Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
História da arquitetura do Brasil Edua rdo Ge ra l d e s 8 ° s emes t r e Território Cultura CONCEITO Tudo começou com a visão cultural sobre outra de uma ser a melhor e mais potente, como a Europa sempre é lembrada mesmo que boa parte da população e das coisas tenham vindo da África, a documentação é pouca por ser considerada uma etnia de minoria, menosprezada - Ocupação e uso ampliado da Terra " O território é o fundamento do trabalho, o lugar da residência, das trocas materiais e espirituais e do exercício da vida" - " teia de significados... que orienta a existência humana... sistema de símbolos que interage com o sistemas de símbolos de cada indivíduo numa interação recíproca" 16/08 - Introdução a história EUROPA ÁFRICA AMÉRICA SÉCULO XVI Renascimento Expansão mercantil Navegações- descobrimentos Contrarreforma Continente Nacionalidades/culturas História População nativa Diversidade cultural SÉCULO XVI - POVOS NATIVOS ARQUITETURA INDÍGENA A moradia para o povo nativo era uma arquitetura indígena 100% sustentável com madeira e outras coisas que todos se degradam com o tempo e sem prejudicar o meio ambiente e também faziam a moradia como um corpo (corpo, ânus, boca em suas formas) SÉCULO XV - XVI MAPA DE PORTUGAL - ESPANHA Portugal é o país com as fronteiras mais bem definidas da Europa, pois tem essa mesma forma faz muito tempo (séculos) e a Espanha um dos problemas é que tinham muitas monarquias e espaços desgovernados (bagunça total) SÉCULO XV - Tratado de Tordesilhas O Tratado de Tordesilhas foi financiado pela Igreja pois na época ela ainda mandava em tudo e esse tratado foi dividir o mundo em 2 para Portugal e Espanha pois as suas navegações eram as mais fortes e os portugueses foram os primeiros a trazerem escravos pra América mas até o século XVIII era maior do mundo SÉCULO XV - PORTUGAL - Expansão mercantil - Rotas comerciais marítimas - Conquista - defesa - consolidação - Colonização Cidades com intreposto comercial, expansão e rotas marítimas Ceuta (1415); Madeira (1425); Açores (1433); Alcácer Ceguer (1458); Cabo Verde (1462); Arzila e Tânger (1471) Feitorias e Fortificações Argum (1445) São Jorge da Mina (1482) ARGUIM - FORTE Era um forte para impedir invasões, principalmente Espanhola SÃO JORGE DA MINA Outro forte para impedir invasões mas também tinha uma forte ligação e tratado com a Holanda (país sempre foi comercializado, não estava na briga entre Portugal x Espanha na navegação mas era um ponto bem forte pro país na época) "" O Senhor Infante Dom Henrique (rei de Portugal) fez nesta ilha de Arguim um contrato por 10 anos, que niguém pudesse entrar no golfo para traficar com os Árabes (na época ocupavam e eram donos de boa parte das terras da Europa), salvo aqueles que entrassem no contracto com Feitores, que compram e vendem aqueles Árabes que vêm a marinha, dando-lhes diversas mercadorias como panos, tecidos, prata, tapetes e sobetudo trigo, do qual sempre estão famintos e recebem em troca negros, que os ditos alarves trazem da Negraria e o ouro Tiber. De modo que este Senhor Infante faz atualmente trabalhar em uma fortaleza na dita ilha, para conservar este comércio para sempre... Tem também estes árabes muitos cavalos silvestres, com os quais traficam e os conduzem as terras dos negros, que lhes dão em troco escravos e vendem os cavalos por dez ou vinte cabeças de escravos cada um, segundo a sua qualidade. Igualmente compram sedas mouriscas, que se fabricam em Granada e em Tunes.; prata e muitas outras coisas e obtém pelo seu resgate quantidade de negros e alguma soma de ouro. Estes escravos chegam a escala e lugar do Hodem (Uadan) e dai se dividem; indo parte deles aos montes da Barca, donde chegam a Sicília e aguns outros a Tunes... a outra porção é conduzida a este lugar de Arguim e vendida aos portugueses do contrato; de modo que cada ano se trazem para Portugal de 700/800 escravos." IMPÉRIO ESPANHOL SÉCULO XVI-XVIII Comparação entre diferentes estratégias coloniais Visão parcial e desfavorável ao projeto português Não consideração do contexto e condicionantes Culturas urbanas estabelecidas (Incas, Astecas e Maias) Terras com metais preciosos Imposição da nova ordem pela violência (conquistavam território por seu exército violento) Território colonial como extensão do império SÉCULO XVI - PROJETOS COLONIAIS: ESPANHA X PORTUGAL Portugal tinha projetos inferiores a Espanha, não pensavam muito nas pessoas e nem do uso qualificado dos espaços SÉCULO XVI - ESPANHA E A COLONIZAÇÃO Ideias renascentistas (tratado de Vitrúvio) Pensamento de cidade ideal Plano pronto na metrópole com praça principal de onde sairiam as ruas em traçado ortogonal A partir dos quatro pontos médios dos lados, compõe o perímetro da praça e deveriam sair 4 ruas principais e 4 ângulos da figura geométrica deveriam originizar 2 ruas cada Os 4 ângulos deveriam estar direcionados para os pontos cardeais pois as ruas se iniciam na praça e não ficariam expostas aos 4 ventos principais (regra do Tratado) A praça e as ruas principais que se originam nela deveriam ser ladeadas com pórticos e as 8 ruas que desembocam nos 4 ângulos da praça não poderiam ser obstruídas pelos pórticos ALGUMAS DAS CIDADES FAMOSAS CONQUISTADAS PELA ESPANHA E SUAS EXPEDIÇÕES 1496 - Fundação de Santo Domingo 1519 - Conquista do México (Hernán Cortez) / fundação de Havana 1531/1532 - Conquista do Peru (Francisco Pizarro) Fundação de Lima e Chile (Almagro) 1536 - Fundação de Buenos Aires e Assunção 1538 - Fundação de Santa Fé de Bogotá 1540 - Subida do Amazonas (Orellana) 1541 - Fundação de Santiago do Chile 1567 - Fundação de Caracas SÉCULO XVI - ESPANHA - COLONIZAÇÃO E O DESENHO DA CIDADE Leis das Índias de 1573 - Felipe II - A largura da praça deveria ser maior do que sua largura no mínimo uma vez e meia e não deveria ser inferior a 200 pés e o comprimento não poderia ser menor do que 300 pés. O tamanho ideal considerado seria de 400/600 pés CIDADE DO MÉXICO - a partir da praça que se expandia a cidade SANTO DOMINGO HAVANA LIMA Traçado em tabuleiro de xadrez (retículo e podâmica) em plano ortogonal e são cidades litorâneas também SÉCULO XVI - CAPITANIAS HEREDITÁRIAS SÉCULO XVI - PORTUGAL SUA COLONIZAÇÃO E CIDADES Feitorias diferente da Espanha que tinha metais preciosos, Portugal tinha o pau-brasil - Cabo Frio 1504; Santa Cruz 1526; Igarassú e Itamaracá 1516 Sua cidade e exército tinha cárater militar: casa forte + paliçada; comando de um capitão de vigia - Função econômica: entrepostos de trocas Modo de Urbanização: os donatários (das capitanias tinham o direito de fazer todas e quaisquer povoações que se chamarão Vilas que possuiriam termo, jurisdição, liberdade e insígnias de Vilas segundo sua forma e costume do Reino Vilasque eram assim: São Vicente (1532); Porto Seguro (1535); Igaraçú (1536); São Jorge dos Ilhéus (1536); Santa Cruz (1536); Olinda (1537); Santos (1545); Espírito Santo (1551); Nossa Senhora da Vitória (1551); São Paulo de Piratininga (1554-1558); Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém (1561); São Cristovão (1590); Natal (1599); São João Batista da Cananéia (1600) CIDADE X VILAS 23/08/2021 Projeto português era considerado tosco ao do espanhol e os espanhois também tinham poder de