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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Sumário 
 
Introdução....................................................................................................................................... 3 
Capítulo 1 ........................................................................................................................................ 4 
A história da enfermagem ............................................................................................................. 4 
 A enfermagem como profissão ..................................................................................................... 5 
Capítulo 2 – Atendimento em Saúde ............................................................................................ 7 
 Atendimento em Saúde ................................................................................................................. 7 
Capítulo 3 – Cuidados pessoais ................................................................................................... 9 
Higiene pessoal ............................................................................................................................ 9 
 Higiene das mãos ......................................................................................................................... 9 
Capítulo 4 – Primeiros socorros ................................................................................................. 12 
Urgência e emergência ............................................................................................................... 12 
 Lei Penal ..................................................................................................................................... 12 
 Classificação de riscos ................................................................................................................ 14 
Capítulo 5 – Sinais vitais ............................................................................................................. 15 
Temperatura ............................................................................................................................... 15 
 Pulso ........................................................................................................................................... 17 
Respiração .................................................................................................................................. 18 
 Pressão arterial ........................................................................................................................... 20 
Capítulo 6 – Emergências clínicas ............................................................................................. 23 
Parada cardiorrespiratória ......................................................................................................... 23 
 Parada cardíaca ......................................................................................................................... 23 
Parada respiratória .................................................................................................................... 23 
 Ressuscitação Cardiopulmonar .................................................................................................. 23 
Choque elétrico .......................................................................................................................... 27 
 Desmaio ..................................................................................................................................... 29 
Convulsão ................................................................................................................................... 30 
 Urgências diabéticas ................................................................................................................... 33 
 Infarto agudo do miocárdio ......................................................................................................... 34 
 Acidente vascular encefálico ....................................................................................................... 35 
 Corpo estranho e asfixia ............................................................................................................. 37 
Capítulo 6 – Emergências traumáticas ...................................................................................... 42 
Queimaduras .............................................................................................................................. 42 
 
 
3 
 Insolação ..................................................................................................................................... 46 
Fratura ........................................................................................................................................ 47 
 Entorse ........................................................................................................................................ 48 
Luxação ...................................................................................................................................... 49 
 Sangramento ............................................................................................................................... 51 
 Hemorragia ................................................................................................................................. 54 
 Remoção e transporte de acidentados ....................................................................................... 57 
Capítulo 8 – Envenenamento e Intoxicações ............................................................................. 60 
Intoxicações medicamentosas .................................................................................................... 63 
Acidentes com animais peçonhentos .......................................................................................... 64 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Introdução 
Nesta apostila fornecemos orientações em situações de acidentes a fim de auxiliar o atendimento 
a um acidentado, atuando somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de atendimento. 
Sabendo avaliar seus limites físicos e de conhecimento. 
Lembramos que a função de quem está fazendo o socorro é: 
1. Comunicar o serviço de atendimento emergencial. 
2. Fazer o que deve ser feito no momento certo, afim de: 
 A) Salvar uma vida; 
 B) Prevenir danos maiores; 
3. Manter o acidentado vivo até a chegada deste atendimento. 
4. Manter a calma e a serenidade frente a situação inspirando confiança. 
5. Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado. 
6. Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado, afastando-as do local do 
acidente, evitando assim causar o chamado "segundo trauma", isto é, não ocasionar outras lesões 
ou agravar as já existentes. 
7.Ser o elo das informações para o serviço de atendimento emergencial. O profissional não médico 
deverá ter como princípio fundamental de sua ação a importância da primeira e correta abordagem 
ao acidentado, lembrando que o objetivo é atendê-lo e mantê-lo com vida até a chegada de socorro 
especializado, ou até a sua remoção para atendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Capítulo 1 
A história da enfermagem 
 
A organização da Enfermagem na sociedade 
brasileira começa no período colonial e vai até 
o final do século XIX. A profissão surge como 
uma simples prestação de cuidados aos doentes, 
realizada por um grupo formado, na sua maioria, 
por escravos, que nesta época trabalhavam nos 
domicílios. No que diz respeito à saúde do nosso 
 povo, merece destaqueo Padre José de Anchieta. 
Ele não se limitou ao ensino de ciências e catequeses; foi além: atendia aos necessitados do 
povo, exercendo atividades de médico e enfermeiro. Em seus escritos encontramos estudos de 
valor sobre o Brasil, seus primitivos habitantes, clima e as doenças mais comuns. Desde o 
princípio da colonização foi incluída a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram origem 
em Portugal. 
A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida, ainda no 
século XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Inicialmente, o cuidado era 
realizado com ervas. Os escravos tiveram papel relevante na enfermagem, pois auxiliavam os 
religiosos no cuidado aos doentes. 
 
 
 
 
 
 
 
Ao lado, visualizamos Anna Justina Ferreira Nery, mais 
conhecida como Anna Nery incorporada ao décimo 
batalhão de voluntários em agosto de 1865, na qualidade de 
enfermeira, a pioneira da enfermagem no Brasil. 
http://www.portugal.gov.pt/
 
 
6 
A enfermagem como profissão 
 
 
 
A profissão de Enfermagem, desde as suas origens, está ligada à noção de "cuidar", noção esta 
que se refere à prestação de cuidados e que está relacionada também com a noção de 
sobrevivência das pessoas. 
A enfermagem se destaca como o primeiro contato da população em qualquer unidade de saúde. 
É uma das profissões na área da saúde que está presente desde a entrada até a alta do paciente, 
indo além da atuação no ambiente hospitalar. 
O trabalho dos enfermeiros é feito pela proteção, prevenção, reabilitação e recuperação da 
saúde. 
O Enfermeiro 
O enfermeiro se dedica a promover, a manter e a restabelecer a saúde das pessoas, 
trabalhando em parceria com outros profissionais – médicos, nutricionistas e psicólogos, por 
exemplo. 
 
 
7 
Os enfermeiros necessitam de estudo de graduação em enfermagem e com isso, podem 
trabalhar em diferentes funções de atendimento ao paciente, que envolvem tanto seu estilo de 
formação quanto seu local de trabalho. 
Além da graduação em enfermagem existem especializações que expandem o campo de atuação 
profissional. 
Áreas de atuação 
❖ Enfermagem Obstétrica; 
❖ Enfermagem em Saúde da Família; 
❖ Enfermagem Oncológica; 
❖ Enfermagem do Trabalho; 
❖ Enfermagem em terapia intensiva; 
❖ Enfermagem em Centro Cirúrgico; 
❖ Entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Capítulo 2 
Atendimento em Saúde 
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divide o 
Sistema Único de Saúde (SUS) em 3 níveis de atenção 
à saúde: o primário, o secundário e o terciário. Eles 
seguem uma ordem crescente de complexidade do 
tratamento e isso é feito para garantir que cada pessoa 
vai ser atendida no nível em que precisa. 
 
No nível primário, conhecido como a porta de entrada no SUS, estão as Unidades Básicas de 
Saúde (UBSs). Nessa etapa são marcadas consultas e exames básicos, como hemogramas, 
além da realização de procedimentos simples, como curativos. Os profissionais se articulam para 
atuar não apenas na UBS, mas também em diversos espaços da comunidade (como centros 
comunitários e escolas), além de fazerem visitas domiciliares às famílias. Neste nível são 
organizadas as ações para a promoção da saúde pública em espaços comunitários, como em 
escolas e universidades. Campanhas para incentivar a vacinação e o combate à dengue, por 
exemplo, são consideradas como parte do nível primário. 
No nível secundário entram as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), bem como ambulatórios 
e hospitais que oferecem atendimento especializado. A complexidade é maior que a do nível 
primário, mas ainda não como a do terciário. É neste nível que aparecem os primeiros 
especialistas em áreas como cardiologia, oftalmologia, endocrinologia, etc. O atendimento na 
atenção primária encaminha para um desses profissionais, da atenção secundária, por exemplo. 
Os profissionais e equipamentos do nível secundário de atenção à saúde estão preparados para 
realizar intervenções e o tratamento de alguns casos de doenças agudas ou crônicas, bem como 
prestar atendimentos de emergência. 
 
 
 
9 
O nível terciário é o mais complexo, onde entram os grandes hospitais e os equipamentos mais 
avançados, como aparelhos de ressonância magnética, além de profissionais altamente 
especializados, como cirurgiões. Isso porque é no nível terciário de atenção à saúde que 
acontecem as cirurgias e são atendidos os pacientes com enfermidades que apresentam riscos 
contra suas vidas. 
O sistema de organização em três níveis gradativos de atenção à saúde serve, principalmente, 
como uma triagem para o Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes são encaminhados de 
um nível ao próximo, garantindo que profissionais altamente especializados e os equipamentos 
mais avançados tenham uma maior disponibilidade para quem precisa, enquanto o paciente que 
precisa de um simples curativo já “para” no nível primário. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Capítulo 3 
Cuidados pessoais 
 
O ser humano precisa de cuidados para manter a saúde em equilíbrio. Abraham Maslow foi um 
famoso psicólogo americano por sua pesquisa sobre hierarquia das necessidades humanas. Dentre 
elas estão as necessidades fisiológicas que incluem fome, sede, sono, excreção e abrigo, que se 
complementam com os cuidados pessoais (higiene pessoal e corporal). 
 
Higiene pessoal 
A higiene pessoal compreende os cuidados que cada indivíduo tem consigo. Podemos citar como 
exemplo o banho, higienização das mãos, higiene bucal e cuidado com a pele. 
Higienização das mãos 
É uma prática importante para evitar doenças, acúmulo de microrganismos, além de ser menos 
dispendiosa. 
Em todos os procedimentos que iremos aprender haverá sempre a recomendação de lavagem das 
mãos antes e após o procedimento. 
 
