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HISTÓRIA DE ARQUITETURA MATERIAL AVA UNI 02

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11/05/2021 Material Didático
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HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO IIHISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II
ARQUITETURA COLONIAL NOS SÉCULOS XVI E
XVII 
Carina Mendes dos Santos MeloCarina Mendes dos Santos Melo
11/05/2021 Material Didático
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OLÁ!
Você está na unidade Arquitetura colonial nos
séculos XVI e XVII. Conheça aqui como se deu o
processo de ocupação do território brasileiro
pelos portugueses nos primeiros séculos da
colonização e quais foram as suas estratégias
para exploração econômica das novas terras.
Veja também que heranças esses colonizadores
deixaram em nossa arquitetura e na
conformação de nossas cidades, a partir das
in�luências culturais que carregavam de suas
origens e das in�luências que receberam em
terras brasileiras, pelo contato com ı́ndios e
africanos. Conheça também as caracterı́sticas
dos principais programas arquitetônicos do
perı́odo: arquitetura residencial e
administrativa, religiosa e militar.
Bons estudos!
1 Cidade portuguesa e a sua transferência para o Brasil
Os modelos de cidades portuguesas podem ser sistematizados em duas grandes vertentes: a primeira de
referência medieval muçulmana e a segunda pautada no ideário renascentista. Esses dois modelos estão
na “gênese da maioria dos traçados das cidades brasileiras” (MENDES, 2010, p.20). Com esses referenciais
em mente, os portugueses promoveram o processo de colonização do território brasileiro. Esse processo
se deu em consonância com os ciclos econômicos aqui estabelecidos. Dois ciclos econômicos marcaram
a ocupação do território brasileiro no arco de tempo que tratamos nessa unidade: o ciclo do pau brasil e o
da cana-de-açúcar.
Os trinta primeiros anos da presença dos portugueses nas terras recém-descobertas corresponderam a um
perı́odo de exploração rudimentar de recursos naturais, principalmente do pau brasil. Essa atividade
resultou no estabelecimento das feitorias, que funcionavam como entreposto comercial e se situavam ao
longo da costa litorânea. De acordo com Mendes et al. (2010, p.23), as feitorias formavam núcleos de
povoamento, criados pelos colonizadores, que reuniam cerca de 20 homens. Mencionam ainda os autores
que “a escassa iconogra�ia registra estes assentamentos como um conjunto de pouquı́ssimas casas de
madeira a palha, protegidas por uma paliçada, também de madeira, fornecida pela nossa abundante
�loresta litorânea” (MENDES et al, 2010, p.23).
Uma ocupação efetiva do território brasileiro só terá inı́cio com a vinda de Martim Afonso de Souza, em
1531, a mando de Dom João III, que fundou, no ano seguinte, as duas primeiras vilas: São Vicente e
Piratininga. Diante das constantes ameaças francesas, adotou-se como solução para a colonização e
povoamento das terras o sistema de Capitanias Hereditárias, experiência que os portugueses já haviam
aplicado em suas colônias nos Açores e na Ilha da Madeira. As terras situadas à leste das Tordesilhas
foram assim divididas em 14 capitanias doadas a 12 donatários. Tratava-se de entregar a empresa da
colonização à iniciativa particular de �idalgos, que assumiam o ônus econômico da ocupação, podendo
legislar, controlar e fundar vilas e povoados. A metrópole �iscalizava e recebia os impostos.
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O sistema de Capitanias obteve relativo sucesso, tendo em vista o interesse predominante no comércio
com o Oriente. Algumas foram recompradas pela Coroa Portuguesa virando Capitanias Reais. Reis Filho
(1968, p.31) informa que, em 1548, um ano antes da criação do Governo Geral, haviam sido fundadas
cerca de 16 vilas e povoados no litoral brasileiro, que já exportavam mercadorias para a Metrópole. O
estabelecimento de um Governo Geral caracterizava-se como um esforço de centralização, uma forma de
coordenar militar e administrativamente as capitanias e povoados, compensando os “excessos de
dispersão” gerados pelo sistema de Capitanias (REIS FILHO, 1968, p.32). Esse governo centralizado
funcionou na primeira cidade fundada em 1549: São Salvador da Baı́a de Todos os Santos
Esse segundo momento de ocupação do território foi marcado pelo ciclo econômico da cana-de-açúcar,
caracterizado pelas grandes propriedades de terras, com uma produção monocultura e extensiva, toda
pautada no trabalho escravo. Esse ciclo teve maior importância nos dois primeiros séculos da
colonização, pois a descoberta do ouro nas Gerais, em �ins do século XVII, redireciona e redimensiona a
economia colonial.
Além dos portugueses, estiveram por nossas terras franceses e holandeses. Os
franceses praticavam, desde 1550, escambo com os ıńdios para obtenção do pau-
brasil, mas, em 1555, lideraram a empresa de fundar no Brasil a França Antártica; sem
sucesso. Já os holandeses, com interesse na economia açucareira, após um perıódo de
tentativas de invasão, se estabeleceram no Nordeste entre 1637 e 1654.
2. Núcleos urbanos brasileiros
Apesar de essencialmente rural nos dois primeiros séculos da colonização, o Brasil passou também por
processos de urbanização, com a criação de diversos núcleos urbanos. Cabia aos donatários a fundação de
vilas, que podemos de�inir como aglomerações de menor importância polı́tica. Contudo, as cidades só
podiam ser fundadas por decisão e ação da Coroa.
Conforme dados de Reis Filho (1968), dos 37 povoados fundados entre 1532 e 1650, apenas 7 seriam por
conta da Coroa, tendo sido os demais fundados por donatários e seus colonos. Esse mesmo autor coloca
que, até meados do século XVII, existiam duas polı́ticas urbanizadoras promovidas por Portugal: uma
estimulava a formação de vilas indiretamente nos territórios pertencentes aos donatários, para serem
estabelecidas às expensas desses, devendo ser orientadas pelas Ordenações Régias; a outra fundava
diretamente as cidades reais, centros de controles regionais, para o que fornecia pessoal e recursos.
Depois de Salvador, em 1549, foram fundadas as cidades reais do Rio de Janeiro, em 1565, e, no século
XVII, São Luı́s e Belém.
