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PSICOGÊNESE-DA-LÍNGUA-ESCRITA-2

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1 
 
 
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA 
1 
 
 
Sumário 
 
Sumário ........................................................................................................... 1 
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3 
PSICOGÊNESE DA LINGUA ESCRITA .......................................................... 3 
BURRHUS FREDERIC SKINNER ................................................................. 14 
Caixa de Skinner ........................................................................................ 14 
Duas espécies de aprendizagem ............................................................... 15 
A Máquina de Ensinar ................................................................................ 18 
Materiais Programados (Instrução Programada) ....................................... 19 
Existem 3 níveis de pensamento: .............................................................. 20 
JEAN PIAGET ............................................................................................... 21 
Existem dois pontos principais na sua teoria: ............................................ 21 
LEV VYGOTSKY ........................................................................................... 24 
Vygotsky – Implicações na Educação ........................................................ 26 
Desafios à Teoria de Vygotsky ................................................................... 27 
PIAGET E VYGOTSKY - Diferenças e semelhanças ................................. 27 
AS CONTRIBUIÇÕES DE EMILIA FERREIRO E ANA TEBEROSKY .......... 32 
REFERÊNICAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................. 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto FACUMINAS, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação.Com isso foi criado a FACUMINAS, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética.Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
PSICOGÊNESE DA LINGUA ESCRITA 
 
 
 
Fonte: http://escolaarcadosaber.blogspot.com/2012/01/salmo-11110.html 
Emilia Ferreiro, psicóloga argentina, propôs um novo olhar sobre a alfabetização. 
Suas ideias constituem uma nova teoria, intitulada Psicogênese da Língua escrita. 
Suas pesquisas, realizadas na Argentina e no México, juntamente com Ana 
Teberosky, foram motivadas pelos altos índices de fracasso escolar apresentados por 
estes países. 
 
As pesquisadoras argentinas buscaram, em contato direto com alunos de várias 
partes do continente, a resposta para esse fracasso escolar. Juntando os 
conhecimentos da psicolinguística e a teoria psicológica e epistemológica de Jean 
Piaget, Emília e Ana mostraram como a criança constrói diferentes hipóteses sobre o 
sistema de escrita, antes mesmo de chegar a compreender o sistema alfabético. Suas 
ideias chegaram ao Brasil na década de 80 e, a princípio, foram consideradas, 
erroneamente, como um novo método de alfabetização. 
4 
 
 
Ela afirma que todos os conhecimentos têm uma gênese, explicitando quais são as 
formas iniciais de conhecimento da língua escrita. Por meio de sua teoria, explica 
como as crianças chegam a ser leitores, antes de sê-lo. Ao contrapor-se à concepção 
associacionista da alfabetização, a Psicogênese da Língua Escrita apresenta um 
suporte teórico construtivista, no qual o conhecimento aparece como algo a ser 
produzido pelo indivíduo, que passa a ser visto como sujeito e não como objeto do 
processo de aprendizagem. 
 
Processo este dialético, por meio do qual este indivíduo se apropria da escrita e de si 
mesmo como usuário/produtor da mesma. A partir desta concepção, demonstrou que 
a aprendizagem da escrita não está vinculada à fala e que, mesmo quando a criança 
já estabelece a relação entre fala e escrita, esta relação não é do tipo fonema/grafema. 
 
Os filhos do analfabetismo são alfabetizáveis; não constituem uma população com 
uma patologia específica, que deva ser atendida por sistemas especializados de 
educação; eles têm o direito a serem respeitados, enquanto sujeitos capazes de 
aprender (EMÍLIA FERREIRO, 1986). 
 
Por meio de suas ideias, procura demonstrar que o analfabetismo e o fracasso escolar 
são problemas de dimensões sociais e não consequências de vontades individuais. 
Afirma que a desigualdade social e econômica se manifesta, também, na 
desigualdade de oportunidades educacionais. 
 
Classifica a repetência como a repetição do fracasso e a evasão como expulsão 
encoberta. Propõe, por meio de sua teoria, uma mudança de ponto de vista. Até então, 
os métodos de alfabetização partiam de uma concepção psicológica, em que a 
aprendizagem da leitura e da escrita é realizada de forma mecânica: aquisição de 
técnica para decifrar o texto; resposta sonora a estímulos gráficos. 
 
Com as pesquisas na área da psicolinguística, a partir de 1962, há uma nova visão, 
de que a criança procura ativamente compreender a natureza da língua falada à sua 
volta, formula hipóteses, busca regularidade, ou seja, reconstrói a linguagem. 
 
5 
 
 
Há grande influência de Piaget em sua teoria. Ferreiro concebe a teoria de Piaget 
como uma teoria geral dos processos de aquisição do conhecimento, que é resultado 
da atividade do próprio sujeito e não de métodos ou pessoas, ou seja, o sujeito é 
produtor do seu próprio conhecimento. 
 
No entender de Weisz, em sua teoria, descobre a "história da aprendizagem", ao fazer 
perguntas piagetianas sobre as aprendizagens que, acreditava-se, não eram 
construídas e sim ensinadas, como a aprendizagem da leitura, da escrita, da soma. 
Com isso, muda o enfoque da pergunta, como observamos na afirmação de WEISZ: 
 
Em vez de indagar como se deve ensinar a escrever, ela perguntou como 
alguém aprende a ler e escrever, independente do ensino. Ela considerou 
uma coisa que todos sabiam: que muitas crianças chegam à escola, antes 
do ensino oficial, já alfabetizadas. As crianças leem, mas não estão 
socialmente autorizadas a fazer isso, antes do professor ensinar. Na verdade, 
os meninos trabalham muito para construir esse conhecimento, que acaba 
não reconhecido pela escola (WEISZ, 2000). 
 
APRENDIZAGEM 
 
 Há diversas possibilidades de aprendizagem, ou seja, há diversos fatores que nos 
levam a apresentar um comportamento que anteriormente não apresentávamos. 
Tradicionalmente, a psicologia trabalhou com duas grandes correntes nesse campo 
da aprendizagem: as teorias do comportamentalismo e as teorias cognitivas. 
 
Comportamentalismo 
 
 Nesta teoria a aprendizagem é definida por conseqüências comportamentais e 
enfatiza as condições ambientais como força propulsora da aprendizagem, ou seja, a 
mesma é uma conexão entre um estímulo e uma resposta. 
 
Para esses teóricos aprendemos hábitos, isto é, aprendemos a associação entre um 
estímulo e uma resposta, e aprendemos praticando. Dentro do comportamentalismo 
existem correntes diferentes, tomaremos como base neste trabalhoos cientistas 
6 
 
 
Pavlov, Skinner e Watson. É importante o estudo destes pesquisadores pois suas 
teorias de alguma forma se divergem e ao mesmo tempo se completam. 
 
Pavlov 
 
 No final do século XIX e no início do século XX, um fisiologista russo chamado Ivan 
Pavlov (1849-1936), ao estudar a fisiologia do sistema gastrointestinal, fez uma das 
grandes descobertas científicas da atualidade: o reflexo condicionado. Foi uma das 
primeiras abordagens realmente objetivas e científicas ao estudo da aprendizagem, 
principalmente porque forneceu um modelo que podia ser verificado e explorado de 
inúmeras maneiras, usando a metodologia da fisiologia. 
 