Material para higienização das mãos 
▪ Sabonete líquido; 
▪ Papel toalha. 
Como fazer 
▪ Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar-se na pia; 
▪ Ensaboar as mãos e pulsos, fazendo fricção com sabão por 30 segundos, especialmente 
nos espaços interdigitais, unhas, extremidades dos dedos; 
▪ Enxaguar em água corrente; 
▪ Secar as mãos com toalhas de papel; 
▪ Fechar a torneira utilizando papel toalha. 
 
 
11 
 
Observações: 
▪ Retirar relógios e joias; 
▪ Ao lavar as mãos NÃO se encostar na pia ou torneira (se isso ocorrer repetir todo o 
procedimento); 
▪ Existem torneiras manuais, com pedais e sensores; 
▪ As mãos são as partes mais contaminadas a serem lavadas, por isso a água deve fluir da 
área menos contaminada para a mais contaminada (das mãos para o antebraço); 
▪ Esfregar e friccionar mecanicamente; 
▪ Friccionar os dedos e polegares assegura que todas as superfícies estão sendo limpas; 
▪ Manter as unhas aparadas e limpas; 
▪ Ao secar as mãos deve-se iniciar da área mais limpa (periferia) para a menos limpa 
(antebraço) para evitar contaminação. 
 
 
 
Fica a dica: 
É importante lavar as mãos antes e após utilizar o banheiro, antes das refeições, assim como 
ao chegar em casa e antes das refeições. 
Vamos exercitar!!!! 
Repita a sequência de higienização das mãos! 
 
Fica a dica: 
Se o local não possuir local e material para lavar as mãos, pode-se realizar os mesmos 
movimentos de fricção utilizando álcool em gel. 
 
 
12 
 
 
 
 
13 
Capítulo 4 – Primeiros socorros 
Primeirossocorros 
Primeiros socorros são os procedimentos adotados, 
antes da chegada do médico, de profissional qualificado 
da área de saúde ou da ambulância, quando uma pessoa 
é vítima de qualquer acidente ou mal súbito. Anualmente, 
milhares de pessoas se acidentam nas ruas, rodovias ou em casa. Geralmente, são quedas, 
queimaduras, envenenamentos, cortes, choques, exigindo, na maioria das vezes, socorro imediato. 
Qualquer pessoa que for realizar o atendimento pré-hospitalar, deve antes de tudo, atentar para a 
sua segurança. O impulso de ajudar as vítimas, não justifica a realização de atitudes 
inconsequentes, que acabam transformando o socorrista em uma nova vítima. 
As finalidades dos primeiros socorros são: preservar a vida, restringir os efeitos da lesão e promover 
a recuperação da vítima. 
Lei Penal 
Decreto de Lei nº 2,848 de 07 de dezembro de 1940 
Segundo o Código Penal Brasileiro, qualquer indivíduo, mesmo o leigo na área da saúde 
(pertencente a qualquer outra área de trabalho, ocupação ou estudo), tem o dever de ajudar um 
necessitado ou acidentado ou simplesmente chamar ajuda para estes. Do contrário, sofrerá 
complicações penais. 
 
Artigo 135 
Todo cidadão é obrigado a prestar auxílio a quem esteja necessitando, tendo três formas para fazê-
lo: 
▪ Atender; 
▪ Auxiliar quem esteja atendendo ou solicitar ajuda; 
▪ Solicitar auxílio. 
 
 
 
 
14 
Exceções da lei (em relação a atender e/ou auxiliar) 
 
▪ Menores de 16 anos; 
▪ Maiores de 65 anos; 
▪ Gestantes a partir do terceiro mês; 
▪ Deficientes visuais, mentais e físicos. 
 
Pena 
 
▪ Detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
▪ Parágrafo único. “A pena, se da omissão que resulta lesão corporal de natureza grave, e 
triplicada, se resultar a morte.” 
 
Urgência ou emergência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como proceder nos primeiros socorros 
 
▪ Mantenha o controle de si mesmo e da situação; 
▪ Chamar o serviço médico; 
▪ Atuar conforme o seu conhecimento; 
▪ Aja com calma e lógica; 
▪ Use as mãos delicadamente; 
▪ Fale com a vítima de modo gentil e seja objetivo; 
▪ Permaneça com a vítima até que chegue o socorro médico. 
 Urgência Emergência 
O que é 
Na urgência não há risco imediato de 
vida, porém pode se transformar em 
uma emergência se não for solucionada 
rapidamente. 
A emergência é considerada uma 
situação em que a vida, a saúde, a 
propriedade ou o meio ambiente 
enfrentam uma ameaça imediata. 
Surgimento Pode haver previsão. De forma súbita e imprevista. 
Solução Deve ser em curto prazo. Deve ser imediata. 
Exemplos de caso na 
medicina 
Luxações, torções, fraturas 
(dependendo da gravidade) e dengue. 
Hemorragias, parada respiratória e 
parada cardíaca. 
 
 “A principal causa de 
morte pré-hospitalar é a falta de 
atendimento. A segunda é o 
socorro inadequado.” 
 
 
15 
 
Proteção do acidentado 
 
▪ Afastamento de pessoas curiosas, ou que visivelmente tenham perdido o controle; 
▪ Observar se existem perigos para o acidentado e para quem estiver prestando o socorro. 
Ex: fios elétricos, água, óleo, fogo; 
▪ Tranquilizar o acidentado e transmitir segurança e conforto. 
 
Classificação de riscos 
 
A classificação de risco por cores é uma ferramenta utilizada nos serviços de urgência e 
emergência, que visa avaliar e identificar os pacientes que necessitam de atendimento prioritário, 
de acordo com a gravidade clínica, potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. 
De acordo com o Ministério da Saúde (2002), a triagem classificatória deverá ser realizada por meio 
de protocolos pré-estabelecidos, por profissionais de saúde de nível superior, com treinamento 
específico; sendo proibida a dispensa de pacientes antes que estes recebam atendimento médico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fica a dica: 
É comum que as pessoas se sintam incomodadas e até não gostem de socorrer uma pessoa 
estranha. Não se esqueça de que você, parentes ou amigos também podem ser vítimas de 
acidentes ou de um mal súbito. 
 
 
 
16 
Capítulo 5 – Sinais vitais 
Sinais vitais 
 
O QUE SÃO SINAIS VITAIS? 
São aqueles que indicam a existência de vida. 
São reflexos ou indícios que permitem concluir 
sobre o estado geral de uma pessoa. 
A presença de medições fora dos índices de 
 normalidade nos alerta para a necessidade de intervenções emergenciais ou mudança de conduta. 
Assim como, confirmar medições dentro dos parâmetros da normalidade pode nos tranquilizar. 
Logo os sinais vitais que temos como referência são a temperatura, as frequências de pulso e 
respiratória e a pressão arterial, sendo que cada uma tem seus valores de referência. 
 
TEMPERATURA 
A temperatura é o resultado do equilíbrio térmico mantido entre o ganho e a perda de calor pelo 
organismo. 
 
 
 
 
17 
Locais de aferição e valores de referência 
▪ Tª axilar: 35,8ºC a 37ºC; 
 
Terminologias específicas 
▪ Hipotermia: Temperatura abaixo de 35°C; 
▪ Afebril: 36,1°C a 37,2°C - Normal (ausência de febre); 
▪ Febril: 37,3°C a 37,7°C – Início de febre; 
▪ Febre ou hipertermia: 37,8°C a 38,9°C; 
▪ Pirexia: 39°C a 40°C – Temperatura alta; 
▪ Hiperpirexia: acima de 40°C – Altíssima (Risco). 
 
Material e como aferir 
▪ Para aferir a temperatura é necessário um termômetro de mercúrio ou digital, algodão e 
álcool; 
▪ Antes e após a aferição é necessário realizar a limpeza do termômetro; 
▪ Deve – se aferir de acordo com o termômetro e o local, se o mesmo for de mercúrio deve 
aguardar entre 5 e 7 minutos para avaliar o valor. 
 
Fica a dica: 
Não utilize o mesmo termômetro para aferir a temperatura em locais diferentes. 
 
 
▪ Tª bucal: 36,3ºC a 37,4ºC; ▪ Tª retal: 37ºC a 38ºC. 
 
 
18 
PULSO 
A frequência cardíaca é a velocidade do ciclo cardíaco medida pelo número de contrações 
do coração por minuto (BPM). 
Ela pode variar de acordo com as necessidades físicas do organismo, incluindo a necessidade de 
absorção de oxigênio e excreção de gás carbônico. 
É usualmente igual ou próxima à pulsação arterial medida em qualquer ponto periférico. Pode ser 
alterada por exercícios físicos, sono, ansiedade, estresse, doença ou ingestão de drogas. 
 
Valores de referência 
▪ BEBÊ - 120-160 bpm 
▪ CRIANÇA COMEÇANDO A ANDAR - 90-140 bpm 
▪ PRÉ-ESCOLAR - 80-110 bpm 
▪ CRIANÇA EM IDADE ESCOLAR - 75-100 bpm 
▪ ADOLESCENTE - 60-90 bpm 
▪ ADULTO - 60-100 bpm 
 
Locais de aferição 
 
 
▪ 
▪ dico: batimento cardíaco normal; 
▪ Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais; 
▪ Pulso arrítmico: os intervalos entre os batimentos são desiguais; 
▪ Taquicardia: pulso acelerado, frequência acima do normal; 
▪ Bradicardia: frequência abaixo do normal; 
▪ Pulso filiforme: indica redução da força ou do volume do pulso periférico. 
 
PULSO FEMORAL 
PULSO POPLÍTEO 
PULSO CARÓTÍDEO 
PULSO TEMPORAL 
PULSO RADIAL 
PULSO BRAQUIAL 
PULSO DORSAL DO PÉ 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_card%C3%ADaco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_carb%C3%B4nico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pulsa%C3%A7%C3%A3o_arterial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Exerc%C3%ADcio_f%C3%ADsico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sono
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ansiedade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estresse
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Droga
 
 
19 
Material e como aferir 
▪ O material a ser usado é um relógio de ponteiro; 
▪ Ao localizar o pulso contaremos quantasvezes ele bate em um minuto, por isso utilizamos 
BPM (Batimentos Por Minuto). 
 
