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Prévia do material em texto

Noções de 
CoRRosÃo e 
INCRUsTAçÃo
Autor: Angélica Dias Salvador
Co-Autores: Álvaro Antônio Terra Martins 
 da Silva 
 Edson Góis de Medeiros
Noções de 
CoRRosÃo e 
INCRUsTAçÃo
Ao final desse estudo, o treinando poderá:
• Reconhecer os conceitos básicos associados à corrosão e à 
incrustação e suas conseqüências para a indústria do petróleo;
• Compreender a aplicabilidade dos conceitos básicos no que diz 
respeito à prevenção, manutenção e recuperação de equipamentos 
frente aos processos de corrosão e incrustação.
Autor: Angélica Dias Salvador
Co-Autores: Álvaro Antônio Terra Martins 
 da Silva 
 Edson Góis de Medeiros
Noções de 
CoRRosÃo e 
INCRUsTAçÃo
Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos 
da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para 
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a 
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das 
atividades profissionais na Companhia.
É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de 
empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes 
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.
Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando 
prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força 
de trabalho às estratégias do negócio E&P.
Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa 
a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das 
competências necessárias para explorar e produzir energia.
O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das 
competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados 
e a reciclagem de antigos.
Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo 
que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para 
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os 
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de 
sucesso que ela é.
Programa Alta Competência
Programa Alta Competência
Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila 
está organizada e assim facilitar seu uso. 
No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual 
representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. 
Autor
Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá:
• Identifi car procedimentos adequados ao aterramento 
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao 
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de 
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas 
instalações elétricas.
ATeRRAMeNTo 
de seGURANçA
Como utilizar esta apostila
Objetivo Geral
O material está dividido em capítulos. 
No início de cada capítulo são apresentados os objetivos 
específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como 
orientadores ao longo do estudo.
No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que 
visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.
Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do 
capítulo em questão.
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
C
ap
ít
u
lo
 1
Riscos elétricos 
e o aterramento 
de segurança
Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá:
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e 
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de 
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de 
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 
20
Alta Competência
21
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a 
quatro fatores fundamentais:
 Tensão;• 
 Resistência elétrica do corpo; • 
 Área de contato;• 
 Duração do choque.• 
 Os riscos elétricos, independente do tipo de • 
instalação ou sistema, estão presentes durante toda 
a vida útil de um equipamento e na maioria das 
instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob 
controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou 
de continuidade operacional.
 Os • choques elétricos representam a maior fonte 
de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das 
medidas de engenharia para seu controle, a obediência 
a padrões e procedimentos de segurança.
1.4. exercícios
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e 
aterramento de segurança?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que 
abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. 
Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, 
o caso: 
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser 
projetadas e executadas de modo que seja possível 
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque 
elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas 
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção, 
como alarme e seccionamento automático para 
prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de 
isolamento, aquecimentos ou outras condições 
anormais de operação.”
( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) 
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for 
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas 
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas 
e demais meios de sinalização que chamem a atenção 
quanto ao risco.”
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e 
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas 
(...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no 
âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outrostipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos 
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente 
identifi cados, pois estão em destaque.
48
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
49
3. Problemas operacionais, riscos e 
cuidados com aterramento de segurança
Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). 
A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os 
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção 
nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos.
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o 
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve 
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. 
Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 
diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar 
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando 
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico 
por contato indireto e de incêndio e explosão.
3.1. Problemas operacionais
Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo 
de aterramento são:
• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato. 
É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor 
de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo 
admissível para resistência de contato.
56
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
57
Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se 
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma 
corrente elétrica.
Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica.
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade 
– Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso 
em: 14 mar. 2008.
3.5. Bibliografi a3.4. Glossário
Objetivo Específi co
O material está dividido em capítulos. 
No início de cada capítulo são apresentados os objetivos 
específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como 
orientadores ao longo do estudo.
No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que 
visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.
Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do 
capítulo em questão.
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
C
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 1
Riscos elétricos 
e o aterramento 
de segurança
Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá:
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e 
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de 
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de 
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 
20
Alta Competência
21
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a 
quatro fatores fundamentais:
 Tensão;• 
 Resistência elétrica do corpo; • 
 Área de contato;• 
 Duração do choque.• 
 Os riscos elétricos, independente do tipo de • 
instalação ou sistema, estão presentes durante toda 
a vida útil de um equipamento e na maioria das 
instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob 
controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou 
de continuidade operacional.
 Os • choques elétricos representam a maior fonte 
de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das 
medidas de engenharia para seu controle, a obediência 
a padrões e procedimentos de segurança.
1.4. exercícios
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e 
aterramento de segurança?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que 
abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. 
Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, 
o caso: 
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser 
projetadas e executadas de modo que seja possível 
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque 
elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas 
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção, 
como alarme e seccionamento automático para 
prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de 
isolamento, aquecimentos ou outras condições 
anormais de operação.”
( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) 
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for 
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas 
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas 
e demais meios de sinalização que chamem a atenção 
quanto ao risco.”
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e 
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas 
(...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no 
âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
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Alta Competência
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Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos 
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente 
identifi cados, pois estão em destaque.
48
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
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3. Problemas operacionais, riscos e 
cuidados com aterramento de segurança
Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). 
A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os 
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção 
nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos.
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o 
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve 
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. 
Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 
diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar 
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando 
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico 
por contato indireto e de incêndio e explosão.
3.1. Problemas operacionais
Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo 
de aterramento são:
• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato. 
É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor 
de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo 
admissível para resistência de contato.
56
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
57
Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se 
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma 
corrente elétrica.
Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica.
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade 
– Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso 
em: 14 mar. 2008.
3.5. Bibliografi a3.4. Glossário
Objetivo Específi co
Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 
insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 
ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 
basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. 
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão 
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. 
A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo 
abordado de um determinado item do capítulo. 
“Importante” é um lembrete das questões essenciais do 
conteúdo tratado no capítulo. 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
14
Alta Competência
15
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a 
primeira observação de um fenômeno relacionado 
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um 
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido 
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de 
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome 
dado à resina produzida por pinheiros que protege a 
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo 
semelhante à fossilização, ela se torna um material 
duro e resistente. 
Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais:
1.1. Riscos de incêndio e explosão
Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, 
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera 
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de 
eletricidade estática.
Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer 
instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos 
pessoais, materiais e de continuidade operacional.
Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos 
observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de 
incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança 
durante o projeto da instalação, como por exemplo:
 A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado 
ao ambiente;
 A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• 
 A correta manutenção do sistema elétrico.• 
O aterramento funcional do sistema elétrico tem 
como função permitir o funcionamento confi ável 
e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da 
sensibilização dos relés de proteção, quando existe 
uma circulação de corrente para a terra, provocada 
por anormalidades no sistema elétrico.
Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados 
à ocorrência de incêndio e explosão:
Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta 
dos principais pontos abordados no capítulo.
Em “Atenção” estão destacadas as informações que não 
devem ser esquecidas.
Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm 
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. 
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional!
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
ImpOrTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
rESUmINDO...
NÍVEL DE RUÍDO DB (A) 
MÁXIMA EXPOSIÇÃO 
DIÁRIA PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
ImpOrTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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MÁXIMA EXPOSIÇÃO 
DIÁRIA PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importanteque você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
ImpOrTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
rESUmINDO...
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MÁXIMA EXPOSIÇÃO 
DIÁRIA PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
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Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 
insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 
ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 
basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. 
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão 
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. 
A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo 
abordado de um determinado item do capítulo. 
“Importante” é um lembrete das questões essenciais do 
conteúdo tratado no capítulo. 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
14
Alta Competência
15
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a 
primeira observação de um fenômeno relacionado 
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um 
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido 
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de 
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome 
dado à resina produzida por pinheiros que protege a 
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo 
semelhante à fossilização, ela se torna um material 
duro e resistente. 
Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais:
1.1. Riscos de incêndio e explosão
Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, 
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera 
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de 
eletricidade estática.
Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer 
instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos 
pessoais, materiais e de continuidade operacional.
Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos 
observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de 
incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança 
durante o projeto da instalação, como por exemplo:
 A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado 
ao ambiente;
 A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• 
 A correta manutenção do sistema elétrico.• 
O aterramento funcional do sistema elétrico tem 
como função permitir o funcionamento confi ável 
e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da 
sensibilização dos relés de proteção, quando existe 
uma circulação de corrente para a terra, provocada 
por anormalidades no sistema elétrico.
Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados 
à ocorrência de incêndio e explosão:
Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta 
dos principais pontos abordados no capítulo.
Em “Atenção” estão destacadas as informações que não 
devem ser esquecidas.
Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm 
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. 
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional!
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
ImpOrTANTE!
ATENÇÃO
É muito importanteque você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
ImpOrTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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85 8 horas
86 7 horas
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91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
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104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
ImpOrTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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MÁXIMA EXPOSIÇÃO 
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85 8 horas
86 7 horas
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94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
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98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
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106 25 minutos
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110 15 minutos
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114 8 minutos
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sumáriosumário
Introdução 15
Capítulo 1 - Processos corrosivos 
Objetivos 17
1. Processos corrosivos 19
1.1. Conceito de corrosão 19
1.2. Classificação dos processos corrosivos 20
1.3. Meios corrosivos 22
1.4. Exercícios 25
1.5. Glossário 27
1.6. Bibliografia 28
1.7. Gabarito 29
Capítulo 2 - Medição do potencial eletroquímico 
Objetivos 31
2. Medição do potencial eletroquímico 33
2.1. Potencial de eletrodo 42
2.2. Eletrodos de referência 43
2.3. Potenciais de eletrodo irreversíveis (potencial de corrosão) 47
2.4. Exercícios 49
2.5. Glossário 50
2.6. Bibliografia 51
2.7. Gabarito 52
Capítulo 3 - Proteção 
Objetivos 53
3. Proteção 55
3.1. Proteção passiva ou anódica 56
3.2. Proteção catódica galvânica 58
3.3. Proteção catódica por corrente impressa 60
3.3.1. Operação 63
3.3.2. Manutenção 66
3.3.3. Monitoração 67
3.3.4. Problemas decorrentes da superproteção 71
3.4. Exercícios 73
3.5. Glossário 75
3.6. Bibliografia 77
3.7. Gabarito 78
Capítulo 4 - Pintura industrial 
Objetivos 81
4. Pintura industrial 83
4.1. Tratamento manual 83
4.2. Tratamento mecânico 84
4.3. Tratamento com jato abrasivo 84
4.4. Hidrojateamento com alta e ultra-alta pressão 86
4.4.1. Graus de oxidação instantânea ou flash rust 88
4.5. Equipamentos de preparação de superfície 90
4.5.1. Equipamentos de preparação de superfície por jateamento abrasivo 91
4.6. Seleção dos esquemas de pintura 93
4.7. Fatores que orientam a seleção 94
4.8. Esquemas para imersão 95
4.8.1. Imersão em água salgada 95
4.8.2. Imersão em água doce não-potável 96
4.8.3. Imersão em derivados de petróleo e produtos químicos 96
4.9. Esquemas para superfícies quentes 96
4.9.1. Superfícies quentes na faixa de 80 a 120°C 97
4.9.2. Superfícies quentes de 120 a 500°C 97
4.9.3. Superfícies quentes acima de 500°C 98
4.9.4. Tinta tolerante a superfícies molhadas (Norma Petrobras N-2680) 98
4.10. Procedimentos de esquemas de pintura 99
4.10.1. Esquemas para atmosferas altamente agressivas 99
4.10.2. Esquemas para atmosferas medianamente agressivas 100
4.10.3. Esquemas para atmosferas pouco agressivas 100
4.10.4. Esquemas para superfícies galvanizadas 101
4.10.5. Esquemas específicos 101
4.11. Exercícios 103
4.12. Glossário 105
4.13. Bibliografia 108
4.14. Gabarito 109
Capítulo 5 - Processos incrustantes 
Objetivos 111
5. Processos incrustantes 113
5.1. Mecanismos de incrustação 113
5.2. Prevenção e controle dos processos incrustantes 117
5.3. Exercícios 119
5.4. Glossário 121
5.5. Bibliografia 122
5.6. Gabarito 123
15
Introdução
Ao longo dos anos as indústrias contabilizaram grandes perdas decorrentes de processos corrosivos e incrustantes. Esses problemas são freqüentes e ocorrem nas mais variadas 
atividades, como por exemplo, na indústria petrolífera.
