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1 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
 
 
Atividade Avaliatória - Linguagens / Lit. e Arte 
3ª série EM – Prof@ Romênia Marques 
Questão 01. Considere. 
Se eu morresse amanhã, viria ao menos 
Fechar meus olhos minha triste irmã; 
Minha mãe de saudades morreria 
Se eu morresse amanhã! 
Quanta glória pressinto em meu futuro! 
Que aurora de porvir e que manhã! 
Eu perdera chorando essas coroas 
Se eu morresse amanhã! 
Que Sol! que céu azul! que doce n'alva 
Acorda a natureza mais louçã! 
Não me batera tanto amor no peito 
Se eu morresse amanhã! 
Mas essa dor da vida que devora 
A ânsia de glória, o dolorido afã… 
A dor no peito emudecera ao menos 
Se eu morresse amanhã! 
\"Se eu morresse amanhã!\", de Álvares de Azevedo. 
No poema, o eu lírico manifesta que sua morte 
a) encerraria uma vida monótona e sem perspectivas. 
b) significaria o auge de sua gloriosa passagem pela vida. 
c) cessaria sua dor, apesar de lhe privar de um bom futuro. 
d) seria uma compensação pelas diversas frustrações em vida. 
e) seria incapaz de despertar compaixão por parte dos familiares. 
Questão 02. Considere. 
Navio negreiro I 
‘Stamos em pleno mar... Doudo no espaço 
Brinca o luar — dourada borboleta; 
E as vagas após ele correm... cansam 
Como turba de infantes inquieta. 
[...] 
 
 
2 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
‘Stamos em pleno mar... Dois infinitos 
Ali se estreitam num abraço insano, 
Azuis, dourados, plácidos, sublimes... 
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?... 
‘Stamos em pleno mar... Abrindo as velas 
Ao quente arfar das virações marinhas, 
Veleiro brigue corre à flor dos mares, 
Como roçam na vaga as andorinhas... 
Donde vem? onde vai? Das naus errantes 
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço? 
Neste saara os corcéis o pó levantam, 
Galopam, voam, mas não deixam traço. [...] 
Castro Alves 
O contexto histórico, social e político no qual se enquadra boa parte da poética de Castro Alves permite 
considerá-lo um autor 
a) parnasiano, pelo rigor formal e pela eloquência dos versos. 
b) modernista da primeira fase, por conta do caráter cotidiano de sua poética. 
c) romântico da terceira fase, pelo caráter ideológico e pelo compromisso social. 
d) romântico da segunda fase, em virtude do pessimismo escatológico de seus versos. 
e) modernista da segunda fase, pela focalização da realidade social brasileira em linguagem concisa. 
Questão 03. Considere. 
Os Timbiras 
Os ritos semibárbaros dos Piagas, 
Cultores de Tupã e a terra virgem 
Donde como dum trono enfim se abriram 
Da cruz de cristo os piedosos braços; 
As festas, e batalhas mal sangradas 
Do povo Americano, agora extinto, 
Hei de cantar na lira. 
DIAS, Gonçalves. I-Juca-Pirama: Os Timbiras e outros poemas. São Paulo: Martin Claret, 2002. 
No que se refere à constituição da nacionalidade brasileira, o trecho do poema anterior permite identificar uma 
visão 
a) religiosa ao lembrar os índios extintos e criticar o cristianismo. 
b) ponderada ao citar os valores cristãos e ressaltar a cultura indígena. 
c) conservadora ao criticar os índios semibárbaros e exaltar os valores cristãos. 
d) realista ao admitir a superioridade dos europeus e justificar a extinção dos índios. 
 
