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Rosalind Franklin

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Se Charles Darwin foi considerado o pai da evolução, então com certeza Rosalind
Franklin pode ser considerada a mãe do DNA, titulo póstumo mais que merecido. 
Rosalind Franklin foi pioneira nas pesquisas de biologia molecular, a biofísica
britânica ficou conhecida no meio científico por seu trabalho sobre a difração
dos raios-x, além de ter descoberto o formato helicoidal do DNA. 
Nascida em 1920, a química britânica Rosalind Elsie Franklin era a segunda de
cinco filhos de uma influente família judaica, bastante atuante no movimento do
sufrágio feminino. Com o apoio dos pais, em 1941, Franklin se formou em
Ciências da Natureza pelo Newnham College, uma das faculdades restritas a
mulheres da Universidade de Cambridge. Quatro anos mais tarde, conquistou
seu Ph.D com uma pesquisa sobre a porosidade do carvão, importante tópico
para a indústria do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial na qual se
formou em 1941. Com uma bolsa de estudos de pesquisa, começou a trabalhar no
laboratório de fisico-química da Universidade de Cambridge sob a orientação de
Ronald George Wreyford Norrish, que a desapontou por sua falta de entusiasmo.
Felizmente, a British Coal Utilisation Research Association (BCURA) ofereceu-
lhe o cargo de pesquisadora em 1942 e então ela começou seu trabalho com o
carvão, o que a levou à conquistar seu Ph.D. em 1945. Ela foi a Paris em 1947
como chercheur (pesquisadora pós-doutoral) sob orientação de Jacques Mering,
no Laboratoire Central des Services Chimiques de l'Etat, onde se realizou como
cristalógrafa de raios-X. 
https://revistagalileu.globo.com/Life-Hacks/noticia/2017/01/6-cursos-online-gratuitos-de-quimica.html
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2018/08/esta-foi-primeira-mulher-se-registrar-como-eleitora-no-brasil.html
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2017/08/6-espias-da-segunda-guerra-mundial-que-voce-precisa-conhecer.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronald_Norrish
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jacques_Mering&action=edit&redlink=1
Ela se tornou pesquisadora associada no King's College London em 1951 e
trabalhou em estudos de difração de raios X, para analisar materiais cristalinos.
No ano seguinte, acabou voltando para a Inglaterra, onde se juntou à equipe de
biofísicos do King’s College Medical Research Council no laboratório de
biofísica de Maurice Wilkins. Lá, a cientista começou a aplicar seus estudos
com difração do raio-x para determinar a estrutura da molécula do DNA. 
No qual se chega a seu grande feito a descoberta da dupla helice do DNA.
Considerada uma das mulheres mais injustiçadas da ciência.
As mulheres ainda eram desvalorizadas na academia nos anos 1950.
Nesse contexto, o comportamento dos cientistas a respeito de Franklin não era
surpreendente. Mesmo assim, chama atenção o desprezo apresentado por seus
colegas de laboratório em cartas reveladas. Em correspondência com seus
colegas em Cambridge (Crick e Watson), Wilkins chamava a jovem cientista de
"bruxa". Mesmo menosprezada, Rosalind persistiu em seu projeto de DNA.
Suas observações e anotações permitiram aos bioquímicos James Dewey
Watson e Francis Crick, juntamente de seu chefe Wilkins, confirmar a dupla
estrutura da molécula do DNA, o que rendeu ao trio o prêmio Nobel de Fisiologia
ou Medicina em 1962. A descoberta foi fundamentada em estudos de difração
de Raio-X, uma técnica de consiste em bombardear uma estrutura cristalizada
com raios-X e registrar o espectro formado pela difração dos raios, devido à
colisão com a molécula em estudo. Estes estudos foram a base fundamental da
descoberta publicada, porém esses, não foram feitos por Watson e Crick, e sim
pela fisicista e cientista Rosalind Franklin.
Rosalind desenvolveu estudos com duas moléculas diferentes de DNA, com
diferentes níveis de hidratação, e através da difração de raio X, chegou a
conclusão que os fosfatos ficariam do lado externo da molécula, que
provavelmente era uma hélice.
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Difra%C3%A7%C3%A3o_de_raios_X
 Ela apresentou esses dados em uma conferência no King’s College, em Londres,
na qual James Watson estava presente. Watson, seis dias após a palestra de
Rosalind, apresentou um modelo com uma tripla hélice, e comentou com Crick
sobre os resultados da fisicista, sobre os quais admitiu “não ter prestado muita
atenção ao que ela falava”, mas procuraram Wilkins, que mostrou os resultados
de Rosalind, sem sua autorização. Em 1953, Watson e Crick publicaram na
Nature a descoberta da correta estrutura do DNA.
 
Essa questão do envolvimento de Rosalind Franklin na descoberta da estrutura
do DNA e sua falta de reconhecimento é discutida por muitos historiadores.
Sayre e Maddox defendem o pensamento de que a dupla de pesquisadores teria
se apropriado dos dados de Rosalind e passado em sua frente, não só no
momento da publicação, como em todos os louros que se seguiram a esta.
Outros, argumentam que os objetivos deles eram muito diferentes, Rosalind
queria apenas definir uma estrutura estática, enquanto que Watson e Crick
queriam relacionar a estrutura ao comportamento biológico do DNA, sua
replicação, funções dos genes e papel no dogma central da Biologia Molecular.
De qualquer forma, o conhecimento da estrutura do DNA foi o impulso inicial
para isso, e se baseou nas descobertas, pouco valorizadas, de Rosalind Franklin. 
Mas seu nome não levou os créditos pela descoberta. 
Então, em 1953, a cientista acabou se mudando para o laboratório de
cristalografia J.D Bernal, do Birkbeck College, em Londres. Lá, Rosalind deu
continuidade a seu trabalho sobre a estrutura mosaical do vírus do tabaco e,
quando começou a pesquisar sobre o vírus da poliomielite em 1956, descobriu
que estava com câncer no ovário. Seu último trabalho foi publicado em 1958,
sobre as estruturas do carvão, e Rosalind Franklin acabou morrendo jovem, aos
37 anos, por conta do câncer descoberto tardiamente.
Quando morreu, em 1958, a cientista não tinha obtido o justo reconhecimento
pelo seu trabalho, que foi essencial para as conclusões do trio ganhador do
prêmio Nobel. A cientista não ganharia a premiação, de qualquer forma, pois
não há Nobel póstumo.
Contudo, as cartas trocadas pelo trio mostram que eles tinham plena
consciência de que não teriam conseguido essa façanha profissional sem o
trabalho de Rosalind. Somente a partir dos anos 1960 que ela passou a ser
reconhecida pela comunidade científica como autora das imagens que
permitiram a observação da dupla hélice e, no ano 2000, o próprio Watson
acabou citando o nome de Franklin como tendo papel fundamental para sua
descoberta.
 
Rosalind, foi autora da “fotografia 51” – imagem com ótima definição do DNA
obtida pela cientista, sendo o melhor registro fotográfico da estrutura do DNA já
obtido até então.

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