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Crise Perda e morte Profª Fátima Ramos Competência emocional nas situações de crise, perda e morte As emoções influenciam continuamente a nossa relação com o outro e, para um profissional da área da Saúde, algumas influências podem interferir em suas relações com o seu paciente –aquelas que envolvem a morte, por exemplo, influenciam tanto o seu comportamento quanto o comportamento do outro. Aspectos são fundamentais para estabelecimento de uma relação de vínculo terapêutico ❑ Empatia: saber se colocar no lugar do outro (percebêlo segundo seu ponto de vista). ❑ Comunicação: afetiva no que se refere a aspectos verbais, visuais e nãoverbais. ❑ Administração adequada das emoções: tristeza, alegria, raiva, ansiedade. ❑ Administração adequada dos: conflitos e frustrações. O emocional em situações de crise Relato de uma auxiliar de enfermagem Momento de perda Relatos de auxiliar de enfermagem Lidar com paciente em fase terminal? É quando se esgotam as possibilidades de resgate das condições de saúde do paciente e a possibilidade de morte próxima parece inevitável e previsível. O paciente se torna "irrecuperável" e caminha para a morte, sem que se consiga reverter este caminhar. Paciente terminal e morte Elisabeth KublerRoss observa que ao receber a notícia de que estão com uma doença incurável, o paciente passa por 5 fases: ❑ Negação; ❑ Raiva; ❑ Negociação; ❑ Interiorização; ❑ Aceitação. Fase da negação Esta fase está sujeita a ser vista como forma de defesa de algo improvável e pode durar minutos ou até mesmo anos (como nos casos das pessoas que continuam sempre esperando seus entes queridos). Fase da raiva A raiva é expressa por emoções projetadas no ambiente externo e pelo sentimento de inconformismo. Para a família e os amigos é uma fase difícil de lidar. As atitudes da pessoa não têm justificativa plausível. A raiva só se torna patológica quando se torna crônica. Fase Negociação O paciente começa a ter esperança de uma cura divina ou de um prolongamento da vida em troca de méritos que acredita ter ou ações que promete empreender. Fase Interiorização Inclui sentimentos de debilitação e tristeza acompanhados de solidão e saudade. Funciona para o paciente e seu entorno, como uma preparação para suas perdas. Essa fase requer muita conversa e intervenções ativas por parte dos que estão à sua volta, de modo a evitar uma depressão silenciosa. Fase de aceitação Após externar sentimentos e angústias, inveja pelos vivos e sadios, raiva pelos que não são obrigados a enfrentar a morte, lamento pela perda iminente de pessoas e de lugares queridos, a tendência é que o paciente terminal aceite sua condição e contemple seu fim próximo com mais tranqüilidade e menos expectativa. O enlutado que já conseguiu vencer os estágios anteriores. Superar a morte Hoje, é mais freqüente percebermos os hospitais, a medicina e a própria sociedade dando passos para a tão necessária humanização da morte, que não deixa de ser uma maneira de encontrar um sentido para a vida. Entender a morte com mais naturalidade, entretanto, é tão necessário quanto valorizar a vida. REFLEXÃO