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Livro Fronteiras da Globalização 3

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Prévia do material em texto

O espaço brasileiro: 
natureza e trabalho 
da Globalização
Geografia
Ensino Médio 
Lúcia Marina
Tércio
MANUAL DO PROFESSOR
Fronteiras_Geografia_Vol3_PNLD2018_Capa.indd 2 4/13/16 4:08 PM
Geografia
Ensino Médio 
da Globalização
O espaço brasileiro: natureza e trabalho
Lúcia Marina Alves de Almeida
Bacharela e licenciada em Geografia pela Faculdade de 
Filosofia, Ciências e Letras de São Bento, da PUC-SP
Professora de Geografia no Ensino Fundamental e no 
Ensino Médio das redes pública e particular do estado 
de São Paulo
Tércio Barbosa Rigolin
Bacharel e licenciado em História pela USP
Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Unesp, 
campus de Araraquara
Professor de Geografia no Ensino Fundamental e 
no Ensino Médio das redes pública e particular do estado 
de São Paulo
3ª edição
São Paulo, 2016
Manual do Professor
Fronteiras_Geografia_V3_PNLD2018_001a002_C00.indd 1 5/31/16 10:43 AM
Diretoria editorial
Lidiane Vivaldini Olo
Gerência editorial
Luiz Tonolli
Editoria de Ciências Humanas
Heloisa Pimentel
Edição
Francisca Edilania de Brito Rodrigues e Aroldo Gomes Araujo
Gerência de produção editorial
Ricardo de Gan Braga
Arte
Andréa Dellamagna (coord. de criação), 
Adilson Casarotti (progr. visual de capa e miolo), 
Claudio Faustino (coord. e edição) e Arte Ação (diagram.)
Revisão
Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), 
Rosângela Muricy (coord.), Ana Curci, 
Célia da Silva Carvalho, Paula Teixeira de Jesus, 
Patrícia Travanca e Vanessa de Paula Santos; 
Brenda Morais e Gabriela Miragaia (estagiárias)
Iconografia
Sílvio Kligin (superv.), Denise Durand Kremer (coord.), 
Ana Vidotti (pesquisa), Cesar Wolf e Fernanda 
Crevin (tratamento de imagem)
Ilustrações
Alex Argozino, Luis Moura, Cassiano Röda, 
Ingeborg Asbach e Kazuhiko Yoshikawa
Cartografia
Eric Fuzii, Julio Dian, Márcio Souza, Portal de Mapas, 
Juliana Medeiros de Albuquerque e Allmaps
Foto da capa: Svend77/Shutterstock
Protótipos
Magali Prado
Direitos desta edição cedidos à Editora Ática S.A.
Avenida das Nações Unidas, 7221, 3o andar, Setor A
Pinheiros – São Paulo – SP – CEP 05425-902
Tel.: 4003-3061
www.atica.com.br / editora@atica.com.br
2016
ISBN 978 85 08 17977 0 (AL) 
ISBN 978 85 08 17978 7 (PR)
Cód. da obra CL 713366
CAE 566 165 (AL) / 566 166 (PR)
3a edição
1a impressão
Impressão e acabamento
2
Fronteiras_Geografia_V3_PNLD2018_001a002_C00.indd 2 5/31/16 10:43 AM
Geografia assumiu um papel muito importante nesta épo-
ca em que as informações são transmitidas pelos meios de 
comunicação com muita rapidez e em grande volume. 
É impossível acompanhar e entender as mudanças e os fatos ou fenômenos 
que ocorrem no mundo sem ter conhecimentos geográficos.
É no espaço geográfico — conceito fundamental da Geografia — que se 
dão as manifestações da natureza e as atividades humanas. Compreender a 
organização e as transformações ocorridas nesse espaço é essencial para 
a formação do cidadão consciente e crítico dos problemas do mundo em 
que vive. O papel do professor de Geografia, nesse caso, é pensar no aluno 
como agente atuante e modificador do espaço geográfico, formado dentro 
de uma proposta educacional que requer responsabilidade de todos, vi-
sando construir um mundo mais ético e menos desigual.
Organizamos uma obra com os conteúdos integrados, na qual estão inti-
mamente relacionados o físico e o humano, o local e o global. Procuramos 
propor atividades que privilegiam a reflexão, a atualidade das informações e 
a construção da cidadania. Acreditando que a busca do conhecimento é um 
processo único e que a Geografia faz parte desse processo, incluímos ativida-
des interdisciplinares em todos os volumes.
Os dois primeiros volumes da coleção abordam os contrastes que marcam 
o espaço geográfico: naturais, políticos, humanos, tecnológicos, econômicos 
e supranacionais. Com isso pretendemos mostrar que, mesmo em um mundo 
globalizado, encontramos inúmeras contradições e desigualdades. O terceiro 
volume apresenta um retrato do Brasil, país vasto e com paisagens muito 
variadas.
Agora é com você. Descubra uma nova forma de estudar Geografia e pre-
pare-se para contribuir para a construção de uma sociedade mais tolerante, 
mais humana e mais solidária.
Os autores
3
Apresentação
A
Fronteiras_Geografia_V3_PNLD2018_003a008_C00.indd 3 01/06/16 09:13
4
Conheça seu livro
A obra
Antes de dar início aos seus estudos, veja aqui 
como o seu livro está estruturado.
158 U N I D A D E 4 Organização do espaço econômico e industrialização
Mais tarde, outro período de desenvolvimento 
industrial ocorreu durante a Primeira Guerra Mun­
dial (1914­1918), principalmente porque os países 
fornecedores de produtos industrializados para o 
Brasil estavam envolvidos no conflito e diminuíram 
suas exportações. Alguns estabelecimentos, como 
frigoríficos e metalúrgicas, foram criados para suprir 
essa lacuna e, com isso, o número de indústrias cres­
ceu bastante. Veja o gráfico ao lado.
Com o aumento do número de estabelecimentos, 
a produção industrial ficou mais diversificada, 
abrangendo os seguintes ramos: alimentos, têxtil, 
roupas e calçados, fumo, móveis, metalurgia e me­
cânica, entre os principais. Nessa ocasião, surgiram 
várias associações ou sindicatos ligados tanto aos 
operários quanto ao patronato.
Adaptado de: IBGE. Séries históricas. Disponível em: <http://seriesestatisticas.
ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=IND03101&t=estabelecimentos-industriais-
datas-inqueritos-industriais-censo>. Acesso em: 7 abr. 2016.
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1907 1912 1920
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3 258
Brasil: evolução do número de 
estabelecimentos industriais — 1907-1920
A vila Maria Zélia, localizada no bairro do Be lenzinho 
(SP), foi construída em 1917 pelo empresário Jorge 
Street, que a batizou com o nome de sua filha. A cons­
trução da vila operária está inserida nas transfor mações 
econômicas, sociais e políticas pelas quais o Brasil passou 
a partir da segunda metade do século XIX, época da 
inserção do país nos quadros do capitalismo internacional. 
Nesse momento, a cidade de São Paulo era palco da 
chamada modernização dos setores urbanos da socie­
dade. A lavoura cafeeira, que entrou no estado de São 
Paulo pelo vale do Paraíba, fez do café o nosso maior 
produto de exportação e trouxe transformações profun­
das para a cidade.
São Paulo deixou de ser o “burgo dos estudantes” 
para se tornar o centro dinâmico das atividades do 
complexo cafeeiro […]. Era o início de seu crescimento 
vertiginoso, que culminaria na grande metrópole […]. O 
estado de São Paulo também passou por mudanças: 
recebeu farta mão de obra estrangeira e a construção 
das ferrovias povoou grandes áreas do Planalto Ocidental 
Paulista. O estado paulista prosperou. A mobilização de 
capitais e terras, o crédito, a mão de obra estrangeira, o 
transporte ferroviário e o comércio do café foram 
requisitos para o nascimento de uma nova atividade 
econômica: a indústria basicamente manufatureira. E a 
indústria gerou o trabalhador urbano, o operário […].
TEIXEIRA, Palmira Petratti. São Paulo: Carta na escola, 29. ed., 
set. 2008. p. 38-41. (Adaptado.)
• Que condições transformaram a cidade de São 
Paulo em um centro industrial?
Leitura e reflexão Geografiae História
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 Vila Maria Zélia, em São Paulo (SP), em 1918.
 Ruínas de antiga escola na Vila Maria Zélia, 
em São Paulo (SP), em 2016.
Não escreva 
no livro
246 U N I D A D E 5 Atividades primárias no Brasil
Expansão da produção de energia 
eólica gera protes tos no litoral do Piauí
A expansão da produção de energia eólica em Par naí­
ba, cidade localizada 320 quilômetros ao Norte da 
capital Teresina, tem causado protestos por parte dos 
moradores da região da Pedra do Sal. A situação ainda 
não tem data para serresolvida.
Desde a implantação dos parques eólicos na região 
da Pedra do Sal, alguns transtornos foram causados aos 
moradores, alterando o cotidiano da comunidade. Áreas 
antes livres hoje estão cercadas e mantidas sob forte 
segu rança. Nestes locais, atividades de extrati vismo, 
como a colheita de caju, a extração da palha de carnaúba 
e o acesso a várias lagoas para a prática da pesca foram 
impossibilitadas.
A Associação dos Moradores da Pedra do Sal entrou 
com o pedido solução junto à Prefeitura de Parnaíba. “A 
comunidade hoje está certa que quer isso: que não haja 
mais aumento na energia eólica nesta faixa da Tractebel 
até o Pontal de Luís Correia”, assinalou Carlos Fernando, 
presidente da entidade.
Uma parte da região da praia será alugada por uma 
das usinas, que fará a expansão do seu parque eólico. 
Uma das discussões da comunidade da Pedra do Sal é 
sobre a proibição do tráfego e da visitação nas regiões 
de praia assim que a segunda etapa começar a 
funcionar.
Pesquisa realizada com 250 moradores apontou que 
70% dos entrevistados é contra a ampliação do parque 
eólico, que contará, a partir de 2016, com 70 aerogira­
dores, gerando energia para uma população de 600 mil 
habitantes, ou seja, 20% de todo o Piauí.
