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Neuropsicopedagogia na Formação do Docente

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38
UNIJALES
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JALES
CURSO DE PEDAGOGIA
A FORMAÇÃO DO DOCENTE: NEUROPSICOPEDAGOGIA COMO FERRAMENTA NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
JALES - SP
2018
A FORMAÇÃO DO DOCENTE: NEUROPSICOPEDAGOGIA COMO FERRAMENTA NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso requisitado como exigência obrigatória para obtenção de Título de Pós-Graduado em Neuropsicopedagogia da UNIJALES – Centro Universitário de Jales sob a orientação da Doutora Janaína da Silva Gonçalves. 						
JALES - SP
2018
A FORMAÇÃO DO DOCENTE: NEUROPSICOPEDAGOGIA COMO FERRAMENTA NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso requisitado como exigência obrigatória para obtenção de Título de Pós-Graduado em Neuropsicopedagogia da UNIJALES – Centro Universitário de Jales sob a orientação da Doutora Janaína da Silva Gonçalves. 
	 	Data da aprovação: ______/______/2018.
______________________________________________________________
JALES - SP
2018
RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas com o intuito de compreender a importância da neuropsicopedagogia na formação acadêmica do docente que atua na educação infantil e refletir sobre a necessidade do conhecimento neuropsicopedagógico para a qualidade do ensino. O trabalho também identifica como ocorre a formação pedagógica no Brasil, analisa o conceito da neuropsicopedagogia, compreende educação infantil e as políticas públicas que a regem. As análises teóricas auxiliam a compreender a definição da neuropsicopedagogia que é o tema principal do artigo, assim é possível entender o quanto essa ciência é importante no desenvolvimento das crianças. Analisando também a educação infantil e as políticas públicas a cerca do assunto se vê a necessidade de um docente graduado em pedagogia ter conhecimentos neuropsicopedagógicos, necessitando abranger seus conhecimento e estudos. Um docente hábil em observar o comportamento de seus alunos e o desenvolvimento cognitivo deles é capaz de diagnosticar e intervir nos déficits de aprendizagem.
 
Palavras-chave: Neuropsicopedagogia. Educação Infantil. Docente.
ABSTRAT
This article was developed through bibliographical research in order to understand the importance of neuropsychological education in the academic formation of teachers who work in children 's education and reflect on the need of neuropsychological and pedagogical knowledge for the quality of teaching. The work also identifies how pedagogical training occurs in Brazil, analyzes the concept of neuropsychology, understands children's education and the public policies that govern it. Theoretical analyzes help to understand the definition of neuropsychology that is the main theme of the article, so it is possible to understand how important this science is in the development of children. Analyzing also the education of children and public policies about the subject we see the need for a teacher with a pedagogical degree to have neuropsychological and pedagogical knowledge, needing to cover their knowledge and studies. A teacher who is able to observe the behavior of his students and their cognitive development is able to diagnose and intervene in learning deficits.
 
Keywords: Neuropsychology. Child education. Teacher.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	6
2. EDUCAÇÃO INFANTIL	7
2.1. Políticas Públicas da Infância	9
2.1.1. Estatuto da Criança e do Adolescente	11
2.1.2. Lei de Diretrizes e Bases	11
2.1.3. Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil	12
2.1.4. Diretrizes curriculares nacionais para educação infantil	13
2.2. Formação Pedagógica dos Docentes	14
3. NEUROCIÊNCIA	18
3.1. Neuropsicopedagogia	26
3.2. A Importância da Formação em Neuropsicopedagogia dos Educadores	31
CONSIDERAÇÕES FINAIS	34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	35
	
1. INTRODUÇÃO
O tema deste trabalho envolve a neuropsicopedagogia como ferramenta para o desenvolvimento cognitivo das crianças da educação infantil e a necessidade de formação adequada ao docente que atua nesta área. A neurociência está diretamente envolvida no processo de aprendizagem. 
Muitos são os problemas encontrados em sala de aula. Como professor, eu acompanho de perto a necessidade da utilização de ferramentas diversas a fim de minimizar os problemas encontrados no processo ensino-aprendizagem e a neuropsicopedagogia é capaz de auxiliar os profissionais da educação a compreenderem o que impede a aprendizagem por parte do aluno.
A educação infantil recebe crianças de zero até seis anos de idade, cada faixa etária possui um desenvolvimento cognitivo específico e característico, logo é de extrema importância que o educador esteja preparado para lidar com cada momento do desenvolvimento das crianças e seja capaz de identificar dificuldades no processo de aprendizagem. 
Infelizmente, muitos profissionais da educação infantil não estão preparados para os desafios que o processo ensino-aprendizagem apresenta no dia-a-dia.
O principal objetivo deste trabalho é compreender a formação pedagógica do docente que atua na educação infantil e refletir sobre a necessidade do conhecimento neuropsicopedagógico para a qualidade da formação do profissional. Para isso os objetivos específicos são explorar a neurociência historicamente, analisar o que a neurociência vem oferecer como conhecimento e avanço para a educação, analisar o conceito da neuropsicopedagogia, compreender educação infantil e as políticas públicas que a regem, investigar a educação inclusiva e a necessidade de docentes capacitados para atender os alunos de inclusão.
O desenvolvimento do trabalho se deu através de revisões bibliográficas que, segundo Silva et. al. (2002), possibilita o acesso às experiências de outros autores sobre o mesmo tema, este tipo de revisão permite o relato de outros trabalhos a partir da compreensão do pesquisador.
2. EDUCAÇÃO INFANTIL
Segundo Kramer (1987) a pré-escola surgiu na Europa. A autora cita Froebel como o percussor da escola infantil em 1837, chamada Jardim da Infância onde as crianças eram plantinhas e o professor o jardineiro. A educação não era obrigatória, a expressão das crianças era através de atividades sensoriais, linguagem corporal e brinquedos, a linguagem oral se associaria a natureza e a vida. 
No Brasil, a Revolução Industrial foi o marco para o surgimento das creches, a mulher inserida no mercado de trabalho tinha a necessidade de alguém para cuidar de suas crianças. Inicialmente as crianças ficavam sozinhas ou iam trabalhar com as mães, vários problemas surgiram e os setores sociais começaram a fundar instituições assistencialistas e filantrópicas para atender as crianças cujas mães eram operárias. Essas instituições cuidavam da higiene, alimentação e outros cuidados físicos, a educação ficava por conta da família. (KUHLMANN Jr., 1998)
A primeira creche no país se localizava ao lado da Fábrica de Tecidos Corcovado em 1899 no Rio de Janeiro. Mas apenas em 1988 a educação infantil passa a ser reconhecida na Constituição Federal. Passando a ser instituição pedagógica e não mais assistencialista. (KUHLMANN Jr., 1998). 
A expansão da educação infantil se baseou em cinco fatores: os de ordem sanitária e alimentar; os que dizem respeito à assistência social; os relacionados com as novas teorias psicológicas e sua divulgação ou renascimento; os referentes às diferentes culturas e os fatores propriamente educacionais. (KRAMER, 1987)
Em 1919 foi criado o Departamento da Criança no Brasil, cuja responsabilidade caberia ao Estado, mas foi mantido na realidade por doações, que possuía diferentes tarefas:
- realizar histórico sobre a situação da proteção a infância no Brasil; 
- fomentar iniciativas de amparo à criança e à mulher grávida pobre; 
- publicar boletins, divulgar conhecimentos; 
- promover congressos; 
- concorrer para a aplicação das leis de amparo à criança; 
-uniformizar as estatísticas brasileiras sobre mortalidade infantil. (BACH; PERANZONI, 2014).
