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Aula 08 - Produç_o e Política Fiscal_Postar

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Universidade Estácio de Sá
Disciplina: Economia Empresarial
Aula 08 – Produção e Política Fiscal
Prof. Alan Gusmão
0. Revisão
1.Produção
Produto Interno Bruto: É o valor total da produção atual de bens e serviços finais em um determinado período de tempo dentro do território de um país.
- Produção atual: São contabilizados apenas os bens produzidos no período corrente. 
- Bens e serviços finais: Bens intermediários não são contabilizados. 
- Dentro de um território: O que importa é o território, não a propriedade dos fatores de produção. 
Assim, a produção de big macs ou de coca cola é integralmente computada no PIB do país onde ela é produzida, independente da parte dos lucros que são remetidos para os estados unidos.
- Em um determinado período de tempo: pois o produto e todos os seus componentes são variáveis de fluxo.
Variáveis fluxo: é mensurado em um período de tempo. 
Variáveis estoque: é mensurado em um momento do tempo.
Logo, o produto é o valor daquilo que foi produzido ao longo de um ano e não o valor dos bens existentes no Brasil. Logo é um fluxo, não um estoque. (Gremaud., p.202)
Um dos problemas do cácludo do PIB se refere a utilização de estoques. O aço comprado por uma industria de automoveis no ano t e não utilizado na produção entra como estoques em t. Em t + 1, não será considerado o valor do automóvel cheio mas apenas o valor adicionado (automóvel – aço). (Gremaud, 204)
No Brasil, o PIB é computado trimestralmente e anualmente. Quando dizemos que uma variável é um fluxo, queremos dizer que ela é medida durante uma unidade de tempo. 
O estoque é alimentado pelo fluxo.
Ex. de fluxo: Uma torneira que despeja 2 litros de água por minuto em um balde. Ex. de estoque: A quantidade atual de litros no balde, 120 litros.
Ex. 2 de fluxo: um déficit nominal de 10 mi em um ano. Ex. 2 de estoque: uma divida publica de 1 trilhão de reais. Reparem que no primeiro caso eu precisei definir um período. No ano, o fluxo de receitas e gastos foi negativo em 10 mi. No segundo caso, eu estipulei um corte. Atualmente a dívida do país está em 1 trilhão de reais. O déficit é um fluxo e age aumentando o estoque da dívida assim como a torneira aberta age aumentando o estoque de água.
PIB potencial ou de pleno emprego: Refere-se ao nível mais alto de produto que pode ser mantido de forma sustentada a longo prazo. É o produto que é obtido com a utilização racional (do ponto de vista econômico) de todos os fatores de produção disponíveis. 
Na impossibilidade de se utilizar uma função de produção para calcular o produto de pleno emprego da economia, pode-se empregar esquemas alternativos. Um desses esquemas é considerar uma série histórica do produto efetivo e selecionar, entre esses dados, os anos em que se teve indicações de que o produto efetivo foi próximo do produto potencial. Para cada dois anos onde o produto efetivo foi igual ao produto potencial traça-se uma reta que indica a evolução do produto potencial. (Bacha, p.56)
PIB (real) potencial (ou PIB natural, ou de equilíbrio de longo prazo) é igual ao valor da atividade produtiva potencial que se poderia realizar num dado espaço geográfico, dada a utilização potencial dos recursos produtivos disponíveis e as limitações impostas pelo enquadramento legal e institucional da economia, na ausência de ciclos. É o valor da actividade produtiva realizada sob “condições normais” (médias)
É um conceito teórico; empiricamente, é identificado com a tendência extraída do PIB efetivo.
O aumento tendencial do PIB (per capita) está associado às chamadas fontes do crescimento econômico de longo prazo, como: capital físico, capital humano e tecnologia. Veremos melhor isto no último tópico do curso.
2. O fluxo circular da renda:
Agentes econômicos: São os atores que agem na economia. As famílias, empresas, governos e o setor externo (resto do mundo).
Hipóteses: Trata-se de um modelo sem governo (famílias e empresas), economia fechada (sem exportação ou importação) e só se produzem bens de consumo.
No fluxo acima, temos dois agentes econômicos: As famílias e as empresas.
1. Familias compram bens e serviços das empresas e fornecem dinheiro para isto. Verificando o total consumido temos a ótica da despesa.
2. Empresas vendem produtos para as famílias. Verificando todos os produtos vendidos para as famílias temos a ótica da produção. Os itens 1 e 2 nos mostram o mercado de produtos ou bens e serviços.
3.As famílias fornecem os fatores de produção para as empresas. O trabalho, o espaço, o investimento do empresário e os empréstimos. 
4. Para isto, as empresas precisam remunerar os fatores de produção. Ao olharmos a remuneração dos fatores de produção via salários, juros, lucros e alugueis temos a terceira ótica. Ótica da Renda.
Assim, podemos afirmar que o PIB obtido pela ótica do produto mede a produção; pela ótica da renda mede o rendimento dos agentes econômicos; e pela ótica da despesa mede o consumo.
A ótica do produto é igual ao valor da produção menos o valor dos consumos intermediários. A ótica da renda que é igual a soma das remunerações pagas aos fatores de produção. A ótica da despesa que é igual a soma dos gastos finais da economia, sejam estes em bens de consumo ou formação de capital.
Empresas vendem bens e serviços para as famílias. Famílias pagam com consumo. Famílias oferecem trabalho e recebem remuneração das empresas (salários). Compra e venda de insumos se restringe a dentro da caixa de empresas, pois empresa compra insumo de empresa. Por isto, não aparece no fluxo básico. Quando a empresa ta vendendo, temos a ótica do produto. Quando as famílias estão comprando, temos a ótica na despesa e quando as empresas estão remunerando os fatores de produção (trabalho), temos a ótica dos rendimentos. 
I) Despesa: É a soma de todas as compras de bens e serviços finais, em um determinado período.
PIB = C (versão simplificada)
PIB = C + I + G + X – M (versão real)
II) Produto: Pode ser dividida em duas análises.
a) Somatório dos bens finais produzidos pela economia. 
 