As Ordenações Régias conformavam um conjunto de leis, aplicáveis a Portugal e às suas colônias, que
incorporavam elementos do código civil, penal e administrativo, estabelecendo normas e orientações para
o funcionamento de vilas e cidades. A partir delas de�iniram-se as práticas de regularidade para os
traçados e construções dos núcleos urbanos, práticas que se consolidaram “sob o impulso da
racionalidade renascentista” (MENDES et al., 2010, p.20). Houve também in�luência das Leis das I�ndias,
conjunto de códigos e diretrizes voltados à criação das cidades nas colônias espanholas, especialmente na
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América, que determinavam, do ponto de vista urbanı́stico, o traçado regular, com nı́tidas bases no
modelo das cidades romanas. Apesar de voltadas o�icialmente às colônias hispânicas, o documento era de
amplo conhecimento dos Portugueses, que acabavam fazendo uso de seus preceitos.
Podemos dizer que o modelo de fato implementado no Brasil, nos dois primeiros séculos de colonização,
foi um hı́brido de cidade medieval e renascentista. Predominando um ou outro modelo dependendo da
cidade. Ainda que se tenha buscado implantar a regularidade pregada pelas disposições Reais, o projeto
esbarrou em duas di�iculdades. Uma relativa às condições geográ�icas locais, muitas vezes acidentadas,
havendo necessidade de adaptação. Outra relativa à insu�iciência de pro�issionais quali�icados paraa
tarefa e à falta de instrumentos de precisão para demarcar ruas, lotes e situar as edi�icações. O trecho a
seguir, exempli�ica a falta de rigidez na implantação e desenvolvimento da cidade-sede do Governo Geral:
Assista aí
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Em Salvador, adotaram-se ainda duas estratégias de inspirações medievais na sua implantação: localização
em sı́tio elevado e a construção de muralhas a sua volta. Mas a solução já se implantou tardiamente, em
função da descoberta da pólvora, tornando-as obsoletas e inócuas. Assim, devido ao seu crescimento, a
cidade transcendeu a muralha, alcançando a beira-mar, dividindo-se em Cidade Alta e Cidade Baixa.
Podemos dizer, a grosso modo, que havia uma regularidade relativa nos traçados das cidades brasileiras,
os lotes seguiam um padrão similar nesse primeiro perı́odo de ocupação, mantendo-se praticamente
inalterados até princı́pios do século XIX. Eram retangulares e alongados, isto é, tinham a largura voltada
para a rua estreita e as laterais compridas. Os lotes agrupavam-se em quadras, com linhas contı́nuas de
construções, cujos alinhamentos junto à rua, deixavam um vazio na parte posterior, que correspondiam
aos quintais das casas.
A imagem das ruas era de duas faixas contı́nuas de construções, coladas umas às outras, sem interrupção.
Eram estreitas, com alinhamentos e nivelamentos precários, apresentando um aspecto assim pouco
regular. Como observa Reis Filho (1968), numa mesma rua podia haver diferença em sua largura ao mudar
de uma quadra para outra. Não contavam com passeios para circulação dos pedestres, em poucos casos
podia existir algumas lajes sob os beirais para proteção das águas das chuvas. Poucas eram as que
contavam com calçamento, que, quando existia era em pedra. O calcamento de ruas começou a se
popularizar quando se tornou necessário separar tráfegos de circulação: os pedestres dos transportes
sobre rodas. Em núcleos urbanos maiores, a presença de ruas comerciais passou a caracterizar espaços de
permanência e pontos de reunião. 
No entanto, o centro principal da vida urbana eram as praças. Nelas “se realizavam as cerimónias [sic]
cı́vicas e toda sorte de festividades: religiosas e recreativas; e serviam ainda aos mercados e às feiras”
(REIS FILHO, 1968, p.64). Nas praças se localizavam as principais construções da cidade, em geral: a Casa
de Câmara e Cadeia, a Igreja Matriz e o Pelourinho, sı́mbolo da autonomia municipal colonial,
representado por um marco, que podia ainda servir ao castigo público de alguns infratores.
Nos dias de hoje é difı́cil encontrar um núcleo urbano dos séculos XVI e XVI ainda ı́ntegro, isso porque a
própria evolução do sı́tio, decorrente das dinâmicas urbanas, resultaram em demolições, sobreposições,
alterações etc. E� mais fácil encontrar edi�icações isoladas ou resquı́cios do traçado original, mas para
povoar a imaginação do leitor, apresentamos a seguir a imagem da “Cidade de Parati/RJ”. Ainda que seu
traçado e desenvolvimento tenha ocorrido ao longo do século XVIII, nos permite apreciar algumas das
caracterı́sticas que tratamos até aqui, e outras que serão abordadas mais adiante.
Salvador, originalmente, obedeceu a traços regulares por determinação real,
mas o enxadrezado de ruas e praças foi �lexı́vel, permitindo a adaptação de
terrenos disponı́veis entre o mar, as encostas e lençóis d’água, às ruas das
extremidades, determinando quarteirões de formas, tamanhos e proporções
diversas (MENDES et al., 2010, p.49).
Figura 1 - Cidade de Parati (RJ)
Fonte: Shutterstock, 2020
Clique para abrir a imagem no tamanho original
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#PraCegoVer: Na imagem, há uma foto da cidade de Parati no Rio de Janeiro com arquitetura do século
XVIII.
3. A arquitetura desenvolvida pelos portugueses – séculos XV e
XVII
O histórico de formação do Estado Português resultou numa expressiva diversidade de contribuições à
cultura portuguesa, que teve certamente re�lexos na arquitetura desenvolvida em solo brasileiro. Os
romanos estiveram na penı́nsula ibérica até 476 d.C., dominando-a por mais de 600 anos. Em seguida, foi a
vez dos povos germânicos (também chamados bárbaros), que por ali permaneceram por cerca de 300
anos até as invasões islâmicas. Essa presença de muçulmanos na região durou aproximadamente 700
anos, quando foram então expulsos pelas guerras de Reconquista, com a retomada do território
consolidada em 1492 e a fundação do Estado Português.
Essa in�luência se dará também pela referência aos estilos arquitetônicos que durante os séculos XVI e
XVII se desenvolveram em Portugal. Carvalho et al. (2000, p.6) ressaltam que no perı́odo de formação da
nacionalidade portuguesa esteve presente o estilo românico, de forma que algumas caracterı́sticas
acabaram se incorporando no gosto da cultura portuguesa: “o peso, a rigidez, a simplicidade e o caráter
estático constituı́am tendências que iriam permear a produção arquitetônica”. Outra caracterı́stica que se
tornou marcante na arquitetura portuguesa, essa associada à herança cultural islâmica, foi a prática de
preencher e compartimentar superfı́cies e inserir formas menores em maiores. (CARVALHO et al., 2000)
Podemos dizer que esses foram aspectos que em linhas gerais in�luenciaram a arquitetura portuguesa e
por desdobramento a arquitetura colonial brasileira. As contribuições e in�luências na arquitetura popular
portuguesa nos dois primeiros séculos de empresa colonial brasileira, podem ser sistematizadas em 3
ramos de heranças culturais: a dos romanos, a dos germânicos e a dos islâmicos.