 
3 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
Questão 04.\"Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem 
dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. 
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. 
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua 
guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia 
a terra com as primeiras águas.\" 
ALENCAR, José. Iracema. Rio de Janeiro: Ática, 1992. 
Sobre Iracema, é correto afirmar que o enredo apresenta: 
a) Evidências do gênero épico, por conter a idealização do herói (o personagem de Martim) e temas grandiosos, 
como o conflito entre as tribos guarani e ticuna. 
b) Características do Romantismo, por apresentar momentos de guerra com descrições explícitas e a não 
idealização da mulher. 
c) Simbologias a partir de nomenclaturas, como Moacir (filho de Iracema e de Martim), cujo significado é 
"nascido da saudade". 
d) Alegorias como a do relacionamento entre Martim e Iracema, as quais denotam uma relação entre Espanha e 
Brasil. 
e) Elementos contundentes do indianismo-nacionalismo, presentes nos romances dessa vertente de José de 
Alencar. 
Questão 05.Considere. 
 Que havemos de esperar, Marília bela? 
Que vão passando os florescentes dias? 
As glórias, que vêm tarde, já vêm frias; 
E pode enfim mudar-se a nossa estrela. 
Ah! Não, minha Marília, 
Aproveite-se o tempo, antes que faça 
O estrago de roubar ao corpo as forças 
E ao semblante a graça. 
Lira XIV, parte 1. In: GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. 
O arcadismo foi a estética vigente durante o século XVIII e teve muitas de suas características resumidas por 
expressões em latim. No fragmento apresentado, percebe-se predominantemente qual dessas expressões? 
a) Fugere urbem, pelo enaltecimento à vida campestre. 
b) Carpe diem, pela consciência da efemeridade existencial. 
c) Inutilia trucat, pelo desprezo ao luxo da vida citadina, breve e fugaz. 
d) Aurea mediocritas, pela busca do semblante e da graça no ambiente pastoril. 
e) Locus amoenus, pela descrição idílica do lugar para o amor material, portanto transitório. 
 
 
4 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
Questão 06. 
TEXTO I 
Que havemos de esperar, Marília bela? 
Que vão passando os florescentes dias? 
As glórias que vêm tarde já vêm frias; 
E pode enfim mudar-se a nossa estrela 
Ah! Não, minha Marília, 
Aproveite-se o tempo, antes que faça 
O estrago de roubar ao corpo as forças 
E ao semblante a graça 
\"Lira XIV\", de Tomás Antônio Gonzaga. 
TEXTO II 
Enquanto com gentil descortesia 
O ar, que fresco Adônis te namora, 
Te espalha a rica trança voadora, 
Quando vem passear-te pela fria: 
Goza, goza da flor da mocidade, 
Que o tempo trota a toda ligeireza, 
E imprime em toda a flor sua pisada. 
Oh, não aguardes, que a madura idade 
Te converta em flor, essa beleza 
Em terra, em cinza, em pó, em sobra, em nada 
\"Primeiro Soneto a Maria dos Povos\", de Gregório de Matos. 
A passagem de um estilo de época para outro – por exemplo, a transição do Barroco ao Arcadismo – muitas vezes 
é interpretada como um período de destruição de antigos valores artísticos e literários em favor da criação de um 
ideário estético completamente novo. No entanto, na substituição de um estilo de época por outro, observa-se 
um jogo de permanência e ruptura, como se pode comprovar pelos poemas de Tomás Antônio Gonzaga e 
Gregório de Matos, pois aproximam-se quanto 
a) ao distanciamento em relação à figura feminina, embora se diferenciem quanto à religiosidade, ausente em 
Gonzaga. 
b) à consciência da finitude da vida, mas distanciam-se em seu aspecto formal, em função da simplificação da 
linguagem em Gonzaga. 
c) à convenção pastoril, mas distinguem-se pela representação da mulher, idealizada em Gregório de Matos, e 
realista, em Gonzaga. 
d) à temática, mas diferenciam-se pelo uso da imagem poética da flor como símbolo de jovialidade e frescor, que 
inexiste em Gregório de Matos. 
e) à presença do dualismo, mas diferenciam-se em relação ao uso das figuras de linguagem e sintaxe, mais 
numerosas em Gregório de Matos. 
 
 
5 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
Questão 07. Considere a imagem. 
 