As perdas econômicas que atingem as diversas indústrias podem 
afetar direta ou indiretamente os custos de produção de uma 
unidade. De forma direta, quando se faz necessária a substituição 
ou reparo de um equipamento ou trecho de tubulação, implicando 
também em paradas operacionais não programadas. Já as perdas 
indiretas são mais difíceis de avaliar, no entanto, os custos são mais 
elevados e nem sempre podem ser quantificados.
Em alguns setores, embora os mecanismos de corrosão e incrustação 
não sejam muito representativos em termos de custos diretos, deve-
se levar em consideração o que eles podem representar em questões, 
principalmente, de segurança. A corrosão localizada, por exemplo, 
pode resultar em fraturas e rompimentos de tubulações, provocando 
sérias conseqüências.
Um outro fato a ser considerado na indústria do petróleo, com 
bastante relevância para o estudo do conhecimento de corrosão, 
é a larga utilização de materiais que apresentam um baixo custo e 
facilidade de fabricação. 
A extensa utilização de aço-carbono como material empregado na 
construção de linhas de transporte de petróleo é um compromisso 
de escolha, pois o aço oferece uma combinação de alta resistência, 
baixo custo e facilidade de fabricação. Este material é, contudo, 
susceptível à corrosão e a forma mais comum de ataque é a do tipo 
localizado, onde a taxa de corrosão é mais acentuada em algumas 
regiões, devido às diferenças de potencial entre diferentes pontos de 
uma mesma superfície metálica.
16
Alta Competência
O conhecimento dos processos incrustantes não é menos importante, 
visto que o acúmulo das incrustações, quando não controladas ou 
eliminadas por completo, acarretará em forma de corrosão constante 
e progressiva, formando uma camada espessa bastante dura e de difícil 
remoção. Tal camada, além de contribuir para a reduçãoda eficiência 
térmica, aumenta a probabilidade de corrosão sob depósito. 
Por fim, é importante ressaltar que tanto a incrustação quanto a 
corrosão diminuem a eficiência dos equipamentos, causando excessivo 
consumo de energia em determinados sistemas, criando grandes 
possibilidades de falhas que podem ser catastróficas. 
Desta forma, no estudo deste conhecimento, abordaremos os 
fundamentos básicos teóricos que possibilitarão a compreensão de 
forma simples e objetiva dos mecanismos atuantes, dos processos 
de corrosão e incrustação, bem como a aplicação dos métodos que 
possibilitem minimizar os seus efeitos, além da importância econômica 
e da segurança operacional.
PRefáCIo
C
ap
ít
u
lo
 1
Processos 
corrosivos
Ao final desse capítulo, o treinando poderá:
• Identificar os mecanismos básicos de corrosão;
• Distinguir os principais métodos de monitoramento da 
corrosão.
18
Alta Competência
19
Capítulo 1. Processos corrosivos
1. Processos corrosivos
Em nossa vida cotidiana, sobretudo para os que vivem próximo ao mar, percebe-se a luta contra a ação corrosiva que atinge principalmente as partes metálicas de geladeiras, 
esquadrias e automóveis. Se nossa luta doméstica contra esse tipo 
de corrosão – a ferrugem em superfícies metálicas – já requer 
cuidados especiais, não é difícil imaginar a importância de conhecer 
melhor os processos corrosivos e os mecanismos de prevenção e 
recuperação na indústria, em especial na de petróleo, na qual 
dutos e equipamentos estão expostos a condições ambientais e 
substâncias que favorecem a corrosão.
Sendo assim, o primeiro passo é compreender melhor o que vem a 
ser corrosão.
Veja na ilustração a seguir um exemplo de processo corrosivo:
Tubo de permutador de calor em processo corrosivo severo
Fonte: Petrobras
1.1. Conceito de corrosão
Corrosão, palavra derivada do termo em latim corrodere, foi 
traduzida para o inglês como corrosion e depois trazida para a 
língua portuguesa como corrosão. Nos dias atuais, transformou-se 
em sinônimo genérico de destruição. 
20
Alta Competência
A corrosão é, resumidamente, a deterioração de materiais que ocorre 
a partir da ação química ou eletroquímica do meio. A ação do meio 
corrosivo é um fator determinante na escolha de materiais para a 
construção de equipamentos e instalações. Engana-se quem pensa 
que a corrosão atinge apenas materiais metálicos como aços e as 
ligas de cobre. Ela atinge, também, materiais não metálicos como 
plásticos, cerâmica ou concreto. Por esse motivo é imprescindível 
que, no emprego de equipamentos que possuam componentes à 
base desses materiais, sejam considerados os efeitos corrosivos que 
possam sofrer ao longo do tempo e de sua utilização. 
1.2. Classificação dos processos corrosivos
Dependendo do tipo de ação do meio corrosivo sobre os materiais 
metálicos, os processos corrosivos podem ser classificados em 
dois grandes grupos, abrangendo todos os casos de deterioração 
por corrosão:
Corrosão eletroquímica;• 
Corrosão química.• 
Mais comuns na natureza, os processos de corrosão eletroquímica 
apresentam as seguintes características: 
Progridem essencialmente na presença de água no estado líquido;• 
Acontecem em temperaturas inferiores ao ponto de orvalho • 
da água, sendo a grande maioria na temperatura ambiente;
Abrangem a formação de uma • pilha ou célula de corrosão, 
com a circulação de elétrons na superfície metálica. 
21
Capítulo 1. Processos corrosivos
Por causa da necessidade de o eletrólito possuir água líquida, 
a corrosão eletroquímica é denominada, também, corrosão em 
meio aquoso. Nos processos de corrosão, os metais reagem com 
os elementos não metálicos presentes no meio, O2, S, H2S, CO2, 
entre outros, produzindo compostos semelhantes aos encontrados 
na natureza, dos quais foram extraídos. Assim sendo, nestes 
casos, conclui-se que a corrosão equivale ao inverso dos processos 
metalúrgicos, como pode ser visto na ilustração a seguir:
ENERGIA 
METAL
COMPOSTO (MINÉRIO)
M
ET
A
LU
R
G
IA
C
O
R
R
O
SÃ
O
EN
ER
G
IA
 
E2 
E1 
ENERGIA 
Ciclo dos metais
Os processos de corrosão química são, por vezes, chamados de 
corrosão ou oxidação em altas temperaturas. Estes processos ocorrem 
com menor freqüência na natureza envolvendo operações nas quais 
as temperaturas são elevadas.
