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Aluna: Aurilene Ferreira Coelho ra: 113009 Trabalho de Pesquisa: Lista dos renomados cientistas. Albert Einstein Físico e matemático alemão (1897-1955) ULM na Alemanha, de família judia, seus pais Hermann e Pauline Einstein, mudaram para Munique na Alemanha, onde seu pai e seu tio Jacob fundaram uma empresa e que tempo depois foi a falência. Com a perseguição do nazismo Albert Einstein viveu na Suíça, casou-se com Mileva e tiveram 2 filhos, e posteriormente tornou-se cidadão americano. Os estudos primários ocorreram na escola Luitpold Gymnansium, em Monique, onde teve muitos problemas, pois possuía dislexia, mas no início da adolescência começou a mostrar interesse pela física e escreve “A investigação do éter em campos magnéticos. Einstein entrou para o rol dos maiores gênios da humanidade, desenvolveu a teoria da relatividade geral e mecânica quântica, onde estabeleceu a relação entre massa e energia e formulou a equação matemática que se tornou famosa E=MC2, e em 1921, se tornou o ganhador do prêmio Nobel de física em especial pela descoberta do efeito fotoelétrico. Marie Curie Marie Curie foi uma cientista polonesa (1867-1934) de Varsovia na Polonia, casada com Pierre Curie. Descobriu e isolou os elementos químicos, o polônio e o rádio, junto com Pierre. Foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física por suas descobertas no campo ainda novo da radioatividade e o segundo prêmio Nobel de química por suas investigações sobre as propriedades e potencial terapêutico do rádio. e a primeira mulher a lecionar na Sorbonne. Filha de um professor de Física e Matemática do ginásio de Varsóvia e de uma pianista. Com dez anos ficou órfã de mãe.Em 1893 graduou-se em Física e em 1894 em Matemática. Foi a primeira colocada no exame para o mestrado em Física e no ano seguinte ficou em segundo lugar no mestrado em Matemática. Trabalhando em um porão cedido pela Sorbonne, verificaram que certos minerais de urânio, especialmente a “pechblenda”, procedente das minas de Joachimstal, na Boêmia, tinham radiações mais intensas que o correspondente teor em urânio, devido a presença de elementos ainda desconhecidos. Em homenagem à sua pátria, Maria batizou-o de “polônio”. Porém, os Curie não estavam satisfeitos porque o resto do material, depois de extraído o polônio, era ainda mais potente que o polônio. Continuaram a purificação e cristalização e encontraram um novo elemento, 900 vezes mais "radioativo" (termo criado por Marie) que o urânio. Estava descoberto o “rádio”. Toda a dedicação de Marie Curie à ciência teve um preço: após anos trabalhando com materiais radioativos, sem nenhuma proteção, ela foi acometida por uma grave e rara doença hematológica, conhecida hoje como leucemia. Charles Darwin Foi um naturalista inglês, nasceu em Shrewsburv, Inglaterra (1809-1882) Filho de médico e neto de poeta, médico e filósofo, desde a infância revelou-se inteligente e observador, procurando compreender tudo que lhe ensinavam. autor do livro “A Origem das Espécies”. Formulou a teoria da evolução das espécies, anteviu os mecanismos genéticos e fundou a biologia moderna. É considerado o pai da “Teoria da Evolução das Espécies”, primeiro de seus livros que explica a teoria da evolução. O livro teve sua primeira edição esgotada em um dia. A obra destituiu a vida humana de qualquer superioridade em relação aos animais e enterrou o conceito de divindade, abrindo caminho para a ciência moderna. Stephen Hawking Foi um físico teórico e cosmologo britanico (1942- 2018) Cambridge, Inglaterra, casou-se com jane Wilde com quem teve 3 filhos. Com 17 anos ganhou uma bolsa para estudar física na Universidade de Oxford. Concluído o curso de Física, Stephen foi aceito no mestrado da Universidade de Cambridge. Aos 21 anos, após uma queda de patins, Stephen foi levado ao médico, que o diagnosticou com esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa e segundo o médico, o levaria à morte em no máximo três anos. Em 1985, com a saúde bastante agravada por uma pneumonia, durante uma viagem a Suíça, os médicos sugeriram desligar o respirador artificial, mas sua esposa não aceitou e levou o marido de volta para Cambridge. Submetido a uma traqueostomia, nunca mais falou. A partir de então, faz uso de um computador, com voz eletrônica, para se comunicar. Apesar das dificuldades, ele escreve vários livros Em 1988, Stephen publicou “Uma Breve História do Tempo”, livro que fala sobre a origem do universo, com ilustrações criativas e texto bem humorado escreveu diversas obras, entre elas, “Buracos Negros, Universos Bebês e outros ensaios” (1993), “O Universo Numa Casca de Noz” (2001), “A Teoria de Tudo: A Origem” (2002), “O Grande Projeto” (2010), e o livro de memórias, “Minha Breve História” (2013). A Mais célebre é o teorema de singularidade. Supõe a existência de um ponto com força gravitacional no centro dos buracos negros capaz de atrair qualquer coisa (similar ao acúmulo de energia infinita que deu início ao Big Bang). Stephen Hawking recebeu diversos prêmios, entre eles, o Prêmio Especial de Física Fundamental, de 3 milhões de dólares. Ele foi laureado pela descoberta da radiação dos buracos negros, por sua contribuição à física quântica e seus estudos sobre a origem do universo. Nikola Tesla (1856-1943) foi um inventor, engenheiro eletrotécnico e engenheiro mecânico, nascido em Smijan (Imperio Austro-Hungaro) na atual Croácia mais conhecido por suas contribuições ao projeto do moderno sistema de fornecimento de eletricidade em corrente alternada, deixou bastante contribuição para o desenvolvimento das tecnologias mais importantes dos últimos séculos, como da transmissão via rádio, da robótica, do controle remoto, do radar, da física teórica e nuclear e da ciência computacional. Tesla descobriu o campo magnético rotativo, um princípio fundamental da física e a base de todos os dispositivos que usam corrente alternada. Werner Heisenberg (1901-1976) foi um físico teórico alemão que recebeu o Nobel de física de 1932, pela criação da matemática quântica, cujas as aplicações levaram a descobertas das formas alotrópicas do hidrogênio na universidade de Leipzig, enunciou o principio da incerteza ou principio de Heisenberg, segundo o qual é impossível medir simultaneamente e com precisão absoluta a posição e a velocidade de uma partícula, o cientista se concentrou na pesquisa sobre a teoria das partículas elementares, fez descoberta sobre a estrutura do nucelo atômico, da hidrodinâmica das turbulências, dos raios atômicos e do ferro magnetismo. Alguns cientistas, como Einstein, rejeitaram as ideias do físico que romperam em grande parte os princípios da física newtoniana. Heisenberg foi um físico que deixou o mundo com o princípio da incerteza, mas também um mundo de incertezas sobre seus princípios. Uns achavam que ele era vilão que queria tirar proveito de seu relacionamento próximo ao dinamarquês em prol do projeto de bomba atômica nazista ou um herói que queria impedir que tanto os aliados quanto os papeis do eixo obtivessem uma arma desse porte. Louis Pasteur (1822-1895) foi um cientista francês, cujas descobertas tiveram enorme importância na história da química e da medicina. É reconhecido pelas suas notáveis descobertas das causas e prevenções de doenças, suas descobertas ajudaram a mudar o entendimento cientifico sobre a causa das doenças contribuindo para uma redução global de mortalidade, entre suas descobertas, destaca-se: o conceito de que doenças são causadas por microrganismos, o processo de pasteurização; a vacinação contra a raiva; o estabelecimento da teoria da biogênese. Thomas Edson (1847-1931) foi um empresário dos estados unidos que potenciou e financiou o desenvolvimento de muitos dispositivos importantes de grande interesse industrial. Foi um dos primeiros a aplicar os princípiosda produção maciça ao processo da invenção, conhecido como criador da lâmpada incandescente, em seu nome, mais de mil patentes foram registradas ao longo da vida, entre elas o fonografo e a câmara cinematográfica, distribuição de energia elétrica, embalagem a vácuo. Issac Newton (1643-1727) foi um matemático, físico, astrônomo, teólogo e autor inglês que é amplamente conhecido como um dos cientistas mais influentes de todos os tempos e como uma figura chave na revolução cientifica. Com uma queda de maçã da arvore motivou a ideia da gravitação universal, a lei da gravitação enuncia que dois corpos se atraem por meio de forças, e sua intensidade é proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Em 1661 ingressou na Trinity College, em Cambridge. Embora o currículo em Cambridge fosse baseado na filosofia de Aristóteles, Newton se dedicou ao estudo de diversos autores ligados a filosofia mecânica. Formou-se bacharel em humanidades, em 1665. Neste mesmo ano, a Inglaterra foi devastada pela peste e vários estabelecimentos foram fechados, inclusive a Universidade de Cambridge. Assim, Newton foi obrigado a retornar para a sua casa na fazenda. Nessa época desenvolveu o método das séries infinitas (binômio de Newton) e a base do cálculo diferencial e integral. Fez experiências com prismas, o que o levou a teoria das cores e começou a desenvolver o telescópio de reflexão, estudou ainda o movimento circular e analisou as forças relacionadas com esse movimento. Aplicou essa análise ao movimento da lua e dos planetas em relação ao Sol. O que seria a base para a Lei de Gravitação Universal. Foi eleito membro da Sociedade Real em 1672 e apesar da admiração que despertava, seu temperamento retraído e sua dificuldade em receber críticas o fez relutar em publicar seus trabalhos. Em 1687 publica seu livro mais famoso Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios Matemáticos da Filosofia Natural). Publicou Opticks, em 