terras já urbanizadas (maias, astecas, incas) PORTO DE SÃO VICENTE SÃO VICENTE EM 1631 Cidades: fundadas por ordem direta do Rei de Portugal, sua função estratégica: era defesa e organização da América Lusitana e a função política era um centro jurídico e eclesiástico Potugal tinha 5 cidades e Espanha na mesma época tinha 50 Salvador (1549), São Sebastião do Rio de Janeiro (1565); Paraíba (1585); São Cristóvão (1590) Natal (1599) Salvador tinha cidade baixa e alta e isso vinha de uma organização de Portugal pois a parte baixa era o comércio e a alta são os edifícios religiosos e administrativos (se colocando nos lugares mais altos por questão de defesa) Salvador 1625 Rio de Janeiro teve vários problemas sanitários para urbanizaçãoHaviam essas trincheiras pois o relevo de Salvador é acentuado e tinha muitos ataques holandeses/francesses Em 1530 acabou o ciclo do Pau-Brasil então Portugal teve que fazer outra estratégia para a colônia sobreviver pois não tinha descoberto ainda os metais preciosos... A cana de áçucar que era feito só aqui no Brasil, era uma raridade e foi um grande sucesso e expansão para fora - Defesa do Território (Franceses e Holandeses) - Até 1580 - tinha um sistema de defensório incipiente (atividades lucrativas) LUIS DIAS - 1580-1640 tinha os arquitetos sob o comando Espanhol -Século XVII teve o abandonamento a tradição medieval (altas muralhas + torres de defesa) e fortificações baixas e paredes de grande espessura ETAPAS 1580 a 1640 - Tinha diretrizes espanholas Pois o rei de Portugal se lançou nas Cruzadas e morreu, o antecessor mais próximo era espanhol e por isso teve a União Ibérica (Portugal - Espanha) 1630 a 1654 - Teve ocupação Holandesa no Nordeste Fim do século XVII até o fim do século XVIII - Defesa da Bacia Amazônica Século XVIII - Defesa do Sul ARQUITETURA MILITAR 1540-1650 Defesa de Santo Amaro - Santos Tinha alvenaria de pedra assentada com calcário (pedras caracteristicas do litoral e o cal) com paredes bem grossas e parede de forte inclinada para rebater os projeteis lançados Fortaleza de Santa Cruz de Itamaracá, projeto holândes em 1631 e era chamado de Forte Orange, foi tomado pelos portugueses em 1954 quando foi batizado com o nome atual Forte dos Reis Magos - Natal Fortaleza de São José do Macapá - AP Tem estrela de 5 pontas e baloartres para mais proteção Organização rigidamente disciplinada Estrutura militar (ordem de cavalaria) Absoluta abnegação e a obediência ao Papa e aos superiores hierárquicos Ad maiorem Dei gloriam "Para a maior glória de Deus" ARQUITETURA E URBANISMO DOS JESUÍTAS Europa - Renascimento, expansão mercantil, navegações-descobrimentos e contrarreforma Em 1543 foi feito a Companhia de Jesus que tinha: ETAPA 4 - DEFESA DO SUL - 1454 concedida a obrigação a Ordem de Cristo (sede Tomar de estabelecer o direito espiritual sobre todas as terras descobertas, transferindo o direito aos monarcas portugueses e as terras por eles descobertas - Ampliação dos limites e domínios da cristandade - Governo Geral (1549): D. João III - Ordem de Cristo em clausura ALDEAMENTOS - Primeiro método de organização civil indígena no Brasil colônia (Regimento de Tomé de Souza - 17 de dezembro de 1548) - Dois grupos, os de El-Rei e os da Companhia de Jesus (administrados pelos Jesuítas) - Aldeamento e a cataquede-ruptura das culturas indígenas e conformação a sociedade cristã - Aldeamentos se estruturavam como vilas: com a igreja e a moradia dos padres ao centro - Aldeamentos instalados próximos as vilas se tornaram celeiros de mão de obra, reunindo indígenas de localidades distantes A terra era dividida em lotes, usados para a criação de gado, fabricação de tecidos e o plantio de mate, utilizados para negociar com os colonos por ferramentas e alimentos que não podiam ser produzidos no local Aldeia de Carapicuíba - O colégio e as oficinas para fabricação de instrumentos básicos utilizados pelos índios também constituíam elementos fundamentais na inserção dos índios na sociedade portuguesa por meio do ensino de ofícios - "O armazém, onde a produção era armazenada e mantida para seu sustento e as casas dos índios e moças eram compostos por" longos edifícios de pau-a-pique ou adobe, abertos para uma varanda coberto (MENDONÇA, 2009) Salvador no final do século XVI possuía duas praças principais, uma administrativa onde se encontravam o Palácio dos Governadores, a cada de Câmara e Cadeia e o pelourinho, e a segunda com cárater religioso, em frente ao Colégio dos Jesuítas, inicialmente implantada fora da cidade de Salvador, tomou-se um dos principais polos de crescimento da cidade Pateo do Colégio Planta do século XVIII da parte norte de Salvador O Pateo do Colégio foi a primeira penetração saindo do litoral pro interior, passando pela barreira da Serra do Mar e ele não é o mesmo lugar e nem a mesma construição original, ela foi destruída e como se tornou um marco pra sociedade foi reconstruída ARQUITETURA JESUÍTA - 1° PERÍODO - "Arquitetura jesuíta = pré-barroca (maneirismo) - Primeiras construções: provisórias Cobertura vegetal (ou telha); estrutura de madeira; pau-a-pique (taipa de mão); Quase sempre assobradadas; Construções de cárater definitivo (ainda no 1° século); taipa de pilão (interior) ou pedra e cal (litoral) A Taipa de pilão foi conhecido pois não achavam material para começar as construções no interior, não tinha a pedra e o cal como no litoral Igrejas: "casa de múltiplos usos" - Regimento de 1548 de Tomé de Souza - Traço quadrado, linear e retilíneo, em quadra com pátio central - Porgrama: três partes - Culto: A igreja com o coro e a sacristia - Trabalho: aulas e oficinas - Resid~encia: "cubículos", enfermaria e dependências de serviço, além da "cerca" com horta e pomar Alguém - Acho que é Francisco de Assis - Pedreiro, carpinteiro, mestre de obras, arquiteto e navegador - Entrou para a Companhia em 1562 - Trabalhou com Pilippo Terzi na edificação da Igreja de São Roque em Lisboa Chegou ao Brasil em 1577 - Projetou os colégios da Bahia (1583); Pernambuco (1584-97); Rio de Janeiro (1585- 88) e Santos (1585-1600) - Responsável pela transição da arquitetura de pau a pique e palha para o estilo característico jesuíta no Brasil: colégios em quadra com pátio central feitos de alvenaria de pedras e ou barro, característicos dos finais do século XVI e todo o século XVII Desenvolveu na Europa entre 1515-1600 Transição Renascimento- Barroco Flexibilização dos princípios clássicos do Renascimento Valorização da originalidade e das interpretações individuais Complexidade das formas Heterogeneidade Andrea Palladio, Giulio Romano, Antonio da Sangallo, Giacomo della Porta e Jacopo Vignola Ilusões de perspectiva, alteração nos ritmos estruturais, flexibilização nas proporções da volumetria MANEIRISMO 30/08/2021 O CICLO DO AÇÚCAR: ENGENHOS DO SÉCULO Pau-Brasil durou 30 anos até ser todo explorado e acabar. Depois disso iniciou o ciclo da cana de açúcar causando um boom e com muito plantio os empresários estrangeiros começaram a investir nisso também Por causa desse boom os escravos começaram a vir pro Brasil e começou a miscigenação da população - Esgotamento do ciclo do pau-brasil - Expansão das capitanias hereditárias - Viabilidade econômica - plantação cana de açúcar - Processo de fundação de vilas e