O prefeito de Parnaíba, Florentino Neto (PT), partici­
pou de uma reunião entre empresa e moradores e se 
disse favorável à expansão — desde que a usina traga 
bene fí cios socioambientais aos nativos. “Se a empresa 
e todos os organismos chegarem a um convencimento, 
tudo é compa tí vel. Os moradores estão lá e não vão sair 
de lá. Mas é preciso que se respeite as atividades 
econômicas da Pedra do Sal”.
No escritório da empresa que pretende expandir seu 
parque eólico, o diretor informou sobre projetos socioedu­
cativos e culturais realizados ao longo dos anos em Ilha 
Grande e também na Pedra do Sal. Gustavo Matos 
garantiu livre acesso à população para a reali zação de 
atividades rotineiras.
“Uma das obrigações que a gente tem é a manu­
tenção das atividades locais. Tem uma questão impor­
tan te: na área que a gente construiu as usinas, é utilizada 
apenas 4% do terreno para construção do empreen di­
mento; os outros 96% são áreas nas quais a gente 
mantém flora e fauna. Somos grandes preserva dores 
daquela região”, argumentou.
MEIRELES, Flávio. Cidade verde. 13 mar. 2015. Disponível em: 
<http://cidadeverde.com/noticias/187823/expansao­da­
producao­de­energia­eolica­gera­protestos­no­litoral­do­
piaui>. Acesso em: 14 abr. 2016.
 Agora, faça as atividades propostas.
1. Aponte dois aspectos positivos acerca do uso da 
energia eólica.
2. Independentemente da forma como a energia é 
gerada, sempre ocorrerá algum impacto ambien­
tal. Você concorda com essa afirmação? Justifique 
sua resposta.
Contexto e aplicação
 Parque eólico da Pedra do Sal, em Ilha Grande de Santa Isabel, no município de Parnaíba (PI). Foto de 2014.
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Abertura de Unidade
Em todas as aberturas de Unidade, 
uma imagem e um texto introduzem os 
principais assuntos que serão abordados.
Abertura 
de capítulo
Cada capítulo tem 
início com imagem 
pertinente ao 
tema tratado.
Contexto 
e aplicação
Aqui você tem 
acesso a textos 
e atividades 
que o convidam 
a relacionar o 
assunto estudado 
ao seu cotidiano.
Leitura e 
reflexão
Nesta seção você vai 
encontrar textos que 
exigem uma leitura 
atenta e atividades 
que estimulam a 
reflexão sobre o 
tema.
Ao longo do texto principal há seções que vão dar dinamismo ao seu estudo. Em muitas delas, 
você encontra textos de outros autores e gêneros (poesias, letras de música, artigos de jornais, 
revistas e internet, pesquisas e textos opinativos de estudiosos da Geografia).
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Em razão de sua grande extensão territorial e posição geográfica, o Brasil possui paisagens 
diversificadas e bastante características. Nesta Unidade, vamos estudar os principais elementos 
naturais que compõem as paisagens de nosso país e também os impactos ambientais no território 
brasileiro, diretamente relacionados ao modo de vida da sociedade.
Brasil: espaço 
geográfico e 
impactos 
ambientais
Mangue exuberante no município de 
Porto das Pedras (AL). Em contraste, no 
detalhe, mangue desmatado no município 
de Camocim (CE). Fotos de 2015.
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127O processo de urbanização no Brasil C A P Í T U L O 1 1
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O processo de urbanização 
no Brasil
 Urbanização acelerada 
O processo de urbanização do Brasil consolidou-
-se na década de 1970 e desenvolveu-se de forma 
acelerada até a primeira década do século XXI, como 
podemos observar no gráfico da página seguinte. 
 Um país é considerado urbanizado quando tem mais habitantes nas cidades do que nas zonas rurais. Na foto de 2015, São Paulo 
(SP), a maior cidade brasileira.
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Esse processo de urbanização foi consequência 
da consolidação da industrialização nacional, nas 
décadas de 1950 e 1960. O grande fluxo de habitan-
tes para as cidades foi decorrente do intenso êxodo 
rural que ocorreu, principalmente, depois da década 
de 1970. 
Fronteiras_Geografia_V3_PNLD2018_003a008_C00.indd 4 01/06/16 09:13
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76 U N I D A D E 2 Brasil: espaço geográfico e impactos ambientais
1. Geografia e Biologia Com suas palavras, explique 
a diferença entre biomas e ecossistemas.
2. Caracterize os manguezais e justifique sua importância.
3. Analise as fotografias abaixo e responda às questões.
a) Identifique os biomas representados acima.
b) Eles estão em quais regiões geográficas brasileiras?
c) Apresente duas características distintas entre 
esses biomas.
4. Leia o texto a seguir. Depois, faça o que se pede:
O arranjo espacial das áreas nucleares dos domínios 
de natureza inter e subtropical brasileiros tem uma re-
levância especial para o reconhecimento da continui-
dade ou uniformidade relativa dos ecossistemas regio-
nais. Os dois imensos domínios florestais do país 
(macrobiomas continentais) apresentam fisionomica-
Refletindo sobre o conteúdo
Adaptado de: WWF. Biomas brasileiros. Disponível em: 
<www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas>; G1. 
Natureza. Disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/
noticia/2013/09/relatorio-diz-que-mudanca-do-clima-pode-afetar-
alimento-e-energia-no-pais.html>. Acesso em: 4 abr. 2016.
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0 630 km
Mata Atlântica
(Porção Nordeste)
0,5 ºC a 4 ºC
10% a 35%
Mata Atlântica
(Porção Sul/Sudeste)
0,5 ºC a 3 ºC
5% a 30%
Cerrado
1 ºC a 5,5 ºC
10% a 45%
Pampa
1 ºC a 3 ºC
5% a 40%
Pantanal
1 ºC a 4,5 ºC
5% a 45%
Caatinga
0,5 ºC a 4,5 ºC
10% a 50%
Amazônia
1 ºC a 6 ºC
10% a 45%
 
Equador0º
50º O
Trópico de Capricórnio
OCEANO
ATLÂNTICO
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Mata Atlântica
Pantanal
Zona costeira
Transição 
Amazônia-Caatinga
Transição 
Amazônia-Cerrado
Transição 
Cerrado-Caatinga
Amazônia
Caatinga
Campos sulinos
Cerrado
Aumento
Redução
Temperatura
Chuva
mente aparente homogeneidade biótica, que exige tra-
tamento ecológico mais atento [...]
AB’SABER, Aziz Nacib. Escritos ecológicos. São Paulo: 
Lazuli, 2006. p. 73. (Coleção Ideias).
a) Identifique os “dois imensos domínios florestais 
brasileiros” e dê duas características de cada um.
b) Relacione os climas predominantes de cada um 
desses domínios.
c) Esses domínios abrangem áreas de que regiões 
geográficas brasileiras?
d) Você vive em algum desses domínios? Aponte os 
elementos utilizados para a resposta.
5. Observe o mapa abaixo, elaborado com dados ex-
traí dos de relatório do Painel Brasileiro de Mudanças 
Climá ticas (PBMC), que diz que a mudança do clima 
pode afetar alimento e energia no país. Depois, 
responda.
1
2
Previsão das mudanças climáticas em alguns 
biomas brasileiros até2100
a) Qual bioma apresentará maior elevação de tem-
peraturas caso se confirme as previsões do rela-
tório mencionado?
b) Qual bioma apresentará maior diminuição de 
chuvas?
c) Elabore uma conclusão sobre o mapa anterior.
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Concluindo a Unidade 3
Leia o texto, reflita e depois responda às questões 
propostas. 
Moradores de favelas movimentam 
RS 68,6 bilhões por ano
Os moradores de favelas movimentam RS 68,6 bilhões 
por ano, segundo pesquisa do Data Favela, feita com o apoio 
do Data Popular e da Central Única das Favelas (Cufa).
A pesquisa mostra ainda que o aumento da renda média, 
proporcionado principalmente pelo crescimento real do 
salário mínimo e do emprego formal, tem permitido que os 
12,3 milhões de pessoas que vivem nessas comunidades 
participem do mercado de consumo.
Os dados preliminares do estudo indicam que, em 2015, 
75% das casas têm máquina de lavar roupas. No levantamento 
de 2013, o índice era de 69%.
Em relação à posse de TV de plasma, LED ou LCD, os 
aparelhos estão presentes em 67% das residências, contra 
46% em 2013. O estudo revela ainda que subiu de 20% (em 
2013) para 24% o percentual de moradores que têm carro.
Quando se trata de acesso ao Ensino Superior e níveis de 
renda mais elevados, os lares situados em áreas de invasões 
públicas ou particulares — pobres em serviços públicos — 
ainda vivem uma realidade distante da realidade de outras 
áreas do Brasil.
Também cresceu, no entanto, o número de moradores de 
favelas endividados. Em 2013, 27% deles tinham dívidas, em 
2015 são 35%. A faixa etária entre 35 e 49 anos tem o maior 
percentual de endividados, 45%.
A inadimplência permanece no mesmo nível, 22% têm 
contas atrasadas há mais de 30 dias, 53% dizem que está 
difícil manter as contas em dia e 80% têm medo da inflação.
Quase 30% dos moradores de favelas já se sentiram 
discriminados, diz pesquisa
O Data Favela realizou uma pesquisa com base em 2 mil 
entrevistas, com moradores de 63 favelas, em dez Regiões 
Metropolitanas — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, 
Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e 
Brasília e chegou aos seguintes resultados:
1) Para 32% dos que se disseram vítimas de preconceito, 
o motivo foi a cor da pele e para 30%, morar em uma favela. 
Para 20%, o preconceito decorreu da falta de dinheiro e, para 
8%, das roupas que vestiam.
2) 37% dos moradores de favela já foram revistados por 
policiais, proporção que chega a 65% quando se trata de 
jovens de 18 a 29 anos. Entre os que já foram revistados, a 
média chega a 5,8 abordagens ao longo da vida. 
3) 75% dos moradores de favela são totalmente ou 
parcialmente favoráveis à pacificação. 