Do perı́odo de domı́nio romano, a arquitetura portuguesa herdou a diversidade de programas, técnicas e
formas arquitetônicas. Em relação aos programas, podemos citar os templos, bası́licas, fontes, termas,
aquedutos, pontes, an�iteatros, castros (castelos), palácios etc. Das técnicas de construção, herdou a
maneira de assentar as pedras, com argamassas de cal e de cimento, e provavelmente, as técnicas da taipa
e do adobe. Em função do contato dos romanos com o Oriente, temos a técnica de produção de cerâmicas
para a confecção de tijolos e telhas, também introduzida e aperfeiçoada em solo português. No que diz
respeito às formas, arcos, abóbadas, cúpulas, colunas e pilastras fazem parte do repertório que in�luenciou
a história da arquitetura de forma geral.
Dos povos germânicos, a estrutura forti�icada foi uma importante herança, com a construção de castelos e
fortes, sendo que até as igrejas podiam apresentar aspectos e recursos defensivos. Mas, segundo Weimer
(2005, p.85), “há quem julgue que foram herdeiros e continuadores da arquitetura de defesa romana”, e
chegaram inclusive a fazer uso do arco pleno, adotando o arco apontado somente mais tarde. A grande
contribuição, diz o mesmo autor, foi a introdução das estruturas de enxaimel, paredes com requadro de
madeira que formavam panos independentes e que eram fechados por adobe, tijolos, pedra etc. Essa
solução deixava aparentes as peças de madeira que estruturavam paredes e vãos.
Com base nos estudos de Weimer (2005) abordaremos a in�luência da cultura islâmica na arquitetura
portuguesa em duas correntes: a árabe e a berbere. Em relação à primeira, sua interferência na forma e no
partido da arquitetura portuguesa foi restrita, porque os árabes se estabeleceram efetivamente na
Andaluzia, território espanhol, mantendo apenas representações no lado português. A casa árabe vai
in�luenciar de forma mais direta a solução das casas senhoriais e dos claustros conventuais, que
adotavam como partido o pátio central, em torno do qual se organizavam os demais compartimentos.
Mais evidentes e difundidasforam as referências adotadas em elementos arquitetônicos, como o emprego
abundante de adufas (fechamentos em treliça) e muxarabis (balcões fechados por treliças).
O lado ocidental da penı́nsula, que corresponde ao atual território português, era administrado
efetivamente pelos berberes, povos oriundos do norte da A� frica, que deixaram marcas mais signi�icativas
na arquitetura local. Segundo Weimer (2005), as casas muçulmanas que mais in�luenciaram as
portuguesas, e por consequência as brasileiras, em termos de forma, foram variações das casas berberes.
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As casas berberes eram geminadas (coladas umas às outras nas divisas laterais dos lotes), seus cômodos
eram ordenados linearmente de forma perpendicular à rua, contava ainda com poucas aberturas. Havia
uma única entrada e nos fundos podia haver pequenas janelas que davam para um pátio fechado por muros
altos. A ordem de disposição dos cômodos a partir da entrada eram sala, dormitórios e cozinha. A
cobertura podia ser plana, em áreas mais secas e de duas águas de telhado com ponto de cumeeira baixo,
para as zonas mais úmidas.
Essa tipologia foi adaptada para Portugal, recebendo o nome de “casa de pescadores” e também para o
Brasil, como veremos, recebendo o nome de “casa de porta e janela” (WEIMER, 2005).
Inúmeras palavras que usamos no vocabulário arquitetônico têm origem árabe e
berbere. Você provavelmente já ouviu falar em algumas delas. Con�ira: açoteia, adobe,
adufa, alcova, aldeia, alfândega, algeroz, alicerce, alisar, almofada, almoxarifado,
alpendre, alvará, alvenaria, andaime, armazém, arrabalde, azulejo, bairro, baldrame,
chafariz, coxim, enxaimel, enxovia, fasquia, harém, masmorra, mastaba, medina,
mesquita, minarete, mudéjar, muxarabi, saguão, sanefa, sarrafo, sofá, tabique, taipa,
trapiche, zarcão etc.
4. Estilos arquitetônicos e a arquitetura erudita
O românico era o estilo em voga durante boa parte do perı́odo da Reconquista, que se estendeu do século
VIII ao XV. Carvalho et al. (2000) atribuem a sobriedade e a rigidez da arquitetura portuguesa a essa
ocorrência, como uma referência presente no imaginário luso. No entanto, é preciso investigar um pouco
mais, pois outros estilos se sucederam desde o românico dos séculos XII e XIII. O gótico e o gótico tardio,
esse último também conhecido como estilo Manuelino, em referência ao rei de Portugal D. Manuel I,
presentes desde o século XIII até princı́pios do XVI, aportaram outra linguagem arquitetônica, re�letida
numa arquitetura mais verticalizada, bem ornamentada, com arcos e elementos pontiagudos.
Apesar dessa sucessão de estilos, observa-se nos séculos XVI e XVII o retorno do gosto português pela
mencionada sobriedade e rigidez, mas agora em razão da in�luência do Renascimento italiano. A�
arquitetura que se desenvolveu nessas centúrias em Portugal, pós-Manuelino, convencionou-se chamar de
maneirista, mas há controvérsias no emprego do termo. Carvalho et al. (2000) atribuem essa controvérsia
ao pouco domı́nio da linguagem clássica pelos portugueses, pois, ainda que o estilo maneirista se
caracterizasse pelo rompimento dos cânones clássicos, era preciso conhecê-los profundamente.
Há autores, contudo, que preferem se referir à arquitetura que se produziu nesse perı́odo, sobretudo a
religiosa, por arquitetura chã ou estilo chão, como uma manifestação própria portuguesa. Esse termo foi
cunhado pelo historiador George Kluber, em 1972, no livro “A Arquitectura Portuguesa Chã. Entre as
Especiarias e os Diamantes, 1521-1706”, e até hoje suscita re�lexão. Senos (2012), por exemplo, questiona
se esse estilo é uma expressão da nacionalidade portuguesa ou é de fato uma reação anticlássica ou anti-
italiana.
