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Agrostologia: Plantas forrageiras e pastagens

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AGROSTOLOGIA
Forragem: São as partes comestíveis das plantas exceto os grãos em separado;
Planta forrageira: É um termo que se refere a qualquer tipo de planta que possa ser utilizada na alimentação dos animais.
 Formas de utilizar a planta forrageira: Pastejo, corte para fornecimento de no cocho, fenação (desidratação), ensilagem, corte para conservação (fermentação);
Pastejo: É o ato do animal consumir as plantas forrageiras no local onde elas estão estabelecidas. (O próprio animal colhe a pastagem);
Pasto: É um termo que se refere a um tipo de vegetação que está contido na pastagem. Pasto é um termo mais específico. Para ser chamado de pasto, a planta tem que ser colhida pelo animal; 
Pastagem: Área coberta por vegetação nativa de plantas introduzidas e adaptadas, que são utilizadas para o pastejo dos animais. Base da alimentação de animais ruminantes e ceco funcionais. Os animais utilizam a fibra (carboidratos, proteínas e lipídeos) para produção de energia. É a fonte mais barata de nutrientes e de menor impacto no consumo de energia; 
Vegetação de pastagem: É composta predominantemente por gramíneas (capins), mas que geralmente inclui plantas de outras famílias, muitas vezes arbustos e árvores espaçadas;
Capineira: Cultura de gramínea forrageira, geralmente de porte alto e produção elevada, que se destina ao corte diário para o fornecimento na forma verde aos animais. A colheita é realizada pelo homem. 
CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS FORRAGEIRAS 
Quanto a natureza: 
Nativas: São originadas do Brasil;
Exóticas: Não são originadas aqui do Brasil, foram trazidas devido a sua qualidade, rentabilidade, adaptação...
Quanto ao ciclo de vida:
Anuais: No período máximo de 5 meses a planta cresce, se reproduz e após isso morre. EX.: milho, soja, feijão...
Bianuais: Vivem por 2 a 3 anos até que seu desenvolvimento chegue ao fim;
Perenes: Não possuem períodos de vida definidos, duram muitos anos. EX.: árvores, e algumas espécies de gramíneas;
· Se tiver intervenção do homem, esse ciclo de vida pode ser interrompido, ou seja, uma planta que dura 5 anos pode morrer antes caso o homem decida colhe-la
Classificação das pastagens
Quanto a composição botânica
Pastagens puras (solteiras): Formada apenas por uma espécie;
Pastagens consorciadas (mistas): Formada por duas ou mais espécies, geralmente gramíneas e leguminosas;
Quanto a origem 
Pastagens naturais: Originadas sem interferência do homem. Geralmente ocorrem onde o crescimento de árvores foi evitado ou restringido pelas condições climáticas ou de solo. (Pampas, altitudes elevadas, áreas costeiras ou expostas, solos salinos ou alagados);
Vegetação clímax: É o mais alto estágio de desenvolvimento que a vegetação pode alcançar em um equilíbrio dinâmico com o clima e o solo. A vegetação de pastagem é a vegetação clímax daquela região;
Pastagens Artificiais: Estabelecidas através da modificação da vegetação clímax pelo homem. (Vegetação desclimax). Essas pastagens são botanicamente instáveis, ou seja, pode voltar a se tornar vegetação clímax. A sua manutenção depende do manejo (fogo, tratos culturais, pastejo). A maioria das vegetações encontradas hoje foram modificadas pelo homem;
Pastagem nativas: São formadas por espécies da própria região (não exóticas). Toda pastagem natural é uma pastagem nativa, mas nem toda pastagem nativa é pastagem natural;
Características desejáveis nas plantas forrageiras 
· Boa produtividade ao longo do ano;
· Boa qualidade: valor nutritivo, boa palatabilidade, livre de fatores tóxicos ou anti-nutricionais;
· Ser perene;
· Alta relação folha-caule. Em geral, as folhas são mais nutritivas;
· Facilidade de estabelecimento;
· Resistência à pragas e doenças;
· Resistência a extremos climáticos (tolerância a frio, seca, geadas);
· Competitividade e agressividade (Capacidade de crescer mais rápido);
· Possibilidade de consorciação com outras espécies;
· Nem sempre é possível reunir todas as características favoráveis em uma mesma espécie, portanto, a produtividade e o valor nutricional oferecido pelas plantas pode variar;
Fatores que afetam a produtividade das pastagens
Fatores ambientais: Fatores climáticos: umidade, luz, temperatura; Fatores edáficos: Solo: aspectos físicos, textura, estrutura, porosidade; Aspectos químicos: Fertilidade;
Estacionalidade da produção de forragens: Redução da disponibilidade (quantidade) e do valor nutritivo das forragens em determinado período do ano; ocorre em função da variação dos fatores climáticos; Produção estacional dos rebanhos;
Clima temperado: Ocorre devido a variação de luminosidade e na temperatura, independente da disponibilidade de água. Dificulta a realização de fotossíntese;
Regiões tropicais: Ocorre devido a variação na distribuição de chuvas ao longo do ano. A variação da luminosidade e na temperatura é pequeno, portanto, não limitam o crescimento das plantas;
· O Brasil é um país de dimensões continentais e possui diferentes ecossistemas, cada um com sua particularidade;
Consequências: Diminuição do desempenho produtivo (ganho de peso, produção de leite, etc), perda de peso, problemas reprodutivos, problemas de saúde, morte;
Aspectos qualitativos das forragens 
Alimento: Substância que pode ser digerida pelo animal, ser totalmente ou parcialmente digerida, absorvida e assimilada, contribuindo para a nutrição do animal;
Nutriente: São os constituintes do alimento. São utilizadas na síntese de compostos químicos ou utilizadas para gerar energia. Os nutrientes requeridos pelos animais são: proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais e água; 
Nutrientes digestíveis: É a fração passível de ser digerida pelo animal e que pode ser utilizada para a produção de energia e manutenção do crescimento dos tecidos; 
Qualidade da forragem (valor alimentício): É o potencial que a forragem apresenta para produzir uma resposta animal desejável; os alimentos não são iguais no que concerne a capacidade de fornecer manutenção, crescimento e reprodução; A qualidade da forragem varia entre e dentre as espécies forrageiras; as exigências nutricionais variam de espécie e classes de animais; é preciso estimativas da qualidade da forragem para utilizá-las da melhor forma;
Como avaliar a qualidade da forragem? A análise mais precisa é a resposta favorável do animal; entretanto, podemos nos basear em experimentos e análises anteriores, artigos etc;
Valor nutritivo: Refere-se à composição da forragem que afetam a nutrição animal, independente do consumo voluntário. Inclui: composição química + digestibilidade + natureza dos produtos da digestão (eficiência energética);
Qualidade da forragem: É mais abrangente, inclui aspectos relativos ao valor nutritivo e ao consumo voluntário. EX.: palatabilidade, substâncias anti-qualitativas (substâncias tóxicas, anti-nutricionais, etc);
Qualidade= Valor nutritivo + potencial de consumo;
Alimentos de composição química diferente: Valor nutritivo diferente;
Alimentos de composição química semelhantes: Podem ser nutricionalmente diferentes (digestibilidade, diferenças de consumo voluntário);
Célula Vegetal 
Parede celular: É formada por proteínas. Sua função é fornecer estrutura para o vegetal. A parede celular das células vegetais presentes no caule das plantas é mais espessa o que confere mais resistência a célula;
A parede celular é formada por duas camadas principais: parede primária e parede secundária (mais internamente);
Primária: desenvolve-se simultaneamente à expansão célula. Nos parênquimas só há parede primária;
Secundária: desenvolve-se internamente à parede primária, após completar-se a expansão da célula;
Lamela média: Camada fina que separa as paredes primárias e secundárias. Formada principalmente de substâncias pectinas. (Pectina é mais presente nas leguminosas, já nas gramíneas é muito baixo);
· Quimicamente, a parede celular é composta por polissacarídeos, proteínas, compostos fenótipos, água e minerais. Destacam-se a celulose, a hemicelulose e a pectina. A digestibilidade da parede celular pode variar de 0 a 100%, de acordo com a sua estruturae espessura;
Constituintes da foragem
Conteúdo celular: Proteínas, açúcares, gorduras, amidos e pectinas. São facilmente digeridos, tanto pelas enzimas do animal como pelas enzimas dos microrganismos;
Parede celular: Carboidratos estruturais e lignina. Particular importância. Sua digestão depende das enzimas produzidas pelos microrganismos do trato gastrointestinal;
Lignina: Polímero complexo de moléculas fenólicas. Indigerível, mas seu maior efeito negativo é inibir a digestibilidade da celulose e da hemicelulose. Função de defesa e sustentação;
Animais ruminantes: A porção fibrosa dos alimentos são fermentados no rúmen bovino, depois voltam para a boca para ser completado o processo de digestão e por fim, vão para o abomaso para concluir a digestão e garantir a captura dos nutrientes;
Animais ceco funcionais: os cavalos possuem a digestão no intestino. No apêndice o ceco funciona como uma câmara de fermentação. Poe terem em estômago reduzido, esses animais são mais seletíveis em relação ao alimento;
Composição química das Forragens
· A análise química das forragens pode não fornecer uma estimativa direta do valor nutricional de uma forragem, mas permite estabelecer relações estatísticas para se determinar a digestibilidade e o consumo. A utilização dessas relações é importante para se predizer o desempenho animal através da análise dos teores de fibras, proteínas, lignina e de outros componentes da forragem; 
· Esquema de análise para estimar o valor nutritivo e o consumo voluntário;
 O método de Weende foi proposto por Henneberg em 1864, na Estação Experimental de Weende, na Alemanha. Por esse método se tem a análise proximal do alimento, também conhecida como composição centesimal. Essa análise visa obter informações sobre os seguintes componentes dos alimentos:
· Umidade ou matéria seca;
· Cinza ou matéria mineral;
· Proteína bruta;
· Gordura ou extrato etéreo;
· Extrato não nitrogenado;
· Fibra bruta.
