Buscar

Pediculose: Ectoparasitose comum

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Boa tarde!
Pediculose
•A pediculose é uma ectoparasitose de alta prevalência e tem grande
importância em âmbito mundial. 
•Acomete mais as populações marginalizadas, de baixa renda e que vivem em
aglomerações, especialmente crianças.
•Gera uma dermatite característica, com prurido no local em que o parasita se
instala, seja no couro cabeludo ou em outro local do corpo.
•Possível visualizar a olho nu o parasita, um inseto. 
•Pode levar a infecções secundárias quando o infectado coça o local em que
há o prurido e gera fissuras.
Visão geral
•Os piolhos são parte da ordem Phthiraptera e todos são
altamente específicos aos seus hospedeiros, então o humano não
pode ser infectado por piolhos de outros animais. 
•3 espécies são parasitas humanos obrigatórios:
•Pediculus humanus capitis: presente no couro cabeludo e as
lêndeas dessa espécie são ovos depositados pela fêmea na
base dos cabelos. Mais comum em crianças.
Etiologia
•Pediculus humanus corporis: presente no corpo. Conhecido
popularmente como “muquirana”. Fica abaixo das vestes do
hospedeiro e a fêmea deposita os ovos aderidos às fibras das
roupas. Mais comum em países e em populações marginalizadas.
•Pthirus púbis: infecta a região pubiana ou perianal. Sua infecção
também é chamada de fitiríase. É mais uma IST e não pode ser
prevenida pelo uso de preservativos. Mais comum em adultos.
Pode acometer outras regiões com pelos, como barba, bigode,
tórax, axilas, sobrancelhas, cílios e couro cabeludo.
Etiologia
•Achatados dorsoventralmente, com olhos pequenos e antenas de
3 a 5 segmentos.
•O corpo pode ser dividido em 3 partes: cabeça, tórax e abdome.
Podem chegar a 3,5mm e, normalmente, os machos tendem a ser
menores que as fêmeas. 
•Aparelho bucal: localizado na parte anterior da cabeça. Perfura
vasos sanguíneos e libera substâncias anticoagulantes locais.
Costumam liberar fezes vermelho-escurecidas ao mesmo tempo
em que se alimentam. Só é visualizável quando está sendo usado,
se não invagina.
Aspectos morfológicos
•O tórax possui 6 patas, 3 de cada lado. Ao final de cada
uma, há uma garra que funciona como uma pinça para que o
parasita consiga se agarrar aos cabelos ou às fibras das
roupas do hospedeiro. 
•O piolho do púbis tende a ser menor do que os demais. Seu
tórax e abdome são fundidos. É menos ativo que os demais
e pode permanecer dias estático com o aparelho bucal preso
à pele.
Aspectos morfológicos
•O piolho do couro cabeludo e o do
corpo são indistinguíveis, então são
diferenciados de acordo com seu
habitat de preferência. Ambos são
considerados da mesma espécie, a
Pediculus humanus.
Aspectos
morfológicos
Aspectos
morfológicos
•O ciclo inteiro ocorre no hospedeiro. 
•Fases evolutivas: ovo, ninfa e fase adulta.
•A fêmea põe de 4 a 10 ovos por dia quando encontra a
temperatura ótima, que é de 30ºC. Esses ovos são conhecidos
como lêndeas e são branco-amarelados. 
•Os ovos contém uma substância quitinosa cinzenta em um de
seus polos, que é produzida pela fêmea para dar ao ovo a
capacidade de aderir às roupas ou ao fios de cabelos do
hospedeiro. 
Ciclo biológico
•O ovo eclode após cerca de 6 dias e se transformam em
ninfas.
•As ninfas sofrem 3 mudas e em cerca de 25 dias de
metamorfose, elas se tornam insetos adultos.
•Os piolhos que completam 10 horas de vida adulta já estão
prontos para a cópula e após cerca de 24 horas a fêmea
consegue fazer a ovoposição.
Ciclo biológico
•Longevidade do piolho adulto: 1 mês, aproximadamente. 
•Os piolhos têm preferência por ambientes quentes e úmidos.
As crianças do sexo feminino costumam ser mais afetadas,
principalmente na nuca (local mais aquecido), devido ao uso
dos cabelos longos. 
•A alteração no calor do local onde o parasita está pode
comprometer seu ciclo de vida e levá-lo à morte.
Ciclo biológico
•Transmissão: apenas por contato direto entre as pessoas.
Não são capazes de pular de um indivíduo para outro. Além
disso, não sobrevivem muito tempo fora do seu local de
parasitismo. 
