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Assistência ao recém nascido na sala de parto

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PEDIATRIA
Assistência ao RN
na sala de parto
. ASPECTOS GERAIS .
● Muitos recém nascidos nascem de partos
tranquilos, sem intercorrências e sem necessidade
de intervenção.
● O que acontece é que, em certos casos, a ação de
um profissional é necessária diante de um parto
conturbado ou de um recém nascido com
complicações.
● Quanto mais cedo são aplicadas as medidas e
manobras, mais fácil reverter o quadro negativo do
RN, e melhor o seu prognóstico.
● Cerca de 25% das mortes infantis se concentram
nas primeiras 24 horas de vida, sendo um
momento extremamente crítico e importante para
a vida da criança.
. DEFINIÇÃO .
● Define-se como o conjunto de cuidados contínuos,
de complexidade crescente e adequada ao nível de
risco do neonato.
● O cuidado com a saúde do recém-nascido tem
importância fundamental para a redução da
mortalidade infantil, ainda elevada no Brasil, assim
como a promoção de melhor qualidade de vida e a
diminuição das desigualdades em saúde.
. AVALIAÇÃO DA VITALIDADE .
● O bebê nasceu de termo?
● Nasceu chorando? respirando? O bebê está com
tônus muscular? em flexão dos membros?
● Se todas as respostas forem ‘SIM’, o recém nascido
tem bons sinais de vitalidade.
● Nesse caso, é importante posicionar RN no
abdome materno (contato pele-pele) sem tracionar
cordão, mantendo vias aéreas pérvias e avaliando
a vitalidade.
● Cobrir o RN com campo estéril em centro
obstétrico com temperatura ambiente de 23-36°C
● Avaliar FC e respiração continuamente.
● Calcular o índice de Apgar no 1° e no 5° minuto.
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL
● Caso seja um RN de mais de 34 semanas, com bons
sinais de vitalidade, deve-se aguardar de 1 a 3
minutos após o nascimento.
● Caso o RN seja de menos de 34 semanas, com bons
sinais de vitalidade, deve-se aguardar de 30 a 60
segundos.
● Deve-se clampear o cordão imediatamente,
independente da idade gestacional, em casos de:
○ Um RN que não começou a respirar ou estiver
hipotônico
○ Descolamento prematuro de placenta (DPP)
○ Placenta prévia
○ Nó verdadeiro de cordão
○ Mãe HIV+ e isoimunizada
. IDENTIFICAÇÃO DO RN .
● Identificar o RN com pulseira e clamp umbilical
contendo o nome da mãe, número de prontuário,
data de nascimento, sexo e hora.
. ALEITAMENTO MATERNO PRECOCE .
● Realizar o aleitamento na primeira hora de vida.
● Promoção do contato mãe-bebê imediato após o
parto, evitando intervenções desnecessárias que
interferem nessa interação nas primeiras horas de
vida.
● Deve ser estimulado o contato pele a pele e o
aleitamento materno na primeira hora de vida,
exceto em casos de mães HIV ou HTLV +.
● É essencial o alojamento conjunto 24 horas.
. LAQUEADURA DO CORDÃO .
● Fixar o clamp a uma distância de 2 a 3 cm do anel
umbilical.
● Verificar a presença de duas artérias e de uma veia
umbilical, pois a existência de artéria umbilical
única pode associar-se a anomalias congênitas.
. ANTROPOMETRIA .
● Realizar exame físico simplificado, incluindo peso,
comprimento e os perímetros cefálico, torácico e
abdominal.
● Verificar peso ao nascimento (imediato para
relação com IG).
PESO x IDADE GESTACIONAL:
● Quando associamos o peso à idade gestacional, o
RN é classificado segundo o seu crescimento
intra-uterino em:
● RN grande para a idade gestacional (GIG): peso
acima do percentil 90.
● RN adequado para a idade gestacional (AIG): peso
entre o percentil 10 e 90.
● RN Pequeno para a Idade Gestacional (PIG): peso
abaixo do percentil 10.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À IG:
● PRÉ-TERMO: idade gestacional inferior a 37 semanas.
● PREMATURO EXTREMO: menor que 28 semanas de
gestação. Os bebês encontram-se no limite de
viabilidade e necessitam de cuidados sofisticados
e intensivos.
● PREMATURO GRAVE: 28 a 30 semanas de gestação.
Apresentam algumas vantagens fisiológicas,
entretanto exigem a mesma qualidade na
assistência.