cidades é acelerado - Instalação do Governo Geral em Salvador em 1549 - Principais pólos produtivos: Zona da Mata Nordestina. Recôncavo Baiano (mais tarde) Maranhão, Rio de Janeiro e SP Em meados do século XVI existiam no Brasil: Itamaracá - um engenho e dois em construção Pernambuco - 23 engenhos (3 ou 4 em construção) Bahia de Todos os Santos - 18 engenhos Ilhéus - 8 engenhos Porto Seguro - 5 engenhos Espiríto Santo - um engenho São Vicente - 4 engenhos Portanto com esses números fica claro que o Nordeste tinha uma importãncia muito grande na época e tinha a maior urbanização e economia, o Sudeste foi ficando esquecido. Esses engenhos se tornam maiores que as vilas e com maior movimento, virou um tipo de sociedade - Porte médio (produção entre 3 e 10 mil arrobas) - Capital privado de origem portuguesa - Investidores (flamencos) que se associavam aos donatários das capitanias Os escravos foram trazidos pq escravizar os nativos seria muita guerra e trabalhoso, gastando dinheiro de Portugal e os jesuítas também protegiam os nativos por causa da "domesticação" e teria conflito interno Os portugueses também foram os primeiros que começaram a escravizar e tinha uma economia nisso também pois compravam na África por um preço e vendia no Brasil por outro preço, movimentando ainda mais e dando mais dinheiro pros portugueses do cacete O senhor do engenheiro que mandava no engenho todinho, todas as decisões eram tomadaspor ele e não por donatários ou pela coroa -Pau-a-pique (taipa de sebe, taipa de mão, barro armado ou taipa de sopapo) - Utilizando nos edifícios da casa grande, capela, fábrica, casas de moradores e demais oficinas - Capelas: tratamento mais apurado que as casas grandes - Fábricas: requinte construtivo, muitas edificadas em arcaria de pedra ou tijolo Não era só utilizado no Brasil e sim na Europa inteira, mas não é bom por conta do nosso clima tropical e isso precisava de uma argamassa a mais de tempos em tempos que era feito por suco de caju e bosta de cavalo - Construção da fábrica em um único pavilhão com o uso de tesouras de madeiras ligadas por terças - As diferentes etapas da manufatura eram separadas por meias paredes - Sistema construtivo empregado nas fábricas: alvenaria mista - pedra e tijolo - A descoberta de ouro agrava a crise açucareira no nordeste - Surgem áreas de agricultura e pecuária ao longo dos caminhos utilizados pelo ciclo do ouro para atender ao mercado interno emergente - Mudança da capital para o Rio de Janeiro em 1763, amplia a demanda interna que somada as necessidades crescentes do mercado europeu, volta a dinamizar o setor açucareiro - O programa arquitetônico ficou mais complexo: uso da pedra e cal e maior elaboração das técnicas construtivas - Os engenhos ficam abandonados e o caminho do ouro cresce MAIORES CENTROS URBANOS NO SÉCULO XVII - Cidade de Salvador População de uns 8 mil habitantes brancos, alguns milhares de negros e índios. Cerca de 2 mil casas e 12 grandes Igrejas - Grande o número de negociantes (portugueses na maioria), a gente rica da cidade "Sobretudo as damas faziam garbo de passear em palanquins (carroça que os escravos eram quem levava) EVOLUÇÃO URBANA - 37 Vilas foram criadas durante o século XVII (total das vilas brasileiras - 51) - Proliferação de vilas ao longo do litoral em 2 trechos: entre a cidade da Paraíba e a Vila de Ilhéus e da Vila de Vitória ao extremo norte do atual litoral Catarinense - Os 2 importantes centros econômicos do quinhentismo - Olinda e São Vicente - continuavam a exercer a sua hegemonia - Duas áreas de maior concentração urbana: A região baiano-pernambucaca (economia açucareira) e Região Paulista - Fluminense, Vila de São Paulo e cidade do Rio de Janeiro (criação de gaso e engenhos de açúcar, no trecho fluminense e o preamento (caça) de índios no trecho paulista O preamento de índios aqui aconetec por conta da mão de obra e pq os jesuítas não estavam ali - Maior concentração urbana registrava-se em terras atualmente paulistas: 17 vilas (33% do total) ...Ostentando o luxo que ainda refletia o tempo dourado dos grandes dias do açúcar e que então era mantido pelos lucros do contrabando do ouro recebido das minas em troca de gado, mantimentos e negros que se remetiam clandestinamente" - As cidades do RJ e Olinda, a Vila de SP (já então transformada na "capital" do bandeirismo - As cidades de Belém e São Luís (que em períodos diferentes foram a sede do governo do Estado de Maranhão que administrativemente independente do Estado do BR - O Recife, beneficiário da ocupação Holandesa, a cidade "Maurícia" dos Flamengos VILAS E CIDADES NO SÉCULO XVIII - A urbanização alcança o interior, consequência da expansão povoadora e da conquista de larga porção do planalto brasileiro e da própria Amazônia - Penetração do bandeirismo, o povoamento da Chapada Diamantina e do Vale médio do Rio São Francisco - Expansão pastoril no sertão do Nordeste. A obra dos missionários na Amazônia e a influência do chamada "Ciclo do Muar" (animais de carga) e da conquista de cárater militar no extremo Sul - No planalto brasileira, as vilas "bocas de sertão" (limite entre áreas cultivadas e áreas que não são habitadas por europeus com caça de índio e atividades rurais) e em terras mineiras e baianas, em terras de Goiás e Mato Grosso - As áreas de mais intensa urbanização: A região baiano-nordestina, estendendo-se desde a Foz do Rio Doce até a ilha de São Francisco, com maior penetração na área aureo-diamantífera de Minas Gerais e no planalto Paulista-Paranaense As demais áreas de urbanização apareciam como se fossem "ilhas" tanto na Orla marítima como no planalto brasileiro e na planície Amazônica- São Paulo em 1711 que passara a ter a capitania em virtude da expansão bandeirante (o domínio de quase um terço do atual território brasileiro) - Mariana em 1745 em plena área da mineração, 3 décadas antes transformada de simples arraial na "Vila Leal de Nossa Senhora do Carmo" pelo fato de haver sido escolhida como sede de um Bispado (Vila Rica era maior e mais importante) - Oieiras em 1761, Sede do grande latifúndio pastoril que os jesuítas haviam recebido por herança, mas que a dissolução da companhia de Jesus passou para o domínio da coroa, no momento sob a influência do Conde de Oeiras, futuro Marques de Pombal - O século XVIII termina com a presença de somente 10 cidades em toda a extensão do território brasileiro CIDADE DE MARIANA CIDADE DE OEIRAS TÉCNICA CONSTRUTIVA - PAU A PIQUE No Sul a técnica construtiva era com madeira por conta da imigração europeia mais forte que teve lá Na construção com pau a pique ou taipa de plião tem um beiral para que evite a chuva bater Aberturas não recebem vidro por ser muito caro TÉCNICA CONSTRUTIVA - PAU A PIQUE 13/09/2021 CASAS BANDEIRISTAS E CAPELAS RURAIS PAULISTAS (ATÉ O SÉCULO XVIII) O estudo pioneiro de Sala sobre "O alpendre nas capelas brasileiras" publicado em 1939, tem sido a referência básica para aqueles que posteriormente escreveram sobre o tema. Além de apreciar os aspectos técnicos e estruturais desse tipo de espaço sagrado, ele indicou sua orgiem remota nos alpendres das primeiras basílicas cristãs da Europa, e considerou que tal elemento arquitetônico evoluiu e apresentou variações na península ibérica antes que ocorresse o translado