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Expressionismo: Vanguarda Artística do Século XX

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Expressionismo
Carolina Marques
Expressionismo é o nome de uma vanguarda artística europeia do início do século XX.
Esse movimento artístico está entre os primeiros representantes das vanguardas históricas e talvez, o primeiro a focar em aspectos subjetivos, valorizando a expressão emocional do ser humano
O expressionismo é um movimento artístico de vanguarda ocorrido no início do século XX, no contexto que envolveu a Primeira Guerra Mundial. Em franca oposição ao impressionismo, esse movimento é caracterizado pela irracionalidade e pelo individualismo, além de apresentar uma visão pessimista da realidade, de forma a realizar uma deturpação do real.
A estética expressionista pode ser identificada em variados tipos de expressão artística, porém, na pintura, ela foi mais marcante. Na Europa, seu principal representante é Edvard Munch, com sua famosa obra O grito. No Brasil, pintores modernistas, como Candido Portinari e Tarsila do Amaral, também produziram obras com influência expressionista. Já na literatura, nomes como Thomas Mann e Mário de Andrade escreveram obras com traços expressionistas.
· Contexto histórico e origem do expressionismo
O início do século XX foi marcado pelo uso de inovações tecnológicas, como o telefone, o telégrafo sem fio, o automóvel e o avião, que permitiam uma comunicação e um transporte mais rápidos. Um novo mundo, caracterizado pela tecnologia e pela velocidade, era apresentado à população. A teoria da relatividade, de Albert Einstein (1879-1955), e o surgimento da psicanálise, com Sigmund Freud (1856-1939), ampliavam a forma como até então eram entendidos o tempo, o espaço e a mente humana.
Portanto, era uma época de incertezas, caracterizada pelo questionamento de verdades até então consideradas inquestionáveis, o que sugeria que havia muito mais ainda a ser descoberto e que o novo século era um mar de possibilidades. Porém, além desse movimento científico e intelectual, havia também a tensão entre as grandes potências, que buscavam manter, cada uma, a sua hegemonia.
Nesse contexto, surgiram as vanguardas europeias, isto é, movimentos de que questionavam os valores acadêmicos até então defendidos na arte. Cada um desses movimentos pretendia trazer uma nova perspectiva artística, um jeito novo de se fazer arte, em oposição àquele considerado tradicional. Entre eles, estava o expressionismo, nascido na Alemanha, em 1910, mas que acabou sendo influenciado, também, pelos eventos da Primeira Guerra Mundial.
Como outros movimentos de vanguarda, o expressionismo também lançou um manifesto. O Manifesto Expressionista foi divulgado em 1918 e assinado por Kasimir Edschmid (1890-1966). Nesse documento, ele defende que a estética expressionista é resultado da experiência pessoal do artista associada à busca por algo novo. A originalidade da obra, então, está na percepção individual (portanto, única) da realidade.
Características do expressionismo
O expressionismo é um movimento artístico que se opõe ao impressionismo e defende a perda do controle consciente no ato da criação para que a realidade seja transformada pela expressão (visão) particular do artista. Assim, apresenta estas características:
· Focaliza o lado obscuro da humanidade;
· Revela angústia existencial e medo;
· É antipositivista, pois defende o irracionalismo;
· Valoriza a intuição em vez da razão;
· Expressa uma percepção individual da realidade;
· Valoriza a subjetividade em vez da objetividade;
· Tem caráter pessimista e trata de temas como a solidão;
· Realiza a distorção da realidade;
· Defende a liberdade individual;
· Procura mostrar a miséria da espécie humana;
· Valoriza o aspecto metafísico.
O expressionismo exerceu influência sobre vários autores, em diversas áreas artísticas, tais como:
Arquitetura:
· Bruno Taut (1880-1938): Pavilhão de vidro (1914).
· Erich Mendelsohn (1887-1953): Complexo Woga (1926-1931).
· Fritz Höger (1877-1949): Chilehaus (1922-1924).
Escultura:
· Ernst Barlach (1870-1938): Tenham piedade! (1919).
· Wilhelm Lehmbruck (1881-1919): Mulher ajoelhada (1911).
Pintura:
· Edvard Munch (1863-1944): O grito (1893)|1|.
· Käthe Kollwitz (1867-1945): A viúva I (1921).
Literatura:
· Thomas Mann (1875-1955): Doutor Fausto (1947).
· James Joyce (1882-1941): Ulysses (1922).
· Alfred Döblin (1878-1957): Berlin Alexanderplatz (1929).
· Rainer Maria Rilke (1875-1926): Cartas a um jovem poeta (1929).
· Georg Kaiser (1878-1945): Os burgueses de Calais (1913).
Cinema:
· Robert Wiene (1873-1938): O gabinete do Dr. Caligari (1920).
· Fritz Lang (1890-1976): Metrópolis (1927).
· Friedrich Wilhelm Murnau (1888-1931): Nosferatu (1922).

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