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Arquitetura de Computadores I Prof. MSc. Daniel Menin Tortelli danielmenintortelli@gmail.com Memória – Parte I Função, Conceito e Objetivo • Função: armazenar informações que são/serão manipuladas por um sistema de computação para que possam ser recuperadas prontamente quando necessárias; • Conceito: é um componente do sistema de computação onde são guardados dados ou informações para serem usados quando desejados; • Objetivo: armazenar dados ou informações e permitir sua recuperação quando requerido; • É um subsistema do sistema computacional; Desempenho • Vários tipos de memórias. Motivos: • Aumento da velocidade do processador: maior que a velocidade do tempo de acesso da memória. Ocasiona atrasos na transferência de bits entre a Memória Principal e o processador; • Capacidade de armazenamento dos sistemas computacionais: aumento do volume dos dados que devem ser armazenados e manipulados nos sistemas atuais; • O ideal é que o processador não fique parado, esperando por muito tempo, que um dado seja transferido da memória. Desempenho • Exemplo: • Suponha que um processador manipula um dado em 5 nanossegundos. Suponha que a memória desse sistema computacional, possa transferir um dado para o processador, em 60 nanossegundos. Quanto tempo o processador ficará ocioso durante a transferência do dado da Memória para o Processador? O que isso acarreta ao sistema? • Resposta: • A cada 60 nanossegundos o processador trabalhará 5 nanossegundos, portanto, o processador ficará 55 nanossegundos ocioso, acarretando baixa produtividade do sistema computacional. Desempenho • O que fazer para aumentar a produtividade do sistema computacional? • Desenvolver memórias com maior velocidade; • Problema nesta solução: custo de fabricação elevado; • Impasse: • A quantidade de instruções executadas por segundo por um processador dobra a cada 18 meses; • A velocidade de acesso das memórias aumenta apenas 10% a cada ano; • A capacidade de armazenamento das memórias quadruplica a cada 36 meses; Ações e Operações •Uma memória executa algumas ações e operações: • Ação Armazenar: Guarda um dado ou informação; • Operação para Armazenar: Escrita (read) ou Gravação (write); • Ação Recuperar (Retrieve): Recupera um dado ou informação armazenada para uso; • Operação para Recuperar: Leitura (read); Diferença entre Memória e Armazenamento • Memória: quando se trata de memórias eletrônicas como DRAM, SRAM, Cache, etc. São dispositivos que perdem o conteúdo armazenado quando desligados; • Armazenamento: quando se trata de Discos, CDs, DVDs, etc. São dispositivos que não perdem o conteúdo armazenado quando desligados; • A diferença é que a memória armazena temporariamente e o armazenamento é permanentemente; Hierarquia da Memória Hierarquia da Memória • Devido ao fato de os programadores desejarem uma quantidade ilimitada de memória (PATTERSON; HENNESSY, 2005), é necessário utilizar múltiplos níveis de memória com diferentes desempenhos e tamanhos (HENNESSY; PATTERSON, 2008), criando uma hierarquia de memória. • As memórias mais rápidas são mais caras por bit, apresentam menores capacidades de armazenamento e um tamanho físico maior. • Com a hierarquia de memória, cada nível é menor, mais rápido e com um custo mais alto por byte do que o próximo nível inferior (HENNESSY; PATTERSON, 2008). Cada nível mapeia uma memória maior e mais lenta para uma menor e mais rápida. Hierarquia da Memória Hierarquia da Memória Princípio da Localidade • No sistema computacional o Sistema de Memória se baseia no Princípio da Localidade, que se divide em Temporal e Espacial. • O Princípio da Localidade Temporal diz que um dado acessado recentemente tem mais chances de ser usado novamente, do que um dado usado há mais tempo. • Isso é verdade porque as variáveis de um programa tendem a ser acessadas várias vezes durante a execução de um programa, e as instruções usam bastante comandos de repetição e sub-programas, o que faz instruções serem