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1 PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA 1 Sumário Sumário ........................................................................................................... 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3 PSICOGÊNESE DA LINGUA ESCRITA .......................................................... 3 BURRHUS FREDERIC SKINNER ................................................................. 14 Caixa de Skinner ........................................................................................ 14 Duas espécies de aprendizagem ............................................................... 15 A Máquina de Ensinar ................................................................................ 18 Materiais Programados (Instrução Programada) ....................................... 19 Existem 3 níveis de pensamento: .............................................................. 20 JEAN PIAGET ............................................................................................... 21 Existem dois pontos principais na sua teoria: ............................................ 21 LEV VYGOTSKY ........................................................................................... 24 Vygotsky – Implicações na Educação ........................................................ 26 Desafios à Teoria de Vygotsky ................................................................... 27 PIAGET E VYGOTSKY - Diferenças e semelhanças ................................. 27 AS CONTRIBUIÇÕES DE EMILIA FERREIRO E ANA TEBEROSKY .......... 32 REFERÊNICAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................. 34 2 FACUMINAS A história do Instituto FACUMINAS, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação.Com isso foi criado a FACUMINAS, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética.Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO PSICOGÊNESE DA LINGUA ESCRITA Fonte: http://escolaarcadosaber.blogspot.com/2012/01/salmo-11110.html Emilia Ferreiro, psicóloga argentina, propôs um novo olhar sobre a alfabetização. Suas ideias constituem uma nova teoria, intitulada Psicogênese da Língua escrita. Suas pesquisas, realizadas na Argentina e no México, juntamente com Ana Teberosky, foram motivadas pelos altos índices de fracasso escolar apresentados por estes países. As pesquisadoras argentinas buscaram, em contato direto com alunos de várias partes do continente, a resposta para esse fracasso escolar. Juntando os conhecimentos da psicolinguística e a teoria psicológica e epistemológica de Jean Piaget, Emília e Ana mostraram como a criança constrói diferentes hipóteses sobre o sistema de escrita, antes mesmo de chegar a compreender o sistema alfabético. Suas ideias chegaram ao Brasil na década de 80 e, a princípio, foram consideradas, erroneamente, como um novo método de alfabetização. 4 Ela afirma que todos os conhecimentos têm uma gênese, explicitando quais são as formas iniciais de conhecimento da língua escrita. Por meio de sua teoria, explica como as crianças chegam a ser leitores, antes de sê-lo. Ao contrapor-se à concepção associacionista da alfabetização, a Psicogênese da Língua Escrita apresenta um suporte teórico construtivista, no qual o conhecimento aparece como algo a ser produzido pelo indivíduo, que passa a ser visto como sujeito e não como objeto do processo de aprendizagem. Processo este dialético, por meio do qual este indivíduo se apropria da escrita e de si mesmo como usuário/produtor da mesma. A partir desta concepção, demonstrou que a aprendizagem da escrita não está vinculada à fala e que, mesmo quando a criança já estabelece a relação entre fala e escrita, esta relação não é do tipo fonema/grafema. Os filhos do analfabetismo são alfabetizáveis; não constituem uma população com uma patologia específica, que deva ser atendida por sistemas especializados de educação; eles têm o direito a serem respeitados, enquanto sujeitos capazes de aprender (EMÍLIA FERREIRO, 1986). Por meio de suas ideias, procura demonstrar que o analfabetismo e o fracasso escolar são problemas de dimensões sociais e não consequências de vontades individuais. Afirma que a desigualdade social e econômica se manifesta, também, na desigualdade de oportunidades educacionais. Classifica a repetência como a repetição do fracasso e a evasão como expulsão encoberta. Propõe, por meio de sua teoria, uma mudança de ponto de vista. Até então, os métodos de alfabetização partiam de uma concepção psicológica, em que a aprendizagem da leitura e da escrita é realizada de forma mecânica: aquisição de técnica para decifrar o texto; resposta sonora a estímulos gráficos. Com as pesquisas na área da psicolinguística, a partir de 1962, há uma nova visão, de que a criança procura ativamente compreender a natureza da língua falada à sua volta, formula hipóteses, busca regularidade, ou seja, reconstrói a linguagem. 5 Há grande influência de Piaget em sua teoria. Ferreiro concebe a teoria de Piaget como uma teoria geral dos processos de aquisição do conhecimento, que é resultado da atividade do próprio sujeito e não de métodos ou pessoas, ou seja, o sujeito é produtor do seu próprio conhecimento. No entender de Weisz, em sua teoria, descobre a "história da aprendizagem", ao fazer perguntas piagetianas sobre as aprendizagens que, acreditava-se, não eram construídas e sim ensinadas, como a aprendizagem da leitura, da escrita, da soma. Com isso, muda o enfoque da pergunta, como observamos na afirmação de WEISZ: Em vez de indagar como se deve ensinar a escrever, ela perguntou como alguém aprende a ler e escrever, independente do ensino. Ela considerou uma coisa que todos sabiam: que muitas crianças chegam à escola, antes do ensino oficial, já alfabetizadas. As crianças leem, mas não estão socialmente autorizadas a fazer isso, antes do professor ensinar. Na verdade, os meninos trabalham muito para construir esse conhecimento, que acaba não reconhecido pela escola (WEISZ, 2000). APRENDIZAGEM Há diversas possibilidades de aprendizagem, ou seja, há diversos fatores que nos levam a apresentar um comportamento que anteriormente não apresentávamos. Tradicionalmente, a psicologia trabalhou com duas grandes correntes nesse campo da aprendizagem: as teorias do comportamentalismo e as teorias cognitivas. Comportamentalismo Nesta teoria a aprendizagem é definida por conseqüências comportamentais e enfatiza as condições ambientais como força propulsora da aprendizagem, ou seja, a mesma é uma conexão entre um estímulo e uma resposta. Para esses teóricos aprendemos hábitos, isto é, aprendemos a associação entre um estímulo e uma resposta, e aprendemos praticando. Dentro do comportamentalismo existem correntes diferentes, tomaremos como base neste trabalhoos cientistas 6 Pavlov, Skinner e Watson. É importante o estudo destes pesquisadores pois suas teorias de alguma forma se divergem e ao mesmo tempo se completam. Pavlov No final do século XIX e no início do século XX, um fisiologista russo chamado Ivan