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Saúde Coletiva Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Janaina Binhame de Souza Oliveira Revisão Textual: Prof. Esp. Claudio Brites Programas de Atenção a Saúde • Introdução; • Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc); • Programa de Atenção Integral à Saúde do Adolescente (Prosad); • Programa de Atenção Integral à Saúde do Adulto (PAISA); • Programa de Atenção à Saúde do Trabalhador (PAST); • Programa de Assistência Integral à Saúde do Idoso (PAISI); • Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM); • Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). • Conhecer uns dos principais programas de saúde disponíveis atualmente para a população; • Entender como esses programas promovem a assistência às pessoas e como fazer parte deles. OBJETIVO DE APRENDIZADO Programas de Atenção a Saúde Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Programas de Atenção a Saúde Introdução Nesta unidade, você conhecerá um pouco sobre os programas de saúde existen- tes atualmente no Sistema Único de Saúde (SUS). Você conhece esses programas? Contudo, antes de conhecer esses programas, apresentaremos como eles pas- saram a ser desenvolvidos no SUS. Primeiramente, para que se possa construir um programa, são necessários da- dos referentes à saúde da população. Os dados necessários para subsidiar os pro- gramas são fornecidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ao Sistema de In- formação e Vigilância Epidemiológica. Essas informações facilitarão a construção dos programas. Para que se construa um programa, é necessário ter dados, informações que possam subsidiar essa construção, que tem como objetivo contribuir para a saúde da população. Alguns sistemas fazem parte desse processo de levantamento de dados com: Sistema de Informação de Mortalidade Quando ocorre o óbito de uma pessoa, é encaminhada à Vigilância Epidemioló- gica a declaração de óbito. Dessa forma, a Vigilância pode calcular a taxa de mor- talidade, seja infantil, adulta, materna, de idosos etc. É importante compreender a causa da morte para que se possa ter uma porcentagem de mortalidade classificada por causas. Vamos entender melhor? Considere que em 2018 foram levantados os seguintes dados: 38% dos óbitos se deram por problemas cardíacos; 16%, respiratórios; e 46%, neoplasias. Se você pensar nos dados acima, podemos entender que tivemos mais óbitos em 2018 por conta de neoplasias. Quando se tem dados como esses, consegue- -se desenvolver programas para prevenir algumas patologias onde a incidência de óbito se apresenta de forma mais frequente. Sistema de Informação de Nascidos Vivos Este sistema coletará informações sobre a quantidade de nascidos vivos em um determinado ano, organizando-as tendo em vista os nascidos vivos prematuros, com baixo peso etc. A partir desses dados, desenvolve-se programas para diminuir essa incidência que pode prejudicar o bebê e até a mãe, podendo levar ao óbito. 8 9 Sendo assim, após os dados levantados, os programas de saúde são definidos, ela- borados, planejados e executados pelos órgãos governamentais da saúde, cada qual desempenhando um papel específico na execução dos programas (PORTO, 2008). O planejamento desses programas é de responsabilidade do Mistério da Saúde, mas necessita da comunidade e das unidades básicas de saúde para que possa de- senvolver os programas com mais qualidade. Antigamente, os programas de saúde eram realizados somente pela rede públi- ca, mas, com o decorrer dos anos, a rede particular também vem desenvolvendo alguns programas de saúde, onde o objetivo principal é servir a todas as pessoas. Agora estudaremos alguns programas de saúde! Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc) Na cidade de São Paulo, nasce cerca de 600 mil crianças anualmente, devendo elas serem tratadas como prioridade pelas políticas de saúde. Sendo assim, deve- -se garantir os seus direitos, onde os mesmos são previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Por serem prioridade, a Secretaria de Saúde assumiu o compromisso por reduzir a mortalidade infantil. Segunda a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (2015), a Política Na- cional de Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc) é o documento que reúne o conjunto de ações programáticas e estratégicas para garantir o pleno desenvolvi- mento da criança em todas as etapas do ciclo de vida, considerando as diferentes culturas e realidades, com foco na promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos, assistência e reabilitação à saúde, e defesa dos direitos da criança desde a gestação até os 9 anos. Esse programa tem como objetivo: • Promover a assistência à saúde infantil; • Reduzir a morbimortalidade das crianças; • Promover a assistência ao recém-nascido; • Promover o aleitamento materno; • Promover a orientação alimentar adequada; • Oferta de serviços de saúde infantil; • Resolver os maiores problemas nesta idade. Com todos esses objetivos, podemos entender que esse programa visa ao acom- panhamento e ao desenvolvimento da criança. Sabemos da importância do alei- tamento materno, porém, atualmente, com a inserção da mulher cada vez mais 9 UNIDADE Programas de Atenção a Saúde frequente no mercado de trabalho, percebemos que o desmame vem crescendo cada vez mais de forma precoce. Muitas mães amamentam somente no período de licença-maternidade. Esse fator é extremamente importante, pois, com o desmame e a introdução de alimentos, muitas vezes não indicados para aquela faixa etária, temos a inci- dência de diarreias, infecções intestinais, doenças respiratória que poderiam ser evitadas com a amamentação, devido à imunidade estabelecida por essa. Outro ponto importante é o estresse pós-parto, que vem crescendo cada vez mais. Por ser um período em que muitas mudanças estão presentes, algumas mu- lheres apresentam dificuldades nessa nova fase da vida e não conseguem lidar com tudo o que a envolve, desenvolvendo o estresse. A esteticista tem um papel fundamental nesse processo, pois, com as terapias manuais e alternativas, podemos atuar ajudando as mães a passarem por essa etapa com mais leveza e de forma relaxada, melhorando a qualidadeda sua rotina. Podemos trabalhar, por exemplo, com a Xantala, uma massagem para o bebê, a qual podemos aplicar na criança e, principalmente, ensinar a mãe a fazer no seu bebê, o que pode resultar em um momento que pode se tornar mágico e que melhorará a confiança da mãe. Conheça um pouco mais sobre o assunto realizando a leitura do artigo Saúde de mães e crianças no Brasil: progresso e desafios. Disponível em: https://goo.gl/hJ6QeU. Ex pl or O papel do profissional esteticista na saúde da mulher é essencial e fundamen- tal, podemos atuar na prevenção de várias doenças como o estresse. Agora, fa- laremos um pouco sobre a saúde do adolescente, um público difícil de lidar tanto na saúde como na estética, não é? Programa de Atenção Integral à Saúde do Adolescente (Prosad) O Prosad iniciou sua estruturação em 1985, na gestão do Excelentíssimo Secre- tário da Saúde, o Professor Doutor João Yunes. O primeiro encontro intersetorial sobre adolescência da Secretaria de Estado da Saúde foi realizado em dezembro de 1985, no Centro de Convenções Rebouças, com a participação de 1.113 pro- fissionais (TAKIUTI, 2011), sendo oficializado em 1988 pelo Ministério da Saúde. 10 11 A assistência ao adolescente se dá por uma equipe multidisciplinar que visa promover, proteger, recuperar e reabilitar a saúde integral do adolescente. Muitos adolescentes hoje iniciam sua vida sexual muito precocemente, em que, na maioria dos casos, há a falta de cuidado que leva a uma gravidez e a doenças sexualmente transmissíveis. Segundo Porto (2008), foram consideradas áreas prioritárias para o acompa- nhamento do crescimento e do desenvolvimento a sexualidade, a saúde bucal, a saúde mental, saúde reprodutiva, saúde do escolar adolescente, a prevenção de acidentes, o trabalho cultural, o lazer e o esporte. Esse programa atende a adolescentes entre 10 e 19 anos, que, ao passar em uma consulta, pode optar para que o atendimento seja feito de forma individual, sem acompanhantes – somente em caso de internação o acompanhante permaneceria. Já Takiuti (2011) diz que o Programa de Saúde do Adolescente visa à implanta- ção e implementação de uma política pública universalizada de juventude na área da saúde, com atendimento integral para jovens de ambos os sexos de 10 a 20 anos de idade. Importante! O primeiro serviço de adolescente na rede pública foi inaugurado dia 7 de março 1986 em homenagem ao dia Internacional da mulher em São Paulo. Você Sabia? O Programa de Atenção Integral à Saúde do Adolescente atende adolescentes por meio de uma agenda diferenciada, com equipe multiprofissional composta de médi- cos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, fonoaudiólogos, terapeutas ocupa- cionais, nutricionistas, odontologistas e educadores, entre outros (TAKIUTI, 2011). Dessa forma, preconiza-se o direito de o adolescente ter todas as informa- ções prestadas aos médicos mantidas em sigilo, assim como as orientações. Muitos adolescentes ainda têm vergonha de falar sobre a vida sexual e, de forma indi- vidualizada, torna-se mais fácil entender os adolescentes e promover as orientações. Sabemos que os adolescentes passam por fases bem difíceis, rebeldes, achando que muitos direitos são somente deles. Contudo, com cuidados e orientações, po- demos melhorar a qualidade de vida desses. Na estética, algumas alterações estão especificamente relacionadas à idade, como a acne, uma alteração encontrada nessa faixa etária que dificulta o convívio social. Há também a obesidade e as alterações corporais que estão presentes, muitas vezes, devido à alimentação e ao sedentarismo. Podemos, então, intervir na melhora dessas alterações com os tratamentos estéticos, porém, precisamos do acompanhamento do responsável nas sessões para evitarmos alguns transtornos. Acesse o link a seguir e amplie seus conhecimentos: https://goo.gl/t7ujAL. Ex pl or 11 UNIDADE Programas de Atenção a Saúde Programa de Atenção Integral à Saúde do Adulto (PAISA) O governo, até a década de 1980, promovia ações voltadas somente para o pronto atendimento. Não se pensava nas pessoas como um todo, nem na preven- ção. Com a reorganização do SUS e a vinda dos programas, a assistência à saúde passou a mudar. Este programa visa focar nos agravos relacionados ao adulto, como a hiper- tensão arterial, a diabetes mellitus, tuberculose e hanseníase. É importante que os adultos se conscientizem da importância da prevenção dessas doenças. Com os programas de orientação voltados a grupos e tipos de doenças, pode- mos promover saúde, dar orientações de prevenção e também de orientação ao paciente para que ele aprenda a se cuidar. Na estética, é importante que o nosso cliente realize um acompanhamento médico anual, pois atenderemos clientes em situação saudável. Quando o cliente faz acompanhamento, mesmo ele tendo uma alteração como hipertensão arte- rial ou diabetes, podemos atuar e realizar procedimentos estéticos se a patologia estiver controlada. Conhecer o programa nos auxilia na hora de orientar o cliente para que ele procure um acompanhamento médico e participe de um programa de orientação para uma determinada patologia. Acesse o link a seguir e realize a leitura do texto TAG: Programa Saúde do Adulto: https://goo.gl/ARjGY4. Ex pl or Programa de Atenção à Saúde do Trabalhador (PAST) Segundo a Lei n.º 8.080/90, entende-se por saúde do trabalhador o conjunto de atividades que se destinam à promoção e à proteção da saúde do trabalhador por meio de ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, além da re- cuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e aos agravos advindos das condições de trabalho (PORTO, 2008). 