 
 
RESPIRAÇÃO 
A respiração é uma função vital para todo ser humano onde através dela ocorre a troca gasosa de 
oxigênio e gás carbônico. 
 
Fica a dica: 
Não faça a aferição do pulso com o seu dedão, pois ele tem pulsação própria e pode 
confundir a contagem. Utilize sempre as polpas dos dedos indicador e médio. 
 
 
20 
Valores de referência 
 
▪ Recém-nascido: 40 a 45 IRPM; 
▪ Pré-escolar: 20 a 25 IRPM; 
▪ Adulto: 16 a 20 IRPM. 
 
Locais de aferição 
A frequência respiratória pode ser aferida através da observação dos movimentos do tórax, 
abdômen ou toroco-abdominal. 
Terminologias específicas 
 
▪ Eupneia: respiração normal; 
▪ Bradipneia: respiração abaixo do normal; 
▪ Taquipneia: respiração acima do normal; 
▪ Dispneia: dificuldade respiratória; 
▪ Ortopneia: respiração facilitada na posição vertical; 
▪ Apneia: ausência de respiração. 
 
Material e como aferir 
▪ O material a ser usado é um relógio de ponteiro; 
▪ Ao perceber a respiração, conte apenas as inspirações, por isso utilizamos IRPM (Inspiração 
Respiratória Por Minuto). 
 
Fica a dica: 
Não deixe a pessoa perceber que você está verificando a respiração dela pois ela pode mudar 
o ritmo e a frequência. 
 
 
21 
PRESSÃO ARTERIAL 
A pressão arterial reflete a tensão que o sangue 
exerce nas paredes das artérias. A medida da 
pressão arterial compreende a verificação da 
pressão máxima ou sistólica e da mínima ou diastólica. 
 
Valores de referência 
▪ Valor ótimo da pressão arterial: < 120 x 80 mmHg; 
▪ Valor normal da pressão arterial: < 130 x 85 mmHg. 
Locais de aferição 
▪ Membros superiores, através da artéria braquial; 
▪ Membros inferiores, através da artéria poplítea 
Terminologias específicas 
▪ Hipotensão arterial: Pressão arterial abaixo do normal; 
▪ Hipertensão arterial: Pressão arterial acima do normal. 
Material 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esfigmomanômetro digital Esfigmomanômetro manual Estetoscópio 
 
 
22 
Como aferir 
 
▪ O material a ser usado pode ser o aparelho manual (esfigmomanômetro e estetoscópio) ou 
digital; 
▪ O manguito deve ser colocado no antebraço e a pera deve ser insuflada; 
▪ Com o estetoscópio nos ouvidos e na artéria braquial irá ouvir o pulsar do sangue e daí 
determinará a sistólica (máxima) e a diastólica (mínima); 
▪ Para aferir com o aparelho digital basta colocá-lo no pulso e manter o braço elevado na altura 
do coração; 
▪ Não coloque o dedo polegar sobre a campânula quando estiver aferindo a pressão, pois a 
pulsação do dedo pode se confundir com a da artéria; 
▪ Se a aferição for de rotina descanse 10 minutos para que não haja alteração nos valores. 
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), popularmente conhecida como Pressão Alta, é uma 
condição clínica que pode ser causada por vários fatores e é caracterizada por níveis elevados e 
sustentados de pressão arterial (PA), ou seja, considera-se uma pessoa hipertensa quando a 
pressão arterial se mantém igual ou maior que 140×90 mmHg, ou 14 por 9. 
 
Classificação 
▪ Ótima: 120/80 mmHg; 
▪ Normal: 130/85 mmHg; 
▪ Limítrofe: 130-139/85-89 mmHg; 
▪ Hipertensão estágio 1: 140-159/90-99 mmHg; 
▪ Hipertensão estágio 2: 160-179/100-109 mmHg; 
▪ Hipertensão estágio 3: 180/110 mmHg. 
Causas 
▪ Primária: causa não identificada. Está relacionada ao estilo de vida e aos fatores de risco. É 
a mais prevalente. 
▪ Secundária: PA elevada relacionada a causas identificadas, como doenças renais, alguns 
medicamentos e gravidez. 
 
 
23 
 
 
 
 
 
24 
Capítulo 6 – Emergências clínicas 
 
Parada cardiorrespiratória (PCR) 
Parada cardiorrespiratória (PCR) é o momento em que 
cessam os batimentos cardíacos e a pessoa para de 
respirar. Com isso, a circulação sanguínea sofre uma 
parada e o indivíduo perde a consciência dentro de dez a quinze segundos em razão da parada de 
circulação sanguínea cerebral. 
 
Parada cardíaca 
 
A parada cardíaca acontece quando o coração para de bater de repente ou passa a bater muito 
devagar e de forma insuficiente. 
 
Parada respiratória 
 
A parada respiratória é a parada súbita da respiração, ou seja, a parada dos movimentos de 
inspiração e expiração. 
 
Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) 
Conjunto de manobras realizadas para ocasionar o retorno da circulação espontânea com mínimo 
de dano neurológico. 
 
Sinais e sintomas da PCR 
▪ Perda de consciência; 
▪ Ausência da pulsação (EX: carótida); 
▪ Ausência de movimentos respiratórios (apnéia ou respiração arquejante); 
▪ Cianose (coloração arroxeada da pele e lábios). 
 
 
 
 
 
 
25 
Cadeia de sobrevivência 
 
Sequência de ações na PCR 
▪ Restabelecimento dos batimentos Cardíacos – compressões torácicas (C) 
▪ Desobstrução das vias aéreas (A) 
▪ Restabelecimento da respiração - Boa respiração (B) 
▪ Desfibrilação; (D) 
Desfibrilação 
É a emissão de carga de energia elétrica para o coração do paciente por meio de um aparelho 
chamado desfibrilador. 
Observação: 
A desfibrilação é realizada somente por pessoas treinadas e em locais de grande aglomeração de 
pessoas (aeroportos e estádios) devem possuir desfibrilador automático (DEA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
Como identificar e o que fazer na PCR 
▪ Paciente não responsivo; 
▪ Sem respiração ou com respiração anormal (verificar expansão torácica por 10 segundos); 
▪ Sem pulso (verificação de pulso carotídeo por 10 segundos); 
▪ Iniciar a sequência: C-A-B; 
▪ Aplicar 30 compressões e 2 ventilações – 30:2 independentemente da quantidade de 
socorrista. 
 
▪ Parada Cardíaca: de 100 a 120 compressões/minuto; 
▪ Profundidade: pelo menos 2 polegadas (5 cm), mas não superior a 2,4 polegadas (6 cm); 
 
▪ Realizar 5 ciclos de compressões/ ventilação (2 minutos), logo após verificar SSVV. 
▪ Se o pulso continuar ausente, instalar o DEA (Desfibrilador Automático). 
 
 
Quando devo fazer a RCP 
 
▪ Quando a vítima estiver inconsciente; 
▪ Não SENTIR pulso carotídeo e não VER movimentos respiratórios. 
 
Fica a dica: 
Se houver sangue e/ou secreção na boca não faça respiração boca a boca, pois você pode se 
contaminar caso a vítima tenha alguma doença transmissível. 
 
 
27 
Como realizar a compressão torácica 
▪ Coloque a vítima deitada sobre uma superfície rígida; 
▪ Aproxime-se de forma em que seus joelhos estejam encostados ao braço da vítima; 
▪ Localize o processo xifoide, marque dois dedos acima dele, coloque uma mão espalmada 
sobre o esterno e a outra entrelaçada por cima; 
▪ Mantenha os seus braços retos formando um ângulo de 90º em relação à sua coluna; 
▪ Não dobre os cotovelos; 
▪ Não realize as compressões distante do corpo da vítima; 
▪ Não faça compressões muito profundas. 
 
 
 
 
 
 
Como realizar a compressão torácica em crianças 
Em crianças, com idade entre 1 a 8 anos, a pressão 
deve ser exercida com apenas uma das mãos, e o 
esterno deve ser deslocado entre 2,5 a 4 cm. 
 
Em bebês, com idade variando de 0 a 1 ano, a 
pressão é realizada com dois dedos, posicionando-os 
na intersecção do osso esterno com uma linha 
imaginária ligando os mamilos, fazendo o esterno 
 ser deslocado de 1 a 2,5 cm. 
 
Quando não devo realizar a RCP 
▪ A vítima estiver consciente; 
▪ SENTIR pulso carotídeo e VER movimentos respiratórios; 
▪ Acidentes incompatíveis com a vida (decapitação e rigidez cadavérica, por exemplo). 
 
 
 
 
 
28 
Quando devo parar de realizar a RCP 
▪ A vítima voltar a consciência;▪ SENTIR e VER sinais vitais; 
▪ Exaustão dos profissionais. 
 
Choque elétrico 
São abalos musculares causados pela passagem de 
corrente elétrica pelo corpo humano. Os efeitos provocados 
pelo choque elétrico variam, conforme a voltagem, a duração 
da sua passagem pelo corpo, o seu percurso e das condições 
em que se encontra a vítima. 
O choque elétrico pode ser causado por fenômenos naturais como um raio, por exemplo, ou 
acidentes como o contato direto com fiações elétricas domésticas ou públicas, áreas energizadas 
em decorrência de alguma fonte de energia mal isolada, ou até mesmo o contato direto com uma 
pessoa que está recebendo uma descarga elétrica. 
 
Sinais e sintomas 
▪ Sensação de formigamento; 
▪ Contrações musculares fracas que poderão tornar-se fortes e dolorosas; 
▪ Inconsciência; 
▪ Dificuldade respiratória ou parada respiratória; 
▪ Alteração do ritmo cardíaco ou parada cardíaca; 
▪ Queimaduras; 
▪ Traumatismos como fraturas e rotura de órgãos internos; 
▪ No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada a distância. 
 