 Pavlov inaugurava, assim, a psicologia científica, acoplando-a à neurofisiologia. Por 
seus trabalhos, recebeu o prêmio Nobel concedido na área de Medicina e Fisiologia 
em 1904. A experiência clássica de Pavlov é aquela do cão, a campainha e a salivação 
à vista de um pedaço de carne. Sempre que apresentamos ao cão um pedaço de 
carne, a visão da carne e sua olfação provocam salivação no animal. Se tocarmos 
uma campainha, qual o efeito sobre o animal? uma reação de orientação. Ele 
simplesmente olha, vira a cabeça para ver de onde vem aquele estímulo sonoro. 
 
Se tocarmos a campainha e em seguida mostrarmos a carne, dando-a ao cão, e 
fizermos isso repetidamente, depois de certo número de vezes o simples tocar da 
campainha provoca salivação no animal, preparando o seu aparelho digestivo para 
receber a carne. A campainha torna-se um sinal da carne que virá depois. Todo o 
organismo do animal reage como se a carne já estivesse presente, com salivação, 
secreção digestiva, motricidade digestiva etc. Um estímulo que nada tem a ver com a 
alimentação, meramente sonoro, passa a ser capaz de provocar modificações 
digestivas 
 
Como Funciona o Reflexo Condicionado 
 
Estímulo -------> Resposta Estímulo Indiferente + Estímulo Incondicionado 
(apresentação da carne) ---------> Resposta Incondicionada 
7 
 
 
Estímulo Indiferente --------> Resposta Condicionada 
 
Explicando melhor: um estímulo indiferente, combinado com um estímulo capaz de 
ativar um reflexo incondicionado, gera uma resposta incondicionada e, depois de 
algum tempo, o estímulo indiferente, por si só, é capaz de provocar resposta que pode, 
então, ser considerada como condicionada. Esses estímulos indiferentes podem vir 
tanto do meio externo (estímulos sonoros, luminosos, olfativos, táteis, térmicos) como 
do meio interno (vísceras, ossos, articulações). 
 
 As respostas condicionadas podem ser motoras, secretoras ou neurovegetativas. 
Podem, pois, ser condicionadas reações voluntárias ou reações vegetativas 
involuntárias. Podemos fazer com que respostas involuntárias apareçam de acordo 
com a nossa vontade, se usarmos o condicionamento adequado. As respostas 
condicionadas podem ser expectadoras (com aumento de função) ou inibidoras (com 
diminuição de função). 
 
Existem diversos exemplos de como se pode modificar, através do condicionamento, 
a fisiologia do animal e do ser humano. Citaremos apenas alguns, para, a partir deles, 
procurar compreender o que poderia ocorrer no momento do efeito placebo. 
 
 A Modificação da Fisiologia Através do Condicionamento Pavlov e seus seguidores 
logo perceberam que o condicionamento era muito poderoso no sentido de alterar 
funções orgânicas. 
 Diversos experimentos comprovaram isso, e abriram um enorme campo de estudos, 
com muitas conseqüências para a aplicação clínica em seres humanos. Por exemplo, 
coloca-se uma sonda retal em um cão e faz-se um enema salino (injeção de água 
salgada). 
 
A presença daquele soluto dentro do intestino provoca, ao fim de algum tempo, 
aumento da diurese (excreção renal de água) para restabelecer o equilíbrio 
hidroeletrolítico. Depois de algumas sessões de administração de enema salino 
através da sonda retal, a mera introdução da sonda retal, sem enema, também 
provoca aumento da diurese. 
 
8 
 
 
Da mesma maneira, se antes de aplicar injeção de insulina em um cão, faz-se com 
que ele ouça sempre um assobio, a hipoglicemia que surge em decorrência da ação 
da insulina passará a surgir, depois de algum tempo, pela simples audição do assobio. 
O metabolismo do animal alterou-se, passando a responder com hipoglicemia a um 
estímulo sonoro que nada tem a ver, em condições normais, com o metabolismo dos 
glicídios. 
 
O Sistema Nervoso Central e os Reflexos Condicionados 
 
 Finalmente, através do que ficou conhecido como a "Teoria Pavloviana da Atividade 
Nervosa Superior", Pavlov e seus discípulos foram os primeiros pesquisadores a 
integrar os estudos da psicologia do aprendizado com a análise experimental da 
função cerebral. Eles mostraram que os reflexos condicionados se originam no córtex 
cerebral, o qual, segundo as palavras de Pavlov, "é o distribuidor primário e 
organizador de todas as atividades do organismo". 
 
Ao longo de vários anos, ele e seus discípulos chegaram às leis básicas que 
governam a operação do córtex cerebral no aprendizado condicionado. 
 
JOHN WATSON 
John Watson, psicólogo americano fundador da corrente behaviorista dentro da 
Psicologia, nasceu em 1878. O pai, violento e desordeiro, abandonou a família 
quando Watson contava 13 anos. Ambicioso e persistente, apesar de pobre 
conseguiu entrar para a Universidade Furman aos 16 anos. 
 
Recebeu o diploma de mestre após cinco anos de estudos, ingressando após na 
Universidade de Chicago para doutorar-se em psicologia em 1903. Mais cinco anos 
e foi nomeado professor de psicologia experimental e comparada na Universidade 
Johns Hopkins, em Baltimore. 
 
Watson estudou as descobertas feitas Ivan Pavlov na mesma época de seu 
doutoramento, e desenvolveu pesquisas semelhantes em biologia, fisiologia e 
comportamento de animais, e também o comportamento da criança, concluindo que 
9 
 
 
o comportamento humano era sob muitos aspectos semelhante ao comportamento 
animal. 
 
Com base nesta constatação e inspirado nas descobertas de Pavlov, criou dentro da 
Psicologia uma nova corrente, o Behaviorismo (Comportamentalismo). Segundo ele, 
o comportamento dos organismos complexos responde a situações de acordo com 
sua rede nervosa, a qual está condicionada pela experiência. Em 1913 ele publicou 
um artigo expondo suas idéias e estabelecendo as bases da nova corrente da 
psicologia, contrária à Psicanálise de Freud, que considerava fantasiosa. 
 
Desprezou também a hereditariedade como responsável por tipos de personalidade, 
que atribuía exclusivamente à experiência e ao condicionamento do comportamento. 
 
Watson defendia uma perspectiva funcionalista para a Psicologia onde o 
comportamento é estudado em função de varáveis do meio e os estímulos levando o 
organismo a darem determinadas respostas e isso em razão do ajuste do organismo 
ao seu meio por meio de equipamentos hereditários e formação de hábitos. 
J. B. Watson (1878-1958) é considerado o autor do behaviorismo, mas é necessário 
que se diga que Watson foi, na verdade, o porta-voz dessa abordagem, devendo ser 
lembrado que antes de Watson, dois pesquisadores deram os primeiros passos dessa 
abordagem: o americano E. L. Thorndike (1874-1949) e o russo Ivan Pavlov (1849-
1936). 
 
O sentido de "Behaviorismo" foi sendo modificado com o correr do tempo e hoje já 
não se entende o comportamento como uma ação isolada do sujeito, mas uma 
interação entre o ambiente (onde o "fazer" acontece) e o sujeito (aquele que "faz"), 
passando o "Behaviorismo" a se dedicar ao estudo das interações entre o sujeito e o 
ambiente, e as ações desse sujeito (suas respostas) e o ambiente (os estímulos). 
 