4) 73% dos moradores acham as favelas violentas, sendo 
que 18% as consideram muito violentas.
5) Para 60%, no entanto, a comunidade melhorou nos 
últimos anos, e 76% acreditam que vai melhorar nos próximos 
anos. Sair da favela não é o desejo de 66% dos entrevistados, 
e 94% se consideram felizes, um ponto percentual a menos 
do que a média nacional, segundo o Data Favela.
Texto elaborado com dados de: AGÊNCIA BRASIL. Disponível em: 
<http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2015-03/
moradores-de-favela-movimentam-r-686-bilhoes-por-ano-indica-
estudo>; DATA Favela. Disponível em: <http://datafavela.com.br/
quase-30-dos-moradores-de-favelas-ja-se-sentiram-discriminados-
diz-pesquisa>. Acesso em: 9 abr. 2016. 
1 Alguns questionam o uso do termo favela e utilizam 
a expressão comunidade para se referir a esses lo­
cais. Já para a Biologia, comunidade é o conjunto 
dos seres vivos. Em sua opinião, chamar os “aglo­
merados subnormais” de favelas ou comunidades 
muda algo ao se tratar dessa característica urbana 
brasileira?
2 Com base na reportagem anterior, aponte duas si­
tuações em que os habitantes dos “aglomerados 
subnormais” sentiram­se discriminados.
 Vista aérea da 
comunidade Morro 
do Papagaio, em Belo 
Horizonte (MG). 
Foto de 2015. 
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Não escreva 
no livro
Refletindo 
sobre 
o conteúdo
Encerrando o capítulo, 
esta seção propõe um 
conjunto de questões 
para análise, reflexão 
e interpretação dos 
assuntos estudados.
Este ícone indica que a atividade proposta é 
interdisciplinar, isto é, envolve conhecimentos 
de outras disciplinas.
Ao final dos capítulos e das Unidades as seções de encerramento sintetizam os assuntos estudados.
Concluindo 
a Unidade
No fim das Unidades, 
há uma série de testes e 
questões do Enem e de 
vestibulares para ajudar 
você a se preparar para 
o ingresso no Ensino 
Superior.
Diálogos
Nesta seção você encontra 
conteúdos que são objeto 
de estudo de outras 
disciplinas, principalmente 
das Ciências Humanas – 
História, Sociologia e 
Filosofia –, e aprende 
como eles dialogam com a 
Geografia.
Geografia 
Regional
Esta seção trata de 
aspectos característicos 
de cada uma das regiões 
oficiais brasileiras, segundo 
a divisão do IBGE.
Outra visão
Esta seção apresenta textos 
que trazem uma opinião 
diferente sobre o tema 
estudado, favorecendo a 
análise imparcial.
Relacionando os assuntos
Esta seção retoma temas já estudados em 
outros momentos ao longo do livro e os 
relaciona ao assunto do capítulo.
Ampliando o conhecimento
Aqui são apresentados textos que 
aprofundam e complementam um 
determinado assunto.
Diálogos
110 111U N I D A D E 3 Ocupação do território brasileiro: população e urbanização Características da população brasileira C A P Í T U L O 9
A cultura popular brasileira escrita 
por Câmara Cascudo
O Brasil é uma nação que absorveu diversas culturas 
originárias de outros povos. A chegada dos europeus nessas 
terras, no final do século XV, revelou um grande contraste 
cultural com os nativos que aqui viviam. Daí por diante, 
outras culturas foram introduzidas durante o processo de 
colonização das terras brasileiras. 
Africanos de diversas etnias foram trazidos por meio do 
tráfico de escravos. A miscigenação entre os povos nativos, 
os europeus e os africanos figura como a mais significativa 
base da cultura popular brasileira. 
Mais recentemente, principalmente ao final do século XIX 
e início do século XX, contribuições culturais de povos vindos 
do Japão, da Alemanha, da Itália, do Líbano, etc., tam bém 
agregaram elementos à nossa cultura. 
Muitas pessoas contribuíram para um melhor entendi­
men to acerca da cultura local, dentre eles podemos destacar 
o historiador, antropólogo, advogado e jornalista nascido 
no Rio Grande do Norte, Luís da Câmara Cascudo, 
considerado um dos principais estudiosos da cultura popular 
no século XX. Veja o que um professor universitário escreveu 
sobre Cascudo: 
Através desses e de outros de seus estudos, foram 
configurados dimensões de sociabilidade do homem co­
mum brasileiro, visíveis no cotidiano da alimentação, 
moradia e vestuário, gestos, lembranças, comemorações 
e tantas outras faces da condição humana.
SILVA, Marcos (Org.). Dicionário crítico Câmara Cascudo. 
São Paulo: Perspectiva, 2003. p. XIII.
Com mais de 150 livros publicados, Câmara Cascudo 
deixou um importante legado histórico­cultural para o Brasil. 
Seus estudos catalogaram diversas festividades, tradições, 
alimentos, lendas, contos e ritmos populares. Assim, o 
estudioso define a palavra folclore:
Todos os países do mundo, raças, grupos humanos, 
famí lias, classes profissionais, possuem um patrimônio 
de tradi ções que se transmite oralmente e é defendido e 
conservado pelo costume. Esse patrimônio é milenar e 
contemporâneo. Cresce com os conhecimentos diários 
desde que se integrem nos hábitos grupais, domésticos 
ou nacionais. Esse patrimônio é o FOLCLORE. Folk, povo, 
nação, família, parentalha. Lore, instrução, conhecimen­
to na acepção da consciência individual do saber. Saber 
que sabe.Contempo raneidade, atualização imedia tista 
do conhecimento.
CASCUDO, Luís da Câmara. Folclore do Brasil. São Paulo: 
Global, 2012. p. 9.
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 Luís da Câmara 
Cascudo 
(1898-1986). 
Foto tirada no 
escritório do 
autor em Natal 
(RN), em 1958.
 Uma das festividades mais prestigiadas no Brasil, o Festival Folclórico de Parintins, com seus bois-bumbás Caprichoso e Garantido. 
Parintins (AM), em 2015.
 Apresentação da Cavalhada em São Luiz do Paraitinga (SP), 
em 2014. A Cavalhada é uma representação de batalhas 
travadas na Europa, durante a Idade Média.
 Desfile do boi-bumbá no município de Nazaré da Mata (PE), 
em 2014.
 Açaí
 Capa do Dicionário 
do Folclore Brasileiro, 
um dos livros mais 
conhecidos de 
Câmara Cascudo. Em 1954, no Rio de Janeiro, foi lançada a 1ª edição do 
Dicionário do folclore brasi leiro, uma obra de referência e 
de grande relevância para os estudos da cultura popular 
brasi leira, consagrada como uma das maiores contribuições 
ao estudo sistemático de nosso folclore. 
Veja a seguir alguns verbetes retirados do livro de Luís 
da Câmara Cascudo.
 Açaí: macerato das frutas da 
palmeira açaí, saboroso e 
nutritivo, e de uso gene ra­
lizado na região Amazônica.
 Barriga verde: nome dado 
aos naturais do estado de 
Santa Catarina.
 Deixada: abandonada pelo 
esposo.
 Mamaluca: filha de branco 
com mulher indígena.
 Mamata: rendimentos abun­
dantes sem trabalho.
 Papa-goiaba: o natural do estado do Rio de Janeiro, o 
fluminense.
CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 
Rio de Janeiro/São Paulo: Ediouro. 1999.
 Qual dos verbetes anteriores você já tinha escutado 
ou lido em algum jornal, livro ou revista? Que ver-
betes típicos da sua região você conhece? Converse 
sobre isso com os colegas.
Geografia, Língua 
Portuguesa e Sociologia
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232 U N I D A D E 5 Atividades primárias no Brasil
 Refino e transporte
A maior parte do refino do petróleo no Brasil é 
feita nas refinarias da Petrobras. Segundo o Anuário 
estatístico 2014, dessas refinarias, treze pertenciam 
à Petrobras e responderam por 98,2% da capacidade 
to tal, com destaque para a Refinaria de Paulínia — 
Replan (SP) e para a Refinaria Landulpho Alves, no 
município de São Francisco do Conde (BA), que re-
presentaram 3à,5% da capacidade de refino do país. 
Em 2ã1à, o país possuía dezessete unidades de 
capacidade de refino, das quais treze pertenciam à 
Petro bras e quatro, à iniciativa privada. Veja no mapa 
da página 2áá a localização de cada uma delas.
O fracionamento do petróleo nas refinarias dá 
origem a diversos produtos, com variadas utilidades: 
os derivados do petróleo. Podemos considerar os 
derivados energéticos e os derivados não energéti-
cos. Entre os primeiros destacam-se a gasolina, o 
óleo diesel, o óleo combustível e o Gás Liquefeito 
de Petróleo (GLP). Entre os derivados não energéti-
cos estão a nafta, o coque, o asfalto e os solventes. 
As unidades industriais da Petrobras se comple-
tam com duas fábricas de fertilizantes nitrogenados 
(Fafen), localizadas em Laranjeiras, Sergipe, e em 
Camaçari, Bahia.
Quanto à capacidade de refino, em 2ã1à, o Brasil 
alcançou o 8o lugar no ranking mundial, com 2,2 mi-
lhões de barris de petróleo.
Para realizar o transporte do petróleo e do gás 
natural, por meio de navios, oleodutos e gasodutos, 
a Petrobras conta com a Transpetro, sua subsidiária 
integral. Os 5à terminais aquaviários, áá terrestres 
e 9 centros coletores de etanol funcionam como en-
treposto para os modais de transporte (local com 
combinação de vários tipos de transporte).
Em 2ã1à, segundo a ANP, o Brasil contava com 
6ã1 dutos destinados à movimentação de petróleo, 
derivados, gás natural e outros produtos, perfazendo 
19,7 mil km de extensão. 
O pré-sal e os vilões do clima
Quem são os vilões mundiais do clima? Aqueles 
projetos que, apesar do alerta da comunidade científica 
global, pretendem levar adiante a exploração de combus­
tíveis fósseis como petróleo, carvão e gás — maiores 
responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa?
