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Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 1 CABEÇA E PESCOÇO – HM III Exame físico da cabeça: realiza a avaliação das seguintes estruturas = crânio, couro cabeludo, face, olhos, nariz e cavidades paranais, orelha e pavilhão auricular e boca. CRÂNIO: avaliar a forma, volume, postura, movimentos involuntários, abaulamentos, retrações e deformidades. (Realize a inspeção e palpação) Macrocefalia = aumento. Microcefalia= diminuição. Formato = trauma ou fechamento prematuro das suturas. Posicionamento = pendente ou rotacionada para algum lado. Analisar pontos dolorosos – analisar a sensibilidade. Ex: Crânio simétrico sem deformidades, abaulamentos e retrações. COURO CABELUDO: avaliar a sensibilidade, temperatura, alterações de cor e textura, presença de lesões e cicatrizes. (Realize a inspeção e palpação) ***seborreia (caspa), parasitas, quantidade de cabelo + cor + textura + distribuição.*** Ex: Couro cabeludo sem alterações de sensibilidade, temperatura, cor e textura. Ausência de cicatrizes. FACE: avaliar a pele, simetria, deformidades e sensibilidades. ***Cianose, palidez, icterícia, manchas, movimentos involuntários, edemas e massas. *** Fácies atípica: É a face normal, sem aparentes alterações sindrômicas. Fácies hipocrática: Olhos fundos e inexpressivos, lábios finos e entreabertos, sudorese em face, batimento de aletas nasais, palidez cutânea, cianose labial e desnutrição. É uma fácies que não representa uma doença específica, mas sim um estágio de fim de vida encontrado na fase final de diversas patologias. Fácies renal: Como o nome diz é encontrada em doenças renais, geralmente em estágios avançados ou disfunções agudas, principalmente na síndrome nefrótica/ glomerulonefrites. Sua principal característica é o edema facial, sobretudo em pálpebras, associada a palidez cutânea. Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 2 Fácies adenoidiana: Presente em portadores de hipertrofia das adenoides, geralmente são crianças com rosto alongado, nariz pequeno e fino e boca entreaberta para permitir o fluxo de ar. Fácies cushingoide: Também chamada de “face em lua cheia”, é caracterizada por um edema importante, sobretudo em região malar e pescoço, que torna a face arredondada. A presença de acne também é comum, assim como um eritema em bochechas e hirsurtismo. Encontrada em pacientes com síndrome de Cushing primária ou induzida pelo uso de corticosteróides. Fácies basedowniana: Indicadora de hipertireoidismo, cursa com exoftalmia (olhos protusos), rosto magro e expressão de ansiedade ou espanto. Os pacientes também podem apresentar aumento da glândula tireoide, fazendo uma saliência na região cervical. Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 3 Fácies mixedematosa: É vista em pacientes com hipotireoidismo. Cursa com rosto arredondado, pele seca, pálida, espessa e com sulcos acentuados. Seus lábios são grossos, as pálpebras enrugadas e os cabelos secos e sem brilho. Esses pacientes ainda apresentam uma expressão depressiva ou apática. Fácies sindrômica ou mongoloide: Característica da Síndrome de Down, é talvez uma das mais facilmente reconhecidas, até por não médicos. Marcada por fissuras palpebrais oblíquas e pregas epicantais proeminentes que tornam os olhos oblíquos, distantes um do outro e semi cerrados. O rosto é arredondado, o nariz pequeno, as orelhas têm implantação baixa e a boca comumente fica entreaberta devido ao maior tamanho da língua. Fácies esclerodérmica: Marcada por um espessamento da pele, que se torna endurecida e aderente aos planos profundos, levando a uma redução importante da mobilidade facial, com aspecto de “múmia”. Também costuma cursar com repuxamento da boca, que dá um aspecto de lábios finos. Presente na esclerodermia sistêmica. Fácies acromegálica: Há uma protrusão da região malar e de sobrancelhas e uma hipertrofia de nariz, lábios e orelhas, dando aparência de olhos pequenos. Na acromegalia os pacientes costumam ser altos, com mãos, pés e rostos maiores que o normal. Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 4 Fácies leonina Encontrada na Hanseníase, esses pacientes apresentam uma pele espessa com lesões nodulares típicas da doença. Não há pelos na face, o nariz é largo e os lábios grossos. Fácies parkinsoniana ou em máscara : Nesses casos há uma falta de expressão facial associada a olhar fixo e distante, diminuição do piscar, elevamento dos supercílios e fronte enrugada. Podem manter uma flexão do pescoço, que os força a manter um olhar para cima. Fácies depressiva: Rosto inexpressivo, canto da boca rebaixado, sulco nasolabial acentuado e olhar fixo e distante, com expressão de indiferença ou tristeza. Fácies da paralisia facial O nervo facial é responsável pela mímica da face. Em sua paralisia periférica há prejuízo da inervação de toda a face, gerando uma paralisia total com impossibilidade de fechar as pálpebras e de franzir a testa e repuxamento e rebaixa mento da boca para o lado paralisado. Já na paralisia central a inervação superior se mantém, possibilitando a contração de músculos da testa e sobrancelha. Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 5 Fácies miastênica Presente na miastenia gravis e em outras miopatias, é marcada pela impossibilidade de contração da pálpebra superior, que leva a ptose palpebral. Em tentativa de contorná-la, os pacientes tendem a elevar as sobrancelhas, franzindo a testa. OLHOS: avaliar quantidade e implantação dos pelos das sobrancelhas, pálpebras, cílios, fenda palpebral, aparelho lacrimal, globos oculares, conjuntivas, escleras, córneas, movimentos dos olhos, íris, pupila, tensão ocular, acuidade visual, campo visual, reflexos oculomotores e fundo de olho. Exoftalmia = esbugalhamento dos olhos, fazendo com que se dilatem para fora da cavidade ocular em um ou ambos os olhos. Estrabismo= distúrbio em que os olhos não olham exatamente na mesma direção ao mesmo tempo. Madarose= perda de cílios e/ou da sobrancelha. Hipertricose= representa simplesmente o crescimento aumentado de pelos em qualquer área do corpo. Aparelho lacrimal: resecamento, lagrimejamento execessivo. Conjuntiva: anemia, pterígio. Esclera: solicitar que o paciente olhe para várias direções -> alterações comuns: irritação, icterícia, melanose. Cristalino: catarata. Pupilas: 01. Tamanho – normal, miose (diminuição da pupila), midriase (aumento da pupila); 02. Formato- redondo; 03. Simetria – simétricas, anisocoria (quando as pupilas apresentam tamanhos diferentes, existindo uma que está mais dilatada que a outra); 04. Reflexo – fotomor direto (a que recebe o foco da luz), fotomotor indireto ou consensual. Acuidade visual + visão de cores + movimentos oculares. Ex: quantidade e implantação dos pelos das sobrancelhas, pálpebras e cílios dentro da normalidade; ausência de hiperemia ou lesões oculares; acuidade e campo visual preservados, pupilas isocóricas, reflexo fotomotor direto, consensual e de acomodação presentes. Fundo de olho: nervo óptico róseo, limites bem definidos, área macular brilhante, fina, de coloração homogênea, e vasos de limites nítidos, com calibre homogêneo. NARIZ E CAVIDADES PARANAIS: avaliar tamanho, forma, cor, mucosa, aspecto do vestíbulo, secreções e sensibilidade. *Analisar septo nasal, tumorações, lesões e depressões. Ex: nariz e cavidades paranasais sem alterações da forma, cor, mucosa. Ausência de lesões. https://www.google.com/search?sxsrf=ALeKk03zKChAChq0XVoF0AmWsW16XbWKcA:1622478113097&q=exoftalmia&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwiOz9j8qfTwAhWzBtQKHQFICbkQkeECKAB6BAgBEDY Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 6 ORELHA EXTERNA E PAVILHÃO AURICULAR: avaliar tamanho, forma, integridade, implantação, simetria, corpos estranhos, sensibilidade, secreções, processos inflamatórios. Otoscopia: canal auditivo, membrana timpânica (analisar coloraçãoe contorno). Ex: Sem alterações da forma, integridade, implantação. BOCA: avaliar mucosa, língua, palato, assoalho, orofaringe, tonsilas, observando umidade, coloração, presença de lesões, dentição (grau de conservação da arcada dentária: se está completa ou incompleta, se os dentes estão em bom ou mau estado de conservação). Utilize dois abaixadores de língua unidos em uma das pontas formando um “V” para melhor avaliar a cavidade oral. *Deve realizar a remoção da prótese dentaria. *Analisar a umidade dos lábios. *Gengivas se há irritação ou edemas *Coloração da língua e simetria. *Tonsilas e úvula analisar se estão com edemas. **Coloração+lesões+corpos estranhos+ secreções.