para o Brasil, durante a colonização FORMAÇÃO DE CIDADES E ARQUITETURA DO CICLO DO OUTRO 1690-1750 Decadência da produção de açúcar Descoberta de ouro na região de Minas Gerais Necessidade de controle de produção e esportação pela coroa portuguesa; instalação do poder 9civil e eclesiástico) nos sertões de Minas Deslocamento do centro econômico do Nordeste para o Sudeste (Minas - RJ) Implantação de vilas e cidades em pontos estratégicos do território (os caminhos do ouro) "Urbanização relativa" nos ciclos anteriores a concentração da população nos centros urbanos era menos significativa Ao final do século XVII a descoberta de ouro na região das minas provocou a criação das capitanias do RJ, SP e MG 1709 os paulistas foram expulsos do território minerador (guerra dos emboabas) Intervenção mais efetiva da Coroa na região de MG: início da interiorização do desenvolvimento colonial A necessidade crescente de abastecimento na região das minas pelo aumento da população: expansão da ocupação do território, criação de gado e rebanho diversos Os paulistas que descobriram o ouro e com isso foram expulsos pela coroa portuguesa, como eles não podiam ter acesso ao ouro ficaram com todo processo da produção do ouro para que ainda precisassem deles Como foram os paulistas que fizeram a descoberta do ouro, acabaram fazendo várias vias de acesso em SP-MG-RJ SÉCULO XVII - XVIII - PROCESSO DE INTERIORIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO A Quinta do Sumidouro é um imóvel rural fundado durante a bandeira de Fernão Dias em 1674. O imóvel se localiza no município de Pedro Leopoldo, MG. Serviu de residência temporária a Fernão Dias e seu genro Borba Gato, fornecendo mantimentos e víveres para os sertanistas das expedições em busca de minerais preciosos. Fernão Dias escolheu nos arredores um sítio de terras mais férteis para o plantio extensivo, onde construiu sua residência, ficando o local conhecido como "Quinta do Sumidouro" Essa casa tem telhado de 2 águas, arco em cruz e não é de taipa (que é o meio construtivo dos bandeirantes) e sim de pau-a-pique SÉCULO XVII - XVIII - PROCESSO DE INTERIORIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO Localizada no Parque Estadualdo Itacolomi Construída entre 1706 e 1708 por Domingos da Silva Bueno para executar cobrança do quinto do ouro e vigilância do acesso às Minas e ao sertão dos cataguases Supõe-se que a casa sede tenha sido o primeiro edifício público de MG "...A instituição de vilas com vastos termos (territórios municipais) era o meio utilizado pela coroa para fazer com que o braço da justiça e do fisco chegasse até os arraias mais longínquos .... Ao criar-se uma nova municipalidade, a ereção do pelourinho era um dos rituais obrigatórios. Postada geralmente diante da casa de Câmara, esta coluna era um dos principais emblemas das vilas: ela materializada a justiça administrada pelos oficiais da municipalidade "... Situadas estrategicamente, tais vilas poderiam desempenhar outros papéis; centros de coleta do quinto, alfândega, praças de armas e presídios (postos militares avançados) "... Para facilitar e controlar o recebimentos dos quintos, também seria desejável que as principais zonas que compunham a região mineradora de Ouro Preto, Rio das Rio das Mortes e Rio das Velhas adquirissem o estatuto de Comarcas, cada uma delas tendo uma vila por sede, na qual residiria um ouvidor e cooregedor com atribuições judiciárias e fiscais. Estas 3 vilas deveriam se situar na extremidade dos principais caminhos que ligavam as Minas à Bahia, SP e RJ SÉCULO XVII - XVIII - PROCESSO DE INTERIORIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO Com a descoberta do ouro na região de MG, a dinãmica de Paraty ganhou impulso Em 1702, o governador da capitania do RJ determinou que as mercadorias somente poderiam ingressar na colônia pela cidade do RJ e daí tomar o rumo de Paraty, de onde seguiriam para MG pela antiga trilha indígenaa, agora pavimentada com pedras irregulares que passou a ser conhecida como Caminho do Ouro A proibição do transporte de ouro pela estrada de Paraty, a partir de 1710 e a abertura do chamado caminho novo, ligando diretamente RJ a MG provocou estagnação econômica da vila A retomada da atividade econômica se deu pela reativação dos engenhos de açúcar e alambiques Paraty se torna o maior porto da época e era muito saqueada por piratas e por causa do Ciclo do Ouro teve um despovoamento do interior das capitanias e também de Portugal, mais de 600 mil portugueses vieram pra cá ARQUITETURA E BARROCO BRASILEIRO Os imigrantes que tinham povoado a região nas primeiras décadas do século XVIII eram aventureiros rudes, sem instrução Por volta de 1760, uma segunda geração - constituída pelos filhos dos pioneiros e nascida em MG - já alcançara a idade adulta e alguns desses filhos de mineradores mais bem-sucedidos foram educados em Portugal (Universidade de Coimbra) e voltam formando a nova elite intelectual brasileira A formação acadêmica, gostos artísticos e aspirações políticas resultaram numa produção artística e arquitetônica significativas É na arquitetura religiosa que a influência dessa geração se faz sentir de forma mais evidente com a criação de um estilo original: o Barroco Mineiro Por volta de 1760, os principais centros auríferos de MG já tinham se transformado em cidades de tamanho considerável, cada uma com sua imponente Igreja matriz em estilo jesuítico Começaram então, a ser introduzidas novas formas derivadas do barroco e conceitos decorativos rococós, vindo da Europa, dando origem a um estilo arquitetônico original Pela primeira vez o Brasil superou a mera imitação de modelos europeus copiados de modo tosco e provinciano As expressões mais admiráveis desse estilo mineiro, tanto na arquitetura como na escultura, são atribuídas tradicionalmente a Antônio Francisco Lisboa (1738- 1814), O Aleijadinho, Mulato nascido em Ouro Preto CONTEXTO SOCIAL - SÉCULO XVIII 20/09/2021 ARQUITETURA BARROCA - MINAS GERAIS Catederal de Mariana A Sé de Mariana, Igreja de Nossa Senhora de Assunção - primitivamente da Conceição - tem características externas semelhantes as da Matriz de Sabará, mas a fachada aparenta maior solidez, pois seus elementos estruturais - esteios e vigas - que eram de madeira, foram substituídos por elementos de cantaria. As paredes são de alvenaria de pedra. Somente as torres sineiras conservam a feição original e as coberturas de telhas Aleijadinho - Igreja de São Francisco de Assis O projeto é a obra do Aleijadinho e dele são igualmente os dois extraordinários púlpitos com baixos-relevos de pedra-sabão, que se inserem nas aduelas de arco-cruzeiro e o retábulo e a decoração do barreta do teto da cepça-mor IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSSÁRIO DOS HOMENS PRETOS - OURO PRETO O NEOCLÁSSICO DA MISSÃO FRANCESA NO RIO DE JANEIRO - Iluminismo - A razão como princípio de autoridade e de legitimidade - Liberdade, progresso, tolerância, fraternidade - 1760-1830 - Revolução Industrial - 1789 - Revolução Francesa Constitucional: separação Igreja - Estado: declaração dos direitos do homem - Liberalismo econômico: Hegemonia da burguesia - produção em massa - Crescimento das cidades - aglomeração urbana O século XVIII foi marcado pelas revoluções pq isso