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ESTÁGIO SUPERVISIONADO (PANDEMIA) - SEGUNDA LICENCIATURA - ED ESPECIAL

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18
IPEMIG/INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS
DENISE FERREIRA DA ROCHA MINHOS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO PROJETO PRÁTICO
BELO HORIZONTE/MG
2021
IPEMIG/INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS
DENISE FERREIRA DA ROCHA MINHOS
PROJETO PRÁTICO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, do IPEMIG, no Curso de Segunda Licenciatura em Educação Especial, como pré-requisito para aprovação.
BELO HORIZONTE/MG
2021
PROSPOSTAS DE FORMAS DE INTERVENÇÕES NA PRÁTICA EM SALA DE AULA, PARA SE TRABALHAR COM ALUNOS AUTISTA, ASPERGER E SÍNDROME DE DOWN.
 RESUMO – O presente artigo retratará um projeto voltado para a necessidade da ampliação de uma política inclusiva especialmente no espaço escolar e fará menção do quanto isso é primordial para que tenhamos um desenvolvimento proveitoso para todos que estão inseridos nesse meio. Faz- se necessário compreender como proceder, em cada caso específico dos alunos especiais. Uma realidade adaptada, necessita estar em primeiro plano, visando o bem-estar físico destes indivíduos. Desenvolver uma política de inclusão, é primordial para que tais estudantes possam participar coletivamente com os demais. O docente precisa conhecer o aluno previamente, a fim de que aconteça uma efetiva motivação para a aprendizagem. Seu trabalho numa sala de aula, que promova inclusão, precisa partir dessa premissa e ter claramente, de maneira especial, as informações dos estudantes com dificuldades para aprender e que possuam limitações cognitivas, como: organizar conhecimentos, comunicar-se, no compartilhamento de significados, ou mesmo, para atribuir um sentido àquilo que está aprendendo. Este trabalho tem que partir do entendimento da maneira em que os estudantes aprendem e qual o método mais eficaz para ensiná-los. Pode-se dizer que há uma explicação para o fato do aluno aprender certos conteúdos que é o método didático utilizado por seu professor. Será abordado, ainda neste trabalho, temas relacionados aos alunos que possuem Autismo, Asperger e Síndrome de Down e serão propostas algumas formas de, como o professor pode intervir na prática do cotidiano escolar nestes casos. 
PALAVRAS-CHAVE: Educação Especial. Inclusão. Necessidades Educacionais Especiais: Autismo, Asperger e Síndrome de Down.
Sumário
1. INTRODUÇÃO. 	4
2. DESENVOLVIMENTO	7
3. RELATO DE ESTUDO	10
3.1 Estratégias para melhorar a aprendizagem de crianças com Síndrome de Asperger	 10
3.2 Estratégias para melhorar a aprendizagem de crianças com Autismo 	 12
3.3 Estratégias para melhorar a aprendizagem de crianças com Síndrome de Down 13
4. CONCLUSÃO	15
5. REFERÊNCIAS	17
1. INTRODUÇÃO
Não é de hoje que existem discussões sobre a importância que tem a presença da família no ambiente escolar. Reflete diretamente no desenvolvimento do aluno que está sendo preparado para viver em sociedade. Esta é uma questão de conscientização coletiva de toda a comunidade, tanto externa quanto interna, é um vínculo necessário para a construção que o aluno fará ao longo do seu processo de ensino e aprendizagem, bem como no desenvolvimento humano e social. 
 Quando escola e família mantém uma relação harmoniosa, é possível desenvolver intervenções pedagógicas justamente nos pontos necessários que estejam impedindo o ensino de acontecer da forma esperada. 
O aluno seja ele especial ou não, só é considerado alfabetizado, a partir do momento em que tiver o domínio e o entendimento das demandas que envolvem a leitura e a escrita. A escola tem um papel fundamental para que isto aconteça, sem deixar de mencionar a relevância da participação familiar também neste processo. Em se tratando de estudantes com necessidades de aprendizagem especiais, a parceria entre escola e família torna-se uma urgência ainda maior.
Considerando a inquietação com a ampliação do conhecimento para se trabalhar com o público com necessidades educacionais especiais, justifica-se o quanto é indispensável que se trabalhe adequadamente com estes alunos, desde os primeiros anos da vida escolar, para que se possa obter os resultados mais satisfatórios possíveis. 