Tais componentes, na realidade, não são compostos quimicamente definidos, mas sim grupos de compostos químicos, como, por exemplo, o extrato etéreo inclui os compostos solúveis em éter, não só os triglicerídeos.
Contudo, esse método não é satisfatório para se obter informação sobre os carboidratos, pois na fibra bruta (FB), parte dos componentes da parede celular, celulose e lignina, são solubilizadas.
Então, um novo método de análise foi idealizado por Van Soest no final da década de 60, o qual permite melhorar o fracionamento dos diversos componentes da fração fibrosa do alimento a partir da utilização de soluções detergentes para solubilizar conteúdo celular e/ou hemicelulose, tendo como resíduo a fibra em detergente. É um método amplamente utilizado para análises de forragem atualmente.
Procedimento básico: Distinção entre parede celular e conteúdo celular;
A amostra da forragem é tratada com solução detergente neutra;
Solubilização do conteúdo celular: O resíduo corresponde aos constituintes da parede celular (basicamente celulose, hemicelulose e lignina) e é denominada de fibra em detergente neutro (FDN);
Sistema Cornell: Criou o fracionamento dos carboidratos e proteínas para poder predizer com maior precisão o desempenho dos animais a partir dos ingredientes da dieta;
Carboidratos fibrosos (Parede celular): Celulose e hemicelulose + lignina. Fração B2: Fibra disponível (degradação lenta); Fração C: Fibra indisponível (não degradada);
Carboidratos não fibrosos (açúcares solúveis, amido e pectina): Fração A: açúcares solúveis (rápida degradação); Fração B1: amido e pectina (degradação intermediária);
Digestibilidade: É uma medida da proporção do alimento consumido que é digerido e metabolizado pelo animal. A digestibilidade é um fator importante na avaliação do valor nutritivo de um alimento e pode ser definida como a diferença dos valores observados entre o alimento consumido e o excretado, expresso em % do consumido. A digestibilidade potencial de todos os componentes da planta, exceto a lignina, acetina e sílica, é de 100%. Entretanto, a digestão completa jamais acontece, uma vez que a incrustação da hemicelulose e da celulose pela lignina têm efeito protetor contra a ação dos microrganismos do rúmen;
Alimentos com maior digestibilidade são mais consumidos; 
Consumo de Forragem
Estágio de crescimento: Plantas mais jovens possuem maior digestibilidade e maior consumo;
Palatabilidade: Forragens com maior palatabilidade têm maior consumo. A palatabilidade é influenciada por: aroma, textura, pilosidade, suculência, adubações, teor de açúcares, manchas de fezes e de urina, etc;
Fatores anti-qualitativos da forragem: Podem limitar a utilização das forragens. EX.: Substâncias tóxicas, substâncias anti-nutricionais, espinhos e esteroides;
Classificação dos alimentos
Alimentos Volumosos: São alimentos de baixo teor energético, com altos teores em fibras ou em água. Possuem menos de 60% de nutrientes digestivos totais (NDT) e/ou mais de 18% de fibra bruta (FB). EX.: capins verdes, silagens, fenos. Constituem a base alimentar dos ruminantes. São alimentos que apresentam grande volume em relação ao seu teor energético. Vacas leiteiras em produção necessitam de pelo menos 17% de FB;
Volumosos secos: Possuem menos de 25% de água;
Volumosos aquosos: Possuem mais de 25% de água;
Alimentos Concentrados: São aqueles com alto teor de energia, com mais de 60% de NDT e menos de 18% de FB. Alta concentração de energia em pouco volume;
Em função da acidose, esse alimento não é muito recomendado para vacas leiteiras;
Concentrado proteico: > 20% de proteína na matéria seca (MS);
Concentrado energético: <20% de proteína na matéria seca (MS);
Alimentos considerados energéticos: Grãos de cereal, coprodutos de grãos, raízes e tubérculos, subprodutos da indústria, gorduras e óleos;
Alimentos considerados proteicos: Origem vegetal (leguminosas e oleaginosas), origem animal (farinhas de carne, sangue, penas). Os alimentos de origem animal não podem mais ser usados devido a doença da vaca louca (proibidos por questões sanitárias);
Dieta: Conjunto de alimentos incluída a quantidade respectiva para atender à exigência nutricional do animal, incluindo a água;
 Ração: Quantidade de alimentos consumida pelo animal durante 24h;
Ração balanceada: É aquela que contém nutrientes em quantidades e proporções adequadas para atender as exigências orgânicas do animal;
Morfologia das plantas
Caules 
Colmos: caules aéreos articulados, com nós e internos: ocos (bambus). Cheios (cana);
Rizomas e estolões: Caules modificados;
Gemas: Pontos de crescimento;
Gemas apicais ou terminais: ápice do caule;
Gemas axilares ou laterais: axila de cada folha;
Gemas basilares: Estão localizadas na região da coroa, base do caule;
Dominância apical: Os meniscos apicais produzem hormônios (auxinas) que inibem o desenvolvimento das gemas axilares;
A recuperação das plantas após o corte acontece devido a: 
· Rebrotação a partir de meristemas apicais remanescentes na soca (meristema apical mantido). Rebrotação mais rápida;
· Rebrotação a partir de gemas basilares ou axilares (perfilhamento). Meristema apical eliminado. Rebrotação mais lenta;
· A predominância de um sistema a outro depende da idade da planta e/ou da forma como ela cresce;
Estolões: Caules aéreos laterais rastejantes, surgem a partir das gemas laterais próximas ao solo, promovem o crescimento lateral (alastramento), desenvolvem raízes e perfilho nos nós;
Rizomas: Caules subterrâneos, ricos em reservas, Rebrotação a partir de gemas auxiliares;
Hábitos de crescimento: determinado pelo crescimento do caule;
Pode ser cespitoso, estolonífero, rizomatoso;
Pode ser também ereto (não crepitoso), crepitoso e ereto, crepitoso e decumbente (se ramifica), estolonífero/prostrado;
Plantas com crescimento prostrado têm mais chances de refoliar;
Folhas: Originadas nos nós do colmo. Disposição alternada;
Partes das folhas: 
Bainha: Inserida no nó, envolve o entrenó acima do nó onde está ligada; possui forma tubular;
Lâmina: Plana, delgada, nervura central e outras paralelas, lanceoladas;
Colar:Região de junção da bainha com a lâmina, geralmente apresenta cor mais clara quando emerge, o crescimento da folha está completo;
Algumas espécies podem apresentar ainda:
Lígula: Prolongamento membranáceo ou cilhado (prolongamento da bainha);
Aurículas: apêndices marginais (ápice da bainha).
Filômero: Unidade básica de uma haste ou perfilho. Cada Filômero é constituído por; nó, entrenó, gema axilar, bainha e lâmina foliar (no caso das gramíneas), nó, entrenó, gemas axilares, estípula, pecíolos e folíolos (no caso das leguminosas);
· Cada perfilho é constituído por uma sucessão de Filômero;
· Cada folha surgida sobre uma haste representa, na verdade, o surgimento de um novo Filômero;
· Os Filômero são diferenciados a partir do menisco apical, enquanto este permanece em estado vegetativo;
Raízes: Sistema radicular fasciculado: Não se distingue uma raiz principal; Característica de monocotiledôneas;
Raízes primárias: Origem embrionária;
Raízes adventícias: Não se originam do embrião e sim de outras plantas;
Inflorescências: agrupamento ou cacho de folhas;
Unidade básica: espigueta (inflorescência primária); pode conter uma ou várias flores; envolvida por 2 glumas (brácteas protetoras (folhas que protegem o milho, casca do alpiste));
As inflorescências de gramíneas podem ser de três tipos: espiga, racemo, panícula.
