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G O - ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

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Ginecologia e Obstetrícia
AULA 2 - ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO - 09/02/21.
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Divide-se em: órgãos genitais internos e externos.
➻ Desenvolvimento dos Órgãos Genitais Femininos:
Genitália Interna:
Ausência do cromossomo Y ⇒ ausência dos hormônios produzidos pelos testículos (testosterona e hormônio anti-mülleriano) ⇒ o ovário é formado e o ducto de Müller se diferencia na tuba uterina, no útero e na vagina. 
Semelhante ao que ocorre no embrião masculino, os órgãos genitais femininos internos têm três origens:
· Crista genital com células germinativas ↔ ovário
· Ducto de Müller ↔ tuba uterina, útero e vagina (porção superior)
· Seio urogenital ↔ vagina (porção inferior)
A fusão incompleta dos ductos paramesonéfricos distais (ductos de Müller) pode levar à septação do útero ou à duplicação (parcial ou completa) dele (útero bicorno). A persistência de somente um dos ductos paramesonéfricos e este se desenvolver, resulta em um útero unicorno.
Genitália Externa:
Genitália de ambos os sexos se desenvolve de forma similar entre a 4ª e 7ª semana de desenvolvimento (estágio sexual indiferenciado). Genitália externa se desenvolve a partir da porção caudal do seio urogenital.
Sob a influência dos hormônios sexuais produzidos pelo ovário (estrógenos), desenvolve-se: 
· O clitóris (corpos cavernosos), a partir do tubérculo genital 
· Os lábios menores do pudendo, a partir das pregas genitais 
· Os lábios maiores do pudendo e o monte do púbis, a partir das eminências labioescrotais
ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS
Ovário, tuba uterina, útero, vagina.
· Ovário: formação dos oócitos e dos hormônios sexuais (estrogênio)
· Tuba uterina: recepção do ovócito e local da fecundação
· Útero: desenvolvimento do embrião/feto
· Vagina: órgão envolvido na relação sexual e no parto.
ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS
Mamas e Vulva ou pudendo feminino.
➻ Pudendo feminino:
· Monte do púbis
· Lábios maiores do pudendo (grandes lábios)
· Lábios menores do pudendo (pequenos lábios).
· Clitóris.
· Vestíbulo da vagina: estende-se até o hímen, que delimita a entrada da vagina (óstio da vagina).
· Glândulas vestibulares maiores (glândulas de Bartholin) e glândulas vestibulares menores.
OVÁRIOS
- Mede 4 × 2 × 3 cm, pesa 7-14 g e tem forma oval
- Função endócrina e reprodutiva
- Mesovário: duplicação do peritônio
- Fixação do ovário - 2 ligamentos suspensores:
· Ligamento próprio do ovário: está ligado à extremidade uterina e conecta o ovário ao útero
· Ligamento suspensor do ovário (clinicamente, Ligamento infundibulopélvico): conecta o ovário, de sua extremidade tubária, à parede lateral da pelve.
➻ Mesossalpinge: mantém uma distância entre a tuba e ovário e auxilia na fixação e posicionamento de ambos. 
➻ Hilo do ovário: por onde entram e saem as estruturas vásculo-nervosas. O hilo encontra-se dentro do ligamento suspensor do ovário, portanto, quando for fazer uma ligadura (dissecção do ligamento), precisa ficar muito atento para não atingir as estruturas vasculares (A. ovárica por ex), evitando uma hemorragia. 
TUBAS UTERINAS
- Mede cerca de 10-14 cm de comprimento
- Transporte do oócito e fertilização
- Dividida em segmentos:
· Infundíbulo: 1-2 cm de comprimento - abertura para a cavidade abdominal (óstio abdominal da tuba uterina) e prolongamentos em formato de franja (fímbrias da tuba uterina)
· Ampola : 7-8 cm de comprimento, estende-se ao redor do ovário em formato de arco
· Istmo: área estreitada com 3-6 cm de comprimento na transição para a entrada o útero
· Segmento intramural (porção uterina): com 1 cm de comprimento, no interior da parede do útero (óstio uterino) - 4 camadas:
• serosa
• subserosa
• muscular: fibras lisas, movimentos peristálticos
• mucosa: células ciliadas e pregas
ÚTERO
- Mede cerca de 8 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2-3 cm de espessura e seu peso varia de 30 a 120 g (média de 50 g)
- Desenvolvimento do embrião/feto
- Conecta-se, em ambos os lados, com as tubas uterinas, que permitem a sua conexão com os ovários
- Face anterior (ou vesical), posicionada em contato com a bexiga urinária
- Face posterior (face posterior ou intestinal), que estabelece relação com o reto
Entre esses órgãos há uma deflexão da cavidade peritoneal, em posição anterior, formando a escavação vesicouterina e, em posição posterior, formando a escavação retouterina (fundo de saco de Douglas).
