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APOSTILA DE GRAMATICA BASICA

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Julia Silva
 
APOSTILA DE GRAMATICA BASICA
SANTOS, J.S.
1. INTRODUÇÃO 
Modos de organização da composição textual
Para ser feita uma boa interpretação de texto deve-se levar em conta a relação entre o texto e o conhecimento do leitor:
· Conhecimento linguístico (domínio do idioma)
· Conhecimento textual (tipos/gêneros)
· Conhecimento de mundo (cultura geral) 
OBS: O conhecimento prévio utiliza vários tipos de conhecimentos para interpretação correta do texto.
Na interpretação de um texto é muito importante conhecer o contexto em que ele foi escrito, já que este corresponde ao momento de sua produção, às situações externas que podem ter influenciado o autor, ou seja, à totalidade das informações que circundam o texto. 
· Histórico – Tempo/momento histórico
· Geográfico – Localização
· Social – Questões sociais
· Cultural – Relacionado ao local/tempo/situação 
· Emocional – Emoções 
Informações explicitas x implícitas 
Informações explicitas são aquelas que são apresentadas claramente/nitidamente no texto. Já as informações implícitas são aquelas que são apresentadas de maneira indireta sendo decifráveis por meio de alguns indicadores gramaticais que podem ser:
· Conjugação verbal
· Classificação das conjunções
· Classificação dos advérbios
· Adjetivos
· Classificação de orações subordinadas
· Imagens que acompanhem um texto ou enunciado de questão
Denotação x Conotação
a denotação e a conotação dizem respeito às variações de significado que ocorrem no signo linguístico — elemento que representa o significado e o significante. Em outras palavras, podemos dizer que nem sempre os vocábulos apresentam apenas um significado, podendo apresentar uma variedade deles de acordo com o contexto em que são empregados. Por exemplo: 
‘Soltaram os cachorros’ pode ser empregada no sentido literal (denotativo) como também no sentido figurado (conotativo) dando a entender que alguém ficou muito bravo.
Texto Verbal x Texto não verbal
Para uma boa interpretação é importante se identificar os tipos de textos existentes: 
· Texto Verbal - construção de um enunciado de composição linguística, sintática e semântica - LINGUAGEM VERBAL.
· Texto não verbal - sentido transmitido por meio da linguagem visual - IMAGEM/ CÓDIGO/ SÍMBOLO
· Texto verbal e não verbal - Linguagem MISTA
Partindo da identificação do tipo de texto, se observa quais os elementos da narrativa. Uma narrativa tem como elemento central a ação de contar histórias, deriva do gênero épico, definido na Antiguidade clássica, por Aristóteles.
Segue uma estrutura onde há apresentação (situação inicial), o desenvolvimento (climas/conflito) e o desfecho (retorno a situação inicial). Com isso podemos identificar os elementos presentes como o narrador (voz narrativa 1°/3° pessoa), o personagem (faz as ações), o tempo (data/época), o espaço (cenários/ambiente) e o enredo (história central). 
O que define o texto como narração é a presença de um narrador que conta uma história. De acordo, com a escolha da pessoa do discurso o narrador assume um papel na história. Tipos de narrador:
· Observador – 3° pessoa: não faz parte da ação;
· Onisciente – 3° pessoa: sabe tudo que acontece na história;
· Personagem – 3° pessoa: participa da história.
Além disso, o espaço na narrativa pode marcar o lugar específico geográfico, cenário, mas pode marcar também o ambiente social/ emocional, e também a atmosfera, por exemplo, em um conto de humor ou de terror.
As palavras que contribuem para a identificação de lugar são os advérbios, locuções adverbiais, os adjetivos que caracterizam o lugar.