Espiga: espiguetas sésseis ou subsésseis, situadas em diversas alturas sobre um pedúnculo principal. (Milho, cevada, trigo);
Racemo: espiguetas situadas em pedicelos, saindo de diversos níveis de um pedúnculo principal, atinge diversas alturas (capim setenária);
Panícula: Inflorescência ramificada (cacho de cachos);
Aberta: (capim colonião, cana-de-açúcar)
Compacta: (ramificações e pedicelos muito curtos (parecem espigas) (milheto, capim-elefante, capim buffel);
Frutos: Desenvolvimento do ovário;
Fruto seco: Frutos de gramíneas (cariopse), cada grão de milho é um fruto. Fruto simples, não se abre, contém uma só semente em muitas espécies, permanece envolvido pela lema e pela palha; 
Tegumento: casca
Endosperma: reserva de amido;
Embrião: cotilédone;
 
As principais espécies forrageiras
 Gêneros Zea, Sorghum, Pennisetum, Saccharum:
Zea mays L.
Nome vulgar: Milho
Origem: América Central
(México);
Ciclo: Anual;
Descrição morfológica
Hábito de crescimento: Ereto não cespitoso;
Geralmente um único perfilho. (Não forma touceiras; não cobre todo o solo);
2–3m de altura (até mais de 5 m);
 3cm de diâmetro próximo à base. (Gramínea robusta);
Presença de raízes escoras.
Folhas:
30–150cm de comprimento;
5–15cm de largura;
Número de folhas: híbridos precoces podem ter apenas 11 a 12 folhas, híbridos tardios em ambientes tropicais até 30 folhas ou mais; 
Flores
Flores unissexuais masculinas e femininas nascem em inflorescências separadas na mesma planta (monoicas);
Flores masculinas agrupadas em panícula no ápice do colmo;
Flores femininas agrupadas em espigas que surgem a partir de gemas axilares do colmo;
Normalmente uma (ou duas) espigas por planta;
A planta de milho tem potencial para produzir várias espigas, porém apenas uma ou duas (caráter prolífico) espigas conseguem completar o crescimento, as demais são abortadas. (Depende também da densidade do plantio);
Sementes:
 Grãos: Cor e tamanho variáveis;
Utilização
Como planta forrageira, é utilizada essencialmente para a produção de
Silagem;
Ocasionalmente é utilizado na forma fresca, picado e fornecido no cocho;
Produção de grãos → maioria da área cultivada
Ecologia
Alta exigência de água → requer de 350 a 600mm durante o seu ciclo
Melhor desenvolvimento em regiões com 600 – 1500 mm anuais de precipitação, com boa distribuição;
Pouco tolerante à seca;
Relação direta entre produção e precipitação após 5 semanas de crescimento;
Temperatura ótima para o crescimento → 25 – 30 °C durante o dia e 16 – 19 °C durante as noites;
Noites e dias frios aumentam em muito o ciclo
(temperatura → o metabolismo decresce e há um menor ganho de matéria seca diária);
Noites e dias quentes aceleram o ciclo e perda de rendimento,
(taxas de respiração → consome boa parte dos assimilados acumulados durante o dia);
Solos: 
Alta demanda de nutrientes → muito exigente em fertilidade do solo;
Adaptado a solos bem drenados (não tolera alagamento), férteis e profundos
pH ideal → próximo à neutralidade (7,0)
Saturação por bases ideal (V) → > 60% (70 – 80%);
Estabelecimento e tratos culturais
Modo de propagação: por sementes. Sementes grandes = germinação e estabelecimento vigoroso;
Profundidade de plantio: 3 - 5 cm (até 7 cm, em solos arenosos).
Cultivares
Variedades:
Genomas estáveis ou que praticamente não apresentam segregação (variação em suas características genéticas);
São recomendadas para produtores que ainda utilizam baixa tecnologia;
 As características são mantidas de uma geração para outra, sem perda do potencial produtivo;
As sementes das variedades melhoradas são de menor custo e de grande utilidade em regiões onde, em virtude das condições econômico-sociais e de baixa tecnologia, a utilização de milho híbrido torna-se inviável.
Híbridos
Obtidos através do cruzamento controlado de dois genitores obtidos a partir de autofecundação de cultivares ou variedades diferentes.
Preferidos em relação às variedades em culturas com níveis tecnológicos de médio a alto;
 São mais produtivos do que as variedades (vigor híbrido);
Entretanto, os híbridos só têm alto vigor e produtividade na primeira geração (F1), sendo necessária a aquisição de sementes híbridas todos os anos.
Caso os grãos colhidos sejam utilizados como sementes, haverá redução da produtividade (15 a 40%), além de grande variação entre as plantas.
Sempre que for possível, o agricultor deverá plantar mais de uma cultivar visando reduzir riscos de frustração de safra, uma vez que as cultivares apresentam diferenças de tolerância às pragas e doenças, etc.
Cultivares de grãos dentados ou moles
São utilizados, preferencialmente, para a produção de silagem ou de milho-verde.
Colheita
Mecânica (25 cm de altura do solo) ou manual
Ponto de colheita para produção de silagem estágio de grão farináceo (30 – 35% de MS) (90 – 110 dias) (geralmente atingido quando a linha do leite está entre 1/2 e 2/3 do grão);
Equilíbrio entre valor nutritivo e rendimento;
Potencial de produção
Potencial de produção de forragem;
Até mais de 50 t MV/ha → cultivares altamente produtivas, em condições adequadas de umidade e fertilidade do solo
Produções acima de 17 t de MS/ha (51 t de MV/ha) são consideradas altas, mas alguns plantios superam 22 t MS (66 t de MV) por hectare;
Comum: 35 t MV/ha (12 t MS/ha)
Potencial de produção de grãos: até > 14 t de grãos /ha;
Qualidade da forragem
Forrageiro padrão para a produção de silagens:
▪ 30 – 35% de MS
▪ 15% de CHO’s fermentescíveis (grãos farináceos)
▪ Baixo poder tampão
Valor nutritivo
Elevado teor de energia metabolizável
▪ relativamente pobre em proteína (7 – 8% de PB)
Necessita de suplementação com uma fonte de proteína;
Palatabilidade
Altamente palatável; 
Toxicidade
NÃO É TÓXICO, mas pode ocorrer acidose lática se quantidades elevadas de grãos forem consumidas por ruminantes não adaptados a dietas ricas em grãos.
A acidose resulta da rápida fermentação de carboidratos altamente digestíveis, resultando em uma elevada produção de ácido lático e um abaixamento do pH do rúmen, podendo causar desde a perda de apetite até a morte do animal.
 Atributos positivos
Excelente para a produção de silagem
Elevado potencial de produção num curto período (em condições adequadas de solo e umidade);
▪ Rico em energia metabolizável;
Atributos negativos
Muito exigente em umidade e fertilidade do solo (baixa tolerância à solos ácidos)
Necessidade de plantio anual
Sorghum bicolor (L.) Moench
Nome vulgar: Sorgo;
Origem: África tropical (Etiópia);
Ciclo: Anual (em alguns casos, bianual ou perene de vida curta)
Descrição morfológica
Hábito de crescimento:
Cespitoso e ereto → 1,0 – 4 m de altura (ou mais);
Sistema radicular profundo;
Capacidade de produzir rebrota.
Folhas:
30 – 100 cm de comprimento;
2,5 – 15 cmde largura
Lisas, com bordas serrilhadas e camada de serosidade;
Flores:
Panículas grandes, abertas ou densas, com ramificações secundárias e terciárias;
8 – 40cm de comprimento;
Cor variável → avermelhadas, amarronzadas ou amareladas
Sementes: Grãos Cor e tamanho variáveis;
Ecologia
Boa tolerância à seca → mais resistente à seca do que o milho
Cultivado principalmente em áreas c/ precipitação média de 400 – 800 mm anuais
Uma grande vantagem do sorgo é que a planta pode permanecer “dormente” sob condições adversas, podendo recuperar seu crescimento após um período de seca relativamente severa;
Melhor desenvolvimento em temperaturas elevadas → > 15 oC (ótimo → 30 oC)
Não suporta baixas temperaturas → é cultivado em regiões e situações de temperaturas médias superiores a 20 ºC;
Melhor desenvolvimento em solos férteis, profundos e permeáveis;
Boa drenagem → não tolera alagamento
PH ideal: 5,5 – 8,5 (Tolera alguma salinidade)
Utilização
 Produção de silagem;
 Pastejo (rebrota);
Picado no cocho;
OBS: Cuidado → tóxico quando jovem; pode ser perigoso se consumido muito jovem
Cultivares
Forrageiras
▪ Porte mais alto → 2,7 a 4,0 m;
OBS: mais propensos ao acamamento ou tombamento das plantas, que pode dificultar a colheita mecanizada e ocasionar a perda de grãos e de folhas;
Elevado potencial de produção → até 50 a 70 t/ha no primeiro corte e de 30 a 70% no segundo corte
Ciclo pouco mais tardios → ponto de silagem 120 dias
 Boa capacidade de rebrota → até 30 a 70% do primeiro corte;
Graníferas
▪ Porte mais baixo → < 1,7 m
 Desenvolvidas especialmente para a produção de grãos:
Até 8,0 t/ha de grãos secos, ou mais.