Observação: 
É importante distinguir o acidente por corrente de alta voltagem daqueles por corrente de baixa 
voltagem. 
 
 
 
29 
Alta voltagem 
 
No acidente com fios de alta tensão, portanto de alta voltagem, geralmente, há morte instantânea. 
A vítima sempre está distante do ponto de contato. Ocorrem sempre grandes queimaduras. 
 
Como proceder 
 
Ao socorrer uma vítima de acidente com alta voltagem, nunca se aproxime antes de ter certeza de 
que a energia foi interrompida. Fique a uma distância de, no mínimo, 18 metros e mantenha os 
curiosos afastados. 
 
Baixa voltagem 
A corrente doméstica, utilizada em escritórios, residências, oficinas e lojas, também pode provocar 
lesões graves e levar à morte. 
 
Como proceder 
▪ Desligue o interruptor ou a chave elétrica; 
▪ Afaste imediatamente a vítima do contato com a corrente elétrica, removendo o fio ou 
condutor elétrico com um material bem seco. É comum usar cabo de vassoura, jornal 
dobrado, pano grosso dobrado, tapete de borracha ou outro material isolante; 
▪ Se o local contiver água, use um sobressalto de borracha para subir e afastar a vítima; 
▪ Puxe a vítima pelo pé ou pela mão, sem lhe tocar a pele. Use para isso pano dobrado ou 
outro material isolante disponível; 
▪ Em caso de queimaduras, cubra-as com uma gaze ou um pano, bem limpos; 
▪ Se a vítima apresentar ausência de respiração e batimentos cardíacos inicie a RCP; 
▪ Encaminhe para o serviço médico. 
 
 
 
30 
Desmaio 
 
É a perda momentânea da consciência. Pode ocorrer, por exemplo, por falta de alimentação, após 
uma doação de sangue, emoções súbitas, nervosismos, quando se presencia alguém sangrando 
ou sofrendo. 
 
Sinais e sintomas 
 
▪ Fraqueza; 
▪ Tonteira; 
▪ Palidez; 
▪ Suor; 
▪ Pulso e respiração fracos; 
▪ Vista escura. 
 
Como proceder 
▪ O primeiro procedimento a ser tomado é evitar aglomeração de pessoas em torno da vítima 
e manter o ambiente arejado; 
▪ Deite a pessoa em decúbito dorsal (barriga para cima), com a cabeça mais baixa que os 
pés, elevando suas pernas a um nível acima do tórax da vítima (isso ajudará a fazer com 
que o sangue chegue mais rápido à cabeça); 
▪ Afrouxe suas roupas, sem expor a vítima; 
▪ Molhe seu rosto com água fria com auxílio de uma tolha ou compressa; 
▪ Se o desmaio permanecer por mais de 2 minutos encaminhe ao serviço médico; 
▪ Se a vítima parar de respirar ou cessar os batimentos cardíacos: realizar RCP. 
 
 
 
31 
O que não fazer 
▪ Não ofereça nada para cheirar, beber ou comer; 
▪ Não dê tapas no rosto da vítima; 
▪ Não jogue água sobre a vítima; 
▪ Caso a vítima volte a si, após alguns minutos, tente colocá-la sentada e depois, devagar, 
ajude-a a ficar em pé, sempre a amparando até ter certeza de que voltou ao normal. 
 
Quando a pessoa sente que vai desmaiar 
Deve sentar e curvar-se para frente, com a cabeça entre as pernas e abaixo dos joelhos, respirar 
profundamente. 
 
 
Convulsão 
 
 
As convulsões são contrações incontroláveis 
dos músculos. Elas duram poucos minutos, são 
contrações fortes, com movimentos 
desordenados e, em geral, acompanhadas 
de perda de consciência. 
Ao contrário do que muitos pensam, convulsão 
e epilepsia não são a mesma coisa. 
A convulsão é um sintoma da epilepsia. É comum a recuperação dos sentidos, não apresentando 
maiores problemas, até cinco minutos. Se persistir por tempo maior, deve-se pedir ajuda médica. 
A queda da vítima é quase sempre desamparada, podendo ocorrer ferimentos. Antes do ataque, a 
pessoa pode saber que vai ocorrer. Ela pode sentir cheiro ou gosto estranho, algumas vezes, 
alucinações visuais ou sonoras. A vítima, muitas vezes, anuncia que a crise está para ocorrer. 
Em crianças até 4 anos, a convulsão é provocada, geralmente, pela febre alta. 
 
 
 
 
 
32 
Causas comuns 
 
▪ Doenças como: epilepsia, tétano, meningite; 
▪ Febre alta; 
▪ Efeitos colaterais provocados por medicamentos; 
▪ Traumatismo craniano; 
▪ Hipoglicemia severa, entre outros. 
 
Sinais e sintomas 
▪ Inconsciência; 
▪ Espasmos incontroláveis; 
▪ Salivação abundante e vômito; 
▪ Movimentos involuntários e desordenados como olhos virados pra cima; 
▪ Enrijecimento da mandíbula, travando os dentes; 
▪ Relaxamento dos esfíncteres (urina e/ou fezes soltas); 
▪ Morder a língua e/ou lábios, entre outros. 
 
Como proceder 
 
▪ Colocar a vítima em local arejado, calmo e seguro; 
▪ Deitar a vítima em decúbito lateral esquerdo; 
▪ Proteger a cabeça e o corpo de modo que os movimentos involuntários não causem lesões; 
▪ Afastar objetos existentes ao redor da vítima; 
▪ Lateralizar a cabeça (quando não for possível virar a vítima) em caso de vômitos; 
▪ Afrouxar as roupas (sem expor a vítima) e deixa-la debater-se livremente; 
▪ Nas convulsões por febre alta diminuir a temperatura do corpo: colocar compressa gelada 
nas axilas e região inguinal. 
▪ Uma vez sem a convulsão, mantenha a vítima em repouso; 
 
 
33 
▪ Após a convulsão, é comum a sonolência. Deixe-a dormir; 
▪ Oriente-la ou encaminha-la ao atendimento hospitalar. 
 
 
 
 
O que não fazer 
▪ Não tente puxar a língua da vítima, ela pode morder os seus dedos; 
▪ Não colocar objetos na boca da vítima, pois pode quebrar os dentes; 
▪ Não retirar as próteses a não ser que esteja obstruindo as vias aéreas. Se necessário fazer, 
utilize um pano para proteção da sua mão; 
▪ Não a segure impedido as contrações, isso faz com que o tempo da crise dure o dobro. 
 
 
 
 
 
 
 
 A epilepsia não é transmitida pela saliva, porém devemos ter cuidado quanto ao 
contato com sangue e secreções que podem estar contaminadas com outras doenças. 
 
 
34 
Urgências diabéticas 
Diabetes mellitus 
A diabetes mellitus é uma doença caracterizada pelo 
excesso de açúcar no sangue, devido à atuação ineficaz 
da insulina, que é o hormônio responsável por baixar a 
glicemia no sangue. A glicose em níveis elevados no 
sangue pode levar à perda de consciência, que é o 
coma diabético. 
 
Para medir o índice de glicose no sangue é necessária a realização da glicemia em jejum ou a 
glicemia capilar. A glicemia capilar pode ser medida em casa, desde que você tenha em mãos um 
glicosímetro. O glicosímetro é um aparelho composto por um chip com código e por fitas teste que 
devem possuir o mesmo código para ser introduzido no aparelho. 
 
As quedas de glicose em pacientes diabéticos podem acontecer por dosagem ainda não ajustada 
da insulina, como também em pacientes com doses já definidas que, em condições de mudança 
do hábito alimentar, doenças infecciosas, diarreia ou vômito, voltam a descompensar. Nesses 
casos, só o médico pode rever a dosagem e tratar a patologia concomitante. 
 
Como medir a glicemia com aparelho comum 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Lavar as mãos e secar corretamente; 
▪ Inserir umafita de teste no aparelho de glicemia; 
▪ Espetar o dedo com a agulha do aparelho; 
▪ Encostar a fita de teste à gota de sangue até preencher o depósito da fita de teste; 
▪ Esperar alguns segundos até que o valor de glicemia apareça no monitor do aparelho. 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
Sinais e sintomas da hipoglicemia no diabético 
▪ Alteração da respiração, que se torna mais rápida, com sensação de cansaço; 
▪ Pulso rápido. Há aceleração do coração; 
▪ Sensação de fraqueza; 
▪ Mudança na aparência, com tremor fino e ansiedade; 
▪ Alteração do nível de consciência. 
Como proceder 
▪ Dê imediatamente algo doce para ingerir. Um copo de água com duas colheres (de sopa) de 
açúcar, uma barra de chocolate ou balas são as técnicas domésticas mais comuns; 
 
▪ Não se preocupe com a quantidade de açúcar que está oferecendo. A falta de glicose no 
sangue pode levar à perda da consciência, pois o açúcar é fundamental para o metabolismo 
do cérebro; 
 
▪ Não deixe de procurar ajuda médica em seguida. 
 
Infarto agudo do miocárdio (IAM) 
O infarto é uma lesão do músculo do coração causada 
pela obstrução de uma artéria coronária. As coronárias 
são as responsáveis pela irrigação do músculo cardíaco. 
Quando a artéria entope, o músculo deixa de receber 
oxigênio, parando de funcionar por um tempo. 
Ocorre “morte” dos tecidos no local atingido e, 
dependendo da extensão afetada, pode levar a pessoa à morte. 
 
Valores de referência da glicemia 
 Glicemia normal Glicemia alterada Diabetes 
Em jejum Inferior a 110 mg/dl Entre 110 e 125 mg/dl Superior a 126 mg/dl 
A qualquer 
hora do dia 
Inferior a 200 mg/dl Superior a 200 mg/dl 
 
 
 
36 
Sinais e sintomas 
▪ Dor ou forte pressão no peito; 
▪ Dor no peito refletindo nos ombros, no braço esquerdo ou nos dois braços, no pescoço, 
maxilar, estômago e coluna; 
▪ Sudorese; 
▪ Palidez; 
▪ Sensação de morte iminente; 
▪ A vítima manifesta uma ansiedade muito grande e tem a sensação de medo e morte; 
▪ Síncope ou desmaio; 
▪ Falta de ar; 
▪ Náuseas e vômito. 
 