b) Soma dos valores adicionados: Somatório dos bens intermediários produzidos pela economia.
Valor adicionado = Valor bruto da produção (receita total das vendas) - Compra de bens e serviços intermediários (custo dos bens intermediários)
III) Renda: É o somatório de todos os rendimentos recebidos pelas famílias durante um determinado período de tempo. Igual a remuneração do trabalho (salário) e as rendas de propriedade (lucros, juros e aluguéis). 
PIBcf = Renda = w + j + a + l
Composição do PIB no Brasil:
	Ótica da Despesa (2009):
	Ótica da Produção(2007):
	Ótica da Renda(2008):
	C
	61,11%
	Agropecuária
	5,5%
	Salários
	41,9%
	I
	17,83%
	Indústria
	28,7%
	Lucros, Juros, Alugueis
	33,2%
	G
	21,20%
	Serviços
	65,8%
	Autônomos e Impostos
	25%
	X-M
	-0,16%
	
	
	
	
De importante da tabela acima, podemos perceber que o consumo é o principal componente do PIB. Desta forma, se justifica o porquê o governo tenta aumentar tanto o consumo com estímulos ao crédito em momentos de crise. O setor de serviços vêm ganhando cada vez mais importância. E os salários são a principal conta da parte da renda. 
A taxa de investimento na verdade é a FBCF/PIB. Logo, como I = FBCF + dE, o valor acima é uma aproximação . 2.3.3 - Administração Pública
A estimativa da FBCF deste setor baseia-se no levantamento das despesas de investimentos em construção civil, máquinas e equipamentos realizadas pelas administrações públicas através da tradução de planos de contas dos Balanços Orçamentários dos níveis de governo. As receitas de alienações são deduzidas dos itens correspondentes da formação bruta de capital fixo. (Notas metodológicas - IBGE)
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasnacionais/2009/default_SCN.shtm
3. Visões alternativas de mensuração do produto
3.1 PIB (Produto Interno Bruto) x PNB (Produto Nacional Bruto)
PIB: Valor total da produção dentro de um espaço territorial.
Residentes:Estrangeiros que moram no Brasil. Pessoas que moram no Brasil mas que estão temporariamente fora do país. Empresas sediadas no país inclusive as afiliadas de empresas cuja matriz está no exterior. Representações diplomáticas do Brasil em outros países. Estudantes. São as pessoas, físicas e jurídicas, que tenham o Brasil como seu principal centro de interesse.
O Produto Interno inclui (e o Produto Nacional exclui) a parcela do valor da produção remetida ao exterior sob a forma de renda de fatores de produção residentes fora do país (deduzidas as rendas de mesma natureza recebidas do resto do mundo). Os lucros enviados ao exterior pela IBM do Brasil, pertencem ao PIB brasileiro pois aqui foram produzidos, enquanto que o lucro da Gerdau no Chile não pertence ao PIB brasileiro pois não foi produzido no país (Goes p.110). Outro exemplo, o lucro da Petrobras na argentina remetido para o Brasil não é contabilizado no PIB do Brasil, apenas no PNB no Brasil. (Blanchard p.557)
Em geral, países com alto grau de endividamento externo têm, ceteris-paribus, o PIB maior que o PNB pois países que têm dívida externa enviam parte da renda gerada internamente para o exterior na forma de serviços da dívida (pagamento de juros), que é renda do país emprestador (RLEE). Portanto, para o país devedor, o PIB é menor que o PNB.