Tenha ou não acertado no emprego dos referenciais clássicos, o fato é que a arquitetura erudita desse
perı́odo valorizou aspectos como a simplicidade e a austeridade. Sobre suas caracterı́sticas, Carvalho et al.
(2000, p.6) a descrevem:
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Já em �ins do século XVII, ganha terreno a arquitetura barroca, que se caracterizava pela expressividade da
linguagem clássica, subvertendo-a de�initivamente no uso de frontões interrompidos, colunas torcidas,
encurvamento de superfı́cies e profusão de ornatos. Seu aparecimento em Portugal vai coincidir com a
descoberta do ouro no Brasil, o que proporcionou uma pujança econômica e a construção de ricos e belos
exemplares desse estilo. 
pela tentativa de usar a linguagem clássica a partir de formas geométricas
básicas, com a proporção das fachadas próxima ao quadrado, frontão
triangular e forte contraste entre as linhas marcadas pelo uso da pedra e do
paramento branco, revelando um caráter eminentemente bidimensional e
ainda a subordinação da ornamentação à estrutura compositiva.
Assista aí
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4.1 Arquitetura residencial e administrativa
Na arquitetura civil, residencial e administrativa, pode-se dizer que as in�luências que
predominaram foram as das heranças culturais e seus desdobramentos na arquitetura popular
portuguesa que abordamos anteriormente. Os recursos e as técnicas construtivas eram aqui ainda
rudimentares, pois não havia capacitação técnica, instrumentos acurados de medição e ferramentas
mais elaboradas (como aquelas ligadas ao trabalho de carpintaria, por exemplo). O trabalho
escravo ajuda a explicar em parte essa limitação e explica ainda como puderam funcionar as casas
no Brasil colônia, desprovidas que eram de sistemas de abastecimento de água e de esgoto.
Vejamos esses e outros aspectos na sequência.
Para compreender a arquitetura residencial que se implantou e se desenvolveu nos dois primeiros
séculos de ocupação portuguesa no Brasil, é preciso conhecer a própria conformação da sociedade
e da famı́lia brasileira. Enquanto sociedade, sua conformação é uma miscigenação de branco, ı́ndio
e africano; e sua estrutura essencialmente rural, patriarcal, hierárquica e escravocrata. O modelo
familiar nasceu no meio rural, onde o homem (o senhor), mais que o chefe de famı́lia era o “dono
da terra, dos escravos, da vida e da morte de seus subordinados” (MENDES et al., 2010, p.118).
Dito isso, podemos sistematizar, a �im de generalizar, as formas de morar no Brasil colônia nesse
perı́odo em rural e urbana. Aliás, vimos como o funcionamento dos núcleos urbanos eram
essencialmente vinculados ao mundo rural, construı́dos para abrigar moradores das fazendas em
dias de festa. Como observa Reis Filho (1997, p.30) “vilas e centros menores tinham vida urbana
intermitente, apresentando normalmente um terrı́vel aspecto de desolação”.
A morada rural que abordaremos aqui é aquela vinculada ao cultivo monocultor da cana e à
produção do açúcar para exportação, mas cabe dizer que existiam outras, de outros tipos, como as
fazendas de gado no Nordeste. As principais construções desses complexos agroindustriais eram a
casa grande (residência do senhor e sua famı́lia), a senzala (alojamento dos escravos, e o engenho
(construção destinada ao processo de bene�iciamento da cana e que acabou denominando as
próprias propriedades latifundiárias produtoras de cana). Dependendo do tamanho e importância,
seu programa podia incluir ainda: capela (espaço de devoção religiosa da famı́lia), depósitos,
alambiques, casas de capatazes e de colonos, entre outros.
A casa grande era a sede, �icava geralmente em ponto alto do terreno, permitindo ao senhor um
controle visual de suas terras. Entre esse ponto elevado e a fonte de água (seja rio ou mar),por
onde se escoava a produção e cuja força hidráulica era utilizada para girar moendas, espalhavam-se
as demais construções do complexo. As casas grandes eram compostas por salas, alcovas, quartos
de hóspedes e cozinhas, além da varanda – espaço que desempenhava função de amenizar os
efeitos do clima, servia ao lazer e ao controle da fazenda – e da capela, podendo estar colada ou
separada �isicamente da casa.
Havia em geral dois tipos de senzala: a doméstica e a de eito, ou de trabalho. A primeira destinada
ao abrigo dos escravos com tarefas relacionadas ao funcionamento da casa, como cozinhar, limpar
e arrumar; e a segunda, voltada à mão de obra pesada, que trabalhava nas plantações ou no
bene�iciamento da cana (MENDES et al., 2010). Já o engenho era um amplo galpão localizado junto
a um rio ou curso d´água, que viabilizava o funcionamento hidráulico da moenda, abrigando
também outros espaços relacionados às demais etapas do processo.
O senhor do engenho tinha geralmente uma casa no núcleo urbano mais próximo, para onde se
deslocava com sua famı́lia nos dias de festividades ou compromissos polı́ticos. A morada urbana,
seja em pequenos povoados, vilas e cidades, apresentavam profundas semelhanças. Podiam ser
térreas ou assobradadas, mas eram sempre coladas às divisas frontal e laterais, com um quintal
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aos fundos, destinado a pomares, hortas e ao trabalho relacionado à cozinha. A disposição dos
cômodos seguia a referência berbere que mencionamos: à frente a sala de receber, sucedida pelas
alcovas, sala de viver e aos fundos a cozinha, geralmente num volume anexo ao principal. Possuı́a
um corredor que ligava a porta da frente à dos fundos. Nos sobrados, a parte térrea comportava
comércio, escravos, hóspedes, animais etc, e a casa, seguindo essa mesma disposição de planta, se
desenvolvia no segundo andar, longe dos olhos de quem passava na rua.
Mendes et al. (2010, p.20), atribuem o descolamento da cozinha do corpo da casa a uma in�luência
da cultura indı́gena: “Com o ı́ndio [o português] aprendeu que cozinhar era uma tarefa a ser
realizada do lado de fora, no terreiro, numa varanda ou num puxado do lado da casa. ” Não havia
banheiro como compartimento em planta nas casas, seja urbana ou rural, ele era substituı́do por
equipamentos como urinóis e retretas, disponı́veis nos cômodos de usos ı́ntimos. O
funcionamento das casas desse perı́odo se alicerçava no trabalho da mão de obra escrava. Mendes
et al. (2010) nos contam que os dejetos, por exemplo, eram armazenados em barris em uma
edı́cula no fundo do quintal e depois carregados pelos “tigres” (escravos que transportavam as
águas servidas para despejo) para áreas molhadas – rios, lagoas, mares, brejos – próximos ao
núcleo urbano. Ou eram jogados pelas janelas, precedidos por um “lá vai água”.
