arthroderma sp.), T. mentagrophytes [Nomenclatura anterior: Trichophyton asteroides, T. erinacei, T. 12 granulosum, T. gypseum, T. niveum, T. pedis, T. proliferans, T. quinckeanum, T. radiolatum] (Teleomorfo: Arthroderma benhamiae, A. vanbreuseghemii), T. rubrum (Teleomorfo: Arthroderma sp.), T. schoenleinii (Teleomorfo: Arthroderma sp.), T. soudanense (Teleomorfo: Arthroderma sp.), T. tonsurans (Teleomorfo: Arthroderma sp.), T. verrucosum (Teleomorfo: Arthroderma sp.); T. violaceum (Teleomorfo: Arthroderma sp.) Trichosporon asahii [Nomenclatura anterior: Trichosporon coremiformis, T. cutaneum var. peneaus, T. fi gueiae], T. asteroides, T. cutaneum [Nomenclatura anterior: Trichosporum beigelii], T. inkin [Nomenclatura anterior: Sarcinomyces inkin], T. mucoides, T. ovoides [Nomenclatura anterior: Geotrichum amycelicum] PARASITOS – HELMINTOS: Acanthocheilonema dracunculoides [Nomenclatura anterior: Dipetalonema dracunculoides] Acanthoparyphium tyosenense Ancylostoma braziliense, A. caninum, A. ceylanicum, A. duodenale Angiostrongylus cantonensis, A. costaricensis Anisakis simplex, Anisakis spp. Appophalus donicus Artyfechinostomum oraoni Ascaris lumbricoides, A. suum Ascocotyle (Phagicola) longa [Nomenclatura anterior: Phagicola longa], Ascocotyle spp. Baylisascaris procyoni Brachylaima cribbi Brugia malayi, B. pahangi, B. timori Capillaria aerophila, C. hepatica, C. philippinensis Cathaemacia cabrerai Centrocestus armatus, C. caninum, C. cuspidatus, C. formosanus, C. kurokawai, C. longus Clonorchis sinensis Contracaecum osculatum, Contracaecum spp. Cotylurus japonicus Cryptocotyle lingua Dicrocoelium dendriticum Diphyllobothrium alascence, D. cameroni, D. cordatum, D. dalliae, D. dendriticum, D. ditremum, D. hians, D. klebanovski, D. lanceolatum, D. latum, D. nihonkaiense, D. orcini, D. pacifi cum, D. scoticum, D. stemmacephalum, D. ursi, D. yonagoensis Diplogonoporus balaenopterae Dipylidium caninum Dirofi laria immitis, D. repens, D. tenuis Dracunculus medinensis Echinocasmus fujianensis, E. japonicus, E. liliputanus, E. perfoliatus Echinococcus granulosus (cisto hidático-larva), E. multilocularis (cisto hidático alveolar), E. oliganthus, E. vogeli (hidátide policística) Echinostoma angustitestis, E. cinetorchis, E. echinatum, E. hortense, E. revolutum, Echinostoma spp. Enterobius vermicularis Episthmium caninum Fasciola gigantica, F. hepatica Fasciolopsis buski Fibricola cratera, F. seolensis [Nomenclatura anterior: 13 Neodiplostomum seolensis] Fischoederius elongatus Gastrodiscoides hominis Gnathostoma binucleatum, G. doloresi, G. hispidum, G. malaysiae, G. nipponicum, G. spinigerum Gymnophaloides seoi Haplorchis pleurolophocerca, H. pumilio, H. taichui, H. vanissimus, H. yokogawai Heterophyes dispar, H. heterophyes, H. nocens Heterophyopsis continua Hymenolepis diminuta, H. nana Lagochilascaris minor Loa loa Macracanthorhynchus hirudinaceus Mansonella ozzardi, M. perstans [Nomeclatura anterior: Dipetalonema perstans], M. streptocerca Metagonimus minutus, M. miyatai, M. takahashii, M. yokogawai Metorchis conjunctus Moniliformis moniliformis Nanophyetus salminicola Necator americanus Onchocerca volvulus Opisthorchis noverca, O. tenuicollis [Nomenclatura anterior: O. felineus], O. viverrini Paragonimus africanus, P. kellicotti, P. skrjabini, P. uterobilateralis, P. westermani Phaneropsolus bonnie, P. spinicirrus Plagiorchis harinasutai, P. javensis, P. murinus, P. philippinensis Procerovum calderoni, P. varium Prosthodendrium molenkampi Pseudoterranova decipiens Pygidiopsis summa, Pygidiopsis spp. Schistosoma haematobium, S. intercalatum, S. japonicum, S. mansoni, S. mekongi Spelotrema brevicaeca Stellantchasmus falcatus Stictodora fuscata, S. lari Strongyloides