No Brasil e em outros países emergentes, o PIB > PNB devido as altas remessas de juros, lucros e royalties aos estrangeiros. O fato de o Brasil ser um devedor líquido, isto é, apresentar uma dívida externa elevada, contribui para que o PIB > PNB. Nos EUA e em outros países desenvolvidos costuma acontecer o contrário. Enquanto o conceito de PIB é um conceito de território, o conceito de PNB é um conceito de titularidade. Pertence ao PNB de um país os produtos que empregam fatores de produção que pertencem aos residentes de um país, independente do local onde esse produto foi produzido. (Goes p.111)
Produto Nacional Bruto corresponde ao valor da produção realizada por fatores de produção nacionais. Ou seja, o conceito não se refere a “localização” da produção, mas a “nacionalidade” dos fatores de produção utilizados. Desta forma, para obter o PNB a partir do PIB, soma-se a renda recebida do exterior (remuneração de fatores de produção brasileiros utilizados para gerar produção no exterior)e subtrai-se a renda enviada ao exterior (remuneração de fatores de produção estrangeiros utilizados no país).
Sabe-se que dentro dos limites geográficos de um país X há fatores de produção pertencentes aos próprios cidadãos e fatores de produção pertencentes aos indivíduos de outras nações. E fora dos limites geográficos de um país X tem-se os fatores de produção pertencentes aos indivíduos do país em análise. No conceito de PNB não se leva em consideração a localização geográfica dos fatores de produção. (Bacha, pg. 28)
A relação entre PNB e PIB é muito importante. É possível que alguns países (como o caso dos EUA) possuam significativa parcela de seus fatores de produção situados fora de seus limites geográficos. Por isso, a renda líquida enviada ao exterior desses países é negativa (recebem mais do que enviam) e o seu PNB é maior do que o PIB. Para o Brasil ocorre o inverso. Tem-se dentro dos limites geográficos brasileiros a presença significativa de fatores de produção pertencentes aos estrangeiros. Por isso, a renda liquida enviada ao exterior pelo Brasil é positiva e o PIB brasileiro é maior do que o PNB. (Bacha pg.29)
 Obs.: Odebrecht é uma construtora e petroquímica.
PNB: Renda que pertence efetivamente aos nacionais. Não importa se é obtido no país ou no exterior. Valor total da renda que residentes domésticos recebem em um determinado período de tempo. 
Ex.: O lucro, remetido para o Brasil, de uma fábrica brasileira nos EUA.
Não é contabilizado no PIB do Brasil mas é incluído no PNB do Brasil.
PNB = PIB – RLEE (Renda liquida enviada ao exterior: Renda gerada no país que é remetida ao exterior).
RLEE = REE – RRE (Diferença do que é enviado e o que é recebido)
No Brasil: PIB > PNB
3.2.PIB Nominal x PIB real
PIB nominal : É mensurado pelos preços correntes. 
 
PIB real: São as quantidades produzidas multiplicadas pelos preços de cada produto em um ano base. Útil para descrever o crescimento da economia ao longo do tempo, pois a produção é avaliada em preços constantes.
 