Como proceder 
 
▪ Chamar imediatamente uma ambulância ou levar a pessoa para um pronto-socorro mais 
próximo; 
▪ Enquanto espera a ambulância ou no percurso para o hospital, mantenha a pessoa deitada 
com as costas no chão. Se ela estiver com os olhos fechados, perdeu os sentidos e não está 
respondendo aos estímulos, pode ter sofrido uma parada cardíaca e/ou respiratória; 
▪ Se ocorreu parada cardíaca e/ou respiratória, mantenha-se de joelhos ao lado dela e inicie 
as manobras de reanimação. 
 
 
Acidente vascular encefálico (AVE) 
É muito comum as pessoas se confundirem imaginando 
que o derrame cerebral e o infarto sejam a mesma coisa. 
Você já sabe que o infarto do miocárdio é um evento do 
coração. O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma 
doença que acontece no cérebro. O derrame encefálico (AVE) acontece quando o sangue deixa de 
chegar ao cérebro, quando os vasos ficam obstruídos ou, então, quando ocorre a ruptura de um 
deles. No caso de entupimento do vaso, o AVE é chamado de isquêmico. Na ruptura do vaso, é o 
 
 
 
37 
AVE hemorrágico. Este último é sempre mais grave e com mais sequelas, levando também à maior 
incidência de morte. 
Sinais e sintomas 
▪ Amortecimento com fraqueza da metade direita ou esquerda do corpo, inclusive metade do 
rosto; 
▪ Alteração da fala, que se torna enrolada, até a incapacidade de falar. As alterações da fala 
são mais comuns quando a paralisia ou as alterações dos movimentos ocorrem na metade 
direita do corpo; 
▪ Dor de cabeça repentina e forte, sem uma causa aparente; 
▪ Alteração da visão, podendo chegar até mesmo à cegueira; 
▪ Dificuldade de andar, com tontura e, muitas vezes, queda ao solo; 
▪ Boca entortada para um dos lados e baba; 
▪ Pupilas desiguais; 
▪ Perda do controle sobre atividade da bexiga e do intestino. 
 
Como proceder 
▪ Chamar socorro imediatamente; 
▪ Se a vítima estiver consciente, deite-a com a cabeça e os ombros ligeiramente erguidos e 
apoiados; 
▪ Incline a cabeça para um dos lados. É importante para que possa dar saída à salivação e 
evitar vômito com aspiração; 
▪ Se a vítima perder a consciência, fique atento para eventual parada cardíaca e/ou 
respiratória; 
▪ Em caso de parada cardíaca e/ou respiratória, proceda à reanimação; 
▪ Não ofereça água nem comida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
Corpo estranho e asfixia 
Crianças pequenas podem acidentalmente introduzir objetos nas cavidades do corpo, em especial 
no nariz, na boca e nos ouvidos. São, na maioria das vezes, peças de brinquedos, sementes, 
bolinhas de papel, moedas e grampos. 
Em caso de asfixia, a vítima apresentará a pele azulada e respiração difícil, ou até mesmo ausente. 
 
Como identificar a asfixia 
 
▪ Falta de ar nas vítimas conscientes; 
▪ Cianose no rosto, lábios, dedos (extremidades). 
 
Principais causas 
▪ Bloqueio da passagem de ar: Secreções, corpo estranho, entre outros. 
▪ Insuficiência de oxigênio no ar: Lugares não ventilados, incêndio, fumaça, etc. 
▪ Paralisia respiratória no cérebro: AVE, álcool, substâncias anestésicas, entre outros. 
▪ Compressão do corpo: Traumatismo torácico. 
 
Engasgo 
▪ O engasgamento é ocasionado pela introdução de corpos sólidos que podem se localizar na 
laringe, impedindo total ou parcialmente a passagem de ar; 
▪ As pessoas geralmente engasgam com pedaços de alimentos que não foram bem 
mastigados; 
▪ Uma obstrução da garganta costuma ocorrer ainda com pessoas que usam prótese dentária, 
principalmente quando esta se solta na hora de comer. 
 
Manobra de Heimlich 
▪ Método pré-hospitalar de desobstrução das vias aéreas superiores por corpo estranho; 
▪ Induz uma tosse artificial, que deve expelir o objeto da traqueia da vítima. 
 
Quando realizar esta manobra 
Somente quando a vítima estiver ENGASGADA. 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vias_a%C3%A9reas_superiores&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tosse
http://pt.wikipedia.org/wiki/Traqu%C3%A9ia
 
 
39 
Sinais e sintomas do engasgo 
▪ Ausência de som (fala, tosse e respiração); 
▪ Cianose de face; 
▪ Palidez; 
▪ Falta de ar; 
▪ Mãos no pescoço indicando que tem algo errado. 
 
Como proceder na manobra com a vítima em pé ou sentada na cadeira 
▪ Posicionar-se atrás da vítima encostando seu quadril no glúteo da vítima, fechar o punho e 
posicioná-lo com o polegar para dentro entre o umbigo e o osso esterno; 
▪ Com a outra mão, deverá segurar o seu punho e puxar ambas as mãos em sua direção, com 
um rápido empurrão para cima e para dentro a partir dos cotovelos; 
▪ Se a vítima não conseguir ficar de pé ou se você estiver esgotado pode-se realizar a manobra 
com a vítima sentada ou deitada; 
▪ É essencial repetir-se a manobra cerca de cinco a oito vezes. Cada tentativa deve ser forte 
o suficiente para deslocar o bloqueio; 
 
 
 
 
Fica a dica: 
Quando a vítima está ENGASGANDO ela vai apresentar som ao tossir. O ideal é que encaminhe 
a vítima para um local reservado e induza o vômito. Se ela parar de emitir som realize a manobra 
de Heimlich. 
 
 
 
 
40 
 
Como proceder a manobra em si mesmo 
▪ Coloque o seu punho acima do seu umbigo, 
e segure-o com a outra mão; 
▪ Incline-se sobre uma cadeira ou uma bancada, 
conduza seu punho em direção a si mesmo com um impulso para cima; 
▪ Se não conseguir, faça o movimento sem o uso das mãos, diretamente na cadeira. 
 
Como proceder a manobra em gestantes e obesos 
▪ Deve-se realizar da mesma forma que as vítimas de pé, porém as mãos devem ser 
posicionadas acima da barriga; 
▪ Se tiver dificuldade em relação a circunferência abdominal,deve-se realizar a manobra com 
a vítima deitada; 
▪ Caso a vítima fique inconsciente, a manobra deve ser interrompida e deve ser iniciada a 
reanimação cardiorrespiratória. 
 
 
Fica a dica: 
Nunca dê água ao asfixiado, na esperança de fazê-lo engolir o corpo estranho. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reanima%C3%A7%C3%A3o_cardiorrespirat%C3%B3ria
 
 
41 
Como proceder a manobra com a vítima deitada 
▪ Deve-se comprimir a parte superior do abdômen 
contra a base dos pulmões, para expulsar o ar 
que ainda resta e forçar a eliminação do bloqueio; 
▪ É essencial repetir-se a manobra cerca de cinco 
a oito vezes. Cada empurrão deve ser vigoroso o 
suficiente para deslocar o bloqueio; 
▪ Caso a vítima fique inconsciente, a manobra deve ser interrompida e deve ser iniciada a 
reanimação cardiorrespiratória. 
 
Engasgo em bebê 
 
Fica a dica: 
Não faça respiração boca a boca nos casos de engasgos com vítimas inconscientes. Você 
poderá empurrar ainda mais o objeto. Caso tenha insucesso com as manobras tentadas, você 
está diante de uma vítima asfixiada. Resta agora a respiração boca a boca, como única 
alternativa para salvar a vida, somente em último caso. 
Encaminhe a vítima ao 
serviço médico de urgência. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reanima%C3%A7%C3%A3o_cardiorrespirat%C3%B3ria
 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como proceder com corpos estranhos no ouvido 
▪ Não tente retirar objetos profundamente introduzidos nem coloque nenhum instrumento no 
canal auditivo; 
▪ Não bata na cabeça para que o objeto saia. 
▪ Pingue algumas gotas de óleo mineral. Para que o óleo e o objeto saiam, vire a cabeça da 
vítima; 
▪ Se o corpo estranho não sair, procure auxílio médico. 
 
Como proceder com corpos estranhos no nariz 
▪ Não introduza nenhum instrumento nas narinas para retirar o objeto; 
▪ Oriente a vítima a manter-se respirando somente pela boca; 
▪ Instrua a vítima a assoar o nariz; 
▪ Se o corpo estranho não sair, procure auxílio médico. 
 
Como proceder com corpos estranhos nos olhos 
▪ Não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos; 
▪ Pingue algumas gotas de soro fisiológico ou água morna no olho atingido; 
▪ Se isso não resolver, cubra os dois olhos com compressas de gaze ou pano limpo, sem 
apertar; 
▪ Se o corpo estranho estiver cravado no olho, não tente retirá-lo; 
▪ Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso ou um copo e 
procure ajuda médica imediata. É possível fixar um copo plástico, protegendo o olho atingido 
e procure atendimento médico. 
Aconselha-se fazer boca a boca (no caso do bebê, pelas 
dimensões, se faz boca a boca-nariz), repetindo as 
manobras anteriores e voltando à respiração artificial. 
Assim, sucessivamente, até que a criança volte ao normal 
ou chegue socorro médico. É importante não esquecer das 
manobras de respiração artificial, para manter a 
oxigenação mínima do bebê. 
 