O objetivo deste projeto é propor intervenções para se trabalhar com estudantes Autistas, Asperger e Síndrome de Down. Para que isto aconteça, faz-se necessário provocar a influência mútua entre família e escola; a barcar a família na aquisição do conhecimento; consentir que o aluno tenha acesso a diversos recursos inclusivos; focar em sua melhoraria e desenvoltura ao se relacionar: motivá-lo continuamente a dar seu melhor; sensibilizá-lo a adquirir gosto em frequentar o ambiente escolar e promover contato contínuo entre o aluno, a escola e a família.
O projeto será composto pela apresentação de maneiras práticas de invervenções que os professores poderão utilizar em sala de aula com alunos que possuem necessidades de aprendizagem especiais, mais especificamente os alunos Autistas, Asperger e Síndrome de Down. Antes da elaboração do mesmo, foram assistidas videoaulas, feitas leituras de diversos materiais que discutem o tema proposto, com o intuito de observar algumas metodologias que possam ser utilizadas para promover aprendizagem em sala de aula. Ressaltamos que serão expostas algumas propostas de maneiras de intervenções para a prática docente, que poderão ser aplicadas nas áreas mencionadas anteriormente.
É real a necessidade de desenvolver projetos que colaboram com o incentivo de melhoria da relação entre a família e a escola, pois desta forma, ficará nítido quando houver um desenvolvivento no ensino/aprendizagem, na parte intelectual, na socialização e na formação destes estudante enquanto cidadãos, não só para os alunos especiais, mas para o todo.
Por fim serão apresentadas propostas de intervenções práticas, buscando por intermédio de ações concretas, a maneira ideal para os docentes aplicarem em sala de aula, entre os alunos com necessidades educacionais especiais. 
As pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) necessitam de metodologias de ensino que os direcionem à sua realização enquanto pessoa, educacionalmente e profissionalmente.
Para assegurar uma aprendizagem de qualidade ao estudante com TEA, o docente tem sim, que rever métodos e buscar novas habilidades para elaborar aulas inclusivas.
Comumente o professor que recebe pela primeira vez em sua sala um indivíduo que tenha o diagnóstico de TEA, a primeira coisa que vem em sua mente, é a sensação de não estar pronto para lidar com a situação, e de fato, muitos não estão, mas é fundamental que, mesmo não estando, corram em busca de conhecimento e tentem conhecer o aluno, já que cada indivíduo com TEA possui aspectos e comportamentos distintos.
Em geral, pessoas com Síndrome de Asperger, possuem o hábito de focar seus interesses num tema exclusivo. Sendo assim, elas precisam ser estimuladas para se envolverem em outros temas e diferentes conteúdos escolares, e para tanto, carecem de incentivos a ponto de se sentirem estimuladas para que o envolvimento aconteça. As particularidades destes alunos, podem ser aproveitadas para o ensino de temas que se encaixem nelas. 
Para que o professor consiga um resultado positivo ao trabalhar com o público Síndrome de Down, a metodologia de ensino precisa ser elaborada de modo personalizado, atendendo suas peculiaridades, tanto aquilo que possa ser explorado positivamente, quanto as dificuldades cognitivas e de comportamento. 
2. DESENVOLVIMENTO
No art. 227 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) consta a seguinte redação: 
É dever da família, da sociedade, e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida e a saúde, a alimentação,à educação, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Lei 8.069/1990).
Isto deixa claro e nos conduz a uma reflexão sobre a grandeza da inter-relação escola e família no âmbito da comunidade e se intenta verificar a possibilidade de operacionalizar uma orientação que possa refletir a viabilização de uma inter-relação mais efetiva. Referindo-se a discriminação citada no ECA, ela reforça o ensino inclusivo para toda e qualquer pessoa, independente da necessidade especial que possua.
A escola precisa de um projeto educativo onde fique estabelecido de forma clara e objetiva, os valores coletivos debatidos e admitidos pela escola, balizar suas prioridades, determinar os resultados almejados e continuar em busca ininterrupta por melhorias. Como menciona Augusto Cury, professores educam a emoção e trabalham nos solos da inteligência para que os jovens não adoeçam em sua mente, não se sentem nos bancos dos réus, não façam guerras. (Augusto Cury, 2008).
Especialmente os alunos com necessidades especiais chegam na escola de acordo com os moldes criados em casa, carregados de medos, incertezas, dificuldades e sobretudo seus mais íntimos desejos, precisando se adequar aos valores da instituição e conviver com várias visões diferentes de mundo. É um momento delicado para todos os envolvidos. Conectar a inter-relação escola-família de forma mais estreita, significa construir e desenvolver comunidades nas quais poderemos satisfazer nossas necessidades básicas, ao aspirar uma melhor qualidade de vida para as gerações futuras. 