acessadas repetidamente. • Sendo assim, o Sistema de Memória tende a manter os dados e instruções recentemente acessados no topo da Hierarquia de Memória. Princípio da Localidade • O Princípio da Localidade Espacial diz que há uma probabilidade de acesso maior para dados e instruções em endereços próximos àqueles acessados recentemente. • Isso também é verdade porque os programas são sequenciais e usam de repetições. • Sendo assim, quando uma instrução é acessada, a instrução com maior probabilidade de ser executada em seguida, é a instrução logo a seguir dela. • Para as variáveis o princípio é semelhante. Variáveis de um mesmo programa são armazenadas próximas uma às outras, e vetores e matrizes são armazenados em sequência de acordo com seus índices. • Baseado neste princípio, o Sistema de Memória tende a manter dados e instruções próximos aos que estão sendo executados no topo da Hierarquia de Memória. Princípio da Localidade Programas acessam somente uma pequena porção de memória num curto espaço de tempo: • Variáveis - temporal • Laços - temporal e espacial • Percurso de arrays – espacial • O uso de cache é uma forma de implementar a hierarquia de memória. A cache contém uma cópia de partes da memória principal que foram acessadas recentemente ou que estão localizadas próximas às áreas acessadas recentemente. • Com o uso de cache, quando a CPU precisa acessar uma informação da memória, é feita uma verificação para determinar se a mesma está na cache. • Se estiver, ela é entregue ao processador, senão um bloco da memória principal é lido para a cache e então transferido ao processador (STALLINGS, 2010). Tipos de memória • Para a computação, memória são todos os dispositivos que permitem a um computador guardar dados, temporariamente ou permanentemente. • O armazenamento de dados nos computadores é divido em dois grandes grupos de dispositivos (TANENBAUM, 2007): a) Memória primária ou principal – é onde os processos (programas em estado de execução) e os seus dados são armazenados para serem processados pela CPU. É formada por dispositivos de memória de acesso rápido, com armazenamento de um menor volume de dados, que em geral, não conseguem guardar a informação quando são desligados. b) Memória secundária – é onde os arquivos e dados são armazenados. É formada por dispositivos de acesso mais lento, capazes de armazenar permanentemente grandes volumes de dados. Tipos de memória • A unidade básica de memória é o bit. Um bit pode conter um 0 ou um 1. • O agrupamento de 0s e 1s é capaz de representar qualquer tipo de informação. • As informações são agrupadas em bytes (8 bits) ou em palavras de 32 ou 64 bits. As memórias constituem-se em uma quantidade de células (endereços) que podem armazenar estas informações. • O elemento básico das memórias semicondutoras é a célula de memória e apresenta as seguintes características (STALLINGS, 2010): • Apresenta dois estados estáveis para representar o 0 ou o 1. • É capaz de ser escrita, para definir o estado. • É capaz de ser lida, para verificar o estado. • A memória principal é formada por dois tipos de memórias: a ROM e a RAM. Memória ROM Memória ROM • ROM (Read Only Memory) significa memória somente para leitura. • É um tipo de memória que, em uso normal, aceita apenas operações de leitura, não permitindo a realização de escritas. • Outra característica da ROM é que seus dados não são perdidos quando ela é desligada (memória não volátil). Tipos de Memória ROM ROM a) ROM (Read Only Memory) – é o tipo mais simples. Seus dados são gravados durante o processo de fabricação do chip. Não há como modificar ou apagar o seu conteúdo. PROM b) PROM (Programable Read Only Memory) – é um tipo de memória ROM, com uma diferença: pode ser programada em laboratório, através de um gravador especial. Esse tipo de gravação é feito através da “queima” de microscópicos elementos, que são como pequenosfusíveis, feitos de material semicondutor. Esse processo é irreversível. Sendo assim não há como apagar o seu conteúdo. EPROM