➻ Grito de Douglas: bem característico de abdome agudo hemorrágico ou inflamatório em mulheres, que consiste no grito de dor que a mulher faz conforme o médico toca o fundo de saco de Douglas (escavação retouterina) em alguns casos. A tendência é que em processos hemorrágicos e inflamatórios pélvicos, as secreções se acumulam na região do fundo de saco de Douglas.
➻ Colo e corpo do útero: Dividido em um segmento/corpo intraperitoneal (corpo do útero), com um fundo posicionado para cima (fundo do útero) e com um colo fixado subperitonealmente (colo uterino) de aproximadamente 2,5 cm de comprimento, estreitado na região do istmo do útero.
O espaço interno do útero é dividido em: Cavidade uterina e Canal do colo do útero, no colo.
➻ Colo:
· Orifício Interno (OI): porção supravaginal, se inicia no istimo
· Orifício Externo (OE): comunicação com a vagina
Ectocérvice: epitélio escamoso / Endocérvice: epitélio glandular.
➻ Útero retrovertido: quando a inclinação dele não é para o púbis e sim em direção ao reto; não é mais considerado algo fora da normalidade e sim uma variação anatômica. Hoje em dia não acredita-se que seja causador de esterilidade. Pode causar um pouco de dispareunia e incômodos intestinais somente. 
➻ Parede do Útero:
· Endométrio: camada mucosa interna 
· Miométrio: camada espessa de músculo liso 
· Perimétrio: camada mais externa de uma capa peritoneal.
➻ Ligamentos Suspensores do corpo do útero:
· Ligamento largo do útero (mesométrio): prega frontal na pelve menor, que recobre o corpo do útero.
· Ligamento redondo do útero: vai desde o ângulo tubário em direção à parede da pelve, passando através do canal inguinal, até os lábios maiores do pudendo, inserindo-se na pele e no tecido adiposo dessa região; fixação do útero.
➻ Ligamentos Suspensores do colo do útero:
· Ligamento cardinal (Ligamento transverso do colo): feixes de tecido conectivo do colo do útero em direção à parede lateral da pelve (chamados também de paramétrio).
· Ligamento retouterino (clinicamente: Ligamento sacro uterino): feixes de tecido conectivo do colo do útero para a região posterior, ao redor do reto, até o sacro.
· Ligamento pubocervical: fixa o colo do útero, anteriormente ao púbis.
VAGINA
- Órgão muscular oco, de 10 cm de comprimento
- Parede anterior e uma parede posterior, que apresentam, na superfície interna, pregas transversais (rugas vaginais).
- Porção vaginal do colo do útero delimita o fórnice da vagina, dividido em segmentos anterior, lateral e posterior 
- Inferiormente, a vagina abre-se, posteriormente à uretra, no vestíbulo da vagina, que faz parte dos órgãos genitais externos. Antes da primeira relação sexual essa conexão é fechada pelos resquícios do hímen
- Apresenta uma relação posterior com o reto, sendo separada dele apenas pela fáscia retovaginal (septo retovaginal)
SUPRIMENTO ARTERIAL DOS ÓRGÃOS GENITAIS
São supridos por três pares de artérias, que se originam da parte abdominal da aorta e da artéria ilíaca interna:
➻ Artéria ovárica: irriga o ovário e os segmentos adjacentes da tuba uterina.
➻ Artéria uterina: ramo visceral da artéria ilíaca interna.
· Ramos helicinos: se entrelaçam ao longo do útero
· Ramo tubário: irriga a ampola da tuba uterina
· Ramo ovárico: irriga, juntamente com a artéria ovárica, o ovário
· Ramos vaginais: porção superior da vagina
➻ Artéria vaginal: ramo da artéria ilíaca interna.
*Os órgãos genitais inferiores são altamente vascularizados, pois são ramos diretosda A. aorta e A. uterina.
DRENAGEM VENOSA DOS ÓRGÃOS GENITAIS
➻ Ovário e da tuba uterina: veia ovárica ➞ interior do Ligamento suspensor do ovário ➞ parede da pelve ➞ para a veia cava inferior e, à esquerda, para a veia renal esquerda.
➻ Útero,tuba uterina e vagina: rede de vasos venosos nas proximidades dos órgãos (plexos venosos uterino e plexo venoso vaginal), sendo coletado ➞ das veias uterinas ➞ veia ilíaca interna
INERVAÇÃO DA GENITÁLIA FEMININA
➻ Inervação autônoma: 
Simpático (T10-L2) e parassimpático (S2-4).
· Útero, tuba uterina e vagina (plexo hipogástrico inferior)
· Ovário (plexo ovárico)
· Corpos cavernosos do clitóris e glândulas vestibulares maiores de Bartholin (nervos-cavernosos do clítoris).
➻ Inervação somática:
· Sensitiva: predominantemente nervo pudendo para o clítoris, para os lábios e para a vagina (porção inferior).
· Motora: nervo pudendo para a musculatura do períneo.
