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Resumo do livro de Friedrich Engels

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O livro de Friedrich Engels foi publicado no ano de 1884 em Zurique, este livro nos traz escalas para compreender como nossas sociedades chegaram ao molde contemporâneo. A obra em análise retrata a formação da sociedade moderna embasada na propriedade privada, bem como no poder Estatal, no comércio e na produção. Com isso Engels elenca uma concepção materialista da produção da vida humana, onde o fator decisivo da história é o progresso social, fundamentado nos meios de existências e na reprodução do homem, no que visa a continuação da espécie, sendo assim o autor acredita que foi com o declínio da sociedade primitiva, a qual vivia de forma comunista e regida por normas maternais, que se deu o avanço dos grupos e a criação da sociedade contemporânea. A obra de Engels tem como fonte principal os escritos do historiador social Lewis Henry Morgan. Ao analisar tal obra o autor retroage no tempo e passa a analisar os grupos primitivos, conforme comportamentos encontradosnas civilizações antigas. Engels faz uma abordagem usando temas escritos por Morgan, autor de obras importantíssimas como por exemplo “ Sistema de consanguinidade e afinidade da família humana”, relatando que considera a família humana através de sucessivos estágios, assim a consanguinidade era um marco zero para os arranjos de parentesco, outra obra muito importante de Morgan, é “ A sociedade antiga”, apresentando sua teoria quanto ao evolucionismo cultural, defendendo que a humanidade passa por um continuo processo de evolução, não apenas biológica, mais também cultural, a partir dessa ideia, aponta para a questão de haver seres humanos culturalmente menos evoluídos em relação a outros por estarem em diferentes níveis da caminhada evolucionista, onde o mesmo aborda como se instituiu relações de parentescos entre mãe, pai e filhos a partir da comprovação de outros autores da época.
Embora Engels use a corroboração de outros autores, há muito de sua própria pesquisa e concepção sobre o tema. Em um trecho apresentado logo no seu exórdio, Engels atenta que, “de acordo com a percepção materialista, o fator decisivo na história é, em última, a produção e a reprodução da vida imediata. Engels destaca dois lados, um, colocando a produção de meios de existência, de produtos alimentícios, habitação e instrumentação necessárias para tudo isso e do outro lado, destaca a produção do próprio homem,a continuação da espécie, é com base nesses argumentos que ele sustentará sua explanação sobre a constituição da civilização em seu tema, revivendo parte da obra conjunta com Marx, “O manifesto comunista”, que expressa o programa e propósitos da liga Comunista, Marx e Engels defendiam a queda da burguesia, a soberania do proletariado, a dissolução da antiga sociedade burguesa e a fundação de uma nova sociedade sem “classes” e sem “propriedade privada”, um manifesto que é análise da luta de classes em um partido de “união” entre os operários do mundo. O autor observa que a sociedade anterior a nossa, denominada gentílica e remota, é suprida por uma nova sociedade refreada as relações de propriedade e na qual tem livre curso as impossibilidades de classes e a luta de classes.
Pode ser identificada a prova dessa mudança, com a passagem da sociedade matriarcal para a patriarcal, abraçando essa inteligência, o autor menciona a teoria de Johann Jakob Bachofen, autor do livro “Direito Materno”. Nessa obra, Bachofen assegura que primitivamente, os seres humanos viveram em mistura sexual, que estas relações excluíam toda probabilidade de se situar a paternidade de uma criança, tendo-se, no caso, só certeza da filiação pelo lado materno, e que, por esse motivo, as mulheres gozavam de grande poder. Desse período histórico nasceria a “ginecocracia”, ao mesmo tempo em que o cita, Engels acreditaque suas considerações são válidas e destaca sua importância, apesar de também afirmar que “estudar a fundo o intenso livro de Bachofen é um trabalho penoso e, muitas vezes, pouco benéfico”, Distingue em muitos momentos seus subsídios para o entrosamento acerca da temática histórica abordada.