Outro elemento que compõe o texto narrativo é o tempo. A marcação do tempo garante a coerência da sequência de ações – marcadores temporais. Quanto a isso é importante diferenciar:
Tempo da narrativa x Tempo na narrativaMomento
Duração
Tempo cronológico: tempo linear, que seque uma sequência;
Tempo psicológico: não linear
· Recursos: Sumario – redução de informações 
· Analepse - flash back 
· Prolepse – algo que vai ocorrer (ex: suspense)
Os personagens são responsáveis por dar vida às ações da narrativa. Na análise do texto é importante notar o quanto a descrição ou não sobre o personagem pode interferir no curso da história. Sendo assim, há algumas classificações possíveis de serem observadas, como: tipos de personagens; caracterização do personagem; análise sobre o personagem.
	TIPOS
	CARACTERIZAÇÃO
	ANALISE
	Protagonista
	Individuo
	Plana
	Antagonista
	Caricatura
	Esférica
	Secundário
	Tipo
	- 
· Protagonista: personagem principal;
· Antagonista: personagem importante que realiza ações contrárias ao personagem;
· Secundária - personagem de importância secundária na história;
· Indivíduo: personagem com características muito pessoais e marcantes;
· Caricatura: personagem com características exageradas;
· Tipo: personagem com características que representam um grupo específico da sociedade, como profissões. 
· Personagem plana: características facilmente identificadas.
· Personagem esférica: apresenta características profundo-complexas.
Outras classificações dos tipos de textos são:
Dissertativo: Consiste na exposição de ideias e opiniões sobre determinado assunto – possui caráter cientifico;
Argumentativo: Componente de um texto dissertativo, onde tem como objetivo explorar ideias para convencer/argumentar – ex.: sermões, artigos, crônicos;
Descritivo: Consiste em caracterizar ou representar algo ou alguém, de forma subjetiva (parcial/ opinião pessoal) ou objetiva (imparcial/ sem interferência pessoal) – ex.: perfil, biografia, legenda. 
2. VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 
A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua em relação às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe).
Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos históricos, sociais, culturais, geográficos, entre outros.
Tipos de Variações 
Variação Fônica: Variação quanto ao SOM de uma palavra.
Exemplos
· Supressão do R ao final dos verbos:
FALAR – FALÁ
VENDER – VENDÊ
· Inclusão de letras que não deveriam estar ali:
VOAR – AVOAR
LEMBRAR – ALEMBRAR
· Abreviações indevidas:
VOCÊ – OCÊ
ESTÁ – TÁ
· Inversão no posicionamento das letras:
LAGARTIXA – LARGATIXA
ESTUPRO – ESTRUPO
Variação Morfológica: Variação quanto à GRAFIA de uma palavra.
Exemplos
· Duzentas gramas de presunto.
· Quando nos referimos a peso, deve-se usar o numeral no masculino:
· Duzentos gramas de presunto.
Variação Léxica: Conjunto de palavras que usamos para nos expressar.
· Arcaísmo: utilização de palavras que já caíram em desuso.
Ex: reclame (comercial), broto (para referir-se a alguém bonito).
· Neologismo: palavras recém criadas.
Ex: escanear, deletar.
· Estrangeirismo: utilizar palavras de outro idioma em meio à nossa língua.
Ex: feeling (sensação), feedback (posicionamento).
· Jargão: palavras utilizadas por determinados grupos, principalmente profissionais, sendo desconhecidas pela maioria das pessoas e causando ruídos na comunicação.
Ex: furo (utilizada por jornalistas para indicar uma noticia em primeira mão).
· Gíria: palavras ou expressões usadas por certos grupos, principalmente de jovens, e que algumas pessoas, principalmente as de gerações passadas ou de localidades diferentes da nossa (outra cidade, estado, país) podem não compreender, atrapalhando a comunicação também.
Ex: cara! meu! mano!
· Preciosismo: uso de palavras muito rebuscadas, enfeitadas.
Ex: discrepar (em vez de discordar)
· Vulgarismo: utilização de palavras “vulgares” realmente, que poderiam ser substituídas por outras.
Ex: de saco cheio (que poderia ser trocado por aborrecido, cansado, etc.)