Pavlov (1849-1936), ao estudar a fisiologia do sistema gastrointestinal, fez uma das grandes descobertas científicas da atualidade: o reflexo condicionado. Foi uma das primeiras abordagens realmente objetivas e científicas ao estudo da aprendizagem, principalmente porque forneceu um modelo que podia ser verificado e explorado de inúmeras maneiras, usando a metodologia da fisiologia. Pavlov inaugurava, assim, a psicologia científica, acoplando-a à neurofisiologia. Por seus trabalhos, recebeu o prêmio Nobel concedido na área de Medicina e Fisiologia em 1904. A experiência clássica de Pavlov é aquela do cão, a campainha e a salivação à vista de um pedaço de carne. Sempre que apresentamos ao cão um pedaço de carne, a visão da carne e sua olfação provocam salivação no animal. Se tocarmos uma campainha, qual o efeito sobre o animal? uma reação de orientação. Ele simplesmente olha, vira a cabeça para ver de onde vem aquele estímulo sonoro. Se tocarmos a campainha e em seguida mostrarmos a carne, dando-a ao cão, e fizermos isso repetidamente, depois de certo número de vezes o simples tocar da campainha provoca salivação no animal, preparando o seu aparelho digestivo para receber a carne. A campainha torna-se um sinal da carne que virá depois. Todo o organismo do animal reage como se a carne já estivesse presente, com salivação, secreção digestiva, motricidade digestiva etc. Um estímulo que nada tem a ver com a alimentação, meramente sonoro, passa a ser capaz de provocar modificações digestivas Como Funciona o Reflexo Condicionado Estímulo -------> Resposta Estímulo Indiferente + Estímulo Incondicionado (apresentação da carne) ---------> Resposta Incondicionada 7 Estímulo Indiferente --------> Resposta Condicionada Explicando melhor: um estímulo indiferente, combinado com um estímulo capaz de ativar um reflexo incondicionado, gera uma resposta incondicionada e, depois de algum tempo, o estímulo indiferente, por si só, é capaz de provocar resposta que pode, então, ser considerada como condicionada. Esses estímulos indiferentes podem vir tanto do meio externo (estímulos sonoros, luminosos, olfativos, táteis, térmicos) como do meio interno (vísceras, ossos, articulações). As respostas condicionadas podem ser motoras, secretoras ou neurovegetativas. Podem, pois, ser condicionadas reações voluntárias ou reações vegetativas involuntárias. Podemos fazer com que respostas involuntárias apareçam de acordo com a nossa vontade, se usarmos o condicionamento adequado. As respostas condicionadas podem ser expectadoras (com aumento de função) ou inibidoras (com diminuição de função). Existem diversos exemplos de como se pode modificar, através do condicionamento, a fisiologia do animal e do ser humano. Citaremos apenas alguns, para, a partir deles, procurar compreender o que poderia ocorrer no momento do efeito placebo. A Modificação da Fisiologia Através do Condicionamento Pavlov e seus seguidores logo perceberam que o condicionamento era muito poderoso no sentido de alterar funções orgânicas. Diversos experimentos comprovaram isso, e abriram um enorme campo de estudos, com muitas conseqüências para a aplicação clínica em seres humanos. Por exemplo, coloca-se uma sonda retal em um cão e faz-se um enema salino (injeção de água salgada). A presença daquele soluto dentro do intestino provoca, ao fim de algum tempo, aumento da diurese (excreção renal de água) para restabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico. Depois de algumas sessões de administração de enema salino através da sonda retal, a mera introdução da sonda retal, sem enema, também provoca aumento da diurese. 8 Da mesma maneira, se antes de aplicar injeção de insulina em um cão, faz-se com que ele ouça sempre um assobio, a hipoglicemia que surge em decorrência da ação da insulina passará a surgir, depois de algum tempo, pela simples audição do assobio. O metabolismo do animal alterou-se, passando a responder com hipoglicemia a um estímulo sonoro que nada tem a ver, em condições normais, com o metabolismo dos glicídios. O Sistema Nervoso Central e os Reflexos Condicionados Finalmente, através do que ficou conhecido como a "Teoria Pavloviana da Atividade Nervosa Superior", Pavlov e seus discípulos foram os primeiros pesquisadores a integrar os estudos da psicologia do aprendizado com a análise experimental da função cerebral. Eles mostraram que os reflexos condicionados se originam no córtex cerebral, o qual, segundo as palavras de Pavlov, "é o distribuidor primário e organizador de todas as atividades do organismo". Ao longo de vários anos, ele e seus discípulos chegaram às leis básicas que governam a operação do córtex cerebral no aprendizado condicionado. JOHN WATSON John Watson, psicólogo americano fundador da corrente behaviorista dentro da Psicologia, nasceu em 1878. O pai, violento e desordeiro, abandonou a família quando Watson contava 13 anos. Ambicioso e persistente, apesar de pobre conseguiu entrar para a Universidade Furman aos 16 anos. Recebeu o diploma de mestre após cinco anos de estudos, ingressando após na Universidade de Chicago para doutorar-se em psicologia em 1903. Mais cinco anos e foi nomeado professor de psicologia experimental e comparada na Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Watson estudou as descobertas feitas Ivan Pavlov na mesma época de seu doutoramento, e desenvolveu pesquisas semelhantes em biologia, fisiologia e comportamento de animais, e também o comportamento da criança, concluindo que 9 o comportamento humano era sob muitos aspectos semelhante ao comportamento animal. Com base nesta constatação e inspirado nas descobertas de Pavlov, criou dentro da Psicologia uma nova corrente, o Behaviorismo (Comportamentalismo). Segundo ele, o comportamento dos organismos complexos responde a situações de acordo com sua rede nervosa, a qual está condicionada pela experiência. Em 1913 ele publicou um artigo expondo suas idéias e estabelecendo as bases da nova corrente da psicologia, contrária à Psicanálise de Freud, que considerava fantasiosa. Desprezou também a hereditariedade como responsável por tipos de personalidade, que atribuía exclusivamente à experiência e ao condicionamento do comportamento. Watson defendia uma perspectiva funcionalista para a Psicologia onde o comportamento é estudado em função de varáveis do meio e os estímulos levando o organismo a darem determinadas respostas e isso em razão do ajuste do organismo ao seu meio por meio de equipamentos hereditários e formação de hábitos. J. B. Watson (1878-1958) é considerado o autor do behaviorismo, mas é necessário que se diga que Watson foi, na verdade, o porta-voz dessa abordagem, devendo ser lembrado que antes de Watson, dois pesquisadores deram os primeiros passos dessa abordagem: o americano E. L. Thorndike (1874-1949) e o russo Ivan Pavlov (1849- 1936). O sentido de "Behaviorismo" foi sendo modificado com o correr do tempo e hoje já não se entende o comportamento como uma ação isolada do sujeito, mas uma interação entre o ambiente (onde o "fazer" acontece) e o sujeito (aquele que "faz"), passando o "Behaviorismo" a se dedicar ao estudo das interações entre o sujeito e o ambiente, e as ações desse sujeito (suas respostas) e o ambiente (os estímulos). Ao mesmo tempo em que os psicólogos tentavam fazer da psicologia uma ciência objetiva, a teoria da evolução estava tendo um efeito profundo sobre a psicologia ao definir os seres humanos não mais como entes separados das outras coisas vivas,dando a todas as espécies a mesma história evolutiva e presumia-se assim que poderia também se ver a origem de nossos traços mentais em outras espécies, 10 mesmo que de forma mais simples e rudimentar e assim, no final do século XIX e início do século XX, alguns psicólogos passaram a conduzir experimentos com animais. Após Watson, o mais importante behaviorista foi B. F. Skinner Para levar a cabo as suas teorias, efetuou então várias experiências com animais e seres humanos. Eis algumas das mais conhecidas: Experiências com bebês: Segundo uma experiência realizada com bebês, a resposta que se obteria deles perante diferentes estímulos (sons fortes, obstáculos ao movimento corporal e cócegas e carícias) seria a demonstração de medo, ira e amor, respectivamente. - A eliminação de medos: Para extinguir o medo de uma criança em relação a alguma coisa (neste caso animais), Watson considerou o seguinte quadro: ESTÍMULO DO MEDO ESTÍMULO INVERSO RESPOSTA Animais que causavam medo a crianças; Situações que não causavam medo a crianças; Recondicionamento após várias tentativas, aproximando os animais gradualmente. A experiência consistia em estimular a criança, depois de ter visionado o que lhe infligia medo, num sentido contrário, apresentando-lhe uma situação que ela não visse como ameaçadora. Em seguida, far-se-ia uma aproximação gradual da criança ao animal que lhe causava medo, de forma a ser diluído o receio existente em relação a ele. 11 - A “fábrica de medos”: Há ainda uma outra experiência, realizada por John Watson, juntamente com Rosalie Rayner, a sua esposa, cujo objetivo era evidenciar o modo como ocorre a aprendizagem, no caso do medo. No início da experiência, uma criança de 11 meses, perfeitamente normal, é posta a brincar com um coelho branco. Em seguida, é-lhe apresentado um rato branco e ela brinca novamente com o animal. Entretanto, os experimentadores que conduzem a experiência fazem soar um ruído muito forte e intimidante, fazendo-a associar o aparecimento do rato ao som, provocando-lhe medo e choro. Quando lhe apresentaram novamente o rato, a reação de Albert (a criança) foi chorar, e o mesmo se passou com o coelho branco e com um homem com barbas brancas, percebendo-se que tinha desenvolvido medo a tudo o que fosse branco. Concluiu-se então, que os seres humanos são resultado das aprendizagens condicionados pelo meio, como já referimos. CRÍTICAS Apesar de em muitos aspectos a teoria behaviorista de Watson estar correta, levantaram-se, ao longo do tempo, algumas críticas pertinentes, sobretudo no que diz respeito ao pouco ênfase que atribuiu aos fatores biológicos na formação dos comportamentos. No entanto, muitas das críticas que se têm tecido sobre a sua teoria behaviorista são erradas e têm apenas em conta o que já se descobriu sobre o comportamento humano e não o que apenas se sabia nos inícios do século XX. Vou então abordar as teses de alguns autores que criticam o comportamentalismo e que considero serem as mais relevantes. - O comportamento não é influenciado somente por estímulos, também a história da aprendizagem e até a representação do meio do sujeito são importantes. Podemos, por exemplo, estimular muito uma criança para que revele o culpado de algum 12 acontecimento, contudo ela pode simplesmente não estar interessada em revelar essa identidade. Assim como o facto de existirem pessoas que não comem determinados pratos, apesar dos estímulos externos, porque elas não o encaram como um estímulo para si próprias; - As nossas ações não têm forçosamente de estar associadas a um estímulo. Por vezes, os indivíduos podem comportar-se de uma dada forma (como, por exemplo, se estivesse a sentir cócegas), sem, de fato, estar a sentir algo. Há certas propriedades da nossa mente, como a dor, em que é inviável descrevê-las em termos comportamentais; - A corrente behaviorista não explica a ocorrência de determinados fenômenos: “Eu não bebo água quando a vejo, apenas quando tenho sede.”. Com isto, vários enigmas do comportamento humano ficavam por esclarecer. De acordo com o que é defendido por muitos autores, é com esta questão que se prende a necessidade de estudar de um modo rigoroso os processos mentais que se estabelecem em cada pessoa. Desta forma, o estudo dos comportamentos ligar-se-ia também às predisposições, ou seja, às atitudes, segundo a personalidade dos indivíduos; - Noam Chomsky foi um dos grandes críticos da corrente behaviorista. Segundo ele, a concepção de comportamento criada por Watson não era capaz de explicar os mistérios relacionados com a fala, sobretudo no modo como se processava a aquisição de competências lingüísticas nas crianças. Para Chomsky, o indivíduo tinha de selecionar um número infinito de frases e escolher aquela que se adequava à questão que lhe era lançada. Essa capacidade não era então conseguida se seguíssemos o condutivismo, perante o reforço incessante de cada um das frases. Noam considerou que o poder de comunicação dos seres humanos seria a consequência da existência de “ferramentas cognitivas gramaticais inatas”; - Piaget foi outro autor que se desmarcou da teoria de Watson. Perante situações idênticas (S), diferentes indivíduos – educados no mesmo meio – têm reações diferentes (R). Por exemplo, quando várias pessoas presenciam um acidente de viação, não agem todas da mesma forma. Umas correm para o local e chamam a ambulância, enquanto que outras, muito provavelmente entram em pânico ou fogem. 13 Perante esta realidade, Piaget propôs uma interpretação mais alargada do comportamento, defendendo que este é, nada mais, nada menos, que uma manifestação de um personalidade (P), perante um acontecimento específico (S). Evolução do conceito de comportamento O comportamento está dependente da interação entre a situação (S) e a personalidade do sujeito (P), aquilo que o caracteriza e que por várias razões o tornam único e independente. O Homem é produto de um processo complexo entre os fatores interiores e exteriores a si, dispondo de um grande capacidade de se moldar e de se adaptar ao meio que o rodeia. A personalidade constrói-se de acordo com as características herdadas e aquelas que vai adquirindo nas experiências que testemunha e vivência. Apesar de se cingir, nos seus estudos, ao comportamento observável e à experimentação, as teorias de Watson permitiram uma dinamização da Psicologia, enquanto ciência que tem por base o estudo do Homem e o seu comportamento. Rompendo com as concepções dominantes da sua época (sendo alvo de muitas críticas e até de um certo “desacreditar”), este psicólogo defendeu uma visão nova acerca do comportamento, explorando ao máximo as suas vertentes. Através