marcou tudo e mudou todo o mundo e por causa da Revolução Francesa que estava tentando invadir Portugal, a família real correu pro Brasil - Absolutismo - barroco - Neoclassicismo: reação contra o simbolismo do barroco e os exageros do Rococó - busca de uma ordem fundamentada nos princípios da razão, verdade, beleza, ordem, clareza - Guerras napoleônicas: redescoberta da arquitetura antiga - Desenvolvimento da arqueologia: Pompeia e Herculano - Joachim Winckelmann (1717-1768), "História da arte antiga", fundador teórico do Neoclassicismo - O espírito Iluminista aplicado ao repertório da tradição clássica e renascentista: Correspondência entre a racionalidade construtiva e os modelos da arquitetura antiga, grega e romana Características-base: - Campo técnico-formal - virtuosismo e beleza idealizada dos Antigos (aprendizagem nas academias) - Campo conceptual e temático - conteúdos eruditos: O belo confunde-se com o útil A estética aproxima-se da Ética REVOLUÇÃO CIENTÍFICA E PROJETO DE ARQUITETURA - Catalogação = tipologia - Decomposição = metodologia Lineu (biologia): classe - ordem - gênero - espécie Lavoisier (químida): regras de combinação de elementos Arquitetura: gênero - religiosa, civil, militar, pública, privada Referência arquitetura Rimana = tipo Tipo = porgrama (forma-função) Mercados, teatros; bibliotecas; hospitais e prisões DURAND - ESCOLA POLITÉCNICA DE PARIS - Leçons d'Architecture (1802-1805) - Tipologia é insuficiente: abordagem metodológica - Método científico aplicado a arquitetura - Composição arquitetônica metodológica A LINGUAGEM NEOCLÁSSICA: - Marcação de um pórtico com frontão e colunas no eixo da fachada principal - Geralmente este elemento projeta-se com maior ou menor intensidade, do resto da edificação - Colunas colossais ou colunas assentadas, acima do pavimento térreo. sobre o embasamento em arcada - Segmentos (ou mesmo a totalidade) do persistilo do templo greco-latino - Emprego de cúpula coroando a composição (panteão romano ou modelos renascentistas) - Linguagem clássica: pórticos colunados, frontões e tímpanos decorados e obediência formal as ordens clássicas Objetivos: Robustez, nobreza, sobriedade, monumentalidade TIPOLOGIAS DE EDIFÍCIOS - Inspiração clássica, com basse na basílica romana ou paleocristã, no Panteão e no templo grego - Novas tipologias, para fazer face as novas necessidades da vida social, política e cultural, sobretudo em espaços urbanos (hospitais, museus, bibliotecas, escolas, cafés, salas de teatro, bancos e etc) PORTUGAL SÉCULO XVIII - MARQUÊS DE POMBAL - Secretariado de Estado (1750-1777) - Representante do pensamento iluminista (despotismo esclarecido- monarquia absolutista + racionalismo iluminista) - Reconstrução - renovação urbana (1755- Terremoto/Tsunami) destrói Lisboa - Reformas administrativas, econômicas e sociais Acabou com a escravatura em Portugal Continental (1761) e com a discrimanação dos cristãos-novos Criou a real mesa censória (1768) que transfereo Estado a fiscalização das obras - que até então estava a cargo do tribunal do Santo Ofício - Expulsão dos Jesuítas de Portugal e das suas colònias VINDA DA FAMÍLIA REAL - Methuen (1703) - portugueses se comprometiam a consumir os têxteis britânicos e em contrapartida, os britânicos, os vinhos de Portugal - Bloqueio continental napoleônico atinge produtos britânicos (1804) e existe a necessidade de abertura de novos mercados - 1808 - fuga da corte portuguesa para o Brasil (10 mil pessoas), sob escolta inglesa - 1710 - tratados de aliança e amizade: os ingleses pagariam somente 15% de imposto sobre as mercadorias chegadas aos portos do Brasil, enquanto que os portugueses pagariam 16% e outras nações 24% - Qualquer inglês incriminado no Brasil só poderia ser julgado na presença de uma autoridade britânica e tendo como base as leis da Inglaterra O NEOCLÁSSICO NO BRASIL - A MISSÃO FRANCESA -1816: Contratação da missão cultural francesa, chefiada por Lebreton reunia diversos artistas de renome da Europa; Nicolas Antoine Taunay (pintor paisagista); Jean Baptiste Debret (pintor) e etc - Grandjean de Montigny (arquiteto) com implantação neoclássica no Brasil: professor da academia imperial de Belas Artes - Arquitetura oficial adota o novo programa (primeiro em regime de urgência, com adaptações) - Arquitetura civil continua dentro da estética colonial - O escravo continuava a ser fundamental para a construção e funcionamento feral da vida da sociedade brasileira No Brasil: - Clareza construtiva - Simplicidade formal com cornija e platibandas como recurso formal - Paredes, de pedra ou tijolo, revestidas e pintadas de cores suaves (branco, rosa, amarelo e azul-pastel) As características do neoclassicismo estiveram presentes no Brasil por todo o século XIX Depois da independência, a arquitetura da época firmou-se em 2 versões: o neoclássico oficial, da côrte, em sua maioria feito de importações e a versão proviciana, simplificada, feita por escravos, preocupada com detalhes SÉCULO XIX - ARQUITETURA RESIDENCIAL - As residências apresentam as mesmas soluções de implantação dos tempos coloniais: sobre o alinhamento das ruas e sobre os limites laterais dos lotes - A parte da frente das residências distinava-se aos salões e a área social da casa, para dentro ficam as alcovas, quartos e sala de jantar, aos fundos os serviços - Os porões que aparecem sob o térreo, marcado pela fileira de óculos alinhados sob as janelas dos salões, são utilizados ora como locais de serviço, ora como depósito de lenha, liberando o térreo para utilização com cômodos de permanência diurna O NEOCLÁSSICO NAS PROVÍNCIAS Os edifícios das províncias constituíam cópias imperfeitas da arquitetura dos centros maiores do litoral Os elementos neoclássicos limitavam-se quase sempre aos enfeites de gesso e aos papeis decorativos importados, aplicados sobre paredes de terra, socadas por escravos As soluções neoclássicas eram empregadas apenas artificialmente, para atender de modo mais eficiente as condições locis As residências urbanas das províncias constituíam cópias imperfeitas da arquitetura dos grandes centros do litoral. Reunidos junto a corte ou nos centros urbanos de maior influência regional, por seus interesses ou participação na administração pública, os grandes proprietários rurais levavam ao regressar as suas terras, as sementes de uma experiência arquitetônica que procuravam reproduzir em suas moradias urbanas e rurais. A adoção desses padrões representava mesmo a participação no poder central, do qual emanavam como arquitetura oficial. SÉCULO XVIII - AMAZÔNIA - ANTONIO JOSÉ LANDI - Tratado de Madri de 1750: necessidade de demarcação do território colonial frequentemente ameaçado pela Espanha, França, Inglaterra e Holanda - Preocupado em fortalecer o estado absolutista, restaurar a combalida economia portuguesa, o Marquês de Pombal estreita os laços entre a metrópole e a colônia, promovendo a ocupação do território por uma efetiva rede urbana cuja administração está diretamente submetida a coroa - É nesse contexto que a Amazônia, região inexplorada física e economicamente, ganha especial atenção do primeiro-ministro e a atuação do arquiteto Bolonhês Antonio José Landi conhece seu significado mais profundo 27/09/2021 SÉCULO XIX - CRONOLOGIA 1808 - Chegada