 
 
 
43 
Capítulo 6 – Emergências traumáticas 
 
QUEIMADURAS 
As queimaduras são lesões causadas por calor, substâncias corrosivas, líquidos e vapores. Podem 
ocorrer também pelo frio intenso e por radiação, inclusive solar e elétrica. As queimaduras recebem 
uma classificação quanto ao grau de profundidade do dano causado à pele lesada. 
Camadas da pele 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais agentes causais 
▪ Líquidos superaquecidos: água quente, alimentos; 
▪ Substâncias inflamáveis: álcool, gasolina, gás de cozinha; 
▪ Corrente elétrica. 
 
 
 
 
 
44 
Queimadura de 1º grau 
Atinge somente a epiderme, sendo assim uma lesão é superficial. Aparecerão vermelhidão, inchaço 
e dor. A lesão da queimadura de 1º grau é seca e não produz bolhas. Geralmente melhoram após 
3 a 6 dias, podendo descamar e não deixam sequelas. 
 
 
Tratamento - Queimaduras de 1º grau 
▪ Lavar imediatamente o local com água fria e sabão neutro por mais de 5 minutos para resfriar 
a pele e para que fique limpa e livre de microrganismos; 
▪ Nas primeiras horas, aplicar uma compressa de água potável gelada, trocando sempre que 
ela já não estiver fria. 
Queimadura de 2º grau 
Atinge a epiderme e derme. A dor é mais intensa, além da vermelhidão, aparecem bolhas ou 
umidade na região afetada. 
 
 
Tratamento - Queimadura de 2º grau: 
▪ Lavar a região queimada com água por mais de 10 minutos para limpar a região e diminuir 
a dor; 
▪ Evitar romper as bolhas que tenham se formado; 
▪ Enfaixar o local cuidadosamente com uma atadura; 
▪ Buscar serviço médico especializado. 
 
 
45 
Queimadura de 3º grau 
Atingem a epiderme, derme e hipoderme, além de músculo, vasos sanguíneos e ossos. Pela 
destruição das terminações nervosas, ocorre pouca ou nenhuma dor. A pele apresenta-se 
esbranquiçada ou carbonizada. 
 
 
 
Tratamento - Queimadura de 3º grau: 
 
O tratamento para este tipo de queimadura deve ser sempre feito no hospital ou no centro de 
queimados pois é uma queimadura grave. 
 
Queimadura de 4º grau 
As queimaduras do quarto grau referem-se a queimaduras profundas, nas quais não só a camada 
total da pele morre, mas também os músculos, ossos, tendões, articulações, até a carbonização. 
 
 
 
 
 
 
Tratamento - Queimadura de 4º grau: 
 
Este tipo de queimadura deve ser tratada no hospital ou de preferência no centro de queimados. 
 
 
 
 
 
 
46 
Observação: 
▪ Não use outros produtos para tentar neutralizar o agente causador da queimadura. Isso pode 
agravar ainda mais as lesões; 
▪ Na prática é difícil de distinguirmos queimaduras de segundo e terceiro graus; 
▪ Uma mesma pessoa pode apresentar os quatro graus de queimaduras; 
▪ A gravidade do quadro não reside no grau da lesão, e sim na extensão da superfície atingida; 
▪ Quanto maior a extensão da queimadura, maior é o risco de infecção para o acidentado. 
▪ As queimaduras na boca e na garganta são muito perigosas porque causam rapidamente 
inchaço e inflamação das vias respiratórias, que podem bloquear a passagem de ar, com 
sério risco de asfixia. Há necessidade de cuidados médicos urgentes. 
 
Queimadura por agente químico 
As queimaduras por produtos químicos são sempre graves. Geralmente, são causadas por 
produtos de higiene, cal, gasolina e álcool. 
 
Como proceder 
▪ Coloque, imediatamente, a pessoa vestida debaixo de um chuveiro, com a água fria, 
retirando a roupa em seguida; 
▪ Lave complemente a parte atingida, usando grande quantidade de água corrente; 
▪ Aplique uma atadura esterilizada sobre a região afetada e conduza a vítima imediatamente 
ao pronto socorro. 
Queimaduras dos olhos 
▪ Lavar os olhos com água durante vários minutos e 
vedar com pano limpo ou gaze; 
▪ Atendimento médico. 
 
 
 
47 
O que não fazer nos casos de queimadura 
▪ Não coloque clara de ovo, borra de café, manteiga ou margarina, creme dental, pomadas, 
óleo, loção antisséptica sobre a queimadura; 
▪ Não retirar as roupas que grudam nos locais das queimaduras mais graves; 
▪ Não fure as bolhas; 
▪ Não puxe a pele se estiver soltando; 
▪ Não passe material felpudo nem algodão sobre a queimadura. 
 
INSOLAÇÃO 
Ocorre devido à ação direta dos raios solares sobre 
o indivíduo. Este tipo de incidente afeta geralmente 
as pessoas que trabalham com exposição excessiva 
a ambientes muitos quentes ou que sofrem exposição 
demorada e direta aos raios solares. 
 
 
Sinais e sintomas 
 
▪ Temperatura do corpo elevada (sobe até 40ºC); 
▪ Pele quente, avermelhada e seca (sem suor); 
▪ Diferentes níveis de consciência; 
▪ Falta de ar; 
▪ Desidratação; 
▪ Dor de cabeça,náuseas e tontura; 
▪ Sensação de fraqueza ou desmaio. 
Como proceder 
▪ Remover a vítima para lugar fresco e ventilado; 
▪ Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com panos umedecidos; 
 
 
 
48 
▪ Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma frequente; 
▪ Mantê-la deitada; 
▪ Avaliar nível de consciência, pulso e respiração; 
▪ Providenciar transporte adequado; 
▪ Encaminhar para atendimento hospitalar. 
 
FRATURA 
A fratura define-se pela lesão/quebra de um osso, causada por uma pancada, queda, força aplicada 
muito forte. As fraturas são mais comuns nos membros, podendo ser únicas ou múltiplas. 
Existem dois tipos de fratura: 
▪ Fechadas: apesar do choque, deixam a pele intacta, ou seja, sem exposição óssea. 
▪ Expostas: quando o osso fere e perfura a pele, ou seja, o osso está, ou esteve exposto. 
 
Conduta para fratura 
▪ Se houver fraturas expostas, cubra-as com um pano limpo e faça a imobilização do membro 
afetado; 
▪ Imobilize o osso ou articulação atingido com uma tala; 
▪ Mantenha o local afetado em nível mais elevado que o resto do corpo e aplique 
compressas de gelo ou resfriadas para diminuir o inchaço, a dor e a progressão do 
hematoma; 
▪ Procure manter o paciente tranquilo e faça-o descansar; 
 
 
49 
▪ Evite movimentos desnecessários. Não se esqueça de que a fratura pode provocar 
hemorragia interna, que se agrava com o movimento; 
▪ Procure um ortopedista. 
 
Entorse 
Provoca ruptura parcial ou o estiramento dos ligamentos da articulação. A entorse ocorre quando 
a articulação entre dois ossos é forçada além de seus limites, causando muitas vezes hematomas 
e inchaço na região. Esse tipo de lesão geralmente é causado por movimentos repentinos e 
violentos. 
 
 
 
Conduta para entorse 
▪ Tire as roupas ou sapatos que possam comprimir a articulação afetada, o mais rápido 
possível; 
▪ Aplique compressas frias ou gelo para combater o inchaço; 
▪ Imobilize a junta na posição mais confortável possível; 
▪ Cuidado para não apertar muito a faixa. Se isso ocorrer, o paciente vai queixar-se de 
formigamento; 
▪ Buscar atendimento médico. 
 
 
 
 
50 
Luxação 
Ocorre quando o osso de uma junta sai do lugar, é destroncado. É uma lesão na qual as 
extremidades ósseas que formam uma articulação ficam deslocadas, permanecendo desalinhadas 
e sem contato entre si. A luxação pode ser causada por pressão intensa ou violenta contração 
muscular que deixa o osso numa posição anormal. 
 
 
 
 
 
Sinais e sintomas 
 
▪ Dor local intensa; 
▪ Dificuldade em movimentar a região afetada; 
▪ Hematoma; 
▪ Deformidade da articulação; 
▪ Edema. 
Conduta para Luxação 
▪ Procure manter a articulação afetada numa posição confortável; 
▪ Se a luxação for de braço, procure prendê-lo junto ao corpo na posição mais confortável. É 
a conhecida tipoia, feita de faixas largas de ataduras; 
▪ Se a luxação for no pé, procure posição confortável, usando travesseiros ou almofadas; 
▪ O uso de faixas largas é importante na imobilização da articulação; 
▪ Não tente mover a parte que foi atingida, para não piorar o seu estado; 
▪ Buscar serviço médico de urgência. 
 
 
 
 
51 
Imobilização 
 
Geralmente, quando as lesões ocorrem, nem sempre você terá todo o material necessário 
disponível. É preciso imaginação. 
 
Como imobilizar o braço 
 
 
 
Como imobilizar as pernas 
 
 
Como imobilizar o pé 
 
 
 
 
52 
O que não fazer em casos de fraturas, entorses ou luxação 
 
▪ Não deixe a vítima alimentar-se ou ingerir líquidos. Ela pode necessitar de uma cirurgia em 
seguida; 
▪ Não mova a vítima antes de fixar e proteger a parte lesada, exceto em situação de perigo; 
▪ Nos casos de luxação não tente colocar o membro no lugar. 
 
Observação: 
▪ Pode-se suspeitar de fratura, quando a região estiver dolorida, incapacitada de se 
movimentar ou com deformidades; 
▪ Em qualquer caso, estanque primeiro a possível hemorragia e não deixe a vítima movimentar 
a parte atingida; 
▪ A região fraturada deverá ser imobilizada com uma tala, usando madeira, jornal enrolado, 
entre outros; 
▪ Quando você conseguir remoção para o hospital, mantenha a região confortavelmente 
apoiada durante todo o transporte. 
 