As características básicas desses processos corrosivos são:
Falta da água líquida;• 
Temperaturas, em geral, altas, continuamente acima do ponto • 
de orvalho da água;
Interação direta entre o meio corrosivo e o metal.• 
Assim, a corrosão química não precisa de água no estado líquido, 
sendo denominada corrosão em meio não aquoso ou corrosão seca. 
22
Alta Competência
ATENÇÃO
Vale perguntar, então: todo processo de deterioração 
de materiais constitui um processo de corrosão?
Existem processos de deterioração de materiais que 
ocorrem durante a sua vida em serviço, que não se 
enquadram na definição de corrosão. Um deles é o 
desgaste devido à erosão, que remove mecanicamente 
partículas do material. Embora esta perda de material 
seja gradual e decorrente da ação do meio, tem-se 
um processo eminentemente físico e não químico ou 
eletroquímico. Pode-se, entretanto, ocorrer, em certos 
casos, ação simultânea da corrosão, constituindo o 
fenômeno da corrosão-erosão.
Há um outro tipo de alteração no material que ocorre em serviço: 
são as transformações metalúrgicas que podem acontecer em alguns 
materiais, particularmente em serviço com temperaturas elevadas. As 
propriedades mecânicas acabam sofrendo grandes variações devido 
às transformações metalúrgicas como, por exemplo, uma excessiva 
fragilidade na temperatura ambiente. As transformações metalúrgicas 
podem trazer consigo uma grande suscetibilidade do material a um 
tipo de corrosão conhecida como corrosão intergranular. 
Outro fenômeno que pode atacar um material é o conhecido 
como fluência que produz uma deformação plástica nesse material 
evoluindo ao longo do tempo. E o que produz essa deformação? A 
tensão atuante no material e a temperatura. 
1.3. Meios corrosivos
A corrosão é o ponto fraco de todos os metais. Não há um único 
metal que não esteja sujeito à corrosão. Basta haver meio corrosivo 
suficiente para isso. Veja alguns exemplos de formas diferentes com 
que metais distintos reagem: 
23
Capítulo 1. Processos corrosivos
O aço inoxidável na presença de íon cloreto sofre • 
corrosão localizada;
O ouro não é resistente à mistura de ácido clorídrico e • 
ácido nítrico;
O titânio sofre corrosão quando exposto a ácido fluorídrico.• 
O eletrólito é uma solução eletricamente condutora 
constituída de água contendo sais, ácidos ou bases. O 
surgimento do eletrólito só é possibilitado pelos meios 
corrosivos em corrosão eletroquímica.
VOCÊ SABIA??
Principais meios corrosivos e respectivos eletrólitos
Meio corrosivo Eletrólito
Atmosfera
Presença de umidade, sais em suspensão, gases industriais, 
poeira etc. O eletrólito compõe-se da água que condensa na 
superfície metálica, na presença de sais ou gases existentes 
no ambiente. 
Solos
Presença de umidade, sais minerais e bactérias. Há solos 
que apresentam, também, características ácidas ou 
básicas. O eletrólito compõe-se, principalmente, da água 
com sais dissolvidos.
Águas naturais 
(rios, lagos e do 
subsolo)
Presença de sais minerais, ácidos ou bases, resíduos industriais, 
bactérias, poluentes diversos e gases dissolvidos. O eletrólito 
compõe-se da água com sais dissolvidos. 
Água do mar
Presença de quantidade apreciável de sais. Devido à existência 
acentuada de sais, a água do mar é um eletrólito poderoso. 
Outros constituintes como gases dissolvidos também podem 
acelerar os processos corrosivos.
Produtos químicos
Os produtos químicos, sempre que em contato com água ou 
com umidade, podem provocar corrosão eletroquímica.
24
Alta Competência
ATENÇÃO
A análise da água do mar, em média, apresenta 
os seguintes constituintes em gramas por litro 
(g/l) de água:
Cloreto (Cl-) 18,9799Sulfato (SO -) 2,6486 
Bicarbonato (HCO) 0,1397 
Brometo (Br-) 0,0646 
Fluoreto (F-) 0,0013 
Ácido Bórico (H3BO3) 0,0260 
Sódio (Na+) 10,5561 
Magnésio (Mg2+) 1,2720 
Cálcio (Ca2+) 0,4001 
Potássio (K+) 0,3800 
Estrôncio (Sr 2+) 0,0133 
25
Capítulo 1. Processos corrosivos
1) Dependendo do tipo de ação do meio corrosivo sobre os materiais 
metálicos, os processos corrosivos podem ser eletroquímicos e 
químicos. Relacione os processos corrosivos com a caracterização de 
ocorrência de cada um.
( A )
( B )
Processo de 
corrosão 
eletroquímica
Processo de 
corrosão 
química
( ) Necessariamente na presença de 
água no estado líquido.
( ) Preferencialmente na temperatura 
ambiente.
( ) Interação direta entre o metal e o 
meio corrosivo.
( ) Temperaturas, em geral, elevadas.
( ) Formação de uma pilha ou célula 
de corrosão, com a circulação de 
elétrons na superfície metálica.
2) Os meios corrosivos em corrosão eletroquímica são responsáveis 
pelo aparecimento do eletrólito. Explique o que é um eletrólito e cite 
3 meios corrosivos.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
1.4. exercícios
26
Alta Competência
3) Complete a segunda coluna de acordo com o meio corrosivo 
da primeira.
( A ) Atmosfera ( ) Presença de quantidade apreciável de 
sais. Devido à existência acentuada de 
sais, a água do mar é um eletrólito po-
deroso. Outros constituintes como gases 
dissolvidos também podem acelerar os 
processos corrosivos.
( B ) Solos ( ) Presença de sais minerais, ácidos ou 
bases, resíduos industriais, bactérias, 
poluentes diversos e gases dissolvidos. 
O eletrólito compõe-se da água com 
sais dissolvidos.
( C ) Águas 
naturais 
( ) Presença de umidade, sais em suspensão, 
gases industriais, poeira etc. O eletrólito 
compõe-se da água que condensa na 
superfície metálica, na presença de sais 
ou gases existentes no ambiente.
