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RESUMO - ECG

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DEFINIÇÃO 
 Registro gráfico da atividade elétrica capitada 
na superfície do copo através de eletrodos. 
 FC normal: 50-100bpm. 
 Como os átrios e ventrículos contraem em 
momentos diferentes, vão gerar estímulos 
diferentes. 
o Vetor atrial 
o Vetor ventricular – do ventrículo 
esquerdo será maior. 
o Gerando um vetor resultante 
 Diagnóstico de distúrbios do ritmo cardíaco. 
o Isquemia miocárdica 
o Sobrecargas (hipertrofias) 
o Efeitos medicamentosos 
o Alterações eletrolíticas (hipo e 
hipercalemia) 
o Funcionamento de dispositivos 
implantáveis (macapasso). 
 Uso clínico: 
o Insuficiência cardíaca (+) 
o Hipertensal arterial (+) 
o Arritmias cardíacas (++++) 
o Bloqueios cardíacos (++++) 
o Infarto agudo do miocárdio (++++) 
o Isquemia miocárdica (++) 
 Um paciente hígido pode ter um ECG alterado 
e um cardiopata pode ter um ECG normal. 
Posicionamento dos eletrodos: 
 
 Derivações precordiais e periféricas; 
Padronização técnica: 
 Paciente confortavelmente deitado 
 Certificar-se do bom contato da pele e o 
eletrodo (gel, álcool, etc). 
 Máquina devidamente calibrada 
o Calibração padrão (N): deflexão 10mm 
e velocidade 25mm/s 
 Fio terra para evitar interferência de corrente 
o Através da perna direita (neutro) 
 
BASES ELÉTRICAS DO ECG 
 
 O estímulo gerado pelo NÓ SINUSAL é 
direcionada para os dois átrios e segue para o 
NÓ ATRIOVENTRICULAR, o qual atua como um 
freio e gera uma diferença no tempo da 
contração. 
 Onda P: despolarização atrial 
 Complexo QRS: despolarização ventricular 
 Onda T: repolarização ventricular 
 
 Sempre tem a linha de base isoelétrica. 
 Intervalo PR 
 Segmento PR 
 Segmento ST (se inicia no ponto J) 
 Intervalo QT 
Análise do papel: 
 
 
 
 
 
 
 
 1 Q = 5q 
 5mm 1mm 
 5x5: 25mm² 1x1: 1mm² 
 
 Horizontal (velocidade) Vertical (amplitude) 
 Padrão: 25mm/s Padrão: 10mm/mV 
 1mm – q – 0,04s (40ms) 1mm – q – 0,1mV 
 5mm – Q – 0,2s (200ms) 5mm – Q – 0,5mV 
 
 
DERIVAÇÕES 
 Diferença de potencial entre dois eletrodos. 
 Unipolares: derivação entre uma parte do 
corpo e o coração. 
 Bipolares: derivação entre membros. 
 6 periféricas e 6 precordiais. 
 
DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS: 
 DI – braço d. (-) e braço e. (+) 
 DII – braço d. (-) e perna e. (+) 
 DIII – braço e. (-) e perna e. (+) 
 aVR – braço direito (+) 
 aVL – braço esquerdo (+) 
 aVF – pé esq. (+) 
 
 A cauda do vetor é negativo. 
 O vetor quando se afasta, gera um complexo 
QRS negativo. 
 Quando o vetor se aproxima, gera uma 
deflexão positiva. 
 Se a visualização do vetor for no meio 
(perpendicular) – o complexo QRS vai ser 
isodifásico ou isoelétrico. 
 
 
Derivações no plano frontal: 
 
 As derivações periféricas. 
DERIVAÇÕES NO PLANO HORIZONTAL: 
 
 As derivações precordiais. 
 V1 e V2 – ventrículo direito. 
 V5 e V6 – ventrículo esquerdo. 
INTERPRETAÇÃO DO ECG 
Informação do paciente: 
 Idade, data, hora 
 Identificar as derivações 
 Observar a qualidade do traçado (ausência de 
interferências). 
 Olhar de imediato para o aVR: onda P e QRS 
são negativos. 
 Definir a linha de base. 
 