Relatório lançado hoje pelo Greenpeace Inter nacional 
dá nome aos suspeitos. Chamado “Ca minho sem volta” 
(tradução livre do inglês “Point of no Return”), o 
documento identifica os 14 maiores projetos de energias 
sujas planejados para as próximas décadas.
O Brasil aparece na nona colocação com a exploração 
do pré­sal, óleo descoberto nas camadas profundas do 
oceano e que vai contribuir com a emissão de 330 mi­
lhões de toneladas de CO2 por ano até 2020.
“Com um potencial abundante de geração renovável, 
como eólica, solar e de biomassa, o Brasil perde a chance 
de inovar e se posicionar como uma das economias mais 
sustentáveis e limpas do planeta”, disse Ricardo Baitelo, 
da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. 
“Infelizmente, o governo investe uma enormidade de 
recursos em uma exploração arriscada do ponto de vista 
técnico e altamente danosa para o clima.”
Entre os maiores projetos de energias sujas listados 
no relatório estão a enorme expansão da exploração de 
carvão na China, a grande expansão das exportações de 
carvão da Austrália, Estados Unidos e Indonésia, e a explo­
ração não convencional de petróleo nas areias betuminosas 
do Canadá, no Ártico, no Iraque, no Golfo do México e no 
Casaquistão. Além disso, também consta na lista a pro­
dução de gás natural na África e no Mar Cáspio.
De acordo com o estudo, esses novos projetos vão 
acrescentar um total de 300 bilhões de toneladas de 
novas emissões de CO2 para a atmosfera até 2050, a 
partir da extração, produção e queima de 49 bi lhões de 
toneladas de carvão, 29 trilhões de metros cúbicos de 
gás natural e 260 bilhões de barris de petróleo.
No Brasil, o setor de transportes é o maior emissor de 
CO2 fóssil. Mesmo assim, o país ainda não possui padrões 
de eficiência energética, ao contrário de Esta dos Unidos, 
China e União Europeia. “Se os regula mentos sobre a 
eficiência de combustível fossem melho ra dos e fontes 
alternativas de energia limpa fossem desenvolvidas no 
Brasil e no mundo, a demanda por petróleo poderia ser 
drasticamente reduzida, eliminando a necessidade de 
embarcar no caminho perigoso da exploração do pré­sal”, 
afirma Baitelo. [...]
GREENPEACE. Disponível em: <www.greenpeace.org/ 
brasil/pt/Noticias/O-pre- sal-e-os-viloes-do-clima/>. 
Acesso em: 12 abr. 2016. (Adaptado.)
 Agora faça as atividades propostas.
1. Por que a exploração da camada do pré-sal é con-
siderada um vilão do clima?
2. Identifique dois projetos considerados geradores 
de energias sujas — um em uma nação populosa 
e outro em um local desabitado.
Outra visão Não escreva no livro
lacionando os assuntos
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17Brasil: localização e territorialidade C A P Í T U L O 1
Atol das Rocas
O Atol das Rocas situa-se a cerca de 145 km a oeste 
do arquipélago de Fernando de Noronha e a aproxima-
damente 260 km a nordeste da cidade de Natal, no Rio 
Grande do Norte, sendo o único atol presente no oceano 
Atlântico Sul Ocidental. Apresenta elevada importância 
ecológica por sua alta produtividade biológica e por ser 
importante zona de abrigo, alimentação e reprodução de 
diversas espécies de animais.O Atol das Rocas foi trans-
formado na primeira Reserva Biológica Marinha do Brasil, 
em 5 de junho de 1979. 
Duas ilhas estão presentes na porção interior do Atol 
das Rocas: 
•	 Ilha do Farol, com cerca de 34,6 mil metros quadrados, 
1 km de comprimento, por 400 metros de largura, era 
conhecida pelos franceses e ingleses como Sable ou 
Sand. O nome atual deveu-se à construção do primeiro 
farol na ilha, em 1881, que acabou suspenso em virtude 
de a torre não atender às necessidades do local. O 
farol, que permanece em atividade na ilha, foi 
inaugurado em 1967;
•	 Ilha do Cemitério, com cerca de 31,5 mil metros 
quadrados, 600 metros de comprimento, por 150 me-
tros de largura, era chamada de Grass ou Capim. O 
nome atual é devido aos sepultamentos de faroleiros 
e familiares, assim como das vítimas dos diversos 
naufrágios. As duas ilhas estão a cerca de 3 metros 
acima da preamar, sendo avistadas, aproximadamente, 
a 10 milhas náuticas de distância, dependendo da 
direção de aproximação do Atol das Rocas. 
As origens do atol
O Atol das Rocas tem sua origem na mesma fratura 
perpendicular à cadeia Dorsal Atlântica, de onde emergiu 
o arquipélago de Fernando de Noronha (Zona de Fratura 
de Fernando de Noronha). Tal como o arquipélago, o Atol 
das Rocas é o cume de um imenso edifício vulcânico, cuja 
base se perde no abismo atlântico. A diferença entre 
essas duas formações está em suas elevações vulcânicas, 
pois, enquanto Noronha se ergueu a até 323 metros 
acima do nível do mar, Rocas se ergueu ao nível do mar 
(mais suscetível à ação de ondas). Com o tempo, a ação 
das ondas reduziu todo o cume para alguns metros — 
dois ou três — abaixo da superfície do mar. A formação 
desse substrato próximo à superfície do mar, devido à 
disponi bilidade de luz e nutrientes, possibilitou a ocorrên-
cia de colônias de algas calcárias e corais. O desenvolvi-
mento dessas colônias, nas bordas das forma ções 
vulcânicas submersas, deu origem aos recifes em forma 
circular (devido ao cume do vulcão submarino), com a 
presença de lagunas em seu interior. A esta formação 
recifal dá-se o nome de atol. 
O Atol das Rocas apresenta forma de uma elipse 
semicircular com área interna de 5,5 km2. O seu eixo 
Leste-Oeste possui aproximadamente 3,7 quilômetros, 
e o eixo Norte-Sul, cerca de 2,5 quilômetros. Ainda que 
o Atol tenha dimensões pequenas e a ausência de uma 
laguna profunda, fato usado como argumento para que 
Rocas não fosse considerado um atol verdadeiro, sua 
morfologia atual apresenta várias características que 
são encontradas nos atóis ao redor do mundo. Destacam- 
-se entre elas: 
•	 a	presença	de	laguna	rasa	e	ilhas	arenosas	a	sotavento 
do recife, características dos atóis do Caribe; 
•	 a	 existência	 de	 uma	 crista	 de	
algas coralinas na borda recifal, 
particularidade dos atóis indo- 
-pacíficos; 
•	 a	maior	extensão	do	anel	recifal	
no lado a barlavento do atol. 
GASPARINI, J. L.; CHAGAS, L. P. Atol das Rocas. 
In: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Geografia: Ensino 
Fundamental e Ensino Médio: o mar no espaço geográfico 
brasileiro. Brasília, 2005. p. 88-89. (Explorando o ensino, 8). 
Disponível em: <www.mar.mil.br/secirm/publicacoes/ 
revistas/geografia.pdf>. Acesso em: 6 jan. 2016.
1. Identifique a região geográfica brasileira onde 
está localizado o Atol das Rocas.
2. Justifique sua importância ecológica.
3. Caracterize sua formação.
4. Geografia e Biologia Pesquise e responda: há 
habitantes humanos residindo no Atol? Explique.
Relacionando os assuntos
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 O Atol das Rocas é o cume de um imenso vulcão que 
emergiu do oceano Atlântico e difere de Fernando de 
Noronha apenas em sua elevação. O desenvolvimento de 
colônias nas bordas das formações vulcânicas submersas 
deu origem aos recifes em forma circular, chamados de 
atóis. Na imagem, vista aérea do Atol das Rocas, 2015.
Sotavento: lado 
oposto de onde 
sopra o vento.
Barlavento: 
lado de onde 
sopra o vento. 
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48 U N I D A D E 2 Brasil: espaço geográfico e impactos ambientais
peratura nas águas dos oceanos Pacífico e 
Atlântico dificultaram a atuação desses sistemas, 
impedindo a precipitação no Brasil. Por esse mo-
tivo, nesses anos, o Sudeste brasileiro conheceu 
uma forte estiagem, que esvaziou os reservatórios 
da região e ameaçou o abastecimento de água 
potável de grandes cidades, como podemos ler no 
texto a seguir. 
Esses dois sistemas são os responsáveis por 
grande parte do volume de chuva recebido no ter-
ritório brasileiro: enquanto a ZCIT garante a maior 
parte das precipitações anuais no Nordeste e no 
Norte, a ZCAS é a responsável pelas chuvas abun-
dantes nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. 
Em alguns anos, como no verão de 2â1ã-2â15, 
segundo meteorologistas, as alterações de tem-
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 Na imagem A, a Zona de 
Convergência Intertropical 
pode ser identificada por 
causa da nebulosidade 
presente no norte do Brasil e 
da América do Sul (imagem 
de 15 de março de 2016). Na 
imagem B, observa-se uma 
extensa faixa de nuvens que 
vai da Amazônia até o oceano 
Atlântico, caracterizando a 
Zona de Convergência do 
Atlântico Sul (imagem de 11 
de janeiro de 2016).
Seca no Sudeste atinge 133 cidades e já 
afeta economia
A seca que assola o Sudeste atinge ao menos 133 
cidades e vai além dos pesadelos domésticos para seus 
27,6 milhões de habitantes. Elas reúnem 23% do PIB 
brasileiro.
A riqueza envolvida corresponde a R$ 946,4 bilhões, 
a preços de 2011 (último ano com dados detalhados por 
cidade). Corrigido pela inflação (17,85%), o valor repre­
sen taria hoje R$ 1,1 trilhão.
Se fosse um país, esse novo "polígono da seca" em 
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro seria a 
segunda maior economia da América do Sul. Ficaria 
atrás só do Brasil.