VOUET, Simon. Tempo vencido pela Beleza, Esperança e pelos Amores, 1627. 
Na tela anterior, Vouet recorre ao emprego de alegorias. Dessa forma, retrata um ancião, que representa o 
Tempo, sendo rendido e derrotado por duas figuras femininas – que encarnam as ideias de Belezae Esperança – 
acompanhadas por um grupo de cupidos, os quais, na mitologia, são emissários do Amor. O quadro de Vouet 
tematiza, visualmente, o(a) 
a) noção de precariedade da vida e a necessidade de redenção religiosa. 
b) ideia de amor do Romantismo, comprovada pela presença dos cupidos. 
c) relativização do temor em relação à finitude e efemeridade da vida por meio do carpe diem. 
d) convite à vida no campo, percebido pela escolha da paisagem natural que emoldura as personagens. 
e) medo da morte, simbolizado pela ampulheta e pela foice carregadas pelo ancião que personifica o Tempo. 
Questão 08. Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais, ambas grandes, ambas tristes, ambas temerosas, 
ambas certas. […] Uma grande, outra maior; uma triste, outra alegre; uma temerosa, outra segura; uma certa e 
necessária, outra contingente e livre. E que duas coisas são estas? Pó e pó. O pó que somos: Pulvis es, e o pó que 
havemos de ser: In pulverem reverteras. O pó que havemos de ser é triste, é temeroso, é certo e necessário, 
porque ninguém pode escapar da morte; o pó que somos é alegre, é seguro, é voluntário e livre, porque se nós o 
quisermos entender e aplicar como convém, o pó que somos será o remédio, será a triaga, será o corretivo do pó 
que havemos de ser. 
VIEIRA, Antônio. Sermões de quarta-feira de cinza. Campinas: Unicamp, 2016. 
No fragmento, retirado do segundo \"Sermão de quarta-feira de cinza\", pregado por Padre Antônio Vieira, em 
Roma, no ano de 1673, é empregada uma figura de linguagem característica da estética barroca, a antítese. No 
excerto, esse recurso expressivo 
a) confere, enquanto técnica do cultismo, efeitos sensoriais ao texto a fim de atrair a atenção do público. 
b) ressalta o antagonismo entre retidão e pecado, tornando o texto religioso expressivamente poético. 
c) hierarquiza as informações principais, deixando-as claras para o leitor e tornando didático o sermão. 
d) explora dualidades, no caso a vida e a morte, e justifica o conceptismo comum à estética. 
e) manifesta a elaboração cuidadosa da linguagem e o conceptismo ao ornar o texto com palavras cultas e de 
origem latina. 
Questão 09. 
 
 
6 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
Samba do approach 
Venha provar meu brunch 
Saiba que eu tenho approach 
Na hora do lunch 
Eu ando de ferryboat... 
Eu tenho savoir-faire 
Meu temperamento é light 
Minha casa é hi-tech 
Toda hora rola um insight 
Já fui fã do Jethro Tull 
Hoje me amarro no Slash 
Minha vida agora é cool 
Meu passado é que foi trash 
[...] Zeca Baleiro 
 
As canções de Zeca Baleiro, compositor brasileiro do Maranhão, revelam uma aguçada preocupação do artista 
com as mudanças político-culturais de seu tempo. Nesse fragmento da música \"Samba do approach\", o artista 
propõe 
a) um comportamento xenófobo para os artistas que militam a favor da memória e da identidade nacional. 
b) o respeito e a preservação do português padrão como forma de fortalecimento do idioma do Brasil. 
c) a valorização da diversidade cultural como patrimônio nacional e forma legítima de identidade da nação. 
d) a transformação do Brasil em um espaço em que o inglês se torne a primeira língua da nação. 
e) ironizar o movimento antropofágico que reinou até os anos 1950 na cultura brasileira. 
Questão 10. 
Texto 1 
Maracatu de tiro certeiro 
(Urubuservando, a situação: 
uma carraspana, na putrefação; 
a lama chega até o meio da canela; 
o mangue tá afundando e não nos dá mais trela!) 
De tiro certeiro, é de tiro certeiro 
Como bala que já cheira a sangue 
Quando o gatilho é tão frio 
Quanto quem tá na mira – o morto! 
Eh, foi certeiro – Oh se foi 
O sol é de aço, a bala escaldante 
Tem gente que é como o barro 
Que ao toque de uma se quebra 
 