Após a década de 30, Kramer (1987) afirma que a educação infantil passa a ser vista com maior importância. 
Mesmo sendo vista com um novo olhar, a educação infantil, segundo Kuhlmann (1998), era voltada para educar a cultura pobre, beneficiando as classes mais altas. 
Para Bach e Peranzoni (2014) essa educação infantil ao mais pobres, chamada educação compensatória, visava diminuir a evasão escolar e a repetências das crianças das classes mais baixas. 
Ao mesmo tempo vários defensores em nome da infância passam a debater o assunto, entre eles educadores, industriais, médicos e religiosos. Mas as condições das escolas que atendem as crianças, na época, eram muito precárias, a educação infantil sempre era deixada para depois. (KUHLMANN, 1998 e BACH; PERANZONI, 2014).
Por volta dos anos 70, o Brasil rumo à urbanização e a expansão trabalhista, as escolas passam a atender as crianças com maior disponibilidade, não apenas com o intuito assistencialista, mas como preparação para o primário, atualmente denominado ensino fundamental I. (KRAMER, 1987).
Segundo Bach e Peranzoni (2014), a educação infantil passou por períodos assistencialistas e outros compensadores, tentando suprir as necessidades culturais das crianças mais carentes, até que em 1988 a Constituição Federal estabelece que as creches e pré-escolas façam parte do sistema educacional nacional, além de determinar como dever da família, da sociedade e do estado assegurar o direito da criança à educação. 
Bach e Peranzoni afirmam que:
A grande marca do século XX, em termos de políticas de atendimento à faixa infantil, no Brasil, foi o conjunto desses fatores que desencadeou um movimento da sociedade civil e de órgãos governamentais para que o atendimento às crianças de zero a seis anos fosse reconhecido na Constituição Federal de 1988. A partir de então, a Educação Infantil em creches e pré-escolas passou a ser, sob mesmo ponto de vista legal, um dever do Estado e um direito da criança (artigo 208, inciso IV). O Estatuto da Criança e do Adolescente, (1990) destaca, também, o direito da criança a esse atendimento a educação infantil (BACH; PERANZONI, p. 02, 2014).
As autoras, Bach e Peranzoni, continuam a história da educação infantil no Brasil citando a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394 de 1996, foi através dessa lei que ficou estabelecido as modalidades e níveis educacionais, além de integrar a educação infantil como primeira etapa da educação básica. Também houve a reforma de 2006 onde o ensino fundamental passa a ser de 9 anos e a educação infantil até 5 anos de idade.
A educação infantil vive em constante evolução, muitos decretos são estabelecidos às escolas e educadores com o intuito de aprimorar o desenvolvimento da criança de forma integral, a pedagogia atualmente é muito importante para o desenvolvimento cognitivo e intelectual das crianças. 
Como citam Bach e Peranzoni:
As propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil devem ser criadas, coordenadas, supervisionadas e avaliadas por educadores, que tenham, pelo menos, o Diploma de Curso de Formação de Professores, mesmo que da equipe dos profissionais participem outros das Ciências Humanas, Sociais e Exatas, assim como familiares das crianças. Da direção das Instituições de Educação Infantil deve participar, necessariamente, um educador com, no mínimo, o Curso de Formação de Professores. Segundo o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (1998), a implementação de uma proposta curricular de qualidade depende, principalmente, dos professores que trabalham nas instituições (BACH; PERANZONI, p.3, 2014).
A formação dos docentes para esse nível educacional também passou por transformações. Até pouco tempo não era exigida formação profissional para atuar na educação infantil, hoje a legislação cobra a formação pedagógica dos professores. 
2.1. Políticas Públicas da Infância
A infância é uma construção histórica e social, com várias ideias de criança e de desenvolvimento infantil. Estudos médicos e psicológicos apontam um padrão educativo para aspectos cognitivos, emocionais e sociais da criança. Discussões, debates e movimentos sociais levam a Política Pública a ter urgência em relação à educação infantil. 
Visto o histórico da educação infantil no Brasil sabe-se que a legislação caminha junto e com a mesma lentidão no sentido evolutivo. 
A Lei nº 5692 promulgada em 1971 fixava as diretrizes e bases para o 1º e 2º grau, atualmente ensino fundamental e médio. O 1º grau atendia crianças a partir de sete anos de idade, a educação infantil não aparece com grande ênfase, mas já constava na lei, no artigo 19, § 2º “Os sistemas de ensino velarão para que as crianças de idade inferior a sete anos recebam conveniente educação em escolas maternais, jardins de infância e instituições equivalentes.” (BRASIL, 1971).
Após 1971, apenas na Constituição Federal de 1988 a educação infantil é reconhecida e garantida pela legislação brasileira.
O dever do estado com a educação será efetivado mediante garantia de: (...) I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até cinco anos de idade (BRASIL, art. 208, 1988, s/p).
Assim, a CF/ 1988 dá o direito às crianças a terem educação gratuita, sob a responsabilidade do município como rege o artigo 211 da mesma constituição. As crianças são reconhecidas como cidadãs e têm o direito de serem atendidas em suas necessidades específicas para se desenvolverem de forma integral. 
Mas a educação infantil foi reconhecida apenas no papel, os municípios não tinham condições financeiras de manter as instituições educacionais sem o auxílio do Estado, logo o caráter assistencialista se mantinha para as classes pobres, pois as crianças eram atendidas para cuidados higiênicos, de saúde e alimentar. Mas as crianças de classes mais altas frequentavam a educação infantil em instituições particulares e obtinham o atendimento pedagógico necessário para o bom desenvolvimento (BACH; PERANZONI. 2014).
 Logo após a promulgação da Constituição Federal foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente, lei que vem reforçar o direito da criança à educação. O ECA busca consolidar os direitos das crianças ao desenvolvimento integral, em consequência reafirma o direito ao acesso à escola pública de qualidade. 
Seis anos depois a Lei de Diretrizes e Bases passa por reavaliação e intensifica o dever do Estado em garantir educação pública de qualidade às crianças de zero a seis anos de idade. Junto com essa garantia a Lei revoga a formação dos docentes e reorganiza os níveis e modalidades de ensino. 
Empenhados em melhorar a educação infantil, o Ministério da Educação passa a dar mais ênfase ao nível de ensino de zero a seis anos, são publicados os Referenciais curriculares Nacionais para a Educação Infantil, os Parâmetros de Qualidade da Educação Infantil e várias ferramentas auxiliares ao desenvolvimento efetivo das crianças.
2.1.1. Estatuto da Criança e do Adolescente
No Brasil, a Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, criou o Estatuto da Criança e do Adolescente/ ECA, passando a sociedade a dividir com o Estado, pelo menos do ponto de vista da legislação, a responsabilidade pela construção de um mundo melhor para a infância.
Destaca-se o direito das crianças à  educação infantil, assegurado pelo ECA:
Artigo 4º:  É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer.Artigo 53º:  A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho,assegurando-lhes:V – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. Parágrafo único - É direito dos pais ou do responsável ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição de propostas educacionais.Artigo 54º: É dever do estado assegurar à criança e ao adolescente: IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade (BRASIL, 1990, s/p).
O ECA é uma reafirmação da Constituição Federal em relação às crianças e adolescentes, também abre as portas para a evolução legislativa desses cidadãos. 
2.1.2. Lei de Diretrizes e Bases
A Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 define e regulariza todo o sistema de ensino brasileiro, com base nos princípios presentes na Constituição Federal. 