A escola precisa partir de um objetivo que não se trata simplesmente de copiar os objetivos e conteúdos previstos no programa oficial, mas de reavaliá-los em função de objetivos sócio-políticos que expressam os interesses do povo, das condições locais da escola, da problemática social vivida pelos alunos, das peculiaridades socioculturais e individuais dos alunos. (LIBÂNEO, 2007)
Para retratar a situação vivenciada atualmente, encontramos que: 
É inevitável não questionar a qualidade da aprendizagem nesse contexto. Para além do predomínio das aulas expositivas em detrimento da participação ativa dos alunos num processo dialético, também precisamos pensar como a ruptura da rotina e do ambiente escolar e os abalos emocionais puderam e podem estar influenciando nas capacidades cognitivas dos alunos, principalmente àqueles de menos idades dos anos iniciais da escolarização básica, os quais a escola representa para além de espaço para aprendizagens curriculares, espaço de socialização, de interação, do brincar e, inclusive, como recurso pedagógico do processo de ensino e aprendizagem (EVÊNCIO, 2020, p.3)
É esperado que aconteça grande interação entre professor alunos, pois, focando no processo de inclusão para estudantes com NEE, acredita-se que os mesmos só irão corresponder às metodologias utilizadas, se estiverem adaptados ao ambiente escolar refletindo suas condições, se forem repensandas metodologias específicas que atendam ao aluno autista ou com outras especialidades, mediante o grau de dificuldade. 
Baptista e Bosa (2002) apresentam ações de flexibilidade, acomodação e trabalho simultâneo, como recursos indisponsáveis às adaptações. Sendo assim, é necessário que o docente deixe claro em seu método de ensino, que não é obrigatório que todos os alunos aprendam ao mesmo tempo, já que cada indivíduo possui seu tempo e suas peculiaridades. Precisa ainda ser facilitado o modo que tais alunos realizarão suas atividades, pois só assim, se sentirão acolhidos e mais em sintonia com o ritmo dos demais. Este cuidado, não é exclusividade dos alunos especiais, é algo que deve abranger a sala num todo. 
Vale lembrar que pelo fato de as aulas estarem acontecendo de forma remota, impossibilitando o contato físico entre professores e alunos, este fator gera uma desorganizacão mental em qualquer criança, e nas que possuem necessidades especiais, a desorganização acaba se potencializando. É exatamente aí que se destaca a importância do envolvimento da família para estimular as habilidades dos mesmos. Segundo Evêncio (2020, p.8), é preciso respeitar os limites das crianças, em que “ cada família precisa analisar a situação e, se a criança requerer mais tempo de adequação, assim fazê- lo”. Diante do exposto pela autora, há a necessidade de se relacionar as atividades prazerosas do cotidiano com os conteúdos programáticos da sala de aula. Portanto, para que isto aconteça, o método utilizado para estudantes autistas, tem que ser flexível em relação às exigências das capacidades dos mesmos, pois, além de depender do meio em que vivem, são dependentes ainda do cotidiano.
Pessoas com síndrome de Asperger compõem o grupo do Transtorno do Espectro Autista – TEA e necessitam aprender, reagir e relacionar-se com os demais, para construírem seus repertórios de habilidades sociais. Elas possuem suas particularidades como, aprender a dialogar, não podem ser tratadas com truculências ou palavras impróprias, entre outras. Precisa ser trabalhado também, com elas, o que, e quando, falar. E mais, a relacionarem-se com o grupo, evitando, desta forma, o isolamento. 
É fundamental que aconteçam situações de cooperação, nas quais suas habilidades para com a leitura, utilização do vocabulário, e situações em que exijam memória e outras habilidades, possam ser notadas como algo relevante pelos colegas, ampliando sua aceitação no meio.
Inúmeras crianças com Síndrome de Down (SD) mostram dificuldades na aprendizagem escolar, o que ocorre, especialmente, devido sua Deficiência Intelectual (DI) que é uma especificidade dessa síndrome. Indivíduos que possuem DI, expõem problemas para memorizar, ao raciocinar logicamente, com a linguagem, motricidade, ao socializar-se, bem como, com sua autonomia. Elas precisam de um olhar mais cuidadoso e de um incentivo específico no processo de aprendizagem. 
