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ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO

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(>34 semanas) 
 
REANIMAÇÃO NEONATAL (Diretrizes 2016 – SPB) 
 
 
Quanto à idade gestacional: 
→ Prematuro ou pré-termo: < 37 semanas completas. 
→ Termo: 37 a 41 semanas e 6 dias. 
→ Pós-termo: 42 semanas ou mais. 
 
Quanto ao peso ao nascimento: 
→ Peso normal: 2.500 a 3.999 g. 
→ Baixo peso: < 2.500 g. 
→ Muito baixo peso: < 1.500 g. 
→ Extremo baixo peso: < 1.000 g. 
 
Peso em relação à idade gestacional: 
→ Adequado (AIG): entre os percentis 10 e 90. 
→ Pequeno (PIG): < percentil 10. 
→ Grande (GIG): > percentil 90. 
→ *Curva de Lubchenco 
 
- Todo equipamento e material necessário ao atendimento do recém-nascido deverá estar organizado, testado e 
disponível em local de fácil acesso antes do nascimento de cada RN. 
- A sala de parto deve manter temperatura ambiente não inferior a 26°C para que se preserve a temperatura corpórea 
do RN. 
- Devem-se sempre utilizar as precauções-padrão que englobam a lavagem correta das mãos e a paramentação 
adequada (luvas, aventais, máscaras ou proteção facial). A lavagem de mãos deve ser até os cotovelos. 
 
Equipamentos para reanimação e manutenção da temperatura corporal: mesa de reanimação com três lados para 
acesso, fonte de calor radiante, fonte de oxigênio umidificado e de ar comprimido (ambos com fluxômetro), 
termômetro digital para manter a temperatura ambiente em 26 °C, relógio de parede com ponteiro de segundos, saco 
plástico de polietileno 30 x 50 cm e touca para reduzir a perda de calor em prematuros. 
 
Equipamentos para aspiração das vias aéreas: sondas traqueais nº 6, 8 e 10; sondas gástricas nº 6 e 8; seringa de 20 
ml, adaptador para aspiração de mecônio, aspirador a vácuo. 
 
Equipamentos para cateterismo umbilical: campo fenestrado esterilizado, cadarço de algodão e gaze, porta-agulha 
de 11 cm e fio agulhado mononylon 4.0; sonda traqueal sem válvula nº 6 ou 8 ou cateter umbilical 5F ou 8F; pinça tipo 
Kelly reta de 14 cm e cabo de bisturi com lâmina nº 21. 
 
Equipamento para ventilação com pressão positiva: balão autoinflável, balão inflável por fluxo, ventilador mecânico 
manual em T, máscara facial redonda de material maleável, Blender para misturar oxigênio, oxímetro de pulso com 
sensor neonatal e bandagem elástica escura. 
 
Equipamentos para intubação traqueal: laringoscópio infantil (n 00 para prematuros com peso inferior a 1.000 g, nº 
0 para prematuros e nº 1 para neonatos a termo), cânulas traqueais sem balonete específica para cada idade 
gestacional e peso, fita adesiva, tesoura, algodão banhado em SF a 0,9% para fixação das cânulas, pilas e lâmpadas 
sobressalentes, detector de CO2 expirado. 
 
Equipe capacitada em reanimação neonatal: a presença de, pelo menos, um profissional treinado, apto a iniciar as 
manobras de reanimação neonatal rapidamente e de forma eficaz, é obrigatória durante todos os nascimentos. 
Quando o nascimento do RN é considerado de alto risco, é mais conveniente e seguro, a presença de 2 ou 3 
profissionais capacitados. Em partos gemelares há necessidade de 2 ou 3 profissionais, bem como material e equipe 
próprios para cada um dos RNs. 
 
 
O nascimento é uma situação de alto risco, uma vez que seja nesse instante que ocorrem os ajustes fisiológicos 
essenciais à sobrevivência do recém-nascido fora do útero materno. 
A maioria dos RN nasce respirando ativamente e não necessita de qualquer intervenção cardiopulmonar. No entanto, 
5 a 10% destes precisam de alguma intervenção cardiopulmonar para iniciar a respiração e menos de 1% necessite de 
reanimação cardiopulmonar. 
Em razão desse fato, é necessária na sala de parto, além de uma equipe treinada em reanimação neonatal, a presença 
de materiais de possibilitem exercer essa prática de maneira adequada. 
 