( D ) Água 
do mar 
( ) Os produtos químicos, sempre que em 
contato com água ou com umidade, 
podem provocar corrosão eletroquímica.
( E ) Produtos 
químicos
( ) Presença de umidade, sais minerais e 
bactérias. Há solos que apresentam, 
também, características ácidas ou básicas. 
O eletrólito compõe-se, principalmente, 
da água com sais dissolvidos.
27
Capítulo 1. Processos corrosivos
Eletrólito - solução eletricamente condutora constituída de água contendo sais, 
ácidos ou bases.
Oxidação - perda de elétrons ou o aumento do número de oxidação de um 
elemento.
Pilha ou célula de corrosão - tipo de gerador elétrico resultante de reações 
químicas.
1.5. Glossário
28
Alta Competência
ANDRADE, Cynthia de Azevedo. Corrosão em Águas – Petrobras, Rio de Janeiro, 2006.
FREITAS, Nair e SALVADOR Angélica. Manutenção das Facilidades de Produção e 
Dutos através de Boas Práticas de Operação – Petrobras, Rio de Janeiro, 2006.
GENTIL, Vicente. Corrosão - Livros Técnicos e Científicos. 3a Edição. Editora S.A, Rio 
de Janeiro, 1996.
1.6. Bibliografia
29
Capítulo 1. Processos corrosivos
1) Dependendo do tipo de ação do meio corrosivo sobre os materiais metálicos, os 
processos corrosivos podem ser eletroquímicos e químicos. Relacione os processos 
corrosivos com a caracterização de ocorrência de cada um.
( A )
( B )
Processo de corrosão 
eletroquímica
Processo de corrosão 
química
( A ) Necessariamente na presença de água no 
estado líquido.
( A ) Preferencialmente na temperatura am-
biente.
( B ) Interação direta entre o metal e o meio 
corrosivo.
( B ) Temperaturas, em geral, elevadas.
( A ) Formação de uma pilha ou célula de cor-
rosão, com a circulação de elétrons na su-
perfície metálica.
2) Os meios corrosivos em corrosão eletroquímica são responsáveis pelo aparecimento 
do eletrólito. Explique o que é um eletrólito e cite 3 meios corrosivos.
Eletrólito: é uma solução eletricamente condutora constituída de água contendo 
sais, ácidos ou bases.
Meios corrosivos: atmosfera, solo, águas naturais (rios, lagos e do subsolo), água 
do mar e produtos químicos.
3) Complete a segunda coluna de acordo com o meio corrosivo da primeira.
( A ) Atmosfera ( D ) Presença de quantidade apreciável de sais. Devido 
à existência acentuada de sais, a água do mar é 
um eletrólito poderoso. Outros constituintes 
como gases dissolvidos também podem acelerar os 
processos corrosivos.
( B ) Solos ( C ) Presença de sais minerais, ácidos ou bases, resíduos 
industriais, bactérias, poluentes diversos e gases 
dissolvidos. O eletrólito compõe-se da água com 
sais dissolvidos.
( C ) Águas 
naturais 
( A ) Presença de umidade, sais em suspensão, gases 
industriais, poeira etc. O eletrólito compõe-se da água 
que condensa na superfície metálica, na presença de sais 
ou gases existentes no ambiente.
( D ) Água 
do mar 
( E ) Os produtos químicos, sempre que em contato 
com água ou com umidade, podem provocar 
corrosão eletroquímica.
( E ) Produtos 
químicos
( B ) Presença de umidade, sais minerais e bactérias. Há solos 
que apresentam, também, características ácidas ou bá-
sicas. O eletrólito compõe-se, principalmente, da água 
com sais dissolvidos.
1.7. Gabarito
PRefáCIo
C
ap
ít
u
lo
 2
Medição 
do potencial 
eletroquímico
Ao final desse capítulo, o treinando poderá:
• Identificar as atividades referentes ao processo de 
medição do potencial eletroquímico;
• Explicar o processo de formação de uma pilha de corrosão 
e seu papel na corrosão e na proteção de equipamentos 
metálicos.
32
Alta Competência
33
Capítulo 2 - Medição do potencial eletroquímico
2. Medição do potencial eletroquímico
Muitas vezes, fala-se que um equipamento sofreu corrosão porque se formou uma pilha. Mas o que significa isso e de que forma ocorre?
Este conhecimento é fundamental para a compreensão do papel da 
pilha na corrosão e na proteção dos equipamentos. 
As pilhas eletroquímicas são de grande importância no estudo da 
corrosão. Para entender o papel da pilha na corrosão e na proteção dos 
equipamentos, é necessário primeiramente conhecer os componentes 
básicos de uma pilha, bem como as reações químicas envolvidas. A 
corrosão pode ser definida como sendo a destruição eletroquímica 
de materiais metálicos por reação com o meio ambiente. Deste 
modo, a corrosão é a transformação química destrutiva de um metal 
ou uma liga metálica, que ocasiona ou é ocasionada por um fluxo 
de elétrons. Para que uma corrente elétrica ou um fluxo de elétrons 
escoe, é necessária a existência de um circuito elétrico completo. 
No caso de um sistema de corrosão, este circuito é constituído dos 
seguintes componentes:
Anodo: eletrodo em que há • oxidação (corrosão) e onde a corrente, 
na forma de íons metálicos positivos, entra no eletrólito;
Eletrólito• : é o condutor (normalmente líquido), contendo íons 
que transportam a corrente para o catodo;
Catodo: eletrodo em que há • redução e onde a corrente sai 
do eletrólito;
Circuito metálico: é a ligação metálica entre o anodo e o • 
catodo, por onde escoam os elétrons no sentido anodo-catodo. 
34
Alta Competência
Agora, já é possível perceber que pilha ou célula eletroquímica é 
um dispositivo que transforma energia química em energia elétrica. 
Isto é conseguido, por meio de uma reação de oxirredução, com o 
oxidante (anodo) e o redutor (catodo) separados em compartimentos 
diferentes, de modo que o redutor seja obrigado a entregar os elétrons 
ao oxidante através de um circuito externo (fio). Quando dois metais 
diferentes estão em contato e imersos em um meio condutor temos 
aí uma pilha eletroquímica e um dos metais sofrerá corrosão.
Se qualquer um desses componentes for retirado, eliminamos a pilha 
e, conseqüentemente, diminuímos a probabilidade da ocorrência de 
processo corrosivo.
