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ARTE DO RENASCIMENTO À MODERNIDADE

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ARTE DO RENASCIMENTO À MODERNIDADE
Renascimento
O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália do século XIV, se consolidou no século XV e se estendeu até o século XVII por toda a Europa. Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações estruturais da sociedade, resultou na reformulação total da vida medieval, dando início à Idade Moderna.
O Renascimento originou-se na Itália, devido ao florescimento de cidades como Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras. Elas enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mediterrâneo dando origem a uma rica burguesia mercantil que, em seu processo de afirmação social, se dedicou às artes, juntamente com alguns príncipes e papas.
A cultura renascentista teve quatro características marcantes, a saber:
Racionalismo - os renascentistas estavam convictos de que a razão era o único caminho para se chegar ao conhecimento, e que tudo podia ser explicado pela razão e pela ciência.
Experimentalismo - para eles, todo conhecimento deveria ser demonstrado através da experiência científica.
Individualismo - nasceu da necessidade do homem conhecer a si próprio, buscando afirmar a sua própria personalidade, mostrar seus talentos, atingir a fama e satisfazer suas ambições, através da concepção de que o direito individual estava acima do direito coletivo.
Antropocentrismo - colocando o homem como a suprema criação de Deus e como centro do universo.
Maneirismo
O “Maneirismo” representa um estilo artístico que surgiu na Itália no século XVI, no período entre a Renascença e o Barroco (1520 a 1600). Nesse período a Europa passava por diversas transformações políticas, econômicas e culturais, tal qual o Renascimento e a Contrarreforma, o que fez surgir uma nova estética que fugia dos moldes tradicionais e que se espalhou rapidamente por toda a Europa.
Esse movimento artístico utilizou da arquitetura, escultura, artes plásticas, música e literatura, para apresentar uma arte mais perturbadora, exagerada e sofisticada. Além disso, os artistas do maneirismo buscavam se afastar dos moldes renascentistas (cânones clássicos), inaugurados por figuras da alta renascença como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael Sanzio. O termo “maneirismo” advém do italiano “maneira” que significa “maneira”, ao referir-se ao estilo próprio de cada artista. O termo foi popularizado e utilizado pela primeira vez pelo artista italiano Giorgio Vasari, como sinônimo de leveza e sofisticação.
Para muitos historiadores da arte, o maneirismo representou um momento de transição entre a Alta Renascença e o Barroco, enquanto outros acreditam ser uma escola artística independente. Nesse ínterim, alguns estudiosos consideram o maneirismo um período de decadência das artes, o qual fora muito criticado na época.
As principais características do maneirismo são:
· Sofisticação da arte
· Estilização exagerada, oblíqua e assimétrica
· Uso de Espirais, proporções, volumes e perspectivas intrigantes
· Capricho nos detalhes (arte de labirintos)
· Contrastes de sombra e luz
· Figuras alongadas, deformadas e/ou distorcidas
· Fortes combinações de cores
· Composições ambíguas, tensas, dramáticas, bizarras, perturbadoras
· Aproximação com o Barroco e o Realismo
· Ruptura com modelos clássicos (Estilo anti-renascentista)
Barroco
O Barroco é um estilo que dominou a arquitetura, a pintura, a literatura e a música na Europa do século XVII. Por isso, toda a cultura desse período, incluindo costumes, valores e relações sociais, é chamada de "barroca". Essa época surgiu no final do Renascimento e manifestava-se através de grande ostentação e extravagância entre os grupos beneficiados pelas riquezas da colonização.
As principais características que marcaram o período barroco foram:
· Arte rebuscada e exagerada;
· Valorização do detalhe;
· Dualismo e contradições;
· Obscuridade, complexidade e sensualismo;
· Barroco literário: cultismo e conceptismo.
Rococó
“Rococó” é um substantivo masculino de origem francesa (rocaille, que significa “concha”) e faz alusão a um estilo artístico tipicamente decorativo. Ele prosperou na Europa (especialmente no sul da Alemanha e na Áustria) do início ao fim do século XVIII, marcando a passagem do Barroco para o Arcadismo.
Caracterizado pelo uso de conchas, laços e flores em seus adornos, o estilo rococó predominou na esfera da arquitetura, escultura e pintura. Elas deveriam se complementar harmonicamente, muitas vezes pela união de artistas especializados em afazeres distintos. O Rococó pode ser considerado como uma reação da aristocracia e burguesia francesa contra a suntuosidade do barroco tradicional.
Considerado por muitos como uma variante “profana” do barroco, o rococó caracterizou-se, acima de tudo, pela valorização das linhas em formato de concha. Ele abandona aquelas linhas retorcidas, típicas do barroco, para empregar linhas e formas mais leves e delicadas, vistas facilmente na decoração dos interiores, ourivesaria, mobiliário, pintura, escultura e arquitetura. As obras deste movimento estético possuem texturas suaves que buscam expressar o caráter lúdico e mundano da vida.

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