Panículas bem desenvolvidas; grãos grandes
A produção de massa verde é menor (geralmente abaixo de 30t/ha), isso eleva o custo de produção, mas a qualidade da silagem é alta, devido à elevada percentagem de grãos na matéria seca.
 A rebrota produz pouca massa verde, mas a produção de grãos chega a 2 t/há ou mais.
▪ Ciclo mais curto → ponto de ensilagem → 100 a 110 dias;
Dupla aptidão
Porte intermediário → 2,0 a 2,3 m
Alta produção de forragem (40 a 55 t/ha no primeiro corte) com boa produção de grãos (4 a 6 t/ha)
Normalmente, a participação das diferentes partes da planta na composição da matéria seca da silagem varia de 35 a 45% de grãos, 15% de folhas e 40 a 50% de caule.
Indicados para ensilagem (permite obter silagem com excelente padrão fermentativo)
O rendimento da rebrota é razoável (20 a 50% do obtido no primeiro corte);
Modo de propagação: por sementes
Colheita
Ponto de colheita para ensilagem estágio de grão pastoso a farináceo (30 – 35% de MS) equilíbrio entre valor nutritivo e rendimento;
Potencial de produção
Elevado potencial de produção → até 100 t de MV/ha/ano, em dois cortes; (em condições favoráveis)
Normal: até 20 t MS/ha/ano;
Qualidade da forragem
Bom valor nutritivo;
Muito palatável;
Toxicidade
Planta jovem (ou soca) → até 20 cm de altura
Heteroglucosídeo cianogënico, a durrina (C14H17O7N) transformado em ácido cianídrico (HCN) por ação enzimática no rúmen
Dependendo do nível de HCN, pode haver morte do animal por asfixia.
Em condições tropicais não há relatos de intoxicações.
A intoxicação depende da quantidade das substâncias presentes na planta e da quantidade ingerida pelo animal desta planta;
Ou seja, há risco remoto, praticamente inexistente de intoxicação com a ingestão de sorgo;
Plantas mais maduras podem ser oferecidas sem problemas aos animais.
Atributos positivos
Mais tolerante à seca do que o milho
Indicado para regiões marginais ao cultivo do milho;
Maior amplitude de época de plantio
Muito produtiva em solos férteis
Bom valor nutritivo: silagem de sorgo → 85 a 90% do VN da silagem de milho
 Possibilidade de uso da rebrota (segundo corte → 30 até 70% da produção obtida no primeiro corte);
Atributos negativos
Necessidade de solos férteis;
Lento crescimento inicial da lavoura;
 Possibilidade de toxicidade por ácido cianídrico (quando jovem);
Pennisetum glaucum (L.) R. Br.
Nome vulgar: Milheto (pasto italiano, capim-charuto, penicilaria);
Origem:
África tropical central; atualmente amplamente distribuída nos trópicos;
Ciclo: 
Cultura de ciclo anual (em alguns casos, bianual ou perene de vida curta)
Descrição morfológica
Hábito de crescimento:
Cespitoso e ereto
→ 1 a 3 m de altura
Colmos cheios e suculentos
→ 1 – 2 cm de (gramínea robusta)
Sistema radicular profundo: até 3,6 m de profundidade;
Folhas:
20 – 100cm de comprimento;
1 – 8cm de largura, verde escuras
Flores: Panícula densa, cilíndrica, parecendo uma espiga (falsa espiga); 10 – 50 cm de comprimento; 1,5 – 5 cm de diâmetro;
Sementes: (grãos) → pequenas 3 – 4 mm, cor variável
Ecologia
Mais resistente à seca do que o sorgo e o milho
(Sistema radicular profundo: até 3,6 m de profundidade)
Cultivado em áreas com precipitação média anual de 125 – 900 mm
Para uma boa produção de MS p/ forragem → >500 mm
Temperatura ótima para a germinação: 33 – 35 oC
Temperatura ótima para o desenvolvimento dos perfilhos: 21 - 24°C,
Temperatura ótima para o desenvolvimento das espiguetas: 25°C;
Não tolera alagamento;
Utilização
Produção de silagem → único corte → grãos pastosos a farináceos (25-30% de MS);
Outros: Fornecimento no cocho
Produção de feno → 2 ou 3 cortes, com intervalos de 50 dias;
Ciclo vegetativo curto: 60 a 90 dias para variedades precoces 100 a 150 dias para as tardias;
Pastejo
Rebrota do corte destinado à ensilagem
Pastejo c/ posterior utilização da palhada como cobertura morta para o plantio direto
50 – 70cm → colocar os animais
20 – 30cm → retirar os animais
Modo de propagação: por sementes;
Potencial de produção
Elevado potencial produtivo → 20 - 70 t de MV/ha (até 20 t de MS/ha)
Normal → 10 a 12 t de MS/ha
 Produz rebrotas (até 3 a 4 socas)
 Mais resistente à pragas e doenças do que o sorgo e o milho
Produção de grãos → 0,6 – 6,0 t/há;
Qualidade da forragem
Apresenta uma maior relação folha: caule que o sorgo, resultando em forragens com até 17 % de PB quando colhida jovem (utilização para pastejo), mas o valor nutritivo diminui com o processo de maturação;
Muito palatável;
Atributos positivos
Elevado potencial produtivo → até 60 t de MV e 20 t de MS/ha (10 – 12 t de MS/ha);
Produz rebrota (até 3 a 4 socas);
Mais resistente à seca do que o sorgo e o milho;
Mais resistente à pragas e doenças do que o sorgo e o milho;
Bom valor nutritivo → 15 a 16% de PB na MS (quando jovem – p/ pastejo);
Pode ser consumido em qualquer idade (não apresenta toxicidade);
Pode ser ensilado, utilizado sob pastejo ou fornecido no cocho;
Atributos negativos
Plantio anual;
Baixa tolerância ao frio;
Pennisetum purpureum Schumach.
Nome vulgar: Capim-elefante;
Origem: África tropical central;
Ciclo: Perene
Descrição morfológica
Cespitoso e ereto → (touceiras densas c/ vários perfilhos);
 Não cobre todo o solo;
2 a 3,5 m de altura (até mais de 5 m) → até  3 cm de  próximo à base (gramínea robusta)
Colmos eretos, cheios e suculentos;
Sistema radicular vigoroso e profundo, c/ rizomas curtos e grossos;
Folhas:
30 – 120cm de comprimento; 1 – 5 cm de largura glabras ou pilosas
Cor variável → verde claro ao escuro ou roxas;
Flores:
Panícula densa, cilíndrica, parecendo uma espiga (falsa espiga);
10 – 30 cm de comprimento; 1,5 – 3 cm de largura
Cor → geralmente amarelada ou amarronzada;
Ecologia
Necessita de boa umidade para uma boa produção;
Desenvolve-se melhor em áreas com precipitação > 1.000 mm anuais;
Em áreas com precipitação menor → necessidade de irrigação;
Não tolera alagamento prolongado;
Melhor desenvolvimento entre 25 – 40 ºC;
Espécie muito exigente quanto à fertilidade do solo;
Estabelecimento e tratos culturais
Propagado por via vegetativa;
Raramente propagado por sementes → produz poucas sementes viáveis;
Utilização
Capineiras
→ Corte para fornecimento no cocho (principalmente);
→ Silagem (qualidade inferior à do milho ou sorgo)
Recomenda-se cortar o capim e deixá-lo exposto ao sol para diminuir sua umidade.
→ Feno (mais raramente, após trituração)
OBS: A silagem e o feno são geralmente feitos com a produção do período chuvoso;Melhor época para o corte → 1,6 - 1,8 m de altura (a cada 6-8 semanas);
Dividir a área da capineira em parcelas menores (talhões)
Para facilitar o uso e permitir uma maior eficiência na sua utilização, a capineira deve ser dividida em talhões, num número correspondente à quantidade de semanas de descanso mais um. Cada talhão é dividido em 7 partes, para serem utilizadas nos dias da semana; 
Pastagens → exige manejo cuidadoso lotação rotacionada, com períodos de pastejo curtos e longos períodos de descanso;
Potencial de produção
 Elevado potencial de produção de forragem
→ até 85 t de MS/ha/ano (> 300 t de MV/ha/ano) em condições de irrigação e adubação (2-10 t MS/ha/ano sem adubação);
→ Normal: 10 – 30 t MS/ha/ano, com irrigação)
→ até > 50 t MV/ha/corte a cada 60 dias (10 t MS/ha/corte)
Normal: 25 t MV/corte (x 6 cortes no ano = 150 t MV/ha/ano)
A produção depende da fertilidade, umidade, temperatura e manejo.