 
7 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
Outros não! 
 Chico Science. Disponível em: <http://letras.mus.br> Acesso em: 22 fev. 2013. 
Texto 2 
Rios, pontes e redes de significados 
O mangue é o símbolo do (re)nascimento pop 
de Olinda e Recife 
 Assim como existe uma conjunção de circunstâncias e uma constelação de influências que possibilitam a 
explosão de vida nos estuários do Recife, também uma diversidade de fatores, por meio de várias tradições pop e 
vários professores, estudantes e amigos, alimentou o caldo cultural enormemente complexo que permitiu uma 
tão improvável combinação na produção musical contemporânea. Essa combinação levou a uma modificação do 
eixo da indústria fonográfica de então, abrindo caminho para a produção não só do Recife, mas de todo o Norte e 
o Nordeste, não apenas na música, mas em formas de expressão artística tão diversas, como moda, cinema, 
literatura e software. Disponível em: <http://albumitaucultural.org.br> Acesso em: 22 fev. 2013. (adaptado) 
Em relação ao texto 2, que analisa o movimento mangue, o texto 1 apresenta, em uma letra de canção, 
a) estilo simples e marcado pela ausência de experimentalismos linguísticos no campo da linguagem e da 
plasticidade artística. 
b) intimista e calcada em uma manifestação cultural divorciada das preocupações com o diálogo social e os 
valores políticos. 
c) a presença do neologismo como metáfora das transformações que a arte do mangue suscitou na cena cultural 
brasileira. 
d) marcação rítmica dos versos, o que evidencia o fato de o texto pertencer a uma modalidade musical bossa 
novista. 
e) objetividade na linguagem caracterizada pela ocorrência rara de adjetivos, de modo a abolir as marcas de 
subjetividade do locutor. 
Questão 11. 
Texto I 
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, 
sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso 
com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. [...] Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos 
neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, 
agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o 
beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os molesta, nem os estorva no 
falar, no comer ou no beber. Carta ao Rei D. Manuel, de Pero Vaz de Caminha. 
 
Texto II 
O que usam os homens como ornato, como se pintam e que nomes têm 
 
 
8 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
Fazem uma tonsura no alto da cabeça e deixam ficar em torno uma coroa de pelos, como um monge. [...] Além 
disso fabricam para si um enfeite de penas vermelhas, que se chama acangatara e que amarram à cabeça. No 
lábio inferior têm um grande orifício, e isso desde a infância. Fazem nos meninos, com um pedaço de chifre de 
veado, um pequeno furo através dos lábios. Aí metem uma pedrinha ou um pedacinho de madeira e untam-no 
com seus unguentos. O pequeno buraco permanece então aberto. Viagem ao Brasil, de Hans Staden. 
 