1704, que alcançou um grande público graças a uma linguagem mais acessível. Em 1705 é sagrado cavaleiro pela rainha Ana, passando a ser chamado de Sir Isaac Newton. As três Leis de Newton são teorias sobre o movimento dos corpos descrito por Newton em fins do século XVII, a saber: 1. Primeira Lei de Newton: Princípio da Inércia 2. Segunda lei de Newton: Princípio da Dinâmica 3. Terceira Lei de Newton: Princípio da Ação e Reação Galileu Galilei Galileu Galilei (1564-1642) foi um matemático, físico, astrônomo e filósofo italiano. Fundamentou cientificamente a Teoria Heliocêntrica de Copérnico. Desmitificou lendas, estabeleceu princípios e causou uma renovação na história da Ciência. Ainda criança, Galileu revelou capacidades raras e interessado em artes, realizou excelentes pinturas e, com grande habilidade manual fabricava brinquedos e engenhocas. Tocava órgão e cítara. Estimulado pelo pai, entrou na Universidade de Pisa a fim de estudar Medicina. Em 1585, Galileu Galilei abandonou os estudos de Medicina para se dedicar exclusivamente ao estudo da Matemática. Nesse mesmo ano, recebeu o convite para lecionar em Florença, onde se destacou por pesquisas em geometria. Em 1589, foi convidado para lecionar Matemática na Universidade de Pisa. Com 25 anos, Galileu não era bem visto pelos outros professores. Não tinha o título universitário e ousava por em dúvida a Ciência de Aristóteles. Em 1591, depois de intrigas e disputas, com os adeptos de Aristóteles, Galileu perdeu o posto de professor. Em 1592, através da indicação do senado de Veneza, Galileu é nomeado para lecionar Matemática na Universidade de Pádua. Durante 18 anos em Pádua, além das pesquisas em dinâmica, de que resultou a sua lei do movimento, procurou resolver importante problema militar, que consistia em prever a trajetória de uma bala de canhão. Fez importantes descobertas astronômicas através da observação direta dos astros com sua luneta. https://www.todamateria.com.br/leis-de-newton/ Teorias e Realizações ● Descobriu e enunciou as leis que regem o movimento pendular. ● Idealizou e desenhou um relógio preciso utilizando o pêndulo. ● Criticou abertamente as “leis do movimento” enunciadas por Aristóteles que afirmava que “um corpo leve cai mais devagar do que um pesado” e, formulou que: “Dois corpos, caindo a uma só tempo de alturas iguais, tocarão o solo no mesmo instante, apesar da diferença de peso”. ● Inventou o termômetro. ● Construiu uma luneta telescópica. ● Contestou a teoria de Aristóteles de que a Terra era o centro de todos os movimentos celestes. Com sua luneta, mostrou que Júpiter também era um centro astral, com quatro satélites girando à sua volta. ● Descobriu os anéis de Saturno. ● Fundamentou cientificamente a Teoria Heliocêntrica de Nicolau Copérnico. Galileu Galilei passou a vida inteira em conflito aberto com o poder religioso, que controlava rigorosamente a ciência do seu tempo. Mergulhado no mundo da física e da astronomia, desmistificou lendas, negou teorias e estabeleceu novos princípios. Foi obrigado pelas autoridades da Inquisição, que defendiam as leis de Aristóteles e renegavam sua brilhante explicação e ampliação da teoria heliocêntrica de Copérnico, a renegar publicamente as verdades científicas que descobrira e desenvolvera, sob a ameaça de pena de morte. Impedido de prosseguir os estudos sobre o sistema de Copérnico, ele recolheu-se a seu castelo, em Arcetri, nos arredores de Florença, onde se dedicou a comprovar novos métodos de pesquisa científica baseados na experimentação. Galileu Galilei morreu cego, em Arcetri, Itália, no dia 8 de janeiro de 1642. Em 31 de outubro de 1992 a Igreja Católica, através do papa João Paulo II, reconheceu o erro cometido. ● O Mensageiro das Estrelas (1610) – além de descrever o relevo da Lua, quatro satélites de Júpiter e a constituição da Via Láctea. Endossava a opinião de Nicolau Copérnico que afirmava ser o Sol e não a Terra o centro do Universo. ● História das Manchas e Acidentes do Sol (1513). ● Diálogo Sobre os Dois Máximos Sistemas do Mundo (1632) – confronta o sistema de Ptolomeu que acreditava que a Terra era o centro do Universo e o de Copérnico, com favores para o segundo, causando grande celeuma. Explica as razões que provam o movimento da Terra em torno do Sol. Daniel Gabriel Fahrenheit Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736) foi um físico alemão, o inventor do "termômetro por dilatação do mercúrio" e da "Escala Fahrenheit". A técnica que adotou para criar o termômetro de mercúrio é a mesma usada até hoje. A criação do termômetro é atribuída a Galileu, porém muitos outros foram criados, mas o primeiro a superar todas as dificuldades de precisão foi a invenção de Fahrenheit. Fahrenheit estudou e trabalhou em Amsterdã, onde despertou seu interesse pela física. Conheceu o físico holandês Willem Jacob's Gravesande e sob sua orientação abandonou seu trabalho no comércio e dedicou- se à física experimental, em especial a fabricação de termômetros, barômetros, higrômetros e areômetros, aperfeiçoando as técnicas de fabricação para obter leituras mais precisas. Fahrenheit aplicou-se então ao estudo das causas dos resultados discordantes que eles apresentavam. Entre os aperfeiçoamentos que introduziu, destaca-se o emprego do mercúrio no lugar do álcool na confecção dos aparelhos. Escala de Fahrenheit O que consagrou Fahrenheit foi a criação da escala termométrica, cujo ponto mínimo (0º F) determinou utilizando uma mistura de água, gelo pilado, sal e amônia. O ponto máximo é a ebulição da água, 212º F, e a temperatura de fusão do gelo, à pressão de uma atmosfera, corresponde a 32º F. Fahrenheit era considerado um cientista notável e em 1724, tornou-se Membro da Royal Society. Daniel Gabriel Fahrenheit faleceu em Haia, Países Baixos, no dia 16 de setembro de 1736, por intoxicação como mercúrio. César Lattes César Lattes (1924-2005) foi um cientista brasileiro. Descobriu junto com outros pesquisadores a partícula atômica "méson pi". Estudou física e matemática na Universidade de São Paulo. Com 19 anos era assistente da cadeira de Física Teórica. Durante dois anos estudou os raios cósmicos, em laboratório montado nos Andes, na Bolívia. Estudou na Universidade de São Paulo, onde cursou Física e Matemática. Concluiu o curso no ano de 1943. Seguiu para a Inglaterra, com o físico italiano Giuseppe Occhialini, para trabalhar, no Laboratório da Universidade de Bristol, sob a direção do físico britânico, Cecil Powell, onde permaneceu entre 1944 e 1945. Juntos, descobriram uma nova partícula atômica "méson pi" (ou pion), a qual desintegra em um novo tipo de partícula, o méson um (ou muon), dando início a nova área de pesquisas, a física de partículas. Em 1947, César Lattes iniciou sua principal linha de pesquisa, “o estudo dos raios cósmicos”, descobertos em 1932, pelo físico norte-americano Carl Davis Anderson. Instalou um laboratório em uma montanha nos Andes Bolivianos, a mais de 5 mil metros de altitude, quando expôs chapas fotográficas à ação de raios cósmicos. Conseguiu assim, verificar experimentalmente a existência dos mésons pesados ou (píons), que se desintegram em um novo tipo de méson positivo com emissão de um neutrino. Em 1948, na Universidade da Califórnia, em Berkeley, conseguiu produzir artificialmente o méson, por meio da aceleração de partículas alfa no cíclotron. Em 1949 Lattes voltou para o Brasil e tornou-se professor da Universidade de São Paulo. Assumiu também o cargo de professor e pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, instalado no Rio de janeiro no mesmo ano. Entre 1955 e 1957 permaneceu nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, assumiu o cargo de diretor do Departamento de Física da Universidade de São Paulo. Nessa época, ingressou na Academia Brasileira de Ciências. Em 1969, cientistas brasileiros e japoneses sob sua orientação determinaram a massa das “bolas de fogo”, fenômeno originado do choque intenso de partículas com energia muito elevada, que se supunha serem nuvens de mésons. Osvaldo Cruz Osvaldo Cruz (1872-1917) foi um médico brasileiro. Sanitarista, bacteriologista e epidemiologista ele foi o responsável pela erradicação da peste bubônica, da febre amarela, da varíola no país. Osvaldo Gonçalves Cruz nasceu em São Luiz de Paraitinga, São Paulo, no dia 5 de agosto de 1872. Filho de Bento Gonçalves Cruz, médico carioca, e de Amélia Bulhões da Cruz, em 1877 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Osvaldo Cruz Iniciou os estudos com sua mãe e aos 5 anos já sabia ler e escrever. Estudou no Colégio Laure, no São Pedro de Alcântara e no Abílio. Ingressou depois no Externato Dom Pedro II, onde fez os preparatórios para medicina. Em 1887, com 15 anos, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e seu fascínio era pelo microscópio. Em 1891, ainda estudante, publicou dois trabalhos pioneiros sobre microbiologia, um ramo novo da medicina. Em 1892, com 20 anos, formou-se em medicina. Osvaldo Cruz começou a trabalhar no Laboratório de bacteriologia na Cadeira de Higiene da Faculdade de Medicina. Após a morte do pai, acumulou a chefia da clínica paterna. Em 24 de dezembro de 1892, defendeu sua tese com o tema "Veiculação Microbiana pelas águas do Rio de Janeiro". Em 1893 casa-se com Emília da Fonseca, com quem teve seis filhos. Com a ajuda do sogro, instalou um laboratório, após perder o emprego na faculdade. Nessa mesma época, conheceu Sales Guerra, que o indicou para o Gabinete de Anatomia Patológica do Rio de Janeiro. Em 1896 vai para Paris, para trabalhar com Olhier e Vilbert, especialistas em medicina legal, mas seu interesse por microbiologia o levou a estagiar no Instituto Pasteur sob a direção de Émile Roux, descobridor do soro antidiftérico. Em 1899, ao voltar ao Brasil, logo foi encarregado pela diretoria do Instituto