Preparo para a assistência: para a recepção do RN na sala de parto são necessárias, inicialmente, a realização da 
anamnese materna detalhada, a disponibilidade de material e equipamentos para o atendimento e a presença de 
equipe capacidade em reanimação neonatal. 
 
Anamnese materna: através das informações colhidas na entrevista materna será possível a identificação de condições 
perinatais que alertem para fatores de risco para reanimação neonatal logo após o nascimento. 
 
Condições perinatais associadas à necessidade de reanimação neonatal: 
Fatores antenatais: idade < 16 ou > 35 anos, diabetes, hipertensão arterial na gestação, doenças maternas (cardíaca, 
renal, tireoidiana ou neurológica), infecção materna, aloimunização ou anemia fetal, uso de medicações, uso de drogas 
ilícitas, óbito fetal ou neonatal anterior, ausência de cuidado pré-natal, prematuridade ou pós-maturidade, gestação 
múltipla, ruptura prematura das membranas, polidrâmnio ou oligodramnio, diminuição da atividade fetal, 
sangramento no 2º ou 3º trimestres, discrepância entre a idade gestacional e o peso ao nascer, hidropisia fetal, 
malformação ou anomalia fetal. 
 
Fatores relacionados com o parto: cesariana, uso de forceps ou extração a vácuo, macrossomia fetal, apresentação 
não cefálica, trabalho de parto prematuro, parto taquitócico, corioamnionite, ruptura prolongada de membranas (> 
18 horas), trabalho de parto demorado (> 24 horas), demora > 2 horas no 2º estágio do trabalho de parto, padrão 
anormal de FC fetal, anestesia geral, hipertonia uterina, líquido amniótico meconial, prolapso de cordão umbilical, 
rotura de cordão*, uso materno de opioides até 4 horas antes do parto, descolamento prematuro da placenta, 
placenta prévia, sangramento intraparto expressivo. 
 
Clampeamento do cordão umbilical: 
Imediato: se a circulação placentária não estiver intacta (descolamento prematuro de placenta, placenta prévia, 
prolapso ou nó verdadeiro de corão). Se o RN não inicia respiração ou não mostra atividade ou tônus muscular 
adequado. 
Tardio: se o RN estiver chorando ou respirando e ativo, aguardar de 30 a 60 segundos. O clampeamento tardio melhora 
os índices hematológicos entre 3 e 6 meses. Aumenta a hiperbilirrubinemia indireta com necessidade de fototerapia 
(?). 
não há evidências sobre a ordenha de cordão. 
 
Avaliação da vitalidade ao nascer 
Logo após o nascimento, devem ser feitas quatro perguntas para que se possa avaliar rapidamente a necessidade de 
reanimação. A análise destas quatro situações reflete a vitalidade do concepto: 
1. Gestação a termo (37 a 41 semanas)? 
2. Ausência de mecônio? 
3. Respirando ou chorando? 
4. Tônus muscular bom (em flexão)? 
Se todas as respostas forem sim, (o aspecto do líquido amniótico não importa) não serão necessárias manobra de 
reanimação. Na sala de parto: manter o RN Junto a mãe, prover calor, manter vias aéreas e avaliar vitalidade 
continuada. 
Se a resposta for não a uma ou mais das perguntas, conduzir o RN a mesa de reanimação/berço aquecido. 
 
A indicação da reanimação neonatal depende da avaliação concomitante da respiração e da frequência cardíaca. 
Porém, o principal determinante para se estabelecer o início das manobras é a FC. Imediatamente após o nascimento, 
o RN deve respirar de forma estável, de modo a manter a FC acima de 100 BPM (a FC é avaliada pela ausculta do 
precordio ou pela palpação da pulsação da base do cordão umbilical). 
 
Boletim ou escore de Apgar é um sistema de pontuação através do qual se faz rápida avaliação do estado clínico do 
RN em períodos de tempo estabelecidos. O escore Apgar não deve ser usado com finalidade de determinar o início da 
reanimação neonatal, nem deve ditar as manobras a serem instituídas no decorrer do procedimento. As intervenções 
necessárias em crianças deprimidas ao nascimento não devem ser adiadas até que se faça a avaliação no 1º minuto. 
O uso do escore permite avaliar a resposta do RN às manobras realizadas e a eficiência destas. 
 
 
 
→ Apgar deve ser realizado no 1º e 5º minuto 
→ Apgar normal: 7 a 10 pontos. 
→ Se no 5º minuto o escore for inferior a 7, recomenda-se que a avaliação seja repetida a cada 5 minutos ate que se 
completem 20 minutos de vida. 
 