3. RELATO DE ESTUDO
3.1 Estratégias para melhorar a aprendizagem de crianças com Síndrome de Asperger
Estes alunos têm a necessidade de compreender sua rotina diária, senão não acontece a concentração. Em caso de mudanças inesperadas, isto lhes geram stress, nervosismo, medo e explosões desnecessárias, que poderiam ser evitadas se eles estivessem seguros com relação às regras do dia.
Em situações onde os colegas da sala tratam estes alunos cordialmente, quem foi gentil, ao receber um elogio do professor, pelo feito, acaba possibilitando para um clima positivo, gerando empatia e deixando os demais, mais tolerantes. Quando os colegas se envolvem, participam, ajudam, tanto na sala de aula quanto em outro ambiente da escola, fortalece o vínculo entre eles.
Tanto os docentes, quanto os pais destes alunos, precisam trazê-los sempre para a realidade, já que eles tendem a viver num mundo imaginário. Desta forma, eles se sentirão menos distantes dos colegas que o cercam.
Outro fator que não pode passar despercebido, é a problemática que estas pessoas possuem na prática esportiva, e isso tem que ser levado em consideração, sem forçar, mas apenas incentivando-as, já sabendo que os resultados serão outros, bem diferentes daqueles obtido pelos demais alunos.
Um método que pode ter uma boa eficácia, seria o incentivo no sentido de oferecer uma premiação, quando os mesmos apresentarem um comportamento esperado para certas situações. Como estes alunos possuem pouca concentração, os envolvidos, sejam pais ou professores, precisam se doar mais. Na sala de aula, eles precisam ocupar os lugares da frente, preferencialmente, próximo daqueles com quem eles têm mais afinidade, provocar a participação deles nas aulas, questionando sempre que possível para prender a atenção e a utilização de recursos tecnológicos, também contribuem bastante para o aprendizado. 
Os docentes, precisam de olhares sensíveis, para detectar posturas diferentes, que possam indicar instabilidade emocional, se estão desanimados, isolados da turma,desmotivados ou chorando. Pois, há situações, que se faz necessário, ir em busca de apoio psicológico para alunos com TEA ou com síndrome de Asperger, para serem tratados terapeuticamente, já que são instáveis emocionalmente, podendo acarretar em problemas mais graves.
3.2 Estratégias para melhorar a aprendizagem de crianças com Autismo
As características de um autista, podem ser percebidas, tanto no ambiente escolar, quanto no familiar. É muito importante que a escola mantenha tudo que está sendo observado em registros, para posteriormente, quando solicitado, possa reportar aos profissionais adequados, com a maior precisão possível. Porém, não é função da escola diagnosticar nenhum tipo de transtorno ou atraso, quem fará este papel, serão os profissionais capacitados para tal.
Alguns sinais mais evidentes que o autista manifesta, estão relacionados à relação interpessoal, a falta de demonstração afetiva, como a ausência do abraço, por exemplo. Isso se dá, devido sua hipersensibilidade corporal, porém este não é o único critério, considerando que há casos de autistas afetivos, que beijam e abraçam outras pessoas. Outros pontos que ajudam na identificação de crianças com autismo:
· Atraso na fala, se comparadas a outras crianças da mesma idade;
· Interesses restritos a determinadas coisas, como apreciar excessivamente um brinquedo, de modo a se chatear se ficar sem;
· Fazer motimentos repetitivos por longo espaço de tempo com o corpo, as mãos ou algum objeto;
· Possuir hipersensibilidade a sons, toque, luzes ou sabores;
· Dificuldade em permanecer em lugares com muito barulho, ou intolerância com a textura de materiais como massinha, ou algo áspero.
Assim que forem observados os sinais iniciais, o docente já tem que se mobilizar em função de um trabalho diferenciado com essa criança, utilizando estratégias eficazes, pois esperar o diagnóstico, pode custar muita perda de evolução, e o tempo, é precioso e decisivo para o desenvolvimento destes indivíduos, que precisam de intensa estimulação.
Quando o diagnóstico for confirmado, o encaminhamento pedagógico ajudará o professor num direcionamento de estratégias para serem aplicadas em sala de aula. A utilização de vídeos, pode ser uma ferramenta poderosa para este público, considerando que ele se sente atraído visualmente por meio de imagens e vídeos. O diagnóstico, jamais poderá ser usado para limitar o estudante, e sim, para buscar novos recursos que vão representar para eles, uma aprendizagem significativa. 