de Higiene de debelar o surto de peste bubônica que assolava o porto de Santos. A Fazenda Manguinhos, no Rio de Janeiro, foi escolhida para instalação do Instituto Soroterápico Nacional, para a fabricação do soro, uma vez que importá-lo seria demorado e dispendioso. Osvaldo Cruz foi indicado para diretor técnico do Instituto, inaugurado, sem solenidades, em julho de 1900. Em condições precárias e com uma equipe improvisada o soro logo ficou pronto e foi enviado para Santos, diminuindo rapidamente a mortalidade provocada pela peste. Em 1902, Osvaldo Cruz assumiu a direção geral do Instituto Manguinhos e logo começou a ampliação e o transformou em um centro de pesquisas e experimentos científicos, permitindo a formação de especialistas em moléstias tropicais. Nessa época, o Rio de Janeiro também era assolado pela peste bubônica, pela varíola e a febre amarela. Osvaldo Cruz foi indicado para Diretor da Saúde Pública, pelo presidente Rodrigues Alves, tomando posse em 26 de março de 1903. Exterminar a febre amarela que rondava os portos e as cidades do litoral, foi a primeira medida de Osvaldo Cruz, que conhecia as experiências desenvolvidas pelo médico cubano, Finlay, que apontava como transmissor da febre o mosquito rajado que proliferava nas águas estagnadas. Osvaldo Cruz isolou os doentes e iniciou a campanha para acabar com as águas paradas. Um contingente de 85 homens foi a campo e mesmo com o descrédito da população, a febre amarela foi debelada em três anos. A varíola, ao contrário da febre amarela, entrava no país com os imigrantes vindos do exterior e com as pessoas que chegavam do norte e do nordeste. A vacina já era obrigatória em vários países europeus. Em maio de 1904, Osvaldo Cruz determinou que os agentes sanitários começassem a vacinação em massa da população. Porém, uma campanha popular contra Osvaldo Cruz e contra a vacinação obrigatória tomou conta dos jornais. Em consequência, o número de vacinados teve uma grande queda. Propagavam-se os rumores mais absurdos a respeito da vacina, dizia-se que além de não evitar a moléstia, causava outras doenças. Durante vários dias a cidade foi tomada pela desordem e revolta com o povo enfrentando a polícia. Depois de vários conflitos, o governo consegue sufocar um levante militar e a revolta popular, mas teve que revogar a obrigatoriedade da vacina. Em 1908 uma nova epidemia de varíola assolou o Rio. A partir de então, a vacinação passou a acontecer com mais calma. Nesse mesmo ano, o Instituto soroterápico recebeu o nome de Instituto Osvaldo Cruz. Em 1909, com a saúde abalada, Osvaldo Cruz deixa a direção da Saúde Pública, dedicando-se apenas ao Instituto. Em 1910 aceitou o convite da empresa que construía a estrada de ferro Madeira-Mamoré na região amazônica e fez um estudo do saneamento da região. Osvaldo Cruz foi a Belém debelar a febre amarela. Comandou também o saneamento do vale amazônico, com a colaboração de Carlos Chagas. Em 1911 em Dresden, na Alemanha, a Exposição Internacional de Higiene confere um diploma de honra ao Instituto Osvaldo Cruz. Autor de cerca de cinquenta títulos científicos, em 1912, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira n.º 5. Em 1916 retira-se para Petrópolis, já bem debilitado. Osvaldo Cruz faleceu de insuficiência renal, em Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, no dia 11 de fevereiro de 1917 Carlos Chagas Carlos Chagas (1879-1934) foi um médico sanitarista e pesquisador brasileiro. Dedicou- se ao estudo das doenças tropicais. Descobriu o protozoário causador da doença de Chagas, ao qual deu o nome Trypanosoma Cruzi. Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas nasceu em Oliveira, em Minas Gerais no dia 9 de Julho de 1879. Filho do cafeicultor José Justino Chagas e Mariana Cândida Ribeiro de Castro,ficou órfão de pai quando tinha quatro anos de idade. Com 7 anos, foi mandado para o Colégio São Luís, em Itu no interior de São Paulo. No dia 13 de maio de 1888, ao saber da abolição da escravatura, ele fugiu da escola, alegando que a mãe estava com problemas com os escravos da fazenda. Depois de ser capturado e mostrar tristeza por viver longe da família acabou sendo levado de volta para Minas Gerais. Em 1897, com 17 anos, Carlos Chagas ingressou na Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro. Ainda estudante, tornou-se assistente do curso de malária. Em 1902 por indicação do professor Miguel Couto, ele passou a trabalhar no Instituto Manguinhos (hoje Osvaldo Cruz), sob a orientação de Osvaldo Cruz. Nesse mesmo ano, iniciou sua tese que tratava do ciclo evolutivo da Malária na corrente sanguínea. Em 1903, no final do curso, apresentou a tese intitulada “Estudo Hematológico do Impaludismo”. Em 1904, Carlos Chagas trabalhou como clínico no hospital de Jurujuba, em Niterói. Nesse mesmo ano, instalou seu consultório no Rio de Janeiro. Em 1905, Carlos Chagas chefiou uma campanha profilática contra a malária, a convite da Companhia Docas de Santos. A malária, também chamada de impaludismo, é uma doença infecciosa causada pela presença no sangue de protozoários do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada de mosquitos infectados. Sua missão era controlar a doença que se propagava em Itatinga, no interior de São Paulo e atacava a maioria dos trabalhadores que construíam uma represa na região. Carlos Chagas colocou em prática as ações preventivas nos locais onde conviviam homens e mosquitos infectados com o parasita da malária. Confirmou sua tese de que os focos dos mosquitos estavam em águas paradas. De volta ao Rio de Janeiro, Carlos Chagas integrou a equipe de Manguinhos para realizar uma campanha de combate à malária na Baixada Fluminense. Em 1907, Carlos Chagas foi designado para a chefia de uma comissão designada para combater uma epidemia de malária que se espalhava entre os trabalhadores que instalavam uma linha de trem na cidade de Lassance, em Minas Gerais. Durante dois anos trabalhando em um pequeno laboratório instalado em um vagão de trem, em 1909, as pesquisas de Carlos Chagas tomaram novo rumo, pois na região, muitas pessoas morriam de uma doença desconhecida e, depois de uma autópsia, descobriu grandes lesões no músculo cardíaco da uma vítima. Pouco depois, descobriu um inseto chamado barbeiro que tinha o hábito de picar o rosto e chupar o sangue das pessoas. Ao examinar o inseto, encontrou em seu intestino uma nova espécie de protozoário flagelado, que mais tarde chamou de Trypanosoma cruzi (em homenagem a Osvaldo Cruz). No dia 22 de abril de 1909, a descoberta da doença, que depois receberia o nome de Chagas, foi publicada na Revista Brasil-Médico. Em agosto desse mesmo ano, Carlos Chagas publicou o primeiro volume da revista do Instituto Osvaldo Cruz, um estudo completo sobre a doença de Chagas e o ciclo evolutivo do protozoário causador da doença. Entre 1911 e 1912, Carlos Chagas realizou um estudo epidemiológico completo em 52 cidades do vale amazônico, região assolada por grandes epidemias, principalmente da malária. Em seu relatório, Carlos Chagas se mostrou indignado com a situação de pobreza da região. A gripe espanhola chegou ao Rio de Janeiro em 1918, um ano após a morte de Osvaldo Cruz e de Carlos Chagas ter assumido a direção do Instituto Manguinhos. Em dois meses, a gripe matou 15 mil pessoas na cidade. Carlos Chagas foi chamado para chefiar a campanha contra a epidemia. Em uma semana, ele instalou hospitais improvisados e laboratórios de emergência e, mobilizou a parte ativa da população. No final do ano, a epidemia havia sido debelada. Em 1919, Carlos Chagas foi nomeado pelo presidente da República, Epitácio Pessoa, para o cargo de Diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública. Nesse período, realizou reformas no serviço de profilaxia rural, instalou inspetorias especializadas no combate à tuberculose, à sífilis e a lepra. Com o apoio da Fundação Rockefeller e por iniciativa de Carlos Chagas foi fundado o serviço de Enfermagem Sanitária do departamento Nacional de Saúde Pública. Em 1923 foi criada a primeira escola oficial de enfermagem, a Escola de Enfermagem Ana Néri introduzindo assim o ensino de enfermagem no Brasil. Carlos Chagas deixou o Departamento Nacional em 1926, mas permaneceu dirigindo Manguinhos. Em 1925, Carlos Chagas foi indicado para lecionar Medicina Tropical na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Carlos Chagas se tornou um cientista reconhecido e premiado, e mais de 40 sociedades científicas estrangeiras o elegeram membro honorário. Como participante do Comitê de Higiene da Liga das Nações, viajava todos os anos para a Europa. Carlos Chagas faleceu em sua casa no Rio de Janeiro, vítima de um infarto, no dia 8 de novembro de 1934. Adolfo Lutz Adolfo Lutz (1855-1940) foi um médico brasileiro, especialista em medicina tropical, responsável por experimentos visando confirmar a transmissão e combater o principal agente transmissor da febre amarela, o mosquito aedes aegypti. Foi o criador da medicina tropical e da zoologia médica no Brasil. Adolfo Lutz nasceu no Rio de Janeiro no dia 18 de dezembro de 1855. Era filho dos suíços Gustav Lutz e Matihild Oberteuffer, que vieram para o Brasil no início da década de 50, época em que o país passava por uma grave epidemia de febre amarela. Em 1857 a família retornou para a Suíça. Adolfo Lutz estudou medicina na Universidade de Berna, concluindo o curso em 1879. Faz cursos de especialização em diversas universidades importantes da Europa, como de Londres, Paris e Viena. Entre 1890 e 1893 Adolf Lutz esteve no Havaí onde trabalhou como especialista em hanseníase, até a extinção do mal. Nessa época assumiu a direção do Hospital Khalili, na ilha de Molocai. De volta ao Brasil, instalou um consultório e trabalhou como clínico na cidade paulista de Limeira, atendendo à população