4.2 Construções públicas
As construções empreendidas pelo governo na colônia eram majoritariamente de função militar,
uma vez que, até meados do século XVII, a administração pública cabia em geral aos donatários e
aos colonos, confundindo-se, como assinala Reis Filho (1968, p.162), “a administração – quase
inexistente – com a camada dominante”. Nos núcleos maiores se assentavam construções o�iciais
de relevante importância. Em Salvador, a partir de fontes documentais, Reis Filho (1968) identi�ica
que havia na Cidade Baixa a “casa de fazenda e alfandegas e almazens [sic] e ferrarias” e na Cidade
Alta, a Casa dos governadores, a Câmara e o Tribunal da Relação. Quase nada existe atualmente,
visto que a partir de meados do século XVII, esses foram sendo substituı́dos por construções mais
imponentes e arrojadas.
Nos núcleos urbanos menores, as obras o�iciais eram de iniciativa municipal e, em geral, se
limitavam à Casa de Câmara e cadeia e à algumas obras de infraestrutura, como pontes, calçamento,
fontes, chafarizes etc. Mesmo uma vila podia ter uma Casa de Câmara e Cadeia, e essa constituı́a a
principal edi�icação do local, representava o poder municipal, congregando funções
administrativas, judiciárias e penitenciárias. Situava-se em frente à praça e normalmente erguia-se
à sua frente o Pelourinho, sı́mbolo do poder municipal. E� difı́cil identi�icar um padrão formal e
construtivo entre elas, visto que dependiam basicamente da importância polı́tica e econômica do
núcleo urbano. Pode-se dizer que, em geral, tinham dois pavimentos, funcionando a Câmara na
parte superior, com a sala do juiz, sala do conselho, secretaria e gabinetes; e a Cadeia no térreo.
O abastecimento de água nas vilas e cidades era uma questão que merecia importância, mas
enquanto houve escravidão, as obras efetivamente realizadas foram poucas. Nos centros menores o
abastecimento era realizado pela própria população, com transporte de água da fonte até as casas
pelos escravos. Nos centros maiores, o crescimento populacional demandava outra solução.
Assim, no Rio de Janeiro, já no inı́cio do século XVII, iniciaram-se os trabalhos de captação e
condução das águas do rio Carioca, concluı́dos somente no século XVIII, com a construção de
aqueduto, fontes e chafarizes.
O calçamento de ruas era raro. Eram realizados em pedra, atendendo a demandas pontuais em
função do aumento do tráfego e dos problemas de conservação dele decorrentes. Em Salvador, com
o crescimento a partir de 1650, procuraram-se novas formas de solucionar o problema, tornando-
se foco de preocupação da Câmara. Resolvem assim os o�iciais, em 1656, para dar conta de
executar esses serviços “estabelecer um impôsto sôbre as matanças nos currais e açougues da
cidade” [sic] (REIS FILHO, 1968, p.138). Já as pontes, foram poucas as construı́das, exemplos são
as de Recife e de Belém.
4.3 Arquitetura religiosa
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A Colonização era um projeto de expansão comercial portuguesa, mas também de expansão
religiosa, de dominação cultural. Tanto é verdade, que a esquadra de Cabral já contava com frades
franciscanos em sua tripulação, dentre eles Frei Henrique Soares, que celebrou a primeira missa na
Ilha de Vera Cruz; e que em 1549, vieram para o Brasil, junto com o primeiro governador geral,
Tomé de Souza, representantes da Ordem dos Jesuı́tas.
Assim, as construções religiosas estiveram presentes desde os primeiros tempos do Brasil colônia
e além das funções religiosas desempenhavam funções administrativas, uma vez que Igreja e
Estado andavam lado a lado nesse perı́odo. As igrejas paroquiais concentravam, por exemplo, a
função de registros de nascimento, casamento e óbito, e ainda realizavam as celebrações de cunho
religioso. Mais imponentes, contudo, eram os conventos com suas igrejas. As diferentes ordens se
�izeram presentes nos principais núcleos urbanos, especialmente ao longo do litoral. Reis Filho
(1968) registra como os conventos se organizaram como grandes proprietários de terra e
engenhos, reunindo volumosos recursos �inanceiros; e que, apesar da pobreza do meio em que
viviam, conseguiram �inanciar atividades culturais e artı́sticas.
Esse mesmo autor, analisando as igreja em Salvador a partir do estudo iconográ�ico, observa a
homogeneidade no padrão, cujas fachadas apresentavam “uma única porta, óculo e frontão
triangular, caracterı́sticas do tipo de risco românico”, e completa “a única a aparecer com tôrre [sic]
é a da Sé, talvez porque na época só as matrizes pudessem tê-la” (REIS FILHO, 1968, p.179). A
fachada, com um corpo central ladeada por torres, com destaque das principais linhas e elementos
de cantaria em contraste com o fundo branco, parece ser uma constante, com mais ou menos
variações.
Observa-se também nas plantas um padrão básico a partir do qual a arquiteturafoi se alterando
pelas intervenções sucessivas. O modelo da nave única retangular com capela-mor aos fundos,
formada por um retângulo menor e profundo, e sacristia como um pequeno quarto lateral, constitui
a base geral. Conforme foi se tornando mais complexo o programa desses centros religiosos, foram
sendo anexados outros compartimentos com outros usos. A partir da segunda metade do século
XVII ocorrem mudanças quantitativas e qualitativas na produção da arquitetura religiosa. As
sucessivas Invasões Holandesas no Nordeste do Brasil, colocaram freios ao projeto de expansão
católica. Mas, com a Restauração do Trono Português, em 1640, seguida da expulsão desses
invasores em 1654, as Ordens tomaram novo fôlego. Foram comuns a ampliação e a reforma de
construções antes singelas e rústicas, dotando-as de ornamentação e revestimentos mais
elaborados.
Para se fazer uma leitura mais generalizada dessa arquitetura, os historiadores procuram enquadrá-
las por semelhanças. Mas essa é uma tarefa difı́cil, ainda mais considerando que a obra de uma
igreja pode durar diversos anos, quem sabe décadas, de forma que, mudam-se gostos e estilos.