Como a inclusão está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e também a Constituição Federal prevê que todos têm direito à educação, todo professor, necessita estar preparado para colocá-la em prática. Existem algumas intervenções que podem ser aplicadas em sala de aula, que funcionam para a efetivação de uma aula inclusiva, que aparecem relatadas nos parágrafos abaixo.
Acreditar que algo pode ser feito em benefício do aluno. Da mesma forma que todas as crianças estão em fase de desenvolverem o potencial de aprendizagem, o mesmo ocorre com os autistas, todos eles podem aprender. 
Ter as aulas muito bem planejadas, voltadas ao estudante com TEA, é uma necessidade indispensável para se desenvolver estratégias de ação. É indispensável ainda, que a família seja ouvida previamente. Informações podem ser buscadas com os terapeutas que atendem a criança, podem ser feitas trocas de informações com professores que já trabalharam com o aluno anteriormente. Tudo isso contribuirá para uma organização eficaz para ser aplicada ao aluno. 
Ser persistente na estratégia adotada. Mesmo que ela não funcione da primeira vez que for utilizada, continuar tentando até descobrir a melhor maneira que dê certo. Jamais desistir na primeira tentativa, pois a troca de estratégia, pode tomar muito tempo e acabar prejudicando o desenvolvimento do aluno. Planejar, persistir, aplicar, aguardar e verificar o resultado, é o caminho que precisa ser seguido.
É de extrema importância ser flexível e criativo. Se após passado muito tempo, a estratégia utilizada não trouxer o resultado esperado e ainda está causando tumulto em sala de aula, com os demais estudantes, chegou o momento de pôr a criatividade em ação, fazer as mudanças necessárias e flexibilizar o método que está sendo aplicado.
3.3 Estratégias para melhorar a aprendizagem de crianças com Síndrome de Down.
Existem pontos que norteiam as estratégias escolhidas, que podem ser compreendidas por intermédio das seis máximas da aprendizagem de alunos com DI, que são:
· Adaptar o conteúdo ao nível de conhecimento do aluno;
· Oferecer suporte/apoio físico ou visual todas as vezes que for necessário;
· Fragmentar o conteúdo a ser ensinado para trabalhar um tópico por vez;
· Usar uma linguagem simples e de forma clara;
· Abusar de recurso concreto e exigir menos do raciocínio abstrato e da capacidade de inferência;
· Repetir inúmeras vezes, pois a memorização do conteúdo depende de muita prática.
Considerando o estudante com Síndrome de Down, o professor pode utilizar as estratégias descritas a seguir, para trabalhadar o conteúdo em sala de aula.
De acordo com pesquisadores do tema, a manipulação/associação das letras e sons deve ser um segundo passo (Down Syndrome Vitoria, 2009). Para um indivíduo SD, é bastante comum o surgimento de graves déficits de linguagem, e isso acaba atrapalhando a aprendizagem da leitura por intermédio do método fônico, método este que faz a associação entre o som e a letra. Já que estas crianças possuem uma excelente capacidade de memória visual, elas podem ser beneficiadas, com a utilização de estratégias para alfabetizar, que recorram ao reconhecimento da palavra toda, como o utilizado no método global. Sendo assim, surtirá mais efeito, iniciar a alfabetização trabalhando com o ensino de palavras-chaves. 
Devido ao fato de várias crianças com SD, terem hipotonia muscular, deixando os braços, as pernas ou os músculos faciais, mais flácidos e moles, dificulta o manuseio de forma correta, do lápis. Sendo assim, podem ser adquiridos lápis mais espessos ou adaptadores, que servem de apoio para serem utilizados nos dedos. Pode ainda, trabalhar a escrita num formato maior que o convencional, trabalhado com os demais alunos.
Estes alunos, para aprenderem matemática, requer uma dedicação maior, no desenvolvimento de habilidades para resolver e abstrair problemas, e para que eles consigam compreender o conteúdo de forma mais eficaz, podem ser explorados apoios visuais, além da utilização de um trabalho lúdico. Surte um excelente resultado, também, quando acontece a contextualização entre sala de aula e vida cotidiana da criança, isso facilita a compreensão de horas e de sistema monetário, por exemplo.
Um dos maiores desafios para o educador, é trabalhar com a diversidade no ambiente escolar, pois além de exigir uma contínua capacitação tanto com teoria, quanto com a prática, ainda exige uma atenção muito especial, voltada para o estudante, a fim de amenizar suas dificuldades e valorizar o que ele possui de melhor.