carente, numa época de grande infestação de febre amarela, febre tifoide, cólera, malária e tuberculose. Em São Paulo, dirigiu o Instituto Bacteriológico, hoje Instituto Adolfo Lutz, em sua homenagem. Permaneceu no cargo até 1908. Convidado por Osvaldo Cruz, assumiu em 1908 a direção de um setor do Instituto Soroterápico Federal (Manguinhos), depois chamado Instituto Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Permaneceu no cargo durante 32 anos. No Instituto Osvaldo Cruz, Lutz empreendeu pesquisas sobre entomologia médica, helmintologia e zoologia aplicadas à medicina tropical. Para estudar a malária, a hanseníase, esquistossomose, febre tifoide e leishmaniose, fez expedições pela região do rio São Francisco e ao Nordeste, e pelas florestas serranas do estado de São Paulo. Os experimentos pioneiros realizados pelo sanitarista Emílio Ribas, junto com Adolfo Lutz, confirmaram a transmissão vetorial da febre amarela pelo mosquito “aedes aegypti”. Várias medidas de saúde pública foram tomadas para o controle dos surtos de febre amarela que surgiam na cidade de São Paulo. Produtos químicos, como o pó de enxofre e o querosene, foram usados para combater as larvas encontradas em água paradas. Adolfo Lutz deixou publicado diversos trabalhos sobre entomologia médica, protozoologia e micologia. Adolfo Lutz faleceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de outubro de 1940. Vital Brazil Vital Brazil (1865-1950) foi um médico, sanitarista e pesquisador brasileiro. Pioneiro no estudo das toxinas desenvolveu o soro antiofídico para tratamento de mordidas de animais peçonhentos (serpente, escorpião e aranha). Vital Brazil Mineiro de Campanha nasceu em Campanha, Minas Gerais, no dia 28 de abril de 1865. Filho de José Manoel dos Santos Pereira Júnior e de Mariana Carolina Pereira de Magalhães foi o primogênito de oito irmãos. Um fato curioso éque seu pai não deu seu sobrenome aos filhos, para cada um criou um sobrenome, dependendo do local do nascimento, como: Vital Brasil Mineiro de Campanha, Maria Gabriela do Vale de Sapucaí e Eunice Peregrina de Caldas. Vital Brasil fez seus primeiros estudos na cidade de Caldas sob a orientação de um mestre presbiteriano. Em 1880, com 15 anos, mudou-se com a família para São Paulo. Em1886, após completar seus estudos preparatórios seguiu para o Rio de Janeiro e ingressou na Faculdade de Medicina. Em1891, logo após a formatura, foi contratado pelo Serviço de Saúde Pública do Estado de São Paulo, quando realizou diversas missões pelo interior do Estado para debelar as epidemias de febre amarela e peste bubônica. Em 1893, quando estava em Belém do Descalvado contraiu febre amarela. Em 1895, em Botucatu, na região de plantação de café, atendeu várias pessoas picadas de cobra. Em 1897, Vital Brasil ingressou no Instituto Bacteriológico do Estado de São Paulo, dirigido por Adolfo Lutz. Trabalhou junto a Oswaldo Cruz e Emílio Ribas em pesquisas para o combate da peste bubônica, do tifo, da varíola e da febre amarela. Em 1899, um surto de peste bubônica que se propagava a partir do porto de Santos, levou o governo a criar um laboratório de produção de soro antipestoso. O laboratório foi instalado na fazenda Butantan, onde Vital Brasil passou a desenvolver suas pesquisas. Em 1901, o laboratório da fazenda foi transformado em Instituto Butantan. Vital Brasil passou a morar na fazenda com toda a sua família. Após quatro meses de trabalho os primeiros tubos de soro antipestoso começaram a ser entregues para uso nos hospitais. Em 1903, Vital Brasil conclui as pesquisas para a criação do soro antiofídico. Foram 20 anos de trabalhos dedicados à produção de soros e de vacinas contra tifo, varíola, tétano, entre outras doenças. Vital Brasil tornou-se conhecido mundialmente por seu trabalho. O soro antiofídico é um medicamento para tratar da picada de animais peçonhentos (serpente, escorpião e aranha). O soro é obtido a partir do veneno da cobra que é inoculado, em pequenas doses, em um animal de grande porte, como o cavalo, que produz anticorpos que neutralizam a ação do veneno. Do sangue retirado é aproveitado o plasma que passa por vários processos até se transformar no soro. Em 3 de julho de 1919, após deixar a direção do Instituto Butantan, Vital Brasil foi para o Rio de Janeiro onde fundou o Instituto Vital Brasil, com o apoio do Dr. Raul de Morais Veiga. O Instituto se tornou um centro de pesquisas, ensino, desenvolvimento e produção de medicamentos, soros, etc. Em 1892, Vital Brasil casa-se com sua prima em segundo grau, Maria da Conceição Philipina de Magalhães, com quem viveu por 20 anos e tiveram 12 filhos, dos quais oito sobreviveram. Em 1913 ficou viúvo. Em 1920, casa-se com Dinah Carneiro Vianna com quem teve nove filhos. Ao falecer, Vital Brazil não deixou grande patrimônio para a família - sua viúva e 18 filhos, de dois casamentos, passou por dificuldades para administrar seu legado. O Instituto Vital Brasil foi vendido para o governo do Rio de Janeiro. Vital Brazil faleceu no Rio de Janeiro, no dia 8 de maio de 1950. Bartolomeu de Gusmão Bartolomeu de Gusmão (1685-1724) foi um sacerdote e inventor brasileiro. Entre suas experiências estava o primeiro balão construído no mundo. Sua invenção foi apresentada ao Rei de Portugal, D. João V, na sala dos diplomatas do Palácio Real, a fidalgos e funcionários da corte, dizendo ser capaz de guiá-lo e transportar pessoas, munições e víveres. Ficou conhecido como "O padre voador". Bartolomeu Lourenço de Gusmão nasceu em Santos, São Paulo, no dia 18 de dezembro de 1685. Era filho do cirurgião-mor Francisco Lourenço Rodrigues e Maria Álvares. O casal teve doze filhos e oito deles entraram para vida religiosa. Era irmão do famoso estadista e diplomata Alexandre de Gusmão. Bartolomeu cursou com o irmão, o Seminário Jesuíta de Belém da Cachoeira, na Bahia, onde se tornou noviço e ordenou-se padre. O diretor do seminário era o protetor de Bartolomeu e de Alexandre e ambos adotaram seu sobrenome Gusmão. Em 1701 mudou-se para Lisboa onde estudou Direito Canônico na Universidade e onde se ordenou Sacerdote. Bartolomeu iniciou a construção de seu balão. Em abril de 1709 pediu licença a D. João V, para fazer experiências com o balão, no Palácio Real. Na sala dos diplomatas, D. João V, fidalgos e funcionários aguardam a apresentação da experiência antes anunciada, "Um instrumento para andar no ar". De um canto da sala, um pequeno balão de papel, em forma de pirâmide e com armação de arame, tendo fogo no seu interior, subiu 4,60 metros. Era o primeiro balão aeróstato construído no mundo. A partir de então, Bartolomeu passou a se chamado de “Padre Voador”. Bartolomeu de Gusmão foi perseguido pela Inquisição acusado de ser amigo de judeus. Fugiu para a Holanda, onde fez experiências com lentes. Seguiu para a França onde passou a vender remédios fabricados por ele, nas ruas de Paris. Com espírito inquieto, estava sempre inventando alguma coisa. Inventou máquinas e equipamentos, como um moinho mais veloz que os existentes na época, um sistema de lentes para assar carne ao sol, inspirado nos ensinamentos de Arquimedes. Formado em Direito e também conhecido por seus dotes oratórios, teve atuação nos tribunais, foi membro da Academia Real de História e cumpriu missões diplomáticas com o apoio do rei D. João V. Em 1711, Bartolomeu de Gusmão viajou para Roma, numa visita diplomática e no seu retorno foi nomeado Secretário dos Estrangeiros. Bartolomeu de Gusmão sofreu zombaria dos fidalgos e inquisidores, que viam em suas invenções obra de feitiçaria. Fugiu novamente, seguindo para a Espanha. No caminho de Toledo foi acometido por uma febre e não resistiu. Bartolomeu de Gusmão faleceu em Toledo, Espanha, no dia 18 de novembro de 1724. DUILIA DE MELO Nascida em 27 de Novembro de 1963 na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, Duilia de Mello é uma astrônoma e astrofísica brasileira, reconhecida internacionalmente por suas ações e descobertas na ciência. Na década de 70, quando ainda era criança, já era interessada por astronomia e uma grande fã da série “Cosmos”, apresentada pelo astrofísico Carl Sagan. Aos 14 anos, decidiu seguir a carreira. Duilia de Mello estudou Astronomia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e logo fez mestrado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos. Depois, concluiu o doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Ela também fez um pós-doutorado no Instituto do Telescópio Espacial Hubble nos EUA e no Cerro Tololo Interamerican Observatory no Chile. Durante a graduação no Brasil, Duília trabalhou como bolsista no laboratório da universidade, mas com as limitações brasileiras na área de pesquisa, foi obrigada a viver de astronomia fora do país. Atualmente, é pesquisadora associada da NASA, Goddard Space Flight Center e professora titular da Universidade Católica da América (CUA) em Washington nos Estados Unidos. Contratada pela NASA, a cientista fez seu pós-doutorado trabalhando no Hubble — um satélite artificial não tripulado que transporta um grande telescópio para luz visível e infravermelha — enquanto trabalhava 18 horas diárias para a agência espacial norte americana. Apesar de ter sido muito bem recebida, Duília percebeu que o número de mulheres era extremamente menor quando comparado ao Brasil, e relatou também que essas mulheres não eram levadas tão a sério quanto os homens. Houve uma luta para que ela conseguisse impor o respeito profissional que merecia, já que, infelizmente, o machismo ainda é intrínseco na sociedade. Em 14 de Janeiro de 1997, enquanto estava no Chile a passeio, Duília foi a um observatório observar as galáxias, seu objeto de estudo e, por ser experiente,podia operar o telescópio sozinha. No meio da noite, enquanto conferia os mapas das galáxias, reparou que uma das regiões