Ao mesmo tempo em que os psicólogos tentavam fazer da psicologia uma ciência 
objetiva, a teoria da evolução estava tendo um efeito profundo sobre a psicologia ao 
definir os seres humanos não mais como entes separados das outras coisas vivas,dando a todas as espécies a mesma história evolutiva e presumia-se assim que 
poderia também se ver a origem de nossos traços mentais em outras espécies, 
10 
 
 
mesmo que de forma mais simples e rudimentar e assim, no final do século XIX e 
início do século XX, alguns psicólogos passaram a conduzir experimentos com 
animais. 
 
Após Watson, o mais importante behaviorista foi B. F. Skinner 
Para levar a cabo as suas teorias, efetuou então várias experiências com animais e 
seres humanos. Eis algumas das mais conhecidas: 
 
 Experiências com bebês: 
 
Segundo uma experiência realizada com bebês, a resposta que se obteria deles 
perante diferentes estímulos (sons fortes, obstáculos ao movimento corporal e 
cócegas e carícias) seria a demonstração de medo, ira e amor, respectivamente. 
- A eliminação de medos: 
 
 Para extinguir o medo de uma criança em relação a alguma coisa (neste caso 
animais), Watson considerou o seguinte quadro: 
 
ESTÍMULO DO MEDO 
 
ESTÍMULO INVERSO 
 
RESPOSTA 
Animais que causavam medo a crianças; 
 
Situações que não causavam medo a crianças; 
 
Recondicionamento após várias tentativas, aproximando os animais gradualmente. 
 
A experiência consistia em estimular a criança, depois de ter visionado o que lhe 
infligia medo, num sentido contrário, apresentando-lhe uma situação que ela não 
visse como ameaçadora. Em seguida, far-se-ia uma aproximação gradual da criança 
ao animal que lhe causava medo, de forma a ser diluído o receio existente em relação 
a ele. 
11 
 
 
 
- A “fábrica de medos”: 
 
Há ainda uma outra experiência, realizada por John Watson, juntamente com Rosalie 
Rayner, a sua esposa, cujo objetivo era evidenciar o modo como ocorre a 
aprendizagem, no caso do medo. 
 
No início da experiência, uma criança de 11 meses, perfeitamente normal, é posta a 
brincar com um coelho branco. Em seguida, é-lhe apresentado um rato branco e ela 
brinca novamente com o animal. Entretanto, os experimentadores que conduzem a 
experiência fazem soar um ruído muito forte e intimidante, fazendo-a associar o 
aparecimento do rato ao som, provocando-lhe medo e choro. 
Quando lhe apresentaram novamente o rato, a reação de Albert (a criança) foi chorar, 
e o mesmo se passou com o coelho branco e com um homem com barbas brancas, 
percebendo-se que tinha desenvolvido medo a tudo o que fosse branco. 
 
Concluiu-se então, que os seres humanos são resultado das aprendizagens 
condicionados pelo meio, como já referimos. 
 
CRÍTICAS 
 
Apesar de em muitos aspectos a teoria behaviorista de Watson estar correta, 
levantaram-se, ao longo do tempo, algumas críticas pertinentes, sobretudo no que diz 
respeito ao pouco ênfase que atribuiu aos fatores biológicos na formação dos 
comportamentos. No entanto, muitas das críticas que se têm tecido sobre a sua teoria 
behaviorista são erradas e têm apenas em conta o que já se descobriu sobre o 
comportamento humano e não o que apenas se sabia nos inícios do século XX. Vou 
então abordar as teses de alguns autores que criticam o comportamentalismo e que 
considero serem as mais relevantes. 
 
- O comportamento não é influenciado somente por estímulos, também a história da 
aprendizagem e até a representação do meio do sujeito são importantes. Podemos, 
por exemplo, estimular muito uma criança para que revele o culpado de algum 
12 
 
 
acontecimento, contudo ela pode simplesmente não estar interessada em revelar 
essa identidade. Assim como o facto de existirem pessoas que não comem 
determinados pratos, apesar dos estímulos externos, porque elas não o encaram 
como um estímulo para si próprias; 
 
- As nossas ações não têm forçosamente de estar associadas a um estímulo. Por 
vezes, os indivíduos podem comportar-se de uma dada forma (como, por exemplo, 
se estivesse a sentir cócegas), sem, de fato, estar a sentir algo. Há certas 
propriedades da nossa mente, como a dor, em que é inviável descrevê-las em termos 
comportamentais; 
 
- A corrente behaviorista não explica a ocorrência de determinados fenômenos: “Eu 
não bebo água quando a vejo, apenas quando tenho sede.”. Com isto, vários enigmas 
do comportamento humano ficavam por esclarecer. De acordo com o que é defendido 
por muitos autores, é com esta questão que se prende a necessidade de estudar de 
um modo rigoroso os processos mentais que se estabelecem em cada pessoa. 
 
Desta forma, o estudo dos comportamentos ligar-se-ia também às predisposições, ou 
seja, às atitudes, segundo a personalidade dos indivíduos; 
- Noam Chomsky foi um dos grandes críticos da corrente behaviorista. Segundo ele, 
a concepção de comportamento criada por Watson não era capaz de explicar os 
mistérios relacionados com a fala, sobretudo no modo como se processava a 
aquisição de competências lingüísticas nas crianças. Para Chomsky, o indivíduo tinha 
de selecionar um número infinito de frases e escolher aquela que se adequava à 
questão que lhe era lançada. Essa capacidade não era então conseguida se 
seguíssemos o condutivismo, perante o reforço incessante de cada um das frases. 
Noam considerou que o poder de comunicação dos seres humanos seria a 
consequência da existência de “ferramentas cognitivas gramaticais inatas”; 
 
- Piaget foi outro autor que se desmarcou da teoria de Watson. Perante situações 
idênticas (S), diferentes indivíduos – educados no mesmo meio – têm reações 
diferentes (R). Por exemplo, quando várias pessoas presenciam um acidente de 
viação, não agem todas da mesma forma. Umas correm para o local e chamam a 
ambulância, enquanto que outras, muito provavelmente entram em pânico ou fogem. 
13 
 
 
Perante esta realidade, Piaget propôs uma interpretação mais alargada do 
comportamento, defendendo que este é, nada mais, nada menos, que uma 
manifestação de um personalidade (P), perante um acontecimento específico (S). 
 
Evolução do conceito de comportamento 
 
 O comportamento está dependente da interação entre a situação (S) e a 
personalidade do sujeito (P), aquilo que o caracteriza e que por várias razões o tornam 
único e independente. O Homem é produto de um processo complexo entre os fatores 
interiores e exteriores a si, dispondo de um grande capacidade de se moldar e de se 
adaptar ao meio que o rodeia. A personalidade constrói-se de acordo com as 
características herdadas e aquelas que vai adquirindo nas experiências que 
testemunha e vivência. 
 