A LDB vem sendo aperfeiçoada desde 1961, em 1971 foi citada a educação infantil e em 1996 a LDB integra aeducação infantil como o primeiro nível da Educação Básica. De acordo com a LDB em seus artigos 29, 30 e 31:
Art. 29 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem com finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.Art. 30 A educação infantil será oferecida em: I – creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II – pré-escolas para crianças de  quatro a seis anos de idade.Art. 31 Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental (BRASIL, 1996, s/p).
A atual reforma educacional altera o artigo 30 da LDB nº9394/96. A educação infantil atende crianças até cinco anos de idade, a partir de seis anos a criança deve estar matriculada no ensino fundamental I.
O dispositivos legal que estabelece a modificação citada é o projeto de lei nº 144/2005: 
Altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, dispondo sobre a duração mínima de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade (BRASIL, 2005, s/p).
A educação infantil não deve seguir e cumprir um currículo como os outros níveis de ensino, mas há os referenciais e parâmetros que devem ser seguidos com o objetivo do desenvolvimento cognitivo, social, físico, ou seja, que englobe todos os aspectos.
2.1.3. Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil
O RCNEI é um documento elaborado com o propósito de definir as finalidades e a proposta curricular da educação infantil no Brasil. Está integrado aos Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação (PCNs), atendendo a LDB 9.394/96. 
Segundo Souza (1998, citado no RCNEI), ministro da educação na época, o Referencial pretende apontar metas de qualidade que contribuam para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescerem como cidadãos cujos direitos à infância são reconhecidos. Visa, também, contribuir para que possa realizar, nas instituições, o objetivo socializador dessa etapa educacional, em ambientes que propiciem o acesso e a ampliação, pelas crianças, dos conhecimentos da realidade social e cultural (BRASIL,1998). 
Este documento está disposto em três volumes, que apresentam um documento de introdução e dois volumes relacionados aos seguintes âmbitos de experiência: Formação Pessoal e Social, que contém o eixo de trabalho que favorece prioritariamente os processos de construção da Identidade e Autonomia da criança e Conhecimento de Mundo, orientado para a construção das diferentes linguagens pelas crianças e para as relações que estabelecem com os objetos de conhecimento: Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática.
O RCNEI apresenta os seguintes princípios educativos:
Respeito a dignidade e aos direitos da criança, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, etc.;- Direito da criança de brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil;- Acesso às crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, aos afetos, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética;- Socialização da criança por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais;- Aprendizagem desenvolvida a partir da problematização de situações, levando em conta a visão de mundo da criança;- Saber reflexivo, construído mediante permanente problematização de realidade e busca de soluções produzindo conhecimento cada vez mais significativo (BRASIL, p. 13, 1998).
O RCNEI baseia a Educação Infantil nos princípios de cuidar e educar, permitindo que a criança vivencie o mundo em seu contexto e se desenvolva individual e coletivamente de forma que as atividades disponibilizadas para isto valorizem o brincar, a interação, a individualidade, a diversidade, levando em conta o conhecimento prévio da criança (BRASIL, 1998).
2.1.4. Diretrizes curriculares nacionais para educação infantil
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil se ligam às Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e tem vários princípios, fundamentos e procedimentos que são definidos pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, cuja finalidade é direcionar as políticas públicas e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares de Educação Infantil (MEC/SEB, 2010). Essas Diretrizes procuram contribuir para que as escolas de Educação Infantil possam se tornar instituições de ensino através da ludicidade e do compartilhamento com as novas tendências da educação com projetos e disciplinas que proporcionem uma interação dos conteúdos que fazem parte do seu dia a dia através da infantilidade existente no ambiente da Educação Infantil.
A filosofia que é notada nas novas diretrizes está voltado para um contexto de vivência, aprendizagem e desenvolvimento, requer a organização de diversos aspectos: o tempo de realização das atividades, os espaços em que essas atividades transcorrem , os materiais disponíveis e o profissional que exerce seu papel organizando o ambiente, ouvindo as crianças, respondendo-lhes os questionamentos de determinada maneira adequada a modalidade de ensino. Oferecendo-lhes materiais, apoio emocional, promovendo condições a ocorrência de valiosas interações e brincadeiras criadas pelas crianças.
Princípios e condições das Diretrizes para que as instituições de educação infantil garanta o cumprimento de sua função sociopolítica e pedagógica: 
- oferecendo condições e recursos para que as crianças usufruam seus direitos civis, humanos e sociais; 
- assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado das crianças com as famílias; 
- possibilitando tanto a convivência entre crianças e entre adultos e crianças quanto à ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas; 
- promovendo a igualdade de oportunidades educacionais entre as crianças de diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de vivência da infância; 
- construindo novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade e democracia.
Segundo as Diretrizes, o currículo deve constar um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral da criança de 0 a 5 anos de idade.
2.2. Formação Pedagógica dos Docentes
Antes da Constituição de 1988 a educação infantil não tinha caráter pedagógico, apenas assistencialista. Após a Constituição de 1988 e logo depois a LDB, a educação infantil passou a ter caráter pedagógico e o professor responsável, não apenas pelo desenvolvimento físicoe emocional, mas também pelo desenvolvimento cognitivo.
Como a maioria dos professores da educação infantil não tinham formação específica o Conselho Nacional de Educação, em abril de 2000, estabeleceu que em sete anos os professores deveriam ter formação mínima do curso normal do ensino médio, e em dez anos dirigentes/ gestores e 70% dos professores da instituição de educação infantil com formação a nível superior (BRASIL, 2000). 
Quanto à necessidade da formação dos professores o Plano Nacional de Educação explica: 
(...) daí porque os cursos de formação professores para a EI devem ter uma atenção especial à formação humana, à questão de valores e às habilidades específicas para tratar com seres tão abertos ao mundo e tão ávidos de explorar e conhecer, como são as crianças (PNE – 2001, p.44).
A formação do profissional da educação, segundo a LDB n° 9394/96, deve abranger os vários níveis de ensino através de experiências e práticas do dia a dia e a teoria obtida nos cursos de formação. 
O curso recomendado para quem deseja atuar na educação infantil, inicialmente é a graduação em pedagogia. Não é um curso recente, a pedagogia chega ao Brasil junto com os jesuítas no século XVI e se destaca pelos ensinamentos que os jesuítas dedicavam aos índios. Como curso de graduação, a pedagogia só passa a ser reconhecida no século XX na Universidade do Rio de Janeiro, sendo parte integrante da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras. 
Segundo Libâneo (2001), pedagogia é a ciência que tem a educação como objeto de estudo. A pedagogia não tem ramificações e não precisa de ciências auxiliares, a pedagogia é a única ciência necessária para analisar todos os fins e valores educacionais. O autor concorda que há outras ciências na área educacional, mas apenas a pedagogia se dedica exclusivamente a educação. A pedagogia é o estudo sobre a prática educativa.
Qualquer área relacionada à educação é de responsabilidade pedagógica, o pedagogo é o profissional que irá atuar nas discussões, avaliações e reflexões educacionais. 
Ainda segundo Libâneo (2001), a pedagogia é uma profissão com identidade e estatuto epistemológico próprios, referente ao pedagogo, Franco afirma que ao definir pedagogo como professor é reduzir a potencialidade do profissional. 
A obrigatoriedade da graduação para atuar na educação infantil foi promulgada pela LDB n°9394/96, art. 62. 
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco (cinco) primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal (BRASIL, 2013, s/p).