que estava observando no céu parecia ter uma estrela a mais. Foi nesse momento que Duília encontrou uma supernova, evento astronômico que ocorre durante os estágios finais da evolução de algumas estrelas, que é caracterizado por uma explosão muito brilhante. Essa foi denominada 1997D. Diulia também participou da descoberta das Bolhas azuis, conhecidas como “orfanatos de estrelas” por darem origem a estrelas fora das galáxias. Em 2013, a cientista participou da descoberta da maior galáxia espiral do universo, a galáxia do Côndor (NGC6872). Nesse mesmo ano, ela foi homenageada pelo Barnard College/Columbia University e incluída na lista Women Changing Brasil (10 mulheres que estão mudando o Brasil). Em 2014 ganhou o Prêmio Diáspora Brasil na categoria Profissional do ano de 2013 em Tecnologia, Informação e Comunicação, concedido pelo Ministério de Relações Exteriores e pelo Ministério de Indústria e Comércio. No mesmo ano, foi selecionada pela revista Época como uma das 100 pessoas mais influentes do Brasil. José Leite Lopes O físico José Leite Lopes previu, em 1958, a existência de uma partícula mediadora neutra nas interações fracas no núcleo do átomo, ajudando a estabelecer as bases da chamada unificação eletrofraca. Esse conceito permite compreender melhor as interações ocorridas entre as partículas que compõem o átomo e tem aplicação, por exemplo, na área de energia nuclear. Seu esforço também contribuiu para as pesquisas de três cientistas estrangeiros premiados com o Nobel, em 1979, por um trabalho muito similar ao do brasileiro. Sua atuação é considerada fundamental para a introdução da física teórica e para a consolidação da física moderna no Brasil. Participou da criação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e foi fundador da Escola Latino-americana de Física (Elaf). Considerava a física a "mãe das ciências" e lutou para que os países em desenvolvimento fizessem mais pesquisas. Sempre se mostrou crítico à falta de incentivos à ciência no Brasil. Exerceu a função de professor na Faculdade Nacional de Filosofia. No entanto, à época da ditadura militar, foi acusado de ligação com o comunismo e exilado, conquistou uma carreira bem sucedida na Universidade Louis Pasteur, na França. Recebeu o prêmio Estácio de Sá e é professor emérito do CBPF. José Leite Lopes nasceu em 28/10 de 1918, em Recife e faleceu em 12 de junho de 2006. Carlos paz de Araujo Um brasileiro pouco conhecido em seu país pode estar à frente de um novo tipo de tecnologia para memória de computadores e demais dispositivos eletrônicos. Carlos Paz de Araújo nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, e está há 42 anos nos Estados Unidos. É professor da Universidade do Colorado, em Colorado Springs, e sócio da empresa Symetrix, que ganhou importância no mundo nos últimos anos por ter desenvolvido e licenciado as memórias de acesso aleatório ferroelétricas (FeRAM) que estão em uso em mais de 2 bilhões de aparelhos, de smartphones a processadores eletrônicos, de eletrodomésticos a automóveis, DVD players e na mais jovem geração de cartões magnéticos com chips. Essas são memórias não voláteis, que não perdem as informações quando se desliga a corrente elétrica e podem ser reutilizadas bilhões de vezes de forma diferente das memórias flash usadas em pen drives, mais lentas e com capacidade de reutilização não superior a 100 mil vezes. As memórias voláteis são aquelas usadas nos computadores que utilizam disco rígido e funcionam com o auxílio de um software quando o equipamento é ligado. A tecnologia desenvolvida por Carlos Paz foi licenciada para empresas como Panasonic, Siemens, Delphi, Hughes, Sony, Sharp e várias outras. Embora há tanto tempo fora do país, ele guarda o sotaque potiguar e não lembra em nada um executivo que voa constantemente entre vários países da Ásia para expor em cifras de milhões de dólares suas inovações tecnológicas, como o Japão, onde é também professor consultor da Universidade Tecnológica de Kochi – além de assessorar a Universidade de Fudan, em Xangai, na China. Carlos Paz é antes de tudo um cientista. Ele ficou durante sete anos estudando sozinho as memórias resistivas que devem substituir as ferroelétricas e são candidatas a memórias universais para uso em pen drives, máquinas fotográficas, notebooks, desktops, e também em celulares a um custo baixo. Uma situação diferente da atual, quando existem vários tipos de memória, uma para cada uso. O resultado do estudo de Carlos Paz é a memória CeRAM (correlated electrons ram), que deve eliminar o disco rígido dos computadores e tornar o processamento deles mais rápido. Desenvolvida na Symetrix, a nova tecnologia já está sendo testada por grandes empresas do setor. A empresa fatura por ano US$ 4 milhões apenas com royalties e não licencia qualquer tecnologia por menos de US$ 20 milhões. Por todas essas contribuições, Carlos Paz foi o primeiro brasileiro a ganhar um prêmio por inovação tecnológica do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), com sede nos Estados Unidos, o Daniel Noble, considerado o Nobel da área de engenharia eletrônica. Essa entidade tem mais de 300 mil membros em 160 países. A vida acadêmica de Paz começou na Universidade de Notre Dame, em South Bend, no estado norte-americano de Indiana, onde fez a graduação em engenharia elétrica, mestrado e doutorado na área e também se graduou em filosofia e teologia. Aos 60 anos de idade, casado com Maureen Paz de Araújo, uma norte-americana, também professora da Universidade do Colorado, e com três filhos, Carlos Paz vem poucas vezes ao Brasil. Na mais recente, ele concedeu essa entrevista a Pesquisa FAPESP durante o XII Encontro da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais, realizado em Campos do Jordão, no interior paulista. Marcelo Gleiser Físico teórico, professor, escritor e colunista do jornal Folha de S.Paulo e da National Public Radio (NPR), Gleiser é internacionalmente reconhecido no meio acadêmico. É membro da Academia Brasileira de Filosofia e da American Physical Society e autor de best-sellers como A dança do universo (prêmio Jabuti de 1998), O fim da terra e do céu (prêmio Jabuti de 2002) e Criação imperfeita, traduzidos para diversos idiomas. Professor de física e astronomia na Dartmouth College nos Estados Unidos desde 1991, recebeu o prêmio Presidential Faculty Fellows Award, da Casa Branca, por sua dedicação à pesquisa e ao ensino. Nascido no Rio de Janeiro, Gleiser teve sua curiosidade pela ciência despertada por meio da admiração pela natureza. Cursou Engenharia Química por dois anos, transferindo-se para o curso de Física da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde graduou-se em 1981. No ano seguinte, fez seu mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro e, em 1986, obteve seu doutorado no King’s College, da Universidade de Londres, na Inglaterra. Autor de mais de uma centena de artigos citados e dezenas de textos publicados em formato impresso ou digital, o foco da pesquisa de Gleiser é o surgimento de estruturas complexas da natureza para descobrir o sentido do mundo e nosso lugar no grande esquema das coisas. Para isso, ele tem como foco questões muito fundamentais relacionadas ao que chama de “três origens”: a origem do universo, a origem da matéria e a origem da vida na Terra e em todos os lugares do cosmos. Em seus textos para a mídia, vídeos para o Fronteiras e nas participações em séries televisivas, Marcelo Gleiser mostra como as mais complexas teorias estão interligadas ao cotidiano, sendo não apenas um divulgador da ciência, mas também um divulgador do interesse pela ciência. Sua postura congregadora e antirradicalismos reúne diversas áreas do conhecimento e faz desse brasileiro um dosprincipais intelectuais públicos no País. Suzana Herculano-Houzel Herculano-Houzel é bióloga formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de vários livros de divulgação científica sobre neurociência. Possui pós-doutorado pelo Instituto Max-Planck de Pesquisa do Cérebro na Alemanha, doutorado pela Universidade de Paris VI na França e mestrado na Universidade Case Western Reserve nos Estados Unidos. Em seu trabalho, analisa como os conhecimentos gerados pela neurociência a respeito dos seres humanos podem ser aplicados na vida diária. Foi a primeira brasileira a falar na conferência internacional TED Global. https://www.fronteiras.com/videos/conferencistas/marcelo-gleiser https://www.fronteiras.com/videos/conferencistas/marcelo-gleiser Sua pesquisa sobre o número de neurônios que o cérebro humano possui ganhou destaque internacional. A abordagem envolveu a dissolução de quatro cérebros doados à ciência em uma mistura homogênea, chamada de “sopa cerebral". A partir de uma amostra da mistura, contou e classificou a quantidade de núcleos celulares pertencentes aos neurônios. Sua conclusão foi de que o cérebro humano possui 86 bilhões de neurônios, ou seja, 14 bilhões a menos do que se acreditava anteriormente. Foi professora na UFRJ, onde dirigiu o Laboratório de Neuroanatomia Comparada do Instituto de Ciências Biomédicas, onde liderou uma equipe com colaboradores em vários países e pesquisa as regras de construção do sistema nervoso central em humanos e outras espécies. É scholar da Fundação James McDonnell, onde foi a primeira brasileira a receber o Scholar Award para financiar sua pesquisa. Pesquisadora do CNPq, em 2004 recebeu da instituição a Menção Honrosa do Prêmio José Reis de Divulgação Científica. Atualmente, é professora da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, e colunista do jornal Folha de S.Paulo. Suzana Herculano-Houzel sugere que foi a invenção do cozimento pelos nossos antepassados que permitiu aos seres humanos desenvolverem o maior cérebro dos primatas, pois o alimento cozido produz mais energia