Se em cada um desses municípios a produção caísse 
1%, seria o bastante para tirar 0,23 ponto percentual do 
PIB na cio nal. O crescimento da economia neste ano 
[2014] está projetado para 0,3%.
A situação em São Paulo é a pior. De seus 645 muni­
cípios, 92 (14%) enfrentam algum tipo de dificuldade.
É difícil estimar quanto da econo mia foi afetada pela 
crise hídrica, mas empresas relatam prejuízos. A Unica 
(União da Indústria de Cana­de­Açú car) havia feito em 
abril projeção 2,9% menor para a safra 2014/2015 no 
Centro­Sul.
FOLHA de S.Paulo. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/
cotidiano/2014/11/1541915-seca-no-sudeste-atinge-133-
cidades-e-ja-afeta-economia.shtml>. Acesso em: 18 mar. 2016.
Ampliando o conhecimento
 Represa seca em Poços de Caldas, no sul de Minas 
Gerais, em outubro de 2014.
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Geografia Regional
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 Jorge Amado (1912-2001) em sua 
casa na cidade de Salvador (BA), 
em 1996.
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 Foto da ponte Presidente Dutra, que faz a ligação entre 
Juazeiro, Bahia (primeiro plano), e Petrolina, Pernambuco (ao 
fundo). Foto de 2015.
Geografia,
História e Literatura
O rio São Francisco e Jorge Amado
O rio São Francisco é um dos mais importantes rios brasileiros e 
teve papel fundamental na ocupação do nosso território, sobretudo 
na expansão da criação do gado — fato que o fez ser chamado de 
“rio dos currais”. O Velho Chico, um dos mais famosos apelidos 
do SãoFrancisco, é também considerado o rio da unidade 
nacional, por integrar o Sertão ao litoral e pessoas de di-
ferentes lugares e culturas ao longo do seu curso. 
Economicamente, um dos principais pontos do 
São Francisco abriga uma importante região agrí-
cola, com produção irrigada pelas suas águas, na 
região das cidades de Petrolina, no estado de 
Pernambuco, e Jua zeiro, na Bahia. 
Além da função econômica, o rio São 
Francisco também inspirou inúmeras produ-
ções artísticas e culturais, como as obras do 
escritor Jorge Amado. 
Nascido na Bahia, Jorge Amado é reco-
nhecido internacionalmente (com obras 
traduzidas para mais de cinquenta idio-
mas) e já vendeu mais de 20 milhões de 
livros. Seu tema preferido é a zona ca-
caueira baiana, na região dos municí-
pios de Ilhéus e de Itabuna. Entre-
tanto, como grande autor regiona-
lista, não poderia deixar de contem-
plar, na sua vasta obra, o rio mais 
importante da região Nordeste.
O trecho a seguir foi retirado do 
livro Seara vermelha, lançado em 
1946 e que descreve a luta dos ser-
tanejos nordestinos contra a fome.
Havia qualquer coisa de inex plicável que 
os atraía à noite para a beira do rio. Viam as 
luzes de Petrolina defronte, a sombra da 
catedral majestosa, único prédio grande e rico 
da cidade pernam bucana. Ali havia um bispo, 
alguém explicara, e por isso a catedral era tão 
bonita, vitrais vindos da França, fazendo inveja a 
Juazeiro, maior, mais progressista e movi men tada, 
mas sem uma catedral sequer parecida. [...]
Mais que a igreja, porém, o rio os atraía. Era o 
São Francisco, ouviam falar dele em suas terras de 
sol e seca. Nunca tinham visto tanta água e associavam 
a visão da água à ideia de fartura, imaginavam que 
aquelas terras próximas seriam de uma fertilidade 
assombrosa. E se admiravam que os camponeses 
chegados da beira do rio fossem andrajosos e fracos, os 
rostos amarelos de sezão, piolhentos e sujos. Com aquele 
farturão de água era de esperar que toda gente por ali 
estivesse nadando em dinheiro. Não tardaram, no entanto, em 
descobrir que todas aquelas terras ubérrimas pertenciam a 
uns poucos donos e que aqueles homens magros e paludados
trabalhavam em terras dos outros, na enxada de sol a sol, nos 
campos de Ouricuri, nos carnaubais e nas plantações de 
arroz e algodão, ganhando salários ainda inferiores àqueles 
que pagavam pelo sertão.
AMADO, Jorge. Seara vermelha. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2009. p. 115.
Seara: área de 
campo; terra 
cultivada.
Andrajoso: que 
está coberto de 
trapos.
Sezão: febre 
acentuada e 
cíclica; febre de 
malária.
Ubérrimo:
extremamente 
fértil, fecundo.
Paludado:
indivíduo 
infectado pela 
malária.
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6
Sumário
 UNIDADE 1 
ASPECTOS GERAIS DO 
TERRITÓRIO BRASILEIRO .............................. 9
CAPÍTULO 1 
Brasil: localização e territorialidade ........................10
 Posição geográfica, extensão e 
pontos extremos ..................................................... 10
 Territorialidade, soberania e 
segurança nacional ................................................. 13
 Fronteiras terrestres e marítimas .......................... 15
 Refletindo sobre o conteúdo ...................................... 18
CAPÍTULO 2 
Formação e ocupação do território brasileiro .......... 19
 Expansão territorial do Brasil colônia ................... 19
 Expansão das fronteiras no Império 
e na República .........................................................22
 Refletindo sobre o conteúdo ......................................24
CAPÍTULO 3 
Divisão administrativa e divisão regional 
do Brasil ...................................................................25
 Organização e divisão político-administrativa 
do Brasil ...................................................................25
 A divisão regional do Brasil ....................................28
 Refletindo sobre o conteúdo ..................................... 30
CONCLUINDO A UNIDADE 1 ....................................... 31
Testes e questões ........................................................... 32
Outras fontes de reflexão e pesquisa ............................ 37
 UNIDADE 2 
BRASIL: ESPAÇO GEOGRÁFICO E 
IMPACTOS AMBIENTAIS ................................. 38
CAPÍTULO 4 
Brasil: estrutura geológica e formas de relevo ....... 39
 Estrutura geológica .................................................39
 A dinâmica interna ................................................ 40
 A dinâmica externa................................................ 42
 Classificações do relevo brasileiro ....................... 42
 Outros tipos de relevo ........................................... 44
 Refletindo sobre o conteúdo ..................................... 46
CAPÍTULO 5 
O clima no Brasil ..................................................... 47
 A influência da tropicalidade .................................47
 Elementos do clima ............................................... 49
 Principais fatores do clima .................................... 50
 Classificação climática ...........................................52
 Refletindo sobre o conteúdo ......................................53
CAPÍTULO 6 
A hidrografia do Brasil............................................ 54
 Os rios ..................................................................... 54
 As regiões hidrográficas brasileiras ...................... 57
 Geografia Regional – O rio São Francisco 
e Jorge Amado .........................................................62
 Águas subterrâneas ...............................................63
 Lagos ....................................................................... 64
 Gestão dos recursos hídricos no Brasil ................ 64
 Refletindo sobre o conteúdo ..................................... 64
CAPÍTULO 7 
Formações vegetais, domínios morfoclimáticos e 
biomas brasileiros .................................................. 65
 Formações vegetais ................................................65
 Domínios morfoclimáticos .................................... 66
 Os biomas brasileiros ............................................. 67
 Geografia Regional – Geografia do Pantanal ............72
 Refletindo sobre o conteúdo ...................................... 76
CAPÍTULO 8 
Política ambiental no Brasil e 
degradação dos biomas ...........................................77
 Histórico da política ambiental no Brasil .............. 77
 Ocupação do espaço brasileiro 
e impactos ambientais ...........................................82
 Refletindo sobre o conteúdo ..................................... 90
CONCLUINDO A UNIDADE 2 ...................................... 91
Testes e questões ........................................................... 91
Outras fontes de reflexão e pesquisa ............................96
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7
 UNIDADE 3 
OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO 
BRASILEIRO: POPULAÇÃO 
E URBANIZAÇÃO ............................................ 98
CAPÍTULO 9 
Características da população brasileira ................. 99
 Demografia no Brasil ............................................. 99
 Crescimento populacional .................................. 100
 Estrutura da população ........................................ 101
 Distribuição da população no território .............106
 Condições de vida e desigualdade social ...........108
 Diálogos – A cultura popular brasileira escrita 
por Câmara Cascudo .............................................. 110
 Refletindo sobre o conteúdo .....................................112
CAPÍTULO 10 
Brasil: movimentos migratórios .............................113
 Migrações internas: tradição histórica ................113
 Migrações estrangeiras do 
século XIX ao XXI ..................................................117Geografia Regional – Influência alemã e 
italiana na paisagem da região Sul ........................120
 Refletindo sobre o conteúdo .................................... 126
CAPÍTULO 11 
O processo de urbanização no Brasil ..................... 127
 Urbanização acelerada ......................................... 127
 Geografia Regional – A Macrometrópole 
Paulista ................................................................... 136
 Refletindo sobre o conteúdo .................................... 138
CONCLUINDO A UNIDADE 3 .................................... 139
Testes e questões .........................................................140
Outras fontes de reflexão e pesquisa .......................... 145
 UNIDADE 4 
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO 
ECONÔMICO E INDUSTRIALIZAÇÃO .....147
CAPÍTULO 12 
A organização do espaço 
econômico brasileiro .............................................148
 Herança colonial: arquipélago econômico .........148
 A industrialização e a integração nacional ......... 152