füllerborni, S. stercoralis Taenia brauni (larva Coenurus brauni), T. crassiceps (Cysticercus longicollis), T. hydatigena (cisticerco), T. multiceps (Coenurus cerebralis), T. saginata (Cisticercus bovis), T. serialis (Coenurus serialis), T. solium (Cysticercus cellulosae, C. racemosus), T. taeniformis (estrobilocerco) Toxocara canis, T. cati Trichinella spiralis Trichostrongylus orientalis,Trichostrongylus spp. Trichuris trichiura Uncinaria stenocephala Watsonius watsonius Wuchereria bancrofti PARASITOS – PROTOZOÁRIOS: Acanthamoeba castellani Babesia divergens, B. microti Balantidium coli Cryptosporidium hominis, Cryptoporidium spp. Entamoeba histolytica Enterocytozoon bieneusi Giardia lamblia Isospera belli Leishmania amazonensis, L. brasiliensis, L. chagasi, L. donovani, L. major; L. peruvania Naegleria fowleri Plasmodium falciparum, P. malariae, P. ovale, P. vivax Sarcocystis spp. Toxoplasma gondii Trypanosoma brucei brucei, T. brucei gambiense, T. brucei rhodesiense, T. cruzi VÍRUS E PRIONS Adenovirus – 47 adenovírus infectam o homem e são divididos em 6 subgêneros A-F com diversos sorotipos: A (12,18, 31), B (3, 7,11, 14, 16, 21, 14 34, 35), C (1, 2, 5, 6), D (8-10, 13, 15, 17, 19, 20, 22-30, 32,33, 36-39, 42-47), E (4), F (40-41): Alphavirus – Aurá, Babanki, Barmah Forest, Bebaru, Cabassou, Fort Morgan, Getah, HighlandsJ, Kyzylagach, Mayaro, Middelburg, Ndumu, O’Nyong-Nyong, Pixuna, Ross River, Sagiyama, Sindbis, Trocara, Una, Whataroa Arenavirus – Amapari, Cupuxi, Ippy, Latino, Oliveros, Paraná, Pichinde, Tacaribe, Tamiami Astrovirus – todos os tipos Calicivirus – Norovirus, Sapovirus Coronavirus – todos os tipos com exceção de SARS-CoV Flavivirus – Alfuy, Apoi, Aroa, Bagaza, Banzi, Bouboui, Bussuquara, Cacipacore, Cowbone Ridge, Dakar Bat, vírus da Dengue 1, 2, 3, e 4, Edge Hill, Entebbe Bat, Gadgets Gully, Iguape, Jugra, Jutiapa, Kadam, Kamiti River, Karshi, Kedougou, Kokobera, Kunjin, Langat, Meaban, Modoc, Montana Myotis Leukemia, Naranjal, Ntaya, Phnom-Penh Bat, Rio Bravo, Royal Farm, Saboya, Sal Vieja, San Perlita, Saumarez Reef, Sepik, Sokoluk, Spondweni, Stratford, Tembusu, Tyuleniy, Uganda S, Usutu, Yaounde, Yellow Fever vaccine strain (Febre Amarela vacinal), Zika Hepacivirus – vírus da Hepatite C Hepevirus – vírus da Hepatite E Herpesvirus humanos – todas as oito espécies conhecidas: Lyssavirus – Adelaide River, Berrimah, Charleville, Coastal Plains, Duvenhage, Kimberley, Kolongo, Kotonkan, Lagos Bat, Malakal, Nasoule, Ngaingan, Puchong, Rochambeau, Sandjimba, Tibrogargan Nairovirus – Abu Hammad, Avalon, Clo Mor, Dera Ghazi Khan, Hazara, Hughes, Kao Shuan, Khasan, Omo, Paramushir, Pathum Thani, Punta Salinas, Qalyub, Sakhalin, Soldado, Taggert, Zirqa Orthobunyavirus – Abras, Acara, Aino, Ananindeua, Anhembi, Anopheles A, Anopheles B, Apeu, Arumateua, Babahoyo, Bahig, Bakau, Batai, Batama, Benevides, Benfi ca, Beritoga, Bimitti, Birao, Bobia, Boracéia, Botambi, Bozo, Bunyamwera, Bushbush, Buttonwillow, Bwamba, Cache Valley, California Encephalitis, Calovo, Cananéia, Capim, Caraipe, Caraparu, Catu, Dhori, Estero Real, Fort Sherman, Gamboa, Guajara, Guama, Guaratuba, Guaroa, Gumbo Limbo, Iaco, Ilesha, Ingwavuma, Inini, Inkoo, Itaqui, Itimirim, Jamestown Canyon, Jatobal, Jerry Slough, Juan Diaz, Kaeng Khoi, Kaikalur, Kairi, Ketapang, Keystone, Koongol, La Crosse, Las Maloyas, Lednice, Lokern, Lukuni, Macaua, Madrid, Maguari, Mahogany Hammock, Main Drain, Manzanilla, Marituba, Matruh, Mboke, Melao, Mermet, Minatitlan, Mirim, Moju, Mojui dos Campos, Moriche, Morro Bay, M’Poko, Murutucu, Nepuyo, Nola, Northway, Nyando, Olifantsvlei, Oriboca, 15 Ossa, Oubi, Pahayokee, Palestina, Para, Patois, Peaton, Playas, Pongola, Potosi, Pueblo Viejo, Restan, Sabo, San Angelo, San