Segundo Mello (2000), essas novas diretrizes, voltadas ao curso de pedagogia, busca a integração entre a teoria e a prática, não apenas a prática adquirida em sala de aula, mas toda a vivência que o professor tenha. A união da teoria e da prática faz com que o pedagogo se forme de maneira integral, na atuação profissional o professor não se utilizará apenas da teoria aprendida e sim de práticas, situações inovadores, momentos diferentes daqueles que apenas foram transmitidos em seu curso de graduação. 
A evolução em que vive a sociedade reflete na maneira que o professor precisa desenvolver seu trabalho. A prática são exemplos do dia a dia nas escolas, são ensinamentos que o aluno de pedagogia precisa vivenciar para ter segurança em situações que virão a ocorrer na atuação como professor. Muitas são as dificuldades quando se trabalha com crianças e desafios incontáveis, o professor precisa estar preparado para sanar esses problemas de maneira eficaz (NAZAR, 2016). 
Nazar (2016) afirma que muitos estudantes de pedagogia não passaram pela experiência do trabalho em instituições educacionais de ensino infantil, a prática no curso de graduação auxiliará este professor inexperiente, junto com o estágio que por vezes é feito de forma banal, mas é a maneira de integrar o estudante à realidade profissional. 
Os cursos de graduação em pedagogia licenciatura buscam seguir e se adequarem às Diretrizes Curriculares, mas o enfoque dos cursos ocorre de forma abrangente, engloba diversas áreas da educação, então surge à necessidade dos cursos de formação continuada, especializações, pós-graduação, e mesmo a troca de experiências entre os colegas pedagogos, conforme Nazar (2016). 
Freire (1996) afirma que é necessário um estudo contínuo, o professor está sempre aprendendo, a pesquisa é necessária para que o estudo seja relevante, o aprendizado adquirido é auxiliar no desenvolvimento pedagógico junto com novas descobertas.
A educação de professores, seu desempenho e o trato do conhecimento é de fundamental importância ao delineamento de novos rumos na prática pedagógica. O estudo do professor no seu cotidiano como ser histórico e socialmente contextualizado, pode auxiliar na definição de uma nova ordem pedagógica e na intervenção da realidade no que se refere à sua prática e à sua formação. Quanto maior e mais rica for sua história de vida e profissional, maiores serão as possibilidades do desempenho de uma prática educacional significativa (NAZAR, 2016, p. 03).
Infelizmente a realidade é diferente de tudo isso, muitos professores atuantes na educação infantil não têm a formação exigida. Segundo Inep (2018), cerca de 15% dos professores cursaram apenas o ensino médio e 0,3% cursaram o ensino fundamental e atuam como professor no país, além dos professores atuantes que possuem nível superior, mas não a licenciatura.
Observe o gráfico a seguir:
Gráfico 1: Evolução da distribuição dos docentes que atuam na educação infantil por nível de escolaridade - Brasil 2013 à 2017
Fonte: Inep (2018)
A porcentagem de professores sem formação pedagógica específica, nem mesmo o magistério, se dá pelo caráter assistencialista que a creche ainda carrega. Mas a mudança se torna necessária a partir do momento que educar a criança na etapa do ensino infantil passou a ser sinônimo de ajuda para que ela tenha consciência de si mesma e dos outros que fazem parte do convívio em sociedade, o professor também é responsável em apresentar as ferramentas necessárias para a formação da criança, além dos caminhos compatíveis com valores morais e visão do mundo, conforme Nazar (2016).
3. NEUROCIÊNCIA
Segundo o neurofisiologista brasileiro Cesar Timo-Iaria (1962), a neurociência é fundamental para o estudo anatômico e funcional do sistema nervoso, além de ter um caráter interdisciplinar muito importante, pois estuda um sistema responsável por todos os sistemas orgânicos e outros ramos como a psicologia, psiquiatria, ciências cognitivas, entre outras. 
Cavada (2012) afirma que existem relatos do século V a.C., de Alcmeón de Crotona, discípulo de Pitágoras, que, por meio de dissecções, descobriu o nervo óptico e propôs o cérebro como sede do pensamento e das sensações. Na mesma época, Hipócrates atribuiu ao sistema nervoso a gênese da mente nas suas funções normais e patológicas, descrevendo em “Sobre a Enfermidade Sagrada”, in “Corpus Hipocraticum”:
Os homens devem saber que as alegrias, gozos, risos e diversões, as penas, abatimentos, aflições e lamentações procedem do cérebro e de nenhum outro local. E assim, de uma forma especial, adquirimos a sabedoria e o conhecimento, e vemos e ouvimos e sabemos o que é absurdo e o que está bem, o que é mal e o que é bom, o que é doce e o que é repugnante... E pelo mesmo órgão nos tornamos loucos e delirantes, e medos e terrores nos assaltam... Sofremos todas essas coisas pelo cérebro quando não está são... sou da opinião que, dessa maneira, o cérebro exerce o maior poder sobre o homem (CAVADA, p. 1, 2012). 
Aristóteles afirmava que o centro do intelecto residia no coração e que a natureza racional do homem se devia à capacidade do cérebro de esfriar o sangue aquecido pelo coração, afirma Relvas (2012). 
Relvas (2012) ainda conta que Galeno (129 d. C.),seguindo a tese de Hipócrates, relacionou os ventrículos cerebrais com as cavidades do coração, pensando que as sensações e os movimentos promovidos pelo cérebro estavam relacionados ao movimento dos humores que se deslocavam desde os ventrículos, pelos nervos, até os músculos e tecidos.
Já no século XVII, Descartes (apud RELVAS, 2012) defendia a teoria mecanicista para explicar a função cerebral, tendo a glândula pineal como reguladora do fluxo dos humores do cérebro para os tecidos. No entanto, acreditava que essa teoria não era suficiente para explicar a conduta humana, pois o homem, ao contrário dos animais, possui uma alma e um intelecto dados por Deus. Para ele, o cérebro controlava o corpo em suas funções semelhantes às dos animais, mas as capacidades especiais residiam fora, na mente ou no espírito. Com isso, Descartes (apud RELVAS, 2012) iniciou duas linhas de pensamento que influem até os dias de hoje: uma que aponta para a filosofia mecanicista, que compara o homem a uma máquina e afirma que ao conhecer a máquina se pode chegar a conhecer todos os mistérios do mundo; e outra que dá início à problematização mente-cérebro, começando a questionar o cérebro como sendo o ponto central das funções da mente, levando-o a estudar a glândula pineal, pois para ele essa glândula era a única estrutura cerebral (RELVAS, 2012). 
Segundo Freire (2006), Santiago Ramón y Cajal (1852–1934) é o pai da neurociência moderna, e seu nome se confunde com o próprio nome da ciência. Cajal se impressionou com os trabalhos de Golgi e passou a se dedicar aos estudos do sistema nervoso usando e aperfeiçoando a técnica de impregnação pela prata. Descreveu com detalhes a organização do sistema nervoso de diversas espécies e publicou diversos trabalhos, entre os quais sua obra mais famosa: Textura del sistema nerviosodelhombre y de los vertebrados (1904). Em 1888, Cajal descreveu a presença de células isoladas no tecido nervoso, batizadas posteriormente como neurônios, e caracterizou suas partes, nomeando-as de soma (corpo celular), dendritos e axônio. Cajal formulou a Doutrina Neuronal que descreve o cérebro como um órgão formado por um enorme número de células individuais (o termo neurônio foi aplicado posteriormente pelo alemão Wilhelm von Waldeyer-Hartz) que se comunicam umas com as outras, por meio de contatos discretos (sinapses). Ele ganhou, juntamente com Golgi, o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1906, por sua contribuição para o entendimento da estrutura e fisiologia do sistema nervoso. 