•Vias possíveis de transmissão:
•Utilização comum de leitos.
•Compartilhamento de roupas, bonés e chapéus.
•Coabitação.
•Contato sexual direto.
Ciclo biológico
•A principal substância “pruridogênica” é a histamina,
seguidamente de protesases, citocinas e leucotrienos. 
•Quando o hospedeiro ainda não desenvolveu resposta imune
satisfatória ao parasito, há possibilidade de não apresentar
nenhuma queixa, principalmente em primeiras infecções.
•Quando aparecem as manifestações da parasitose o sistema
imune pode demorar de 2 a 6 semanas para reagir, porém, em
uma reinfestação, essa resposta é mais rápida, demorando
até 48 horas para o surgimento do prurido.
Imunologia e patologia
•A pediculose pode causar dermatite, podendo também
evoluir com infecções secundárias. 
•O piolho do corpo pode transmitir doenças, como o tifo
exantemático, febre das trincheiras e a febre recorrente.
•A principal alteração clínica da pediculose é o prurido, que se
manifesta cerca de 10 dias após o início da infestação. Esse
prurido é provocado por substâncias produzidas pelas
glândulas salivares do piolho, introduzidas na pele do
hospedeiro, durante o repasto sanguíneo.
Aspectos clínicos
•O resultado é uma reação de hipersensibilidade, que
faz com que o indivíduo comece a coçar o local,
causando fissuras, que se tornamporta de entrada
para bactérias, o que pode resultar em infecções
secundárias como impetigo, furunculose ou eczema.
Aspectos clínicos
•Em alguns enfermos ocorre dermatite com lesões papulosas,
hiperpigmentadas e elevadas, com formação de crosta em sua
superfície ao longo do tempo. A infestação pode causar
também irritabilidade, insônia, repercussão em linfonodos
regionais e alopecia. Crianças com infestação grave, além de
sofrerem discriminação social, também podem ter distúrbios
do sono e redução da atenção e do foco nas suas atividades
diárias, devido ao prurido intenso.
Aspectos clínicos
•O método de diagnóstico mais antigo e mais utilizado para
as três espécies de piolho é baseado na catação manual e
observação do artrópode a olho nu, porém, esse não é o mais
confiável para Pediculus capitis, porque há uma elevada
densidade de fios de cabelo no couro cabeludo, impedindo o
examinador de constatar adequadamente a quantidade e a
proporção de lêndeas, ninfas e piolhos adultos. Além disso, o
examinador pode não conseguir discriminar infestações
inativas de ativas.
Diagnóstico
•A segunda técnica é mais confiável, o diagnóstico é feito
com o uso de pente com dentes microcanaliculados. É
considerado mais rápido e mais eficiente do que o primeiro
método, possibilitando a remoção e detecção de mais
insetos, dada a resistência de seu material e a distância entre
os dentes do pente. Porém, sempre que necessária a
confirmação devido ao caso de primeira investigação
negativa, esse método deverá ser aliado ao primeiro.
Diagnóstico
•Para Pediculus corporis, não se pode esquecer de
examinar as vestes, principalmente em suas costuras e
roupas íntimas. Em caso de dificuldade, podem-se usar
pentes finos ou lentes de aumento.
•Em fitiríase, podem ser encontradas manchas azuladas ou
acinzentadas (macula cerulae) no abdome ou na face
interna da coxa. Após confirmação do diagnóstico de
Pthirus pubis, o paciente deverá ser investigado para outras
IST.
Diagnóstico
•Objetivos: controle dos sintomas,
cura da infestação, prevenção de
reinfestação e quebra da cadeia de
transmissão do patógeno (devem ser
incluídos cuidados aos familiares e
àqueles que têm contato direto com o
paciente).
Tratamento
•Medidas mecânicas: “catação” - retirada mecânica de
piolhos vivos com posterior esmagamento manual dos
insetos; deve ser feita várias vezes para ser efetiva. 
•Associação com a retirada de lêndeas (pente fino). 
•Piolhos no corpo: fervura das roupas a cada 2 dias e
repouso de 2 horas das roupas em água fria com formol ou
com desinfetante Lysoform®. 
•Piolhos na cabeça ou região pubiana: raspagem dos
cabelos (nem sempre é aceito, principalmente por
mulheres).
Tratamento
•Tratamento medicamentoso:pode ser associado com as
medidas já citadas. Uso deve ser feito com cautela (risco de
intoxicação e efeitos colaterais). 