Juan, Santa Rosa, Sathuperi, Serra do Navio, Shamonda, Shark River, Shokwe, Shuni, Simbu, Snowshoe Hare, Sororoca, Tacaiuma, Tahyna, Tanjong Rabok, Tensaw, Tete, Thimiri, Timboteua, Tinaroo, Tlacotalpan, Trivittatus, Trombetas, Tsuruse, Tucurui, Turlock, Umbre, Utinga, Vinces, Virgin River, Wongal, Zegla Orthohepadnavirus – vírus da Hepatite B Orthomyxovirus – vírus da Infl uenza A, B e C, e os tipos transmitidos por carrapatos, vírus Dhori e Thogoto, exceto as amostras aviárias asiáticas de infl uenza A, como H5N1, classifi cadas como de risco 3 Papillomavirus Paramyxovirus – excetuando-se os vírus Hendra e Nipah classifi cados como de risco 3 Parvovirus – Parvovirus humano B-19 Phlebovirus – todos com exceção do Rift Valley Fever classifi cado como de risco 3 Picornavirus Polyomavirus Poxvirus – Buffalopox, Cotia, Cowpox, Molluscum contagiosum, Myxoma, vírus Orf, Parapoxvirus, Poxvirus de caprinos, suínos e aves, Vaccinia e amostras relacionadas, Yatapox Tana Reovirus Retrovirus – classifi cados na classe de risco 2 apenas para sorologia, para as demais operações de manejo em laboratório estes vírus são classifi cados como de risco 3 Rubivirus – vírus da Rubéola Vesiculovirus – Boteke, Calchaqui, Carajás, Chandipura, Cocal, Farmington, Gray Lodge, Isfahan, Jurona, Klamath, Kwatta, La Joya, Maraba, Mount Elgon Bat, Perinet, Radi, Vesicular Stomatitis-Alagoas, Vesicular Stomatitis-Indiana, Vesicular Stomatitis- New Jersey, Yug Bogdanovac Príons, incluindo agentes de encefalopatias espongiformes transmissíveis: Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE), Scrapie e outras doenças animais relacionadas, Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD), Insônia Familiar Fatal, Síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker e Kuru . • Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): Inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de prevenção. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: Bacillus anthracis e Vírus da Imunodefi ciência Humana (HIV). 16 BACTÉRIAS, INCLUINDO CLAMÍDIAS E RIQUÉTSIAS: Bacillus anthracis Bartonella bacilliformis Brucella spp. todas as espécies Burkholderia mallei [Nomenclatura anterior: Pseudomonas mallei], B. pseudomallei [Nomenclatura anterior: Pseudomonas pseudomallei] Chlamydia psittaci cepas aviárias Clostridium botulinum Coxiella burnetii Escherichia coli enterohemorrágica Francisella tularensis tipo A e B Mycobacterium africanum, M. bovis exceto a cepa BCG, M. canetti, M. microti, M. tuberculosis; M. ulcerans Pasteurella multocida tipo B amostra buffalo e outras cepas virulentas Rickettsia akari, R. australis, R. canada, R. conorii, R. montana, R. prowazekii, R. rickettsii, R. siberica, R. tsutsugamushi, R. typhi (R. mooseri) Shigella dysenteriae tipo 1 Taylorella equigenitalis [Nomenclatura anterior: Haemophilus equigenitalis] Yersinia pestis FUNGOS: Coccidioides immitis, C. posadasii2 Histoplasma capsulatum2 (Teleomorfo: Ajellomyces capsulatus) Ramichloridium mackenziei VÍRUS E PRIONS Alphavirus – Chikungunya, Eastern Equine Encephalitis (Encefalite Equina do Leste), Everglades, Mucambo, Semliki Forest, Tonate, Venezuelan Equine Encephalitis (Encefalite Equina Venezuelana), Western Equine Encephalitis (Encefalite Equina do Oeste) Arenavirus – Allpahuayo, Bear Canyon, Flexal, Mobala, Mopeia, Pirital, Whitewater Arroyo Bornavirus Coronavirus – SARS-CoV Flavivirus – Absettarov, Alkhumra, Deer Tick Vírus, Israel Turkey Meningitis, Japanese Encephalitis, Koutango, Louping Ill, Murray Valley Encephalitis, Negishi, Powassan, Rocio, St. Louis Encephalitis (Encefalite de São Luis), Wesselsbron, West Nile (Vírus do Oeste do Nilo), Yellow Fever (Febre Amarela) Hantavirus – Anajatu, Andes, Araraquara, Bayou, Black