Observe a ilustração a seguir que representa um esquema de 
pilha eletroquímica:Anodo
Catodo
Ponte 
salina
Fio condutor
e
Esquema representativo de uma pilha
O que ocorre é a formação de uma pilha de corrosão através da cessão 
de elétrons de uma região para outra. A espécie química que cede 
(perde) os elétrons sofre oxidação e o local em que ocorre a oxidação 
(corrosão) é chamado de anodo. 
As reações na área anódica (anodo da pilha de corrosão) são reações 
de oxidação. 
Seja um metal M imerso em água. Se esse metal M tiver tendência 
a se solubilizar em água, ele passará para a água sob a forma do 
íon M+n.
35
Capítulo 2 - Medição do potencial eletroquímico
Deste modo, o metal M fica carregado com elétrons e tem tendência 
a fornecê-los. 
Assim: 
M→ M n+ + ne-
Onde:
M = símbolo do elemento químico principal na composição química 
do metal;
M n+ = símbolo do cátion do elemento químico M;
n = número de oxidação do metal M;
eˉ = elétron.
A reação mais importante e responsável pelo desgaste do material é 
a de passagem do metal da forma reduzida (M) para a iônica (M n+).
Exemplos de reações de oxidação (responsável pelo desgaste 
do material):
Na → Na + + eˉ
Fe → Fe 2+ + 2eˉ
Al → Al 3+ + 3e ˉ
Zn → Zn 2+ + 2e ˉ 
Por outro lado, a espécie química que ganha os elétrons sofre redução 
e o local onde ocorre a redução é chamado de catodo. 
As reações na área catódica (catodo da pilha de corrosão) são reações 
de redução.
36
Alta Competência
Neste caso, a reação catódica de redução do oxidante assimila elétrons 
cedidos pelo metal e passa para a solução na forma reduzida. Esta 
reação transfere cargas elétricas da solução para o metal, ou seja, 
gera uma corrente elétrica que atravessa a interface catódica. 
O íon Xn+ tem uma tendência espontânea para receber os elétrons 
cedidos pelo elemento M na reação de oxidação. 
Assim: 
Xn+ + neˉ → X
Onde:
X n+ = símbolo do cátion com prioridade de descarga presente no 
meio;
n = número de elétrons descarregados;
eˉ = elétron;
X = símbolo do átomo do cátion descarregado.
As reações de redução são realizadas com íon do meio corrosivo ou, 
eventualmente, com íons metálicos da solução.
As reações catódicas mais comuns nos processos corrosivos são:
2H + + 2eˉ → H2 - ocorre em meios neutros ou básicos;
4H + + O2 + 4eˉ → 2H2O - ocorre em meios ácidos;
2H2O + O2 + 4eˉ → 4OH - - ocorre em meios neutros ou básicos.
37
Capítulo 2 - Medição do potencial eletroquímico
Oxidação - é a perda de elétrons ou o aumento do 
número de oxidação de um elemento.
Redução - é o ganho de elétrons ou a diminuição do 
número de oxidação de um elemento.
Reação de oxirredução - é quando há transferência 
de elétrons.
Oxidante - é o elemento ou a substância que provo-
ca oxidações (ele próprio se reduzindo).
Redutor - é o elemento ou substância que provoca 
reduções (ele próprio se oxidando).
ImpOrTANTE!
A pilha é caracterizada por uma diferença de potencial entre seus 
eletrodos, ou seja, Epilha = Ecatodo -Eanodo, onde Ecatodo e Eanodo são os potenciais 
de redução dos eletrodos. Essa diferença aparece quando:
Os eletrodos são constituídos de diferentes substâncias e • 
possuem, portanto, diferentes potenciais;
Os eletrodos são da mesma substância, mas as soluções contêm • 
atividades diferentes;
Os eletrodos são da mesma substância e as soluções contêm • 
atividades iguais, mas os eletrodos estão submetidos a diferentes 
pressões parciais de substâncias gasosas;
Os eletrodos estão a temperaturas diferentes.• 
38
Alta Competência
Onde:
Epilha = diferença de potencial da pilha;
Ecatodo = potencial de redução do catodo;
Eanodo = potencial de redução do anodo.
Nos processos de corrosão, devem ser destacados 3 principais tipos 
de pilhas eletroquímicas, nas quais se verifica que as reações criam, 
espontaneamente, uma diferença de potencial:
Pilha de eletrodos metálicos diferentes;• 
Pilha de concentração;• 
Pilha de temperaturas diferentes.• 
Pilha de eletrodos metálicos diferentes
Tipo de pilha de corrosão que ocorre quando dois materiais diferentes 
estão em contato e mergulhados num mesmo eletrólito. É a chamada 
pilha galvânica.
O metal que tem maior potencial de oxidação é o que funciona como 
anodo da pilha, ou seja, cede elétrons e, portanto, sofre corrosão.
Como exemplo, pode-se ilustrar uma válvula constituída de liga de 
cobre e zinco (latão) conectada a uma tubulação de aço-carbono 
em presença de água (eletrólito). Nesta condição, a corrosão mais 
acentuada está próximo ao contato aço-carbono-latão, corroendo-se 
preferencialmente o tubo de aço, pois este funciona como anodo da 
pilha formada. 
39
Capítulo 2 - Medição do potencial eletroquímico
Corrosão acentuada
Exemplo de corrosão galvânica em tubo de aço-carbono conectado 
à válvula de latão
O aço ocupa uma posição mais próxima da extremidade anódica 
(corrosão) que o latão na Tabela prática de nobreza em água do mar.