Tomamos assim a abordagem de Santos (1981) e Mendes et al. (2010), que as analisam pelas
ordens religiosas que as construı́ram.
#PraCegoVer: Na imagem, há uma arquitetura religiosa que mostra a catedral Bası́lica de Salvador.
Figura 2 - Catedral Bası́lica de Salvador
Fonte: Shutterstock, 2020
4.4 Ordens religiosas e suas construções
Clique para abrir a imagem no tamanho original
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Fundada em 1534, a Companhia de Jesus con�igurou-se como um dos braços mais e�icientes para pôr em
ação as resoluções da Contrarreforma. Com a missão de angariar novos �iéis (e retomar os antigos
perdidos para o movimento protestante) e de ampliar a ação e os domı́nios da Igreja, em 1534, o lı́der da
Companhia, Inácio de Loyola, enviou padres para diversos paı́ses com o objetivo de implantar escolas e
seminários. Os jesuı́tas tiveram papel de destaque no ensino e, no Brasil, ministravam a catequese,
alfabetizavam leigos e gentios, nas naves das suas igrejas e nas construções agregadas, denominadas
colégios (MENDES et al., 2010).
As atividades da Companhia de Jesus no Brasil desenvolveram-se de 1549, com a chegada do primeiro
grupo jesuı́tico no paı́s, até 1759, quando foram expulsos em função dos problemas que vinham gerando
seus posicionamentos e estratégias polı́ticas e da popularidade e alcance de suas ações. As determinações
do Concı́lio de Trento, realizado em 1545, e que marcou o inı́cio da Contrarreforma, assim como os
referenciais arquitetônicos europeus, vão ajudar a moldar a arquitetura que se levantará em terras
brasileiras pelos jesuı́tas.
Dentre as alterações demandadas pela Contrarreforma, temos a inclusão do púlpito, um espaço localizado
dentro da nave, voltado para os �iéis, onde o pároco proclamava a palavra de Deus na lı́ngua natal do seu
público. Essa determinação ajudou a eliminar as naves laterais, visto que di�icultavam a inserção do
púlpito na nave central. O diálogo com a cultura cristã local também se efetuava pela incorporação dos
santos aos quais eram devotos os frequentadores, inserindo-se suas imagens em altares e capelas laterais
(MENDES et al., 2010).
Havia certa uniformidade na solução arquitetônica dos colégios jesuı́tas no século XVI, até meados do
XVII. A planta da igreja era retangular e colada com o colégio, ambos organizados em torno de um pátio
interno. Na fachada principal, estavam dispostos sequencialmente, e em um mesmo plano, a igreja, a torre
sineira e o colégio. A entrada se dava por uma única porta de acesso, e sobre ela havia um óculo ou janelas.
São exemplos ainda hoje existentes, com algumas alterações: a Igreja N. S. da Assunção, em Anchieta/ES e a
Igreja Matriz de São Pedro da Aldeia/RJ.
Eram construções rústicas, pode-se dizer, com a nave despida de ornamentação, paredes caiadas e telha
vã. Alguma decoração via-se nos retábulos e altares por causa de trabalhos de talha. Apesar da
simplicidade, a solução acabou servindo de modelo para as demais ordens que por aqui estiveram e se
estabeleceram e ainda para as pequenas capelas, sejam urbanas ou rurais.
Bury (2006), destaca a Igreja São Roque de Lisboa (1573), em Portugal, como o precedente de maior
importância para a arquitetura dos jesuı́tas no Brasil. Com efeito, tendo em vista a precariedade das
primeiras construções jesuı́ticas, Mendes et al. (2010) nos conta que a Coroa enviou ao Brasil em 1577, o
irmão Francisco Dias, arquiteto que havia colaborado na referida construção. São a ele atribuı́dos os
projetos de reconstrução do Colégio de Olinda, de 1584, e do Rio de Janeiro, de 1585, veri�icado inclusive
na semelhança do partido em planta, que seguiu a de São Roque, composta por uma nave única, capela-
mor com duas capelas colaterais (que são dispostas na mesma parede em que localiza a capela-mor, uma
em cada lado da mesma).
As in�luências clássicas oriundas da arquitetura maneirista (ou chã) de São Roque na fachada dos
exemplares brasileiros podem ser associadas à simplicidade das formas, ao emprego do frontão triangular,
às linhas verticais bem marcadas e à sua bidimensionalidade. Mas, marco principal da arquitetura
jesuı́tica no Brasil, será a construção do seu principal e maior templo, em 1654, em Salvador. Vemos na
�igura “Catedral de Salvador/BA” a combinação do frontão com volutas e torres laterais, interpretada como
uma sı́ntese entre a Igreja de Jesus (Chiesa del Gesú) de Roma, sede da Companhia de Jesus, e da Igreja de
São Vicente de Fora de Portugal, de 1602; ambas maneiristas. Essa solução acabou repercutindo em outras
igrejas, inclusive de outras ordens religiosas, de irmandades e confrarias.
A Ordem Franciscana, criada por Francisco de Assis no século XIII, esteve presente na colônia desde 1500
em missões de evangelização. Somente em 1584, ganharam autorização para a implantação da Ordem em
Pernambuco. O primeiro convento foi fundado em 1585, o Convento de Nossa Senhora das Neves de
Olinda, seguido de outros; de forma que em 1659 já se registravam vinte conventos, geralmente
implantados ao longo do litoral, em terrenos doados por grandes proprietários de terras (MENDES et al.,
2000).
A� diferença da arquitetura dos jesuı́tas, as igrejas conventuais dos franciscanos eram precedidas por um
pórtico com arcadas, um elemento de transição exterior-interior. Já as plantas eram compostas por nave
única, com a capela-mor mais estreita, e com sacristia. Os conventos eram como os colégios dos jesuı́tas,
colados à igreja e com um pátio interno, para o qual nesse caso se voltava o claustro. Possuı́am em geral
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uma única torre sineira levemente destacada em relação à fachada. Elemento comum nos conventos
franciscanos é a presença do adro com um cruzeiro, de forma a preparar o �iel numa sequência lógica:
“mundo exterior, representado no adro, o pórtico como transição até o espaço de contrição composto pela
nave da igreja, que gradativamente tornava-se mais decorada” (MENDES et al., 2010, p.187).