1. Identificar o Ritmo: 
 Sinusal 
 Enlace AV (todo QRS precedido de onda P) 
 Onda P positiva em DI, DII e aVF 
 Onda P negativa em aVR 
 
2. Frequência Cardíaca: 
 Entre 50-100bpm 
 Contar a quantidade de quadradinhos entre 
dois complexos QRS e joga esse número na 
razão: 
o FC: 1500/n° de q 
 Contar a quantidade de quadrados grandes 
entre dois complexos QRS e joga na razão: 
o FC: 300/n° de Q 
o 1Q – 300bpm 
o 2Q – 150bpm 
o 3Q – 100bpm 
o 4Q – 75bpm 
 
 
o 5Q – 60bpm 
o 6Q – 50bpm 
 
 Se ritmo irregular: número de complexos QRS 
em 30 quadrados grandes (6s) e multiplica por 
10. 
o Dica: 6s – caneta bic 
 
3. Definir o eixo elétrico: 
 
 O vetor resultante normal fica entre +90° e -
30°. 
 Essa variação se deve a diversidade de 
tamanho se formas dos pacientes. 
 O eixo quando desviado: 
o Possível desvio para a esquerda 
(desvio para cima) 
o Desvio para a direita (desvio para 
baixo) 
o Passou de 180°: desvio extremo 
 Olhar para DI e aVF e analisar positividade ou 
negativa do complexo QRS. 
 
 BDAS: Bloqueio divisional anterossuperior 
 HVE: Hipertrofia ventricular esquerda 
 BDPI: Bloqueio divisional posteroinferior 
 HP-HVD: Hipertensão pulmonar – 
hipertrofia do ventrículo direito 
 SVD: Sobrecarga de ventrículo direito 
 
 
 Com possível desvio para a esquerda, ainda há 
possibilidade desse vetor chegar até o -30°. 
Como confirmar o desvio? 
o Analisar o DII se isoelétrico. 
o Analisar em qual derivação o QRS se 
encontra isoelétrico e na derivação 
perpendicular a ela, será o vetor 
resultante. 
 
 
4. Onda P, intervalo PR 
 A onda P representa a despolarização atrial 
o Para onde olhar? DII e V1 
o Morfologia: arredondada e monofásica 
o Em V1 até 50% das ondas P apresentam 
uma morfologia “plus-minus”. 
 
o Duração em DII: até 110ms (menos que 
3 quadradinhos). 
o Amplitude em DII: até 2,5mm 
o É necessário avaliar sobrecarga atrial 
 Na ativação atrial normal: o nó sinusal envia o 
estímulo para o átrio direito que por meio dos 
feixes envia para o átrio esquerdo. 
o Sendo assim, a onda P é dividida em 
dois momentos: contração do AD e a do 
AE. 
 Se sobrecarga de AD – onda P fica apiculada 
(aumenta a amplitude) – em DII. 
 Ex.: embolia pulmonar, 
estenose de válvula tricúspide. 
 
 Se sobrecarga de AE – onda P fica alargada 
(aumenta duração em DII). 
o Índice de Morris: em V1 a onda plus 
minus ocorre quando a morfologia é a 
mesma na positiva e negativa. 
o A primeira onda é AD e a segunda AE. 
o Se AE bem maior – sugere sobrecarga 
AE. 
 
 
o Cálculo: duração da fase negativa de V1 
x amplitude da fase negativa = > 40ms 
– sobrecarga atrial esquerda. 
 
 Sobrecarga biatrial – há aumento da duração 
e da amplitude. 
 
 Bloqueio dos feixes que levam o estímulo. 
 Intervalo PR: medido do início a onda P até o 
início do QRS. 
o Varia de acordo com a idade e FC 
o Inclui despolarização atrial, conduções 
através do nó AV e sistema de His-
Purkinje 
o Aumento > 200ms – BAV 
o Diminuição < 120ms – WPW ou via 
acessória (onda delta no complexo). 
 São as doenças do nó AV que provocam o 
aumento do intervalo PR. 
 