Apesar de se cingir, nos seus estudos, ao comportamento observável e à 
experimentação, as teorias de Watson permitiram uma dinamização da Psicologia, 
enquanto ciência que tem por base o estudo do Homem e o seu comportamento. 
Rompendo com as concepções dominantes da sua época (sendo alvo de muitas 
críticas e até de um certo “desacreditar”), este psicólogo defendeu uma visão nova 
acerca do comportamento, explorando ao máximo as suas vertentes. 
 
Através do estudo do estímulo e da resposta (E e R), distanciou-se dos métodos mais 
complexos como o da introspecção. Assim, criando uma nova corrente da Psicologia 
– o Behaviorismo –, novas informações e ilações puderam ser compreendidas, no diz 
respeito ao modo como todos nós agimos, atribuindo grande importância ao meio 
envolvente e à prevalência dos aspectos aprendidos em sociedade, em relação aos 
que fazem parte do nosso ser, com os quais nascemos. 
 
 É certo que a atribuição de tão pouca importância à hereditariedade e, desta feita, 
aos fatores biológicos, foi um dos aspectos menos corretos da sua teoria, fato esse 
que se constata, mais tarde, com a teoria de Damásio. Porém, tendo em conta a 
época histórica e as condições de que John Watson dispunha para levar adiante os 
seus estudos, facilmente percebemos que a sua carreira foi efetivamente marcante e 
14 
 
 
revolucionária, o seu papel na área de que temos vindo a falar foi, sem dúvida, 
indiscutível. 
BURRHUS FREDERIC SKINNER 
 
Burrhus Frederic Skinner, eminentepsicólogo contemporâneo nascido nos Estados 
Unidos em 1904. Lecionou nas Universidades de Harvard, Indiana e Minnesota. Entre 
outros trabalhos publicou os seguintes livros: Behavior of Organisms, (o 
comportamento dos organismos) Verbal Behavior (comportamento verbal) Science 
and Human Behavior.(comportamento científico e humano). 
 
 Em 1932, B. F. Skinner, da Universidade de Harvard relatou uma de suas 
observações, sobre o comportamento de pombos e ratos brancos. Para seus 
experimentos Skinner inventou um aparelho que depois de passar por modificações 
é hoje muito conhecido e utilizado nos laboratórios de psicologia, chamado como 
Caixa de Skinner. 
 
 Influenciado pelos trabalhos de Pavlov e Watson, Skinner passou a estudar o 
comportamento operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo da psicologia 
da aprendizagem. Esses estudos levaram-no a criar os métodos de ensino 
programado que podem ser aplicados sem a intervenção direta do professor, através 
de livros, apostilas ou mesmo máquinas. 
 
 Caixa de Skinner 
 
Devido à sua preocupação com controles científicos estritos, Skinner realizou a 
maioria de suas experiências com animais inferiores, principalmente o Rato Branco e 
o Pombo. Desenvolveu o que se tornou conhecido por "Caixa de Skinner" como 
aparelho adequado para estudo animal. 
 
Tipicamente, um rato é colocado dentro de uma caixa fechada que contém apenas 
uma alavanca e um fornecedor de alimento. Quando o rato aperta a alavanca sob as 
condições estabelecidas pelo experimentador, uma bolinha de alimento cai na tigela 
15 
 
 
de comida, recompensando assim o rato. Após o rato ter fornecido essa resposta o 
experimentador pode colocar o comportamento do rato sob o controle de uma 
variedade de condições de estímulo. 
 
 Além disso, o comportamento pode ser gradualmente modificado ou modelado até 
aparecerem novas repostas que ordinariamente não fazem parte do repertório 
comportamental do rato. Êxito nesses esforços levou Skinner a acreditar que as leis 
de aprendizagem se aplicam a todos os organismos. 
 
 Em escolas, o comportamento de alunos podem ser modelados pela apresentação 
de materiais em cuidadosa seqüência e pelo oferecimento das recompensas ou 
reforços apropriados. 
 
A aprendizagem programada e máquinas de ensinar, são os meios mais apropriados 
para realizar aprendizagem escolar. O que é comum ao homem, a pombos, e a ratos 
é um mundo no qual prevalecem certas contingências de reforços. 
 
 Duas espécies de aprendizagem 
 
 Para cada espécie de comportamento, Skinner identifica um tipo de aprendizagem 
ou condicionamento. Associado ao Comportamento Respondente está o 
Condicionamento Respondente, e Associado a Comportamento Operante está o 
Condicionamento Operante. Temos então o primeiro tipo de aprendizagem, que é 
chamado de "Condicionamento Respondente", e o segundo tipo de aprendizagem 
que Skinner chama de "Condicionamento Operante". 
 
 1- Condicionamento Respondente - "reflexo" ou "involuntário" 
 Skinner acredita que essa espécie de Condicionamento desempenha pequeno 
papel na maior parte do comportamento do ser humano e se interessa pouco por ele. 
 Ex: dilatação e contração da pupila dos olhos em contato com a mudança da 
iluminação. Arrepios por causa de ar frio. 
16 
 
 
 
 2- Condicionamento Operante - Está relacionado com o comportamento 
operante que podemos considerar como "voluntário". 
O comportamento operante inclui todas as coisas que fazemos e que tem efeito 
sobre nosso mundo exterior ou operam nele. 
 Ex: dirigir o carro, dar uma tacada na bola de golfe. 
 
 Enquanto que o Comportamento Respondeste é controlado por um estímulo 
precedente, o Comportamento Operante é controlado por suas conseqüências - 
estímulos que se seguem à resposta. Implicações no Ensino: A Tecnologia do Ensino. 
 
 Do ponto de vista de Skinner existem várias deficiências notáveis em nossos 
atuais métodos de ensino: 
 
 Um dos grandes problemas do ensino, diz Skinner é o uso do controle 
aversivo.Embora algumas escolas ainda usem punição física, em geral houve 
mudanças para medidas não corporais como ridículo, repreensão, sarcasmo, crítica, 
lição de casa adicional, trabalho forçado, e retirada de privilégios. 
 
Exames são usados como ameaça e são destinados principalmente a mostrar o que 
o estudante não sabe e coagi-lo a estudar. O estudante passa grande parte do seu 
dia fazendo coisas que não deseja fazer e para as quais não há reforços positivos. 
 
Em consequência, ele trabalha principalmente para fugir de estimulação aversiva. Faz 
o que tem a fazer porque o professor detém o poder e autoridade, mas, com o tempo 
o estudante descobre outros meios de fugir. Ele chega atrasado ou falta, não presta 
atenção (retirando assim reforçadores do professor), devaneia ou fica se mexendo, 
esquece o que aprendeu, pode tornar-se agressivo e recusar a obedecer, pode 
abandonar os estudos quando adquire o direito legal de fazê-lo. 
 
Skinner acredita, que os Professores, em sua maioria, são humanos e não desejam 
usar controles aversivos. As técnicas aversivas continuam sendo usadas, com toda 
probabilidade, porque não foram desenvolvidas alternativas eficazes. 
17 
 
 
 
As crianças aprendem sem ser ensinadas diz Skinner porque estão naturalmente 
interessadas em algumas atividades e aprendem sozinhas. Por esta razão, alguns 
educadores preconizam o emprego do método de descoberta. Mas diz Skinner, 
descoberta não é solução para o problema de educação. Para ser forte uma cultura 
precisa transmitir-se; precisa dar as crianças seu acúmulo de conhecimento, aptidões 
e práticas sociais e éticas. 
 
