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FÍSICA 1 UNIDADE 05 5. ÓPTICA Nesta Unidade vamos estudar sobre Óptica. Óptica é a área da Física responsável pelo estudo dos fenômenos associados à luz. Os fenômenos relacionados à Óptica são conhecidos desde a Antiguidade. Existem registros de que, em 2.283 a.C., já eram utilizados cristais de rocha para observar as estrelas. Na Idade Antiga, na Assíria, já havia a lente de cristal; e na Grécia, utilizava-se a lente de vidro para obter fogo. O grande salto no estudo da Óptica ocorreu no século XVI. Galileu Galilei apresentou o primeiro telescópio, em 1609, e Snell Descartes chegou à Lei da refração. O trabalho mais importante dessa época foi a medição da velocidade da luz. O valor encontrado foi c = 3,08. 1010 cm/s, obtido por Bradley, em 1728. Outro importante nome para a evolução dos estudos sobre a Óptica foi o de Huygens, que, em 1678, apresentou a hipótese de que a luz seria uma onda. Isaac Newton também deixou suas contribuições na área, como a teoria da variação do índice de refração da luz pela variação da cor, que pode ser observada na dispersão da luz ao passar por um prisma. Espalhamento da luz em um prisma O fato de se considerar apenas a natureza corpuscular da luz representou um atraso nos estudos da Óptica. Somente em 1801 que Young realizou a experiência da interferência da luz, explicando-a a partir da teoria ondulatória. Em seguida, por volta de 1815, Fresnell explicou a teoria da difração da luz também por meio da teoria ondulatória. Outro cientista importante para o desenvolvimento dessa teoria foi Foucault, que descobriu que a velocidade da luz era maior no ar do que na água. Essa descoberta chocava-se com a teoria corpuscular, que afirmava que a velocidade da luz era maior na água que no ar. https://brasilescola.uol.com.br/fisica/ https://brasilescola.uol.com.br/fisica/galileu-ciencia-santa-inquisicao.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/galileu-ciencia-santa-inquisicao.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-snell-descartes.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-velocidade-luz.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/um-fisico-chamado-isaac-newton.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-experiencia-young.htm FÍSICA 2 Foi de James Clerk Maxwell a principal evidência de que a luz comportava-se como uma onda eletromagnética, pois ele provou que a velocidade de propagação de uma onda eletromagnética no espaço era igual à velocidade de propagação da luz. A teoria de que a luz se comportava apenas como uma onda eletromagnética foi questionada no final do século XIX. Isso porque não era suficiente para explicar o efeito fotoelétrico. Einstein utilizou a teoria de Planck para mostrar que a luz era formada por “pequenos pacotes de energia”, os fótons. A partir dessa teoria, Arthur Compton demonstrou que, quando um fóton e um elétron colidem, ambos se comportam como matéria. A partir de então, a luz passou a ser considerada como onda e como partícula, dependendo do fenômeno estudado. Essa teoria é denominada de natureza dual da luz. Os estudos de Óptica são divididos em duas partes: • Óptica geométrica: parte da Óptica que estuda a propagação da luz por meio dos raios de luz. Os fenômenos que essa área abrange são: propagação retilínea da luz, reflexão e refração da luz, espelhos e lentes; • Óptica física: estuda o comportamento ondulatório da luz. Os fenômenos estudados por essa área são: emissão, composição, absorção, polarização, interferência e difração da luz. A Óptica é uma parte da Física que está muito presente no nosso dia a dia. Algumas de suas aplicações podem ser observadas, por exemplo: • Em instrumentos utilizados para corrigir defeitos visuais, como os óculos e as lentes; • Instrumentos para observação, como os microscópios, telescópios e lunetas; • Em câmeras fotográficas, filmadoras etc.; • Espelhos. https://brasilescola.uol.com.br/fisica/maxwell-integracao-luz-com-magnetismo.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-efeito-fotoeletrico.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/efeito-compton.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-natureza-dual-luz.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-refracao-luz.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lentes-1.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/polarizacao-ondas.