metabólica. Atualmente, suas pesquisas estão concentradas em cérebros de elefantes e baleias. Michael Faraday Michael Faraday (1791-1867) foi um físico e químico inglês. Em 29 de agosto de 1831 descobriu a indução eletromagnética. Foi o pai do motor elétrico e do gerador elétrico. É de sua autoria os termos técnicos usados na eletrólise como: eletrodo, eletrólito e íon. Michel Faraday nasceu em Newington Butts, Londres, Inglaterra, no dia 22 de setembro de 1791. Filho de um ferreiro recebeu pouca instrução escolar. Com 13 anos teve que abandonar a escola e arranjou um emprego de entregador de jornais. Um ano mais tarde, o livreiro colocou Michael como aprendiz de encadernador. Residindo na casa do patrão, em seus momentos de folga podia ler muitos livros. Mais tarde Faraday escreveu: “Dois livros ajudaram-me de maneira especial: a Britannica Encyclopedia e Conversations on Chemistry, de Jane Marcet, que me deu os fundamentos daquela ciência”. Em 1810, Faraday fez um breve curso de Filosofia Natural e suas anotações desse período foram, mais tarde, encadernadas em dois volumes. Nesse mesmo ano, foi convidado para assistir as conferências de Sir Humphry Davy, químico inglês e presidente da Royal Institution. Aos 20 anos resolveu abandonar seu emprego de encanador e com o desejo de obter um emprego em um laboratório científico, escreveu uma carta ao Sir Humphry. Junto com a carta enviou seu caderno de notas. Humphy recebeu Faraday, que lhe informou que também realizava experiências químicas e eletroquímicas, que construíra uma pilha voltaica e decompusera eletricamente diversas substâncias. Em março de 1813, Faraday começou a trabalhar como ajudante de laboratório na Royal Institution. Anos após, Sir Humphry diria: “A maior de minhas descobertas é Faraday”. Sete meses depois, como assistente de Sir Humphry, Faraday viajou pela Europa, em uma viagem científica, quando o químico fez diversas conferências e provações. Em abril de 1815, de volta ao Instituto, Faraday continuou com sua produtiva carreira e tornou-se sucessor de Davy como diretor do laboratório. Por volta de 1821, atraído pelas experiências do físico dinamarquês Oersted, que revelara que a corrente elétrica tinha a propriedade de modificar a direção de uma agulha magnética, Faraday verificou, invertendo a experiência, que os magnetos exercem ação mecânica sobre os condutores percorridos pela corrente elétrica. Para chegar a essa conclusão, Faraday colocou um ímã verticalmente sobre um banho de mercúrio, de modo que uma de suas extremidades ficasse imersa no líquido. Em seguida, ligou um fio condutor ao mercúrio, fechando o circuito, observou que o fio se movia em torno de seu ponto de suspensão e descrevia círculos em volta do ímã. Se ao contrário, o fio fosse mantido fixo e o ímã deixado livre, este girava em torno do fio. Com essa experiência, fundamental para o desenvolvimento tecnológico posterior, Faraday criou o primeiro motor eletromagnético. Em 1823, Faraday liquefez o cloro e, em 1824 foi eleito para a Royal Society, de Londres, e deu inicio a uma série de conferências. Em 1825 isolou o benzeno e, retornando as experiências sobre o eletromagnetismo, em 29 de agosto de 1831, descobriu a indução eletromagnética. O fenômeno já percebido por Argo e Ampère, foi cientificamente comprovado por Faraday. Leis de Faraday Em 1834, reexaminando os trabalhos de Alessandro Volta sobre os fenômenos eletroquímicos, Faraday procedeu a uma série de experiências e mostrou que uma transformação química pode ser causada pela passagem de eletricidade por meio de soluções aquosas de compostos químicos, o que resultou no estabelecimento das "leis da eletrólise" ou "leis de Faraday". 1. A primeira lei da eletrólise diz que “a massa de substância decomposta pela eletrólise é proporcional à quantidade de eletricidade que atravessa o eletrólito”. 2. A segunda diz que “as massas de diferentes substâncias libertadas pela mesma quantidade de eletricidade são proporcionais aos respectivos equivalentes-grama”. Denominou-se “faraday” a quantidade de eletricidade necessária para libertar um equivalente-grama de qualquer substância. 3. Os notáveis trabalhos e descobertas de Faraday consagraram-no como o mais ilustre representante da física experimental do século XIX. 4. Casado com Sarah Bernard, sem filhos, Faraday morava em uma casa ofertada pela rainha Vitória, pelos serviços prestados a sua pátria. 5. Michael Faraday faleceu em Hampton Court, Inglaterra, no dia 25 de agosto de 1867 James Clerk Maxwell James Clerk Maxwell (1831-1879) foi um físico e matemático escocês. Estabeleceu a relação entre eletricidade, magnetismo e luz. Suas equações foram a chave para a construção do primeiro transmissor e receptor de rádio, para compreensão do radar e das micro-ondas. James Clerk Maxwell nasceu em Edimburgo, Escócia, no dia 13 de junho de 1831. Filho do advogado James Clark Maxwell, que não exercia sua profissão, para administrar suas propriedades e dedicava-se à educação do filho. Ficou órfão de mãe quando tinha nove anos. Foi criado com ajuda de uma tia. Aos 10 anos de idade ingressou na Edimburgh Academy. Aos 14 anos escreveu seu primeiro trabalho científico, sobre um método de construir uma elipse perfeita. Aos 16 anos entrou para a Universidade de Edimburgo. Já era um matemático brilhante e realizava diversas experiências científicas de todos os tipos. Gostava de escrever poesia. Em 1950, deixou a Escócia para estudar na Universidade de Cambridge. Estudou com o matemático William Hopkins, para participar de uma competição de matemática. Ficou em segundo lugar e foi eleito para o clube que reunia os doze melhores estudantes de Cambridge. Maxwell formou-se em 1854, mas permanece no TrinityCollege, em Cambridge, realizando pesquisas. Inventou um pião colorido para demonstrar que as três cores primárias, o vermelho, verde e azul, poderiam produzir praticamente qualquer outra cor. Posteriormente esse estudo serviu de base para a criação da televisão à cores. Por esse estudo recebeu a medalha Rumford da Sociedade Real De volta à Escócia, é nomeado para a cadeira de Ciências no Marischal College, de Aberdeen. Antes de assumir o cargo, seu pai falece. No Marischal College conhece a filha do diretor, Katherine Mary Dewar, que se tornaria sua esposa, em julho de 1859. Como cientista, James Clerk Maxwell realizou trabalho importante sobre os anéis de Saturno, que analisara matematicamente, assim como sobre os gases. No ensaio “Sobre a Estabilidade dos Anéis de Saturno” (1857), afirma que são feitos de partículas independentes e não de fluídos ou discos sólidos, como se acreditava. Notabilizou-se pelas pesquisas sobre fenômenos elétricos e pelo desenvolvimento matemático de questões ligadas à eletrodinâmica e à natureza da luz. Durante algum tempo Maxwell retirou-se para sua propriedade em Glenair para terminar sua obra sobre a teoria eletromagnética. Escreveu os manuais sobre: calor, visão das cores, Matemática e Física. Dez anos após a morte de Maxwell, Heinrich Hertz provou a teoria eletromagnética de Maxwell, ao construir o primeiro transmissor e receptor de rádio. James Clerk Maxwell morreu em Cambridge, Inglaterra, no dia 5 de novembro de 1879. Oliver Heaviside Físico britânico nascido em Londres, que previu a existência da camada ionizada da atmosférica, também conhecida como ionosfera (1902) ou camada de Heaviside, que favoreceria a refração das ondas de rádio e a telefonia a longa distância, ao permitir que ondas de rádio fossem transmitidas entre continentes. Aos 16 anos abandonou a escola para seguir o sonho de ser telegrafista até conseguir realizá-lo (1870), mas por problemas de surdez teve que deixar o serviço (1874). Durante este período estudava eletricidade e, abandonada a telegrafia, resolveu pesquisar eletromagnetismo, chegando a publicar um artigo de repercussão sobre aspetos teóricos, inspirados pelo Tratado de Eletricidade e Magnetismo de Maxwell, o Electrical Papers (1892), depois de conseguir reunir um pouco de dinheiro. Posteriormente não dispôs mais de meios para publicar outros livros às suas custas. Porém tornou-se mais conhecido pelo estudo da análise vetorial, onde introduziu o cálculo operacional para resolver equações diferenciais dos circuitos, tornando-as equações algébricas facilmente resolvíveis. Resolveu equações diferenciais usando métodos cuja demonstração rigorosa iria manter ocupadas futuras gerações de matemáticos, mas neste caso o seu trabalho foi alvo de fortes críticas por falta de rigor matemático. Para seus críticos dizia que não se devia perder tempo em demonstrações de algo que intuitivamente parecia estar certo. Acometido de uma doença dos tempos de criança que levou a surdez total depois de sexagenário, passou seus últimos 25 anos da sua vida isolado e solitário, cortado do mundo cientifico e do mundo efêmero, incapaz de se comunicar e de se fazer compreender, mesmo com a ajuda das matemática. Paupérrimo e abandonado, morreu em Torquay, Devon, England. Heinrich Hertz Heinrich Rudolf Hertz foi um físico alemão que nasceu no dia 22 de fevereiro de 1857, em Hamburgo. Durante seu estudo básico, ele sempre se interessou por ciência, e tal interesse conduziu-o a ingressar na faculdade de Física da Universidade de Berlim em 1878. Em 1880, Hertz tornou-se assistente do professor Von Helmholtz, realizando estudos sobre a elasticidade e a capacidade de transmissão de energia elétrica dos gases. https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/eletricidade.