Tipos de Variantes
Variação geográfica ou diatópica: Está relacionada com o local em que é desenvolvida, tal como as variações entre o português do Brasil e de Portugal, chamadas de regionalismo.
Variação histórica ou diacrônica: Elaocorre com o desenvolvimento da história, tal como o português medieval e o atual.
Variação social ou diastrática: É percebida segundo os grupos (ou classes) sociais envolvidos, tal como uma conversa entre um medica e um paciente.
Variação situacional ou diafásica: Ocorre de acordo com o contexto, por exemplo, situações formais e informais.
3. VERBO
O verbo é a classe de palavras que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza e possui inúmeras flexões, de modo que a sua conjugação é feita mediante as variações de pessoa, número, tempo, modo, voz e aspeto.
Modos Verbais
Os Modos Verbais (indicativo, subjuntivo e imperativo) indicam as maneiras como os verbos se expressam:
· Indicativo - exprimem fatos, certezas. Exemplo: Discursa muito bem.
· Subjuntivo - exprimem desejos, possibilidades, dúvidas. Exemplo: Talvez discurse bem esta noite.
· Imperativo - exprime ordens, pedidos. Exemplo: Discurse como ele!
Modo Indicativo
O modo indicativo manifesta ações habituais, bem como expressa tanto fatos presentes, como passados ou futuros.
Exemplos:
· Caminho todas as manhãs. (acontece)
· Caminhei ontem à noite. (aconteceu)
· Caminharei sábado à tarde. (acontecerá)
Modo Subjuntivo
O modo subjuntivo manifesta desejos ou hipóteses no tempo presente, bem como no passado e no futuro.
Exemplos:
· Espero que chova durante toda a noite. (desejo presente)
· Se chovesse, as plantas estariam regadas. (hipótese passada)
· Quando chover o caso estará resolvido. (possibilidade futura)
Modo Imperativo
O modo imperativo manifesta ordens ou pedidos de forma afirmativa e também de forma negativa.
Exemplos:
· Ajude a senhora a atravessar a rua. (imperativo afirmativo)
· Não ajude aqueles malandros! (imperativo negativo)
Tempos Verbais
Os modos do indicativo e do subjuntivo admitem uma subdivisão por tempo. Temos o seguinte:
Do indicativo
· Presente: Expressa um fato atual. Ex: Eu estudo nesta escola.
· Pretérito Imperfeito: Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado. Ex: Ele estudava aqui.
· Pretérito Perfeito: Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. Ex: Ele estudou aqui.
· Pretérito-Mais- Que-Perfeito: Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Ex: Ele já estudara aqui quando os amigos chegaram.
· Futuro do Presente: Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. Ex: Ele estudará as lições amanhã.
· Futuro do Pretérito: Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Ex: Se eu tivesse tempo, estudaria mais.
 Do subjuntivo (QUE e SE)
· Presente: Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. Ex: É conveniente que estude para o exame.
· Pretérito Imperfeito: Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido. Ex: Eu esperava que ele vencesse o jogo.
· Pretérito Perfeito: Expressa um fato totalmente terminado num momento passado. Ex: Embora tenha estudado bastante, não passou no teste.
· Pretérito Mais-Que-Perfeito: Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Ex: Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames.
· Futuro do Presente: Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado antes de outro fato futuro. Ex: Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.Correlação verbal
Correlação verbal é a articulação entre os tempos e modos verbais, já estudados. A correta correlação contribui para o entendimento do que está sendo dito, inclusive desfazendo ambiguidades. Abaixo algumas correlações verbais corretas:
· Pretérito Perfeito do Indicativo + Pretérito mais que Perfeito do Indicativo
Ex: Victor comeu a comida que pusera no prato.
Aqui, o verbo pôr está no Pretérito mais que Perfeito do Indicativo, indicando uma ação que ocorreu anteriormente à representada pelo verbo comer, o qual está no Pretérito Perfeito do Indicativo.
· Futuro do Presente do Indicativo + Futuro do Subjuntivo
Ex: Contarei a novidade quando ela estiver.