12 13 Trabalhadores são todos os homens e mulheres que exercem atividades para sustento próprio e/ou de seus dependentes, qualquer que seja sua forma de in- serção no mercado de trabalho, nos setores formais e informais da economia. Estão incluídos aí indivíduos que trabalharam ou trabalham como empregados as- salariados, servidores públicos, trabalhadores domésticos, trabalhadores avulsos, agrícolas, autônomos, trabalhadores cooperativos e empregados. Também são considerados os trabalhadores que exercem atividades não remuneradas, como es- tagiários, aprendizes ou mesmo trabalhadores afastados por doença, aposentados ou desempregados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001). Realize a leitura do artigo Saúde do trabalhador no SUS: desafi os para uma política pública acessando o link https://goo.gl/ZyZyqd. Ex pl or Durante muito tempo, não houve qualquer preocupação com a saúde dos tra- balhadores. Porém, com o decorrer dos anos, as indústrias começaram a perceber que seus funcionários estavam adoecendo e nada era feito para a prevenção disso, mas funcionários saudáveis trabalhavam de forma mais produtiva. Muitos trabalhadores apresentavam, e ainda apresentam atualmente, doenças ocupacionais, sem falar nos que se acidentam trabalhando. Visto que a saúde do trabalhador é de responsabilidade da Saúde Pública, esse programa tem como ob- jetivo a prevenção de doenças. Sendo assim, a equipe de enfermagem junto com os agentes de saúde vai até as empresas realizar uma consulta de enfermagem em que seja possível identificar alguma doenças e promover as orientações adequadas para prevenir qualquer doença ou agravo. O trabalhador com a saúde em dia minimiza o absenteísmo, trabalha de forma melhor, aprimorando a qualidade de vida do trabalhador. Para finalizar esse assunto, assista os vídeos a seguir, eles retratam exatamente o que vivemos hoje. Um dos meios mais utilizados por nós seres humanos é o com- putador. Mesmo como esteticistas, em vários momentos precisamos realizar nossas anotações e estudar, correto? Então, aproveite para repensar como trabalhamos atualmente e o que devemos fazer para melhorar! Ergonomia no Trabalho: https://youtu.be/LT1hFaJpENE. Ergonomia no Trabalho, TRT Goiás: https://youtu.be/FFpOIbGjzF8.E xp lo r 13 UNIDADE Programas de Atençãoa Saúde Programa de Assistência Integral à Saúde do Idoso (PAISI) Um dos fenômenos de maior impacto no início deste novo século é o do enve- lhecimento da população mundial, resultante de um processo gradual de transição demográfica que, embora ocorra tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, encontra nestes últimos maiores dificuldades para a reorga- nização social e da área de saúde que seja adequada para atender às demandas emergentes. Vale destacar que o envelhecimento populacional é uma resposta à mudança de alguns indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade e da mortalidade e o aumento da esperança de vida (ANS, 2007). Figura 1 Fonte: iStock/Getty Images O PAISI foi instituído a partir da Lei Orgânica de Saúde e com a Lei n.º 8.842, de janeiro de 1994, onde os objetivos estabelecidos foram um conjunto de ações voltadas à promoção, prevenção e recuperação da saúde do Idoso. Assim, também o programa direciona suas estratégias para a manutenção de uma qualidade de vida mais digna das pessoas idosas. Sabemos que, com o decorrer dos anos, a população se torna mais velha, o que faz com que a perspectiva para um mundo envelhecido venha crescendo cada vez mais. Segundo o Ministério da Saúde (apud PORTO, 2008), o objetivo fundamen- tal do PAISI é “conseguir a manutenção de um estado de saúde com a finalidade de atingir um máximo de vida ativa, na comunidade, junto à família, com maior grau possível de independência funcional e autonomia”. Podemos perceber que muitos idosos hoje já se enquadram dentro do progra- ma e dos objetivos propostos, tendo em vista que muitos são ativos, trabalham, se exercitam e se alimentam de forma mais saudável. Na estética, assim, também 14 15 percebemos a adesão maior desse público, onde os mesmos buscam a qualidade de vida, o relaxamento, o cuidado com a pele e com o corpo. Assista agora a uma reportagem sobre a saúde do idoso acessando o link: https://youtu.be/vYcXZJW7RBs. Ex pl or A prevenção e a manutenção da saúde do idoso se dá, além de pelo autocuida- do, por meio de atendimentos em ambulatórios, unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado, atendimento domiciliar e até internação, se necessário, além de reabilitação. Há também a previsão específica de fornecimento gratuito de medicamentos, próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, à habilitação