● PREMATURO MODERADO: 31 a 33 semanas de gestação.
o
● PREMATURO QUASE-TERMO: 34 a 36 semanas.
● A TERMO: idade gestacional entre 37 e 41 semanas e
6 dias.
● PÓS-TERMO: idade gestacional igual ou maior que 42
semanas.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PESO:
● BAIXO PESO: Considerado recém-nascido de baixo
peso, todo aquele que nasce com peso inferior a
2.500g.
● MUITO BAIXO PESO: abaixo de 1.500g.
● EXTREMO BAIXO PESO: abaixo de 1.000g.
● Neste critério estão incluídos tanto os prematuros
quanto os RN a termo com crescimento
intrauterino restrito.
. PREVENÇÃO DA OFTALMIA .
. GONOCÓCICA .
● Realizar o “Credé” com o uso de nitrato de prata 1%
para prevenção da oftalmia gonocócica.
● A profilaxia deve ser realizada na primeirahora
após o nascimento, tanto no parto vaginal quanto
no cesáreo.
. EXAMES SOLICITADOS .
DETECÇÃO DE INCOMPATIBILIDADE
SANGUÍNEA MATERNO-FETAL:
● Coletar sangue da mãe e do cordão umbilical
para determinar os antígenos dos sistemas ABO e
Rh.
● Não é necessário realizar o teste de Coombs
direto de rotina.
● No caso de mãe Rh negativo, deve-se realizar
pesquisa de anticorpos anti-D por meio do
Coombs indireto na mãe e Coombs direto no
sangue do cordão umbilical.
SOROLOGIA PARA SÍFILIS E HIV:
● Coletar sangue materno para determinar a:
● Sorologia para sífilis, caso a gestante não tenha
realizado.
● Sorologia para HIV, no último trimestre da gravidez
ou resultado não estiver disponível no dia do
parto, deve-se fazer o teste rápido para anti-HIV o
mais breve possível e deve-se administrar a
zidovudina profilática antes do parto, caso o teste
seja positivo.
. PREVENÇÃO DE SANGRAMENTO .
. (VITAMINA K) .
● Administrar vitamina K para prevenção do
sangramento em todos os recém nascidos.
● Administra-se 1 mg de vitamina K por via
intramuscular ao nascimento.
. VACINA CONTRA HEPATITE B .
● Administração da vacina contra Hepatite B.
● A administração desta faz parte do calendário
vacinal mínimo obrigatório e inicia o esquema de
imunização do indivíduo contra a Hepatite B.
● Tem como objetivo proteger o recém-nascido
contra o vírus da Hepatite B.
● No caso de mãe hepatite B positiva, é importante
que seja feita também a administração da
imunoglobulina anti-hepatite B.
. CUIDADOS GERAIS ADICIONAIS .
● Banho do recém nascido depois de 6 horas de vida.
● A criança fica com a mãe, em alojamento conjunto.
● A mãe tem direito a um acompanhante, antes,
durante e depois do parto.
. ANAMNESE MATERNA .
FATORES ANTENATAIS:
● Idade <16 anos ou >35 anos
● Idade gestacional <39 ou >41 semanas
● Diabetes
● Gestação múltipla
● Síndromes hipertensivas
● Rotura prematura das membranas
● Doenças maternas: Polidrâmnio ou oligoâmnio,
Infecção materna.
● Diminuição da atividade fetal
● Aloimunização ou anemia fetal
● Sangramento no 2° ou 3° trimestre
● Uso de medicações
● Discrepância de idade gestacional e peso
● Uso de drogas ilícitas
● Hidropsia fetal
● Óbito fetal ou neonatal anterior
● Malformação fetal
● Ausência de cuidado pré-natal
FATORES RELACIONADOS AO PARTO:
● Parto cesáreo
● Anestesia geral
● Uso de fórcipe ou extração a vácuo
● Hipertonia uterina
● Apresentação não cefálica
● Líquido amniótico meconial
● Trabalho de parto prematuro
● Prolapso ou rotura de cordão
● Parto taquitócico
● Nó verdadeiro de cordão
● Corioamnionite
● Uso de opioides 4 horas anteriores ao parto
● Rotura de membranas >18 horas
● Descolamento prematuro da placenta
● Trabalho de parto >24 horas
● Placenta prévia
● Segundo estágio do parto >2 horas
● Sangramento intraparto significante
● Padrão anormal de frequência cardíaca fetal
. INFRAESTRUTURA .