Os textos I e II constituem exemplos emblemáticos da chamada literatura de viagem do Quinhentismo. Com base 
na leitura dos fragmentos e levando-se em consideração os propósitos da literatura de viagem, infere-se que os 
textos de Caminha e Staden 
a) apresentam semelhança ao destacar as características psicológicas do indígena. 
b) valorizam e exaltam a habilidade indígena para a fabricação de enfeites pessoais. 
c) objetivam divulgar à Europa as nomenclaturas indígenas atribuídas aos seus objetos cotidianos. 
d) têm forte pendor descritivo e analítico, com predomínio de um tom informativo no texto. 
e) estabelecem traços de semelhança entre os adereços de origem americana e europeia. 
Questão 12. A Carta de Pero Vaz de Caminha é o primeiro relato sobre a terra que viria a ser chamada de Brasil. 
Ali, percebe-se não apenas a curiosidade do europeu pelo nativo, mas também seu pasmodiante da exuberância 
da natureza da nova terra, que, hoje em dia, já se encontra degradada em muitos dos locais avistados por 
Caminha. Considerando essas informações, leia o fragmento a seguir.\"Esta terra, Senhor, parece-me que, da 
ponta que mais contra o sul vimos, até outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste ponto temos vista, 
será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, em algumas 
partes, grandes barreiras, algumas vermelhas, outras brancas; e a terra por cima é toda chã e muito cheia de 
grandes arvoredos. De ponta a ponta é tudo praia redonda, muito chã e muito formosa.Pelo sertão nos pareceu, 
vista do mar, muito grande, porque a estender d’olhos não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos 
parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal 
ou ferro; nem o vimos. Porém, a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados como os de Entre-
Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá. 
As águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa 
das águas que tem.\" CASTRO, Sílvio (org.). A Carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 2003, p. 115-6 (adaptado). 
Esse fragmento apresenta-se como um texto 
a) descritivo, uma vez que Caminha ocupa-se em fornecer um retrato objetivo da terra descoberta, abordando 
suas características físicas e potencialidades de exploração. 
b) narrativo, pois a Carta é, basicamente, uma narração da viagem de Pedro Álvares Cabral e sua frota até o 
Brasil, relatando, em uma sucessão de eventos, tudo o que ocorreu desde a chegada dos portugueses até a sua 
partida. 
c) argumentativo, pois Caminha está preocupado em apresentar elementos que justifiquem a exploração da 
terra descoberta, os quais se pautam pela confiabilidade e abrangência de suas observações. 
 
 
9 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
d) lírico, uma vez que a apresentação hiperbólica da terra, feita por Caminha, mostra a subjetividade de seu 
relato, carregado de emotividade, o que confere à Carta seu caráter especificamente literário. 
e) narrativo-argumentativo, pois a apresentação sequencial dos elementos físicos da terra descoberta serve para 
dar suporte à ideia defendida por Caminha, de exploração do novo território. 
Questão 13) 
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br>. Acesso em: 1o mar. 2013. 
Funções da linguagem são recursos de ênfase que atuam segundo a intenção do produtor da mensagem, cada 
qual abordando um diferente elemento da comunicação. De acordo com a ideia acerca das funções da linguagem 
e com o foco expresso por cada uma, nota-se que o elemento do processo comunicativo na mensagem 
transmitida pelo anúncio é 
a) o emissor. 
b) a mensagem. 
c) a língua. 
d) o assunto. 
e) o receptor. 
Questão 14. 
 
 
10 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
 
 Divulgação 
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com predomínio, 
entretanto, de uma sobre as outras. No anúncio anterior, a função de linguagem predominante é a conativa, pois 
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código. 
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito. 
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem. 
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais. 
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação. 
Questão 15. 
Amo o que vejo 
Amo o que vejo porque deixarei 
Qualquer dia de o ver. 
Amo-o também porque é. 
No plácido intervalo em que me sinto, 
Do amar, mais que ser, 
Amo o haver tudo e a mim. 
Melhor me não dariam, se voltassem, 
Os primitivos deuses, 
Que, também, nada sabem. 
 Ricardo Reis 
Ricardo Reis é um dos heterônimos do poeta português Fernando Pessoa, que tinha na criação dessas 
personalidades uma forma de 
 