Creek Canal, Cano Delgadito, Castelo dos Sonhos, Dobrava-Belgrade, El Moro Canyon, Isla Vista, Jaborá, Juquitiba-like, Khabarovsk, Laguna Negra, Muleshoe, New York, Prospect Hill, Puumala, Rio Mamore, Rio Mearin, Rio Segundo, Saaremaa, Seoul, Sin Nombre, Thailand, Thottapalayam, Topografov, Tula Herpesvirus – Herpesvirus ateles, Herpesvirus saimiri Lyssavirus – Bovine Ephemeral Fever, vírus da Raiva amostras de rua Nairovirus – Dugbe, Nairobi Sheep Disease Orthobunyavirus – Douglas, Garissa, Germiston, Ngari, Oropouche, Xingu Orthomyxovirus – amostras aviárias asiáticas de Infl uenza A, como por exemplo, H5N1 Paramyxovirus – vírus Hendra e Nipah Phlebovirus – Rift Valley Fever Poxvírus – Monkeypox (varíola do macaco) Retrovírus – incluindo os vírus da Imunodefi ciência Humana (HIV-1 e 17 HIV-2), vírus Linfotrópico da Célula T Humana (HTLV-1 e HTLV-2) e vírus da Imunodefi ciência de Símios (SIV) para a multiplicação dos vírus Vesiculovirus – Piry • Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): Inclui os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida profilática ou terapêutica efi caz contra infecções ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui principalmente os vírus. Exemplos: Vírus Ebola e Vírus Lassa.VÍRUS E PRIONS; Arenavirus – Guanarito, Junin, Lassa, Machupo, Sabia Filovirus – incluindo vírus Marburg, Ebola e outros relacionados Flavivirus – Hanzalova, Hypr, Kumlinge, Kyasanur Forest Disease, Omsk Hemorrhagic Fever, Russian Spring-Summer Encephalitis, Tick-borne Encephalitis (Encefalite Européia do Carrapato) Herpesvirus – Cercopithecine Herpesvirus 1 ou Herpevirus Simiae ou B-Virus Nairovirus – Crimean Congo Hemorrhagic Fever Vírus Poxvirus – vírus da Varíola, Camelpox (varíola do camelo) 18 4- MAPA DE RISCO Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho,que podem ser prejudiciais à saúde dos trabalhadores, tais como acidentes e doenças de trabalho. Tais fatores são analisados nos elementos neccessário no trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.) O Mapa de Risco é construído tendo como base a planta baixa ou esboço do local de trabalho, e os riscos serão definidos pelos diâmetros dos círculos. 19 5-BIOSSEGURANÇA NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DISPENSAÇÃO: As Farmácias de dispensação, segundo a Vigilância Sanitária, tem que haver o controle do armazenamento dos medicamentos sem exposição a luz sola, aquecimento ou luzes fortes. A comercialização de perfurocortantes deve ser observada com cuidado. O descarte de material deve ser cuidadoso e a atenção especial ao destino dos medicamentos vencidos ou que sofreram violação em suas embalagens. O descarte do material deve ser estruturado e projetado com antecedência e sob auxílio da Vigilância Sanitária e das instituições de descarte de resíduos tóxicos. Os profissionais devem utilizar equipamentos de proteção individual e ter consciência da necessidade de mudança de roupa na saída do trabalho e da assepsia ao menos das mãos. A responsabilidade das farmácias de dispensação deve se estender à avaliação do receituário médico esclarecendo o paciente, por meio da atenção farmacêutica, sobre o 20 uso correto do medicamento, que implica na dose certa, tomada segundo o esquema posológico correto, e no período estipulado. O paciente deve ser também instruído, em linguagem acessível, sobre as possíveis reações adversas de modo que ele mesmo saiba identificar. MANIPULAÇÃO: As farmácias de manipulação devem seguir as normas do Ministério da Saúde e da Vigilância Sanitária; levando em consideração o controle do armazenamento das drogas de forma adequada conforme recomendação do fornecedor / fabricante, que não devem estar sob o sol ou aquecimento