 A instituição de educação foi estabelecida para servir a esse propósito. Certamente 
estudantes devem ser encorajados a explorar, a fazer perguntas a trabalhar e estudar 
independentemente para serem criativos. Não se segue daí que essas coisas só 
possam ser obtidas através de um método de descoberta. 
 
De acordo com Skinner, estudantes não aprendem simplesmente fazendo. Nem 
aprendem simplesmente por exercício ou prática. A partir apenas de experiência, um 
estudante provavelmente nada aprende. Simplesmente está em contato com o 
ambiente não significa que ele o perceberá.. Para ocorrer a aprendizagem devemos 
reconhecer a resposta, a ocasião em que ocorrem as respostas e as conseqüências 
da resposta. Para Skinner a aplicação de seus métodos à educação é simples e direta. 
 
Ensinar é simplesmente o arranjo de contingências de reforço sob as quais 
estudantes aprendem. Tecnicamente falando, o que está faltando na sala de aula, diz 
Skinner, é o reforço positivo. Estudantes não aprendem simplesmente quando alguma 
coisa lhes é mostrada ou contada. Em suas vidas cotidianas, eles se comportam e 
aprendem por causa das conseqüências de seus atos. As crianças lembram, porque 
foram reforçadas para lembrar o que viram ou ouviram. 
 
Para Skinner, a escola está interessada em transmitir a criança grande número de 
respostas. A primeira tarefa é modelar as respostas, mas a tarefa principal é colocar 
o comportamento sob numerosas espécies de controle de estímulo. 
 
 Para tornar o estudante competente em qualquer área de matéria, deve-se dividir o 
material em passos muito pequenos. Os reforços devem ser contingentes a cada 
18 
 
 
passo da conclusão satisfatória, pois os reforços ocorrem freqüentemente, quando 
cada passo sucessivo no esquema, for o menor possível. 
 
Na sala de aulas tradicional, as contingências de reforço mais eficiente para controlar 
o estudante, provavelmente estão além das capacidades de um professor. Por isso, 
sustenta Skinner, aparelhos mecânicos e elétricos devem ser usados para maior 
aquisição. 
 
 A Máquina de Ensinar 
 
 A mais conhecida aplicação educacional do trabalho de Skinner é sem dúvida 
Instrução programada,e máquinas de ensinar. Existem várias espécies de máquinas 
de ensinar. Embora seu custo e sua complexibilidade variem consideravelmente, a 
maioria das máquinas executa funções semelhante. 
 
Skinner acredita que as máquinas de ensinar apresentam várias vantagens sobre 
outros métodos. Estudantes podem compor sua própria resposta em lugar de 
escolhê-la em um conjunto de alternativas. Exige-se que lembrem mais, e não apenas 
que reconheçam - que dêem respostas e que também vejam quais são as respostas 
corretas. A máquina assegura que esses passos sejam dados em uma ordem 
cuidadosamente prescrita. 
 
Embora, é claro, que a máquina propriamente dita não ensine, ela coloca estudantes 
em contato com o professor ou a pessoa que escreve o programa. Em muitos 
aspectos, diz Skinner, é como um professor particular, no sentido de haver constante 
intercâmbio entre o programa e o estudante. A máquina mantém o estudante ativo e 
alerta. 
A máquina de Skinner permite que o professor dedique suas energias a formas mais 
sutis de instrução, como discussão. 
 
 
19 
 
 
Materiais Programados (Instrução Programada) 
 
O sucesso de tais máquinas depende, naturalmente, do material nelas usado. Podem 
hoje, ser encontrados comercialmente numerosos programas em qualquer área de 
matéria, mas muitos professores estão aprendendo a escrever seus próprios 
programas. Os programas não precisam ser necessariamente usados em máquinas; 
muitos são escritos em forma de livro. Todavia, um programa distingue-se de um livro 
de texto, pelo fato do livro ser uma fonte de material a que o estudante se expõe. 
 
 A instrução programada leva o aluno a estudar sem a intervenção direta do professor. 
 
As características deste método são: a matéria a ser aprendida é apresentada em 
pequenas partes; estas são seguidas de uma atividade cujo acerto ou erro é 
imediatamente verificado. O estudo é individual, "mas auxiliado pelo professor", sendo 
assim o aluno progride em sua própria velocidade. 
 
Em síntese, a instrução programada leva o aluno ao conhecimento e ao aprendizado. 
 ex: (Fichas) 
 
Mamífero é todo o animal que mama quando é filhote. Todo animal que mama quando 
filhote é um mamífero Quando um animal mama ao nascer, podemos afirmar que ele 
é um Mamífero. 
 
Conclusão: 
Desde 1950 tem-se expandido muito o estudo do condicionamento operante, não 
apenas usando ratos, mas também animais de outras espécies e ainda seres 
humanos. 
 
A aplicação prática que se tem feito dos estudos experimentais do condicionamento 
operante é baseada na eficácia da administração sistemática de recompensas 
(reforços) a um organismo, quando queremos que ele apresente certas reações. 
 
20 
 
 
Essa aplicação prática requer que se faça o levantamento dos eventos que reforçam 
um dado indivíduo. Controlaremos as reações utilizando as consequências 
reforçadoras. Isto é importante em todos os campos em que o comportamento figura 
em destaque: Educação, Governo, Família, Clinica, Indústria, etc 
 
Cognitivo 
 
 Inicialmente, vale a pena esclarecer o conceito de cognição: “processo através do 
qual o mundo de significados tem origem. À media que o ser se situa no mundo, 
estabelece relações de significação, isto é, atribui significados à realidade em que se 
encontra. Esses significados não são entidades estáticas, mas pontos de partida para 
a atribuição de outros significados. Tem origem, então, a estrutura cognitiva (os 
primeiros significados), constituindo-se nos ‘pontos básicos de ancoragem’ dos quais 
derivam outros significados”. 
 
Existem 3 níveis de pensamento: 
 
Pensamentos Automáticos – muitas vezes de difícil acesso, está relacionado a 
situações ou lembranças, e deflagra emoções, sensações e comportamentos 
específicos. (Ex.: em dia de prova –situação – Penso: “Não sei nada, vou me dar mal”). 
 
Suposições ou regras – Muitas vezes em forma de “Se... então”, é um nível mais 
profundo de pensamentos que regulam nossa forma de ver o mundo. (ex.: “Se não 
for bem em matemática, então sou mal aluno” ou “Se comi um doce e estraguei a 
dieta, posso comer tudo o que estiver em minha frente”). Crenças Centrais – 
construídas na infância e adolescência através de situações traumáticas ou 
freqüentes, apresentam-se de forma rígida e cristalizada, formando um esquema 
complexo que rege nossos comportamentos. (ex.: “Sou Burro”, “Sou Incapaz”, “O 
mundo é terrível”, “Sou o máximo”). 
 
 
21 
 
 
JEAN PIAGET 
 
Jean Piaget (1896-1980) foi um grande investigador da psicologia do 
desenvolvimento. Ele acreditava que o que nos diferencia dos outros animais é a 
nossa capacidade de ter um pensamento simbólico e abstrato. Também acreditava 
que a maturação biológica estabelece as pré-condições para o desenvolvimento 
cognitivo (cognição, o ato de conhecer). Assim, o desenvolvimento cognitivo consiste 
em adaptações às novas observações e experiência. 
 