Bloqueio AV de 1º GRAU 
 Alargamento mantido do PR e ausência de 
ondas P bloqueadas (>1 quadradão). 
 
 Para cada uma P existe um QRS 
 Existe um lentificação da condução. 
 Alteração no geral benigna. 
BAV de 2º GRAU 
MOBITZ I ou WENCKEBACH 
 Aumento progressivo do PR 
 Ondas P bloqueadas após o aumento 
progressivo – ausência de complexo QRS. 
 PR pós < PR pré-bloqueio (praticamente 
normal). 
 
 
 Intervalo PP é igual (fixo). 
MOBITZ II 
 Intervalos PR fixo 
 Bloqueio súbito de P 
 PR pós = PR pré-bloqueio 
 
BAV 2:1 
 Intervalos PR conduzidos fixos 
 2P para cada QRS 
 Durante o dia – o paciente pode fazer 
momentos de 2:1 
 Baixa FC 
 
BAV AVANÇADO 
 Condução intermitente da P 
 ≥ 2 P consecutivas bloqueadas 
 Intervalos PR conduzidos fixos 
 Faz uma assistolia – muito tempo o ventrículo 
sem despolarizar. 
 
BAV TOTAL 
 Nenhuma P conduz 
 Dissociação AV (ventrículo e átrio batendo em 
frequências diferentes). 
 Ciclo PP igual (intervalo) 
 
 
 
DIAGRAMA DE LEWIS 
 O ritmo não deixa de ser regular 
 O comando sai de algum lugar após o nó AV. 
 
 Analisar a relação da onda P com o QRS. 
 O nó sinusal continua funcionando e emitindo 
a onda P. 
 
5. Complexo QRS e segmento ST: 
 Duração normal < 120ms (3 quadradinhos) 
 É o tempo de despolarização ventricular 
 Q: primeira deflexão negativa 
 R: primeira deflexão positiva 
 S: segunda deflexãonegativa 
 
 Morfologia e amplitude variáveis 
 Aumento da duração = bloqueios de ramo D e 
E – ou via acessória (palpitações 
taquicárdicas) 
Parede inferior: DII, DIII e aVF 
 
 
Parede Septal: V1 e V2 
 
Parede Anterior: V3 e V4 
 
Parede Lateral: DI, aVL, V5 e V6 
 
Sobrecarga do VE 
 Sokolow-Lyon: S de V1 + R de V5 ou R de V6 ≥ 
35 mm – sugere sobrecarga (amplitude) com 
QRS estreito (< 120ms) 
Sobrecarga de VD 
 Olhar para V1 
 Desvio do eixo para D (> 90°) 
 QRS positivo em V1 (razão R/S > 1 em V1 na 
exclusão de outras causas como BRD) 
 Ondas S em V5 / V6 ≥ 7mm 
 
Bloqueio do Ramo Direito 
 Observar V1 e V2 
 QRS > 120 ms 
 Onda S arrastada em DI, aVL e V6 
 RSR em V1 (orelha de coelho) 
 
 
 
Bloqueio de Ramo Esquerdo 
 Observar V5 e V6 
 QRS > 120 ms 
 Onda R ampla e monomórfica em DI e V6 
 Onda S ampla e monomórfica em V1, pequena 
onda R. 
 
SEGMENTO ST 
 Fim do QRS (ponto J) ao início da onda T 
 Inicia após a despolarização ventricular e 
termina antes que a repolarização se inicie 
 É usualmente isoelétrico 
 Leve concavidade para cima 
 
IAM com supra ST 
 
6. Onda T 
 Representa a repolarização ventricular 
 É assimétrica, com ramo ascendente mais 
lento que o descendente e ápice arredondado. 
 Avaliar em pares de derivações. 
 T negativa em aVR 
 
 
 
 
 
7. Intervalo QT e onda U: 
 QT normal: 450ms (H) e 470ms (M). 
 Formula de Bazzet: 
o QT 9mm 
o RR 23mm 
o QTc 375ms 
Obs.: app clinicalc 
 
 Causas de alteração: 
o Cloroquina + azitromicina 
 ONDA U: 
o Hipocalemia 
o Repolarização dos músculos papilares 
(normal)

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