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Paper- metodologia científica

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Introdução a pesquisa; a pesquisa na escola.
Lívia Bárbara Alves1
Oziel Pereira Neres Filho2
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	
	Para um pesquisador, é essencial que tenha conhecimento, ou uma base cientifica para que possa produzir seus estudos e pesquisas, montar seus artigos e mais. É cobrado dele um envolvimento com temas e fontes, autores e conhecimento sobre como fazer. Entretanto, a maioria dos pesquisadores não teve uma inicialização ou uma preparação para isso. Muitas vezes o primeiro contato que tiveram com a pesquisa e com a metodologia dela, aconteceu em universidades, que pode ser explicado facilmente pelo modelo “instrucionista” adotado nas escolas – tanto no fundamental quanto no médio -, não incentivando ao estimulo pela descoberta própria e realização de forma mais adequada de suas pesquisas. Segundo DEMO “Pesquisa é o processo que deve aparecer em todo trajeto educativo. Como princípio que é na base de qualquer proposta emancipatória. (1994, p. 109). ” Para SEVERINO “Trata-se da própria construção do humano que não é dado como pronto e acabado, mas como um ser a ser construído, num processo permanente de um vir a ser, se tornar-se humano” (2014, p. 207). 
	Logo deduzimos que não é possível que se faça algo sem orientação ou conhecimento, sendo necessário que tenha instruções sobre a metodologia da pesquisa, a inicialização no mundo cientifico deve ser instrumentado desde sempre para que já se tenha conhecimento e autonomia para realizações futuras. DEMO, (1941) diz “Metodologia é disciplina instrumental para o pesquisador social”. Ele comenta sobre a importância de seguir a metodologia da pesquisa, e isso se deve por conta de que embora se possa pesquisar sobre tudo, pesquisa não pode ser qualquer coisa e deve seguir as instruções, não adotadas como um conjunto de regras e sim como formas explicativas de se realizar a pesquisa. Metodologia deve ser entendida como uma ideia de caminho a ser seguido (DEMO, 1941).
	 Culturalmente é tido o conceito de que a pesquisa é realizada apenas por universitários ou de curso superior, e por conta disso existe uma má fundamentação sobre o que realmente é metodologia e pesquisa, o que não deveria acontecer pois a educação cientifica deve fazer parte do processo de formação do aluno, como uma dinâmica iniciativa para seu desenvolvimento e deve começar desde cedo “Como explicitado anteriormente, a escola fundamental é entendida como agência educativa em seu sentido mais radical, tomada a educação como apropriação da cultura, e entendida esta como o conjunto de conhecimentos, valores, crenças, arte, filosofia, ciência [...]” (PARO, 2017). Porem temos a necessidade de “criar” pesquisadores “Afinal, os problemas não se reduzem do campo cientifico, mas carregam valores e aspectos sociais éticos e sociais, o que exigem uma educação em ciência e tecnologia, uma verdadeira alfabetização cientifica. ” (ROSA; TREVISAN, 2016, p, 735). Existem problemas sociais para serem analisados em todos os locais, necessitando de pesquisadores ativos.
	De acordo com DEMO (2010, p. 100) “ argumentar não para liquidar a questão, mas para mantê-la aberta. ” E SANTOS (1990, p. 6.) “ Tal como noutros períodos de transição, difíceis de entender e percorrer, é necessário voltar ás coisas simples, a capacidade de formular perguntas simples”. Estimular toda uma geração a “ Aprender a aprender e saber pensar, para intervir de modo inovador, são as habilidades indispensáveis do cidadão e do trabalhador moderno, para além dos meros treinamentos, aulas, ensinos, instruções etc.” (DEMO, 2011, p. 9.) 
	A partir disto, começamos a entender a importância de aprender, e de aprender a aprender. “Educação cientifica abriga assim, a pretensão forte de motivar em salto de qualidade nos processos escolares de aprendizagem. ” (DEMO, 2014, p. 16.) E segundo FREIRE (2000 p.29), “Não há pesquisa sem ensino e nem ensino sem pesquisa. ”, dando mais espaço para discutirmos sobre necessidade que a aprendizagem cientifica tem de ser introduzida em anos iniciais, dando então mais capacidade para aqueles que a realizarão futuramente. “Pesquisar começa na infância, não no mestrado” (DEMO, 2010, p. 58). 