Em todo e qualquer parto, seja de risco ou não, é
fundamental a disponibilidade e preparação
adequada de:
● SALA DE PARTO COM TEMPERATURA ADEQUADA (Centro
Cirúrgico e Centro Obstétrico) ⇒ entre 23° e 26°C.
○ Fontede calor radiante.
○ Termômetro ambiental digital;
○ Touca de lã ou de algodão para colocar no RN;
○ Saco de polietileno de 30x50cm para
prematuros;
○ Campos cirúrgicos e compressas de algodão;
○ Colchão térmico químico 25x40cm para
prematuro abaixo de 1000 gramas;
○ Termômetro clínico digital.
● ESTRUTURAS GERAIS PARA AVALIAÇÃO NEONATAL:
○ Mesa (berço) de reanimação com acesso por 3
lados;
○ Relógio de parede com ponteiro de segundos;
○ Aspirador a vácuo com manômetro;
○ Estetoscópio neonatal;
○ Eletrodos para monitorização cardíaca;
○ Oxímetro de pulso;
● MATERIAL PARA ASPIRAÇÃO:
○ Sondas traqueais (n° 06, 08 e 10)
○ Sondas gástricas (n° 6 e 8),
○ Dispositivos para aspiração de mecônio
○ Seringas de 10ml.
● MATERIAL PARA VENTILAÇÃO:
○ Reanimador manual neonatal (balão
autoinflável com volume máximo de 750 mL,
reservatório de O2 e com válvula de escape
com limite de 30 – 40 cm H2O e/ou manômetro)
○ Ventilador mecânico manual neonatal em T
○ Máscaras redondas com coxim para
prematuros tamanho 00 e 0 e de termo 1
○ Máscara laríngea para RN n°1
○ Fontes de oxigênio umidificado e de ar
comprimido, com fluxômetro.
● MATERIAL PARA INTUBAÇÃO TRAQUEAL:
○ Laringoscópio infantil com lâmina reta n° 00, 0
e 1
○ Cânulas traqueais sem balonete, de diâmetro
uniforme 2,5/ 3,0/ 3,5 e 4,0 mm
○ Material para fixação da cânula: tesoura, fita
adesiva e algodão com SF 0,9%
○ Pilhas e lâmpadas sobressalentes
○ Detector colorimétrico de CO2 expirado
● MEDICAÇÕES JÁ PREPARADAS E DILUÍDAS:
○ Adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em uma
seringa de 5,0 mL para administração única
endotraqueal;
○ Adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em uma
seringa de 1,0 mL para administração
endovenosa.
○ Expansor de volume (SF 0,9% ou Ringer-lactato)
em duas seringas de 20 Ml;
○ Álcool etílico 70% ou clorexidina alcoólica 0,5%;
○ Nitrato de prata 1% e ampola de água destilada;
○ Vitamina K1
● MATERIAL PARA CATETERISMO UMBILICAL:
● A via de acesso mais rápida no momento de
administração de medicação, é a veia umbilical.
● O coto umbilical tem 3 vasos: 2 artérias e uma veia.
● Enquanto o cateter está sendo passado 2 a 3 cm
na veia umbilical, faz-se a administração
endotraqueal (o bebê estará intubado).
● Sempre que é passado um cateter umbilical, é
necessário um raio X para confirmar sua
localização.
● São necessários:
○ Campo fenestrado esterilizado, cadarço de
algodão e gaze;
○ Pinça tipo kelly reta de 14cm e cabo de bisturi
com lâmina n° 21;
○ Porta agulha de 11cm e fio agulhado mononylon
4.0
○ Sonda traqueal sem válvula n° 6 ou 8 ou cateter
umbilical 5F ou 8F.
● OUTROS MATERIAIS GERAIS IMPORTANTES:
○ Luvas e óculos de proteção individual
○ Compressas e gazes esterilizadas
○ Tesoura de ponta romba e clampeador de
cordão umbilical
○ Seringas de 20 mL, 10 mL, 5mL e 1 mL e agulhas
○ Balança digital e antropômetro
. EQUIPE TREINADA .
● A Sociedade Brasileira recomenda que em todo
nascimento tenha a presença de um pediatra.
● Profissionais treinados e capacitados a reanimar o
RN de maneira rápida e efetiva. Desse grupo de
profissionais, pelo menos um médico apto a
intubar. Tal médico de preferência um pediatra.
● No caso de gemelares, dispor de material e equipe
próprios para cada criança. Ou seja, preconiza-se
a presença de 2 equipes treinadas.