•Lindano a 1% (uso tópico): tóxico para o sistema nervoso
do piolho e pode ser neurotóxico para o homem. Deve
permanecer no local durante 8-12h (em pacientes maiores
de 10 anos) e o processo deve ser repetido durante 3
dias seguidos. Caso a infestação persista – repetir em 15
dias. 
•Inseticidas: derivados piretroides, crotamiton e malation
(não disponível no Brasil). Malation e permetrina possuem
efeito ovicida (muito utilizados).
Tratamento
•Xampus, cremes e loções contendo inseticidas: são os mais
indicados tanto para Pediculus quanto para Pthirus; maior
eficácia quando aplicados ao cabelo seco. 
•Xampu com permetrina: aplicação em todo o couro
cabeludo, massageando durante 10 minutos, seguido de
enxague. Se não resolver a infestação – repetir o
processo após 1 semana. 
•Crianças maiores de 5 anos com infestação persistente
mesmo após uso correto do xampu ou creme: associar com
ivermectina (VO) – baixo custo, elevada eficácia e menor risco
de efeitos colaterais.
Tratamento
•Pacientes com infecção secundária (Staphylococcus
aureus): tratamento com antibióticos sistêmicos
(cefalexina, amoxicilina + clavulanato, clindamicina ou
eritromicina). 
•Cabelos que rotineiramente usam mais óleos e cremes
para seus cuidados, principalmente na raiz, tendem a ter
melhores repostas ao tratamento, pois o produto
colocado na base dos fios atrapalha a fixação do
“cemento” pelas lêndeas.
Tratamento
•Esquema de tratamento tópico da pediculose:
Tratamento
•Esquema de tratamento tópico da pediculose:
Tratamento
•Esquema de tratamento oral da pediculose:
Tratamento
•Risco de anemia ferropriva em crianças
infestadas – hematofagia do piolho.
•Consumo de alimentos ricos em ferro
(vegetais com folhas verde-escuras,
leguminosas, chocolate amargo). 
•Casos mais graves: medicamentos para
reposição do ferro.
Aspectos
nutricionais
•Dermatose: afeta pessoas de todas as classes sociais,
principalmente em situações de miséria, aglomerações (escolas,
presídeos) e falta de higiene. 
•Brasil: mais comum em comunidades carentes (problema de
saúde pública) – não é parasitose de notificação compulsória
(dificulta identificar sua real taxa de incidência). 
•Artrópodes – desenvolvimento de resistência aos tratamentos
convencionais: desconhecimento da população (uso do
medicamento, profilaxia e tratamentos manuais).
Ecologia e epidemiologia
•Boas práticas de higiene – cabelo e corpo. 
•Evitar contato direto com pessoas infestadas: não dormir na mesma
cama e não compartilhar bonés, chapéus, roupas e roupas íntimas.
•Ferver roupas, lençóis e camas a cada 2 dias.
•Roupa de cama, toalhas e vestuário: descontaminação por
lavagem em água quente (60°C) e secagem a quente em secadora.
Em seguida, devem ser passadas a ferro com cuidado,
principalmente nas regiões da costura. Itens que não podem ser
higienizados com água devem ser lavados a seco ou selados em um
saco plástico por duas semanas, pois os piolhos não sobrevivem
muitos dias longe do corpo do hospedeiro.
Profilaxia e controle
•Boas práticas de higiene – cabelo e corpo. 
•Evitar contato direto com pessoas infestadas: não dormir na mesma cama e
não compartilhar bonés, chapéus, roupas e roupas íntimas.
•Ferver roupas, lençóis e camas a cada 2 dias.
•Roupa de cama, toalhas e vestuário: descontaminação por lavagem em
água quente (60°C) e secagem a quente em secadora. Em seguida,
devem ser passadas a ferro com cuidado, principalmente nas regiões da
costura. Itens que não podem ser higienizados com água devem ser
lavados a seco ou selados em um saco plástico por duas semanas, pois os
piolhos não sobrevivem muitos dias longe do corpo do hospedeiro.
•Trocar roupas de uso pessoal diariamente. 
•Aspirar móveis e pisos para remover pelos que possam conter lêndeas viáveis.
Profilaxia e controle
Referência
SIQUEIRA-BATISTA, Rodrigo; GOMES, Andréia Patrícia; SANTOS, Sávio
Silva. Santana, Luiz Alberto. Parasitologia: fundamentos e prática clínica. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. Ebook. (1 recurso online). ISBN
9788527736473. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527736473. Acesso em: 20
out. 2020.

Outros materiais