Combustíveis Fósseis

Prévia do material em texto

Os combustíveis fósseis são 
matéria-prima para produção de energia. São 
recursos naturais não renováveis, originados de 
restos orgânicos acumulados na crosta terrestre ao 
longo de milhões de anos. 
Formação: de acordo com a teoria biogênica, o 
petróleo se origina da lenta degradação, feita por 
bactérias anaeróbicas, de organismos aquáticos, 
vegetais e animais, ao longo de milhões de anos. 
Essa matéria orgânica é coberta por sedimentos, 
fazendo com que a pressão e a temperatura 
elevadas exercidas sobre essa matéria orgânica 
causassem reações químicas complexas que deram 
origem ao petróleo. Esse material permaneceu 
armazenado nas rochas permeáveis, formando 
jazidas de onde se extraem petróleo, água e gás 
natural (metano e etano). A idade de uma jazida 
pode variar de 10 a 400 milhões de anos. 
Camada de pré-sal: jazida de petróleo em território 
brasileiro, localizada em profundidades de 5 a 7 km 
abaixo do solo marítimo, abaixo de uma camada de 
2 km de sal. 
Petróleo é um recurso de grande valor econômico 
por ser uma fonte de matéria-prima para inúmeros 
produtos e também é uma importante fonte 
energética (sobretudo na produção de 
combustíveis). 
 
 
 
Depois da extração, o petróleo é encaminhado para 
as refinarias. 
Destilação fracionada: 
 Após um aquecimento prévio e vaporização 
parcial nas refinarias, o petróleo é direcionado 
pra uma coluna de destilação fracionada, 
composta de várias seções (chamadas de 
bandejas). 
 A destilação fracionada é um método de 
separação de misturas homogêneas que 
apresentam dois ou mais líquidos em sua 
constituição. Tais componentes apresentam 
pontos de ebulição diferentes. 
 Cada fração do petróleo (mistura complexa 
de hidrocarbonetos) é vaporizada e depois 
recolhida em uma das bandejas. 
 As primeiras frações (do topo) correspondem 
aos compostos mais voláteis (menores TE). 
Quanto maior o número de átomos de 
carbono do componente da mistura, mais alta 
é a temperatura de ebulição (isso porque 
aumenta-se a intensidade das interações 
intermoleculares). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Combustíveis fósseis 
Craqueamento: 
 O craqueamento do petróleo consiste na 
quebra de moléculas de frações mais pesadas 
(frações com componentes de moléculas 
grandes de hidrocarbonetos) em moléculas 
menores e de maior interesse comercial. 
 Esse procedimento é executado em alta 
temperatura e na presença de catalisadores. 
 Geralmente quebram-se moléculas de 
frações do gasóleo ou do querosene e 
transformam-nas em moléculas menores, da 
fração da gasolina. 
 
Reforma catalítica: 
 É outro processo de refino do petróleo, que 
se baseia na transformação de compostos 
simples em ramificados, cíclicos e aromáticos, 
com o objetivo de melhorar as funções 
energéticas do composto petrolífero (por 
exemplo, o ponto explosivo da gasolina). 
 
 
 
 
O gás natural é composto por uma mistura de 
hidrocarbonetos leves (metano - principal, etano, 
propano, butano e outros gases em menores 
proporções) que submetido à temperatura ambiente 
e pressão atmosférica permanece no estado gasoso. 
É uma fonte energética encontrada na natureza em 
duas formas distintas. Ele pode ser obtido em jazidas 
finitas e através da queima de biomassa (bagaço de 
cana-de-açúcar). 
O gás natural de jazidas é aquele considerado 
combustível fóssil. É comumente associado ao 
petróleo, mas pode ser encontrado em jazidas com 
ou sem petróleo. 
Nas indústrias, sua utilização ocorre, principalmente, 
para a geração de eletricidade. Nas residências, o gás 
natural é usado para o aquecimento ambiental e de 
água. Nos automóveis, essa fonte energética substitui 
os combustíveis comuns. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fração
Temperatura de 
ebulição (°C)
Composição 
aproximada
Usos
1. Gás residual 
2. Gás liquefeito 
de petróleo (GLP)
Até 40
1. C1 - C2 
2. C3 - C4
1. Gás combustível. 
2. Gás combustível 
engarrafado, uso 
doméstico e industrial.
Gasolina 40 - 175 C5 - C10
Combustível de 
automóveis, solvente.
Querosene 175 - 235 C11 - C12
iluminação, combustível 
de aviões a jato.
Gasóleo leve 235 - 305 C13 - C17 Diesel, fornos.
Gasóleo pesado 305 - 400 C18 - C25
combustível, matéria-
prima para lubrificantes.
Lubrificantes 400 - 510 C26 - C38 óleos lubrificantes
Resíduos Acima de 510 C38 +
asfalto, piche, 
impermeabilizantes.
O carvão mineral é um combustível fóssil muito 
usado atualmente nas siderúrgicas e usinas 
termoelétricas para produção de energia. 
É um recurso natural não renovável originado de 
restos de plantas ao longo de milhões de anos 
(combustível fóssil de origem vegetal). 
O carvão é composto de hidrocarbonetos, ou seja, 
na sua composição há principalmente carbono e 
hidrogênio, além de enxofre e outros elementos. A 
quantidade de carbono presente na sua estrutura 
determina o tipo de carvão. Quanto maior o teor de 
carbono, mais puro e maior o poder energético do 
carvão. E o teor de carbono varia conforme do 
tempo do depósito natural. 
Hulha: é um tipo de carvão mineral com alto teor 
de carbono (cerca de 80%). É empregada tanto 
como combustível quanto como redutor de óxidos 
de ferro. Além disso, possui impurezas usadas para 
produzir substâncias de emprego industrial. 
Diferença entre carvão vegetal X mineral: 
 O carvão vegetal é um produto obtido por 
meio da carbonização da biomassa 
proveniente da madeira. A queima tem como 
resultado uma substância negra utilizada 
como fonte de energia. 
 
 Já o carvão mineral corresponde a uma 
rocha sedimentar formada por meio da 
decomposição da matéria orgânica. É, 
portanto, um combustível fóssil. 
 
 
O xisto é uma camada de rocha sedimentar, 
originada sob temperaturas e pressões elevadas, 
contendo matéria orgânica (querogênio) disseminada 
em seu meio mineral. Consiste numa fonte 
energética não renovável. 
A partir do querogênio podem ser produzidos 
hidrocarbonetos líquidos chamados de petróleo de 
xisto. O petróleo de xisto é um substituto para o 
petróleo convencional. 
O xisto não pode ser extraído pelos solventes 
comuns do petróleo, mas pode ser transformado 
em gás e óleo por aquecimento.