● Para a recepção do RN, utilizar as
precauções-padrão que compreendem a lavagem/
higienização correta das mãos e o uso de luvas,
aventais, máscaras ou proteção facial para evitar o
contato do profissional com o material biológico
do paciente.
. MAIOR RISCO: MEDIDAS INICIAIS .
● Certos casos exigem intervenções imediatas,
incluindo:
● partos de idade gestacional menor que 34 ou
maior que 42 semanas;
● neonato com respiração irregular ou em apnéia;
● neonato em hipotonia
● Nesses casos, após clampear o cordão, é essencial
os passos iniciais que são:
MANTER A NORMOTERMIA
● A temperatura axilar ideal do RN deve estar entre
36,5 - 37,5°C.
● Manter temperatura ambiente em 23-26°C
● Na sala de parto e de reanimação, manter portas e
janelas fechadas, sem corrente de ar.
● Recepcionar RN em campos estéreis, aquecidos e
secos
● RN ≥ 34 semanas: secar e colocar touca
● RN < 34 semanas: Envolver o corpo em saco
plástico
● Secar a cabeça e colocar touca de lã ou de
algodão porque a cabeça tem uma grande
superfície passível de perder grande quantidade
de calor.
MANTER VIAS AÉREAS PÉRVIAS
● Decúbito dorsal com leve extensão do pescoço
● Posicionar a cabeça
● Aspirar boca e narinas, se necessário
● Reposicionar a cabeça
AVALIAR A FC E FR
● Ausculta do precórdio por 6 segundos, multiplica
10 = resultado da frequência bpm.
● Se a FC >100bpm = adequada
● Contagem da frequência respiratória + inspeção
do tórax.
● Se a respiração estiver rítmica e regular =
adequada.
CASO A FC ESTEJA <100BPM E/OU
COM RESPIRAÇÃO IRREGULAR/APNEIA:
● 1. VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA (VPP):
● Iniciar a ventilação no primeiro minuto (minuto de
ouro).
● Ventilação com pressão positiva (VPP) com
dispositivo bolsa-válvula-máscara.
● A VPP é o procedimento mais importante e efetivo
na reanimação do RN!
● A VPP com máscara, desde que feita com a
técnica correta promove a melhora de 9 em cada
10 RN com indicação de ventilação.
● O risco de morte ou morbidade aumenta em 16% a
cada 30 segundos de demora para iniciar a VPP
após o nascimento,de modo independente do peso
ao nascer, da idade gestacional ou de
complicações na gravidez ou no parto.
● Avaliação contínua da FC e da saturação de O2.
● 2. MONITORIZAÇÃO:
● Iniciar monitorização na reanimação
● Enquanto um profissional inicia a ventilação, o
outro coloca:
● 3 eletrodos do monitor cardíaco: 1 em cada braço
(próximo ao ombro) e 1 na parte anterior da coxa.
● Sensor do oxímetro no pulso radial direito:
primeiro colocar o sensor e depois conectar ao
cabo do oxímetro.
● A leitura confiável da saturação de O2 demora de 1
a 2 minutos.
● A FC é o principal sinal para decidir a indicação de
manobras de reanimação.
● O monitor cardíaco permite a detecção acurada,
rápida e contínua da FC.
● Ritmos anômalos no ECG não devem ser
valorizados nos minutos iniciais.
● 3. MÁSCARA FACIAL:
● Aplicar a máscara no sentido do queixo para o
nariz.
● Envolver as bordas com os dedos indicador e
polegar, formando “C”.
● O ajuste adequado é conseguido com leve pressão
na borda.
● Os dedos médio, anular e mínimo formam “E”.
● O selo entre a face e a máscara é crítico para
sucesso da ventilação.
● Frequência: de 40 a 60 movimentos por minuto.
● Pressão: iniciar com 20cmH2O e aumentar, se
necessário.
● Após as 5 primeiras ventilações, reajustar a
pressão para visualizar movimento torácico leve.
. TÉCNICAS .
● Se RN com mais de 34 semanas:
● Inicia-se VPP com ar ambiente.
● Caso não haja melhora, ajustar [O2], conforme a FC
e a saturação de O2.
● Se RN não melhorar, continuar a VPP com O2 a
100%.
● Se RN com menos de 34 semanas:
● Inicia-se a VPP diretamente com O2 a 30% (se
blender e oxímetro disponíveis).
● Caso não tenha blender e oxímetro disponíveis,
fazer VPP com O2 a 100% e ajustar conforme FC e
saturação de O2.