do estudo do estímulo e da resposta (E e R), distanciou-se dos métodos mais complexos como o da introspecção. Assim, criando uma nova corrente da Psicologia – o Behaviorismo –, novas informações e ilações puderam ser compreendidas, no diz respeito ao modo como todos nós agimos, atribuindo grande importância ao meio envolvente e à prevalência dos aspectos aprendidos em sociedade, em relação aos que fazem parte do nosso ser, com os quais nascemos. É certo que a atribuição de tão pouca importância à hereditariedade e, desta feita, aos fatores biológicos, foi um dos aspectos menos corretos da sua teoria, fato esse que se constata, mais tarde, com a teoria de Damásio. Porém, tendo em conta a época histórica e as condições de que John Watson dispunha para levar adiante os seus estudos, facilmente percebemos que a sua carreira foi efetivamente marcante e 14 revolucionária, o seu papel na área de que temos vindo a falar foi, sem dúvida, indiscutível. BURRHUS FREDERIC SKINNER Burrhus Frederic Skinner, eminentepsicólogo contemporâneo nascido nos Estados Unidos em 1904. Lecionou nas Universidades de Harvard, Indiana e Minnesota. Entre outros trabalhos publicou os seguintes livros: Behavior of Organisms, (o comportamento dos organismos) Verbal Behavior (comportamento verbal) Science and Human Behavior.(comportamento científico e humano). Em 1932, B. F. Skinner, da Universidade de Harvard relatou uma de suas observações, sobre o comportamento de pombos e ratos brancos. Para seus experimentos Skinner inventou um aparelho que depois de passar por modificações é hoje muito conhecido e utilizado nos laboratórios de psicologia, chamado como Caixa de Skinner. Influenciado pelos trabalhos de Pavlov e Watson, Skinner passou a estudar o comportamento operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo da psicologia da aprendizagem. Esses estudos levaram-no a criar os métodos de ensino programado que podem ser aplicados sem a intervenção direta do professor, através de livros, apostilas ou mesmo máquinas. Caixa de Skinner Devido à sua preocupação com controles científicos estritos, Skinner realizou a maioria de suas experiências com animais inferiores, principalmente o Rato Branco e o Pombo. Desenvolveu o que se tornou conhecido por "Caixa de Skinner" como aparelho adequado para estudo animal. Tipicamente, um rato é colocado dentro de uma caixa fechada que contém apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento. Quando o rato aperta a alavanca sob as condições estabelecidas pelo experimentador, uma bolinha de alimento cai na tigela 15 de comida, recompensando assim o rato. Após o rato ter fornecido essa resposta o experimentador pode colocar o comportamento do rato sob o controle de uma variedade de condições de estímulo. Além disso, o comportamento pode ser gradualmente modificado ou modelado até aparecerem novas repostas que ordinariamente não fazem parte do repertório comportamental do rato. Êxito nesses esforços levou Skinner a acreditar que as leis de aprendizagem se aplicam a todos os organismos. Em escolas, o comportamento de alunos podem ser modelados pela apresentação de materiais em cuidadosa seqüência e pelo oferecimento das recompensas ou reforços apropriados. A aprendizagem programada e máquinas de ensinar, são os meios mais apropriados para realizar aprendizagem escolar. O que é comum ao homem, a pombos, e a ratos é um mundo no qual prevalecem certas contingências de reforços. Duas espécies de aprendizagem Para cada espécie de comportamento, Skinner identifica um tipo de aprendizagem ou condicionamento. Associado ao Comportamento Respondente está o Condicionamento Respondente, e Associado a Comportamento Operante está o Condicionamento Operante. Temos então o primeiro tipo de aprendizagem, que é chamado de "Condicionamento Respondente", e o segundo tipo de aprendizagem que Skinner chama de "Condicionamento Operante". 1- Condicionamento Respondente - "reflexo" ou "involuntário" Skinner acredita que essa espécie de Condicionamento desempenha pequeno papel na maior parte do comportamento do ser humano e se interessa pouco por ele. Ex: dilatação e contração da pupila dos olhos em contato com a mudança da iluminação. Arrepios por causa de ar frio. 16 2- Condicionamento Operante - Está relacionado com o comportamento operante que podemos considerar como "voluntário". O comportamento operante inclui todas as coisas que fazemos e que tem efeito sobre nosso mundo exterior ou operam nele. Ex: dirigir o carro, dar uma tacada na bola de golfe. Enquanto que o Comportamento Respondeste é controlado por um estímulo precedente, o Comportamento Operante é controlado por suas conseqüências - estímulos que se seguem à resposta. Implicações no Ensino: A Tecnologia do Ensino. Do ponto de vista de Skinner existem várias deficiências notáveis em nossos atuais métodos de ensino: Um dos grandes problemas do ensino, diz Skinner é o uso do controle aversivo.Embora algumas escolas ainda usem punição física, em geral houve mudanças para medidas não corporais como ridículo, repreensão, sarcasmo, crítica, lição de casa adicional, trabalho forçado, e retirada de privilégios. Exames são usados como ameaça e são destinados principalmente a mostrar o que o estudante não sabe e coagi-lo a estudar. O estudante passa grande parte do seu dia fazendo coisas que não deseja fazer e para as quais não há reforços positivos. Em consequência, ele trabalha principalmente para fugir de estimulação aversiva. Faz o que tem a fazer porque o professor detém o poder e autoridade, mas, com o tempo o estudante descobre outros meios de fugir. Ele chega atrasado ou falta, não presta atenção (retirando assim reforçadores do professor), devaneia ou fica se mexendo, esquece o que aprendeu, pode tornar-se agressivo e recusar a obedecer, pode abandonar os estudos quando adquire o direito legal de fazê-lo. Skinner acredita, que os Professores, em sua maioria, são humanos e não desejam usar controles aversivos. As técnicas aversivas continuam sendo usadas, com toda probabilidade, porque não foram desenvolvidas alternativas eficazes. 