e livres de iluminação forte direta. Devem também ser protegidas da umidade. A manipulação deve ser realizada com cuidado e precaução conforme aconselhamento e indicação para a manipulação de drogas tóxicas. Os profissionais devem seguir as recomendações de utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva, incluindo cabinas ou capelas para manipulação de produtos químicos. Toda Farmácia de Manipulação deve seguir os requisitos de Boas Práticas de Manipulação (BPM), atentando para a prescrição médica, manipulação, conservação e dispensação das formulações, seja ela magistral ou oficinal, ou caso haja necessidade: aditivação e fracionamento de produtos já industrializados ou de interesse da saúde. As farmácias de manipulação devem possuir no mínimo as seguintes áreas: Armazenamento; Manipulação; Dispensação; Administrativa. Os produtos manipulados devem ser mantidos até sua dispensação em condições de estocagem que garantam sua integridade. A Portaria n° 792 de outubro de 1998 do Ministério da Saúde; estabelece as condições gerais para as Boas Práticas de Manipulação. Esta portaria define requisitos gerais para a avaliação farmacêutica, manipulação, conservação, dispensa de formulações magistrais e oficinais, aditivação e fracionamento de produtos industrializados, bem como critérios 21 para aquisição de matérias-primas e materiais de embalagem. A Farmácia é responsável pela qualidade das formulações magistrais e oficinais que manipula, conserva e transporta. O descarte do material deve ser estruturado e projetado com antecedência e sob auxílio da Vigilância Sanitária e das instituições de descarte de resíduos tóxicos. Atenção especial deve ser dada às drogas e medicamentos vencidos ou que sofreram violação em suas embalagens. HOSPITALARES: No contexto de segurança, o Farmacêutico e a Farmácia Hospitalar desempenham atividades importantes que têm como objetivo final evitar erros que coloquem em risco a terapêutica e consequentemente a saúde dos pacientes. O Conselho Federal de Farmácia, na Resolução nº 300 de 30 de janeiro de 1997, em seu artigo 2º define: “A farmácia hospitalar tem como principal função: garantir a qualidade de assistência prestada ao paciente através do uso seguro e racional de medicamentos e correlatos, adequando sua utilização à saúde individual e coletiva, nos planos: assistencial, preventivo, docente e de investigação, devendo, para tanto, contar com farmacêuticos em número suficiente para o bom desempenho da assistência farmacêutica”. A farmácia deve ser portadora de estrutura física e de pessoal capaz de desenvolver uma assistência eficaz, obedecendo aos requisitos mínimos para o seu bom funcionamento e deve registrar os acontecimentos diários, semanais e mensais de forma fiel. Deve ser garantida a aquisição de produtos farmacêuticos, correlatos e materiais médicos hospitalares com qualidade. Qualificar fornecedores segundo os seguintes critérios: exato atendimento das especificações estabelecidas; os materiais devem ter registro ou serem declarados isentos de registro pelo Ministério da Saúde; possuir certificado de análise dos lotes fornecidos; avaliação do histórico de fornecimento. As farmácias hospitalares devem seguir as normas do ministério e manipulação de 22 drogas tóxicas; devem ser específicas e cuidadosas, atendendo as recomendações de manipulação com equipamentos de proteção individual e coletiva necessários. A assepsia, os controles de qualidade e a esterilidade rigorosos na preparação de soluções que serão administradas aos pacientes nas diversas vias, se faz inquestionável e estritamente necessária. O descarte de material deve ser cuidadoso e atenção especial deve ser dada ao destino dos quimioterápicos, medicamentos