	A construção social se dá por meio de processos, processos estes, tem presença marcante de pesquisadores ou pessoas com um pensamento inovador que estão conquistando sua autonomia intelectual por meio da pesquisa “Se não houvesse pesquisa, todos as grandes invenções e descobertas cientificas não teriam acontecido” (BAGNO, 2007 p. 19) continuando este pensamento, temos mais palavras de Marcos Bagno “ Fazer um projeto é lançar ideias para frente, é prever as etapas do trabalho, é definir onde se quer chegar com ele [...] durante um trabalho pratico sabemos como agir, que decisões tomar, qual passo teremos de dar na direção do objeto desejado. ” (BAGNO, 2007 p. 22) dando representatividade ao método de educação pela pesquisa.
 	O quão rico do conhecimento, seria um indivíduo incluso na educação, na real educação, a que o transforma e progride como cita o autor “Instrumentalizar os alunos para que participem de processos coletivos, convivam e discutam com pessoas, defendam seus argumentos, inter-relacionem-se e integrem-se aos grupos (coletivos) para a reconstrução ou a construção de novos conhecimentos” (BEHRENS, 1996, p. 41), desapegando-se do “Velho modelo tecnicista, da pedagogia transmissiva” MORAES, 1996, p. 54), Para Freire (1996) nessa perspectiva tradicional acabam reduzindo as atribuições dos educandos no processo de aquisição de conhecimentos à memorização mecânica do que é dito pelo professor. Procurando dar importância ao desenvolvimento como um todo “Devera conduzir o projeto e procurar em sua construção, resultados que possam superar a metodologia das superficialidades, isto é, os conceitos do senso comum aprofundando mais o lado cientifico da investigação” (MARTINS, 2007, p. 85.) 
	Podendo se estabelecer novos métodos de educação, baseados nos conceitos de aprendizagem qualitativa do indivíduo para que este, não se perca durante o processo. “Existem muitas coisas que se não aprendidas cedo, deixam ´buracos´ na formação de um indivíduo. Boas maneiras por exemplo [...] quem não aprendeu a pesquisar decentemente no 1° e 2° grau, vai penar muito quando chegar a universidade ou ao mercado de trabalho” (BAGNO, 2007, p. 15), as palavras do autor encaixam-se exatamente com a realidade de muitas pessoas na atualidade, que deixaram de ser instruídas da maneira correta, ou muitas das vezes nem sequer tiveram uma, e permaneceram “atoas’ nesta questão “Se o professor abrir mão de seu papel, fundamental de orientador da aprendizagem de seus alunos, estará se responsabilizando pelo que vira a acontecer com eles ao tentarem atravessa o labirinto ” (BAGNO 2007, p. 14), Bagno em seu livro fala diversas vezes sobre a precariedade do ensino da pesquisa “Ensinar a aprender então, é não apenas mostrar os caminhos, mas também orientar o aluno para que desenvolva um olhar crítico que lhe permita desviar-se das ´bombas` e reconhecer, em meio ao labirinto, as trilhas que conduzem às verdadeiras fontes de conhecimento. ” (BAGNO 2007, p. 15), ou seja, para que haja educação, deve acontecer de haver um real ensino de competências, ligadas ao sistema colaborativo, afim de ampliar o meio. 
	 Descobrir o que se pede pode tornar-se um desafio. O que devia ser instigante, acaba sendo cansativo, por estar exigindo certa complexidade de quem não foi ensinado afinal “Pesquisar é perguntar, é incorporar-se ao desconhecido, é buscar domesticar a ignorância. Não é encontrar as respostas, mas melhorar as perguntas”. (TOBAR; YOLOUR, 2001, p. 20) o ato de pesquisar é cotidiano e sempre presente. O desconhecido instiga a descoberta pelo novo “Não existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas certas. ” (ALVES, 2004). “A formação do sujeito competente, no sentido de ser capaz de, tomando consciência crítica, formular e executar projeto próprio de vida no contexto histórico” (DEMO1996, p. 10) o ser humanoé completamente capaz de transcender seu pensamento, tornando-se critico ou investigativo. 