Neste caso, o verbo contar, no Futuro do Presente do Indicativo, indica uma ação que ocorrerá futuramente, mas que depende de outra, representada pelo verbo estar, no Futuro do Subjuntivo.
· Futuro do Pretérito do Indicativo + Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Ex: Eu contaria a novidade se ela estivesse aqui.
O verbo contar, no Futuro do Pretérito do Indicativo, enuncia um fato que pode ocorrer no futuro, com a condição de que algo aconteça antes, como o representado pelo verbo estar, no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.
· Presente do Indicativo + Presente do Subjuntivo
Ex: Exijo que ele esclareça o ocorrido.
Tanto o verbo exigir quanto o esclarecer apresentam ações ocorridas no presente, estando os verbos no Presente do Indicativo e Presente do Subjuntivo respectivamente.
4. PRONOME
Os pronomes representam a classe de palavras que substituem ou acompanham os substantivos.
Ele tem a função de relacionar o substantivo a uma das três pessoas do discurso (quem fala, com quem se fala e de quem se fala), podendo ainda indicar a posse de um objeto ou sua localização.
Os pronomes são divididos em 7 tipos:
· Pronomes Pessoais: Substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Subdivididos em:
· Pessoais do Caso Reto: eu, tu, ele, nós vós, eles. Ocupam o lugar do sujeito na oração.
· Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo: substituem os substantivos e complementam os verbos.
· Exemplo: Está comigo seu caderno.
· Pronomes Possessivos: Indicam posse. São eles: meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa.
· Exemplo: Essa caneta é minha?
· Pronomes Demonstrativos: Explicitam a posição de uma palavra em relação a outras, situando em relação a TEMPO, ESPAÇO e DISCURSO. São eles: esse(a), este(a), aquele(a), aquilo, isso, isto...
· Pronomes demonstrativos variáveis: são aqueles flexionados (em número ou gênero), ou seja, são os que sofrem alterações na sua forma. Por exemplo: esse, este, aquele, aquela, essa, esta;
· Pronomes invariáveis são aqueles que não são flexionados, ou seja, que nunca sofrem alterações. Por exemplo: isso, isto, aquilo.
· Exemplo: Essa camisa é muito linda.
· Pronomes de tratamento são termos respeitosos empregados normalmente em situações formais.
· Exemplo: A senhora deixou o casaco cair na rua.
· Pronomes Indefinidos: Se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade indeterminada.
· Variáveis: algum(a)(s), nenhum(a)(s), todo(a)(s)...
· Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, nada...
· Exemplo: Nenhum vestido serviu na Antônia.
· Pronomes Relativos: Indicam uma relação com um termo antecedente: que, quem, onde, como, o(a) qual, os(as) quais, cujo,
· Exemplo: Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos.
· Pronomes Interrogativos: São utilizados em frases interrogativas diretas ou indiretas: que, quem, qual, quanto...
· Exemplo: Quanto custa a entrada para o cinema?
Uso dos pronomes relativos
Que: Aplica-se a pessoas ou coisas – Ex: Ela é a mulher que amei durante muitos anos;
O qual: Aplica-se para evitar duplo sentido - Ex: Não conheço o irmão da menina o qual se acidentou (Se usássemos QUE não saberíamos ao certo se quem se acidentou foi a menina ou o irmão);
Quem: Aplica-se a pessoas, e quando acompanhando um Verbo Transitivo Direto, sempre será acompanhado pela preposição A, resultando num Objeto Direto Preposicionado. Quando acompanhando um Verbo Transitivo Indireto, será antecedido pela preposição exigida por este - Ex: Ele é o professor a quem mais admiro (VTD);
Cujo: Indica posse, sendo o termo antecedente denominado possuidor, e o termo consequente denominado possuído, sendo que com este último o pronome concordará em gênero e número - Ex: Esta é a árvore cujas flores brotam anualmente;
Onde: Refere-se a lugar - Ex: Não conheço a cidade onde nasceu meu pai.