da Coroa Portuguesa (RJ) 1822 - Independ^rncia 1826 - Inauguração da Real Academia de Belas Artes 1830-1940 - Café no Vale do Paraíba (Brasil maior produtor) 1854 - Ferrovia 1888 - Abolição 1889 - Repúblcia SÉCULO XVIII - XIX -Consolidação dos caminhos do ouro como frente de povoamento do interior a partir de São Paulo - O declínio do ouro direcionava o capital existente as atividades agro-pastoris: lavoura canavieira e gado - Produção açucareira do Vale do Paraíba e região de Campinas e Itu visando o mercado local (ao contrário da produção do RJ e Nordeste) - No caminho de Goiás: Ocupação "mineira" com a produção de gado, açúcar (mão de obra africana) - Introdução do Café no Vale do Paraíba (paralelamente a lavoura canavieira e culturas de subsistência) - Arquitetura residencial; terraplenos artificiais, taipa de pilão e planta retangular com faixa fronteira CASA DE CAFÉ SÉCULO XIX - CAFÉ - Primeira metade do século XIX: Lucros da cafeicultura cada vez mais vantajosos (falta de concorrência) - A consolidação da cafeicultura dependia de melhoria nas estradas para agilizar e baratear o seu escoamento - Governo de Dom João: Novo caminho (estrada da Polícia) ligando o RJ a capitania de MG (largura suficiente para circulação de tropas e carros de bois) - Capital particular financia outros ramais (alguns pavimentados) para permitir o transporte do café e acesso mais cômodo dos fazendeiros e família - A importância dos tropeiros: Organização das feiras de Sorocaba (cavalos do sul do Brasil e fronteiras) e consolidação dos caminhos antes do estabelecimento da rede ferroviária A FAZENDA DE CAFÉ - PROGRAMA - Engenho de açúcar e aguardente e os que beneficavam outros cereais: moinhos de fubá, de farinha de mandioca e arroz - Depósitos de ferramentas e utensílios - Oficinas, principalmente de carpintaria e forjaria - Enfermaria para os escravos com farmácia e consultório - Demais moradias; casas para o pessoal da "administração", feitores, capelão e boticário (quando permanentes) - Paióis para os cereais (ventilados e alteados do chão para fugir ao ataque dos roedores) - Olaria para a confecção de telhas e adobes: - Ranchos para os animais de tropa e carros da fazenda, de passeio da família ou de trabalho - Baias para os animais de montaria: pocilgas, galinheiros, currais - Áreas de trabalho não cobertas como os pomares e as hortas O café normalmente era plantado em espaços de aclive/declive e como o sistema era bem parecido, era produzido também o açúcar e com o açúcar temos a cachaça, tudo era interligado Tropeira era o homem que fazia o transporte, além de ser um trabalhador das famílias burguesas ele também fazia o que as mulheres precisavam na cidade SÉCULO XIX - CAFÉ + FERROVIA - Incentivos: Lei de 1852 dava garantia aos investidores em companhias de estrada de ferro - Companhia de estrada de ferro Dom Pedro II (1855) que partia da cidade do RJ se dividindo em 2 ramais: um se dirigindo a porto novo de Cunha (Além de Paraíba-MG) na divida do RJ com MG e outro a cachoeira (província de SP) - As estradas de ferro proliferam através dos incentivos da lei: São Paulo Railway Company (1867), Companhia áulista de estrada de ferro (1868); Companhia Ituana (1870). Companhia Sorocabana (1870) e Companhia Mogiana (1872). A maioria criada para transportar café - Na década de 1870 a ferrovia Dom Pedro II (futura estrada de ferro central do Brasil) cortaria o Vale do Paraíba unindo o RJ a capital paulista - O transporte entre as fazendas e as estações, ou mesmo entre as vilas fora das rotas ferroviárias continuaria a ser feita pelos tropeiros - A riqueza gerada pela economia cafeeira se refletia em todos os setores - O porto do RJ(maior exportador de café) tornava-se um dos mais movimentados do Hemisfério Sul: 1822 - 351 embarcações 1837 - 693 embarcações SÉCULO XIX - ESTAÇÃO DA LUZ (SÃO PAULO) - 1856: O Barão de Mauá recebeu a concessão do Império para exploração da ligação por trem entre Santos e Jundiaí (escoamento da produção cafeeira) - Mauá decide pela construção em 1860 - O novo edifício, projetado pelo arquiteto inglês Charles Henry Driver, foi inaugurado em 1901: estrutura metálica importada da Escócia, a madeira pinho de riga da Irlanda, telhas cerâmicas da França e até mesmo pregos e tijolos foram importados. Esse investimento foi feito pela São Paulo Railway Company (1867) que construiu a estação no mesmo lugar da anterior SÉCULO XIX - XX REFORMAS URBANAS - O Brasil se urbanizava de maneira e intensidade diferente em cada cidade e região - As reformas urbanas, realizadas lançaram as bases de um urbanismo que pouco tinha de moderno - Tímidas obras de saneamento básico (higienismo) - Embelezamento paisagístico das áreas centrais - Implantaram-se as bases de um mercado mobiliário (população carente empurrada para encostas, várzeas e periferias dos principais centros urbanos) - Rio de Janeiro: 500 mil habitantes - Habitação = mercadoria - Precarização das condições de habitação - Desordenada ocupação central: Ruas estreitas, mal arejadas, epidemias populares de moradia como a principal responsável pelo problema - Sanear, arejar, ventilar, iluminar (higienismo) - Estrutura velha cidade colonial x novas formas (funções) urbanas - Impõe se a necessidade de grandes reformas urbanas inspiradas nos modelos europeus (Paris 1853-1870 Hausmann) - "O Rio civiliza-se" (expressão mais corrente após a conclusão da Avenida Central) - Obras iniciadas em 1904, inauguração em 15 de novembro de 1905 - 33 m de largura e 1800 de comprimento "Pereira Passos, baseando-se em estudos anteriores, propôs uma grande intervenção no RJ cujo núcleo era a construção de um moderno centro urbano. Para isso, a cidade deveria se submeter a várias coisas" "A urbanização desigual e incompleta, o crescimento populacional, o agravamento da pobreza transformaram a cidade num foco assustador de doenças e epidemias que matavam pessoas de todas as classes sociais e em consonância com os ideiais da República, uma outra cidade com feitio moderno, precisava ser "erigida sobre os escombros da cidade pocilga" - São Paulo 1874: 23 mil habitantes, 1900 240 mil e 1920: 580 mil - Transição da cidade de taipa para a cidade da alvenaria em 50 anos - Reformas na área central + loteamentos (classe média) e periferias (classe popular) - Capital estrangeiro na implantação de infraestrutura e serviços (abastecimento, eletricidade, gás, iluminação e transporte urbano) - Viaduto do Chá 1892 SÉCULO XIX - SEGUNDA METADE - Transformação sócio-econômicas e tecnológicas: mudanças no modo de construir e habitar - Modernização dos transportes (linhas férreas e linhas de navegação), e industrialização - Contato estreito com a Europa - Novos tipos de mercadorias (como máquinas, materiais de construção e etc - Novas técnicas e recursos construtivos - Decadência do trabalho escravo e o início da imigração europeia - Trabalho remunerado - Água e esgoto nas cidades e residências (equioamentos importados) - Novos modelos de implantação: afastamento lateral e jardins - O recuo era feito comumente de um lado só e o edifício permancia sobre os limites do alinhamento da via pública - Amplas possibilidades de arejamento e iluminação - Portão alto garantiam uma altura discreta da rua, protegendo a intimidade ROMANTISMO - Valorização do sentimento; a beleza revelada apenas pela emoção e pela sensibilidade de cada um - Rejeição aos princípios da ordem, da proporção, simetria harmonia que caraterizaram a arquitetura neoclássica - Irregularidade espacial e voulmétrica dos edifícios, o sentido orgânico das formas, os efeitos de luz, o movimento dos planos, o pitoresco da decoração, características que estimulassem a imaginação e os sentidos REVIVALISMO - HISTORICISMO - Movimento artístico que reproduz técnicas e cânones estéticos do passado (historicismo) - Reação as diretrizes rígidas do neoclássico - Interesse pela História direcionada ao nacionalismo político e a valorização das tradições e identidades culturais - Reação as desilusões em relação ao progresso prometido pelo liberalismo e pela industrialização: o desejo de fuga ao presente. ECLETISMO - Primeira metade do século XIX - Por volta de 1840, na França, em reação a hegemonia do estilo greco-romano os arquitetos começam a propor a retomada de outros modelos históricos como o gótico e o românico - Cesar Denis Daly (1811-1893): "O uso livre do passado" (A habilidade de combinar as características superiores de estulos em construções que satisfaçam as demandas da época) - Na segunda metade do século XIX, o ecletismo tem forte presença na Europa, o estilo segundo império (França) é caracterizado pela realização de importantes edifícios ecléticos - Teatro Ópera de Paris, projetado por Charles Garnier (1825-1898) "As condições de desenvolvimento das correntes ecléticas no Brasil são peculiares. A revolução industrial em andamento na Europa apenas repercutia - e de modo indireto - sobre a economia do País. A adoção de elementos construtivos produzidos industrialmente e de padrões formais capazes de assimila-lps, fentro das soluções tradicionais, significava nessas condições ao mesmo tempo um avanço de tecnologia e o reforço de laços de tipo colonial NEOCOLONIAL - O interesse renovado pelo estilo colonial nas primeiras décadas do século XX pode ser observado não apenas no Brasil, mas em diversos países da América Latina, de modo geral associado as comemorações dos movimentos de Independência Nacional. - No México, Peru, Colômbia, Venezuela e países da América Central a retomada - utópica e nostálgica - de motivos decorativos, elementos ornamentais e estilos da tradição e cultura dos povos autóctones (incas, maias, astecas), numa tentativa de substituir o vocabulário eclético importado da Europa no século XIX - Marianno Filho (presidente da sociedade brasileira de Belas Artes) patrocina viagens de arquitetos as cidades mineiras - Sua influência no governo faz com que o neocolonial se torne pauta obrigatória nos concursos e construções oficiais (projetos dos pavilhões do Brasil na exposição da Filadélfia, 1925 e na exposição de Sevilha 1928) - Lucio Costa adere ao neocolonial ainda estudante entre 1921 e 1924 (conceve 5 projetos afinados com o estilo) - Criação de um estilo arquitetônico brasileiro (Escola Nacional de Belas Artes): São Paulo: Ricardo Severo (Década de 1910) Rio de Janeiro (Anos 20) - Neocolonial x ecletismo (duas formas de historicismo) - Ecletismo: signos de um passado universal - Neocolonial: identidade nacional da arquitetura como forma da mordenidade - Racionalistas: recusa a qualquer historicismo - Carlos Kessel situa o neocolonial entre o pastiche e a modernidade - Lúcio Costa: personagem chave na passagem do historicismo ao modernismo pq vira presidente de uma faculdade e coloca várias coisas na grade curriular sobre isso - Duas perspectivas: vertente eclética x modernização - Lucio Costa (1924): "Para que tenhamos uma arquitetura logicamente nossa é mister procurar descobrir o fio da meada, isto é, recorrer ao passado, ao Brasil Colônia, todo esforço, nesse sentido deve ser recebido com aplausos" - Depois de sua viagem a Diamantina patrocinada pela sociedade brasileira das Belas Artes: " Tudo em arquitetura deve ter uma razão de ser: exercer uma função, seja ela qual for., é preciso acabar de vez com essas pequenas complicações que a título de embelezamento e a pretexto de efeito decorativo, todo construtor se acha com o direito de 'criar'... não é preciso que exista a preocupação de se fazer um estilo nacional não, o estilo vem por si, não é necessário andar estilizando papagaios e abaxais" - Ricardo Severo (1914): " Não procurem ver, nesta veneração tradicionalista,diluída em nostálgica poesia do passado, uma manifestação de saudosismo romântico e retrógrado... para criar uma arte que seja nossa e de nosso tempo cumprirá... que não se pesquisem motivos, origens, fontes de inspiração para muito longe de nós próprios, do meio em que decorreu ao nosso passado e no qual terá que prosseguir o nosso futuro" - Victor Dubugras: Obras referenciais da arquitetura neocolonial no Brasil . Reurbanização do largo da memória (SP), em 1919 (Primeira obra pública do arquiteto em estilo tradicional) . Diversos monumentos projetados para o caminho do mar em 1922 - Nossos antepassados .... " Contra a ação direta do Sol, fizeram paredes espessas de pedras cangicadam tijolo, taipa ou adobe, de acordo com os recursos regionais. Calcularam os telhados com suave inclinação, para que sobre eles deslizassem as abudantes águas pluviais, fizeram os longos beirais cobrir de sombra o espelho das paredes: protegeram o corpo da habitação com peças de anteparo a ação do Sol, como alpendres e pórticos. Utilizaram-se por fim da árvore, como a sua mais preciosa aliada, dispuseram balcões, janelas e miradores rendados em adufa, a moda do Islam, procederam, assim nos grandes, nos pequenos detalhes do sistema, como consumandos arquitetos" - Marianno Filho, 1943 CIDADES PLANEJADAS - SÉCULO XIX - Mazagão (AP) 1770 - Teresina 1852 - Aracaju 1855 - Belo Horizonte 1897 BELO HORIZONTE . Resultado de uma decisão política . Fim do Ciclo do Ouro . Crescente influência da economia cafeeira paulista . Surgimento de ferrovias conectando Campinas e Jundiai até o porto de Santos . 1894, Afonso Pena nomeou o engenheiro Arão Reis para chefiar a comissão de construção da nova capital (curral Del Rei era um centro de criação de gado em 1714) . O plano para BH era de cárater técnico (sem preocupações sociais) baseados nos exemplos da reurbanização de Paris (Hausmann 1860) - Foi planejada para 200 mil habitabtes - 3 áreas concêntricas: Anel exterior - reserva para pequenas fazendas Anel seguinte - o mais próximo do centro da cidade, área suburbana: chácaras (ou quintas) e áreas de lazer da elite (vias com largura de 14m) - O centro urbano com 2 tipos de sistemas viários: superposto a uma grelha de ruas com 20m de largura, com intersecções de ângulo reto (Reis desenhou outro sistema consistindo de avenidas diagonais) - A monumentalidade estaria reservada para o grande eixo, uma avenida de 55 m de largura, cujo extremos estariam a Catedral e o Congresso ARQUITETURA MODERNA - Escola Paulista e Carioca SÉCULO XX - CONTEXTO - 1914 - 1918 - Primeira Guerra Mundiall - Ruptura com as tradições - Movimento de vanguarda x resistências tradicionalistas: Art Déco - Sezession Vienense - 1925: Exposição Internacional de artes decorativas e industriais modernas de Paris - Escola de Chicago SÉCULO XX - BRASIL - Semana de 1922: Tradição x Vanguarda (Manifesto Antropófago) - Convergência com os ideias de modernização pela industrialização (Indústria da Construção Civil) 1925 - Gregori Warchavchick: Intorno All' Architettura Moderna Manifesto: Acerca da arquitetura moderna "... O arquiteto moderno deve amar sua época, com todas as suas grandes manifestações do espírito humano, como a arte do pintor moderno ou poeta moderno deve conhecer a vida de todas as camadas da sociedade, tomando por base o material de construção de que dispomos, estudando-o e conhecenco como os velhos mestres conehciam sua pedra, não receando exibi-lo no seu melhor aspecto do ponto de vista da estética, fazendo refletir em suas obras as ideias do nosso tempo, a nossa lógica, o arquiteto moderno saberá comunicar a arquitetura um cunho original, cunho nosso, o qual será talvez tão diferente do clássico como este é o do gótico. Abaixo as decorações absurdas e viva a construção lógica, eis a divida que deve ser adotado pelo arquiteto moderno" OS ANOS 30 - Getúlio Vargas assume o poder - Criação do Ministério da Educação (Rodrigo Mello Franco de Andrade) - Convocação de Lúcio Costa (28 anos) para renovação da ENBA - Ensino com referência no movimento de arquitetura moderna (contra os defensores do neocolonial) - Salão de 1931 (A Reforma da ENBA) - No dia da abertura da exposição, o ministro da educação Francisco Campos demitiu-se - As resistências e as campanhas movidas contra a gestão de Lucio Costa, a frente da ENBA, a despeito do apoio (sobretudo dos alunos) e a falta de apoio político, provocam a demissão de Lúcio Costa - Foi substituído por Archimedes Memória, escolhido por votação da congregação - 1934 - Eleição de Vargas - Gustavo Capanema assume o Ministério da Educação e Saúde -1935 - Concurso para construção do novo edifício do Ministério - Comissão julgadora (arquitetos acadêmicos) escolhe o projeto de Archimedes e Francisque Cuchet - Gustavo Capanema premia mas não execura o projeto (Lúcio Costa recebe a incumbência de executar o novo projeto) - 1936 - Le Corbusier é convidado como consultor do projeto - Lucio Costa forma uma equipe por arquitetos todos famosos - A proposta de Le Corbusier se revela inviável por conta da ''incompatibilidade com as condicionantes de implantação" (Espaço moderno x cidade tradicional) - Bloco principal sobre pilotis - Blocos mais baixos sobre um mesmo eixo (continuidade) - Esplanada aberta, jardins (espaço livre e permeável) - Constrastes de volumes e vazios ESCOLA CARIOCA - AFONSO E.. REIDY "A arquitetura de Reidy se desenvolve a partir de 2 origens importantes: A influência intelectual de Lúcio Costa e a absorção de elementos da obra de Le Corbusier, notadamente combinando os "5 pontos para uma nova arquitetura" com alguns tipos ou estruturas formas extraídas da sua obra, Ao contrário de muitos arquitetos modernos da segunda ou terceira geração, para Reidy o diálogo com a cidade tradicional era sempre um aspecto fundamental do processo criativo, não apenas quando projetava no casco histórico do RJ, mas também quando tinha que criar uma nova condição urbana em áreas periféricas da cidade" ESCOLA PAULISTA - BRUTALISMO "Franca exposição dos materiais: vigas e detalhes como brises em concreto aparente combinados com fechamentos em concreto aparente ou com fechamentos em tijolos deixados expostos; mesma exposição de materiais nos interiores: geralmente a secção do edifício dita a sua aparência externa; em alguns casos, o uso de elementos pré- fabricados em concreto para os fechamentos/revestimentos; em outros, uso de lajes de concreto..." Escola Paulista é o termo pelo qual uma parcela importante da produção moderna da arquitetura brasileira é reconhecida pela historiografia, mas não identifica toda a produção arquitetônica do estado de SP. Trata-se da arquitetura produzida por um grupo radicado em SP, sob a liderança de Vilanova Artigas, que realiza uma arquitetura marcada pela ênfase na técnica construtiva, pela adoção do concreto armado aparente e valorização da estrutura (o compromisso com a verdade dos materiais) Lina Bo Bardi e Paulo Mendes da Rocha também eram desse grupo e o edifício marco desse movimento é a FAU USP MODERNO - CONTEMPORÂNEO - Oscar Niemeyer - Crítica ao modernismo e o contexto contemporâneo foi o Maia, Gustavo Pena e João Figueiras Lima - A pluralidade na arqyitetura brasileira contemporânea OSCAR NIEMEYER 1942 - Juscelino Kubitschek - Prefeito de BH - Desenvolvimento de uma área do norte da cidade (Pampulha) - Encomenda a Oscar Niemeyer o projeto de um conjunto de edifícios em torno da lagoa artificial da Pampulha: Um casino, uma Igreja, uma casa de balé, um clube e um hotel - Inauguração em 16 de maio de 1943 1956 - Criação da Nova Capital: Companhia urbanizadora da nova capital do Brasil - Instituído um estado de exceção: o Presidente JK mantinha completa autonomia e controle sobre as decisões da companhia (contratar construtoras processo licitatóio - JK decide atribuir o cargo de diretor do departamento de arquitetura da companhia urbanizadora a Oscar Niemeyer - Oscar sugeriu criar um concurso nacional com a participaçãodo IAB na organização, assumindo o compromisso de projetos todos os principais edifícios administrativos da cidade - "Lúcio Costa foi o último concorrente a entregar seu projeto, depois das 23 horas do dia 11, quando os demais o fizeram antes das 18 horas (o edital apenas determinava data, sem especificar hora") JOÃO FILGUEIRAS LIMA (1932-2014) - UFRJ - 1955 - Sob influência de Oscar, mudou-se para Brasília ainda recém formado, em 1957, ano em que foi iniciada a implantação do Plano Piloto de Lucio Costa. Neste período, construiu, projetou e colaborou com Oscar na construção da cidade 0 Trabalhou na Universidade de Brasília de 1962-1965 quando pediu demissão junto com 209 professores e servidores, em protesto contra a repressão na universidade - Interesse na tecnologia de racionalização do uso do concreto armado, asso e argamassa armada 25/10/2021 EOLO MAIA (1942-2002) - No período compreendido entre 1976 e 1984 fica evidente sua opção pela estética pós moderna 'Como encarar essa nova postura? Ironizando: vamos abandonar "nossos valores", que já estão incorporados no subúrbio e construir alguma coisa mais cara, mais requintada, mais burilada? Ou talvez devamos entender essa revisão como uma crítica a história oficial da arquitetura moderna brasileira, que começa meio sem muita explicação, a partir de uns poucos atores, como se Le Corbusier tivesse descido dos céus e antes disso ninguém tivesse feito nada, éramos todos índios (na visão colonialista que se tem dos mesmo)." JOÃO FILGUEIRAS LIMA (1932-2014) - UFRJ - 1955 - Sob influência de Oscar, mudou-se para Brasília ainda recém formado, em 1957, ano em que foi iniciada a implantação do Plano Piloto de Lucio Costa. Neste período, construiu, projetou e colaborou com Oscar na construção da cidade 0 Trabalhou na Universidade de Brasília de 1962-1965 quando pediu demissão junto com 209 professores e servidores, em protesto contra a repressão na universidade - Interesse na tecnologia de racionalização do uso do concreto armado, asso e argamassa armada 25/10/2021 EOLO MAIA (1942-2002) - No período compreendido entre 1976 e 1984 fica evidente sua opção pela estética pós moderna
Compartilhar