vencidos ou que sofreram violação em suas embalagens. O descarte do material deve ser estruturado com antecedência e sob aauxílio da Vigilância Sanitária e das instituições de descarte de resíduos. As farmácias hospitalares devem atender as normas e exigências do Ministério da Saúde e da Vigilância Sanitária e registrar os acontecimentos diários, semanais e mensais de forma fiel. 6-BOAS PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA A biossegurança em laboratórios também é abordada na RDC nº 50, através de um conjunto de práticas, equipamentos e instalações voltados para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de prestação de serviços, pesquisas, produção e ensino, visando à saúde dos homens, à preservação do ambiente e à qualidade dos resultados. Existem quatro níveis de biossegurança: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, crescentes no maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção, que consistem de combinações de práticas e técnicas de laboratório e barreiras primárias e secundárias de um laboratório. O responsável técnico pelo laboratório é o responsável pela avaliação dos riscos e pela aplicação adequada dos níveis de biossegurança, em função dos tipos de agentes edas atividades a serem realizadas. 23 NB-1 - Nível de Biossegurança 1: O nível de Biossegurança 1 representa um nível básico de contenção que se baseia nas práticas padrões de microbiologia, sem uma indicação de barreiras primárias ou secundárias, com exceção de uma pia para a higienização das mãos. As práticas, o equipamento de segurança e o projeto das instalações são apropriados para o treinamento educacional secundário ou para o treinamento de técnicos e de professores de técnicas laboratoriais. Este conjunto também é utilizado em outros laboratórios onde é realizado o trabalho, com cepas definidas e caracterizadas de microrganismos viáveis e conhecidos por não causarem doenças em homens adultos e sadios. O Bacillus subtilis, o Naegleria gruberi, o vírus da hepatite canina infecciosa e organismos livres sob as Diretrizes do NIH de DNA Recombinantes são exemplos de microrganismos que preenchem todos estes requisitos descritos acima. NB-2 - Nível de Biossegurança 2: As práticas, os equipamentos, o projeto e a construção são aplicáveis aos laboratórios clínicos, de diagnóstico, laboratórios-escolas e outros laboratórios onde o trabalho é realizado com um maior espectro de agente nativos de risco moderado presentes na comunidade e que estejam associados a uma patologia humana de gravidade variável. Com boas técnicas de microbiologia, esses agentes podem ser usados de maneira segura em atividades conduzidas sobre uma bancada aberta, uma vez que o potencial para a produção de borrifos e aerossóis é baixo. O vírus da hepatite B, o HIV, a Salmonella spp. e Toxoplasma spp. são exemplos de microrganismos designados para este nível de contenção. O nível de Biossegurança 2 é adequado para qualquer trabalho que envolva sangue humano, líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas primárias onde a presença de um agente infeccioso pode ser desconhecida. Embora os organismos rotineiramente manipulados em um Nível de Biossegurança 2 não sejam transmitidos através de aerossóis, os procedimentos envolvendo um alto potencial para a produção de salpicos ou aerossóis que possam aumentar o risco de exposição destes funcionários devem ser conduzidos com um equipamento de contenção primária ou com dispositivos como a Cabine de Segurança Biológica (CSB) ou os copos de segurança da centrífuga. Outras barreiras primárias, como os escudos para borrifos, proteção facial, aventais e luvas, devem ser utilizadas. As barreiras secundárias, como pias para higienização das mãos e instalações para descontaminação de lixo, devem existir com o objetivo de reduzir a contaminação potencial do meio ambiente. 