Produção animal
Em condições adequadas de manejo, as taxas de lotação das pastagens de capim-kurumi variam entre 4,0 e 7,0 UA/ha. 
Ganhos de peso de até 700 g/animal/dia;
Capim-elefante anão cv. BRS Kurumi sob pastejo rotacionado:
Entrada dos animais → 75-80 cm de altura
Saída dos animais → 35-40 cm
Período de descanso → 22 dias
Qualidade da forragem
Valor nutritivo:
Varia muito com: a idade da rebrota → apresenta rápido processo de maturação (diminuição da relação folha: caule) a fertilidade do solo → particularmente o teor de PB;
Ex: rebrota c/ 6 semanas → 10 % PB
Rebrota c/ 10 semanas → 7,6 % PB;
Palatabilidade: Extremamente palatável para todas as classes de animais, quando fornecido jovem e folhoso.
Atributos positivos
Elevado potencial de produção
 Alta palatabilidade e alta qualidade de forragem (quando jovem);
Atributos negativos
Exige elevada fertilidade do solo;
Amadurece rapidamente, reduzindo a qualidade da forragem;
Necessidade de plantio vegetativo;
Exige manejo cuidadoso;
Saccharum officinarum L.
Nome vulgar: Cana-de-açúcar;
Origem: Ilhas do Pacífico Sul, Nova Guiné e Sudeste asiático;
Ciclo: Perene de vida curta, quando utilizada sob regime de cortes anuais (5 anos);
Descrição morfológica
Cespitoso e ereto → não cobre todo o solo
→ 2,5 a 6,0 m de altura
→ 3 - 6 cm de (gramínea robusta)
→ Colmos eretos, cheios e suculentos, ricos em sacarose;
Folhas:
→ 70 – 200 cm de comprimento;
1,5 – 10 cm de largura
→ pelos perfurantes, bordas cortantes (dificultam a colheita manual);
Flores:
Panícula grande, cônica, aberta, muito ramificada, plumosa 25 – 70cm de comprimento;
Utilização
 Utilizada como alimento suplementar, principalmente na forma verde, picada e fornecida no cocho, juntamente com outros alimentos;
Pode ser utilizada para produção de silagem, principalmente em misturas com outras forrageiras;
Vantagens e limitações da utilização da cana fresca
Vantagens: A maturação / colheita coincide com a época de escassez de forragem;
Após atingir a maturação, a cana mantém sua qualidade durante vários meses;
 Evita as perdas da fermentação alcoólica da ensilagem;
Limitações: Necessidade de cortes diários (+ mão-de-obra)
 Colheita mais difícil (folhas cortantes e c/ pelos espinhosos)
 Dificulta a execução de práticas agronômicas
Vantagens e limitações da ensilagem da cana
Vantagens:
Requer menos de mão-de-obra;
Grandes áreas podem ser cortadas em curto espaço de tempo, na época de melhor valor nutritivo da cana-de-açúcar
Aproveitamento de sobras de produção e de talhões prejudicados por queimadas e geadas
Melhoria do manejo, facilidade de execução de práticas agronômicas e rebrota uniforme do talhão;
Limitação:
 → Fermentação alcoólica
É fundamental o uso de aditivos capazes de controlar a fermentação alcoólica nestas silagens
Na fermentação da cana ocorre intensa atividade de leveduras epífitas, que convertem açúcar em CO2, água e etanol;
Essa conversão acarreta a redução do valor nutritivo e elevadas perdas durante a estocagem, a diminuição no teor de carboidratos solúveis e o aumento relativo no teor de FDN das silagens;
Ecologia
Razoavelmente resistente à seca, mas, para uma boa produtividade, necessita de uma precipitação mínima de 1.500 mm anuais;
Em áreas com precipitação inferior necessita de irrigação;
Temperatura ótima para o crescimento → 30 oC
Temperatura mínima para o crescimento → 18 oC
Alta demanda de nutrientes → muito exigente em fertilidade do solo;
Propagação vegetativa: (pedaços de colmos);
Colheita
Proporciona 4 a 5 colheitas (4 – 5 anos);
Deve ser colhida quando completa a maturação → 12 – 14 meses;
Potencial de produção
Elevado potencial de produção de forragem 60 – 80 t de MS/ha/ano (até mais que 300 t MV/ha/ano);
A produtividade vai diminuindo com as sucessivas rebrotas;
Qualidade da forragem
Alimento desbalanceado (açúcar e PB )
Boa fonte de energia para os animais (rica em CHO’s solúveis)
Pobre em proteína → 2 a 3% de PB na MS
Deficiente em enxofre (S) → necessário para os microrganismos sintetizarem os aminoácidos essenciais metionina, cistina e cisteína
Fibra de baixa digestibilidade, com elevado teor de lignina;
Consumo limitado;
Altamente palatável;
Alimento desbalanceado (açúcar e PB);
Necessita de suplementação com uma fonte de proteína
Pode ser corrigido com a incorporação de:
N → uréia (45% de N)
S → sulfato de amônio ou sulfato de Ca (gesso agrícola)
A adição de uma fonte de enxofre melhora a síntese de proteína microbiana no rúmen.
A ureia e o sulfato devem ser usados de forma balanceada e adequada para não haver intoxicação;
Caso haja intoxicação, deve ser oferecido vinagre de álcool via oral aos animais;
Como corrigir o valor nutritivo da cana para alimentar os animais
Mistura: uréia + fonte de S → 9 partes de uréia + 1 parte de sulfato de amônio ou
→ 8 partes de uréia + 2 partes de sulfato de cálcio;
Fornecimento:
Colher a cana, cortando-a rente ao solo;
Retirar as folhas secas e passar a cana na picadeira, aproveitando também as pontas.
 Não estocar a cana colhida por mais de dois dias
Diluir em água e espalhar, de forma homogênea, com o uso de um regador, em cima de cana picada no dia;
Utilizar somente mistura bem homogênea, com a ureia totalmente dissolvida, constatar através do tato se existem grãos de ureia intactos;
Não diluir a ureia em excesso de água
Pode levar ao acúmulo da solução no fundo do cocho que, uma vez ingerida, acarretará a intoxicação dos animais;
De preferência, o cocho deve ser coberto (para evitar chuva) e furado em baixo;
É absolutamente necessário fornecer sal mineral e água à vontade aos animais.
Vantagens
Cultura semi-perene, de fácil implantação e manejo;
Elevado potencial de produção de forragem;
Baixo custo por tonelada produzida → em função da alta produção por área;
O período de colheita coincide com o período de escassez de forragem;
Manutenção do valor nutritivo por até seis meses após a maturação;
Boa fonte de energia para os animais;
Altamente palatável;
Limitações
Alimento desbalanceado (açúcar e PB);
Baixos teores de proteína e enxofre;
Necessita de suplementação com uma fonte de proteína;
 Fibra de baixa qualidade;
Muito exigente em fertilidade do solo;
Necessita de uma precipitação > 1.500 mm anuais para uma boa produtividade;
 Dificuldade de colheita diária;
As principais espécies forrageiras
Gênero Brachiaria	 
Brasil
158,6 milhões de hectares ocupados com pastagens
Pastagens naturais: 46,8 milhões de ha
Pastagens cultivadas: 111,8 milhões de ha 
Gênero Brachiaria → >85% das áreas de pastagem cultivada
B. Brizantha cv. Marandu → 50 milhões de há (Considerada a maior monocultura do mundo em termos de área);
Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf.
Nome vulgar: Capim-braquiária brizantha / braquiarão / brizantão / marandu;
Origem: África Central;
Ciclo: Perene;
Descrição morfológica
Cespitoso, com colmos eretos ou semi decumbentes;
Altura: 0,6 m até 1,5 m
Apresenta rizomas curtos
Enraíza muito pouco nos nós;
Folhas:
Lâminas longas (até 40 cm) e com 0,6–1,5 cm de largura, com pubescência apenas na face inferior e margens não cortantes;
Bainhas pilosas;
Verde brilhante;
Inflorescência
Panícularacemosa, c/ 2-16 racemos;
Espiguetas normalmente dispostas em fila única na ráquis secundária; 
Espiguetas elípticas, quase sésseis, glabras ou c/ poucos pelos no topo, 4 – 6 mm de comp.