Quanto: Aplica-se a pessoas ou coisas e aparece após os pronomes indefinidos TANTO, TODO E TUDO - Ex: Naquele país há tantas belezas quantas você possaimaginar.
Como: É classificado como pronome relativo quando aparece após os termos MODO, MANEIRA ou FORMA - Ex: Note o modo como ela escreve.
Quando: É classificado como pronome relativo quando antecedido por um nome que dê ideia de tempo, equivalendo a EM QUE - Ex: Bendita a hora quando você apareceu!
Próclise
A próclise acontece quando o pronome é colocado ANTES do verbo. Ocorre nos seguintes casos:
· Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, etc. 
· Ex: Nada me perturba.
· Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que, etc.
· Ex: Quando se trata de comida, ele entende.
· Com advérbios. 
· Ex: Aqui se tem paz.
· Com pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.
· Ex: Alguém me ligou? (indefinido)
· A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
· Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)
· Em frases interrogativas. 
· Ex: Quanto me cobrará pela tradução?
 
· Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM. 
· Ex: Em se tratando de beleza, ele é campeão.
Mesóclise
A mesóclise acontece quando o pronome é colocado NO MEIO do verbo. Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, ...) ou no futuro do pretérito (ia acontecer, mas não aconteceu – amaria, amarias, ...). 
Ex: Convidar-me-ão para a festa.
Ênclise
A ênclise acontece quando o pronome é colocado DEPOIS do verbo.
· Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.
· Ex:Tornarei-me. (errada)
· Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa. 
· Ex: Entregar-lhe (correta)
5. NUMERAL
Numeral é a classe de palavra variável (flexionadas em número e gênero) encarregada de determinar a quantidade de pessoas, objetos, coisas ou o lugar ocupado numa dada sequência.
Classificação dos Numerais
Os numerais são classificados em cinco tipos, a saber:
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico as quais adjetivam uma quantidade, sendo que alguns deles variam em gênero. 
Ex: um, dois, mil.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Importante destacar que alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. São palavras que variam em gênero.
Ex: primeiro, segundo centésimo.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres, a diminuição das proporções numéricas. 
Ex: meio, terço.
Coletivos
Número exato que faz referência a um conjunto de seres.
Ex: Uma dúzia, uma dezena, uma centena.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada.  Os multiplicativos são numerais, flexionados em gênero e número quando atuam em função adjetiva, e, do contrário, são invariáveis (função substantiva).
Ex: dobro, triplo, quíntuplo.
Dessa forma, de acordo com sua função, os numerais podem apresentar valor de substantivo ou adjetivo, sendo classificados em:
· Numerais substantivos: caracterizados pelos numerais multiplicativos, esses numerais podem substituir outros substantivos. Exemplo: Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo da produção.
· Numerais adjetivos: são os numerais cardinais, ordinais, coletivos e fracionários, os quais modificam o substantivo, indicando valor adjetivo. Exemplo: Essa carne é de segunda (indica a qualidade da carne).
6. ADVERBIO
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. A maioria dos advérbios modifica o verbo. Apenas os de intensidade é que modificam também os adjetivos e advérbios. Em análise sintática, o advérbio exerce a função de adjunto adverbial.
OBS: Os advérbios terminados com o sufixo -mente são derivados de adjetivos, e chamados de advérbios nominais. Quando utilizamos mais de um advérbio nominal numa mesma frase, o sufixo -mente é colocado apenas após o último: Ele falou calma e respeitosamente.
Classificação dos Advérbios
De acordo com a circunstância que os advérbios exprimem nas frases, eles podem ser:
· De afirmação: Sim, certamente, realmente, efetivamente...
· De negação: Não, tampouco.
· De dúvida: Talvez, quiçá, acaso, provavelmente, porventura...
· De intensidade: Muito, pouco, bastante, mais, menos, tão, meio, completamente, excessivamente, demais, nada...