24 B-3 - Nível de Biossegurança 3: As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e construção das dependências são aplicáveis para laboratórios clínicos, de diagnóstico, laboratório-escola, de pesquisa ou de produções. Nesses locais realiza-se o trabalho com agentes nativos ou exóticos que possuam um potencial de transmissão via respiratória e que possam causar infecções sérias e potencialmente fatais. O Mycobacterium tuberculosis, o vírus da encefalite de St. Louis e a Coxiella burnetii são exemplos de microrganismos determinados para este nível. Os riscos primários causados aos trabalhadores que lidam com estes agentes incluem a auto-inoculação, a ingestão e a exposição aos aerossóis infecciosos. No Nível de Biossegurança 3, enfatizam-se mais as barreiras primárias e secundárias para protegerem os funcionários de áreas contíguas, a comunidade e o meio ambiente contra a exposição aos aerossóis potencialmente infecciosos. Por exemplo, todas as manipulações laboratoriais deverão ser realizadas em uma cabine de segurança biológica (CSB) ou em outro equipamento de contenção, como uma câmara hermética de geração de aerossóis. As barreiras secundárias para este nível incluem o acesso controlado ao laboratório e sistemas de ventilação que minimizam a liberação de aerossóis infecciosos do laboratório. B-4 - Nível de Biossegurança 4: As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e construção das dependências são aplicáveis para trabalhos que envolvam agentes exóticos perigosos que representam um alto risco por provocarem doenças fatais em indivíduos. Estes agentes podem ser transmitidos via aerossóis, e até o momento não há nenhuma vacina ou terapia disponível. Os agentes que possuem uma relação antigênica próxima ou idêntica aos dos agentes do Nível de Biossegurança 4 também deverão ser manuseados neste nível. Quando possuímos dados suficientes, o trabalho com esses agentes deve continuar neste nível ou em um nível inferior. Os vírus como Marburg ou vírus da febre hemorrágica Criméia – Congo são manipulados no Nível de Biossegurança 4. Os riscos primários aos trabalhadores que manuseiam agentes do Nível de Biossegurança 4 incluem a exposição respiratória aos aerossóis infecciosos, exposição da membrana mucosa e/ou da pele lesionada às gotículas infecciosas e a auto-inoculação. Todas as manipulações de materiais de diagnóstico potencialmente infeccioso, substâncias isoladas e animais naturalmente ou experimentalmente infectados apresentam um alto risco de exposição e infecção aos funcionários de laboratório, à comunidade e ao meio ambiente. O completo isolamento dos trabalhadores de laboratórios em relação aos materiais infecciosos aerossolizados é realizado primariamente em cabines de segurança biológica Classe III ou com um macacão individual suprido com pressão de ar positivo. A instalação do Nível de Biossegurança 4 é geralmente construída em um prédio separado ou em uma 25 zona completamente isolada, com uma complexa e especializada ventilação e sistemas de gerenciamento de lixo que evitem uma liberação de agentes viáveis no meio ambiente. A seguir, é apresentado um quadro resumo dos níveis de biossegurança recomendados para agentes infecciosos, segundo orientação contida na publicação do CDC – Centro de Prevenção e Controle de Doenças do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de Microbiologia, traduzida pelo Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Saúde. 