Na perspectiva construtivista de Piaget, o começo do conhecimento é a ação do 
sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhecimento humano se constrói na interação 
homem-meio, sujeito-objeto. Conhecer consiste em operar sobre o real e transformá-
lo a fim de compreendê-lo, é algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto 
de conhecimento. 
 
As formas de conhecer são construídas nas trocas com os objetos, tendo uma melhor 
organização em momentos sucessivos de adaptação ao objeto. A adaptação ocorre 
através da organização, sendo que o organismo discrimina entre estímulos e 
sensações, selecionando aqueles que irá organizar em alguma forma de estrutura. 
 
Existem dois pontos principais na sua teoria: 
 
O processo de conhecer e os estágios/ etapas pelos quais nós passamos à medida 
que adquirimos essa habilidade. 
As adaptações pelas quais passamos podem ser por: 
 
 Assimilação: é a incorporação dos dados da realidade nos esquemas 
disponíveis no sujeito, é o processo pelo qual as ideias, pessoas, costumes 
são incorporadas à atividade do sujeito. Ou seja, moldar novas informações 
para encaixar nos esquemas existentes. 
 
22 
 
 
 Acomodação: são mudança nos esquemas existentes pela alteração de 
antigas formas de pensar ou agir. 
 
Como já foram mencionados, de acordo com a teoria de Piaget, os seres humanos 
só conhecem a realidade atuando sobre ela, por isso ele estabelece intercâmbio com 
o meio midiatizados pelos esquemas de ação e pelos esquemas de representação. 
Os esquemas de ação podem ser compreendidos como os primeiros reflexos (sugar, 
pegar entre outros), que a criança tem; além de incluir tudo o que é generalizado 
numa determinada ação. Por outro lado, os esquemas de representação só tornam 
possíveis quando a criança adquiriu a capacidade de distinguir entre significante e 
significado - ela passa a representar suas ações, situações e experiências através 
destes esquemas. 
 
 É através dos esquemas de ações e representações que as crianças entram em 
contato com o meio, cada objeto novo as crianças tentam encaixá-las em seus 
esquemas. É graças aos esquemas que podemos interpretar dar significado ao meio. 
 
 Num ponto de vista da aprendizagem, pode-se concluir que a capacidade dos seres 
humanos para aprender com experiência depende dos esquemas que utilizam para 
interpretá-la e lhe dar significado. Enquanto, para o processo ensino aprendizagem a 
capacidade de o aluno aprender depende não somente do ensino, mas também das 
formas ou estruturas de pensamento que ele predispõe para assimilar o ensino, ou 
seja, depende do nível de competência cognitiva do aluno. 
Em Piaget, o mecanismo da equilibração tem um jogo duplo de assimilação e de 
acomodação e depois, busca permanente de equilíbrio entre a tendência dos 
esquemas para assimilar a realidade e a tendência contrária para se acomodar e 
modificar-se para atender às suas resistências e exigências. Este é o motor do 
desenvolvimento cognitivo humano,as trocas com o meio e o sujeito resultando 
estado sucessivo de equilíbrio mutável, separados por fases mais ou menos 
duradouras de desequilíbrios e de busca de um novo equilíbrio. 
 
De forma bastante detalhada Piaget trata as etapas de evolução desses esquemas e 
de forma organizada, desde o nascimento até a idade adulta. 
 
23 
 
 
Podendo ser classificada os períodos da inteligência em quatro estágios abaixo 
descritos: 
 
 Sensório-motor (do nascimento aos 2/3 anos): nesta fase a criança está 
explorando o meio físico através de seus esquemas motores. Nesta etapa 
desenvolve o conceito de permanência do objeto, constrói esquemas 
sensórios - motores e é capaz de fazer imitações, construindo representações 
mentais cada vez mais complexas. 
 
 Pré-operatório ou intuitivo (dos 2/3 aos 6/7 anos): a criança inicia a 
construção da relação causa e efeito. É a chamada idade dos porquês e do 
faz-de-conta. Ela é capaz de simbolizar, de evocar objetos ausentes. 
Estabelece diferença entre significante e significado, o que possibilita distância 
espaço-temporal entre o sujeito e o objeto, por meio da imagem mental. A 
criança é capaz de imitar gestos, mesmo com a ausência de modelos. 
 
 Estádio pré-operatório (dos 2/3 aos 6/7 anos) - a criança inicia a construção 
da relação causa e efeito, bem como das simbolizações. É a chamada idade 
dos porquês e do faz-de-conta. Seu pensamento apesar de lógico, ainda está 
preso aos conceitos concretos, não fazendo ainda abstrações. 
 Operatório Concreto (dos 6/7 aos 10/11 anos): a criança começa a construir 
conceitos, através de estruturas lógicas, consolida a conservação de 
quantidade e constrói o conceito de número. A criança tem a inteligência 
operatória concreta, sendo capaz de realizar uma ação interiorizada, 
executada em pensamento, reversível, pois admite a possibilidade de uma 
inversão e coordenação com outras ações, também interiorizadas. Necessita 
de material concreto, para realizar essas operações, mas já está apta a 
considerar o ponto de vista do outro, sendo que está saindo do egocentrismo. 
 
 Formal (dos 10/11 aos 15/16 anos): o adolescente tem as estruturas 
intelectuais para combinar as proporções, as noções probabilísticas, raciocínio 
hipotético dedutivo de forma complexa e abstrata. Fase em que o ele constrói 
o pensamento abstrato, conceptual, conseguindo ter em conta as hipóteses 
24 
 
 
possíveis, os diferentes pontos de vista e sendo capaz de pensar 
cientificamente. 
 
 A partir das experimentações de Piaget, o objetivo de escola se modifica e passa a 
ser o de desenvolver as capacidades dos indivíduos. Há uma tendência de identificar 
os programas educativos correspondentes as diferentes idades, com as 
competências estabelecidas na teoria de Piaget, de forma que o objetivo é 
desenvolver corretamente estas competências e construir as estruturas mentais 
correspondentes. 
 
 Ao contrário do ensino tradicional, em que o indivíduo é considerado tábua rasa o 
qual a escola precisa enchê-lo de conteúdos. A visão que Piaget tem sobre o sujeito 
que possui conceitos - não científico, ou seja, os chamados conceitos espontâneos 
que lhe permite entender a realidade e relacionar-se com ela. 
 
 À medida que esta relação vai sendo estabelecido com a realidade, o indivíduo 
desenvolve conceitos espontaneamente durante o processo da própria experiência 
da criança. Levar isto em consideração implica a escola ver o aluno com experiências 
importantes, como ponto de partida para formação dos conceitos científicos, sendo 
possível o desenvolvimento deste último tão somente quando os conceitos 
espontâneos da criança tem alcançado um nível determinado, próprio do começo da 
idade escolar. 
LEV VYGOTSKY 
 
 Lev Vygotsky viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 – 
entanto Vygotsky morreu aos 34 anos). No entanto, eles não chegaram a se encontrar 
em vida, devido a vários fatores, principalmente os políticos. Lev Vygotsky nasceu na 
Rússia, num contexto histórico de conflitos políticos (Revolução Russa), sendo este 
um dos motivos pelo qual sua obra só foi conhecida e valorizada mais recentemente, 
apesar de sua pesquisa ser de suma importância para as ciências educacionais e 
psicológicas. 
 