	Durante a escola, a pesquisa deve ocorrer sempre com algum intuito, não com o de apenas “variar um pouco a aula”, pois a pesquisa é um método de ensino, devendo ser bem elaborado e desenvolvido “A aula que apenas repassa conhecimento, ou a escrita que somente se define como socializadora de conhecimento, não sai do ponto de partida, e, na prática, atrapalha o aluno, porque o deixa como objeto de ensino e instrução. ” DEMO (1996, p. 7) a escola é a principal orientadora do indivíduo, a mesma, constrói o ensino dele e o insere neste meio, devendo capacita-lo para isto primeiro. “O professor precisa, antes de tudo, aprender bem e, portanto, levar o aluno a aprender bem. O fenômeno da aprendizagem é uma qualidade tipicamente humana que compreende a qualidade formal, isto é, o conhecimento e cognição, bem como a qualidade [..]. ” (DEMO, 1998, p. 2)
“Não acontece da noite para o dia. É um processo longo em direção à descoberta da essência das coisas, nem sempre visíveis no mundo real” (SEABRA, 2001, p. 14). Também de acordo com Fazenda, a inicialização da pesquisa é um processo lento, que ocorre simultaneamente com outros processos educativos e diz que 
Nasce de uma vontade construída na escola. Seu nascimento não é rápido, exige uma gestação na qual o pesquisador se aninha no útero de uma nova forma de conhecimento – a do conhecimento vivenciado, não apenas refletido; a de um conhecimento percebido, sentido, não apenas pensado – então, a ciência se fez arte. E o movimento que essa arte engendra é capaz de modificar os mais sisudos e tristes prognósticos para o amanhã, em educação e na vida (FAZENDA 1997, p. 15)
	O que a autora diz, se complementa com as palavras de Kendrick, que fala sobre a não apropriação do conhecimento das crianças, que 
Elas parecem ser relativamente ignorantes, apesar das informações que podem conseguir pela televisão ou por outras fontes. Em contrapartida, as crianças que sofrem de doenças crônicas terão um conhecimento muito mais amplo sobre a natureza e o objetivo dos tratamentos médicos; crianças de 2 anos com câncer podem falar com tanta compreensão que desafiam as crenças sobre sua incapacidade de entender (Kendrick, 1986).
Pesquisar não se limita escola, mas deve ser aprendido lá, porem segundo Demo, “cursos decadentes e muito pouco científicos” (2010, p. 115), são responsáveis pela falta da educação do indivíduo em meio cientifico. “
A escola, tem constantemente o reforço de que sua responsabilidade é mais do que apenas repassar conteúdos, deve além de tudo ensinar, formar um cidadão. Segundo o que diz Silveira, Nader & Dias (2007, p.36), “Escola é um espaço de socialização da cultura em direitos humanos acumulados pela humanidade cuja função primordial é as construções de conhecimentos gerais que permitam aos educandos apropriarem-se dos bens culturais”, mas não deve se limitar a isto, segundo Gaspar e Roldão (2007, p. 18), “Assume-se, portanto, a Educação como processo contextualizado de desenvolvimento internacional e contínuo do indivíduo”, como diz também Demo “A aula copiada não constrói nada de distintivo, e por isso não educa mais do que a fofoca, a conversa fiada dos vizinhos, o bate-papo numa festa animada. ” (1996, p. 7) a educação deve ser entendida como algo muito mais complexo que o “Simples repasse da informação, é preciso se reorganizar, superando o aprender, que tem se resumido em processo de memorização. ” (ANASTASIOU 2004, p. 14) a aula que não estimula o cognitivo do educando, não gera o conhecimento. “A convicção de que a Educação pela Pesquisa é a especificidade mais própria da educação escolar e acadêmica; o reconhecimento de que o questionamento reconstrutivo com qualidade formal e política é o cerne do processo de pesquisa. ” (DEMO, 1998, p. 5).