c) EPROM (Erasable Programable Read Only Memory) – é uma ROM programável, que pode ser apagada e regravada. Seus dados podem ser apagados através de um feixe de luz ultravioleta de alta intensidade. Esses raios são obtidos em um aparelho especial chamado “apagador de EPROMs”. A programação do chip é realizada com o uso de um aparelho chamado de “gravador de EPROMs”. EEPROM d) EEPROM (Eletrically Eraseable Programable Read Only Memory) – são ROMs que podem ser regravados através da aplicação de voltagens de programações especiais. Em uso normal, essa voltagem não chega até o chip, e seus dados permanecem inalteráveis. Este tipo especial de ROM tem sido utilizado nas placas-mãe desde a década de 1990 para armazenar o seu BIOS (Basic Input/Output System ou Sistema Básico de Entrada/Saída). Pelo fato de serem alteráveis, permitem realizar atualizações do BIOS, através de programas especiais que ativam os seus circuitos de gravação. Esse programa é fornecido pelo fabricante da placa-mãe. Flash ROM e) Flash ROM (Flash Read Only Memory) – da mesma forma que as EEPROMs, essas são ROMs que podem ser regravadas através da aplicação de voltagens de programações especiais. Em uso normal, essa voltagem não chega até o chip, e seus dados permanecem inalteráveis. Esse é o tipo mais recente de ROM e tem sido utilizado nas placas-mãe atuais. Pelo fato de serem alteráveis, permitem realizar atualizações do BIOS, através de programas especiais que ativam os seus circuitos de gravação. Esse programa é fornecido pelo fabricante da placa-mãe. Memória RAM Memória RAM • É a memória principal de um sistema computacional. • É nela que são armazenados os programas, e os dados desses programas, que serão executados pelo processador, o qual busca instrução por instrução. • Tempo de Acesso: entre 50 ns e 80 ns. É constituída por elementos cuja velocidade fica abaixo das memórias cache e acima das memórias secundárias; • Volatilidade: volátil, mas há sempre uma pequena porção de memória não- volátil na memória principal que serve para armazenar instruções que são executadas quando o computador é ligado; Memória RAM • Tecnologia: no princípio, núcleos de ferrite, atualmente, semicondutores. • Capacidade: Sua capacidade de armazenamento é definido no projeto da arquitetura do processador, pela tecnologia da placa-mãe e também pelo limite de manipulação do controlador de memória. • Arquiteturas de 32 bits podem endereçar até 4GB, na teoria, entretanto placas-mães e controladores de memória não o fazem. • Arquiteturas de 64 bits podem endereçar até 16 ExaBytes, porém, ainda não há tecnologia para que aconteça de fato. Memória RAM • RAM é a memória de acesso aleatório. O nome RAM vem da sigla em inglês para Random Access Memory, e ela possui um tempo constante de acesso a qualquer endereço. • A memória RAM permite a execução de operações tanto de leitura como de escrita. • Outra característica fundamental desse tipo de memória é que ela é volátil (memória volátil), ou seja, os dados nela armazenados são perdidos na ausência de energia elétrica. • Com o passar dos anos, as memórias passaram por várias evoluções tecnológicas que fizeram com que estas adquirissem cada vez mais desempenho e capacidade de armazenamento. Tipos de Memória RAM SRAM a) SRAM (Static Random Access Memory) – a SRAM ou RAM estática é uma memória formada por seis transistores para armazenar cada bit. É mais rápida, possui maior custo e consome mais energia que a DRAM. Por padrão a SRAM é usada em pequenas quantidades em registradores e memórias Cache, para servir como cache entre a memória DRAM e a CPU. Estática: Tipo de memória na qual enquanto houver energia elétrica aplicada, não há a necessidade de reescrever a informação. DRAM b) DRAM (Dynamic Random Access Memory) – a DRAM ou RAM dinâmica é uma memória formada por um capacitor e um transistor para armazenar cada bit. É utilizada na memória principal por possuir menor custo e consumir menos energia, apesar de ser mais lenta que a SRAM. Exige que