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/defeitos-na-visao-humana.htm FÍSICA 3 Óptica Geométrica A óptica geométrica interpreta a luz como segmentos de reta, chamados raios de luz. Os raios de luz são usados para ilustrar a direção e o sentido de propagação da luz. Grande parte dos fenômenos luminosos que observamos em nosso cotidiano pode ser explicada unicamente com as contribuições da óptica geométrica, como as sombras, os eclipses e a reflexão da luz. A óptica geométrica faz uso de uma concepção de luz relativamente simples, por isso, por meio dela podemos explicar facilmente como ocorre a formação de imagens em sistemas ópticos refletores, como espelhos planos e esféricos, mas também em sistemas ópticos refratores, como lentes delgadas, prismas e outros. A compreensão dos fenômenos luminosos, de acordo com a óptica geométrica, envolve alguns princípios, por isso, vamos entender cada um deles no próximo tópico. Caso queira acompanhar mais sobre essa subárea da óptica, leia nosso texto: Óptica geométrica. Princípios da óptica geométrica Esses princípios explicam como os raios de luz comportam-se em diversas situações. Eles são válidos sob condições específicas que envolvem meios ópticos homogêneos (de índice de refração constante) e isotrópicos (que apresentam as mesmas propriedades, independentemente da direção). Conheça cada um desses princípios: • Princípio da propagação retilínea da luz: os raios de luz propagam-se em linha reta. • Princípio da independência dos raios de luz: ao cruzarem-se, dois raios de luz atravessam um ao outro como se inexistissem mutuamente. • Princípio da reversibilidade dos raios de luz: o sentido de propagação dos raios de luz é reversível. https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/eclipse.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/espelhos-planos.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/espelhos-planos.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/formacao-imagens-espelhos-esfericos.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/formacao-imagens-nas-lentes-esfericas.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/formacao-imagens-nas-lentes-esfericas.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/optica-geometrica.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/indice-refracao.htm FÍSICA 4 Os telescópios são ferramentas de observação que se baseiam nos princípios da óptica geométrica. Óptica Física É a divisão da óptica que interpreta a luz como uma onda eletromagnética, com frequência e comprimento de onda bem definidos. A óptica ondulatória permite a compreensão de fenômenos que não podem ser explicados pela óptica geométrica, tais como a interferência, difração, polarização etc. Conceitos importantes da óptica Confira neste tópico alguns conceitos fundamentais para o seu estudo da óptica. Fontes de luz Chamamos de fonte de luz qualquer corpo que emana luz. Existem basicamente dois tipos de fontes de luz: primárias e secundárias: • Fontes primárias: são os corpos que produzem luz, também chamados de corpos luminosos. A luz pode ser produzida por diferentes processos, tais como a termoluminescência e a luminescência, que envolve diversos fenômenos de emissão de luz em baixas temperaturas. São exemplos de fontes primárias: o Sol e outras estrelas, a chama de uma vela, uma lâmpada acesa, a resistência de uma churrasqueira elétrica ligada etc. https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/ondas-eletromagneticas.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/ondas-eletromagneticas.htmhttps://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/o-fenomeno-difracao.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/a-polarizacao-luz.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/o-sol.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-sao-resistores.htm FÍSICA 5 • Fontes secundárias: são os corpos que apenas refletem a luz que incide sobre eles e, por isso, são conhecidos como corpos iluminados. São exemplos de fontes secundárias: a Lua, seres humanos, vegetais etc. Além das classificações relacionadas à forma como a luz emerge dos corpos, as fontes de luz podem ser divididas entre fontes puntiformes e fontes extensas, confira: • Fontes puntiformes: são aquelas que têm dimensões desprezíveis, ou seja, são muito pequenas em relação ao observador. Exemplos: as estrelas, o pixel de uma televisão, uma lanterna acesa a vários quilômetros de distância etc. • Fontes extensas: são fontes de luz cujo tamanho não pode ser desconsiderado, pois suas dimensões são comparáveis às do cenário que é iluminado. Exemplos: Sol e Lua. Lua Cheia Pôr do Sol https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-sao-estrelas.htm
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