➻ Fibras eferentes parassimpáticas:
· Vasodilatação.
· Contração do músculo liso detrusor da bexiga.
· Estimulação do ingurgitamento (inchaço) dos tecidos eréteis.
· Modulação do controle do sistema nervoso entérico do intestino distal (da flexura esquerda do colo até o reto).
· Inibição da contração do esfíncter anal interno para defecação em ambos os sexos.
➻ Fibras eferentes simpáticas:
· Vasoconstrição e/ou manutenção do tônus vasomotor.
· Aumento da secreção pelas glândulas sudoríparas.
· Contração do esfíncter uretral interno (em homens) e do esfíncter anal interno em ambos os sexos.
· A contração do músculo liso movimenta os espermatozoides através do trato reprodutor masculino e estimula a secreção das vesículas seminais e da próstata.
· Estímulo da secreção das glândulas vestibulares maiores (glândulas de Bartholin) nas mulheres, juntamente às glândulas lubrificantes menores — associadas aos tratos reprodutivos em ambos os gêneros
DRENAGEM LINFÁTICA
➻ Linfonodos inguinais superiores: órgãos genitais externos (pudendo feminino)
➻ Linfonodos lombares: linfonodos regionais do ovário, da tuba uterina e do útero (“ângulo tubário”) -localizados no nível dos rins,e drena para o tronco lombar
➻ Linfonodos ilíacos internos/externos e linfonodos sacrais: útero, da tuba uterina e da vagina.
➻ Linfonodos inguinais superficiais e profundos: útero ( na saída do Ligamento redondo do útero) e porção inferior da vagina têm conexão com os linfonodos inguinais
MAMAS
Tecido glandular + gordura incorporada ao tecido subcutâneo da parede anterior do tórax.
- Se estende desde, aproximadamente, a 2ª até a 6ª costela e a partir do esterno medialmente até linha axilar média lateralmente
- Tecido glandular mamário está na fáscia superficial, histologicamente é realmente uma modificação das glândulas sudoríparas, que desenvolvem sob influência hormonal e é apoiado por tecido fibroso que forma os ligamentos suspensores da mama (de Cooper)
- Papila mamária, em geral, fica aproximadamente no 4° espaço intercostal e está rodeada pela aréola pigmentada.
➻ A arquitetura glandular inclui as seguintes características:
· Alvéolos secretores: células nos lóbulos de glândulas tubuloalveolares liberam “leite” • Ductos intralobulares: recolhem as secreções alveolares e transmitem-nas ao longo dos ductos interlobulares
· Ductos interlobulares: coalescem em cerca de 15 a 25 ductos lactíferos
· Ductos lactíferos: drenam o leite para a papila mamária e exibem segmentos dilatados em uma região logo abaixo da aréola chamada seios lactíferos, antes de se abrir na superfície areolar. A aréola contém glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e glândulas mamárias modificadas (de Montgomery), junto a inúmeras terminações nervosas sensitivas. Essas glândulas umedecem a papila mamária e a mantém flexível.
Os elementos glandulares consistem em 15 a 20 lobos dispostos radialmente, cada um escoando para um ducto lactífero. Esses ductos se abrem de forma independente na superfície do mamilo. O mamilo é circundado por uma área de pele rosada, a aréola, que pode desenvolver uma pigmentação marrom durante a gravidez.
➞ 15 - 20 lobos / 20 - 40 lóbulos
SUPRIMENTO ARTERIAL E DRENAGEM VENOSA DAS MAMAS
➻ Ramos perfurantes da artéria torácica interna (artéria mamária interna) e a 2ª, 3ª e 4ª artérias intercostais: gordura e os elementos glandulares da mama recebem sangue das artérias que suprem também as estruturas mais profundas da parede torácica
➻ Artérias torácica lateral e toracoacromial, originárias da artéria axilar: também irrigam a mama
➻ Drenagem: A glândula é drenada pelas veias que acompanham as artérias.
DRENAGEM LINFÁTICA DAS MAMAS
➻ Faces superior e lateral da mama: linfonodos axilares centrais e apicais através dos linfonodos infraclaviculares e peitorais
➻ Partes medial e inferior da mama: drenam para as glândulas existentes ao longo dos vasos torácicos internos ➞ para a confluência dos vasos linfáticos na raiz do pescoço
Caso clínico:
Durante cirurgia de histerectomia em uma paciente de 42 anos com prole constituída, apresentando menorragias recorrentes, já sendo submetida a transfusão sanguínea por anemia. No ultrassom apresenta um útero miomatoso de 400 cm. O cirurgião pressiona os ligamentos transversos do colo (cardinais) e as artérias uterinas para promover a hemostasia de uma paciente. Qual das seguintes estruturas localiza-se perto desses ligamentos e artérias, devendo ser preservada? A. Artéria ilíaca interna / B. Nervo obturatório / C. Nervo pudendo / D. Nervo glúteo superior / E. Ureter

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