17 As crianças aprendem sem ser ensinadas diz Skinner porque estão naturalmente interessadas em algumas atividades e aprendem sozinhas. Por esta razão, alguns educadores preconizam o emprego do método de descoberta. Mas diz Skinner, descoberta não é solução para o problema de educação. Para ser forte uma cultura precisa transmitir-se; precisa dar as crianças seu acúmulo de conhecimento, aptidões e práticas sociais e éticas. A instituição de educação foi estabelecida para servir a esse propósito. Certamente estudantes devem ser encorajados a explorar, a fazer perguntas a trabalhar e estudar independentemente para serem criativos. Não se segue daí que essas coisas só possam ser obtidas através de um método de descoberta. De acordo com Skinner, estudantes não aprendem simplesmente fazendo. Nem aprendem simplesmente por exercício ou prática. A partir apenas de experiência, um estudante provavelmente nada aprende. Simplesmente está em contato com o ambiente não significa que ele o perceberá.. Para ocorrer a aprendizagem devemos reconhecer a resposta, a ocasião em que ocorrem as respostas e as conseqüências da resposta. Para Skinner a aplicação de seus métodos à educação é simples e direta. Ensinar é simplesmente o arranjo de contingências de reforço sob as quais estudantes aprendem. Tecnicamente falando, o que está faltando na sala de aula, diz Skinner, é o reforço positivo. Estudantes não aprendem simplesmente quando alguma coisa lhes é mostrada ou contada. Em suas vidas cotidianas, eles se comportam e aprendem por causa das conseqüências de seus atos. As crianças lembram, porque foram reforçadas para lembrar o que viram ou ouviram. Para Skinner, a escola está interessada em transmitir a criança grande número de respostas. A primeira tarefa é modelar as respostas, mas a tarefa principal é colocar o comportamento sob numerosas espécies de controle de estímulo. Para tornar o estudante competente em qualquer área de matéria, deve-se dividir o material em passos muito pequenos. Os reforços devem ser contingentes a cada 18 passo da conclusão satisfatória, pois os reforços ocorrem freqüentemente, quando cada passo sucessivo no esquema, for o menor possível. Na sala de aulas tradicional, as contingências de reforço mais eficiente para controlar o estudante, provavelmente estão além das capacidades de um professor. Por isso, sustenta Skinner, aparelhos mecânicos e elétricos devem ser usados para maior aquisição. A Máquina de Ensinar A mais conhecida aplicação educacional do trabalho de Skinner é sem dúvida Instrução programada,e máquinas de ensinar. Existem várias espécies de máquinas de ensinar. Embora seu custo e sua complexibilidade variem consideravelmente, a maioria das máquinas executa funções semelhante. Skinner acredita que as máquinas de ensinar apresentam várias vantagens sobre outros métodos. Estudantes podem compor sua própria resposta em lugar de escolhê-la em um conjunto de alternativas. Exige-se que lembrem mais, e não apenas que reconheçam - que dêem respostas e que também vejam quais são as respostas corretas. A máquina assegura que esses passos sejam dados em uma ordem cuidadosamente prescrita. Embora, é claro, que a máquina propriamente dita não ensine, ela coloca estudantes em contato com o professor ou a pessoa que escreve o programa. Em muitos aspectos, diz Skinner, é como um professor particular, no sentido de haver constante intercâmbio entre o programa e o estudante. A máquina mantém o estudante ativo e alerta. A máquina de Skinner permite que o professor dedique suas energias a formas mais sutis de instrução, como discussão. 19 Materiais Programados (Instrução Programada) O sucesso de tais máquinas depende, naturalmente, do material nelas usado. Podem hoje, ser encontrados comercialmente numerosos programas em qualquer área de matéria, mas muitos professores estão aprendendo a escrever seus próprios programas. Os programas não precisam ser necessariamente usados em máquinas; muitos são escritos em forma de livro. Todavia, um programa distingue-se de um livro de texto, pelo fato do livro ser uma fonte de material a que o estudante se expõe. A instrução programada leva o aluno a estudar sem a intervenção direta do professor. As características deste método são: a matéria a ser aprendida é apresentada em pequenas partes; estas são seguidas de uma atividade cujo acerto ou erro é imediatamente verificado. O estudo é individual, "mas auxiliado pelo professor", sendo assim o aluno progride em sua própria velocidade. Em síntese, a instrução programada leva o aluno ao conhecimento e ao aprendizado. ex: (Fichas) Mamífero é todo o animal que mama quando é filhote. Todo animal que mama quando filhote é um mamífero Quando um animal mama ao nascer, podemos afirmar que ele é um Mamífero. Conclusão: Desde 1950 tem-se expandido muito o estudo do condicionamento operante, não apenas usando ratos, mas também animais de outras espécies e ainda seres humanos. A aplicação prática que se tem feito dos estudos experimentais do condicionamento operante é baseada na eficácia da administração sistemática de recompensas (reforços) a um organismo, quando queremos que ele apresente certas reações. 20 Essa aplicação prática requer que se faça o levantamento dos eventos que reforçam um dado indivíduo. Controlaremos as reações utilizando as consequências reforçadoras. Isto é importante em todos os campos em que o comportamento figura em destaque: Educação, Governo, Família, Clinica, Indústria, etc Cognitivo Inicialmente, vale a pena esclarecer o conceito de cognição: “processo através do qual o mundo de significados tem origem. À media que o ser se situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é, atribui significados à realidade em que se encontra. Esses significados não são entidades estáticas, mas pontos de partida para a atribuição de outros significados. Tem origem, então, a estrutura cognitiva (os primeiros significados), constituindo-se nos ‘pontos básicos de ancoragem’ dos quais derivam outros significados”. Existem 3 níveis de pensamento: Pensamentos Automáticos – muitas vezes de difícil acesso, está relacionado a situações ou lembranças, e deflagra emoções, sensações e comportamentos específicos. (Ex.: em dia de prova –situação – Penso: “Não sei nada, vou me dar mal”). Suposições ou regras – Muitas vezes em forma de “Se... então”, é um nível mais profundo de pensamentos que regulam nossa forma de ver o mundo. (ex.: “Se não for bem em matemática, então sou mal aluno” ou “Se comi um doce e estraguei a dieta, posso comer tudo o que estiver em minha frente”). Crenças Centrais – construídas na infância e adolescência através de situações traumáticas ou freqüentes, apresentam-se de forma rígida e cristalizada, formando um esquema complexo que rege nossos comportamentos. (ex.: “Sou Burro”, “Sou Incapaz”, “O mundo é terrível”, “Sou o máximo”). 21 JEAN PIAGET Jean Piaget (1896-1980) foi um grande investigador da psicologia do desenvolvimento. Ele acreditava que o que nos diferencia dos outros animais é a nossa capacidade de ter um pensamento simbólico e abstrato. Também acreditava que a maturação biológica estabelece as pré-condições para o desenvolvimento cognitivo (cognição, o ato de conhecer). Assim, o desenvolvimento cognitivo consiste em adaptações às novas observações e experiência. Na perspectiva construtivista de Piaget, o começo do conhecimento é a ação do sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhecimento humano se constrói na interação homem-meio, sujeito-objeto. Conhecer consiste em operar sobre o real e transformá- lo a fim de compreendê-lo, é algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento. As formas de conhecer são construídas nas trocas com os objetos, tendo uma melhor organização em momentos sucessivos de adaptação ao objeto. A adaptação ocorre através da organização, sendo que o organismo discrimina entre estímulos e sensações, selecionando aqueles que irá organizar em alguma forma de estrutura. Existem dois pontos principais na sua teoria: O processo de conhecer e os estágios/ etapas pelos quais nós passamos à medida que adquirimos essa habilidade. As adaptações pelas quais passamos podem ser por: Assimilação: é a incorporação dos dados da realidade nos esquemas disponíveis no sujeito, é o processo pelo qual as ideias, pessoas, costumes são incorporadas à atividade do sujeito. Ou seja, moldar novas informações para encaixar nos esquemas existentes. 