o conteúdo da célula seja regravado milhares de vezes por segundo (refresh) para manter a informação no capacitor. Dinâmica: Tipo de memória que, mesmo com energia elétrica aplicada, há a necessidade constante de reescrita da informação (refresh). Tipos de Memória DRAM DRAM DRAM (Dinamic RAM) – a DRAM em sua arquitetura original foi utilizada em PCs XT e AT. A partir dos 386 o que se fez foi introduzir melhoramentos na arquitetura das memórias DRAM, criando assim novos modelos mais avançados. Os tempos de acesso destas memórias variavam de acordo com o clock do processador, geralmente entre 80 e 120 ns. Cada módulo manipulava 8 bits por vez. FPM DRAM FPM DRAM (Fast Page Mode) – o acesso à memória foi otimizado de modo a evitar que, para células de memória consecutivas, fosse necessário retransmitir o sinal de linha. Os tempos de acesso destas memórias eram geralmente de 90 a 110 ns. Utilizada nos computadores 386, 486 e similares com módulos de 8 e 32 bits. EDO DRAM EDO DRAM (Extended Data Out) – nesse tipo de memória, enquanto o processador fosse lendo um dado, a memória já procuraria outro. Os tempos de acesso destas memórias eram geralmente de 60 e 70 ns. Utilizada nos computadores Pentium, Pentium MMX e similares com módulos de 32 bits. SDRAM SDRAM (Synchronous DRAM) – tem seu funcionamento sincronizado com o do chipset através de um clock. Por exemplo, em um processador com clock externo de 100 MHz, o chipset também opera em 100 MHz, assim como a SDRAM. Os tempos de acesso destas memórias eram geralmente entre 6 e 15 ns. Utilizada nos computadores Pentium, Pentium MMX e superiores, com módulos de 64 bits. RDRAM RDRAM (Rambus DRAM) – opera tipicamente em 400 MHz, realizando duas transferências por ciclo de clock. Utilizada nos computadores Pentium IV e XEON, com Módulos de 16 bits a uma taxa de transferência típica de 1,6 GB/s. DDR SDRAM DDR SDRAM (Double Data Rate) – em um processador com clock externo de 100 MHz, o chipset também opera em 100 MHz, assim como a DDR SDRAM. A diferença para a SDRAM comum é que a DDR realiza duas transferências por ciclo de clock. Utilizada nos computadores Athlon, Pentium IV, Celeron, Duron e similares, com módulos de 64 bits e uma taxa de transferência típica de 1,6 GB/s. DDR2 SDRAM DDR2 SDRAM – operam de 100 a 325 MHz realizando quatro transferências por ciclo de clock. Utilizada nos computadores Pentium IV e superiores, com módulos de 64 bits, com uma taxa de transferência entre 3,2 GB/s e 10,4 GB/s. DDR3 SDRAM DDR3 SDRAM – operam entre 100 e 266 MHz realizando oito transferências por ciclo de clock. Utilizada nos computadores Core2Duo e superiores, com módulos de 64 bits a uma taxa de transferência entre 6,4 GB/s e 19,2 GB/s. DDR4 SDRAM DDR4 SDRAM – No padrão DDR4, há 284 pinos para realizar a alimentação das micropeças e a comunicação. Portanto, o novo padrão tem 44 pinos a mais do que o DDR3, sendo que a funcionalidade de diversos deles foi alterada. Classificação Classificação • Acesso Sequencial: Os dados podem ser lidos e escritos apenas em uma determinada seqüência. As memórias FIFO e os registradores de deslocamento são alguns exemplos; • Acesso Randômico: Os dados podem ser lidos ou escritos sem uma ordem pré- estabelecida. Pertencem a esta categoria as memórias estáticas e dinâmicas; • Estáticas: Preservam a informação enquanto houver alimentação de energia; (não há operação de escrita/leitura); • Dinâmicas: Necessitam ter a sua informação periodicamente atualizada, isto é, lidas e novamente escritas sob o risco dos dados serem perdidos. Classificação • Síncronas: a leitura ou escrita dos dados é sincronizada por um relógio de sistema ou de barramento; • Assíncronas:não precisa de um clock; • Não-reutilizáveis: não pode ser escrita, ou pode ser escrita uma única vez; • Reutilizáveis: pode ser escrita mais de uma vez; Módulos • Também estão presentes nas Placas-Mãe os slots para a conexão dos módulos de circuitos eletrônicos que correspondem à memória, indispensáveis para o funcionamento