O funcionamento cerebral é um grande enigma estudado por vários séculos, e diversos autores procuram decifrar seu desenvolvimento e suas conexões. Franz Joseph Gall e J.G Supurzhein, ambos frenologistas conceituados que se dedicaram ao tema de estudar a estrutura craniana de modo a identificar o caráter das pessoas e as suas capacidades mentais. O neurologista John Hughlings Jackson, com seus estudos específicos, levou Paul Broca, em 1861, e Carl Wernicke, em 1876, a perceberem como é complexo o funcionamento do corpo humano, e identificarem o cérebro como uma parte que necessitava abranger pesquisas e análises mais específicas em pacientes vivos e que apresentem alguma área lesionada, afirma Nicollis (2011).
Guazzaniga (1995) observou significativa contribuição de profissionais das áreas neurocientíficas, algo que já não é nenhuma novidade na atualidade. Alexander Romanovich Luria (1901–1978), no período da Segunda Guerra Mundial, por meio de seus estudos, esquematizou pacientes portadores de lesões cerebrais e atentou-se às significativas alterações no comportamento, tendo como objetivo peculiar as análises das bases neurológicas do comportamento, aproximando, dessa forma, a neurociência e a aprendizagem. 
Estudos demonstram um elo existente entre a psicologia e a neurociência, intitulado como neuropsicologia. Por meio dessas colaborações de estudos, Luria concluiu que a composição do cérebro humano é composta por três partes funcionais básicas: uma encarregada por regular o tônico cortical, a vigília e os estudos mentais; outra encarregada por receber, processar e armazenar as informações; e a terceira parte encarregada por programar, regular e comprovar as atividades mentais e fundamentais a qualquer tipo de atividade mental (GUAZZANIGA, 1995). 
O encéfalo é todo o conjunto de estruturas localizadas no interior do crânio. O cérebro é responsável pelas emoções, raciocínio, aprendizagem, é a sede das sensações e movimentos voluntários. 
O encéfalo humano apresenta-se como um gigantesco conjunto de dezenas de milhares de milhões de "teias de aranha" neuronais enredadas umas nas outras e nas quais "crepitam" e se propagam miríades de impulsos elétricos substituídos aqui e acolá por uma rica paleta de estímulos químicos" (Changeux apud FERREIRA et. al., 2014, p. 6).
O encéfalo é dividido em dois hemisférios. Hemisfério esquerdo: especializado em simbologia, lógica, ocupa-se do pensamento mais analítico, linear e verbal. Acidentes, tromboses e tumores provocam distúrbios na leitura, na escrita, na fala, no raciocínio aritmético e, em geral, na capacidade de compreender. Hemisfério direito responsável pela organização das percepções espaciais, encarrega-se do pensamento mais sintético, holístico e imagístico. As lesões não têm efeitos tão dramáticos como as ocorridas no hemisfério esquerdo. Os hemisférios direito e esquerdo trabalham coordenadamente, desempenhando papéis complementares (FERREIRA et. al., 2014).
A figura a seguir mostra as funções específicas e globais dos hemisférios cerebrais (CRUZ, 2016):
Figura 1: Funções específicas e globais do cérebro humano
Fonte: Cruz, 2016.
Diante a capacidade cerebral, Cosenza e Guerra (2011) afirmam que o sistema nervoso é a parte que comanda as emoções, as habilidades, as capacidades de leitura e de atenção. Logo, os autores concluem que o cérebro é fundamental para o desenvolvimento cognitivo do ser humano. 
Apesar da anatomia cerebral ser semelhante entre os seres humanos, as conexões neurais não são iguais, tornando-os diferentes e com capacidade de aprendizagem singular, conforme Cosenza e Guerra (2011).
Cruz (2016) acredita que o encéfalo é o órgão responsável pela aprendizagem, tal órgão é composto por cérebro, cerebelo e tronco encefálico. O encéfalo é composto por aproximadamente 86 bilhões de neurônios, células nervosas que formam redes neurais para que seja efetivado o aprendizado. 
A figura a seguir representa o neurônio, célula composta por três regiões responsáveis por funções especializadas: corpo celular, dendritos e axônio (Machado, 2013 apud Cruz, 2016).
Figura 2: Desenho esquemático de um neurônio. Observe o corpo celular que contém o núcleo celular, os prolongamentos chamados dendritos e o axônio.
Fonte: Cruz, 2016, p. 5
Essas células nervosas se conectam por sinapses compondo redes neurais que se estabelecem conforme a interação do aprendiz com o meio (SOUZA, 2016). 
Castanha (2013) afirma que os neurônios e suas conexões são alteradas conforme as experiências vividas, quando mais estímulos os neurônios recebem, mais aumentam as sinapses. Assim o aprendizado vai acontecendo, através dessas conexões e estímulos neurais.
Cruz (2016) conta que Hipócrates, no século IX A.C., já afirmava que a sabedoria e o conhecimento são resultantes do cérebro, mas apenas na década de 90 que pesquisas focaram em investigar o cérebro como parte responsável pela aprendizagem.
Segundo Hennemann (2013), o sistema nervoso é ativado por situações estressantes, liberando adrenalina para corrente sanguínea e alterando o funcionamento de diversos órgãos do corpo humano, logo o cérebro percebe que a quantidade de sangue que há é suficiente apenas para mante-lo irrigado, logo não terá energia suficiente para atividades cognitivas, dificultando a aprendizagem.
Figura 3: Sistema Nervoso Central
Fonte: Ferreira et. al. (2014)
Castanha (2013, p. 1) explica que o aprendizado acontece em quatro estágios:
Primeiro temos uma experiência concreta,depois desenvolvemos uma observação reflexiva e conexões, criamos hipóteses abstratas e, finalmente, testamos ativamente estas hipóteses até obter uma nova experiência concreta. Em outras palavras, obtemos uma informação e damos algum significado para ela, depois criamos novas ideias a partir deste significado e as colocamos em prática. Durante este processo são utilizadas diversas áreas diferentes do córtex cerebral, cada uma apresentando uma finalidade única. Por isso, quando passamos pelos quatro estágios, ampliamos ou geramos uma nova conexão cerebral e essa é a maneira natural de aprender.
Um fator importante, que deve ser mencionado, para o desenvolvimento cognitivo do ser humano é a emoção. Cosenza e Guerra (2011) acreditam que a emoção influencia na aprendizagem e deve ser considerada pelos professores para que adaptem seu planejamento favorecendo o aprendizado das crianças.
A neurociência é uma ferramenta incrível para que o educador saiba aproveitar toda a capacidade cerebral de seus alunos, inclusive as crianças que apresentam distúrbios neurológicos e consequentemente dificuldades de aprendizagem. É a neurociência que explica o sucesso ou o fracasso no desenvolvimento escolar (COSENZA e GUERRA, 2011).
Bartoszeck (2012) afirma que estudos sobre alfabetização e neurociência definem processos e conceitos para a compreensão de tópicos relativos às doenças do cérebro e distúrbios do comportamento, como também dos mecanismos saudáveis de sua função cerebral regular. Segundo Bartoszeck (2012), a alfabetização em neurociência pode ser útil para a sociedade em geral e para o indivíduo em particular, favorecendo a tomada de decisões em relação à saúde, ao desenvolvimento do cérebro de recém-nascidos, crianças, adolescentes e adultos, além do desenvolvimento de uma postura crítica frente a materiais veiculados pela mídia. 