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/conceito-caracteristicas-dos-gases.htm Em 1883, Hertz tornou-se professor da Universidade de Kiel, onde passou a desenvolver estudos sobre a eletrodinâmica de Maxwell. No ano de 1885, ele mudou-se para Karlsruhe, onde lecionou na Escola Politécnica. Ao realizar experimentos com bobinas ligadas a faiscadores, Hertz percebeu que, quando uma das bobinas liberava uma faísca, a outra também liberava uma faísca elétrica de menos intensidade e luminosidade. Então, o cientista entendeu, após repetir o experimento inúmeras vezes, que as faíscas secundárias eram produto da propagação de ondas eletromagnéticas. Hertz dedicou-se a estudar aquelas ondas e percebeu que elas possuíam a mesma velocidade de propagação da luz, mas com comprimento de onda muito maior. Além disso, o cientista detectou a refração, reflexão e polarização, todos fenômenos característicos das ondas. As descobertas de Hertz abriram caminho para o desenvolvimento das tecnologias de radares, rádio e televisão. Como homenagem ao físico, a unidade de medida adotada pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) para a frequência das ondas é a unidade hertz (Hz), que significa oscilações por segundo. Hertz teve uma morte prematura, aos 36 anos de idade, no dia 1º de janeiro de 1893, na cidade alemã de Bonn. Sigmund Freud Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico neurologista e importante psicanalista austríaco. Foi considerado o pai da psicanálise, que influiu consideravelmente sobre a Psicologia Social contemporânea. Sigmund Schlomo Freud nasceu em Freiberg, na Morávia, então pertencente ao Império Austríaco, no dia 6 de maio de 1856. Filho de Jacob Freud, pequeno comerciante e de Amalie Nathanson, de origem judaica, foi o primogênito de sete irmãos. Aos quatro anos de idade, sua família muda-se para Viena, onde os judeus tinham melhor aceitação social e melhores perspectivas econômicas. Durante alguns anos, Freud trabalhou em uma clínica neurológica para crianças, onde se destacou por ter descoberto um tipo de paralisia cerebral que mais tarde passou a ser conhecida pelo seu nome Desde pequeno mostrou-se brilhante aluno. Aos 17 anos, ingressou na Universidade de Viena, no curso de Medicina. Durante os anos de faculdade, deixou-se fascinar pelas pesquisas realizadas no laboratório de fiolofia dirigido pelo Dr. E. W. von Brucke. https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/as-equacoes-maxwell.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/o-que-sao-ondas-eletromagneticas.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/velocidade-luz.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/a-refracao-luz.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/reflexao-luz.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/a-polarizacao-luz.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/ondas-2.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/sistema-internacional-unidades.htm De 1876 a 1882, trabalhou com esse especialista e concentrou-se em pesquisas sobre a histologia do sistema nervoso. Já revelava grande interesse pelo estudo das enfermidades mentais, bem como pelos métodos utilizados em seu tratamento. Trabalhou também no Instituto de Anatomia sob a orientação de H. Maynert. Concluiu o curso em 1881 e resolveu tornar-se um clínico especializado em neurologia. Em 1884 entrou em contato com o médico Josef Breuer que havia curado sintomas graves de histeria através do sono hipnótico, onde o paciente conseguia se recordar das circunstâncias que deram origem à sua moléstia. Chamado de “método catártico” constituiu o ponto de partida da psicanálise. Em 1885, Freud obteve o mestrado em neuropatologia. Nesse mesmo ano ganhou uma bolsa para um período de especialização em Paris, com o neurologista francês J. M. Charcot. De volta a Viena, continuou suas experiências com Breuer. Publicou, junto com Breuer, Estudos sobre a Histeria (1895), que marcou o início de suas investigações psicanalíticas. Em 1897, Freud passou a estudar a natureza sexual dos traumas infantis causadores das neuroses e começou a delinear a teoria do “Complexo de Édipo”,segundo o qual seria parte da estrutura mental dos homens o amor físico pela mãe. Nesse mesmo ano, já observava a importância dos sonhos na psicanálise. Em 1900 publica A Interpretação dos Sonhos, a primeira obra psicanalítica propriamente dita. Em pouco tempo, Freud conseguiu dar um passo decisivo e original que abriu perspectivas para o desenvolvimento da psicanálise ao abandonar a hipnose, substituindo- a pelo método das livres associações, passando então a penetrar nas regiões mais obscuras do inconsciente, sendo o primeiro a descobrir o instrumento capaz de atingi-lo e explorá- lo em sua essência. Durante dez anos, Freud trabalhou sozinho no desenvolvimento da psicanálise. Em 1906, a ele juntou-se Adler, Jung, Jones e Stekel, que em 1908 se reuniram no primeiro Congresso Internacional de Psicanálise, em Salzburg. O primeiro sinal de aceitação da Psicanálise no meio acadêmico surgiu em 1909, quando foi convidado a dar conferências nos EUA, na Clark University, em Worcester. Em 1910, por ocasião do segundo congresso internacional de psicanálise, realizado em Nuremberg, o grupo fundou a Associação Psicanalítica Internacional, que consagrou os psicanalistas em vários países. Entre 1911 e 1913, Freud foi vítima de hostilidades, principalmente dos próprios cientistas, que, indignados com as novas ideias, tudo fizeram para desmoralizá-lo. Adler, Jung e toda a chamada escola de Zurique separaram-se de Freud. Em 1923, já doente, Freud passou pela primeira cirurgia para retirar um tumor no palato. Passou a ter dificuldades para falar, sentia dores e desconforto. Seus últimos anos de vida coincidiram com a expansão do nazismo na Europa. Em 1938, quando os nazistas tomaram Viena, Freud, de origem judia, teve seus bens confiscados e sua biblioteca queimada. Foi obrigado a se refugiar em Londres, após um pagamento de resgate, onde passou os últimos dias de sua vida. Sigmund Freud morreu em Londres, Inglaterra, no dia 23 de setembro de 1939. Obras de Sigmund Freud ● A Interpretação dos Sonhos (1900) ● Psicopatologia da Vida Cotidiana (1904) ● Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade (1905) ● Totem e Tabu (1913) ● O Mal Estar da Civilização (1930) ● Moisés e o Monoteísmo (1939) Frases de Sigmund Freud "A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos." "A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz." "O sonho representa a realização de um desejo." "Se quiseres poder suportar a vida, fica pronto para aceitar a morte." Georg Simon Ohm Georg Simon Ohm (1787-1854) foi um físico e matemático alemão que definiu o novo conceito de resistência elétrica. Sua formulação matemática é conhecida como "Lei de Ohm". Georg Simon Ohm nasceu em Erlangen, na Baviera, no Sudeste da Alemanha, no dia 16 de março de 1787. Seu pai, Johann Ohm, foi serralheiro e armeiro, como também seu avó, mas depois de perambular pela Alemanha e França exercendo o ofício, quebrou a sucessão voltando-se para o estudo da Ciência e da Matemática. Georg e seu irmão Martin foram incentivados pelo pai a estudar Matemática e aos 18 anos concluíram a universidade local. George tornou-se professor na cidade de Gottstadt, no cantão suíço de Berna, continuou seus estudos e doutorou-se em Matemática em 1811. Ao tentar incorporar-se ao exército que se opunha a Napoleão, atendeu aos apelos do pai e continuou como professor. Aos 30 anos entrou para o corpo docente do Colégio Jesuíta de Colônia, Alemanha, como professor de Matemática e física. Lei de Ohm, em 1827, com 40 anos de idade, Georg Ohm publicou um trabalho intitulado: “Medidas Matemáticas de Correntes Elétricas”, referente a correntes estacionárias e combina as três quantidades básicas consideradas em um circuito: ● a força eletromotriz total E ● a intensidade I da corrente (quantidade que flui na unidade de tempo) ● a resistência total R do circuito, que compreende a resistência interna do gerador elétrico. Ohm demonstrou que, em um circuito, a corrente é diretamente proporcional à força eletromotriz total do circuito e inversamente proporcional à resistência total do mesmo: I=E/R ou E=RI. A lei indica a perda ou queda ôhmica de potencial, perda de calor ou de diferença de potencial produzida pela passagem de corrente elétrica por uma resistência. Essa perda é representada por V=RI. Em vez de encontrar o reconhecimento que achava justo, o trabalho foi simplesmente ignorado na época. Os que leram não entenderam e acharam que não havia nenhuma contribuição para a Ciência e a Matemática. O professor que esperava uma promoção como resultado de sua publicação, entrou com uma discussão no Ministério da Cultura e acabou perdendo o emprego. O artigo, que definiu um novo conceito de resistência elétrica, foi despercebido na época. Nele, Ohm relatava suas experiências com diferentes espessuras e comprimentos de fios e as descobertas das relações matemáticas envolvendo essas dimensões as grandezas elétricas. Inicialmente verificou que a intensidade da corrente era diretamente proporcional à área da seção do fio e inversamente proporcional ao seu comprimento. Georg Simon Ohm conseguiu formular um enunciado que envolvia além dessas grandezas a diferença de potencial: “A intensidade da corrente elétrica que percorre um circuito aumenta proporcionalmente ao aumento da força eletromotriz e decresce proporcionalmente ao aumento da resistência”. É quase a expressão de uma lei universal – quanto maior o trabalho a realizar, maior o esforço que temos de fazer para realizá-lo. Sua formulação matemática é conhecida como Lei de Ohm. Depois de deixar o emprego, Georg Simon Ohn teve grande dificuldade para manter-se e achar alunos. Sua formulação recebeu críticas porque tentou explicar os fenômenos com base numa teoria sobre o fluxo do calor. Depois de seis anos, Ohm conseguiu voltar ao magistério na Escola Politécnica de Nuremberg. Em 1841, embora ainda não houvesse obtido amplo reconhecimento na Alemanha, encontrou-o na Inglaterra ao receber