 
11 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
a) compreender as diversas facetas do homem português daquele período. 
b) multiplicar o eu poético para refletir sobre o mundo moderno fragmentado. 
c) buscar maior oportunidade de sucesso ao multiplicar nomes de escritores. 
d) esconder sua identidade diante do público leitor e manter o anonimato. 
e) aumentar o número de publicações e vendas das suas obras pelo país. 
Questão 16. 
[...] 
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério! 
O único mistério é haver quem pense no mistério. 
Quem está ao sol e fecha os olhos, 
Começa a não saber o que é o sol 
E a pensar muitas cousas cheias de calor. 
Mas abre os olhos e vê o sol, 
E já não pode pensar em nada, 
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos 
De todos os filósofos e de todos os poetas, 
A luz do sol não sabe o que faz 
E por isso não erra e é comum e boa. [...] 
 PESSOA, Fernando. O poeta fingidor. São Paulo: Globo, 2009. p.80. 
Alberto Caeiro é considerado por Fernando Pessoa como o mestre de seus heterônimos e do próprio poeta. 
Pode-se observar, na obra de Caeiro, como exemplificado no poema anterior, que sua lírica é marcada por 
a) cortante objetividade e relação com a natureza. 
b) relações com a modernidade e a industrialização. 
c) profundo patriotismo e temas históricos portugueses. 
d) pensamentos com bases materialistas e marxistas. 
e) posicionamentos filosóficos de caráter helenista. 
Questão 17. Leia o texto a seguir. 
 O romance A normalista foi publicado em 1893, há mais de 100 anos, portanto. Por esse motivo, é impossível lê-lo como se 
lê uma obra escrita nos dias de hoje. Em primeiro lugar, é preciso que o leitor se transporte para um tempo anterior ao seu 
nascimento, do qual ele só poderia conhecer através de leituras ou de outras informações. 
 
 
12 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
 A experiência pessoal do leitor, aquela que ele vai acumulando na vivência do seu dia a dia, muitas vezes pouco tem a ver 
com o local, os acontecimentos e a moral que serviu para situar o drama vivido pelos personagens de um romance como A 
normalista. Logo no primeiro capítulo, o leitor precisa da ajuda do dicionário para saber o que é um amanuense. [...] 
Mas, graças ao talento do escritor Adolfo Caminha, acontece o milagre da criação literária: o texto se ilumina de uma aura 
de beleza e continua atraindo, ao longo dos anos, a atenção e o interesse de gerações e gerações de novos leitores. 
LEAL, Cláudio Murilo. "Nota informativa sobre Adolfo Caminha". Disponível em; <http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/normalista.html> Acesso 
em: 10 jan. 2019. 
O texto apresentado fala sobre o romance A normalista, de Adolfo Caminha, escrito no século XIX. Dessa forma, 
pode-se afirmar que o texto de Cláudio Murilo Leal tem sentido: 
a) conotativo e é literário. 
b) denotativo e é literário. 
c) conotativo e não é literário. 
d) denotativo e não é literário. 
Questão 18. 
Paraíso 
Se esta rua fosse minha, 
eu mandava ladrilhar, 
não para automóvel matar gente, 
mas para criança brincar. 
Se esta rua fosse minha, 
eu não deixava derrubar. 
Se cortarem todas as árvores, 
onde é que os pássaros vão morar? 
Se este rio fosse meu, 
eu não deixava poluir. 
Joguem esgotos noutra parte, 
que os peixes moram aqui. 
Se este mundo fosse meu, 
eu fazia tantas mudanças 
que ele seria um paraíso 
de bichos, plantas e crianças. 
\"Paraíso\", de José Paulo Paes. 
O poema acima faz referência a uma canção da tradição popular. A ideia principal do poema é a preocupação do 
autor com o(a) 
a) beleza e encanto da sua rua. 
b) água dosrios que estão sendo poluídos. 
 
 
13 Prof@ Romênia Marques – Linguagens e Códigos 
c) demonstração de seu amor pelos pássaros. 
d) ambiente onde vivem animais, plantas e pessoas. 
Questão 19. Assinale a questão cujas obras sejam todas de autoria de Clarice Lispector: 
a) Perto do coração selvagem e Laços de família. 
b) Perto do coração selvagem e Ciranda de pedra. 
c) O lustre e Agosto. 
d) Como nasceram as estrelas e Viva o povo brasileiro. 
e) A paixão segundo GH e Memorial de Maria Moura 
Questão 20. É característica da obra de Clarice Lispector: 
a) a metalinguagem. 
b) o fluxo de consciência. 
c) o regionalismo. 
d) o suspense policial. 
e) a ficção científica.

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