Ex.: 
	Item
	Preço (2011)
	Quantidade (2011)
	PIB Nominal (2011)
	Preço (2012)
	Quantidade (2012)
	PIB Nominal (2012)
	Sapato
	1000
	1
	
	1100
	2
	
	Perfume
	100
	1
	
	110
	2
	
	PIB Real em 2011 (preços de 2011)
	PIB Real em 2012 (preços de 2011)
	
	
3.3.PIB per capita 
PIB per capita: É o PIB dividido pela população do país. Apesar de ser um avanço em relação ao PIB para captar a qualidade de vida de um país, continua apresentando uma série de problemas:
Não capta os custos sociais (ex.: poluição e congestionamentos). 
Gastos com violência e reparação de danos ambientais aumentam o PIB.
Não considera desigualdades de renda.
Não considera o acesso à saúde e educação.
Não considera os impactos ambientais.
4. Política Fiscal
Política Fiscal: Refere-se às decisões sobre tributação e gastos por cada uma das esferas do poder público
Receita do governo: A arrecadação do governo se dá através de tributos. São os impostos indiretos (sobre transações); impostos diretos (sobre a renda ou patrimônio); as contribuições (previdência social) e outras receitas (taxas, multas e pedágios).
Gastos do governo: Engloba todo o setor público (Governo federal, estadual, municipal e estatais). Neste caso também se consideram as transferências, subsídios e pagamentos de juros (não são contabilizados no “G” do PIB somente no gasto total do governo).
Superávit primário: Receita > Gastos
Déficit primário: Gastos > Receita
Superávit total ou nominal: Receita > Gastos + Pagamento de juros da dívida 
Déficit total ou nominal: Gastos > Receita + Pagamento de juros da dívida
O déficit nominal consiste na diferença entre as despesas e receitas públicas em valores nominais (G-T) mais os montantes de juros nominais sobre a dívida publica interna e sobre a divida publica externa. Esse déficit é financiado pela variação da base monetária ou da divida publica interna/externa. Também existe o conceito e déficit real, que leva em consideração não a taxa de juros nominal mas sim a taxa de juros real. (Bacha p.138)
Dívida pública: Estoque da dívida do governo.
Dívida pública/PIB: Relação que evidencia o tamanho relativo da dívida. Uma das formas de se avaliar a capacidade de pagamento pelos países.
	Ano
	Superávit Primário (em bi)
	Juro da Dívida Publica (em bi)
	Déficit Nominal (em bi)
	2004
	81,1
	128,3
	-47,1
	2005
	93,5
	157,1
	-63,6
	2006
	90,1
	160
	-69,9
	2007
	101,6
	159,5
	-57,9
(Vasconcellos, p.242)
-Se temos superávit nominal: Dívida pública diminui.
-Se temos déficit nominal: Dívida pública aumenta. 
Como os governos financiam a dívida?
- Venda de títulos públicos ao setor privado.
- Tributação. 
- Venda de títulos públicos direta ao Bacen.
5. Como a Política Fiscal afeta o PIB:
No curto prazo, quando a demanda se encontra muito abaixo da oferta de pleno emprego (Modelo Keynesiano):
Ex.: Momentos de crise econômica e grave recessão.
O governo procura estimular a economia através de uma política fiscal expansiva com...
- Aumento dos gastos públicos
- Diminuição de impostos
Porque...
Produtores respondem à aumentos da demanda com aumentos na produção.
Quando a demanda está próxima da oferta de pleno emprego (Caso Clássico):
Ex.: Demanda superaquecida
O governo procura conter a demanda através de uma política fiscal restritiva com...
-Diminuição dos gastos
-Aumento dos impostos
Porque...
Produtores estão reagindo com aumentos nos preços devido a demanda elevada.
6. Desenvolvimento Econômico: Está associado à melhoria das condições de vida da população, ou à qualidade de vida, ao bem-estar dos residentes do país.
O crescimento e o desenvolvimento guardam forterelação entre si, mas pode-se dizer que o segundo engloba o primeiro, pois para o desenvolvimento de um país ocorrer é necessário que este cresça, mas apenas isto não basta (Gremaud, p.395)
Nesse caso, desenvolvimento econômico implicaria distribuição. É impossível não ser simpático a essas proposições. Elas supõem que o aumento dos padrões médios de vida, que sempre ocorre com o aumento da produtividade ou o ‘desenvolvimento econômico’, deva ser acompanhado pela consecução de outros objetivos políticos: pelo ‘desenvolvimento social’ ou por uma distribuição de renda menos desigual e portanto mais justa do produto social; pelo ‘desenvolvimento político’ ou por mais liberdade política.