Engels também cita John Ferguson McLennan, no início da sua obra pela contribuição com o estudo de “tribos” exóganas, aquelas onde os homens raptavam mulheres de outra tribo para o casamento, e também das “tribos” endógamas, onde os homens só procuravam mulheres na sua própria tribo, o conhecimento de situações como a “poliandria” vem do pensamento desse etnologista escocês. Isso acontecia, segundo McLennan, provavelmente porque, devido as recém-nascidas mulheres serem comumente mortas, havia o número considerável de homens em relação ao de mulheres. O autor é criticado em muitos momentos por Engels por não justificar suas teorias de maneira consistente. Dessa forma Engels dá início ao seu livro discorrendo sobre a “pré-história da cultura”, onde o supracitado autor Morgan tem seus estudos sobre os laços de parentesco entre as tribos indígenas então localizadas em Nova York, analisados pelo autor. É admitido pelo autor que os documentos permitiram alterar-se aos traços fundamentais do embasamento pré-histórico da história escrita, e ainda conceber a ideia proposta, através da gens iroquesa, baseadano direito materno e a passagem desses para a predominância do direito paterno, que supostamente ocorreu na Grécia antiga. Dividindo-se em: estado selvagem, barbárie e civilização, o autor esmiúça cada um desses períodos. Engels destaca o estado selvagem por fases tais como: Fase inferior, Fase média e Fase superior, citarão a baixo as fases tentando de maneira clara e simplificada exporem a ideia de Engels.
Fase inferior: adotando como apropriada a teoria darwinista que o homem precede do reino animal, o autor explica que, ao certo, os homens viviam, parte de seu tempo, em árvores, e se alimentavam de frutas, uma vez que as criaturas que naquela época habitavam, seriam seus pretensos predadores. Fase média: fase onde o fogo surge como “acessório” a culinária e espécies de animais aquáticos também se coligam a mesma, nessa fase, improbabilidade e liberdade de locomoção fizeram com que tenha persistido em alguma parte desse momento histórico, a “antropofagia”. Fase superior: marcada pela invenção do arco e flecha, machado, entre outros instrumentos de caça e defesa. Importante colocação feita por Engels ao dizer: “O arco e a flecha foram, para a época selvagem, o que a espada de ferro foi para a barbárie e a arma de fogo para a civilização: a arma decisiva.” Na barbárie, a fase inferior é destacada pelo emprego da cerâmica na fabricação de vasos e refratários, como adverte o autor, nessa fase surgem às evidências das diferenças entre os continentes, e em virtude das mesmas, as populações se desenvolvem de maneiras assinaladas. A fase média da barbárie foi marcada pela domesticação de animais e o cultivo de plantas. Engels relata como se propagou em todo o mundo, o desenvolvimento dos meios de sobrevivência das sociedades, as migrações e a forma como viviam, estando elas em diferentes estágios da pré-história cultural. A fase superior caracteriza-se pela fundição do minério de ferro, na civilização encontra-se a invenção da escrita alfabética, nessa fase, ocorreu um aumento considerável da população, onde o homem desenvolve “a elaboração dos produtos naturais, período da indústria propriamente dita e da arte”.
Engels resume, uma análise das ideias de Morgan da seguinte forma: “Por ora, podemos generalizar a classificação de Morgan da forma seguinte: Estado Selvagem. - Período em que predomina a apropriação de produtos da natureza, prontos para ser utilizados; as produções artificiais do homem são, sobretudo, destinadas a facilitar essa apropriação. Barbárie. - Período em que aparecem a criação de gado e a agricultura, e se aprende a incrementar a produção da natureza por meio do trabalho humano. Civilização - Período em que o homem continua aprendendo a elaborar os produtos naturais, período da indústria propriamente dita e da arte”. Sendo assim, comprova-se que, na medidaem que as fontes de essênciavão se tornando mais fartas e alteradas, também se nota o avanço da humanidade em termos de evolução racional. Mais adiante o autor aborda a família, dando continuidade aos estudos de Morgan. Cada padrão familiar reflete a um estágio pré-histórico de cultura, Engels define e diferencia cada um deles. A família Consanguínea representa a primeira noção de família em termos de identificação de parentesco que tenha surgido. A família Puna Luana, é caracterizada pela exclusão das relações carnais entre irmãos e irmãs surgindo às categorias de primos e primas e sobrinhos e sobrinhas. A formação das gens, ou seja, dos grupos familiares ligados ao mesmo sobrenome comum por se julgar descendentes de um ancestral comum, se deu a partir da divisão de tais grupos em três períodos: Selvagem, Barbárie e Civilização. Ao discorrer sobre o período Selvagem o autor narra que em tal grupo os homens se utilizavam de materiais encontrados em seus meios, contidos na natureza, tais como a manipulação do fogo, a alimentação de peixes e com isso tornou-se caçador. Apesar de inicialmente viver em árvores o homem passou a residir de forma fixa. Ao passo que se evolui o homem adquire habilidades de cultivar plantas, domesticar animais e é nesta época, chamada então de Barbárie, que o homem inventa o arado e seu trabalho multiplica-se, fazendo com que os grupos crescessem e se desenvolvessem.

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