 O princípio fundador da escola é a educação, e tudo que seja apenas repassado e não de fato ensinado, não compete a educação “o modo pelo qual é possível ao indivíduo compreender a realidade, podendo-se incluir na percepção humana toda a subjetividade e a mística presentes no mundo do imaginário” (SEABRA, 2001, p. 14), mesmo após muito tempo, a apropriação da educação ainda é vista como uma coleção de saberes entretanto é sobre o ato de “Duvidar de tudo, é preciso dialogar com o seu próprio pensamento” (BERNARDO, 2007, p. 32) de acordo com o que dizem os autores Freire e Faundez “O conhecimento sempre começa pela pergunta, pela curiosidade. ” (2008, p. 46) e o que ocorre é exatamente o contrário, muitas vezes é visto inúmeros estudantes cansados de sua vida acadêmica por conta dos métodos cansativos e monótonos de ensino que “Por desgraça, nas aulas é habitual que o aluno se vê submetido a uma avalanche de respostas definitivas a questões que nunca lhes tinham inquietado e sobre as quais nem sequer chegou realmente a perguntar-se.” (POZO MUNICIO; PÉREZ ECHEVERRIA, 1994, p. 6).
O que se espera de uma geração futura é “Que não fossem meros repetidores de um saber acumulado e cristalizado, mas testemunhas vivas e participantes de um saber que se elabore e reelabore a cada momento, em toda a parte”. (LÜDKE 1997, p. 115), educados por uma nova geração de professores que busque “Desenvolvimento do pensamento criativo do aluno e visão crítica da realidade em que ele se insere. ” (MARION; MARION, 2006); 
“É impressionante que a educação que visa a transmitir conhecimentos seja cega quanto ao que é o conhecimento humano, seus dispositivos, enfermidades, dificuldades, tendências ao erro e à ilusão, e não se preocupe em fazer conhecer o que é conhecer. ” (MORIN, 2000, p. 13-14) o autor critica a forma de ensino instrucionalista que é adotado atualmente, já os autores Anastasiou e Alves falam sobre o modelo mais adequado para o ensino; “É o ato de estudar sob a orientação e diretividade do professor, visando sanar dificuldades específicas. É preciso ter claro: o que é a sessão, para que e como é preparada. (, 2004, p. 84). “É uma exposição do conteúdo, com a participação ativa dos estudantes, cujo conhecimento prévio deve ser considerado e pode ser tomado como ponto de partida. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 79). 
“É uma possibilidade de estimular a geração de novas ideias de forma espontânea e natural, deixando funcionar a imaginação. Não há certo ou errado. Tudo o que for levantado será considerado. ” (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 82), “Ensinar requer arte por parte do docente, que precisa envolver o aluno e fazer com ele se encante com o saber. ” (PETRUCCI E BATISTON, 2006, p. 263) “É a utilização dos princípios do ensino associados aos da pesquisa [...] em que a dúvida e a crítica sejam elementos fundamentais; assumir o estudo como situação construtiva e significativa, com concentração e autonomia crescente” (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 98). É um estudo direto do contexto natural e social no qual o estudante se insere, visando a uma determinada problemática de forma interdisciplinar [...] propicia a aquisição de conhecimentos de forma direta, por meio da experiência vivida. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 97). 
Freire e Faundez reforçam que “durante o processo de buscar informações que ajudem a responder a essas perguntas, tudo indica que outras perguntas fundamentais emergem na constituição de um corpo coerente, lógico, rigoroso, que deve ser a tese” pesquisa (1985, p. 50).
Anastasiou e Alves, escreveram diversos pontos sobre a educação, como ela deve ser e a forma mais eficaz “As estratégias visam à consecução de objetivos, portanto, há que ter clareza sobre aonde se pretende chegar naquele momento com o processo de ensinagem. ” (ANASTASIOU E ALVES. 2004, p. 71), “ E o enfrentamento de uma situação nova, exigindo pensamento reflexivo, crítico e criativo a partir dos dados expressos. ” (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 86), para concluir este pensamento, temos o que diz os autores, Galiazzi, Ramos e Moraes “A problematização do conhecimento suscita a busca do novo”, 2004, p. 9). 