do sistema computacional. • Inicialmente a memória RAM era composta de pequenos chips DIP – Dual In Parallel – encaixados na placa mãe. • A instalação destes módulos era muito trabalhosa, e para facilitar a vida dos usuários – e aumentar as vendas – os fabricantes desenvolveram módulos de memória: • Placa de circuito impresso onde os circuitos integrados de memória se encontravam soldados. • Basta encaixar à placa a placa-mãe do micro. Módulos • SIPP ou Single in Line Pin Package: • Foi o primeiro módulo a ser criado e sua aparência lembrava um pente – daí o apelido “pente de memória”. • Os terminais eram similares aos usados nos DIP, causando mau contanto e danificação. • Eram encontrados em versões de 256KB, 1MB e 4MB, todos de bits; Módulos • SIMM30 ou Single in Line Memory Module: • É basicamente um SIPP com novo encaixe, semelhante ao dos slots e não permite que os módulos sejam colocados invertidos. • Eles têm 30 terminais, operando a 8bits em versões de 256KB, 1MB e 4MB. • Possui módulos com e sem paridade; • PARIDADE: Para saber se o módulo tem ou não paridade, basta contar o número de circuitos: • se for ímpar ele possui paridade; • em módulos com dupla-face, contar somente os circuitos de uma face; Módulos • SIMM-72 ou Single in Line Memory Module: • Possuem 72 terminais e trabalham com 32 bits, tendo sido criados para uso com 486 e superiores. • São encontrados com diversas capacidades, sendo as mais usuais de 4MB, 8MB, 16MB e 32MB, com e sem paridade. Módulos • RIMM ou Rambus In Line Memory Module: • Padronizado pela Rambus para uso da RDRAM no micro. • São fisicamente semelhantes as DIMM, porém não é possível o encaixe de módulos RIMM em soquetes DIMM e vice-versa; Módulos • DIMM ou Double in Line Memory Module: • Possuem 168 terminais – 84 de cada lado – e trabalham com 64bits; • São encontrados com diversas capacidades acima de 8MB, com e sem paridade. • Os primeiros eram montados com FPM ou EDO e atualmente utilizam SDRAM ou superiores. • Ao contrário dos anteriores, possui contatos independentes nas duas faces; DDR, DDR2, DDR3 e DDR4 • DDR, DDR2, DDR3 e DDR4 são memórias do tipo SDRAM (Synchronous Dynamic Random Access Memory), isto é, síncronas, o que significa que elas utilizam um sinal de clock para sincronizar suas transferências. • DDR significa Double Data Rate ou Taxa de Transferência Dobrada, e memórias desta categoria transferem dois dados por pulso de clock externo. • Traduzindo: elas conseguem obter o dobro do desempenho de memórias sem este recurso trabalhando com o mesmo clock (memórias SDRAM, que não estão mais disponíveis para PCs). DDR, DDR2, DDR3 e DDR4 • Por causa desta característica, essas memórias são rotuladas com o dobro de seu clock externo. • Por exemplo, memórias DDR2-800 trabalham externamente a 400 MHz, memórias DDR2-1066 e DDR3-1066 trabalham externamente a 533 MHz, memórias DDR3-1333 trabalham externamente a 666,6 MHz, memórias DDR4-2133 trabalham externamente a 1.067 MHz, e assim por diante. • Esses clocks “nominais”, também chamados clocks “efetivos”, são frequentemente grafados em transferências por segundo (T/s). • Por exemplo, memórias DDR4-2133 podem ser rotuladas como 2.133 MT/s (milhões de transferências por segundo) em vez de MHz de seu clock efetivo, e não de seu clock externo que é de 1.067 MHz. DDR, DDR2, DDR3 e DDR4 • Internamente, memórias DDR e DDR2 trabalham com o mesmo clock em que operam externamente, enquanto que memórias DDR3 e DDR4 trabalham internamente com metade do clock externo. • Para evitar ainda mais confusões, normalmente o clock interno das memórias DDR3 e DDR4 não é mencionado, e trabalhamos apenas com os clocks nominais e externos da memória. Sinal de clock e modo DDR DDR, DDR2, DDR3 e DDR4 • É muito importante notar que esses clocks são valores máximos que a memória pode oficialmente usar; isto não significa que a memória trabalhará com essas “velocidades” automaticamente. • Por exemplo, se você instalar memórias DDR3-2133 em um computador que pode acessar apenas