● Faz-se VPP com máscara por 30 segundos e avalia
o RN.
● RN MELHORA: Se FC>100bpm e respiração regular e
saturação de O2 adequada, pode suspender a VPP
porque o RN já apresentou melhora.
● RN NÃO MELHORA: Se FC<100bpm ou respiração
irregular ou saturação de O2 baixa, deve-se
verificar e corrigir a técnica da VPP.
POSSÍVEIS CAUSAS DE INSUCESSO
● Má adaptação da máscara.
● Vias aéreas não pérvias:
○ Reposicionar a cabeça.
○ Aspirar as secreções
○ Ventilar c/ a boca levemente aberta
● Pressão insuficiente: Aumentar a pressão
● RN NÃO MELHORA: se mesmo reavaliando a técnica e
reajustando os possíveis fatores de insucesso, o
recém nascido não melhorar, deve-se partir para a
ventilação com balão e cânula traqueal.
● De cada 10 RN ventilados com máscara, 9
melhoram se a técnica estiver correta e 1 necessita
intubação traquealINDICAÇÕES DE INTUBAÇÃO TRAQUEAL
● Ventilação com máscara facial não efetiva, após a
correção de possíveis problemas técnicos e a FC
persistindo menor que 100 bpm.
● Ventilação com máscara facial prolongada e o RN
não retorna a respiração espontânea.
● Necessidade de massagem cardíaca e/ou de
adrenalina.
TÉCNICA DE INTUBAÇÃO
● Em mãos menos experientes, existe um elevado
risco de complicações como hipoxemia, apneia,
bradicardia, pneumotórax, laceração de tecidos
moles, perfuração de traquéia ou esôfago, além de
maior risco de infecção.
● Cada tentativa de intubação deve durar, no
máximo, 20 segundos.
● Segura o laringoscópio com a mão esquerda,
afasta a língua, visualiza a glote e introduz o tubo.
● O tubo deve ser introduzido até o número segundo
a regra: o peso do RN + 6.
[ CONFIRMAÇÃO DA POSIÇÃO ]
● A demora pode ser de 30 a 60 segundos antes de
se concluir que a cânula está mal posicionada,
predispondo o recém nascido à lesão hipóxica.
● Costuma-se confirmar a posição da cânula por
meio de:
○ Inspeção do tórax: elevação da caixa torácica,
ausência de distensão abdominal.
○ Ausculta das regiões axilares e gástrica:
entrada de ar nos pulmões e ausência de
ruídos no estômago.
○ Visualização de condensação na cânula
traqueal: embaçamento da cânula.
○ Detecção de CO2 expirado e mudança da cor.
○ Observação da FC: elevação da FC.
[ VENTILAÇÃO ]
● Após a intubação, inicia-se a ventilação com balão
auto-inflável, na mesma frequência e pressão
descritas na ventilação com balão e máscara.
● Iniciar com a pressão de 20 cm H2O – raramente
30- 40 cm H20.
● Frequência de 40 a 60 movimentos por minuto.
● Após as 5 primeiras ventilações, reajustar a
pressão para visualizar movimento torácico leve e
auscultar a entrada de ar nos pulmões.
● RN MELHORA: Há melhora se o RN apresenta FC >100
bpm e movimentos respiratórios espontâneos e
regulares. Nesta situação, a ventilação é suspensa
e o RN extubado.
● RN NÃO MELHORA: Após 30 segundos de VPP com
cânula traqueal, a FC continua abaixo de 100 bpm
ou respiração irregular ou saturação de O2 baixa.
● Caso isso ocorra, deve-se seguir uma sequência de
reavaliações do caso.
● Avaliar segundo o DOPE:
● D: Descolamento? verificar a posição da cânula.
● O: Obstrução? verificar possível obstrução da
cânula por secreções.
● P: Pneumotórax? verificar a possibilidade de um
pneumotórax
● E: Equipamento? verificar se está funcionando
adequadamente
● Caso esteja tudo dentro dos conformes, VPP com
cânula traqueal de O2 a 60-100% por 30 segundos.
● RN NÃO MELHORA: Se mesmo com técnica adequada,
a FC do RN estiver <60bpm, partir para a
massagem cardíaca coordenada à VPP por cânula
traqueal e O2 100%.
● OBS: a massagem cardíaca só deve ser iniciada
quando a expansão e a ventilação pulmonares
estiverem bem estabelecidas.