*** Ex: boca sem alterações da forma e com integridade mucosa, língua, palato, assoalho, orofaringe, tonsilas. Dentição completa em bom estado de higiene e conservação. Exame físico do pescoço: compreende sua avaliação geral (musculatura, postura, movimentação, batimentos ectópicos, volume, forma, simetria, tumores), avaliação da coluna cervical e avaliação específica dos linfonodos, tireoide e vasos cervicais. LINFONODOS: realizar a palpação, inspeção, avaliando tamanho, aderência a planos profundos e superficiais, localização, simetria, consistência, coalescência, sensibilidade e alterações da pele circunjacente (fístulas, retrações, sinais flogísticos, ulcerações). Ex: Ausência de adenomegalias. Ex: Adenomegalia palpável em região cervical anterior com cerca de 1cm no sei maior diâmetro, móvel, fibroelástica, não aderida a planos profundos, indolor e sem alterações da pele circunjacentes. TIREOIDE: realizar inspeção, palpação, ausculta. Ex: tireoide não visível, não palpável e sem sopros. VASOS: realizar a palpação e ausculta das carótidas. Avaliar presença de turgências jugular. Ex: Carótidas palpáveis bilateralmente, simétricas e sem sopros. Ausência de turgência jugular aos 45 graus. Exame das Cadeias Linfonodais: Anatomia das Cadeias Linfonodais: ao longo de toda região cervical existem várias cadeias de linfonodos bem definidas e interligadas. Cada órgão cervicofacial possui sua drenagem preferencial para um agrupamento especifico de linfonodos, de acordo com a sua anatomia. https://www.google.com/search?biw=1366&bih=657&sxsrf=ALeKk03o55ZFul38nNDbGr_BN8RT8fthDQ:1622478810575&q=Otoscopia&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwjCjqPJrPTwAhVSA9QKHYxQDKcQkeECKAB6BAgBEDY Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 7 01. SUBMENTONAIS – NÍVEL I 02. SUBMANDIBULARES – NÍVEL I 03. JUGULAR ALTO – NÍVEL II 04. JUGULAR MÉDIO – NÍVEL III 05. JUGULAR BAIXO – NÍVEL IV 06. TRÍGONO POSTERIOR – NÍVEL V 07. COMPARTIMENTO ANTERIOR – NÍVEL VI IRRIGAÇÃO DOS GÂNGLIOS LINFÁTICOS: 01. OCCIPITAL E AURICULAR: couro cabeludo, pavilhão da orelha e ouvido interno. 02. SUBMAXILARES, AMIGDALIANOS E SUBMENTONIANOS: orofaringe, língua, lábios, dentes e glândulas salivares. 03. CERVICAIS PROFUNDOS E SUPRACLAVICULARES: órgão intratorácicos e intra-abdominais. SEMIOTÉCNICA – PALPAÇÃO DE LINFONODOS: 1. Paciente sentado e examinados posicionado atrás do paciente; 2. Não há uma ordem específica para avaliar a regiões. Orienta-se que cada examinadoe padronize sua própria ordem para não se esquecer de nenhuma região; 3. Pode-se palpar ambos os lados simultaneamente ou separadamente; 4. A palpação deve ser realizada com as polpas digitais e a face ventral dos dedos médio, indicador e anular; 5. Apoiam-se os polegares sobre o músculo trapézio; 6. Para palpar as cadeias cervicais, mobiliza-se a cabeça para os lados que se deseja avaliar a fim de relaxar a musculatura ipsilateral; 7. Para melhor palpar os linfonodos cervicais e posteriores, pode-se aprender o músculo esternocleidomastoideo entre o polegar e dedo indicador e médio de uma mão e palpar os linfonodos com a outra; 8. CUIDADE: ao palpar os linfonodos submandibulares, não confundir com as glândulas salivares. CADEIAS LINFÁTICAS A SEREM PALPADAS: 01. PRÉ-AURICULAR 02. RETROAURICULAR 03. SUBOCCIPTAL 04. SUBMENTONIANA 05. SUBMAXILAR 06. CERVICAL ANTERIOR 07. CERVICAL POSTERIOR 08. SUPRACLAVICULAR Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 8 AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS E DESCRIÇÃO: durante a palpação, deve-se avaliar as seguintes características: LOCALIZAÇÃO: descrever conforme as regiões