ou reabilitação (PINHO et al., 2012). Será que o idoso tem atendimento preferencial ou diferente? Ex pl or Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) As mulheres são consideradas a maioria da população, representando 51%, e também são as que mais utilizam o SUS. Elas, além de utilizarem os serviços, acompanham os familiares, entre eles crianças e idosos. A preocupação com a saúde da mulher deve começar nos primeiros anos de vida, com atenção especial ao seu desenvolvimento biológico, fisiológico (sexuali- dade), psicológico e espiritual, assim como à concepção do ser feminino na atual conjuntura da sociedade (PORTO, 2008). As principais causas de mortalidade da população feminina brasileira são: as do- enças cardiovasculares; as neoplasias, em especial as de mama, pulmão e colo do útero; as pneumonias; a diabetes mellitus; e algumas causas externas (ANS, 2007). Mediante os aspectos descritos, o Ministérios da Saúde decidiu, em 1983, intro- duzir o PAISM, que apresentava como objetivo: • Diminuir a mortalidade; • Melhorar a qualidade assistencial à mulher em todas as fases do seu ciclo vital; • Detectar patologias precocemente; • Detectar câncer de útero e de mamas; • Prevenir câncer de útero e mama; 15 UNIDADE Programas de Atenção a Saúde • Orientação de métodos contraceptivos; • Assegurar encaminhamento aos níveis de complexidade de atenção; • Diminuir a mortalidade na fase perinatal; • Orientar a mulher na fase do climatério; Conheça mais alguns objetivos do PAISM no site: https://goo.gl/64eio9. Ex pl or A mulher deve realizar exames de prevenção conforme orientação médica. Normalmente, os exames são realizados anualmente por meio das unidades de saú- de dos bairros. Contudo, muitas mulheres não realizam a prevenção anualmente, elas acabam ultrapassando esse período, o qual é extremamente importante para a saúde da mulher. Na estética, a mulher ainda é o grande público-alvo, sendo as que mais procu- ram os tratamentos. Muitas das alterações corporais que as mesmas apresentam podem ser cuidadas e prevenidas com os tratamentos estéticos. Uma das alterações corporais mais procuradas para tratamento é a FEG, a famo- sa celulite. Já na face, são as hipercromias, ou seja, as manchas. A estética tem uma grande importância na saúde da mulher, principalmente na prevenção do câncer de pele com o uso de filtros solar, entre outras formas de cuidado. Além de orientarmos o uso do filtro, podemos ensiná-las a utilizá-lo de forma adequada, promover trata- mentos para a hidratação da pele e envelhecimento precoce, entre outros. Podemos considerar esse um público muito promissor para futuros tratamentos. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) Os primeiros estudos acerca da saúde de homens surgiram no final dos anos 1970, nos Estados Unidos. Voltados principalmente para problemas de saúde, parte deles apontava que, embora mais poderosos do que as mulheres, os homens estavam em desvantagem em relação às taxas de morbimortalidade. A partir dos anos 1990, a abordagem focalizou as singularidades de homens no processo saúde-doença, a partir de uma perspectiva relacional de gênero (SCHWARZ et al., 2012). 16 17 As ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) buscam romper os obstáculos que impedem os homens de frequentar os serviços de saúde. Avessos à prevenção e ao autocuidado, é comum que protelem a procura de atendimento, permitindo que os quadros se agravem, com alguma intervenção possível somente nas fases mais avançadas da doença. A PNAISH, formulada para promover ações de saúde que contribuam para a compreensão da realidade masculina em seus diversos contextos, foi instituída no âmbito do SUS pela Portaria MS n.