A Ordem do Carmo, fundada no século XII por cruzados leigos que chegaram ao Monte Carmelo, em Israel,
pousou por essas bandas em 1580 pelas mãos de quatro carmelitas. Em Olinda fundaram seu primeiro
convento em 1583, em terras recebidas em doação. Mendes et al. (2010) registram suas chegadas em
Salvador (1586), Santos (1589) e Rio de Janeiro (1590). Sua arquitetura também teve in�luência dos
modelos jesuı́tas, com o uso da linguagem clássica e pouca ou nenhuma ornamentação. Em �ins do século
XVII serão incorporados elementos de inspiraçãobarroca.
As fachadas com composições tripartidas, continham arcadas no pavimento térreo. Sobre os partidos de
planta, possuı́a semelhança não só com o dos jesuı́tas como dos franciscanos, não ocorrendo grandes
mudanças de programa: “Um claustro, frequentemente distribuı́do por dois pavimentos, com alas
dispostas em quadra, em torno de um ou dois pátios internos. As igrejas continuavam com nave única,
eventualmente acrescida de capelas laterais” (MENDES et al., 2010, p.190).
Para �inalizar, temos ainda a Ordem dos Beneditinos, fundada em 529 por Bento de Núrcia em Monte
Cassino na Itália. Chegaram ao Brasil em 1581, com a missão de fundar um mosteiro na capital do
Governo Geral. A ordem se expandiu por Olinda, Rio de Janeiro, Paraı́ba, São Paulo e Santos. Por sua
caracterı́stica reclusa, os conjuntos arquitetônicos, apesar da sua importância, não tiveram repercussão
junto à população.
Exemplar de destaque das construções beneditinas é o Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro e projeto
pelo Engenheiro-mor Francisco Frias de Mesquita, com obras iniciadas em 1633. Mendes et al. (2010)
destacam as proporções românicas das fachadas com linguagem geométrica resolvida em um único plano.
As duas torres sineiras encontram-se levemente recuadas das fachadas, mas sem comprometer a sua
bidimensionalidade. No trecho inferior da fachada, entre as torres, uma galilé (alpendre à frente da fachada
principal) com três arcos, proporciona a transição exterior-interior, preparando-nos para a profusão
decorativa do seu interior, obra já do perı́odo barroco.
Assista aí
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Encontram-se em curso os trabalhos relativos à candidatura do Conjunto de
Forti�icações Brasileiras como patrimônio mundial da humanidade pela UNESCO.
Engloba um conjunto de 19 fortes e fortalezas já tombados pelo IPHAN, que
testemunham o sistema de ocupação e defesa do território nacional.
Para conhecer melhor, acesse: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1609/
4.5 Arquitetura militar
O sistema de defesa do território brasileiro con�igurou-se primeiramente pela descentralização,
seguindo a própria estratégia de ocupação dos portugueses. Ao deixarem a missão aos donatários e
colonos, não tinham qualquer controle sobre a defesa desse. Em meados do século XVII, com a
polı́tica de centralização empreendida pela Metrópole, a estratégia de defesa seguiu essa tendência.
A arquitetura militar vai sendo gradualmente reforçada ou substituı́da, e se constroem verdadeiros
complexos arquitetônicos para esse �im.
Nos primeiros anos de ocupação portuguesa, os esquemas defensivos eram rudimentares em
função da escassez de recursos. As feitorias funcionaram como uma espécie de fortim, com
paliçada em seu entorno. Quando da implantação das primeiras vilas, a defesa era realizada pelos
próprios colonos, que as defendiam com cercas ou muros; algumas inclusive de madeira (Reis
Filho, 1968, p. 167).
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Os muros, construções grosseiras e pouco resistentes, foram sendo substituı́dos de acordo com as
pressões de invasão. Conforme as cidades e vilas iam crescendo, os muros mais antigos iam sendo
abandonados e eram criados outros; outras linhas de forti�icações em direção à expansão do núcleo
urbano. Segundo Reis Filho (1968), os muros da cidade de Salvador foram refeitos, renovados e
ampliados em várias oportunidades, e completava seu sistema de defesa as fortalezas e os diques,
conformando o mais complexo esquema defensivo do perı́odo no Brasil.
Ponto crı́tico é que logo os muros se tornaram obsoletos em função do aparecimento da pólvora e
das peças de artilharia, obrigando os colonizadores a implantarem outras estratégias. As
construções no alto, no topo de colinas, por exemplo, constituı́am um cenário mais e�icaz, e essa
foi a opção adotada no caso do Rio de Janeiro, cujo núcleo urbano, após instalado em local menos
abrigado, foi deslocado para o Morro do Castelo; e de Olinda, que em contraste com Recife,
apresentava melhores caracterı́sticas de implantação em sı́tio elevado. A mudança de localização
de Iguape, no sul do Estado de São Paulo, também ilustra essa preocupação defensiva, tirando
partido das caracterı́sticas geográ�icas. O primeiro núcleo urbano, localizado junto à barra do rio
Ribeira de Iguape, foi posteriormente transferido para terras abrigadas por uma ilha e um braço de
mar.
Com a ruralização do Brasil, con�irma-se a descentralização do sistema defensivo. No interior
assiste-se inclusive ao aparecimento de pontos forti�icados reunidos em torno das casas grandes
com suas torres. Exemplo ainda hoje existente, apesar de estar em ruinas, é a torre de Garcia d’
A�vila na Bahia.
Apesar disso, havia discretos pontos de coordenação desses postos nas vilas próximas, que por
sua vez, e aos poucos, foram sendo controladas por um centro administrativo regional. Esses
centros, de responsabilidade polı́tica e administrativa da Coroa, eram também fortaleza, dotados de
corpo efetivo (tropas regulares) e equipamento bélico pesado. Foram instalados esses centros em
Salvador, Rio de Janeiro, São Luiz e Belém, e com isso, assiste-se a um processo de centralização
dos esquemas de defesa (REIS FILHO, 1968).
Essa polı́tica centralizadora, que teve inı́cio em meados do século XVII, apresentou como efeitos a
ampliação do repertório de construções militares: baluartes, fortes, fortins, fortalezas, arsenais,
quarteis etc; e a valorização dos centros regionais, que passaram a exercer controle também sobre
as atividades polı́ticas e de comércio das suas regiões. São elaborados verdadeiros esquemas de
forti�icações, como na defesa do Rio de Janeiro, cuja entrada da Baı́a de Guanabara, foi ladeada
pelas fortalezas de Santa Cruz e São João no trecho mais estreito; e também em Santa Catarina, com
as fortalezas de Santo Antônio de Ratones, Santa Cruz de Anhatomirim e São José da Ponta Grossa,
formando um triângulo de defesa para invasores que se aproximavam pelo norte.