4. CONCLUSÃO
No cenário para o ensino de alunos com necessidades educacionais especiais, o docente tem um papel fundamental para a concretização do processo. Ele precisa oferecer suporte para que o aluno aprenda e memorize sem deixar traumas, e também, fornecer condições, para que aconteça a construção do sentido e significado, do que está sendo transmitido.
A aprendizagem é mais eficiente quando uma área maior possivel do cérebro for ativada. Quando ela conseguir ativar o aluno emocionalmente, seu racioncínio, as tomadas de decisões, entre outros fatores, o conhecimento acaba sendo mais sólido.
É papel da escola trazer influencia positiva para o público em que está situada, e issó só acontecerá, a partir do momento em que a mesma investir em projetos voltados à melhoria da comunidade, pois apesar de parecer um exagero, muitas escolas não conseguem propiciar um relacionamento harmonioso com a comunidade externa, e nem com seus discentes. Precisa aqui ser registrado, o crescimentoassustador, da quantidade de famílias desestruturadas, ocasionando falta de acompanhamento na vida escolar do estudante, a indisciplina dos mesmos em ambiente escolar e fora dele, e tudo isso, além de outros fatores, acabam sobrecarregando o trabalho do professor, e não surtindo o resultado esperado.
Quando se trata de alunos com necessidades educacionais especiais, a falta do acompanhamento familiar, agrava ainda mais a situação. Sabedora da quantidade de adversidades que estes estudantes enfrentam, é necessário que a escola ocupe a posição de reduzir o fardo. Por isso, há a urgência em dar o devido valor aos professores, oferecer-lhes formação de qualidade para trabalhar com este público, e dar, ainda, todo o suporte necessário, pois são eles quem estão na linha de frente, no contato direto, e precisam oferecer o melhor para também colher o melhor. Além de a escola precisar buscar ajuda dos familiares, ela inda tem que promovar ações que atendam ao aprimoramento destes educandos.
Num contexto geral, é necessário que a educação evolua a ponto de os professores receberem o devido valor, pois é exatamente neste ponto que se inicia a crise educacional, gerando falência no processo de aprendizagem.
Saber identificar e absorver os progressos que o aluno está apresentando, é primordial, pois na educação especial e no ensino inclusivo, o progresso fala muito mais alto que a perfeição. Praticar inclusão, vai além do corriqueiro, requer um enfrentamento, uma quebra de rotina em busca de mudanças, de ações voltadas para aluno, cujo desenvolvimento é peculiar.
 
 
5. REFERÊNCIAS
ADAMUZ, Regina Celia. Inserção de um aluno deficiente em classe comum: uma reflexão sobre a prática pedagógica. Londrina: Atrito Art Editorial, 2003.
BAPTISTA, C. R.; BOSA, C. Autismo e Educação: reflexões e propostas de intervenção. Porto Alegre: Artmed, 2002.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, aprovada em 13 de julho de 1990.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. 
BRASIL. Declaração de Salamanca: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Brasília: Corde, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 01 maio de 2021.
BRASIL. Ministério da Educação: Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Brasília: Mec./ SEESP,2001. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf > Acesso em: 15 de Maio de 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília MEC/SEESP, 2013. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 10 de Maio de 2021.
CURY, Augusto, O Código da Inteligência, A formação de mentes brilhantes e a busca pela excelência emocional e profissional, Editora Thomas Nelson Brasil, Rio de Janeiro, 2008
Down Syndrome Victoria (2009). Learners with Down syndrome – a handbook for teaching professionals.
EVENCIO, K. M. de M. Ensino em tempos de pandemia: orientações para o processo de ensino inclusivo das crianças com autismo. CONEDU, VII Congresso Nacional da Educação. Educação como (re)Existência: mudanças conscientização e conhecimentos. Centro Cultural de Exposição Ruth Cardoso. Maceió – AL. 2020. Disponível em: https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/TRABALHO_EV140_MD1_S A_ID6542_30092020075511.pdf. Acesso em: 05 de Maio de 2021.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. Cortez São Paulo, 2007 407 p.
SILVA, Ilza Andrade. BARRETO, Maria Fernanda Fonseca. Análise das modalidades de desenvolvimento cognitivo nas crianças com Síndrome de Down. Caderno Intersaberes, v. 1. N.1, jul./dez., 2012. Disponível em: https://www.revistasuninter.com/intersaberes/index.php/revista. Acesso em 10 de Maio de 2021.

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