A neurociência é uma ferramenta muito importante para auxiliar o processo ensino-aprendizagem, conhecer o cérebro humano e seu funcionamento contribui no processo de aprendizagem, conforme Cruz (2016, p. 8):
As neurociências descrevem a estrutura e funcionamento do sistema nervoso, enquanto a educação cria condições que promovem o desenvolvimento de competências. Os professores atuam como agentes nas mudanças cerebrais que levam à aprendizagem (Coch e Ansari, 2009). As estratégias pedagógicas utilizadas por professores durante o processo ensino-aprendizagem são estímulos que produzem a reorganização do sistema nervoso em desenvolvimento, resultando em mudanças comportamentais (Guerra, 2011).
A neurociência vem afirmar o que muitos filósofos e pesquisadores já diziam, Salla (2012) referencia resultados do estudo de Cahill e McGaugh, em 1990, na Universidade da Califórnia, onde um tomógrafo evidencia a ativação da amígdala e a formação da memória, concluindo que quanto maior a emoção, mais fixa se tornará a lembrança no cérebro. Este experimento vem confirmar as falas de Piaget apud Salla (2012), "a afetividade influencia positiva ou negativamente os processos de aprendizagem". 
Zaro et. al. (2010) também aborda os estudos de Piaget sobre aprendizado e a mente humana, em que Piaget afirma que o processo de aprendizado se da por assimilação, acomodação e equilibração. 
Logo, o educador, conhecedor de tais teorias, pode motivar o educando através de emoções.
A motivação também é fator primordial para o processo ensino-aprendizagem. O ser humano precisa ser motivado a aprender. 
Quando o sujeito é afetado positivamente por algo, a região responsável pelos centros de prazer produz uma substância chamada dopamina. A ativação desses centros gera bem-estar, que mobiliza a atenção da pessoa e reforça o comportamento dela em relação ao objeto que a afetou. A neurologista Suzana Herculano-Houzel, autora do livro Fique de Bem com Seu Cérebro, explica que tarefas muito difíceis desmotivam e deixam o cérebro frustrado, sem obter prazer do sistema de recompensa. Por isso são abandonadas, o que também ocorre com as fáceis (SALLA, 2012). 
Piaget apud Salla (2012) afirma que a aprendizagem ocorre diante de desafios que motivam a serem solucionados. Para Vygotsky apud Salla (2012) a cognição se inicia na motivação. Portanto, a escola deve motivar o aluno através de atividades curiosas ou desafiadoras.
Para a neurociência, aprendizagem, segundo Hennemann (2016), é um processo que depende de experiências, tentativas e novas associações. Os fatores que mais influenciam no aprendizado, baseado na neurociência são:
EXPERIÊNCIA (ter muitas vivências, explorar diversos materiais, locais, interagir com diversas pessoas de diferentes contextos), PRÁTICA (métodos adequados, lembrar que não existe um método para tudo cada indivíduo possui as suas sincrasias, diante de suas facilidades ou dificuldades particulares, cada um vai precisar de um método), dedicar a ATENÇÃO (para aquilo que se está fazendo, não há como fazer duas coisas ao mesmo tempo, pois nosso foco fica alternando entre uma coisa e outra) e o principal é a MOTIVAÇÃO (se o indivíduo não tiver interesse, poderá até praticar, mas o resultado não será tão eficiente). (HENNEMANN, 2016, p. 1)
Diante de tanta informação sobre a neurociência e a aprendizagem é possível compreender a importância de um processo ensino-aprendizagem mais dinâmico e motivador, assim as conexões neurais irão acontecer e fazer com que o cérebro reaja de maneira positiva ao conhecimento. Atividades prazerosas e desafiadoras são essenciais para o funcionamento das redes neurais, a transmissão de saber não causa esse estímulo, Mietto (2012) cita atividades lúdicas, com um visual enriquecedor, divertido e dinâmico. 
A neurociência ligada ao aprendizado vem auxiliar nos transtornos comportamentais que impedem o aluno de atingir objetivos traçados pelos educadores, tal ciência faz com que o educador desenvolva métodos que facilitam a aprendizagem conforme as características cerebrais de cada aluno. Para isso uma nova ciência vem sendo difundida no meio educacional, a neuropsicopedagogia (MIETTO, 2012).
Hennemann (2012) acredita que faz-se necessário destacar que a neurociência pode ajudar muito a todos indivíduos, mas especialmente aqueles com transtornos, síndromes e dificuldades de aprendizagem uma vez que se tem o entendimento da plasticidade cerebral, da busca de novos caminhos para o aprender, das múltiplas inteligências propostas por Gardner.
3.1. Neuropsicopedagogia
Segundo a Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia, define-se:
A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, fundamentada nos conhecimentos da Neurociências aplicada à educação, com interfaces da Pedagogia e Psicologia Cognitiva que tem como objeto formal de estudo a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e educacional (SBNPP, 2014, p. 1).
Neuropsicopedagogia é a fusão do entendimento de cérebro e aprendizagem. No Brasil, em 2008, no estado de Santa Catarina, docentes de uma instituição de ensino criaram um grupo de estudos que promoveria observações e pesquisas sobre o contexto escolar. O estudo da neuropsicopedagogia foi incentivado com o intuito de aproveitar os benefícios da neurociência no campo educacional. Os estudos tiveram início com olhares e avaliações na educação especial a partir de concepções transdisciplinares (SBNPP, 2018).
A neurociência é muito explorada na área da saúde e pouco utilizada para as questões cognitivas, os atendimentos escolares se baseiam apenas na psicopedagogia e psicologia, mas nos últimos tempos os educadores passaram a enxergar os problemas escolares com um olhar neurocientífico.
Fernandez (2010) acredita que a educação, a psicologia e a neuropsicologia são três pontos esclarecedores da neuropsicopedagogia. A autora esclarece que a educação promove a instrução, o treinamento e a educação dos cidadãos, a psicologia desenvolve os aspectos psicológicos do indivíduo e a neuropsicologia trabalha a teoria do cérebro trino, propostas por Gardner.
Hennemann (2012, p. 11) define neuropsicopedagogia:[...] como um novo campo de conhecimento que através dos conhecimentos neurocientíficos, agregados aos conhecimentos da pedagogia e psicologia vem contribuir para os processos de ensino-aprendizagem de indivíduos que apresentem dificuldades de aprendizagem. 
Beauclair (2014, p. 23) define neuropsicopedagogia como "especialização profissional que age na pesquisa, ação e intervenção, baseados nos avanços das Neurociências e suas aplicabilidades no campo da Educação e Psicopedagogia”.
Apesar da neurociência ser nova no âmbito educacional é uma ciência de grande importância para auxiliar o desenvolvimento cognitivo das crianças. Também é uma ciência inter e transdisciplinar direcionada ao processo ensino-aprendizagem e que considera a avaliação, o diagnóstico e as possíveis intervenções do indivíduo analisado, da família, da escola e da sociedade em que está inserido (BEAUCLAIR, 2014).
Zaro et. al. (2010) cita Hardiman e Denckla (2009) sobre a relevância do que chamaram a ciência da educação, trazendo à tona uma abordagem que vem se consolidando nos últimos anos, principalmente nos Estados Unidos, através de um novo campo multidisciplinar de conhecimento e de atuação profissional, nas áreas da docência e da pesquisa educacional, a Neuroeducação. Segundo estas autoras, a próxima geração de educadores, obrigatoriamente, precisará levar em conta o conhecimento gerado por pesquisas das Neurociências, ao planejar e desenvolver seus projetos de ensino e de aprendizagem. 
O fracasso da educação sempre foi visto e julgado como consequência da má qualidade do sistema educacional, mas Almeida (2012) afirma que o fracasso pode se transformar em sucesso com o auxilio da neuropsicopedagogia, pois há a plasticidade cerebral, isto é, a capacidade dos neurônios formarem novas conexões reestruturando o cérebro.