· De lugar: Abaixo, acima, aqui, ali, cá, lá, além, aquém, atrás, frente, dentro, fora, perto, longe, diante, adiante, através, onde, aonde...
· De modo: Bem, mal, depressa, devagar, alerta, melhor, pior, calmamente, livremente (e quase todos os advérbios terminados em -mente).
· De tempo: Agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteontem, já, sempre, nunca, jamais, ainda, logo, cedo, tarde, breve, simultaneamente, diariamente...
Flexão dos Advérbios
Os advérbios são considerados palavras invariáveis pois não sofrem flexão de número (singular e plural) e gênero (masculino, feminino); porém, são flexionadas nos graus comparativo e superlativo.
Grau Comparativo
No Grau Comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de igualdade, inferioridade ou superioridade.
· Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo: Joaquim é tão baixo quanto Pedro.
· Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por exemplo: Joana é menos alta que Sílvia.
· Superioridade:analítico: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por exemplo: Ana é mais alta que Carolina.
· Sintético: formado por "melhor ou pior que" (do que), por exemplo: Paula tirou nota melhor que Júlia na prova.
Grau Superlativo
No Grau Superlativo, o advérbio pode ser:
· Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel fala muito baixo.
· Sintético: quando é formado por sufixos, por exemplo: Isabel fala baixíssimo.
7. ADJETIVO
O adjetivo é uma classe de palavras que atribui características aos substantivos, ou seja, ele indica suas qualidades e estados.
Classificação quanto ao tipo
Simples: Formado por um só radical. 
Ex: escuro.
Composto: Formado por mais de um radical.
Ex: azul-escuro.
Primitivo: Dá origem a outros adjetivos. 
Ex: magro.
Derivado: Provém de outro adjetivo. 
Ex: magrelo.
Locução adjetiva: expressão que equivale a um adjetivo. Junção de palavras para qualificar a mesma coisa. Geralmente, uma preposição + um substantivo.
Ex: aves da noite = aves noturnas.
O gênero dos adjetivos
Em relação aos gêneros (masculino e feminino), os adjetivos são divididos em dois tipos:
Biformes: têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. 
Ex: mau e má.
Uniformes: têm uma só forma tanto para o masculino quanto para o feminino. 
Ex: homem feliz e mulher feliz.
O número dos adjetivos
Os adjetivos podem estar no singular ou no plural, concordando com o número do substantivo a que se referem. Assim, a sua formação se assemelha à dos substantivos.
Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos simples.
Ex: mau – maus.
Plural dos adjetivos compostos
Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam no singular. 
Ex: paredes verde-claras.
O grau dos adjetivos
Quanto ao grau, os adjetivos são classificados em dois tipos:
1. Comparativo: utilizado para comparar qualidades.
2. Superlativo: utilizado para intensificar qualidades.
Comparativo: pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade:
· Comparativo De Igualdade: Ex 1: Sou tão alto quanto você.
· Comparativo De Superioridade Analítico: Ex 2: Sou mais alto (do) que você.
· Comparativo De Superioridade Sintético: Ex 3: O Sol é maior (do) que a Terra.
· Comparativo De Inferioridade: Ex 4: Sou menos alto (do) que você.
Superlativo: expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo:
· Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada. Apresenta-se nas formas:
· Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Ex: O aluno é muito inteligente.
· Sintética: a intensificaçãoé feita através do acréscimo de sufixos. Ex: O secretário é inteligentíssimo.
· Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode ser:
· De Superioridade: Ex: Clara é a mais bela da sala.
· De Inferioridade: Ex: Clara é a menos bela da sala.
8. ARTIGO
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos.
Classificação dos Artigos
Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. 
Ex: Comprei a casa.
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. 
Ex: Comprei uma casa.
Combinação dos Artigos
É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições.
Observações
Quando o artigo compõe um nome próprio, como é o caso, por exemplo, do jornal O Globo, ou da obra Os Lusíadas, não se deve fazer contração entre preposição e o artigo.