22 Acomodação: são mudança nos esquemas existentes pela alteração de antigas formas de pensar ou agir. Como já foram mencionados, de acordo com a teoria de Piaget, os seres humanos só conhecem a realidade atuando sobre ela, por isso ele estabelece intercâmbio com o meio midiatizados pelos esquemas de ação e pelos esquemas de representação. Os esquemas de ação podem ser compreendidos como os primeiros reflexos (sugar, pegar entre outros), que a criança tem; além de incluir tudo o que é generalizado numa determinada ação. Por outro lado, os esquemas de representação só tornam possíveis quando a criança adquiriu a capacidade de distinguir entre significante e significado - ela passa a representar suas ações, situações e experiências através destes esquemas. É através dos esquemas de ações e representações que as crianças entram em contato com o meio, cada objeto novo as crianças tentam encaixá-las em seus esquemas. É graças aos esquemas que podemos interpretar dar significado ao meio. Num ponto de vista da aprendizagem, pode-se concluir que a capacidade dos seres humanos para aprender com experiência depende dos esquemas que utilizam para interpretá-la e lhe dar significado. Enquanto, para o processo ensino aprendizagem a capacidade de o aluno aprender depende não somente do ensino, mas também das formas ou estruturas de pensamento que ele predispõe para assimilar o ensino, ou seja, depende do nível de competência cognitiva do aluno. Em Piaget, o mecanismo da equilibração tem um jogo duplo de assimilação e de acomodação e depois, busca permanente de equilíbrio entre a tendência dos esquemas para assimilar a realidade e a tendência contrária para se acomodar e modificar-se para atender às suas resistências e exigências. Este é o motor do desenvolvimento cognitivo humano,as trocas com o meio e o sujeito resultando estado sucessivo de equilíbrio mutável, separados por fases mais ou menos duradouras de desequilíbrios e de busca de um novo equilíbrio. De forma bastante detalhada Piaget trata as etapas de evolução desses esquemas e de forma organizada, desde o nascimento até a idade adulta. 23 Podendo ser classificada os períodos da inteligência em quatro estágios abaixo descritos: Sensório-motor (do nascimento aos 2/3 anos): nesta fase a criança está explorando o meio físico através de seus esquemas motores. Nesta etapa desenvolve o conceito de permanência do objeto, constrói esquemas sensórios - motores e é capaz de fazer imitações, construindo representações mentais cada vez mais complexas. Pré-operatório ou intuitivo (dos 2/3 aos 6/7 anos): a criança inicia a construção da relação causa e efeito. É a chamada idade dos porquês e do faz-de-conta. Ela é capaz de simbolizar, de evocar objetos ausentes. Estabelece diferença entre significante e significado, o que possibilita distância espaço-temporal entre o sujeito e o objeto, por meio da imagem mental. A criança é capaz de imitar gestos, mesmo com a ausência de modelos. Estádio pré-operatório (dos 2/3 aos 6/7 anos) - a criança inicia a construção da relação causa e efeito, bem como das simbolizações. É a chamada idade dos porquês e do faz-de-conta. Seu pensamento apesar de lógico, ainda está preso aos conceitos concretos, não fazendo ainda abstrações. Operatório Concreto (dos 6/7 aos 10/11 anos): a criança começa a construir conceitos, através de estruturas lógicas, consolida a conservação de quantidade e constrói o conceito de número. A criança tem a inteligência operatória concreta, sendo capaz de realizar uma ação interiorizada, executada em pensamento, reversível, pois admite a possibilidade de uma inversão e coordenação com outras ações, também interiorizadas. Necessita de material concreto, para realizar essas operações, mas já está apta a considerar o ponto de vista do outro, sendo que está saindo do egocentrismo. Formal (dos 10/11 aos 15/16 anos): o adolescente tem as estruturas intelectuais para combinar as proporções, as noções probabilísticas, raciocínio hipotético dedutivo de forma complexa e abstrata. Fase em que o ele constrói o pensamento abstrato, conceptual, conseguindo ter em conta as hipóteses 24 possíveis, os diferentes pontos de vista e sendo capaz de pensar cientificamente. A partir das experimentações de Piaget, o objetivo de escola se modifica e passa a ser o de desenvolver as capacidades dos indivíduos. Há uma tendência de identificar os programas educativos correspondentes as diferentes idades, com as competências estabelecidas na teoria de Piaget, de forma que o objetivo é desenvolver corretamente estas competências e construir as estruturas mentais correspondentes. Ao contrário do ensino tradicional, em que o indivíduo é considerado tábua rasa o qual a escola precisa enchê-lo de conteúdos. A visão que Piaget tem sobre o sujeito que possui conceitos - não científico, ou seja, os chamados conceitos espontâneos que lhe permite entender a realidade e relacionar-se com ela. À medida que esta relação vai sendo estabelecido com a realidade, o indivíduo desenvolve conceitos espontaneamente durante o processo da própria experiência da criança. Levar isto em consideração implica a escola ver o aluno com experiências importantes, como ponto de partida para formação dos conceitos científicos, sendo possível o desenvolvimento deste último tão somente quando os conceitos espontâneos da criança tem alcançado um nível determinado, próprio do começo da idade escolar. LEV VYGOTSKY Lev Vygotsky viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 – entanto Vygotsky morreu aos 34 anos). No entanto, eles não chegaram a se encontrar em vida, devido a vários fatores, principalmente os políticos. Lev Vygotsky nasceu na Rússia, num contexto histórico de conflitos políticos (Revolução Russa), sendo este um dos motivos pelo qual sua obra só foi conhecida e valorizada mais recentemente, apesar de sua pesquisa ser de suma importância para as ciências educacionais e psicológicas. 