Hennemann (2012) acredita que todo ser humano é capaz de aprender, porém de maneira diferente, para alguns a aprendizagem vem acompanhada de estímulo, atividades diferenciadas, ritmos variados de desenvolvimento, mas em todos há um processo de desenvolvimento.
A neuropedagogia desenvolve diversas ferramentas que possibilita acertar as inúmeras dificuldades de aprendizagem escolar, possibilita a inclusão e extrai ao máximo o potencial do aluno, também é capaz de transformar o ser humano em todas as capacidades independentemente de sua origem social, qualidade de ensino escolar ao qual está submetido ou grau de desenvolvimento pessoal (LEITE, 2012).
Conhecendo as necessidades da educação infantil e a má formação do professor percebe-se a necessidade de uma formação ou especialização além da pedagogia, caso o intuito seja lidar com o aprendizado e desenvolvimento da criança.
O principal objetivo da escola é a aprendizagem, mesmo na educação infantil é esperado que a criança aprenda e se desenvolva. O desenvolvimento infantil engloba diversos fatores, tanto emocional, como psicológico, cognitivo, social, intelectual, entre outros.
Para promover todo o desenvolvimento infantil, a escola precisa de um profissional capaz de lidar com questões pedagógicas, psicológicas e neurológicas. (SBNPp, 2014)
Segundo Brandão (2004), o neuropsicopedagogo é o responsável pelas questões pedagógicas, psicológicas e neurológicas no ramo educacional. Este é o profissional capaz de auxiliar a criança no processo de aprendizagem, mesmo aquelas crianças que apresentam características cognitivas e emocionais diferentes, isso devido o estudo do neuropsicopedagogo à estrutura e função cerebral.
O cérebro, antes de se adaptar aos métodos e técnicas de aprendizagem, recebe, seleciona, transforma, memoriza, arquiva, processa e elabora todas as sensações captadas pelas diversas percepções sensoriais, como afirma Brandão (2004). 
As afirmações de Brandão (2004) mostram a possibilidade de um neuropsicopedagogo intervir nas dificuldades de aprendizagem. O cérebro é capaz de se adaptar a diversas situações, basta um direcionamento e orientação adequados.
O neuropsicopedagogo utiliza-se dos processos de metacognição, o pensar sobre o pensar, fazendo com que o indivíduo entenda o porquê de responder "de tal maneira, tal pergunta", de que forma poderia ter feito melhor, sendo assim, os processos metacognitivos vão além da cognição, uma vez que esta se baseia somente em ensinar o aluno a dar respostas e se possíveis certas. Aliado aos demais profissionais do contexto educativo ele procura transformar “queixas” em pensamentos, criando espaço para a escuta e observação, para  a partir daí fazer devolutivas. (HENNEMAN, 2013, P. 01)
Henneman (2013) mostra como o neuropsicopedagogo é capaz de auxiliar nas dificuldades de aprendizagem de maneira a encontrar novos métodos para a compreensão da criança.
Além de auxiliar nas dificuldades de aprendizagem, Leite (2012) afirmam que a neuropsicopedagogia modifica as estruturas funcionais aperfeiçoando as matrizes da inteligência, assim possibilita que o cérebro opere em potência máxima. As autoras, Leite (2012, p. 1), citam a fala de Adriana Peruzo:
Apostar nos estudos da neurociência pedagógica é apostar numa evolução crescente e segura, é vincular o educador a ideias, a comportamentos e a pensamentos complexos, é levar ao educando a noção do sujeito do processo da aquisição e da produção do conhecimento.
A neuropsicopedagogia é responsável pelas funções cerebrais que recebem, selecionam, transformam, memorizam e armazenam o aprendizado, diversos elementos sensoriais são recebidos pelo cérebro e esses elementos precisam de metodologias e técnicas adequadas para que se efetivem e as crianças possam ter um desenvolvimento cognitivo de acordo com suas capacidades (LEITE, 2012).
 Outro ponto importante que a neurociência colabora com a psicologia e a pedagogia é a condição plástica do cérebro, tal órgão é capaz de se modificar mediante diferentes emoções e aprendizagens (CRUZ, 2016).
A neuroplasticidade é a capacidade que o encéfalo possui em se reorganizar ou readaptar frente a novos estímulos, sejam eles positivos ou negativos. As sinapses ou conexões entre os neurônios se modificam durante o processo de aprendizagem, quando há evocação da memória, quando adquirimos novas habilidades (CRUZ, 2016, p. 8). 
Diante a facilidade do cérebro, mais especificamente o sistema nervoso, de se reorganizar, a educação pode influenciar o desenvolvimento da criança, segundo Relvas (2012), a plasticidade cerebral no processo de aprendizagem pode ocorrer de maneira motora, isto é, ocorre de maneira automática ou de maneira consciente em que o aprendizado acontece devido a memória da criança.
Leite (2012) explica que aprender vai além da sala de aula, que a neurociência afirma que aprender depende do comportamento e do movimento dos neurônios e de suas ligações que acontecem devido a interação do sujeito com o meio ambiente. Mais um motivo para que os alunos sejam tratados de forma diferente, pois cada um traz experiências diferentes, ou mesmo sinapses diferentes, logo a forma com que irão aprender ocorrerá de maneira diferente.
O processo ensino-aprendizagem está diretamente ligado ao desenvolvimento humano, ao funcionamento cerebral e à plasticidade do cérebro, portanto é essencial que o educador conheça a anatomia e a fisiologia da aprendizagem. 
O planejamento de aula deve ser baseado em diferentes possibilidades, o professor deve estar ciente da biologia cerebral que constitui sua turma e que as transformações são constantes, ininterruptas e individuais. O professor não apenas transmite os conhecimentos, mas é desafiador, deve fazer com que seus alunos reflitam e dialoguem com suas emoções, assim garante a transformação das informações em aprendizagem (LEITE, 2012).
As neurociências descrevem a estrutura e funcionamento do sistema nervoso, enquanto a educação cria condições que promovem o desenvolvimento de competências. Os professores atuam como agentes nas mudanças cerebrais que levam à aprendizagem (Coch e Ansari, 2009 apud CRUZ, 2016). 
As estratégias pedagógicas utilizadas por professores durante o processo ensino-aprendizagemsão estímulos que produzem a reorganização do sistema nervoso em desenvolvimento, resultando em mudanças comportamentais (Guerra, 2011, apud CRUZ, 2016). 
A emoção é responsável pelas sinapses, como afirma Rotta (2006, p. 16): "Quando o estímulo já é conhecido do sistema nervoso central, desencadeia uma lembrança, quando o estímulo é novo, desencadeia uma mudança".
Assmann (2001 apud Carvalho, 2011) também acredita, baseado em estudos e pesquisas, que as experiências de aprendizagem em contextos pedagógicos pode alterar a estrutura da criança, as práticas desenvolvidas em aula estimulam as reflexões, pensamentos e geram sentimentos e ações, logo há uma aprendizagem que reconstrói a mente e a emoção.
 Aprender não é somente reconhecer o que, virtualmente, já era conhecido; não é apenas transformar o desconhecido em conhecimento. É a conjunção do reconhecimento e da descoberta. Aprender comporta a união do conhecido e do desconhecido. A memória e a aprendizagem são fundamentais para a evolução do indivíduo como ser social, pois ultrapassam a simples apreensão das informações pelo sujeito aprendente, passando a fundamentar seu pensamento e suas ações (Morin, 1999, apud CARVALHO, 2011, p. 542).