da Sociedade Real de Londres a medalha Copley. Em 1849, foi nomeado professor da Universidade de Munique. Após sua morte, na reunião do Congresso Internacional de Engenheiros Eletricistas em Paris, em 1881, decidiu-se dar o nome de Ohm à unidade de resistência elétrica. O alemão foi quem demonstrou a relação entre as três grandes unidades de eletricidade, o ampère, o volt e o ohm. Georg Simon Ohm faleceu em Munique, na Alemanha, no dia 6 de julho de 1854. Ada Lovelace Ada Lovelace (nascida Augusta Ada Byron; 10 de dezembro de 1815- 27 de novembro de 1852) foi uma matemática inglesa que foi considerada a primeira programadora de computador a escrever um algoritmo, ou um conjunto de instruções de operação, para a máquina de computação antiga construída por Charles Babbage em 1821. Como filha do famoso poeta romântico inglês Lord Byron , sua vida foi caracterizada como uma luta interna constante entre lógica, emoção, poesia e matemática durante períodos de saúde debilitada, jogo obsessivo e explosões de energia ilimitada . Ada Lovelace nasceu Augusta Ada Byron, condessa de Lovelace, em Londres, Inglaterra, em 10 de dezembro de 1815. Quatro meses depois, seu pai, o poeta extravagante Lord Byron, deixou a Inglaterra para sempre. Criada por sua mãe, Lady Anne Byron, Ada nunca conheceu seu famoso pai, que morreu quando ela tinha 8 anos. A infância de Ada Lovelace foi muito diferente da infância da maioria das jovens aristocráticas de meados do século XIX. Determinada a que sua filha não fosse influenciada pelo estilo de vida promíscuo e temperamento melancólico de seu pai rockstar literário, Lady Byron proibiu Ada de ler poesia, permitindo que ela fosse ensaiada estritamente em matemática e ciências. Acreditando que isso a ajudaria a desenvolver oautocontrole necessário para um pensamento analítico profundo, Lady Byron forçaria a jovem Ada a ficar deitada por horas a fio. Propensa a problemas de saúde durante a infância, Lovelace sofreu de enxaquecas que obscureciam a visão aos oito anos e ficou parcialmente paralisada por um caso de sarampo em 1829. Após mais de um ano de repouso contínuo na cama, o que pode ter retardado sua recuperação, capaz de andar com muletas. Mesmo durante os períodos de doença, ela continuou a expandir suas habilidades em matemática, enquanto desenvolvia um grande interesse por novas tecnologias, incluindo a possibilidade de voo humano Aos 12 anos, Ada decidiu que queria voar e começou a colocar seu conhecimento e imaginação nesse esforço. Em fevereiro de 1828, após estudar a anatomia e as técnicas de voo dos pássaros, ela construiu um conjunto de asas feitas de arames recobertos de papel e penas. Em um livro intitulado “Flyology”, Lovelace explicou e ilustrou suas descobertas, concluindo com um projeto para um cavalo voador mecânico movido a vapor. Seus estudos de voo um dia levariam Charles Babbage a se referir afetuosamente a ela como "Lady Fairy". https://greelane.com/link?to=charles-babbage-biography-4174120&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/charles-babbage-biography-4174120&source=ada-lovelace-biography-5113321 https://greelane.com/link?to=lord-byron-4689043&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/lord-byron-4689043&source=ada-lovelace-biography-5113321 As habilidades de Lovelace em matemática surgiram aos 17 anos, quando seu tutor, o notável matemático e lógico Augustus De Morgan, escreveu profeticamente a Lady Byron que o domínio da matemática de sua filha poderia resultar em ela se tornar “uma investigadora matemática original, talvez de eminência de primeira classe. ” Dotada de imaginação ativa do pai poético, Ada frequentemente descreveu sua área de estudo como "ciência poética", dizendo que considerava a metafísica tão importante quanto a matemática na exploração "dos mundos invisíveis ao nosso redor". Primeiro programador de computador, em junho de 1833, a tutora de Lovelace, Mary Somerville , apresentou-a ao matemático, filósofo e inventor britânico Charles Babbage, agora amplamente considerado como o "pai do computador". Quando os dois matemáticos começaram a desenvolver o que se tornaria uma amizade para toda a vida, Lovelace ficou fascinado com o trabalho inovador de Babbage em seu dispositivo de cálculo mecânico, que ele chamou de Máquina Analítica. Em 1842, Babbage pediu a Lovelace que traduzisse do francês para o inglês um artigo acadêmico sobre sua máquina de calcular, escrito pelo engenheiro militar italiano Luigi Menabrea. Ada não apenas traduziu o artigo, mas também o complementou com uma seção analítica elaborada que ela simplesmente intitulou "Notas", composta de Nota A a Nota As sete notas de G. Lovelace, agora reverenciadas como um marco na história dos computadores, continham tantos considere ter sido o primeiro programa de computador - um conjunto estruturado de instruções a serem executadas por uma máquina. Em sua Nota G, Lovelace descreve um algoritmo que instruiria a Máquina Analítica de Babbage a calcular com precisão os números de Bernoulli. Hoje é considerado o primeiro algoritmo criado especificamente para ser implementado em um computador, e a razão pela qual Lovelace é freqüentemente chamado de primeiro programador de computador. Como Babbage nunca completou sua Máquina Analítica, o programa de Lovelace nunca foi testado. No entanto, seu processo para fazer uma máquina repetir uma série de instruções, chamadas de “looping”, continua sendo um grampo da programação de computador hoje. Sua Nota G também expressou a rejeição de Lovelace ao conceito de inteligência artificial ou à ideia de que as máquinas robóticas podem ser capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana. “A máquina analítica não tem nenhuma pretensão de originar nada”, escreveu ela. “Ele pode fazer tudo o que sabemos para que ele execute. Pode seguir a análise, mas não tem poder de antecipar quaisquer relações analíticas ou verdades. ” A rejeição de Lovelace à inteligência artificial permaneceu por muito tempo o assunto de debate. Por exemplo, o icônico gênio da computação Alan Turing refutou especificamente suas observações em seu artigo de 1950, “Computing Machinery and Intelligence”. Em 2018, uma rara primeira edição das notas de Lovelace foi vendida em leilão por 95.000 libras (US $ 125.000) no Reino Unido. Lovelace era tida em alta conta por seus colegas. Em uma carta de 1843 a Michael Faraday, Babbage referiu-se a ela como "aquela feiticeira que lançou seu feitiço mágico sobre a mais abstrata das ciências e o agarrou com uma força que poucos intelectos masculinos (pelo menos em nosso país) poderiam ter exercido acima dele." https://greelane.com/link?to=mary-somerville-biography-3530354&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/mary-somerville-biography-3530354&source=ada-lovelace-biography-5113321 https://greelane.com/link?to=mary-somerville-biography-3530354&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/mary-somerville-biography-3530354&source=ada-lovelace-biography-5113321 https://greelane.com/link?to=timeline-of-robots-1992363&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/timeline-of-robots-1992363&source=ada-lovelace-biography-5113321 https://greelane.com/link?to=timeline-of-robots-1992363&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/timeline-of-robots-1992363&source=ada-lovelace-biography-5113321 https://greelane.com/link?to=alan-turing-biography-4172638&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/alan-turing-biography-4172638&source=ada-lovelace-biography-5113321 https://greelane.com/link?to=alan-turing-biography-4172638&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/alan-turing-biography-4172638&source=ada-lovelace-biography-5113321 A vida pessoal de socialite de Ada Lovelace contrastava fortemente com sua infância isolada e dedicação ao estudo da matemática e das ciências. Junto com Charles Babbage, seus amigos próximos incluíam o criador do caleidoscópio Sir David Brewster , o inventor de motores elétricos Michael Faraday e o popular romancista Charles Dickens . Em 1832, aos 17 anos, Ada tornou-se uma celebridade regular na corte do rei Guilherme IV, onde era conhecida como "uma beldade popular da temporada" e celebrada por sua "mente brilhante". Em julho de 1835, Lovelace casou-se com William, 8º Rei Barão, tornando-se Lady King. Entre 1836 e 1839, o casal teve três filhos: Byron, Annabella e Ralph Gordon. Em 1838, Ada se tornou condessa de Lovelace quando William IV fez de seu marido o conde de Lovelace. Típico dos membros da aristocracia inglesa da época, a família vivia sazonalmente em três casas, incluindo mansões localizadas em Surry e Londres, e em uma propriedade considerável no Loch Torridon, na Escócia. A vida pessoal de socialite de Ada Lovelace contrastava fortemente com sua infância isolada e dedicação ao estudo da matemática e das ciências. Junto com Charles Babbage, seus amigos próximos incluíam o criador do caleidoscópio Sir David Brewster , o inventor de motores elétricos Michael Faraday e o popular romancista Charles Dickens . Em 1832, aos 17 anos, Ada tornou-se uma celebridade regular na corte do rei Guilherme IV, onde era conhecida como "uma beldade popular da temporada" e celebrada por sua "mente brilhante". Em julho de 1835, Lovelace casou-se com William, 8º Rei Barão, tornando-se Lady King. Entre 1836 e 1839, o casal teve três filhos: Byron, Annabella e Ralph Gordon. Em 1838, Ada se tornou condessa de Lovelace quando William IV fez de seu marido o conde de Lovelace. Típico dos membros da aristocracia inglesa da época, a família vivia sazonalmente em três casas, incluindo mansões localizadas em Surry e Londres, e em uma propriedade considerável no Loch Torridon, na Escócia. Durante o final da década de 1840, enquanto sua
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