ou níveis cervicais e faciais conhecidos. Ex: linfonodo retroauricular; linfonodo localizado no nível cervical V a proximadamente 2cm do músculo trapézio. NÚMERO: especificar a quantidade, sem que possível. Quando não o for, especificar se é único ou se são múltiplos. Ex: linfonodo único; 3 linfonodos; linfadenopatia generalizada em região cervical. DIMENSÕES: preferencialmente, registrar as 3 dimensões. Quando não o for, registrar ao menos o maior diâmetro. Ex: linfonodo medindo 2cm. SUPERFÍCIE: especificar se os contornos são regulares ou irregulares. CONSISTÊNCIA: especificar se a consistência encontra-se fibroelástica (normal), amolecida, endurecida, pétrea etc. MOBILIDADE: especificar se não moveis ou fixos (aderidos a planos profundos). SENSIBILIDADE: avaliar se durante a manipulação manifestador ou se são indolores. Sempre questionar a presença de dor antes da manipulação. Quando presente, iniciar a palpação pela área mais distante do ponto doloroso, e gradativamente e delicadamente palpar a zona crítica. COALESCÊNCIA: quando forem múltiplos, especificar se os linfonodos se encontram independentes ou coalescentes. RELAÇÃO COM A PELE ADJACENTE: especificar quando houver comprometimento da pele circunjacente, como hiperemia, hipertemia, ulcerações, fístulas etc. Exame da Tireoide: está compreendido nas etapas: inspeção, palpação e ausculta. INSPEÇÃO: habitualmente, a tireoide não é visível, com exceção de pacientes muito emagrecidos. Para melhor visualização paciente deve estar sentado estendendo a cabeça para trás e solicitando que o mesmo degluta. Como a glândula situa-se fixa a fáscia pré traqueal esperado que ela se desloque para cima ao pedir o que o paciente degluta. Nos aumentos difusos da glândula as 2 faces laterais e anterior do pescoço ficam uniformemente abauladas. PALPAÇÃO: a glândula tireoide é palpável em muito indivíduos normais apresentando lobos com cerca de 3 a 5 centímetros no sentido vertical e o istmo com diâmetro aproximado de 0,5 centímetros. PASSO 1: LOCALIZAÇÃO DA GLÂNDULA: para localizar a glândula tireoide, deve-se ter como referencial anatômico as cartilagens tireoide e cricoide, tendo em vista que eu estimo da glândula tireoide encontra se anatomicamente abaixo da cartilagem cricoide. O istmo da glândula pode ser examinado colocando-se o polegar direito horizontalmente, abaixo da cartilagem cricoide. Será possível perceber o istmo quando o paciente deglutir. Ele apresenta consistência borrachosa e mede cerca 0,5cm de largura. O o istmo com tamanho aumentado, firme ou com nódulos é a indicação de anormalidade tireoidiana. Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 9 *Manobras especiais: na suspeita de bócio retroesternal ou mergulhante, pode se lançar mão da manobra de elevar os braços paralelos a cabeça com o pescoço estendido. Esta manobra irá elevar o polo cefálico do Bócio, fazendo o aflorar fúcula esternal, além de provocar ingurgitamento e congestão venosa na face(sinal de pemberton). A a base para essa manobra é que o tamanho da entrada do tórax já está reduzido pelo bócio, e a manobra deve elevar os braços reduza ainda mais a entrada torácica e causa congestão e ingurgitamento venoso da face, algumas vezes, distúrbio respiratório ou ao mesmo síncope. PASSO 2: PALPAÇÃO DA TIREIOIDE MÉTODO 1: 1. Paciente sentado e com o pescoço levemente fletido; 2. Examinador á direita e a frente do paciente; 3. Localiza-se a tireoide; 4. Posiciona-se os dedos polegar indicador direitos em cada um dos ladosdá traqueia e solicita se que eu paciente degluta. Sentirá a glândula bilateralmente passando pelos dedos; Para palpar os lobos individualmente; 5. Coloca os seus dedos indicador e médio da mão direita justapostos para palpar lobo esquerdo da glândula. O examinador posiciona-se á direita do paciente; 6. Solicita se que o paciente degluta. MÉTODO 2: 1. Paciente sentado e com o pescoço levemente fletido; 2. Examinador á direita e a frente do paciente; 3. Posiciona-se o polegar esquerdo sobre o lobo esquerdo da tireoide, os demais dedos da mão esquerda posiciona-se