25 Para o autor, o desenvolvimento cultural da criança aparece segundo a lei da dupla formação, em que todas as funções aparecem duas vezes: primeiro no nível social e depois no nível individual; ou seja, primeiro entre as pessoas (Inter psicológica) e depois no interior da criança (intrapsicológica). Ele acreditava que a aprendizagem na criança podia ocorrer através do jogo, da brincadeira, da instrução formal ou do trabalho entre um aprendiz e um aprendiz mais experiente. Os processos psíquicos, a aprendizagem entre eles ocorre por assimilações de ações exteriores, interiorizações desenvolvidas através da linguagem interna que permite formar abstrações. Para Vygotsky, a finalidade da aprendizagem é a assimilação consciente do mundo físico mediante a interiorização gradual de atos externos e suas transformações em ações mentais. Nesse processo, a aprendizagem se produz, pelo constante diálogo entre o exterior e interior do indivíduo, uma vez que para formar ações mentais tem que partir das trocas com o mundo externo, cuja da interiorização surge à capacidade das atividades abstratas que a sua vez permite elevar a cabo ações externas. O que nos faz pensar que esse processo de aprendizagem se desenvolve do concreto (segundo as variáveis externas) a abstrata (as ações mentais), com diferentes formas de manifestações, tanto intelectual, verbal e de diversos graus de generalizações e assimilações. • Ao contrário da imagem de Piaget em que o indivíduo constrói a compreensão do mundo, o conhecimento sozinho, Vygotsky via o desenvolvimento cognitivo como dependendo mais das interações com as pessoas e com os instrumentos do mundo da criança. • Esses instrumentos são reais: canetas, papel, computadores; ou símbolos: linguagem, sistemas matemáticos, signos.Um pressuposto básico de Vygotsky é a de que durante o curso do desenvolvimento, tudo aparece duas vezes: • 1º a criança entra em contato com o ambiente social, o que ocorre ao nível interpessoal. 26 • Depois a criança entra em contato com ela própria, num nível intrapessoal. Teoria de Vygotsky do Desenvolvimento Cognitivo Vygotsky sublinhou as influências socioculturais no desenvolvimento cognitivo da criança: - O desenvolvimento não pode ser separado do contexto social - A cultura afeta a forma como pensamos e o que pensamos - Cada cultura tem o seu próprio impacto - O conhecimento depende da experiência social A criança desenvolve representações mentais do mundo através da cultura e da linguagem. Os adultos têm um importante papel no desenvolvimento através da orientação que dão e por ensinarem. Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) – intervalo entre a resolução de problemas assistida e individual. Uma vez adquirida a linguagem nas crianças, elas utilizam a linguagem/discurso interior, falando alto para elas próprias de forma a direcionarem o seu próprio comportamento, linguagem essa que mais tarde será internalizada e silenciosa – Desenvolvimento da Linguagem. Vygotsky – Implicações na Educação • Participação ativa do sujeito e aceitação das diferenças individuais • Jogo do faz de conta é o contexto ideal para promover o desenvolvimento cognitivo. • Promove aprendizagem cooperativa • Atividades entre estudantes de diferentes níveis de competências • Acompanhamento e utilização da ZDP da criança • Utilizar os pares com mais competências como professores • Monitorização e encorajamento da linguagem/discurso interior • A instrução em contextos significativos • Transformação da sala de aula 27 Desafios à Teoriade Vygotsky • A comunicação verbal pode não ser a única forma pela qual o pensamento se desenvolve. • Os educadores podem orientar as crianças em diferentes formas. PIAGET E VYGOTSKY - Diferenças e semelhanças A) QUANTO AO PAPEL DOS FATORES INTERNOS E EXTERNOS NO DESENVOLVIMENTO Piaget privilegia a maturação biológica; Vygotsky, o ambiente social, Piaget, por aceitar que os fatores internos preponderam sobre os externos, postula que o desenvolvimento segue uma sequência fixa e universal de estágios. Vygotsky, ao salientar o ambiente social em que a criança nasceu, reconhece que, em se variando esse ambiente, o desenvolvimento também variará. Neste sentido, não se pode aceitar uma visão única, universal, de desenvolvimento humano. B) QUANTO À CONSTRUÇÃO REAL Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra. A visão particular e peculiar (egocêntrica) que as crianças mantêm sobre o mundo vai, progressivamente, aproximando-se da concepção dos adultos: torna-se socializada, objetiva. Vygotsky discorda de que a construção do conhecimento proceda do individual para o social. Em seu entender a criança já nasce num mundo social e, desde o nascimento, vai formando uma visão desse mundo através da interação com adultos ou crianças mais experientes. A construção do real é, então, mediada pelo interpessoal antes de ser internalizada pela criança. Desta forma, procede-se do social para o individual, ao longo do desenvolvimento. 28 C) QUANTO AO PAPEL DA APRENDIZAGEM Piaget acredita que a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e tem pouco impacto sobre ele. Com isso, ele minimiza o papel da interação social. Vygotsky, ao contrário, postula que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, de modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento. D) QUANTO AO PAPEL DA LINGUAGEM NO DESENVOLVIMENTO E Á RELAÇÃO ENTRE LINGUAGEM E PENSAMENTO Segundo Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, que apenas é uma das suas formas de expressão. A formação do pensamento depende, basicamente, da coordenação dos esquemas sensor motores e não da linguagem. Esta só pode ocorrer depois que a criança já alcançou um determinado nível de habilidades mentais, subordinando-se, pois, aos processos de pensamento. A linguagem possibilita à criança evocar um objeto ou acontecimento ausente na comunicação de conceitos. Piaget, todavia, estabeleceu uma clara separação entre as informações que podem ser passadas por meio da linguagem e os processos que não parecem sofrer qualquer influência dela. Este é o caso das operações cognitivas que não podem ser trabalhadas por meio de treinamento específico feito com o auxílio da linguagem. Por exemplo, não se pode ensinar, apenas usando palavras, a classificar, a seriar, a pensar com responsabilidade. Para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o início da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais superiores: ela dá uma forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação, o uso da memória e o planejamento da ação. Neste sentido, a linguagem, diferentemente daquilo que Piaget postula, sistematiza a experiência direta das crianças e por isso adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos que nele estão em andamento. 