 Refletindo sobre o conteúdo .................................... 155
CAPÍTULO 13 
Industrialização e desenvolvimento econômico ....156
 Antes da Revolução Industrial tardia .................. 156
 A Revolução Industrial tardia .............................. 159
 O “milagre econômico” e 
a “década perdida” ................................................161
 A indústria brasileira na globalização ................. 162
 Refletindo sobre o conteúdo .................................... 165
CAPÍTULO 14 
Localização espacial e concentração 
das indústrias ........................................................166
 As regiões de concentração industrial ............... 166
 Refletindo sobre o conteúdo .................................... 175
CAPÍTULO 15 
Localização espacial e dispersão das indústrias ... 176
 Processo de dispersão industrial ......................... 176
 Refletindo sobre o conteúdo .................................... 185
CONCLUINDO A UNIDADE 4 .................................... 186
Testes e questões ......................................................... 186
Outras fontes de reflexão e pesquisa ...........................191
 UNIDADE 5 
ATIVIDADES PRIMÁRIAS 
NO BRASIL .......................................................192
CAPÍTULO 16 
O espaço agropecuário brasileiro .......................... 193
 O campo brasileiro ............................................... 193
 Atividades agrícolas ............................................194
 Principais produtos agrícolas .............................. 195
 A pecuária no Brasil .............................................. 199
 O agronegócio no Brasil ...................................... 202
 Refletindo sobre o conteúdo ................................... 203
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8
CAPÍTULO 17 
A estrutura fundiária no Brasil .............................204
 Origem da estrutura fundiária brasileira ........... 204
 Conflitos no campo .............................................. 209
 As relações de trabalho no campo ......................210
 Diálogos – A desigual estrutura fundiária 
brasileira em contexto ............................................ 212
 Refletindo sobre o conteúdo .................................... 214
CAPÍTULO 18 
Recursos minerais do Brasil .................................. 215
 O setor mineral no Brasil ...................................... 216
 Recursos minerais ................................................. 218
 Refletindo sobre o conteúdo ................................... 226
CAPÍTULO 19 
Oferta interna de energia: 
combustíveis fósseis .............................................227
 Oferta interna de energia no Brasil .....................227
 Combustíveis fósseis ........................................... 229
 Refletindo sobre o conteúdo ................................... 236
CAPÍTULO 20 
Oferta interna de energia: energia elétrica e 
outras fontes .........................................................237
 Energia elétrica .....................................................237
 Outras fontes de energia .................................... 244
 Geografia Regional – O avanço da energia 
hidrelétrica na região Norte ................................... 247
 Refletindo sobre o conteúdo ................................... 248
CONCLUINDO A UNIDADE 5 ................................... 249
Testes e questões ........................................................ 249
Outras fontes de reflexão e pesquisa ......................... 254
 UNIDADE 6 
COMÉRCIO, TRANSPORTES E 
TELECOMUNICAÇÕES ................................................. 256
CAPÍTULO 21 
O comércio exterior brasileiro ...............................257
 Evolução do comércio exterior brasileiro ...........257
 Balança comercial e balanço de pagamentos ... 258
 O comércio brasileiro no 
contexto internacional ........................................ 260
 Os corredores de exportação ............................. 262
 Desafios do comércio exterior brasileiro ........... 263
 Refletindo sobre o conteúdo ................................... 265
CAPÍTULO 22 
Transportes e telecomunicações no Brasil ........... 266
 Os transportes no Brasil ...................................... 266
 As telecomunicações no Brasil ............................277
 Refletindo sobre o conteúdo ................................... 279
CONCLUINDO A UNIDADE 6 ................................... 280
Testes e questões ......................................................... 281
Outras fontes de reflexão e pesquisa ......................... 285
SIGNIFICADO DAS SIGLAS ...................................... 286
BIBLIOGRAFIA ............................................................287
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RORAIMA
AMAZONAS
RONDÔNIA
ACRE
PARÁ
AMAPÁ
PIAUÍ
CEARÁ
MARANHÃO
TOCANTINS
GOIÁS
BAHIA
MINAS
GERAIS
ESPÍRITO
SANTO
RIO DE
JANEIRO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
RIO GRANDE
DO NORTE
PARAÍBA
PERNAMBUCO
SERGIPE
ALAGOAS
SÃO PAULO
PARANÁ
SANTA
CATARINA
RIO
GRANDE
DO SUL
MATO GROSSO
DO SUL
MATO
GROSSO
DISTRITO
FEDERAL
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Esta imagem mostra a atual divisão política do Brasil e suas grandes dimensões. Nesta Unidade, 
vamos estudar como o Brasil atingiu a atual extensão territorial e como se configurou sua divisão 
política contemporânea, além de conhecer as principais consequências da posição geográfica do país.
PERNAMBUCO
ALAGOAS
FEDERAL
ESPÍRITO
GOIÁS
GERAIS
DO SUL
PARAÍBA
PERNAMBUCOPERNAMBUCO
PIAUÍ
PARANÁ
JANEIRO
DO NORTE
RONDÔNIA
RORAIMA
GRANDE
DO SUL
PARANÁ
CATARINA
SERGIPE
SÃO PAULO
TOCANTINS
Aspectos gerais do 
território brasileiro
 Imagem de satélite da América do Sul, com 
destaque para o território brasileiro, em 2016.
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10 U N I D A D E 1 Aspectos gerais do território brasileiro
c a p í t u l o 1
Brasil: localização e 
territorialidade
 Posição geográfica, 
extensão e pontos extremos
Devido à sua posição geográfica, mais de 90% do 
território brasileiro encontra-se em áreas de baixa 
latitude, que compreende a zona intertropical: faixa 
localizada entre o trópico de Câncer (23° 27’N) e o 
trópico de Capricórnio (23° 27’S). Maior país tropical 
do mundo, o Brasil tem o clima e a vegetação mar-
cados pela tropicalidade.
O Brasil situa-se na porção centro-oriental da 
América do Sul e ocupa cerca de 47% do território 
dessa porção do continente. Caso o mapa do terri-
tório brasileiro fosse uma figura geométrica, ele 
seria semelhante a um triângulo isósceles, coma 
base voltada para o norte.
Conforme podemos observar na tabela ao lado, 
o Brasil ocupa o quinto lugar entre os países mais 
extensos do mundo.
Os países mais extensos do mundo 
(em terras descontínuas)
País Área (km²) Continente
Rússia 17 098 242 Europa e Ásia
Canadá 9 984 670 América
Estados Unidos* 9 833 517 América
China 9 569 960 Ásia
Brasil 8 515 746 América
Austrália 7 741 200 Oceania
* Área total, considerando os territórios ultramarinos na América Central 
e na Oceania.
Fonte: CIA. The World Factbook. Disponível em: 
<www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ca.html>; 
IBGE. Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/geociencias/ 
cartografia/default_territ_area.shtm>. Acesso em: 12 jan. 2016.
Esse critério de classificação leva em consideração 
terras descontínuas, como no caso dos Estados Uni dos, 
em que são considerados os estados do Alasca e do 
Havaí, separados dos 48 estados continentais do país.
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0 2 820 5 640 km
OCEANO 
PACÍFICO
OCEANO 
ATLÂNTICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
OCEANO 
ÍNDICO
OCEANO 
PACÍFICO
Trópico de Câncer
Equador
Círculo Polar Ártico
Trópico de Capricórnio
Círculo Polar Antártico
0º
0º
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BRASIL
Hemisfério
ocidental
Hemisfério
oriental
Hemisfério
norte
Hemisfério
sul
23º27’ S
23º27’ N
180º180º
Maior país 
tropical do 
mundo
 O Brasil é o único país do mundo que é “atravessado”, ao mesmo tempo, pelo equador e pelo trópico de Capricórnio, e, por isso, tem 
terras no hemisfério norte (7%) e no hemisfério sul (93%). Localizado a oeste do meridiano de Greenwich (Londres), o país situa-se 
inteiramente no hemisfério ocidental.
Brasil: localização e posição geográfica
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11Brasil: localização e territorialidade C A P Í T U L O 1
Em terras contínuas, o Brasil é o 4o país do mun-
do em extensão, com 1,6% da superfície terrestre 
(massas sólida e líquida) e 5,7% das terras situadas 
acima do nível do mar.
Podemos ter uma noção da grandeza do território 
brasileiro ao verificar a distância entre seus pontos 
extremos: são 4 394,7 km da nascente do rio Ailã, no 
Monte Caburaí, em Roraima (norte) ao arroio Chuí, 
no Rio Grande do Sul (sul); e são 4 319,4 km da Ponta 
do Seixas, na Paraíba (leste) à nascente do rio Moa, 
na serra de Contamana, no Acre (oeste). Por esse mo-
tivo, o Brasil é considerado um país equidistante, isto 
é, há apenas uma pequena diferença entre as distân-
cias de seus pontos extremos. Veja o mapa abaixo.
 Fusos horários do Brasil
Devido à posição geográfica e à sua grande ex-
tensão territorial no sentido leste-oeste, o Brasil 
estende-se por quatro fusos horários distintos.
O primeiro fuso, atrasado em duas horas em re-
lação à hora de Greenwich e adiantado uma hora 
em relação ao fuso oficial de Brasília, compreende 
apenas as ilhas oceânicas Fernando de Noronha, 
Trindade, Martim Vaz, atol das Rocas e arquipélago 
de São Pedro e São Paulo.
O segundo fuso horário é o fuso oficial de Brasília 
e engloba as regiões Sul, Sudeste e Nordeste e os esta-
dos de Goiás, Tocantins, Amapá e Pará. Esse fuso está 
três horas atrasado em relação à hora de Greenwich.
O terceiro fuso, atrasado quatro horas em relação 
a Greenwich, abrange os estados de Mato Grosso, 
Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e quase 
todo o estado do Amazonas.
O quarto fuso foi restabelecido em 2013 e abran-
ge o estado do Acre e treze municípios no oeste do 
estado do Amazonas, atrasado cinco horas em rela-
ção a Greenwich e duas horas em relação ao fuso 
oficial de Brasília. Veja no mapa a seguir os fusos 
horários do Brasil.
Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 91.
Adaptado de: OBSERVATÓRIO NACIONAL. Disponível em: 
<http://pcdsh01.on.br/fusbr.htm>. Acesso em: 20 set. 2015.