Utilização
Cultivada essencialmente para formação de pastagens permanentes;
Pode tolerar desfolhas frequentes sob pastejo ou corte, embora menos que B
decumbens e B. humidicola;
Ocasionalmente pode ser cortada para fornecimento verde no cocho ou para fenação;
O porte ereto e alto de alguns cultivares facilita o corte manual;
Ecologia
Melhor desenvolvimento em regiões com 1.500-3.500 mm anuais de precipitação, mas pode ser cultivada em áreas com precipitação média de 1.000 mm;
Pode resistir a períodos de até 3 – 6 meses de seca, mas não tolera alagamento (depende do cultivar);
Folhas sensíveis a geadas;
Mais exigente em fertilidade que outras espécies de Brachiaria. Geralmente necessita de média a alta fertilidade do solo para ser produtiva, mas pode tolerar solos ácidos e com média a baixa fertilidade;
Modo de propagação: por sementes;
Potencial de produção
Muito produtiva 8-20 t MS/ha/ano;
Pode tolerar desfolhas frequentes sob pastejo ou corte, embora menos que B. decumbens e B. humidicola;
Pode suportar elevadas taxas de lotação com boa persistência sob lotação contínua ou rotacionada;
Valor nutritivo
Moderadamente elevado quando jovem; (7 – 16 % PB, 51 – 75 % DIVMS);
Depende muito da idade da planta e da fertilidade do solo;
Palatabilidade
Considerada mais palatável que a B. Decumbens para bovinos e bubalinos;
Não é consumida por equinos;
Toxidade
Pode causar fotossensibilização hepatogêna em bovinos jovens, ovinos e caprinos ocorre quando toxinas, bactérias, agentes virais, plantas contaminadas por fungos (Pithomyces chartarum) ou neoplasias lesionam o fígado de forma suficiente para impedir a excreção da filoeritrina, um produto do metabolismo da clorofila
Causa: ▪ Saponinas a Brachiaria contém saponinas esteroidais litogênicas (glicosídeos resultantes do metabolismo secundário das plantas) que induzem a formação de cristais no sistema biliar, uma das causas da doença hepática nos animais
A prevalência parece estar muito relacionada ao ambiente.
Ex: É importante no Brasil, mas raramente na Austrália;
Os sinais clínicos variam de acordo com a gravidade do caso
Podem iniciar com inquietação (animal sacode constantemente a cabeça e orelhas) seguidos por edema da barbela e graus variáveis de icterícia, ocorrendo a morte do animal em 2 ou 3 dias, sem que se observem sinais característicos de fotossensibilização.
Os animais que sobrevivem a esta fase apresentam
Ressecamento da pele, predominantemente nos flancos, virilha, períneo, vulva, úbere e barbela;
As orelhas assumem aspecto contorcido e com as extremidades voltadas para cima;
Posteriormente, há formação de crostas nestes locais, com desprendimento da pele, que pode ser observado no focinho e parte ventral da língua;
Os animais procuram a sombra constantemente;
Alguns animais podem apresentar lacrimejamento, opacidade da córnea e cegueira.
Não há tratamento específico para a intoxicação
Alternativas:
Transferir os animais para pastagens de espécies diferentes pode aliviar os sintomas;
Ex: bovinos rotação a cada 2 semanas
Colocar os animais em locais com bastante sombra;
Compatibilidade com outras espécies
Melhor possibilidade de consorciação que as outras espécies de Brachiaria;
Pode ser consorciado com leguminosas trepadeiras, em condições de manejo com pastejos leves;
Em condições de manejo com pastejo mais intensos combina melhor com leguminosas rasteiras;
Pragas e doenças
Mais resistente à cigarrinha das pastagens do que as outras espécies de Brachiaria;
Vantagens
Resistente à cigarrinha das pastagens;
Elevado potencial de produção;
Boa persistência sob pastejo;
Mais compatível com leguminosas do que outras espécies de Brachiaria;
Boa produção de sementes;
Desvantagens
Baixa adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade;
Exige manejo mais cuidadoso que as outras braquiárias,
Baixa adaptação a solos mal drenados;
Pode causar fotossensibilização, principalmente em ovinos e caprinos;
Não é consumida por equinos.
Brachiaria Decumbens Stapf.
Nome vulgar: Capim-braquiária decumbens (Capim-braquiária comum; capim-braquiária);
Origem: África tropical central e oriental;
Ciclo: Perene;
Descrição morfológica
Estolonífero e rizomatoso, decumbente a prostrado;
Altura: 30–60 cm (cv. Ipean); 60–100 cm (cv. Basilisk)
Bastante agressiva;
Folhas:
4-14 cm de comprimento; 0,7-2,0 cm de largura;
Pouco pilosas (cv. Basilisk) a densamente pilosas (cv. IPEAN)
Cor verde brilhante;
Inflorescência: 
Panícula racemosa → Racemos formam ângulo quase reto com a ráquis; → 2-7 racemos;
Espiguetas → dispostas em fileiras duplas nas ráquis secundárias (em B.Brizantha são fileiras simples) → quase elípticas; 4-5 mm de comp.;
Utilização
Cultivada essencialmente para formação de pastagens permanentes;
Muito tolerante a pastejo pesados (sombreamento reduz essa tolerância);
Promove uma boa cobertura do solo → usada para controle de erosão em áreas declivosas;
Ecologia 
Desenvolve-se bem em regiões tropicais úmidas e subtropicais quentes 1.000 – 3.000mm de precipitação média anual;
Prefere temperaturas > 19 ºC;
Não é muito exigente em fertilidade, mas produz menos nessas condições;
Tolera curtos períodos de alagamento, mas não persiste em solos sujeitos a alagamento prolongado;
Modo de propagação: por sementes (principal) ou por via vegetativa;
Plantio a lanço → incorporação c/ rolo compactador;
Elevada capacidade de reprodução → bastante agressiva → cobre todo o solo rapidamente através de estolões e/ou pela germinação de sementes;
Potencial de produção
 Até > 30 t MS /ha/ano sob condições ideais
Normal: 10 t MS/ha/ano
Ex: Em solos férteis de ambiente tropical úmido (Vanuatu);
A produção reduz drasticamente na época seca e cessa no inverno de regiões subtropicais;
Muito tolerante ao pastejo pesado → nessa condição, assume uma arquitetura prostrada, dificultando a colheita;
Potencial de produção animal
Até 1.300 kg/ha de ganho de peso vivo (pastagens c/ adubação pesada e taxa de lotação adequada)
Ex: Queensland (Austrália) clima tropical úmido
Pastagem adubada c/ 336 kg de N/ha e pastejada por 7,7 cab/há 1.290 kg/ha de ganho de PV
Ex: Brasil central → 2,5 cab/ha → 340 kg/ha/ano de ganho de PV;
Qualidade da forragem 
Valor nutritivo:
Moderadamente elevada quando jovem;
Depende muito da idade da rebrota e da fertilidade do solo;
Palatabilidade
Moderadamente boa para bovinos e bubalinos
Não é muito bem aceita por equinos, ovinos e caprinos
Toxicidade
Pode causar severa fotossensibilização em ovinos, caprinos e bovinos jovens;
Compatibilidade com outras espécies
 Em virtude de sua agressividade, é de difícil consorciação com leguminosas;
Pode ser consorciado com leguminosas arbustivas / arbóreas;
Susceptibilidade à pragas e doenças
Susceptível à cigarrinha das pastagens;
A susceptibilidade da B. decumbens à cigarrinha das pastagens têm reduzido o uso dessa espécie na América Tropical.
Vantagens 
Facilidade de estabelecimento;
Persiste em solos de baixa fertilidade e ácidos;
Elevada resposta à adubação;
Suporta pastejo pesado;
Boa produção de sementes → sementes de custo relativamente baixo
Não é atacada por formigas cortadeiras;
Desvantagens
 Susceptível à cigarrinha das pastagens;
Dificuldade de consorciação com muitas leguminosas;
Baixa tolerância à solos mal drenados;
Pode causar fotossensibilização em ovinos, caprinos e bovinos jovens;
Não é consumida por equinos
Brachiaria humidicola (Rendle) Schweick
Nome vulgar: Capim-braquiária humidícola / agulha /
pontudinho / quicuio da Amazônia;
Origem: África equatorial
Ciclo: Perene;
Descrição Morfológica 
Muito estolonífera e rizomatosa;
Muito agressiva forma uma densa cobertura do solo;
Colmos vegetativos prostrados ou arqueados;
Colmos reprodutivos eretos;
60 cm de altura (até 100 cm);
Folhas: Muito pontudas, 5 – 16 mm de largura, ±12 cm de comprimento (até 25 cm),
Glabras ou pouco pilosas;
Verde brilhantes;
Inflorescência: 
Panícula racemosa→ 7-12 cm de comp., c/ 2-5 racemos pilosos c/  2-5 cm
Espiguetas (4,5-5,5 mm) dispostas em duas fileiras na ráquis secundária;
Utilização 
Cultivada essencialmente para formação de pastagens permanentes;
Muito tolerante a pastejo pesados;
Muito eficiente para controle da erosão do solo e de ervas daninhas;
Ocasionalmente pode ser cortada para fenação ou para fornecimento verde no cocho;
Ecologia 
Melhor adaptação em regiões c/ 1.000-4.000 mm de chuvas razoavelmente bem distribuídas
Menos vigorosa em ambientes com < 1.600 mm de chuvas anuais e com > 6 meses de estação seca;
Produz menos nas estações frias;
Pouco tolerante ao frio;
Cresce bem em uma ampla gama de tipos de solos;
Modo de propagação:
 Por sementes
OBS: O estabelecimento é lento quando feito a partir de sementes;
Por via vegetativa (colmos)
Facilidade de estabelecimento e rápido alastramento a partir de propagação
Potencial de Produção 
Potencial de produção de forragem depende muito da fertilidade do solo 7 – 34 t de MS/ha/ano
Sem adubação 10,8 t MS/ha/ano
Com aplicação de 452 kg N/ha 33,7 t MS/ha/ano
Melhor desempenho sob pressão de pastejo moderada a alta, devido a seu hábito de crescimento fortemente estolonífero.