Após a avaliação inicial do RN, se ficar estabelecido que este é a termo,está respirando ou chorando, apresenta bom 
tônus muscular (em flexão) e não há presença de líquido amniótico meconial, considera-se que o neonato apresenta 
boa vitalidade e, assim, não precisará de nenhuma manobra de reanimação, somente dos cuidados empregados a 
todos os RN saudáveis ao nascimento. 
1. Prover calor sob fonte de calor radiante 
2. Posicionar a cabeça em leve extensão 
3. Aspirar boca e narinas, se necessário 
4. Secar e desprezar campos úmidos 
5. Avaliar respiração e frequência cardíaca 
• Em 30 segundos. 
 
Se a FC for maior que 100 BPM e a respiração for regular, colocar o RN em contato com a mãe e seguir os cuidados de 
rotina. 
Se a FC for menor que 100 BPM e/ou a respiração não for regular, realizar ventilação com pressão positiva. 
 
Imediatamente após o nascimento, o RN a termo com boa vitalidade deve ser secado e recepcionados em campos pré-
aquecidos para evitar a perda de calor. Depois, deve-se colocá-lo sobre o abdome da mãe (desde que esteja 
devidamente aquecido, e a temperatura ambiente esteja em torno de 26°C) ou ao nível da placenta por 1 a 3 minutos 
até que o cordão umbilical pare de pulsar e assim seja feito o seu clampeamento. O clampeamento tardio mostra-se 
mais benéfico ao RN, com relação aos índices hematológicos entre os 3º e 6º mês de vida. 
 
Uma vez que as condições clínicas estejam estabilizadas, deve-se proceder os seguintes procedimentos em sequência: 
1. Laqueadura do cordão umbilical: fazer o clampeamento a uma distância de 2 a 3 cm do abdome, e o coto deve ser 
envolvido com gaze embebida em álcool etílico 70% ou clorexidina alcóolica 0,5%. No caso de RN de peso 
extremamente baixo, utiliza-se soro fisiológico. É imprescindível verificar a presença de 2 artérias e 1 veia, uma vez 
que a ausência de uma artéria possa estar associada a anomalias congênitas. 
2. Prevenção da oftalmia gonocócica: nitrato de prata a 1% (método de Credé). 
3. Atropometria 
 
Líquido amniótico meconial: 
• Sinal de sofrimento fetal. 
• O médico deve ser apto a realizar intubação orotraqueal. 
• Não realizar aspiração das vias aéreas após o desprendimento do polo cefálico ao nascimento. 
→ Se o RN tiver boa vitalidade, colocar em contato com a mãe. 
→ Se o RN for pré-termo tardio ou pós-termo e/ou houver respiração irregular e/ou hipotônica, realizar os passos 
iniciais e aspirar as vias aéreas com cuidado. 
→ Se houver apneia ou respiração irregular e/ou FC menor que 100 BPM, realizar ventilação com pressão positiva 
(VPP). 
→ Se após a ventilação com pressão positiva não houver resposta, aspirar sob visualização direta. *Aspirar apenas uma 
única vez. 
 
Ventilação com pressão positiva: 
Realizar quando FC < 100 BPM e/ou quando a respiração for irregular. 
→ Deve ser iniciada nos primeiros 60 segundos. GOLDEN MINUTE. 
→ Iniciar com ar ambiente (O2 a 21%). 
→ Monitorização: oximetria. O uso do Oxigênio suplementar deve ser feito de forma racional. 
→ Se a VPP não for efetiva, verificar e corrigir a técnica. Se a técnica estiver correta, ofertar oxigênio suplementar. 
→ Se houver necessidade de O2, utilizar Blender, monitorar a oximetria e fornecer incrementos de 20% a cada 30 
segundos. Após a melhora, a redução de O2 deve ser gradual. 
→ A frequência cardíaca é o melhor preditor de que a VPP está correta. 
Quando a VPP é realizada adequadamente, 1 em cada 10 RNs tem boa recuperação e não necessitam de outras 
manobras de reanimação. 
 
 
→ No RN saudável que respira em ar ambiente e que não necessitou de manobras de reanimação, a saturação de O2 
se torna menor que 90% após o 5º minuto de vida. 
→ Concentrações elevadas de O2 causam atraso na respiração espontânea após o nascimento e à maior mortalidade 
em comparação àqueles em que a VPP foi iniciada com ar ambiente. 
→ A saturação de O2 nunca deve ultrapassar 95%.

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