 Trópico de Ca
pricórnio
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
0º
50º O
PARAGUAI
BOLÍVIA
PERU
EQUADOR
COLÔMBIA
VENEZUELA
GUIANA
Guiana
Francesa
(FRA)
SURINAME
CHILE
URUGUAI
ARGENTINA
O
S
NASCENTE DO 
RIO MOA (AC)
Ponto mais
ocidental
L
PONTA DO
SEIXAS (PB)
Ponto mais
oriental
ARROIO CHUÍ (RS)
Ponto mais meridional
N
NASCENTE DO
RIO AILÃ (RR)
Ponto mais
setentrional
4 319,4 km
4
3
9
4
,7
 km
0 730 1 460 km
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EquadorEquador
Brasil: pontos extremos – equidistância
Equador
RN
Arquipélago
de São Pedro
e São Paulo
Arquipélago
de Fernando
de Noronha
Ilhas de Trindade 
e Martim Vaz
Atol das
Rocas
PB
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MG
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RR
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AC
RO
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Trópico de Capricórnio 
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
* UTC -5 horas UTC -4 horas UTC -3 horas UTC -2 horas
Limite prático
0 665 1 330 km
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* Em relação ao horário de Greenwich.
0º
Brasil: fusos horários
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 Rio Ailã, próximo à fronteira do Brasil com a Guiana, no 
município de Uiramutã (RR), em 2014.
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12 U N I D A D E 1 Aspectos gerais do território brasileiro
Os fusos horários brasileiros também são alterados 
em decorrência do horário de verão. Mas essa alteração 
não ocorre em todos os estados, nem durante todo 
Horário de verão no Brasil: objetivos, 
estados onde vigora e período de 
vigência 
O principal objetivo do horário de verão é o melhor 
aproveitamento da luz natural em relação à artificial, 
adiantando-se os relógios em uma hora, de forma a 
reduzir a concentração de consumo de energia elétrica 
no horário entre 18 e 21 horas. A redução na coincidência 
de consumo entre os diversos consumidores de energia 
elétrica nesse horário, pela aplicação do horário diferen-
ciado, provoca uma distensão do período de maior 
consumo e uma redução do valor do pico, chamada de 
demanda máxima de energia elétrica. 
Dessa forma, consegue-se um menor carregamento 
de energia nas linhas de transmissão, nas subestações, 
e nos sistemas de distribuição, reduzindo o risco de não 
atender à população no horário de ponta. Isto em uma 
época do ano em que o sistema é normalmente 
submetido às mais severas condições operacionais de 
demanda. Além disso, essa redução na demanda máxima 
de energia elétrica exige menos investimentos na 
expansão da geração e transmissão de energia elétrica, 
uma vez que os investimentos normalmente são 
realizados para atender aos maiores requisitos de carga. 
Assim, a redução dos picos máximos dos horários de 
demanda por energia proporciona uma utilização mais 
uniforme da energia elétrica durante o dia, o que a ca-
racteriza como uma medida de eficiência energética. 
Quanto mais uniforme a utilização da energia no perío-
do diário, mensal e anual, melhor se aproveita o sistema 
elétrico disponível, os recursos energéticos, e consequen-
temente os recursos naturais.
O horário de verão, que, em geral, se estende do 
terceiro domingo de outubro ao terceiro domingo de 
fevereiro, é mais eficaz nos estados mais distantes da 
linha do equador, onde há uma diferença mais significativa 
na luminosidade entre o verão e o inverno. Nos estados 
do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, os dias de verão são mais 
longos que no Norte e Nordeste. Com isso, é possível 
estimular as pessoas e as empresas a encerrarem suas 
atividades do dia com a luz do sol ainda presente, 
evitando que muitos equipamentos estejam ainda ligados 
quando é acionada a iluminação noturna. No Norte e 
Nordeste, houve poucos benefícios elétricos e energéticosnos estados em que houve horário de verão. Veja no 
gráfico a seguir a diferença de luminosidade entre 
algumas capitais brasileiras.
Quando o verão se aproxima do fim, os dias voltam 
a ficar mais curtos nas regiões mais ao sul, o sol começa 
a sair cada vez mais tarde. Com isso, torna-se necessária 
a interrupção do horário de verão, para evitar que as 
pessoas comecem o dia ainda no escuro e tenham que 
ligar a iluminação. Haveria também desconforto a 
crianças e trabalhadores que teriam que iniciar suas 
aulas ou seu trabalho ainda no escuro. 
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Disponível em: <www.mme.gov.br/web/guest/destaques-do-setor-de-energia/ 
horario-brasileiro-de-verao>. Acesso em: 14 jan. 2016. (Adaptado.)
Ampliando o conhecimento
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12:57
12:43
12:28
12:14
12:00
1o Set. 21 Set. 11 Out. 31 Out. 20 Nov. 10 Dez. 30 Dez. 19 Jan. 08 Fev. 28 Fev. 20 Mar.
Dias 
do ano
Horas
Porto Alegre
São Paulo
Rio de Janeiro
Brasília
Recife
Belém
 Em 2011, devido a um 
aumento no consumo 
de energia, a Bahia 
aderiu ao horário de 
verão. No entanto, em 
2012, a pedido da 
população, o estado 
desistiu de adotar a 
diferença de horário. 
Em contrapartida, 
nesse mesmo ano, o 
estado do Tocantins, 
visando reduzir o alto 
consumo de energia 
elétrica, passou a 
adotar o horário de 
verão. 
Adaptado de: ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Disponível em: <www.ons.org.br/download/avaliacao_
condicao/horario_verao/HV2007.08.pdf>. Acesso em: 14 jan. 2016.
o ano. Sua abrangência é definida por alguns critérios. 
Leia mais sobre os critérios e os motivos da utilização 
do horário de verão no Brasil no texto a seguir. 
Duração da luminosidade do dia
Fronteiras_Geografia_V3_PNLD2018_009a018_U1C01.indd 12 01/06/16 09:12
13Brasil: localização e territorialidade C A P Í T U L O 1
 Territorialidade, soberania 
e segurança nacional
Brasília, a capital federal, é o símbolo da territo-
rialidade no sentido de soberania política sobre o 
território nacional. Antes de Brasília, o Brasil teve 
outras capitais. Salvador foi a primeira cidade a exer-
cer esse papel de 1549 a 1763. Depois foi a vez da 
cidade do Rio de Janeiro, capital do Brasil colônia e 
do Brasil independente de 1763 a 1960.
Construída exclusivamente para ser a capital do 
país, Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960; 
teve seu projeto idealizado pelo arquiteto Lúcio 
Costa (Plano Piloto) e arquitetura dos edifícios pú-
blicos de Oscar Niemeyer.
A soberania brasileira não se limita apenas às 
suas terras superficiais. Também fazem parte do 
território nacional seu subsolo, espaço aéreo e mar 
territorial. Por essa razão, o Brasil tem o direito de 
explorar recursos minerais, energéticos, água sub-
terrânea, etc., além de poder fiscalizar o tráfego rea-
lizado no espaço aéreo sobre seu território terrestre 
e seu mar territorial. 
Mar territorial: compreende uma faixa de 12 milhas 
marítimas (21,6 km) de largura, medidas a partir do 
litoral continental e insular.
Embora o Brasil não apresente qualquer 
questão a ser resolvida em suas fronteiras 
terrestres, uma forte vigilância é exercida 
nesses locais, mesmo com a atividade sen-
do dificultada pela grande extensão e a 
presença da floresta Amazônica no norte 
do país.
Dentro da política de soberania e se-
gurança nacionais, destacam-se o concei-
to de Faixa de Fronteira e os projetos 
Calha Norte, Sipam/Sivam e Radambrasil.
A Faixa de Fronteira compreende uma 
extensão interna de cerca de 150 km de 
largura ao longo dos 15 719 km das fron-
teiras terrestres brasileiras. Nessas áreas, 
de vital importância à Segurança 
Nacional, qualquer atividade só é permi-
tida com autorização do governo federal. 
Na região da Faixa de Fronteira encon-
tram-se 11 estados: Acre, Amapá, 
Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do 
Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, 
Rondônia, Ro raima e Santa Catarina. 
Esses estados fazem fronteira com dez paí ses da 
América do Sul, conforme pode ser observado no 
mapa a seguir.
O projeto denominado Desenvolvimento e Segu-
rança na região ao Norte dos Rios Solimões e Ama zonas 
ficou conhecido como Programa Calha Norte. Criado 
efetivamente em 1985, esse programa foi elaborado 
pelo governo militar para proteger a faixa de fronteira 
da Amazônia — área relativamente despovoada e ob-
jeto de incursões de redes do narcotráfico e de agentes 
não nacionais em missões indígenas. 
O Calha Norte abrange uma área inexplorada 
com mais de 6,5 mil quilômetros de fronteiras ter-
restres, que se estendem de Tabatinga (AM) até a 
foz do rio Oiapoque, somando 1,2 milhão de km2. 
Revitalizado, a partir do ano 2000, o Programa 
Calha Norte recebeu verbas para a construção de 
quartéis, estradas e melhorias sociais para as al-
deias indígenas. Essa preocupação teve como prin-
cipal motivo a atuação de organizações não gover-
namentais na faixa de fronteira, considerada pelas 
autoridades uma ameaça à soberania nacional.
Adaptado de: MINISTÉRIO DA DEFESA. Disponível em: <www.defesa.gov.br/ 
programas-sociais/programa-calha-norte/area-de-atuacao-do-programa-calha-norte>; 
IBGE. Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartogramas/ff_brasil.html>. 
Acesso em: 5 jan. 2016.
Arroio Chuí
VENEZUELA
COLÔMBIA
PERU
BOLÍVIA
PARAGUAI
ARGENTINA
URUGUAI
GUIANA
SURINAME
Guiana Francesa (FRA)
CHILE
50º O
Equador
0º
BRASIL
Cabo Orange
AP
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PR
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Trópico de
 Capricórnio
Tabatinga
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 Amazonas
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Negro
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Queriniutu
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0 500 1 000 km
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Faixa de Fronteira
Área de atuação 
do Programa 
Calha Norte
OCEANO
ATLÂNTICO
Brasil: Programa Calha Norte e Faixa de Fronteira
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14 U N I D A D E 1 Aspectos gerais do território brasileiro
O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) é 
um projeto de grandes dimensões, criado para pro-
teger e fornecer subsídios para o desenvolvimento 
de uma área muito importante para o país: a 
Amazônia Legal, que abrange os estados do Acre, 
Amapá, Rondônia, Roraima, Amazonas, Pará, partes 
do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Esse proje-
to apresenta como um dos seus componentes o 
Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), que 
entrou em vigor em 1997.