26 27 7-REFERÊNCIAS • ANVISA- Acessado em 03/01/2021 às 00:04, Disponível em: Https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_ praticas/modulo1/barreiras.htm ▪ Eder Santos Professor e Consultor de SST Fundador do www.sstonline.com.br – Acessado em 03/01/2021 ás 00:40, Disponível em: http://www.sstonline.com.br/perigo-ou- risco-entenda-a-diferenca-entre- eles/#:~:text=De%20outra%20forma%2C%20podemos%20di zer,por%20uma%20fonte%20de%20perigo. • PUC Minas, CIPA, Acessado 03/01/2021 às 01:25, Disponível em: https://portal.pucminas.br/cipa/index_padrao.php?pagina=618 • ADVISORY COMMITTEE ON DANGEROUS PATHOGENS. The approved list of biological agents. United Kingdom, Health and Safety Executive, 2004. 17 p. . Acesso em: nov. 2009. • AMERICAN BIOLOGICAL SAFETY ASSOCIATION. Risk Groups: Bacterias, 1998. Revised: 11/02/1999. Disponível em: . Acesso em: nov. 2009. BRASIL. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Resolução Normativa nº 2, de 27 de novembro de 2006. Dispõe sobre a classifi cação de risco de Organismos Geneticamente Modifi cados (OGM) e os níveis de biossegurança a serem aplicados nas atividades e projetos com OGM e seus derivados em contenção. Diário Ofi cial da União, Brasília, 28 nov. 2006. ______. • Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 60 p. ______. https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo1/barreiras.htm https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo1/barreiras.htmhttp://www.sstonline.com.br/ http://www.sstonline.com.br/perigo-ou-risco-entenda-a-diferenca-entre-eles/#:~:text=De%20outra%20forma%2C%20podemos%20dizer,por%20uma%20fonte%20de%20perigo http://www.sstonline.com.br/perigo-ou-risco-entenda-a-diferenca-entre-eles/#:~:text=De%20outra%20forma%2C%20podemos%20dizer,por%20uma%20fonte%20de%20perigo http://www.sstonline.com.br/perigo-ou-risco-entenda-a-diferenca-entre-eles/#:~:text=De%20outra%20forma%2C%20podemos%20dizer,por%20uma%20fonte%20de%20perigo http://www.sstonline.com.br/perigo-ou-risco-entenda-a-diferenca-entre-eles/#:~:text=De%20outra%20forma%2C%20podemos%20dizer,por%20uma%20fonte%20de%20perigo https://portal.pucminas.br/cipa/index_padrao.php?pagina=618 28 • Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Classifi cação de risco dos agentes biológicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 36 p. ______. • Ministério do Trabalho e do Emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora nº 32 – segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de assistência à saúde. Diário Ofi cial da União, Brasília, 16 nov. 2005 • ASSIS MOURA, M.L.P. Enfermagem em Centro de Material e Esterilização. 3. ed. São Paulo: Editora SENAC. 1994. • # BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RCD nº 46, de 18 de maio de 2000. Regulamento Técnico para a Produção e Controle de Qualidade de Hemoderivados de Uso Humano. Brasília. 2000. • # BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria nº 792, de 07 de outubro de 1998. Regulamento Técnico que institui as Boas Práticas de Manipulação – BPM em Farmácias. Brasília. 1998. • # BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 300 de 30 de janeiro de 1997. Ementa: Regulamenta o exercício profissional em farmácia e unidade hospitalar, clínicas e casas de saúde de natureza pública ou privada. Brasília. 1997. • # BRASIL. Ministério da Saúde. Processamento de artigos e superfícies em estabelecimentos de saúde. 2ª. ed. Brasília. 1994, 29 p. • # OLIVEIRA, A. C.; ALBUQUERQUE, C. P. & ROCHA, L. C. M. Infecções Hospitalares. Abordagem, Prevenção e Controle, MEDSI. 1998. 29 ▪ Eder Santos Professor e Consultor de SST Fundador do www.sstonline.com.br – Acessado em 03/01/2021 ás 00:40, Disponível em: http://www.sstonline.com.br/perigo-ou-risco-entenda-a-diferenca-entre-eles/#:~:text=De%20outra%20forma%2C%20podemos%20dizer,p...
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