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1 Clarisse Nunes | GO | 6º período DISMENORREIA A dismenorreia é caracterizada por dor uterina importante durante o período menstrual, podendo ser primária ou secundária (decorrente de causas orgânicas). Seu diagnóstico diferencial se baseia na anamnese e no exame físico, podendo haver necessidade de uso de métodos auxiliares, como USG transvaginal, histeroscopia e laparoscopia. Esse quadro de dor associa-se à ação de prostaglandinas decorrentes da queda prévia dos níveis de progesterona na fase pré-menstruação. ETIOLOGIA É um termo científico usado para as cólicas menstruais. Sua causa é a produção de prostaglandinas, que fazem o útero se contrair para eliminar o fluxo menstrual do endométrio, a camada mais interna do útero. É uma menstruação difícil e dolorosa, uma dor acima do que é normal (fisiológico). É uma cólica em baixo ventre que tem início antes da menstruação e termina no final do fluxo menstrual. Quando estamos com dor, o corpo libera substâncias que são conduzidas até o cérebro, que recebe p alerta e transforma essa sensação em dor. O método transcraniano visa trazer soluções a longo prazo para as pacientes SINTOMAS Algumas vezes a dismenorreia pode vir associada com dor de cabeça, náusea e vômitos, desconforto digestivo, como diarreia ou constipação, desmaios, dor mamária e inchaço abdominal que pode durar toda a menstruação DISMENORREIA PRIMÁRIA É a menstruação dolorosa na ausência de lesões nos órgãos pélvicos. Faz parte do ciclo menstrual normal e ocorre logo após as primeiras menstruações. É uma dor aguda e espessada que cessa com uso de analgésicos e AINES Ocorre devido à liberação de prostaglandinas, que promovem fortes contrações no músculo uterino; redução da circulação dos vasos sanguíneos e diminuição do O2 no local, levando a dor menstrual Possui intensidade variável e pode se irradiar para as costas e membros inferiores, durante a menstruação Ocorre no ciclo ovulatório, então, teoricamente se você tomar anticoncepcional continuo a dismenorreia não vai aparecer porque não vai ter quedas hormonais Acomete pacientes mais jovens Uma paciente mesmo sem patologia associada pode ter uma dor incapacitante DISMENORREIA SECUNDÁRIA Tem uma patologia associada. Possui início mais tardio, geralmente alguns anos após a menarca É uma dor pesada e contínua Iniciada até duas semanas antes da menstruação e persiste durante todo ciclo Causas: o Endometriose – mais comum o Adenomiose o Mioma uterino o Doença inflamatória pélvica – às vezes precisa até tirar a trompa o DIU - paciente que usa DIU tem que tomar muito cuidado, pois a chance de ter uma inflamação é muito maior. Nunca colocar um DIU sem preventivo ou paciente com muitos parceiros o Malformações uterinas o Estenose cervical o Cistos de ovário o Varizes pélvicas DIAGNÓSTICO Anamnese e exame físico são suficientes para diagnóstico de dismenorreia primária, que se inicia 6 a 12 meses após a menarca, com o início dos ciclos ovulatórios. A dor pélvica ocorre por 8 a 72 horas e está associada com o início do fluxo menstrual. Sintomas sistêmicos ocorrem em cerca de 50% das vezes. A dismenorreia secundária frequentemente ocorre em mulheres de 30 a 40 anos. Há queixa de mudança no início e intensidade da dor. Dispareunia, sangramento uterino anormal e outros sintomas, podem estar associados. Investigação com USG transvaginal e laparoscopia e/ou histeroscopia pode Referência: slide da professora + https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/1/unidades_casos_complexos/unidade27/unidade27_ft_dismenorreia.pdf 2 Clarisse Nunes | GO | 6º período ser feita para confirmar o diagnóstico. Sua severidade está associada à duração do fluxo menstrual, tabagismo, consumo de álcool, história de abuso sexual e obesidade, além de estresse e distúrbios emocionais. TRATAMENTO O tratamento da dismenorreia primária inclui uso de medicamentos sintomáticos, como analgésicos e AINES, que bloqueiam a produção de prostaglandinas. Também são indicados anticoncepcionais, em uso contínuo ou cíclico, pois o ciclo anovulatório é geralmente menos doloroso. O exercício físico moderado e regular e medidas gerais, como bolsa de água quente, banho morno e massagens relaxantes, auxiliam no alívio da dor. O tratamento da dismenorreia secundária é avaliado conforme cada caso, pois a dor é devida ao problema orgânico que deve ser tratado. https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/1/unidades_casos_complexos/unidade27/unidade27_ft_dismenorreia.pdf
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