Exemplo: Li a notícia em O Globo.
De algum tempo para cá, os artigos passaram a ser utilizados para enfatizar, evidenciar um termo.
Exemplo: Ele é o cara!
Quando um mesmo artigo se referir a mais de um substantivo, ele concordará com o que estiver mais próximo dele, não com a totalidade.
Exemplo: A quinta e sexta séries não tiveram aula.
9. FUNÇÃO DE LINGUAGEM 
São formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante. Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função fática, função conativa e função metalinguística.
Função Referencial
Também chamada de função informativa, a função referencial tem como objetivo principal informar, referenciar algo. Função correspondente a materiais informativos, como relatórios, cardápios, bulas de remédio, notícias, textos e livros didáticos etc.
EX: Noticia - Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua história.
Função Conativa
Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma linguagem persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. Função correspondente a textos publicitários, propagandas, comerciais de TV, artigos de opinião etc.
EX: Vote em mim! É só até amanhã. Não perca!
Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que se refere a ela mesma, dessa forma, o emissor explica um código utilizando o próprio código, como um poema que fala sobre a arte da poesia; uma gramática, que usa a Língua Portuguesa para falar sobre a própria língua; um dicionário etc.
EX: Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a função metalinguística.
Função Emotiva
Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como objetivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião. Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um caráter pessoal. São correspondentes a diários e cartas pessoais, poemas líricos e textos em 1ª pessoa.
EX: e-mail da mãe para os filhos - Meus amores tenho tantas saudades de vocês… Mas não se preocupem, em breve a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!?
Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no canal de comunicação.
Correspondem às conversas, telefonemas, mensagens de texto etc., em que utilizamos determinados termos focados na manutenção do diálogo, como “né?”, “entendeu?”, “alô” etc.
EX: Conversa telefônica
— Consultório do Dr. João, bom dia!
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível.
— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua preferência?
— Dia 8 está ótimo.
Função Poética 
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do sentido conotativo das palavras. Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a mensagem.
Função correspondente a poemas, letras de música etc.
EX: história sobre a avó - Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.
10. GÊNEROS DIGITAIS 
A evolução do mundo digital possibilitou novos tipos de textos. No entanto, esses textos não são totalmente novos, eles evoluíram de suportes já existentes, mas com as adaptações voltadas à sua realidade específica. Dessas adaptações, podem-se destacar:
· Traços típicos da fala;
· Frases curtas
· Abreviações
A comunicação na internet acabou criando novos gêneros e alterando outros, comprovando que eles estão a serviço dos falantes e às necessidades de seu tempo. Se antes enviávamos cartas, hoje enviamos e-mail, que nada mais é do que uma adaptação virtual que dispensa o papel e a caneta.
Assim como os demais processos de comunicação, nos gêneros digitais também há a presença de interlocução, que, muitas vezes, dependendo do contexto, é explícita, principalmente nas redes sociais. Nesse ambiente, é comum os interlocutores trocarem de papel durante o diálogo, assumindo a função de leitor e simultaneamente de escritor.
Características da linguagem digital 
· Redução drástica dos sinais de pontuação
· Alterações ortográficas
· Excesso de abreviações
· Uso de maiúsculas
Esses aspectos mostram o quanto a linguagem se adequa à situação de comunicação e ao suporte, alterando, inclusive, as regras comuns da norma padrão. Apesar de essas adaptações serem, muitas vezes, consideradas desvios às regras, a comunicação acontece e, portanto, é eficiente.
REFERENCIAS 
AZEREDO, J. C. A. Fundamentos de gramática do português. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000.
BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37.ed. revista, ampliada e atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
BORBA, F. da S. Dicionário gramatical de verbos do português contemporâneo do Brasil. São Paulo: Editora UNESP, 1990.
CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48.ed. revisada. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.
VOTRE, S. J.; NARO, A. J. Mecanismos funcionais do uso da língua. D.E.L.T.A. (São Paulo), v.5, n.2, p.169-84, 1989.

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