25 
 
 
Para o autor, o desenvolvimento cultural da criança aparece segundo a lei da dupla 
formação, em que todas as funções aparecem duas vezes: primeiro no nível social e 
depois no nível individual; ou seja, primeiro entre as pessoas (Inter psicológica) e 
depois no interior da criança (intrapsicológica). 
 
Ele acreditava que a aprendizagem na criança podia ocorrer através do jogo, da 
brincadeira, da instrução formal ou do trabalho entre um aprendiz e um aprendiz mais 
experiente. 
 
 Os processos psíquicos, a aprendizagem entre eles ocorre por assimilações de 
ações exteriores, interiorizações desenvolvidas através da linguagem interna que 
permite formar abstrações. Para Vygotsky, a finalidade da aprendizagem é a 
assimilação consciente do mundo físico mediante a interiorização gradual de atos 
externos e suas transformações em ações mentais. 
 
 Nesse processo, a aprendizagem se produz, pelo constante diálogo entre o exterior 
e interior do indivíduo, uma vez que para formar ações mentais tem que partir das 
trocas com o mundo externo, cuja da interiorização surge à capacidade das atividades 
abstratas que a sua vez permite elevar a cabo ações externas. 
 
 O que nos faz pensar que esse processo de aprendizagem se desenvolve do 
concreto (segundo as variáveis externas) a abstrata (as ações mentais), com 
diferentes formas de manifestações, tanto intelectual, verbal e de diversos graus de 
generalizações e assimilações. 
 
• Ao contrário da imagem de Piaget em que o indivíduo constrói a compreensão 
do mundo, o conhecimento sozinho, Vygotsky via o desenvolvimento cognitivo como 
dependendo mais das interações com as pessoas e com os instrumentos do mundo 
da criança. 
• Esses instrumentos são reais: canetas, papel, computadores; ou símbolos: 
linguagem, sistemas matemáticos, signos.Um pressuposto básico de Vygotsky é a de 
que durante o curso do desenvolvimento, tudo aparece duas vezes: 
• 1º a criança entra em contato com o ambiente social, o que ocorre ao nível 
interpessoal. 
26 
 
 
• Depois a criança entra em contato com ela própria, num nível intrapessoal. 
 
Teoria de Vygotsky do Desenvolvimento Cognitivo Vygotsky sublinhou as 
influências socioculturais no desenvolvimento cognitivo da criança: 
 
- O desenvolvimento não pode ser separado do contexto social 
- A cultura afeta a forma como pensamos e o que pensamos 
- Cada cultura tem o seu próprio impacto 
- O conhecimento depende da experiência social 
 
A criança desenvolve representações mentais do mundo através da cultura e da 
linguagem. 
 
Os adultos têm um importante papel no desenvolvimento através da orientação que 
dão e por ensinarem. 
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) – intervalo entre a resolução de 
problemas assistida e individual. Uma vez adquirida a linguagem nas crianças, elas 
utilizam a linguagem/discurso interior, falando alto para elas próprias de forma a 
direcionarem o seu próprio comportamento, linguagem essa que mais tarde será 
internalizada e silenciosa – Desenvolvimento da Linguagem. 
Vygotsky – Implicações na Educação 
 
• Participação ativa do sujeito e aceitação das diferenças individuais 
• Jogo do faz de conta é o contexto ideal para promover o desenvolvimento cognitivo. 
• Promove aprendizagem cooperativa 
• Atividades entre estudantes de diferentes níveis de competências 
• Acompanhamento e utilização da ZDP da criança 
• Utilizar os pares com mais competências como professores 
• Monitorização e encorajamento da linguagem/discurso interior 
• A instrução em contextos significativos 
• Transformação da sala de aula 
27 
 
 
 
Desafios à Teoriade Vygotsky 
 
• A comunicação verbal pode não ser a única forma pela qual o pensamento se 
desenvolve. 
• Os educadores podem orientar as crianças em diferentes formas. 
 
PIAGET E VYGOTSKY - Diferenças e semelhanças 
 
A) QUANTO AO PAPEL DOS FATORES INTERNOS E EXTERNOS NO 
DESENVOLVIMENTO 
 
Piaget privilegia a maturação biológica; Vygotsky, o ambiente social, Piaget, por 
aceitar que os fatores internos preponderam sobre os externos, postula que o 
desenvolvimento segue uma sequência fixa e universal de estágios. Vygotsky, ao 
salientar o ambiente social em que a criança nasceu, reconhece que, em se variando 
esse ambiente, o desenvolvimento também variará. Neste sentido, não se pode 
aceitar uma visão única, universal, de desenvolvimento humano. 
 
B) QUANTO À CONSTRUÇÃO REAL 
 
Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, 
de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra. 
 
A visão particular e peculiar (egocêntrica) que as crianças mantêm sobre o mundo vai, 
progressivamente, aproximando-se da concepção dos adultos: torna-se socializada, 
objetiva. Vygotsky discorda de que a construção do conhecimento proceda do 
individual para o social. Em seu entender a criança já nasce num mundo social e, 
desde o nascimento, vai formando uma visão desse mundo através da interação com 
adultos ou crianças mais experientes. A construção do real é, então, mediada pelo 
interpessoal antes de ser internalizada pela criança. Desta forma, procede-se do 
social para o individual, ao longo do desenvolvimento. 
28 
 
 
 
C) QUANTO AO PAPEL DA APRENDIZAGEM 
 
 Piaget acredita que a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e tem pouco 
impacto sobre ele. Com isso, ele minimiza o papel da interação social. Vygotsky, ao 
contrário, postula que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se 
influenciam reciprocamente, de modo que, quanto mais aprendizagem, mais 
desenvolvimento. 
 
D) QUANTO AO PAPEL DA LINGUAGEM NO DESENVOLVIMENTO E Á 
RELAÇÃO ENTRE LINGUAGEM E PENSAMENTO 
 
 Segundo Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, que apenas é uma das 
suas formas de expressão. A formação do pensamento depende, basicamente, da 
coordenação dos esquemas sensor motores e não da linguagem. Esta só pode 
ocorrer depois que a criança já alcançou um determinado nível de habilidades mentais, 
subordinando-se, pois, aos processos de pensamento. A linguagem possibilita à 
criança evocar um objeto ou acontecimento ausente na comunicação de conceitos. 
Piaget, todavia, estabeleceu uma clara separação entre as informações que podem 
ser passadas por meio da linguagem e os processos que não parecem sofrer qualquer 
influência dela. Este é o caso das operações cognitivas que não podem ser 
trabalhadas por meio de treinamento específico feito com o auxílio da linguagem. Por 
exemplo, não se pode ensinar, apenas usando palavras, a classificar, a seriar, a 
pensar com responsabilidade. 
Para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o 
início da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais 
superiores: ela dá uma forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da 
imaginação, o uso da memória e o planejamento da ação. Neste sentido, a linguagem, 
diferentemente daquilo que Piaget postula, sistematiza a experiência direta das 
crianças e por isso adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, 
reorganizando os processos que nele estão em andamento. 
 