As soluções empı́ricas foram aos poucos se tornando fruto de estratégias e planejamento.
Inspirados nos modelos de Vauban, engenheiros militares projetaram fortins, fortes e fortalezas, a
serem executados por mestres de obras e soldados. Aliás, sobre a formação desses pro�issionais,
importante registrar que em 1647, os portugueses criaram em Lisboa a aula de forti�icações e
arquitetura militar com fundamentos na tratadı́stica renascentista. E, mesmo no Rio de Janeiro, foi
criada uma aula de forti�icação em 1699. Ainda no século XVI, eram enviados pela Metrópole
engenheiros militares, como o intuito de elaborar projetos de fortes e confeccionar mapas e plantas
para estudos de defesa de cidades.
As construções destinadas ao sistema defensivo podem ser ordenadas em termos de
complexidade, do menos ao mais complexo: reduto, bateria, fortim, forte, fortaleza e praça forte. A
fortaleza é considerada o último nı́vel de obras de uso estritamente militar, já que a praça forte se
con�igura como uma cidade murada, abrangendo também a função de moradia (CASTRO, 2016).
Castro (2016b) de�ine forte como uma construção única, fechada, capaz de promover a defesa e
resistir ao ataque por um perı́odo relativamente prolongado. Não se trata somente de abrigo, o forte
tem que possibilitar também a ofensiva contra o inimigo. Possuem quartéis e paióis (depósito de
munição e alimentos), o que os distinguem dos fortins, que não têm esses apoios. Pode ainda ser
subordinado a uma fortaleza, já que essa se diferencia do forte, justamente por ter obras auxiliares,
como redutos, baterias e outros fortes. Assim, pode-se dizer que “a fortaleza não é mais do que um
forte que tem outrasobras a ele subordinadas” (CASTRO, 2016a).
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Todas essas estruturas defensivas se instalaram nesse primeiro momento de ocupação
principalmente ao longo do litoral. Con�iguraram um esforço descentralizado de proteção do
território, levado a cabo principalmente pelos donatários e colonos das diferentes capitanias, sem
maiores apoios das metrópoles. Em diversas situações, a implantação dessas forti�icações acabou
dando origem a vilas ou cidades, como foi o caso do Forte dos Reis Magos, que deu origem à
cidade de Natal.
Os fortes eram em geral construı́dos com quatro ou cinco pontas, ou baluartes. Apesar de
projetados para serem regulares, as vezes o relevo forçava uma adaptação, gerando distorções no
desenho original. O Forte dos Reis Magos em Natal mantém até hoje o formato pentagonal. Já o
Forte de Cinco Pontas de Recife que já teve cinco baluartes, hoje tem apenas quatro, devido às
sucessivas alterações.
Encontram-se em curso os trabalhos relativos à candidatura do Conjunto	 de
Forti�icações	 Brasileiras como patrimônio mundial da humanidade pela UNESCO.
Engloba um conjunto de 19 fortes e fortalezas já tombados pelo IPHAN, que
testemunham o sistema de ocupação e defesa do território nacional.
Para conhecer melhor, acesse: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1609/ 
É ISSO AÍ!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
Compreender o processo de ocupação do território brasileiro e sua associação com os
primeiros ciclos econômicos do Brasil Colonial, além da conformação e característica dos
primeiros núcleos urbanos aqui implantados a partir dos modelos portugueses de cidades;
● Conhecer a arquitetura que se desenvolveu em Portugal nos dois primeiros séculos após o
“descobrimento” através de duas vertentes: aquelas oriundas das heranças culturais que
conformaram o próprio povo português e aquelas que podem ser classificadas como “estilos
arquitetônicos”, cujos reflexos ocorrem na arquitetura erudita;
● Aprofundar o estudo sobre a arquitetura civil colonial, sejam as residenciais como as de
iniciativa pública, contextualizando as soluções arquitetônicas e sua relação com as culturas
portuguesas, africanas e indígenas.
● Perceber a importância da arquitetura religiosa enquanto projeto de expansão da fé católica,
e ainda, analisar algumas características básicas de sua conformação, considerando as
limitações da mão de obra e das técnicas construtivas disponíveis, e suas variações
tipológicas de acordo com as ordens religiosas que as construíam;
● Entender como se constituiu o sistema defensivo no litoral brasileiro nos dois primeiros
séculos de ocupação e conhecer os tipos de arquitetura militar que serviram a esse propósito.
REFERÊNCIAS
BURY,. Arquitetura e arte no Brasil Colonial. Brası́lia: IPHAN/Monumenta, 2006
http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1609/
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CARVALHO, C. et al. Guia da arquitetura colonial: introdução. In: CZAJKOWSKI, J. Guia da arquitetura
colonial, neoclássica e romântica no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Casa da Palavra: Prefeitura da Cidade do
Rio de Janeiro, 2000.
CASTRO, A. H. F. “Fortaleza”. In: GRIECO, B. et. al. (Orgs.). Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. 2. ed.
rev. e ampl. Rio de Janeiro, Brası́lia: IPHAN/DAF/Copedoc, 2016a. (verbete).
CASTRO. “Forte”. In: GRIECO, B. et al. (Orgs.). Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. 2ª ed. rev. e ampl.
Rio de Janeiro, Brası́lia: IPHAN/DAF/Copedoc, 2016b. (verbete)
MENDES, C. et al. Arquitetura no Brasil: de Cabral a Dom João VI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio,
2010.
REIS FILHO, Nestor Goulart. Contribuições ao estudo da evolução urbana do Brasil (1500/1720). São
Paulo: Editora da USP, 1968.
REIS FILHO. Quadro da Arquitetura no Brasil. São Paulo: Editora Perspectiva, 1997.
SENOS, N. “A arquitectura portuguesa chã antes e depois de George Kluber”. In: Revista Tritão, n.1,
dezembro de 2012. Disponı́vel em: www.revistatritao.cm-sintra.pt, acesso em: 30/11/2019.
SANTOS, P. F. Formação de cidades no Brasil colonial. Coimbra: V Colóquio Internacional de Estudos Luso-
Brasileiros, 1968.
SANTOS. Quatro séculos de arquitetura. Rio de Janeiro: IAB, 1981.
WEIMER, G. Arquitetura popular brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/1.3829.41836/content/_3470135_1/www.revistatritao.cm-sintra.pt

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