29 CONTRIBUIÇÕES DE PIAGET E VYGOTSKI PARA A EDUCAÇÃO ‘’Piaget e Vygotsky nos chamam a atenção para a utilização de metodologista de estudo qualitativa na educação. Os dois refutam qualquer explicação de desenvolvimento como mero acúmulo quantitativo de aquisições. O método clínico-piagetiano coloca claramente esse ponto. Investigar o raciocínio do aluno não significa simplesmente dar problemas formais para serem resolvidos individualmente, de forma rígida. Podemos aprender muito sobre o raciocínio da criança, se criamos tarefas, que embora bem estruturadas, não são rígidas em sua aplicação, nem devem ser resolvidas pelo sujeito isoladamente. O experimentador precisa participar com o aluno na resolução do problema. Vygotsky, com seu conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, também nos faz perceber que a avaliação não pode ser um momento isolado e ao final do processo de aprendizagem. “Devemos avaliar continuamente, pois o mais importante não é a aprendizagem que já ocorreu, mas, aquela que está acontecendo.” MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO No Brasil devido aos altos índices de analfabetismo muitos especialistas discutem qual seria o melhor método de alfabetizar. As formas de alfabetizar são muitas e cada uma delas destaca um aspecto no aprendizado. Desde o método fônico, passando pelo método da linguagem total, que não utiliza cartilhas, e o alfabético, que trabalha com o soletramento, todos contribuem, de uma forma ou de outra, para o processo de alfabetização. * Método Sintético: O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as 30 letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto. No fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras. Neste método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e professores no aprendizado, apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, evitando confusões auditivas e visuais. Como este aprendizado é feito de forma mecânica, através da repetição, o método sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e enfadonho para as crianças, pois é baseado apenas na repetição e é fora da realidade da criança, que não cria nada, apenas age sem autonomia. * Método Analítico: O método analítico, também conhecido como “método olhar-e-dizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores. Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas. Este método pode ser divido em palavração, setenciação ou global. Na palavração parte-se da palavra. Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma sequência que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de um certo número de palavras, iniciando assim a formação das frases. Na setenciação, a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas. Já no global, o método é composto por várias unidades de leitura que têm começo, 31 meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. * Método Alfabético: Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias. Neste processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. O método Alfabético permite a utilização de cartilhas. * Método Fônico: O método fônico consisteno aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim. O método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais. Depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. Cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São ensinadas primeiro as sílabas mais simples e depois as mais complexas. * O método construtivista: Propõe um currículo baseado no domínio das competências básicas e que esteja em consonância com os diversos contextos de vida dos alunos. "Mais do que reproduzir dados, denominar classificações ou identificar símbolos, estar formado para a vida, num mundo como o atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis contradições, significa saber se informar, se comunicar, argumentar, compreender e 32 agir, enfrentar problemas de qualquer natureza, participar socialmente, de forma prática e solidária, ser capaz de elaborar críticas ou propostas e, especialmente, adquirir uma atitude de permanente aprendizado". Os Parâmetros Curriculares Nacionais defendem a linha construtivista como método de alfabetização. Surgida na década de 80, a partir de estudiosas da área como Ana Teberowsky e Emília Ferreiro, esta linha defende que a escola deve valorizar o conhecimento que a criança tem antes de ingressar no estabelecimento. A sua ênfase é na leitura e na língua escrita. Os construtivistas são contra a elaboração de um material único para ser aplicado a todas as crianças, como as cartilhas, e rejeitam a prioridade do processo fônico. Por este método, as escolas, durante o processo de alfabetização, devem utilizar textos que estejam próximos do universo da criança. AS CONTRIBUIÇÕES DE EMILIA FERREIRO E ANA TEBEROSKY Emília Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, ela continuou, estudando um campo que o mestre não havia explorado: a escrita. A partir de 1974, Emília desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas em Psicogênese da Língua Escrita, assinado em parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky e publicado em 1979. Emilia é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde mora. As pesquisas de Emília Ferreiro, concentra o foco nos mecanismos cognitivos relacionados à leitura e à escrita. Ana Teberosky e Doutora em psicologia e docente do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona, e também atua no Instituto Municipal de Educação dessa cidade, desenvolvendo trabalhos em escolas públicas. A principal obra de Emilia Ferreiro juntamente com Ana Teberosky, “Psicogênese da Língua Escrita” foi de grande impacto no Brasil no começo dos anos de l980, mudando a concepção do processo de alfabetização, influenciando as próprias normas do governo para a área, expressas nos Parâmetros Curriculares Nacionais. 33 As pesquisas de Emília Ferreiro impactaram de tal forma o conceito de alfabetização que desmontou as teorias e possíveis explicações que os brasileiros levaram décadas para explicar como o fracasso na alfabetização inicial. Foram os estudos da autora que permitiram diferenciar alfabetização de ortografização. Hoje se sabe que os erros de ortográfica não estão relacionados ao modo de falar e sim com a convivência ou não com textos impressos. A teoria da psicogênese da língua escrita, segundo Ferreiro e Teberosky, consiste em supor que é necessária uma série de processos de reflexão sobre a linguagem para passar a uma escrita; porem a escrita constituída permite novos processos de reflexão que provavelmente não poderiam existir sem ela. As investigações de Emilia e seus colaborados procuram demonstrar o papel ativo do sujeito no processo de elaboração individual da escrita, porem evita a tese do adultocentrismo, pelo qual a criança era vista como um adulto em miniatura. Ela acredita que a criança é um ser diferente, uma personalidade incompleta que luta para realizar suas possibilidades, embora não esteja consciente do resultado final. O grande valor da “Psicogênese da língua escrita” foi permitir que os estudos de experimentação pedagógica construíssem uma didática voltada para a linguagem, trazendo os textos do mundo para dentro da escola e salas de aula buscando aproximar as práticas de ensino da língua as práticas de leitura e escritas reais. 34 REFERÊNICAS BIBLIOGRAFICAS AGUIAR, G. S.; BONAMINO, A.; FRANCO, C. Que construtos incluir nos questionários contextuais do estudo longitudinal? Como mensurá-los? Projeto Geres. Documento de trabalho. Rio de Janeiro: PUC-Rio/Laboratório de Avaliação da Educação, 2004. ALVES, Maria Teresa; SOARES, José. Francisco. Efeito-escola e estratificação escolar: o impacto da composição de turmas por nível de habilidade dos alunos. Educação em Revista, Belo Horizonte, n. 45, p. 25-59, 2007. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010246982007000100003&script =sci_arttext. Acesso em nov 2012. ARAÚJO, C.H; LUZIO, N. Leitura na educação básica. Brasília: Inep, 2004. 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