40
Alta Competência
Fonte: G
EN
TIL, 2003, P.24
1. Magnésio
2. Ligas de magnésio
3. Zinco
4. Alclad 38
5. Alumínio35
6. Alumínio 61S
7. Alumínio 63S
8. Alumínio 52
9. Cádmio
10. Aço doce
11. Aço baixo teor liga
12. Aço liga
13. Ferro fundido
14. Aço AISI 410 (ativo)
15. Aço AISI 430 (ativo)
16. Aço AISI 304
17. Aço AISI 316 (ativo)
18. Chumbo
19. Estanho
20. Niquel (ativo)
22. Metal Muniz
23. Latão Amarelo
24. Latão Almirantado
25. Latão Alumínio
26. Latão Vermelho
27. Cobre
28. Bronze
29. Cupro-Níquel 90/10
30. Cupro-Níquel 70/30 (baixo teor de ferro)
31. Cupro-Níquel 70/30 (alto teor de ferro)
32. Níquel (passivo)
33. Inconel (passivo)
34. Monel
35. Hastelloy C
36. Aço AISI 410 (passivo)
37. Aço AISI 430 (passivo)
38. Aço AISI 304 
39. Aço AISI 316 (passivo)
40. Titânio
41. Prata
42. Grafite
43. Ouro
44. Platina
Extremidade anódica
menos nobre (corrosão)
Extremidade Catódica
mais nobre (proteção)
M
ai
o
r 
te
n
d
ên
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a 
a 
co
rr
o
sã
o
M
aio
r n
o
b
resa
Tabela prática de nobreza em água do mar
41
Capítulo 2 - Medição do potencial eletroquímico
Em meio corrosivo aquoso o ferro tem uma maior tendência de 
passar para a solução sob a forma de íons, perdendo elétrons e, 
conseqüentemente, sofrendo corrosão (oxidação) funcionando 
como anodo da pilha, enquanto que o eletrodo de latão funciona 
como catodo.
Outros exemplos particulares de pilhas de eletrodos metálicos 
diferentes são as chamadas pilhas ativa-passiva e de ação local. 
Pilha de concentração
Ocorre nos casos em que os eletrodos, embora de mesma natureza, 
podem originar uma diferença de potencial, ocasionando processos 
de corrosão. Isto acontece quando se tem o eletrodo em contato com 
diferentes concentrações de um mesmo eletrólito ou em contato com 
o mesmo eletrólito, porém, em locais em que os teores dos gases 
dissolvidos são diferentes. No primeiro caso tem-se a chamada pilha 
de concentração iônica e no segundo, a pilha de ação diferencial.
Pilha de temperaturas diferentes
Constituída de eletrodos de um mesmo material metálico, porém os 
eletrodos estão em diferentes temperaturas. Também chamada de 
pilha termogalvânica, responsável pela corrosão termogalvânica.
Costuma ocorrer em material metálico, que apresenta áreas 
diferentemente aquecidas, imerso em eletrólitos. 
ATENÇÃO
A caracterização da região anódica (anodo) e da 
região catódica (catodo) tem um papel fundamental 
na proteção dos equipamentos metálicos. A ligação 
entre materiais metálicos diferentes deve ser 
precedida de consulta à tabela de potenciais de 
eletrodo-padrão a fim de prever a possibilidade 
de caracterização do anodo e do catodo da pilha 
possivelmente resultante antes da elaboração de 
um projeto.
42
Alta Competência
2.1. Potencial de eletrodo
Potencial eletroquímico ou potencial de eletrodo é a 
espontaneidade ou a tendência de uma espécie química adquirir 
elétrons e, desse modo, ser reduzido. Cada espécie tem seu 
potencial intrínseco de redução. 
Para se obter potenciais de eletrodos se atribui um valor arbitrário 
a um deles, que se toma como referência. Os demais são medidos 
verificando-se a diferença de potencialque adquirem quando ligados 
ao eletrodo de referência. O sinal depende do sentido em que ocorre 
a reação do eletrodo. Por convenção, os potenciais de eletrodo 
se referem a semi-reação de redução. O potencial é considerado 
positivo quando a reação que ocorre no eletrodo (em relação ao de 
referência) é a redução, e negativo quando a reação é a oxidação. 
O eletrodo mais comum que se toma como referência para tabular 
os potenciais de eletrodo é o eletrodo padrão ou eletrodo normal de 
hidrogênio, estando este eletrodo em condições padrões, isto é: 
Concentração de H+ (aq) igual a 1 molar;• 
Temperatura igual a 25 • 0C;
Pressão do H• 2 igual a 1atm.
A corrosão de metais ocorre devido à sua tendência a perder elétrons 
quando estes reagem com outras substâncias, ou seja, corrosão é a 
oxidação dos metais.
A maior ou menor tendência a perder elétrons chama-se potencial 
de eletrodo.
A imersão de um metal em solução de seus próprios íons estabelece 
uma diferença de potencial entre a fase sólida e a líquida dada por:
E = Emetal + Esolução
43
Capítulo 2 - Medição do potencial eletroquímico
Onde:
E = diferença de potencial do meio;
Emetal = diferença de potencial do metal;
Esolução = diferença de potencial da solução.
ATENÇÃO
O valor absoluto deste potencial não pode ser medido, 
a menos que se use um eletrodo de referência.
2.2. Eletrodos de referência
Para medir o potencial de eletrodo de qualquer eletrodo liga-se esse 
eletrodo ao eletrodo normal de hidrogênio. Pode-se também acoplar 
o eletrodo em questão a um eletrodo cujo potencial, em relação ao 
de hidrogênio, seja conhecido. 
Além do eletrodo de hidrogênio podem ser usados outros eletrodos 
de referência como, por exemplo, calomelano, prata/cloreto de prata 
e cobre/sulfato de cobre.
A seguir são apresentados alguns eletrodos de referência: 
a) Eletrodo padrão ou normal de hidrogênio 
Utiliza-se uma placa de platina ”esponjosa”, que tem a propriedade 
de reter o gás hidrogênio, deste modo, forma-se uma película de H2 
sobre a platina, por isso, pode-se dizer que o eletrodo é realmente 
de hidrogênio, funcionando a platina apenas como suporte inerte. A 
ilustração a seguir representa um esquema de um eletrodo padrão 
de hidrogênio. 
44
Alta Competência
(1atm)
Platina platinizada
ou negro de platina
Solução de [H+] = 1M
Esquema de um eletrodo padrão de hidrogênio
Este eletrodo é usado apenas em laboratório. Na prática, 
especialmente nas medidas de potências realizadas em proteção 
catódica, utilizam-se os eletrodos de Cu/CuSO4 e Ag/AgCl.
b) Eletrodo de prata/cloreto de prata (Ag/AgCl)
Utilizado nas medições de potenciais em instalações submersas. O 
potencial padrão, em relação ao hidrogênio é + 0,222V. 