Galiazzi, Ramos eMoraes (2004), apresentam os três princípios da pesquisa, que falam sobre questionamento, construção de argumentos e comunicação. Citaram que “Para que algo possa ser aperfeiçoado, é preciso criticá-lo, questioná-lo, perceber seus defeitos e limitações. (GALIAZZI, RAMOS E MORAES. 2004. p. 13); “A partir do questionamento é fundamental pôr em movimento todo um conjunto de ações, de construção de argumentos que possibilitem superar o estado atual e atingir novos patamares do ser, do fazer e do conhecer. (GALIAZZI, RAMOS E MORAES. 2004. p. 17) ”; “Importante que a pesquisa em sala de aula atinja um estágio de comunicar resultados[...] de manifestar novo estado do ser, do fazer e do conhecer, o que contribui para a sua validação na comunidade em que esse processo está se dando. (GALIAZZI, RAMOS E MORAES. 2004. p. 20) ”, em todas as abordagens o foco principal é o estudante, e a forma de aplicação de métodos de ensino para eles.
A formação de professores adequados ao método de pesquisa, serão essenciais para a construção de uma nova geração de pesquisadores, capacitados do que a metodologia cientifica ensina a fazer. Rogers, acerca do processo de educação diz que este se trata de uma “relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida” (1991). “A universidade nestes últimos trinta anos tem sido desafiada a ultrapassar a ideia de treinamento e capacitação como um bloco, num curto espaço de tempo, ofertado de maneira reduzida em pequenos cursos ou palestras. ” (BEHRENS 2007, p. 445); também segundo Behrens “A abordagem enciclopédica na docência acompanhou os professores por muitos séculos e carregou como maior herança o distanciamento entre teoria e prática e a reprodução do conhecimento. Na melhor hipótese, a prática foi apresentada como o saber fazer” (2007, p. 441), ele ressalta sobre o método usado para formação pedagógica.
Libâneo diz que “ Com o revigoramento das análises críticas da educação nacional, surgem estudos visando a propostas de reformulação do sistema de formação de educadores ” (1997, p. 85); “O docente deve ser capaz de valorizar os referenciais que os alunos construíram em suas vidas e desencadear processos para que estes alunos articulem esses referenciais com os conhecimentos propostos na sala de aula” (BEHRENS, 1996, p. 40); “As novas tecnologias terão que ser exploradas com esse intuito. Assim, por exemplo, elas deverão ser utilizadas para valorizar a autoaprendizagem, incentivar a formação permanente[...]” (MASETTO, 2005, p. 153) para a última indagação, deve-se validar que “Não basta utilizar tecnologia, é necessário inovar em termos de prática pedagógica” (LEITE, 2003, p. 12) “Muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais. Perdemos tempo demais, aprendemos muito pouco, desmotivamo-nos continuamente. ” (MORAN 2005, P. 11), “Impõe-se, assim, de forma crucial a reconstrução da pedagogia e a ampliação do campo de ação do profissional do pedagogo paralelamente a um expressivo esforço de organização de um sistema nacional de formação inicial e continuada de professores” (LIBANEO1997, p. 124) “A entrada na carreira profissional precisa ser preparada para atender aos docentes e deveria ser uma meta continua das instituições [...]” (BEHRENS 2007, p. 448) 
Para encerrar o pensamento, mencionamos André (2008, p. 60) o qual cita que o professor deve ter a devida formação para que seja capaz de formular, selecionar os métodos de observação e assim, atue em um ambiente favorável e com oportunidades técnico-pedagógicas, que tenha espaço e disponha de disponibilidades de práticas de pesquisa.
 
REFRENCIAS
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Lívia Bárbara Alves
Oziel Filho
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Farmácia (BRF0083) – Prática de modulo I – 08 /12 /2020) 
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