MASSAGEM CARDÍACA
● A massagem cardíaca diminui a eficácia da
ventilação.
● A compressão cardíaca é realizada no terço
inferior do esterno
preferencialmente por
meio da técnica dos dois
polegares, com os
polegares posicionados
logo abaixo da linha
intermamilar, poupando-se
o apêndice xifóide.
● De modo eventual, pode-se
aplicar a técnica dos dois
dedos, posicionando-se o
dedo indicador e o médio
no terço inferior do
esterno, usando a outra
mão como contraforte, no dorso do paciente.
● O ritmo deve ser (3:1): 1, 2, 3 e ventila.
● Quem massageia fica atrás do RN e quem ventila
se desloca para o lado.
● A técnica dos dois polegares é mais eficiente, pois
gera maior pico de pressão sistólica e de perfusão
coronariana, além de ser menos cansativa.
● A profundidade da compressão deve englobar 1/3
da dimensão ântero-posterior do tórax, de
maneira a produzir um pulso palpável.
● Faz-se 60 segundos de massagem cardíaca e VPP
com O2 a 100%.
● RN MELHORA: se após isso, o RN tem sua FC
aumentada acima de 60 bpm, deve-se interromper
a massagem cardíaca e manter a VPP até a FC
ficar acima de 100bpm e a respiração ficar regular.
● RN NÃO MELHORA: se o recém nascido permanecer
com FC < 60 bpm, deve-se primeiro, verificar toda a
situação.
● Verificar posição da cânula, fonte de O2, técnica
de VPP e técnica de massagem cardíaca.
● Se estiver tudo certo e o RN ainda sim não
melhora, deve-se continuar com VPP com cânula,
O2 a 100%, massagem cardíaca e agora adicionar a
administração de adrenalina.
USO DA ADRENALINA
● CONCENTRAÇÃO: 1/10000
● PREPARO: 1 mL adrenalina 1/1.000 + 9 mL SF
● Administrar EV ou por via intraóssea.
● Pode-se aplicar por via traqueal uma única vez (a
primeira dose), enquanto a veia umbilical é
cateterizada (eficácia questionável)
● No tubo traqueal, faz-se 0,5 a 1mL/kg
● Na veia, faz-se 0,1 a 0,3mL/kg.
● O Cateter venoso umbilical venoso deve ser
inserido de emergência, assim que há indicação
da adrenalina veia umbilical.
● Faz-se, portanto, VPP com cânula, O2 a 100%,
massagem cardíaca e adrenalina EV/IO.
● RN NÃO MELHORA: se mesmo assim, a FC do recém
nascido se manter abaixo de 60bpm, deve-se:
● Verificar a posição da cânula, a técnica da VPP e
da massagem.
● Repetir adrenalina 1/10.000 EV/IO a cada 3-5
minutos, na dose de 0,3mL/kg.
● Considerar fazer uma expansão com soro
fisiológico - 10 mL/kg EV/IO lento.
REANIMAÇÃO PROLONGADA
● Se não melhora, deve-se verificar a posição da
cânula traqueal, o uso do O2 a 100%, a técnica da
VPP e da massagem cardíaca e a permeabilidade
da via de acesso vascular.
● Caso tudo esteja nos conformes e a FC persistir
abaixo de 60 bpm e/ou a saturação de O2 baixa,
deve-ser considerar:
● Malformações de vias aéreas, problemas
pulmonares, hérnia diafragmática, pneumotórax e
cardiopatias congênitas.
QUANDO INTERROMPER A REANIMAÇÃO?
● A presença de assistolia aos 10 minutos de vida,
inferida pelo Apgar=0 aos 10 minutos, é um forte
preditor de mortalidade e morbidade em todas as
idades gestacionais.
● Enfatiza-se que a interrupção da reanimação,
nesses casos, só pode ser realizada após 10
minutos de assistolia, quando todos os
procedimentos indicados na reanimação neonatal
foram conduzidos de forma apropriada.
● Entretanto, a decisão de continuar ou interromper
tais procedimentos precisa ser individualizada.
● Não se reanima o RN em casos excepcionais como
graves malformações, anencefalia, malformações
incompatíveis com a vida de diagnóstico
intra-útero.
● CONSIDERAR:
● Se manobras de reanimação foram aplicadas de
forma adequada;
● Se cuidados intensivos neonatais disponíveis; qual
a causa e a duração da agressão
hipóxico-isquêmica;
● Qual o desejo da família;
● Se houve tempo para conversa prévia ao
nascimento.

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