Qualidade da forragem 
Valor nutritivo:
Geralmente inferior às outras espécies de Brachiaria;
Bom valor nutritivo, considerando a baixa fertilidade dos solos onde geralmente é cultivada;
Varia muito com a idade da planta, fertilidade do solo, etc.:
Palatabilidade:
Moderada palatabilidade geralmente é bem aceita quando jovem e folhosa varia com a idade da planta, fertilidade do solo, etc;
Mais palatável para os equinos que as outras espécies de Brachiaria;
Toxicidade:
SIQUEIRA (1988) relatou o problema de fotossensibilização em ovinos pastejando
Brachiaria decumbens e B. ruziziensis, mas nenhum caso com B. humidicola;
Potencialmente tóxica para equinos;
Pode causar fotossensibilização hepatogêna em equinos;
Pode induzir a “doença da cara inchada” em equinos;
Apresenta baixos níveis de Ca e altos níveis de oxalato (que sequestra o cálcio tornando-o indisponível para o animal);
Esse problema pode ser superado pela suplementação mineral adequada;
Compatibilidade com outras espécies
 A B. humidicola é muito agressiva, cobrindo densamente toda a área e dificultando o estabelecimento de outras espécies;
Por um lado, isso é vantajoso, pois evita o desenvolvimento de plantas indesejáveis;
Por outro lado, isso é uma desvantagem, pois dificulta a consorciação com leguminosas forrageiras;
Susceptibilidade à pragas e doenças
Tolerante, mas não muito resistente, à cigarrinha das pastagens;
Vantagens 
Adaptada à solos de baixa fertilidade e ácidos;
Facilidade de estabelecimento e rápido alastramento a partir de propagação vegetativa;
Mantém uma boa cobertura do solo mesmo sob pastejo pesado;
Excelente capacidade de competir com plantas indesejáveis;
Apresenta uma certa tolerância à cigarrinha das pastagens;
Tolera solos mal drenados;
Elevado potencial de produção animal, por suportar elevadas taxas de lotação;
Desvantagens
Qualidade inferior às outras espécies de Brachiaria;
Palatabilidade inferior às outras braquiárias, principalmente para ovinos;
Pode provocar cara inchada em equinos;
Estabelecimento lento quando feito a partir de sementes;
Dificuldade de consorciação com leguminosas;
Necessidade de pastejo frequentes para manter a qualidade;
Susceptível à doença da ferrugem;
Brachiaria ruziziensis R. Germ. and. C.M. Evrard
Nome vulgar: Capim-braquiária ruziziensis, capim-congo;
Origem: África tropical central e oriental
Ciclo: Perene 
Descrição Morfológica 
Estolonífera, de crescimento sub-ereto, apresenta a base decumbente e radicante nos nós inferiores;
Até 1,0–1,5m de altura;
Forma uma densa cobertura folhosa;
Possui rizomas curtos, em forma de tubérculos arredondados e com até 15mm de diâmetro;
Folhas: 
10 – 25cm de comprimento; 1,5 cm de largura possui aspecto aveludado devido à grande quantidade de pelos;
Verde amareladas;
Inflorescência: 
Panícula racemosa ereta com 5 a 7 racemos;
Racemos curtos e com fileiras duplas de sementes,
Ráquilas aladas e bastante largas, tornando-se uma característica que distingue das outras espécies de braquiária;
Utilização 
Plantada principalmente para formação de pastagens permanentes;
Ecologia 
Desenvolve-se bem em regiões tropicais úmidas e subtropicais quentes com precipitação média anual > 1.200mm;
Pode tolerar até 4 meses de seca, mas morre em condições mais severas de seca;
Temperaturas ótima de desenvolvimento 33/28 oC dia/noite;
Não tolera o frio Temperaturas mínima noturna de 19 oC;
A rebrota é muito lenta em condições de frio moderado; morre em condições muito frias;
Considerada uma espécie de média exigência em fertilidade por alguns autores, embora outros a consideram pouco exigente;
Modo de propagação: por sementes (principal) ou por via vegetativa;
Potencial de produção
Menos produtiva do que a B. decumbens na Austrália e América do Sul;
Até > 20 t MS /ha/ano com elevadas taxas de aplicação de N;
Normal: 10 t MS/ha/ano;
Moderadamente tolerante ao pastejo pesado;
Qualidade da forragem
Valor nutritivo:
Bom valor nutritivo → melhor do que o das outras espécies de Brachiaria;
PB 7 – 13 %
DIVMS 55 – 75 %
Depende muito da idade da planta e da fertilidade do solo;
Palatabilidade:
Muito palatável para bovinos;
Dentre as espécies de Brachiaria é considerada a de maior palatabilidade e melhor qualidade para bovinos;
É bem consumida por bovinos e bubalinos, mas não por equinos;
Toxicidade:
Pode causar fotossensibilização em alguns animais;
Alguns autores recomendam não utilizar essa espécie para alimentar ovinos, caprinos e bovinos jovens;
Compatibilidade com outras espécies
 Sob pastejo leve, forma uma densa cobertura, competindo com as leguminosas;
Sob pastejo mais pesado, a vegetação fica mais aberta, permitindo o estabelecimento de leguminosas, mas também de espécies indesejáveis (invasoras);
Susceptibilidade a pragas: 
Alta susceptibilidade às cigarrinha-das-pastagens;
Vantagens 
Palatável e de boa qualidade para bovinos;
Elevada produção de sementes;
Rápido estabelecimento;
Desvantagens
 Pouca persistência em solos de baixa fertilidade ou com drenagem deficiente;
Muito susceptível à cigarrinha das pastagens;
Pouco resistente à seca e ao frio;
Produtividade geralmente inferior a B. decumbens cv. Basilisk;
 As principais espécies forrageiras
Gêneros Panicum, Cynodon, Cenchrus, etc.
Panicum maximum Jacq.
Nome vulgar: Capim-colonião, Tanzânia, Mombaça, tobiatã, vencedor, centenário, etc.
Origem: África Tropical;
Ciclo: Perene;
 Descrição morfológica
Apresenta grande variabilidade morfológica e agronômica, dependendo da variedade;
Cespitoso, podendo formar touceiras frouxas ou densas;
Ereto ou geniculadamente ascendente, enraizando nos nós mais baixos;
Variedades de porte alto/médio
→ 1,5 – 3,5 m de altura
Robustas, caules com 10 mm de diâmetro;
Variedades de porte baixo
→ 0,5 – 1,5 m de altura
Menos robustas, caules com  5mm de diâmetro;
Folhas:
Lisas ou pilosas
40 – 100cm de comprimento;
1 – 3,5cm de largura;
Inflorescência:
Panícula aberta, cônica, com ramificações laterais bem desenvolvidas e flexuosas;
Utilização
Cultivada essencialmente para formação de pastagens permanentes;
Ecologia 
As variedades mais altas crescem melhor em regiões com precipitação média anual > 1.000mm;
As variedades mais baixas podem ser plantadas em regiões com precipitação média anual ≥ 800mm;
A tolerância à seca varia entre os cultivares, mas geralmente não tolera períodos secos maiores do que 4 – 5 meses;
As variedades mais altas são geralmente sensíveis à baixas temperaturas;
As variedades mais baixas são menos afetadas pelas temperaturas mais baixas;
Desenvolve-se bem condições de sombreamento moderado;
Desenvolve-se bem em solos férteis, úmidos e bem drenados, embora algumas variedades tolerem solos de baixa fertilidade e drenagem deficiente;
Modo de propagação: por sementes (principal) ou por via vegetativa;
Potencial de produção
20 – 30t MS /ha/ano são comuns → dependendo da variedade e das condiçõesambientais;
Qualidade da forragem
Valor nutritivo:
Depende muito da idade da rebrota e da fertilidade do solo;
DIV MS 64 % → 2 semanas de rebrota
50 % → 8 semanas de rebrota
Palatabilidade:
Bem aceita por todas as categorias de animais, particularmente quando a planta/rebrota é jovem e folhosa;
Toxicidade:
Normalmente não apresenta toxicidade, embora ocasionalmente pode haver nefrose ou hipocalcemia em ruminantes, devido à acumulação de oxalato;
Normalmente não apresenta toxicidade,
Ocasionalmente pode haver cara inchada em equídeos e nefrose ou hipocalcemia em ruminantes, devido à acumulação de oxalato;
Para capins de porte alto, deve-se atentar para o modo de apreensão dos equinos, que puxam o capim pelos lados da boca e, dependendo da continuidade do processo, podem lesionar a comissura labial, o que é conhecido por “boca rasgada”, caracterizada pelo aumento da fenda bucal;
Compatibilidade com outras espécies: Em sistemas de produção mais intensivos normalmente é cultivado isoladamente;
Mas pode ser consorciado com leguminosas arbustivas ou trepadeiras sob pastejo leve;
Susceptibilidade à pragas e doenças
Alguns cultivares são susceptíveis à cigarrinha das pastagens;
Vantagens 
Elevada relação folha: caule quando a rebrota é jovem;
Boa qualidade;
Bem consumida por todas as espécies animais;
Elevado potencial de produção;
Boa produção de sementes → sementes de custo relativamente baixo;
Desvantagens 
Exigente em fertilidade do solo;
Não tolera pastejo pesado;
Alta proporção de caules se não for pastejado frequentemente;
Baixa tolerância ao alagamento;
Cynodon dactylon (L.) Pers.