SANGRAMENTO 
Sangramento é a perda de sangue dos vasos sanguíneos. O sangue é bombeado pelo coração, 
caminha pelas artérias e se espalha pelo resto do corpo. O caminho de volta do sangue é feito 
através de vasos chamados de veias, que levam, portanto, o sangue do corpo para o coração. 
Entre os dois sistemas, existe uma rede de minúsculos vasos que são os capilares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veia 
Levam sangue do corpo para 
o coração. Suas paredes mais 
finas que as das artérias. 
Artéria 
Levam sangue do coração 
para o corpo. Suas paredes 
são espessas e dilatáveis. 
Capilar 
Levam o sangue para os 
tecidos do corpo. Suas 
paredes são bem finas. 
Ligam as veias às artérias. 
 
 
53 
Ferimentos 
Os ferimentos são lesões que apresentam soluções de continuidade dos tecidos e provocam 
rompimento da pele, conforme: 
 
▪ Tipo de profundidade; 
▪ Rompimento das camadas de gorduras e 
músculo; 
▪ Causam dor, sangramentos e podem 
ocasionar infecções. 
 
 Tipos de ferimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Incisão 
 
É um corte bem definido feito por um 
material cortante. Quando nos membros, 
pode danificar estruturas como tendões. 
 
 
Laceração 
 
É uma ruptura irregular causada por 
esmagamento ou dilaceração. Geralmente, 
sangra menos, mas lesa muito mais. 
 
 
Abrasão ou escoriação 
 
É um ferimento leve em que as camadas 
mais superficiais da pele são raspadas, 
deixando a região em carne viva. 
Ocorre geralmente em quedas. 
 
 
Contusão ou equimose 
 
Ocorre quando o sangue escapa para os 
tecidos, após um golpe brusco. Pode 
geralmente ocultar danos mais profundos. 
 
 
 
54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como proceder 
 
▪ Priorizar o controle do sangramento; 
▪ Lavar o ferimento com água ou SF 0,9% (Soro fisiológico); 
▪ Proteger o ferimento com pano limpo, fixando-o sem apertar. No caso de amputação, 
envolver o membro em gaze estéril ou pano limpo e seco, depois proteger em dois sacos 
plásticos e colocar o saco plástico em recipiente de isopor com gelo ou água gelada. Jamais 
colocar o membro em contato direto com o gelo. 
▪ Não remover objetos “aderidos” 
▪ Não colocar qualquer substância estranha sobre a lesão; 
▪ Encaminhar para atendimento hospitalar. 
 
 
Ferimento perfurante 
 
Apresenta uma pequena abertura externa, 
mas pode provocar grandes lesões internas. 
É o que ocorre quando pisamos em um prego. 
 
 
 
Ferimento por transfixação 
 
É quando há perfuração por bala ou qualquer 
outro projétil com abertura do ferimento pequena 
e limpa, mas sua saída é irregular e muito maior. 
 
 
 
Amputação 
 
É remoção cirúrgica ou traumáticos de um 
membro ou segmento do corpo. 
 
 
 
 
 
55 
HEMORRAGIA 
É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo (artérias, veias e capilares); 
Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente (mediante as prioridades); 
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Hemorragia arterial: o sangue é vermelho-vivo e, com a pressão das batidas do coração, sai 
do ferimento em jatos (esguichos). A gravidade depende do tamanho da artéria; 
 
▪ Hemorragia venosa: o sangue, já sem o oxigênio que vem do corpo pelas veias, é vermelho-
escuro. Tem menos pressão do que o sangue arterial, por isso o sangue escorre; 
 
▪ Hemorragia capilar: o sangramento sai em gotas e ocorre em todos os ferimentos. A perda 
de sangue é sempre desprezível, embora abundante de início. Quando ocorre uma pancada, 
ela pode romper capilares sob a pele, causando sangramentono interior dos tecidos, 
conhecido como hematoma. 
 
A hemorragia é dividida em hemorragia externa e hemorragia interna. 
 
Hemorragia externa 
É visível na superfície do corpo, e ocorre quando o sangue 
sai do corpo, portanto ocorre uma lesão de pele; 
 
 
 
 
 
56 
Sinais e sintomas 
▪ Sangramento visível; 
▪ Nível de consciência variável decorrente da perda sanguínea; 
▪ Palidez de pele e mucosa. 
 
Como proceder em hemorragias externas 
▪ Mantenha a vítima calma; 
▪ Pressione a hemorragia com gazes, compressas ou panos limpos, se não cessar coloque 
mais por cima; 
▪ Comprima a artéria e eleve o membro; 
▪ Encaminhe ao atendimento médico. 
 
Hemorragia interna 
É aquele que surge em decorrência de um ferimento interno, que faz com que o sangue saia do 
sistema circulatório, mas permaneça no corpo ou saindo através de orifícios naturais como nariz 
(epistaxe), boca (hematêmese), vagina, ânus, ouvido. Os mais comuns ocorrem no tórax e no 
abdome. 
 
Sinais e sintomas 
▪ Palidez e cansaço; 
▪ Pulso rápido e fraco; 
▪ Respiração acelerada; 
▪ Muita sede; 
▪ Queda da pressão; 
▪ Náuseas ou vômitos com sangue; 
▪ Confusão mental ou desmaios; 
▪ Muita dor do abdômen, que fica endurecido. 
▪ Pele pálida, fria e úmida; 
▪ Entre outros. 
 
 
57 
Como proceder em hemorragias internas 
▪ Manter a vítima calma, se estiver consciente; 
▪ Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais; 
▪ Não alimentar ou ofertar líquidos a vítima; 
▪ Agilizar o encaminhamento para o atendimento hospitalar. 
Outros tipos de hemorragia 
 
Existem ainda, alguns exemplos de hemorragias internas que se exteriorizam, e os mais comuns 
incluem: 
 
▪ Nas fezes, devido a uma lesão no intestino ou hemorróidas, por exemplo, que é a 
hemorragia digestiva baixa; 
 
▪ Na tosse, também conhecida como hemoptise, que acontece devido a infecções 
respiratórias, lesões nos pulmões ou câncer, por exemplo; 
 
▪ No útero, devido a alterações menstruais ou miomas, por exemplo; 
 
▪ Na urina, causado por infecções ou cálculos urinários; 
 
▪ No nariz, ou epistaxe, devido a espirros ou irritação da mucosa do nariz, por exemplo. 
 
Como proceder em hemorragia nasal 
▪ Manter a calma; 
▪ Sentar e inclinar ligeiramente a cabeça para a frente; 
▪ Apertar a narina que está sangrando durante pelo menos 10 minutos; 
▪ Aliviar a pressão e verificar se parou de sangrar ao final de 10 minutos; 
▪ Se após a compressão continuar sangrando, deve-se aplicar gelo na narina, embrulhando-
o num pano ou compressa; 
 
▪ Limpar o nariz e, se necessário a boca, com uma compressa ou pano molhado. Durante a 
limpeza do nariz não deve fazer força, podendo enrolar um lenço e limpar apenas a 
entrada da narina. 
 
▪ Se o sangramento não parar ao final de 20-30 minutos, buscar atendimento hospitalar. 
 
 
 
58 
Remoção e transporte de acidentados 
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (SAMU, Corpo de 
Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros). O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as 
lesões, provocando sequelas irreversíveis ao acidentado. A vítima somente deverá ser 
transportada com técnica e meios próprios, nos casos, onde não é possível contar com 
equipes especializadas em resgate. Situações como: risco de desabamento, incêndio, 
tiroteios, possíveis perigos elétricos e outras situações que não permitam aguardar a equipe 
especializada. 
 
Observação: 
 
▪ É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte seguro (número 
de pessoas para realizar o transporte); 
Remoção com uma pessoa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fica a dica: 
Você não deve colocar em risco sua própria segurança ao remover um doente ou acidentado. 
▪ Nos braços: Passe um dos braços da 
 vítima ao redor do seu pescoço. 
 
 
▪ De apoio: Passe o seu braço em torno da cintura da 
vítima e o braço da vítima ao redor de seu pescoço; 
 
 
▪ Nas costas: Dê as costas para a vítima, passe 
os braços dela ao redor de seu pescoço, 
incline-a para a frente e levante-a. 
 
 
 
 
 
59 
 
 
 
Remoção com duas pessoas 
▪ Cadeirinha: Faça a cadeirinha conforme abaixo. Passe os braços da vítima ao redor do seu 
pescoço e levante a vítima. 
 
▪ Segurando pelas extremidades: uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra, segura 
pelas pernas abertas. Ambas devem erguer a vítima simultaneamente. 
 
Remoção com três pessoas 
▪ Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura e a parte superior das coxas; 
▪ A terceira segura a parte inferior das coxas e pernas; 
▪ Os movimentos das três pessoas devem ser simultâneos, para impedir deslocamentos da 
cabeça, coluna, coxas e pernas. 
 
▪ Com lençol: Seguram-se as pontas de uma das 
extremidades do lençol, onde se encontra apoiada a 
cabeça do acidentado, suspende-se um pouco e arrasta-
se a pessoa para o local desejado. 
 
 
 
60 
Remoção com quatro pessoas 
Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima impedindo qualquer 
tipo de deslocamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
Capítulo 8 – Envenenamentos e intoxicações 
Envenenamento e intoxicações 
Em geral, ocorrem por acidente envolvendo substâncias de uso diário, em casa ou no local de 
trabalho. Podem também ocorrer em casos de tentativa de suicídio. Drogas e álcool, usados de 
forma abusiva, podem provocar envenenamento. Além de penetração de substâncias tóxicas e 
nocivas através da pele, aspiração e ingestão. 
 
O que é veneno? 
Veneno ou toxinas são substâncias que, se introduzidas no corpo 
em quantidade suficiente, podem causar danos temporários ou 
 permanentes. Os sinais e sintomas dependem da toxina e 
do modo como ela penetrou no organismo. 
 