 
29 
 
 
 
CONTRIBUIÇÕES DE PIAGET E VYGOTSKI PARA A EDUCAÇÃO 
 
‘’Piaget e Vygotsky nos chamam a atenção para a utilização de metodologista de 
estudo qualitativa na educação. Os dois refutam qualquer explicação de 
desenvolvimento como mero acúmulo quantitativo de aquisições. 
 
O método clínico-piagetiano coloca claramente esse ponto. Investigar o raciocínio do 
aluno não significa simplesmente dar problemas formais para serem resolvidos 
individualmente, de forma rígida. Podemos aprender muito sobre o raciocínio da 
criança, se criamos tarefas, que embora bem estruturadas, não são rígidas em sua 
aplicação, nem devem ser resolvidas pelo sujeito isoladamente. O experimentador 
precisa participar com o aluno na resolução do problema. Vygotsky, com seu conceito 
de Zona de Desenvolvimento Proximal, também nos faz perceber que a avaliação 
não pode ser um momento isolado e ao final do processo de aprendizagem. 
“Devemos avaliar continuamente, pois o mais importante não é a aprendizagem que 
já ocorreu, mas, aquela que está acontecendo.” 
 
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO 
 
No Brasil devido aos altos índices de analfabetismo muitos especialistas discutem 
qual seria o melhor método de alfabetizar. As formas de alfabetizar são muitas e cada 
uma delas destaca um aspecto no aprendizado. Desde o método fônico, passando 
pelo método da linguagem total, que não utiliza cartilhas, e o alfabético, que trabalha 
com o soletramento, todos contribuem, de uma forma ou de outra, para o processo 
de alfabetização. 
 
* Método Sintético: 
 
O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o 
oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e 
palavra por palavra.Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o 
alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as 
30 
 
 
letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, 
formar as palavras que constroem o texto. 
 
No fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo 
o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no 
silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as 
palavras. 
 
Neste método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e professores no 
aprendizado, apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, 
evitando confusões auditivas e visuais. 
 
Como este aprendizado é feito de forma mecânica, através da repetição, o método 
sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e enfadonho para as crianças, pois 
é baseado apenas na repetição e é fora da realidade da criança, que não cria nada, 
apenas age sem autonomia. 
 
* Método Analítico: 
 
O método analítico, também conhecido como “método olhar-e-dizer”, defende que a 
leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do 
método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para 
depois dividi-las em partes menores. Por exemplo, a criança parte da frase para 
extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas. 
 
 Este método pode ser divido em palavração, setenciação ou global. Na palavração 
parte-se da palavra. Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma sequência 
que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de um certo número de 
palavras, iniciando assim a formação das frases. 
 
 Na setenciação, a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é depois dividida em 
palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas. 
Já no global, o método é composto por várias unidades de leitura que têm começo, 
31 
 
 
meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse 
da criança. 
 
* Método Alfabético: 
 
Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético tem como 
princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas 
as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. A partir daí, a criança 
começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias. 
Neste processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. O 
método Alfabético permite a utilização de cartilhas. 
 
* Método Fônico: 
 
O método fônico consisteno aprendizado através da associação entre fonemas e 
grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir 
o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico 
próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim. O 
método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as 
relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades 
lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar 
a escrita no fluxo da fala e do pensamento. Primeiro são ensinadas as formas e os 
sons das vogais. Depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, 
estabelecidas relações mais complexas. Cada letra é aprendida como um fonema 
que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São ensinadas primeiro as 
sílabas mais simples e depois as mais complexas. 
 
* O método construtivista: 
 
 Propõe um currículo baseado no domínio das competências básicas e que esteja em 
consonância com os diversos contextos de vida dos alunos. "Mais do que reproduzir 
dados, denominar classificações ou identificar símbolos, estar formado para a vida, 
num mundo como o atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis 
contradições, significa saber se informar, se comunicar, argumentar, compreender e 
32 
 
 
agir, enfrentar problemas de qualquer natureza, participar socialmente, de forma 
prática e solidária, ser capaz de elaborar críticas ou propostas e, especialmente, 
adquirir uma atitude de permanente aprendizado". 
 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais defendem a linha construtivista como método 
de alfabetização. Surgida na década de 80, a partir de estudiosas da área como Ana 
Teberowsky e Emília Ferreiro, esta linha defende que a escola deve valorizar o 
conhecimento que a criança tem antes de ingressar no estabelecimento. A sua ênfase 
é na leitura e na língua escrita. Os construtivistas são contra a elaboração de um 
material único para ser aplicado a todas as crianças, como as cartilhas, e rejeitam a 
prioridade do processo fônico. Por este método, as escolas, durante o processo de 
alfabetização, devem utilizar textos que estejam próximos do universo da criança. 
AS CONTRIBUIÇÕES DE EMILIA FERREIRO E ANA TEBEROSKY 
 
 Emília Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de 
Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, ela continuou, estudando um campo 
que o mestre não havia explorado: a escrita. A partir de 1974, Emília desenvolveu na 
Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças que deu 
origem às conclusões apresentadas em Psicogênese da Língua Escrita, assinado em 
parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky e publicado em 1979. 
 
Emilia é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do 
Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde mora. As pesquisas de 
Emília Ferreiro, concentra o foco nos mecanismos cognitivos relacionados à leitura e 
à escrita. Ana Teberosky e Doutora em psicologia e docente do Departamento de 
Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona, e também atua 
no Instituto Municipal de Educação dessa cidade, desenvolvendo trabalhos em 
escolas públicas. 
 
A principal obra de Emilia Ferreiro juntamente com Ana Teberosky, “Psicogênese da 
Língua Escrita” foi de grande impacto no Brasil no começo dos anos de l980, 
mudando a concepção do processo de alfabetização, influenciando as próprias 
normas do governo para a área, expressas nos Parâmetros Curriculares Nacionais. 
33 
 
 
As pesquisas de Emília Ferreiro impactaram de tal forma o conceito de alfabetização 
que desmontou as teorias e possíveis explicações que os brasileiros levaram décadas 
para explicar como o fracasso na alfabetização inicial. Foram os estudos da autora 
que permitiram diferenciar alfabetização de ortografização. 
 
Hoje se sabe que os erros de ortográfica não estão relacionados ao modo de falar e 
sim com a convivência ou não com textos impressos. 
 
A teoria da psicogênese da língua escrita, segundo Ferreiro e Teberosky, consiste em 
supor que é necessária uma série de processos de reflexão sobre a linguagem para 
passar a uma escrita; porem a escrita constituída permite novos processos de 
reflexão que provavelmente não poderiam existir sem ela. 
 
As investigações de Emilia e seus colaborados procuram demonstrar o papel ativo do 
sujeito no processo de elaboração individual da escrita, porem evita a tese do 
adultocentrismo, pelo qual a criança era vista como um adulto em miniatura. Ela 
acredita que a criança é um ser diferente, uma personalidade incompleta que luta 
para realizar suas possibilidades, embora não esteja consciente do resultado final. 
 
 O grande valor da “Psicogênese da língua escrita” foi permitir que os estudos de 
experimentação pedagógica construíssem uma didática voltada para a linguagem, 
trazendo os textos do mundo para dentro da escola e salas de aula buscando 
aproximar as práticas de ensino da língua as práticas de leitura e escritas reais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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