Nome vulgar: gramas-bermuda, capim-bermuda, grama seda, tifton, coast-cross, flora Kirk etc.
Origem: Ásia (Turquia e Paquistão);
Ciclo: perene;
Descrição morfológica
Crescimento rasteiro, estolonífero e rizomatoso
(Rizomas podem penetrar 40-50 cm em solos argilosos e 70-80 cm em solos arenosos);
Perfilhos florais eretos 10 – 40cm de altura (até 90 cm);
Folhas: 
Folhagem densa, folhas glabras ou pouco pubescentes, frequentemente de cor verde azulado, 3-15 cm de comprimento, 2-4 mm de largura;
Inflorescência: 
Panícula digitada;
Utilização 
Pastejo;
Corte para produção de feno;
Ecologia
 Encontrado em áreas com precipitação média anual de 625 – 1.750mm;
Boa tolerância à seca, em virtude de os rizomas permanecerem dormentes por períodos de até 7 meses;
Alguns cultivares apresentam certa tolerância ao alagamento;
Geralmente desenvolve-se melhor em temperatura média de 24 ºC (17-35 ºC);
Cresce muito lentamente a 15 ºC, ficando dormente quando as temperaturas caem abaixo de 10 ºC (dia) ou de 0 ºC (noite);
Algumas variedades são mais adaptadas a ambientes mais frios do que outras;
Não tolera sombreamento;
Modo de propagação: depende do cultivar:
Por via vegetativa → a maioria dos cultivares melhorados devido à baixa formação de sementes ou para evitar segregação genética
Plantio vegetativo → Colmos, estolões, rizomas
Por sementes → mais raro → somente alguns cultivares
Plantio por sementes → somente alguns cultivares;
Ex: Capim-vaqueiro;
Sementes não apresentam dormência;
Capacidade de se propagar naturalmente:
Se espalha rapidamente através dos rizomas e estolões;
Em algumas variedades também se espalha por sementes;
Potencial de produção
Depende muito da fertilidade do solo, das condições climáticas e do cultivar;
Os Cynodon comumente proporcionam produção superior a 20 t de MS/ha/ano;
Fenação:
Até 3 t MS /ha/mês → sob condições ideais;
Pastejo:
Capim Tifton 85 adubado
Sem irrigação → entre 50 e 90 kg MS ha-1 d-1 (média anual);
Sob irrigação → entre 105 a 125 kg MS ha-1 d-1;
Qualidade da forragem
Valor nutritivo:
Depende muito da idade da planta e da fertilidade do solo;
Plantas jovens até 20 % de PB
Plantas velhas 3 – 9 % de PB
Normal 11 – 13% de PB; 58 a 65% de digestibilidade;
Palatabilidade:
Muito palatável quando jovem e bem adubada, muito bem consumida por todas os tipos de animais, inclusive caprinos e equinos;
Compatibilidade com outras espécies:
Em sistemas de produção mais intensivos (ex: produção de feno ou pastejo rotacionado) é cultivado isoladamente.
Vantagens 
Ampla adaptação a solos e climas;
Muito palatável para todas as espécies de animais;
Alto valor nutritivo quando jovem;
Excelente cobertura do solo → conservação do solo;
Tolerante ao pastejo pesado;
Pode ser utilizado para produção de feno;
Tolerante à salinidade e ao alagamento (depende do cultivar);
Desvantagens 
Baixa produção quando não é adubado;
Muitos cultivares não produzem sementes viáveis necessidade de obtenção de mudas;
Pode se tornar uma espécie invasora em culturas agrícolas;
Difícil de erradicar;
Cenchrus ciliaris L.
Nome vulgar: Capim-buffel, capim-búfel;
Origem: África tropical
Oriente Médio – Índia;
Ciclo: perene;
Descrição morfológica
Apresenta grande variabilidade morfológica, dependendo da variedade;
Cespitoso, com colmos ascendentes ou eretos; pode apresentar rizomas curtos;
Folhas: 
3 – 30cm de comprimento; 0,2 – 1,5 cm de largura;
Verdes, verde azuladas ou verde acinzentadas;
Ásperas e geralmente glabras (algumas vezes pilosas na base);
Inflorescência:
Panícula contraída (falsa espiga) ereta ou pendente, eriçada;
Sementes unidas em fascículos inseridos na raque em ziguezague;
Cada fascículo (carrapicho) pode conter de 1–4 espiguetas, e é envolvido por cerdas que lhe conferem aderência;
Utilização
Utilizada principalmente para pastejo;
Também é bastante utilizada para confecção de feno (excedente de pasto);
Ecologia 
Indicado para regiões de precipitação baixa e irregular (Ex: semiárido nordestino);
Entre as gramíneas cultivadas, é considerada a mais tolerante à seca;
Encontrado em áreas com precipitação média anual de 100 – 1.000mm, mas comumente entre 300 – 750mm;
Não sobrevive em condições de alagamento prolongado;
Desenvolve-se melhor em solos profundos e de textura média a arenosa, mas adapta-se bem às mais variadas condições de solo, desde que apresentem boa drenagem;
Temperatura ótima para fotossíntese: 35 ºC
Temperatura mínima para fotossíntese: entre 5 – 16 ºC;
Algumas variedades são mais adaptadas a ambientes mais frios do que outras;
Algumas sobrevivem até – 7 ºC;
Não tolera sombreamento;
Modo de propagação: Propagada principalmente por sementes;
Também pode ser propagado vegetativamente, por divisão de touceiras, mas não é comum;
Capacidade de se propagar naturalmente:
Se espalha facilmente através de sementes, que são bem adaptadas à dispersão pelo vento ou pela água, ou mesmo pelos animais (aderência aos pelos ou pela defecação);
Potencial de produção
Depende muito da fertilidade do solo e das condições climáticas;
Até 24 t MS /ha/ano → sob condições ideais;
Mais comum em produções de 2 – 9 t MS /ha/ano;
Qualidade da forragem
Valor nutritivo:
Depende muito da idade da planta e da fertilidade do solo
PB: 6 – 16 %
DIVMS: 50 – 60 %
Palatabilidade:
Média palatabilidade;
Toxicidade:
Pode acumular níveis elevados de oxalato podem causar a doença da cara inchada em equinos e intoxicação em ovinos jovens e famintos. Entretanto, raramente há problemas com ruminantes adultos.
Compatibilidade com outras espécies:
Apesar de ser cespitosa, é considerada uma gramínea agressiva, principalmente em virtude de seu extenso sistema radicular, que compete com as espécies associadas por água e nutrientes;
Susceptibilidade à pragas e doenças:
Em algumas regiões, o capim-buffel pode ser atacado pela doença da ferrugem, causada por um fungo (Magnaporte grisea);
Vantagens
Persistente;
Muito tolerante à seca;
Responde rapidamente à chuva;
Ampla adaptação a vários tipos de solo.
Desvantagens 
Necessidade de solos férteis para melhor produção;
Dificuldade de estabelecimento em solos muito argilosos;
Baixa tolerância ao alagamento;
Pode causar a doença da cara inchada em equinos;
Sementes pilosas dificultam a semeadura;

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