Consiste em um fio de platina revestido de prata, que é por sua vez 
convertido parcialmente em cloreto de prata (AgCl) imergindo-se em 
solução de ácido clorídrico diluído. É representado por Ag, AgCl (s) 
|KCl| (aq.). Sua reação de equilíbrio é apresentada a seguir: 
AgCl(s) + e- ⇔ Ag + Cl
c) Eletrodo de cobre/sulfato de cobre (Cu/CuSO4)
Muito empregado para medir, em relação ao solo, o potencial de 
tubulações enterradas, utilizado para estabelecer e controlar sistemas 
de proteção catódica. O potencial padrão, em relação ao hidrogênio 
é + 0,316V.
45
Capítulo 2 - Medição do potencial eletroquímico
Consiste em cobre metálico imerso em solução saturada de sulfato de 
cobre Cu | CuSO4 (sat.), Cu
2+. Sua reação de equilíbrio é representada 
a seguir:
Cu+2 + 2e- ⇔ Cu
Madeira porosa
ou material cerâmico
Solução saturada
de sulfato de cobre
Tubo de plástico
Rolha de borracha
Bastão de cobre
Cristais de CuSO4 . 5H2O
Capa protetora
de borracha
Desenho esquemático: eletrodo de Cu/SO4 
d) Eletrodo de calomelano 
Consiste em mercúrio em contato com cloreto mercuroso, Hg2Cl2, e uma 
solução de cloreto de potássio, KCl. Esse eletrodo é representado por 
Hg, Hg2Cl2 | KCl (aq.) e apresenta a seguinte reação de equilíbrio: 
Hg2Cl2(s) + 2e
- ⇔ 2Hg + 2 Cl
O potencial padrão deste eletrodo, em relação ao eletrodo normal 
de hidrogênio é + 0,280V e, quando um determinado eletrodo tem 
a diferença de potencial de + 0,482V em relação ao calomelano, 
conclui-se que o valor do potencial do eletrodo em relação ao de 
hidrogênio é + 0,762V.
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Alta Competência
Potenciais dos eletrodos de referência, com base no eletrodo 
normal de hidrogênio
Reação do eletrodo Potencial E°H(V)
Hg, Hg2Cl2(s)/KCl(0,1M)
+ 0,3337
Hg, Hg2Cl2(s)/KCl(1M)
+ 0,2800
Hg, Hg2Cl2(s)/KCl(SAT.)
+ 0,2415
Ag,AgCl(s)/KCl(0,1M) + 0,2881
Ag,AgCl(s)/KCl(1M) + 0,2224
Cu/CuSO4(sat.),Cu+2 + 0,3180
Potenciais de eletrodo padrão
Reação do eletrodo Potenciais de redução E0 (V)
Au+ + e- = Au + 1,68
Pt+2 + 2e- = Pt + 1,20
Hg+2 + 2e- = Hg + 0,85
Ag+ + e- = Ag + 0,80
Cu+2 + 2e- = Cu + 0,34
2H+ + 2e- = H2 0,00
Pb+2 + 2e- = Pb - 0,13
Sn+2 + 2e- = Sn - 0,14
Ni+2 + 2e- = Ni - 0,25
Cd+2 + 2e- = Cd - 0,40
Fe+2 + 2e- = Fe - 0,44
Zn+2 + 2e- = Zn - 0,76
Mg+2 + 2e- = Mg - 2,34
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Capítulo 2 - Medição do potencial eletroquímico
Para fins práticos, usam-se os seguintes valores no estado padrão:
T=298K (25oC é a temperatura mais usada para medidas 
eletroquímicas);
R=8314 J.K-1.mol-1 ( Constante dos gases perfeitos); 
[substância. pura sólida]= 1 (Convencionalmente, para um metal 
puro, no estado sólido, a atividade é unitária).
2.3. Potenciais de eletrodo irreversíveis (potencial de corrosão)
Na prática, não existe um estado padrão, mas sim um metal em 
contato com solução contendo íons metálicos diferentes dos seus. 
Para o caso do ferro em solução de cloreto de sódio (NaCl), pode-
se admitir inicialmente a oxidação do ferro conforme mostrado na 
reação a seguir:
(Fe ⇒ Fe+2 + 2e-) (1)
Que não chega a formar um eletrodo reversível (equilíbrio), onde 
cessaria o processo de oxidação do metal. O ferro vai se oxidando, ou 
corroendo, porque ocorre também, a reação de redução: 
(H2O + ½ O2 + 2e
- → 2OH-) (2)
O íon hidroxila (OH-) gerado na reação (2) vai reagir com Fe+2 (1), 
formando os produtos insolúveis Fe(OH)2 (3) ou Fe(OH)3 (4) não 
deixando, portanto, que haja Fe+2, em solução, para atingir o 
equilíbrio.
Fe2+ + 2OH- → Fe(OH)2 (3)
2Fe(OH)2 + ½ O2 + H2O → 2Fe(OH)3 (4) 
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Alta Competência
Torna-se então necessário conhecer os potenciais medidos nessas 
condições. Esses potenciais são chamados de potenciais de eletrodos 
irreversíveis (potencial de corrosão), ou seja, potenciais dos sistemas 
para os quais as condições conhecidas não permitem definir a 
natureza do fenômeno reversível. O potencial real do ferro nesta 
solução deve ser medido experimentalmente e é chamado de 
potencial de corrosão.
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Capítulo 2 - Medição do potencial eletroquímico
1) As reações que ocorrem nos processos de corrosão eletroquímica 
são reações de oxidação e redução. Explique cada uma e apresente 
respectivamente as reações anódicas e catódicas.
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2) Dentre os itens abaixo, marque somente as sentenças que 
estão corretas:
( ) Potencial eletroquímico ou potencial de eletrodo é a 
espontaneidade ou a tendência de uma espécie química 
adquirir elétrons e, desse modo, ser reduzido. Cada espécie 
tem seu potencial intrínseco de redução.
( ) A corrosão de metais ocorre devido à sua tendência a perder 
elétrons quando estes reagem com outras substâncias, ou 
seja, corrosão é a oxidação dos metais.
( ) Eletrodo de referência é a forma de se medir o potencial de 
um eletrodo através de sua ligação a um segundo eletrodo 
tomado como referência.
( ) O potencial é considerado positivo quando a reação que 
ocorre no eletrodo (em relação ao de referência) é a oxida-
ção e negativo quando é a redução. 
3) Explique como se forma uma pilha, e qual o

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