memórias a até 667 MHz (1.333 MHz DDR) – ou se seu micro estiver configurado erroneamente –, as memórias serão acessadas a 667 MHz (1.333 MHz DDR) e não a 1.067 MHz (2.133 MHz DDR). • Isto acontece porque o sinal de clock é gerado pelo o controlador de memória, um circuito que está localizado fora da memória (atualmente embutido no processador). Nomenclatura • O esquema de nomenclatura DDRx-yyyy (onde x é a geração da tecnologia e yyyy é o clock da memória DDR) em teoria é usado apenas para os chips de memória. • Os módulos de memória – a pequena placa de circuito impresso onde os chips de memória estão soldados – utilizam um esquema de nomenclatura diferente: PCx-zzzz, onde x é a geração da tecnologia e zzzz é a taxa de transferência máxima teórica (também chamada largura de banda máxima). • Este número indica a quantidade de bytes que podem ser transferidos por segundo entre o controlador de memória e o módulo de memória, assumindo que uma transferência de dados será realizada a cada pulso de clock. Nomenclatura • Essa conta é facilmente feita multiplicando o clock nominal/efetivo em MHz por oito. • Isto nos dará a taxa de transferência máxima teórica em MB/s (megabytes por segundo), mas em alguns casos o número é arredondado. • Por exemplo, as memórias DDR3-1333 têm uma taxa de transferência máxima teórica de 10.666 MB/s, mas os módulos de memória que utilizam este tipo de memória são chamados PC3-10666 ou PC3-10600, dependendo do fabricante. • Outro exemplo: memórias DDR4-2133 têm uma taxa de transferência máxima teórica de 17.064 MB/s, e os módulos de memória usando este tipo de chip são vendidos como PC4-17000. Velocidades • Uma das principais diferenças entre as memórias DDR, DDR2, DDR3 e DDR4 é a maior taxa de transferência que cada geração consegue alcançar. • No entanto, normalmente há sobreposição de velocidades disponíveis. • Por exemplo, existem memórias de 2.133 MHz tanto na tecnologia DDR3 quanto na DDR4. Latência • A latência é o tempo que o controlador de memória precisa esperar entre a requisição de um dado e sua efetiva entrega. • Ela também é conhecida como latência do CAS (Column Address Strobe) ou simplesmente CL. • Este número é expresso em pulsos de clock. • Por exemplo, uma memória CL3 significa que o controlador de memória precisa esperar três pulsos de clock até que o dado seja fornecido após a sua solicitação. Com uma memória CL5 o controlador de memória terá de esperar mais: cinco pulsos de clock. Latência Latência • As memórias DDR4 têm latências maiores que as memórias DDR3, que têm latências maiores do que as memórias DDR2, que por sua vez têm latências maiores do que as memórias DDR. • As memórias DDR2 e DDR3 têm um parâmetro adicional chamado AL (Additional Latency ou Latência Adicional) ou simplesmente A. • Com as memórias DDR2 e DDR3 a latência total será CL+AL. Felizmente praticamente todas as memórias DDR2 e DDR3 são AL 0, o que significa que não há necessidade de latência adicional. Latência • Isto significa que as memórias DDR4 demoram mais pulsos de clock para começarem a transferir dados do que as memórias DDR3 (assim como as memórias DDR3 demoram mais pulsos de clock para começarem a transferir dados se comparado com as memórias DDR2). • Uma memória DDR3-2133 CL7 demorará menos tempo (ou seja, será mais rápida) para começar a fornecer dados do que uma memória DDR4-2133 CL15. • Como as memórias são de “2.133 MHz”, ambas oferecem a mesma taxa de transferência máxima teórica (17.064MB/s). • Neste caso, a memória DDR4 é “pior” (mais lenta) que a memória DDR3 embora a memória DDR4 tenha como vantagem consumir menos energia do que memória DDR3. • Entretanto, a queda no desempenho causada pela maior latência é compensada pelo aumento na taxa de transferência. Latência • No caso de as memórias sendo comparadas tenham clocks diferentes, a situação pode ser outra. • Ao comparar módulos com clocks diferentes você precisa fazer algumas contas para poder comparar as latências. • Preste atenção que estamos