4.1 IDH (Índice de desenvolvimento humano): Criado em 1990, varia de 0 a 1. É um índice composto por indicadores de educação (anos médios de estudo e anos esperados de escolaridade), longevidade (expectativa de vida ao nascer) e renda (PIB per capita). 
Objetivo: Desviar o foco do crescimento econômico e contabilidade nacional para políticas centradas em pessoas.
A partir da consideração de que a renda per capita per si não é um indicador adequado de desenvolvimento econômico, levou a ONU através do PNUD a desenvolver o IDH. Unindo-se o conceito de produto per capita com indicadores sociais, temos melhores condições de avaliar o bem-estar de uma população, ou o grau de desenvolvimento social de um país. (Gremaud, p.403)
É importante porque considera questões relativas à outras esferas da vida social. 
Cada uma das dimensões ajuda a responder diferentes perguntas: 
- Os indicadores de educação medem o acesso ao conhecimento.
- A expectativa de vida ao nascer mede se estamos atingindo uma vida longa e saudável
- O pib ppc mede se estamos tendo uma vida decente.
Ele fornece mais informações para o nível de desenvolvimento econômico de um país que o PIB. E isto é fácil de perceber... existem países com alto pib per capita (Ex.: países árabes exportadores de petróleo: Catar) e com baixa qualidade de vida da população. Nesses países a renda é concentrada nas mãos de poucos. Como o IDH considera outras dimensões, ele consegue captar estas diferenças.
Analisando o Brasil: O Brasil possui uma grande população, como cada pessoa produz um pouco, ele acaba possuindo a oitava economia do mundo em 2010. Acontece que quando dividimos a produção por habitante, vemos que os brasileiros são pouco produtivos, e numa melhor aproximação da qualidade de vida (PIB per capita) percebe-se que o Brasil desaba para a posição de número 71. Acontece que sabemos que a distribuição de renda do Brasil é péssima, assim incluímos as dimensões de educação e saúde, a posição do Brasil no IDH cai mais ainda.
A Noruega é um país interessante. Tem apenas a 49° economia do mundo mas cada habitantes ali produz muito. Assim, possui o quarto maior PIB per capita. Como existe distribuição de renda, acesso à saúde e educação, no IDH ele pula para a primeira posição.
	País
	PIB (FMI/2010 em milhões USS PPC)
	PIB per capita (FMI/2010 em USS PPC)
	IDH de 2011
	Brasil
	2.172.058 (8°)
	11.289 (71°)
	0,718 (84°)
	Catar
	173.847 (53°)
	98.329 (2°)
	0,831 (37°)
	EUA
	15.094.025(1)
	43.387 (14)
	0,910 (4)
	Noruega
	255.285 (46°)
	52.238 (4°)
	0,943 (1°)
	China
	10.085.708 (2°)
	7.518 (93°)
	0,687 (101°)
4.2 Índice de Gini: Mensura as desigualdades de renda. Varia de 0 até 1. Quanto mais próximo de 0, melhor a distribuição de renda. Também pode ser expresso em termos percentuais.
Para avaliarmos questões relativas a distribuição de renda podemos recorrer ao índice de gini. O índice de gini compara a distribuição da população com a distribuição da renda. Se os 10% mais pobres da população possuem 10% da renda da população, então a distribuição de renda perfeita e a desigualdade de renda é zero. Ocorre que normalmente, a parcela mais rica da população concentra a maior parte da renda e os 10% mais pobres da população possuem muito menos do que 10% da renda de um país.
Assim o Gini é numero entre 0 e 1 onde 0 corresponde a perfeita igualdade (todo mundo possui a mesma renda) e 1 corresponde a perfeita desigualdade (uma pessoa possui toda a renda do país e todo o resto não possui renda). Logo, na prática é impossível que um país receba 0 ou 1 como valor, ou seja, que os extremos sejam verificados no mundo real.
	País
	Índice de Gini (2012)
	Índice de Gini (1995) -> Inicio do Plano Real foi em 1993.
	Suécia
	0,230 (1°)*
	
	Alemanha
	0,270 (13°)*
	
	Catar
	0,411 (54° aprox.)
	
	Brasil
	0,519 (120° de 136°)
	0,605 
	Haiti
	0,592 (130/136)*
	
	Namíbia
	0,707 (136/136)*
	
*Com exceção do Brasil. Os dados não correspondem ao ano de 2012 e sim ao último ano disponível.
========================== FIM ================================

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