O Sivam funciona como uma rede de coleta e 
processamento de dados da Amazônia e apresenta 
uma infraestrutura integrada que dispõe de técni-
cas modernas, como sensoriamento remoto, vigi-
lância por radares, monitoração ambiental e meteo-
rológica, recursos computadorizados e meios de 
telecomunicações (satélites), com um centro de 
Coordenação Geral sediado em Brasília e três 
Centros Regionais de Vigilância que se encontram 
em Belém, Manaus e Porto Velho.
Seus principais objetivos são reduzir as ativida-
des ilegais (contrabando da fauna e da flora, tráfico 
de drogas, invasão de terras indígenas) e monitorar 
a região protegendo o meio ambiente, principalmen-
te evitando o desmatamento da floresta Amazônica. 
Em 2002, o Sivam foi dividido em Quarto Centro 
Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego 
Aéreo (Cindacta IV), responsável pela vigilância do 
 Radar e antena do Sistema de Vigilância da Amazônia 
(Sivam), em São Gabriel da Cachoeira (AM), em 2012.
tráfego aéreo na região da Amazônia Legal, e Centro 
Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da 
Amazônia (Censipam), responsável pela gestão de 
todo o Sipam. 
O Projeto Radam (Radar da Amazônia) foi cria-
do na década de 1970 com o objetivo de detalhar a 
geo logia, o relevo, os solos e a cartografia da 
Amazônia e do Nordeste brasileiros. Aos poucos, o 
projeto, que utilizava técnicas como sensoriamento 
remoto e aero fotogrametria, ampliou-see, em 1975, 
foi estendido a todo o território brasileiro, passando 
a se chamar Radambrasil.
O Brasil na Antártida
Em primeiro de dezembro de 1959, doze paí ses 
— Argentina, Austrália, Bélgica, Chile, Estados Uni-
dos, França, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Reino 
Unido, República Sul-Africana (hoje África do Sul) e 
União Soviética (extinta em 1991) — assinaram o 
Tratado da Antártida, que passou a vigorar em 1961.
O tratado definiu a realização de pesquisas cien-
tíficas no continente e estabeleceu uma área situada 
ao sul do paralelo 60° especialmente para esse fim. 
Definiu princípios importantes, como: liberdade para 
pesquisa científica, cooperação entre países para esse 
fim e utilização pacífica da Antártida. Esse tratado 
reconhece a importância do continente para toda a 
humanidade. Assim, esse território deve ficar indeter-
mi nadamente livre da discórdia entre os países, 
especialmente no que diz respeito a aspirações 
territoriais. Ficou também estabelecido que seria 
proibida a militarização da região, bem como explosões 
nuclea res ou depósitos de lixo atômico no continente.
O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida em 
1975 e deu início ao Programa Antártico Brasileiro 
(Proantar) em 1982. As atividades brasileiras de pes-
quisas científicas começaram entre 1982 e 1983, a 
bordo do navio Barão de Teffé. Em 1983, nosso país 
foi admitido como Membro Consultivo no Tratado 
da Antártida. 
O Proantar é responsabilidade da Comissão 
Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), 
coordenada pelo Ministério da Marinha. 
As atividades do Proantar são realizadas na 
Estação Antártica Comandante Ferraz, nas ilhas 
Nelson, do Elefante, Rei George e no navio de apoio 
oceanográfico Ary Rongel, que substituiu o Barão 
de Teffé, em 1994. Suas principais áreas de estudo 
são as Ciências da Atmosfera, Ciências da Terra e 
Ciências da Vida.
A Estação Antártica Comandante Ferraz, com 
capacidade para abrigar 106 pessoas, localiza-se na 
ilha Rei George, na baía do Almirantado.
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15Brasil: localização e territorialidade C A P Í T U L O 1
 Fronteiras terrestres 
e marítimas
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), nosso país possui 23 086 km de 
fronteiras, sendo 15 719 km de fronteiras terrestres 
e 7 367 km de fronteiras marítimas. 
As fronteiras terrestres do nosso país foram de-
marcadas segundo as características da paisagem 
predominante na região, como rios, lagos, monta-
nhas, serras, picos e também por meio de linhas 
geodésicas, linhas traçadas no terreno, tendo como 
referência os paralelos e os meridianos.
 Fronteiras terrestres
As fronteiras terrestres brasileiras representam 
cerca de 68% de toda a extensão dos limites territo-
riais do nosso país. Devido à grande extensão, o 
Brasil só não faz fronteira com o Chile nem com o 
Equador, entre os países sul-americanos. 
Embora não existam efetivamen-
te terras brasileiras na Antár tida, 
devemos lembrar que navios ou ba-
ses militares de nosso país fora do 
território nacional têm soberania 
brasileira.
Em 2012, dois acontecimentos 
marcaram o programa brasileiro na 
Antártida. Um bastante positivo foi a 
inauguração do primeiro módulo brasi-
leiro de pesquisa, o Criosfera 1, locali-
zado no interior da Antár tida, 670 km 
do polo sul. Veja o mapa ao lado.
O outro foi o incêndio que atingiu 
de maneira trágica a Estação Antártica 
Comandante Ferraz, afetando cerca de 
70% de suas instalações, vitimando 
dois marinheiros e destruindo anos de 
pesquisa. As operações do Proantar 
continuam sendo realizadas no navio 
oceanográfico Ary Rongel e no navio 
polar Almirante Maximiano até a 
Estação ser reconstruída.
Texto elaborado com base em: MARINHA DO BRASIL. Secretaria da Comissão Interministerial para 
os Recursos do Mar. Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Disponível em:<www.mar.mil.br/secirm/ 
portugues/proantar.html>; O ESTADO de S. Paulo. Disponível em: <www.estadao.com.br/noticias/geral,pela-primeira- 
vez-brasil-tera-estacao-cientifica-no-interior-da-antartida-imp-,749866>. Acesso em: 14 jan. 2016.
Adaptado de: O ESTADO de S. Paulo. Disponível em: <www.estadao.com.br/ 
noticias/geral,pela-primeira-vez-brasil-tera-estacao-cientifica-no-interior-da-antartida-
imp-,749866>. Acesso em: 14 jan. 2016.
Polo Sul
Criosfera 1
Base 
Comandante Ferraz
Bases científicas do Brasil
Cabo 
Horn
Mar 
de 
Weddell
Mar 
de 
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AMÉRICA
DO SUL
 
 
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0 800 1 760 km
Antártida: bases científicas brasileiras
Como vimos, os 15 719 km de extensão de fron-
teiras terrestres fazem divisa com dez países e en-
globam terras das regiões Norte, Centro-Oeste e 
Sul. Ao norte, o Brasil faz fronteira com Guiana, 
Guiana Francesa, Suriname e Venezuela; a noroes-
te, está a Colômbia; a oeste, encontram-se Bolívia 
e Peru; a sudoeste, Paraguai e Argentina; ao sul, 
Uruguai. Veja, novamente, o mapa da página 13.
 Fronteiras marítimas
Os 7 367 km de fronteiras marítimas brasileiras 
estendem-se desde a foz do rio Oiapoque, entre a 
Guiana Francesa e o Amapá, até a barra do arroio 
Chuí, entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai.
Além do grande desafio que é proteger as fron-
teiras terrestres, é necessário proteger as frontei-
ras marítimas, a fim de garantir soberania para 
exploração, conservação e gestão dos recursos 
naturais.
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16 U N I D A D E 1 Aspectos gerais do território brasileiro
Para regularizar os direitos de explora-
ção e a soberania dos países sobre a faixa 
de mar que banha o seu litoral, foi assinado 
um tratado internacional — a Convenção 
das Nações Unidas sobre o Direito do Mar 
(CNUDM), realizada na Jamaica. O tratado 
foi assinado pelo Brasil e mais 118 países, 
em 1982, mas só entrou em vigor em 1994.
Segundo a Convenção, o Brasil tem “di-
reito de soberania e controle pleno sobre 
as águas, o espaço aéreo e o subsolo dessas 
águas, na faixa de fronteira marítima de-
nominada mar territorial e que deve ter, no 
máximo, 12 milhas marítimas (21,6 km) 
além das costas brasileiras”.
O tratado estabeleceu uma faixa que se 
estende por 200 milhas marítimas 
(370 km) a partir do mar territorial dos paí-
ses que possuem litoral, e também a partir 
de suas ilhas oceânicas efetivamente ocu-
padas. Essa faixa foi denominada Zona 
Econômica Exclusiva (ZEE), isto é, dentro 
desses limites, todos os recursos oferecidos 
pelo mar podem ser explorados pelo país 
que a detém.
 As ilhas oceânicas
Alguns pontos distantes no oceano Atlântico tam-
bém fazem parte do território brasileiro: são as nossas 
ilhas oceânicas. As mais conhecidas são as ilhas do 
arquipélago de Fernando de Noronha (PE); as outras 
são a ilha de Trindade e os arquipélagos de São Pedro 
e São Paulo e de Martim Vaz. De origem vulcânica, 
essas ilhas são picos da Dorsal Atlântica. 
O Atol das Rocas também faz parte dessa cadeia 
de montanhas. No entanto, como o nome indica, é 
de origem coralígena, e é a única formação desse 
tipo, tão comum no oceano Pacífico, encontrada no 
oceano Atlântico Sul Ocidental.
As ilhas oceânicas são resultado da história geo-
lógica do planeta Terra, do tempo em que a África 
e o Brasil se separaram. Todas as ilhas oceânicas 
brasileiras são de domínio da Ma rinha e são consi-
deradas unidades de conserva•‹o, pois possuem 
uma grande diversidade de espécies que só ocorrem 
nesses ambientes.
Equador
Trópico de Capricórnio 
50° O
OCEANO
ATLÂNTICO
Arq. de S. Pedro
e S. Paulo
Arq. de Fernando
de Noronha
I. de Martin
Vaz
Arq.
de Abrolhos
Ilha de
Trindade
Atol
das Rocas
12 milhas

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