º 1944, de 28 de agosto de 2009 (MASSIRONI, 2017). Com o princípio de promover ações de saúde que contribuam significati- vamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos, tem o objetivo de facilitar e ampliar o acesso com qualidade da população masculina às ações e aos serviços de assis- tência integral à saúde da Rede SUS, sob a perspectiva de gênero, contribuindo de modo efetivo para a redução da morbidade, da mortalidade e a melhoria das condições de saúde. Para Schwarz et al. (2012), os objetivos da PNAISH se voltam aos eixos da qualificação da atenção à saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado, resguardando a integralidade da atenção com respeito aos diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde. Já para Ministério da Saúde (2008), é promover ações de saúde que contribuam significa- tivamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos, promovendo ainda o respeito aos diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão. A saúde da população masculina vem ganhando notoriedade nos últimos anos, o mesmo vem ocorrendo na estética. Atualmente, o público masculino frequenta mais os espaços estéticos, conhece os tratamentos, realizando vários tratamentos estéticos, sendo conhecido como metrossexual. Atuamos em si em três esferas com esse público: facial, corporal e terapia capilar – essa última vem crescendo cada vez mais. Também ganhamos espaço com as depilações e as terapias alternativas. O homem, mais do que se imagina, é um público que visa à qualidade de vida. Muitas vezes, a estética faz parte da sua rotina por promovermelhorias no seu cotidiano. Esse é um público fiel, respeitador, assíduo e justo. A PNAISH enfatiza a necessidade de mudança de paradigmas em relação aos cuidados com a saúde, onde enfatiza orientar as ações e os serviços de saúde com integralidade e equidade. Realize a leitura do artigo Política de Saúde do Homem acessando o link: https://goo.gl/KJM1Df. Ex pl or 17 UNIDADE Programas de Atenção a Saúde Podemos concluir que os programa de saúde são meios de promover a saúde, de prevenir doenças e realizar orientações saudáveis para a população. Todos os indivíduos podem e devem fazer parte desse serviço, o qual está disponível no SUS. Para que o indivíduo possa participar, é necessário passar pelo clínico, que o orientará. No sistema particular (convênios), também existem programas para os pacien- tes, e de forma gratuita, vale a pena se orientar com o convênio. Agora que você conhece alguns programas de saúde, assista o vídeo onde demostra um pouco de tudo que estudou. Disponível em: https://youtu.be/kvFvXb2fwZg.Ex pl or 18 19 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Saúde da Mulher PINOTTI, A. José; GENNARI, Marcello. Saúde da Mulher. São Paulo: Editora CTP, 2008. Saúde no Brasil: Políticas e Organizações de Serviços COHN, Amélia; ELIAS, E. Paulo. Saúde no Brasil: Políticas e Organizações de Serviços. São Paulo: Cortez, 2003. Leitura Saúde do Trabalhador no SUS: desafios para uma política pública COSTA, Danilo; LACAZ, C. A. Francisco; FILHO, J. M. José; VILELA, G. A. Rodolfo. Saúde do Trabalhador no SUS: desafios para uma política pública. Rev. bras. saúde ocup., São Paulo, v. 38, n. 127, p. 11-21, Jun. 2013. https://goo.gl/WgBHpx Suporte Social e Estresse: Uma revisão da literatura ARAGÃO, S. I. Ellen et al. Suporte Social e Estresse: Uma revisão da literatura. Psicologia em foco, v. 2, n. 1, jan./jun. 2009. https://goo.gl/49jMbu 19 UNIDADE Programas de Atenção a Saúde Referências AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS). Promoção da saú- de e prevenção de riscos e doenças na saúde suplemantar. Rio de Janeiro: ANS, 2007. MASSIRONI, G. M. Márcia. Saúde do Adulto. São Paulo: Prefeitura de São Paulo, 2017. MINISTÁRIO DA SAÚDE. Programa de Formação em Saúde do trabalhador. Brasília, DF: 2011. PINHO, Adelmo et al. Manual Básico de Saúde Pública: um guia prático para conhecer e garantir seus direitos. Penapólis: Edição dos Autores, 2012. PORTO, Andréa. Curso Didático de Enfermagem. São Paulo: Editora Yendis, 2008. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO. Manual de acompanhamento da criança. 2015. Disponível em: <http://www.saude. sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/homepage/programa-de-fortalecimento- da-gestao-da-saude-no-estado-de-sao-paulo/consultas-publicas/manual_de_ acompanhamento_da_crianca.pdf>. Acesso em: 3 set. 2018. TAKIUTI, D. Albertina. Programa Estadual de Saúde do Adolescente. São Pau- lo: Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, 2011. 20