Está claro que a maneira de aprender vem tomando um outro direcionamento, já não se aprende da forma tradicional, logo Relvas (2012) afirma que se as maneiras que se aprende são diferentes, a maneira com que se ensina também devem mudar.
Os saberes cognitivos e emocionais se fundem para criar e elaborar um pensamento e novas conexões neurais que levam ao desejo de aprender, conforme Carvalho (2011).
Cruz (2016) cita 10 passos para auxiliar o professor a fazer com que seus alunos aprendam melhor:
Introduzir o material a ser aprendido fazendo ligações com o que já é sabido. Criar situações semelhantes à vida real. Criar oportunidades de rememoração e de novas associações. Utilizar trabalhos em grupo seguidos de exposição pelos alunos. Aprender fazendo. Utilizar técnicas mnemônicas, ou seja, que auxiliam a memória, como a música, rimas. Dividir as atividades em intervalos. Introduzir o novo, o intenso e o pouco usual. Utilizar tempo de relaxamento entre as atividades. Levar em conta a necessidade de consolidação da memória.
As escolas possuem alunos com características diversas, muitos problemas como falta de atenção, dificuldades de aprender, entre outras situações que angustiam o professor. Muitas vezes os educadores julgam o problema sem ter o conhecimento necessário para isso, pois a formação específica não se dá na graduação pedagógica. 
A maioria das escolas produzem um método que mascara os problemas de aprendizagem e tais problemas são passados adiante. Isso se resolveria com um conhecimento específico por parte dos profissionais da educação.
3.2. A Importância da Formação em Neuropsicopedagogia dos Educadores
Os educadores não lidam de maneira natural com as dificuldades de seus alunos, acredita-se que se eles conhecessem a neurociência e suas aplicabilidades no processo ensino-aprendizagem o ensino teria grande avanço, afirma Nogaro (2012).
Para Leite (2012), os especialistas em neuropsicopedagogia estudam sobre o processo de aquisição de aprendizagem e da memória tendo o cérebro como elemento principal, fazem pesquisas, testes e teorias as quais resultarão em benefícios para todos por outro lado, encontram-se os educadores que anseiam em por em prática tais pesquisas, testes e teorias, é um trabalho significativo e juntar estes dois segmentos é compensador uma vez que irá exigir dos envolvidos as análises e aplicações destes conhecimentos científicos traduzindo-os para as salas de aulas.
Segundo Souza e Alves (2017), os professores devem compreender a necessidade de estímulos ao sistema nervoso para a efetivação da aprendizagem, assim as práticas diárias passam a ter reflexos que contribuem para a qualidade e resultados positivos na educação. 
A neuroeducação é uma ciência recente, mas de grande utilidade às escolas do futuro, um futuro que já se faz presente e necessário nos projetos de ensino. Os alunos não são mais vistos como iguais, o direito à educação para que tenham oportunidades, conforme suas necessidades, está se fazendo valer e para isso os profissionais da educação precisam se inovar e buscar conhecimentos, assim conseguirão desenvolver planos de ensino adaptados para cada aluno.
Barros (2001 apud Souza e Alves 2017) acredita em uma formação profissional de educadores que constituem o sujeito e criem o ser e fazer, educadores que conheçam a estrutura cerebral e a ligação direta do cérebro com a aprendizagem, com as dimensões cognitivas, motoras, afetivas e sociais. Os educadores devem ser formados para ter a percepção de que as dificuldades apresentadas pelos alunos ultrapassam a sala de aula, o professor deve ser especialista em perceber os sinais que os alunos manifestam e que as dificuldades precisam ser avaliadas e tratadas com o auxílio de outros especialistas.
Segundo Relvas (2012), "As equipes multidisciplinares e interdisciplinares só tem sucesso quando agem de forma integrada com a família e a escola a fim de otimizar resultados e focar o melhor desempenho da aprendizagem".
Nogaro (2012) afirma que o avanço da neurociência auxilia o professor a formular dados objetivos sobre seus alunos e planejar de forma certeira os métodos a serem utilizados com cada um. Conforme a imagem a seguir: 
Figura 4: Planos com o avanço da neurociência
Fonte: Nogaro (2012)
O professor que conhece o funcionamento cerebral e como usar esse conhecimento para o aprendizado do aluno desenvolve projetos diferentes, utiliza linguagens diversificadas como arte, humor, imagem, desenho, contação de histórias e outras condições que possibilite o aluno a liberar emoções e sensações que irão marcar o aprendizado (NOGARO, 2012).
Quantos mais conseguirem aprender maiores serão as possibilidades de converterem isso para outras linguagens e para o meio onde vivem, reestruturando  outras redes neurais (oportunizando novas sinapses) e quanto maior for a ativação de novas redes neurais maior será seu entendimento sobre a vida e as coisas (NOGARO, 2012, p. 1). 
Leite (2012) acredita que a neuroeducação exige ambientes que estimulem a criatividade e a inteligência, que motivem os educandos para que tenham uma qualidade melhor e um máximo desenvolvimento de seus talentos, assim terão prazer e disposição para o estudo. 
A autora, Leite (2012), também cita a ludicidade como ferramenta pedagógica que facilita a transformação e vivência diária da criatividade e do entusiasmo dos alunos, é a interseção da pedagogia e da neurociência promovendo o desenvolvimento cognitivo e a inserção dos alunos em um mundo social e cultural.
O professor deve se aproveitar de meios e recursos no sentido de que o seu aluno tenha motivação com a finalidade especifica que a aprendizagem venha acontecer de forma plena e eficaz, deve ainda conhecer a bagagem que o aluno traz incentivando-o para que seja sempre capaz de produzir e criar (LEITE, 2012).
A motivação nada mais é que criar motivos, causar entusiasmo e ânimo, entusiasmar o individuo fazendo-o chegar até a eficácia do conhecimento.
E mais ainda, cabe criar nestes indivíduos a vontade de aprender através de estratégias e estímulos a fim de que estes indivíduos se sintam motivados em aprender, naturalmente a realização dos objetivos propostos, implica que sejam praticados sempre uma vez que não se desenvolve uma capacidade sem exercê-la ás vezes exaustivamente (LEITE, 2012).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa foi baseada em leituras bibliográficas a fim de relacionar a neuropsicopedagogia com o processo ensino-aprendizagem e a formação dos professores da educação infantil.
As análises feitas nos documentos oficiais do país, que diz respeito à educação, nos possibilitou compreender o direito das crianças como cidadãs, todos tem o direito e o dever de terem acesso ao ensino básico, sem distinção de raça, credo, ou qualquer outra característica que os diferencie, afinalos seres humanos não são iguais.
O professor tem um papel importante na educação infantil, ele é o profissional responsável em desenvolver estratégias para o aprendizado da criança e o contato com o aluno no dia a dia o torna capacitado para identificar déficits no processo ensino-aprendizagem.
A neuropsicopedagogia é a ciência que auxilia o professor a identificar e até intervir nos déficits de aprendizagem da criança, agindo tanto na prevenção como na causa. Um bom professor não tem apenas a formação pedagógica, atualmente o profissional da educação deve ter especializações voltadas ao psicológico e neurológico da criança.
Esta pesquisa nos mostra a necessidade dos docentes e outros profissionais ligados à área educacional a aderir a novos conceitos e propostas de ensino. A inclusão escolar é uma realidade ainda distante, mas que a formação adequada, a utilização de novas metodologias de ensino e uma pedagogia que abrange as diversas áreas cognitivas será mais fácil alcançar objetivos satisfatórios dentro da educação brasileira.
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