falando em “pulsos de clock”. Quando o clock é maior, cada pulso de clock é menor (ou seja, o período é menor). Por exemplo, em uma memória DDR3-2133 ou DDR4-2133, cada pulso de clock leva 0,9372 ns (937,2 ps). • A conta é simples, período = 1 / frequência (clock externo) Latência • Normalmente os fabricantes anunciam as temporizações da memória como uma série de vários números separados por traços (por exemplo, 5-5-5-5, 7-10-10-10, etc). • A latência do CAS é sempre o primeiro número desta série. DDR2-1066 com CL 5 DDR3-1066 com CL 7 Latência http://www.clubedohardware.com.br/artigos/a-latencia-da-memoria-interfere-no-desempenho-do-computador/3206 http://www.tecmundo.com.br/memoria-ram/33413-clock-x-latencia-qual-fator-tem-mais-importancia-na-performance-da-memoria-ram.htm http://www.clubedohardware.com.br/artigos/a-latencia-da-memoria-interfere-no-desempenho-do-computador/3206 http://www.tecmundo.com.br/memoria-ram/33413-clock-x-latencia-qual-fator-tem-mais-importancia-na-performance-da-memoria-ram.htm Tensões de alimentação • Cada geração requer uma tensão de alimentação menor que a geração anterior, o que significa dizer que a cada nova geração, as memórias consomem menos energia e esquentam menos do que a geração anterior. • A tecnologia DDR3 oferece duas variantes com tensões de alimentação mais baixas, tipicamente usada em dispositivos móveis, de modo a consumirem menos energia. • A exemplo da DDR3, é esperada uma versão de menor tensão de alimentação da memória DDR4. • As memórias DDR4 requerem ainda uma alimentação auxiliar de 2,5 V (que é fornecida pelo próprio soquete da memória). Tensões de alimentação * Existem módulos de 1,6 V e 1,65 V. Aspecto físico • Você compra chips de memória já soldados em uma placa de circuito impresso chamada “módulo de memória”. • Os tipos mais comuns de módulos de memória são aqueles para computadores de mesa, chamados DIMM, os voltados para computadores de tamanho reduzido e computadores portáteis, chamados SO-DIMM. Para este mercado há ainda o padrão microDIMM. • Os módulos para cada geração de memória DDR são fisicamente diferentes e você não conseguirá instalar um módulo DDR4 em uma soquete DDR3, por exemplo. • Módulos DIMM DDR2 e DDR3 têm a mesma quantidade de pinos, porém o chanfro delimitador está em uma posição diferente. O mesmo ocorre com módulos SO-DIMM DDR e DDR2. Aspecto físico Diferença entre os contados de borda das memórias DDR e DDR2 Diferença entre os contados de borda das memórias DDR2 e DDR3 Aspecto físico • Todos os chips DDR2, DDR3 e DDR4 utilizam encapsulamento BGA (Ball Grid Array), enquanto que os chips DDR quase sempre utilizam encapsulamento TSOP (Thin Small-Outline Package). Chips DDR quase sempre utilizam encapsulamento TSOP Chips DDR2, DDR3 e DDR4 utilizam encapsulamento BGA Pesquise e responda... 1. O que diferencia um tipo de memória de outro? 2. Encapsulamentos de memória é o que dá forma física aos chips de memória. Pesquise e escreva a definição sobre os principais encapsulamentos: DIP (Dual In-line Package) PLCC (Plastic Leaded Chip Carrier) SOJ (Small Outline J-Lead) TSOP (Thin Small Outline Package) CSP (Chip Scale Package) Pesquise e responda... 3. O módulo de memória, vulgarmente conhecido como “pente”, é uma pequena placa onde são instalados os encapsulamentos de memória. Essa placa é encaixada na placa-mãe por meio de encaixes (slots) específicos para isso. Pesquise e escreva a definição sobre os principais tipos de módulos de memória: SIPP (Single In-line Pins Package) SIMM (Single In-line Memory Module) DIMM (Double In-line Memory Module) SO-DIMM (Small Outline DIMM) RIMM (Rambus Inline Memory Module) 4. Existem módulos de memória com Código de Correção de Erro – ECC (Error Correcting Code) e paridade. Pesquise e escreva o que é o ECC e por que as memórias convencionais são denominadas non-ECC 5. Pesquise e descreva os erros de memória RAM do tipo Soft-Errors e Hard-Errors. Quais as causas desses erros.
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