lateral direita do pescoço; 4. De maneira análoga, usa se o polegar direito para palpar o lobo direito; 5. Solicita se que o paciente degluta. MÉTODO 3: 1. Paciente sentado; 2. Examinador em pé atrás do paciente; 3. Solicita se que o paciente fleta a cabeça para o lado a ser examinado, com o objetivo de relaxar os músculos esternocleidomastóideo; 4. Posiciona-se os dedos indicador e médio homolaterais ao lobo examinado sobre a sua topografia para explorá-lo; 5. Posiciona-se o polegar homolateral atrás do pescoço; 6. Para sensibilizar a manobra, pode-se pressionar um dos lobos da tireoide enquanto se examina o lobo contralateral essa manobra impulsiona o lobo examinado para frente facilitando a palpação; 7. A manobra é repetida para o outro lobo; 8. Solicita-se que o paciente degluta. AUSCULTA: a ausculta da glândula tireoide fica restrita aqueles pacientes com suspeita de tireotoxicose, uma vez que o aumento do fluxo sanguíneo poderá determinar a ocorrência de sopro sobre a glândula, associados ou não a presença de frêmitos. Arlinda Marques Moitinho Dourado – Medicina 2021 10 ROTEIRO DE ESTUDO Cabeça e Pescoço 01. Quais os elementos que devem ser observados na inspeção do Crânio durante o exame físico? avaliar a forma, volume, postura, movimentos involuntários, abaulamentos, retrações e deformidades. 02. Durante o exame da face o que deve ser observado? – simetria, expressão fisionômica, mímica facial, pele pelos. 03. Quais são as principais estruturas do olho humano que podem ser observadas externamente? Córnea = é o mais importante meio refrativo do olho, caracterizando-se pelo seu alto grau de transparência, a qual depende de vários fatores, incluindo a regularidade da superfície anterior epitelial, a organização regular das fibras de colágeno do estroma e a sua natureza avascular. É nutrida pelo filme lacrimal, pelo humor aquoso, pelos vasos do limbo e da conjuntiva palpebral. Esclera = opaca e constitui os cinco sextos posteriores da túnica externa. Nela se inserem os músculos extraoculares e é a passagem de elementos vasculonervosos; além de contribuir na formação do seio camerular, serve de proteção da coriorretina e do vítreo e para a manutenção do tônus ocular. 04. Quais as estruturas internas dos olhos e finalidade de cada uma delas? Retina = uma camada receptora que contém as fibras formadoras do nervo óptico. 05. Quais as principais manifestações clínicas referentes aos olhos? 06. Quais as principais alterações percebidas em exame físico das pálpebras e fenda palpebral? Pterígio e ptose. 07. Qual a importância do exame clínico das pupilas e quais elementos devem ser observados? Forma: normalmente arredondadas ou levemente ovaladas. Localização: centrais. Tamanho: variável de acordo com a claridade do ambiente. Denominam-se midríase a pupila dilatada e miose a pupila contraída. Anisocoria significa pupilas de tamanho desigual. Cumpre salientar que, em 5% dos indivíduos normais, o tamanho das pupilas não é exatamente igual. Reflexos: estudam-se os reflexos fotomotor (contração pupilar à luz), consensual (contração pupilar de um lado pela estimulação luminosa no outro olho) e de acomodação convergência (contração das pupilas e convergência dos globos oculares à medida que se aproxima do nariz um foco luminosos. 08. Cite as estruturas que compõem o aparelho lacrimal e alterações que podem ser percebidas. Glândula lacrimal = localiza-se na parte anterior, lateral e superior da órbita, e é responsável pela produção e secreção da lágrima, líquido incolor que lava e lubrifica os olhos. A lágrima mantém a umidade da conjuntiva ocular, impedindo que o olho seque, o que resultaria na perda da transparência da córnea. Além disso, permite a expulsão de partículas estranhas que atingem os olhos. Vias lacrimais = As vias lacrimais são constituídas pelos canais que saem das glândulas e pelo saco lacrimal (pequeno reservatório), situado no canal lacrimal, no canto interno do olho. 09. O que são as ametropias e quais as etiologias das mesmas?
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