Quais os tipos de envenenamentos? 
Existem três tipos principais de envenenamentos: por venenos engolidos ou absorvidos pela pele, 
os aspirados e os injetados. 
 
Venenos engolidos 
 
Os causadores mais comuns são os remédios, quando tomados em excesso ou quando 
acompanhados de bebida alcoólica, produtos como material de limpeza, gasolina, tinta e outros. 
As crianças são, geralmente, as maiores vítimas do envenenamento com remédios e produtos 
caseiros. 
 
Sinais e sintomas 
 
▪ Vômitos e salivação; 
▪ Diarreia; 
▪ Dores abdominais; 
▪ Dificuldade de respirar; 
▪ Suor e até perda de consciência; 
▪ Dores de cabeça; 
 
 
 
 
 
62 
▪ Lacrimejamento; 
▪ Queimação nos olhos; 
▪ Queimaduras na pele ou manchas vermelhas, 
▪ Convulsões; 
▪ É comum encontrar queimaduras em volta da boca ou na língua; 
▪ Sempre se encontra a embalagem do produto próxima da vítima. 
 
Como proceder 
▪ Identificar o tipo de veneno ingerido; 
▪ Não provocar vômitos nos casos de inconsciência, ingestão de soda cáustica, ácidos ou 
produtos derivados de petróleo, pois pode corroer a boca e o esôfago; 
 
▪ Não provoque o vômito se a vítima estiver inconsciente; 
▪ Se a vítima estiver consciente, induza vômitos se o agente tóxico for medicamentos, plantas, 
comida estragada, álcool, cosmético, veneno para ratos, água oxigenada, etc.; 
 
▪ Se a vítima começar a vomitar, coloque-a deitada para o lado esquerdo, no chão. Isso evita 
que o veneno continue sendo digerido, principalmente quando não se sabe do que se trata; 
 
▪ Não dê nada para a vítima beber. 
▪ Encaminhe a vítima para atendimento hospitalar. 
 
Venenos aspirados 
A causa mais comum é a aspiração do gás de cozinha. Além dele, outros produtos domésticos, 
vapores químicos, fumaças e gases industriais podem provocar o envenenamento.Sinais e sintomas 
▪ Tontura; 
▪ Dificuldade de respirar; 
▪ Dor de cabeça; 
▪ Palidez ou pele azulada e até perda de consciência; 
▪ Podem ocorrer também vômito e diarreia. 
 
 
63 
Como proceder 
▪ Remova imediatamente a vítima do local; 
▪ Coloque a vítima ao ar livre; 
▪ Chame com urgência um serviço médico. 
 
Como prevenir envenenamentos 
▪ Guardar os produtos de limpeza ou medicamentos em suas embalagens originais e não as 
reutilizar depois de vazias; 
 
▪ Nunca reutilizar embalagens vazias de refrigerantes, potes ou frascos de alimentos para 
guardar outros produtos; 
 
▪ Guardar produtos perigosos, como os de limpeza e medicamentos, longe do alcance de 
crianças e animais de estimação; 
 
▪ Não usar medicamentos sem orientação médica; 
▪ Não fazer remédios ou chás caseiros com plantas, sem orientação médica; 
▪ Não comer plantas selvagens sem que elas tenham sido bem identificadas; 
▪ Ensinar as crianças a não brincar de “comidinhas” com plantas que encontrarem ou qualquer 
outra coisa que elas não conheçam; 
 
▪ Inseticidas e raticidas devem ser utilizados com cuidado e, de preferência, por empresa 
especializada. 
 
Observação: 
▪ Não oferecer leite e outras substâncias; 
▪ Em casos de crianças, coloque – a em decúbito 
lateral esquerdo até chegar o socorro especializado. 
 
 
 
 
 
 Ao colocar a vítima 
virada para o lado esquerdo 
impedimos que a substância que 
ela ingeriu seja absorvido pelo 
intestino e corrente sanguínea. 
 
 
64 
Intoxicação medicamentosa 
 
Todo medicamento, seja ele qual for, até os conhecidos como naturais, podem causar algum 
risco, dependendo da saúde da pessoa e da situação em que está sendo utilizando. Muitas vezes 
os sintomas podem se revelar de uma hora para outra, como acontece no caso das alergias aos 
medicamentos, que podem causar sérias reações. Uma intoxicação medicamentosa pode agredir 
o organismo, alterando as suas funções e, até mesmo, levando a pessoa à morte. 
 
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no Brasil cerca de 25% dos casos de 
intoxicação são originadas pela automedicação. Nos últimos cinco anos, por exemplo, 60 mil 
brasileiros foram internados em hospitais com sintomas de intoxicação medicamentosa. 
 
 
Sinais e sintomas 
 
Como existem diversos tipos de substâncias tóxicas, há uma grande variedade de sinais e 
sintomas que podem indicar uma intoxicação, e algumas das principais são: 
 
▪ Batimentos cardíacos acelerados ou lentos; 
▪ Aumento ou queda da pressão arterial; 
▪ Suor intenso; 
▪ Vermelhidão ou ferimentos na pele; 
▪ Alteração na visão; 
▪ Falta de ar; 
▪ Vômitos; 
▪ Diarreia; 
▪ Dor abdominal; 
▪ Sonolência; 
https://fortissima.com.br/2014/03/28/fique-alerta-aos-sinais-de-alergia-51033/
https://fortissima.com.br/2014/03/28/fique-alerta-aos-sinais-de-alergia-51033/
 
 
65 
▪ Alucinação e delírio; 
▪ Retenção ou incontinência urinária e fecal. 
 
Como proceder 
 
▪ Mantenha a calma; 
▪ Verifique a respiração e pulso da vítima; 
▪ Tente encontrar a embalagem do medicamento que causou a intoxicação; 
▪ Não ofereça comida ou bebida a vítima; 
▪ Procure serviço médico de emergência. 
 
ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS 
Segundo Ministério da Saúde – MS 
Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas 
produtoras de veneno, ou substâncias tóxicas, além do 
aparelho especializado (dentes ocos, ferrões ou cerdas), 
por onde o veneno é inoculado. 
Quais são os animais peçonhentos? 
Podem ser por serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas, abelhas, peixe arraia. 
 
Heminópteros (Abelhas, vespas, marimbondos e formigas) 
As picadas desses insetos provocam muita dor e assustam, mas os riscos são pequenos, mesmo 
que as picadas sejam numerosas. Após a picada, há inchaço. Pessoas alérgicas podem, com 
apenas uma única picada, ter choque anafilático (grave reação alérgica que pode levar ao 
encerramento da garganta, impedindo a respiração adequada e podendo levar à morte em poucos 
minutos). 
Vespas e marimbondos não deixam ferrão. Abelhas morrem depois de picar, deixando o ferrão. 
 
 
 
66 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais e sintomas 
▪ Eritema local que pode se estender pelo corpo todo; 
▪ Prurido (coceira); 
▪ Dificuldade respiratória (edema de glote). 
 
Como proceder 
▪ Aplique uma compressa fria para aliviar a dor e reduzir o inchaço; 
▪ Atendimento médico – Soroterapia. 
 
Carrapatos 
Em caso de picadas de carrapatos, esses devem ser 
removidos o mais depressa possível e colocados em 
um vidro, para serem examinados em um serviço médico. 
Os carrapatos podem ser vetores de doenças e devem 
ser retirados com uma pinça, puxando-o pela cabeça em movimentos de vai e vem. 
Não tente retirá-los de uma vez só, pois a cabeça ficará presa na pele. 
 
 
 
 
 Outro tipo de Abelha 
 
 
 
 
67 
Serpentes 
As picadas de cobras geralmente são reconhecidas pela 
marca dos dentes na pele. Toda picada de cobra, 
mesmo sem qualquer sintoma, merece atendimento médico. 
Algumas espécies de serpentes são peçonhentas, ou seja, 
possuem a capacidade de produzir veneno, através de glândulas na boca. Estas serpentes 
venenosas injetam o veneno nas presas, usando dentes inoculadores (específicos para tal tarefa). 
Possuem a capacidade de ingerir presas de grande porte inteiras e sem necessidade de mastigá-
las. 
Com relação ao habitat, são encontradas em quase todas as regiões do mundo, exceto em locais 
de clima muito frio. 
Apenas 1% das picadas de cobras venenosas é fatal, quando a vítima não é socorrida a tempo. 
 
Sinais e sintomas 
▪ Marcas da picada; 
▪ Dor, inchaço; 
▪ Hemorragia; 
▪ Febre, náuseas; 
▪ Sudorese e urina escura; 
▪ Calafrios, perturbações visuais; 
▪ Dor de cabeça; 
▪ Convulsões; 
▪ Dificuldade respiratória. 
 
 
 
 
 
 
68 
 
Espécies mais encontradas no Brasil 
▪ Jararaca: 
É a cobra que mais pica no Brasil, sendo 
responsável por 90% dos casos. O veneno das 
jararacas é potente e pode levar o indivíduo picado 
a morte, caso não haja socorro médico e aplicação 
de soro antiofídico 
 
▪ Cascavel 
É considerada a 2º mais peçonhenta das serpentes 
brasileiras. Tem muitos guizos ou chocalhos na cauda, 
que anuncia a sua aproximação. Como sintomas da 
picada, surge dificuldade em abrir os olhos, visão 
dupla, pálpebras caídas, dor muscular generalizada e urina avermelhada. 
 
▪ Coral 
Apesar de ser a mais peçonhenta, existem poucos 
casos de acidentes. As cobras corais verdadeiras, 
diferentes de outras serpentes peçonhentas, não foge, ela enrola-se e 
achata o corpo aguardando o desfecho e o momento 
exato para injetar sua peçonha através da mordida. 
 
▪ Surucucu 
É a maior serpente venenosa das Américas, 
encontrada nas matas fechadas e florestas tropicais. 
Os sintomas são semelhantes aos provocados pela 
jararaca. 
 
 
 
 
 
 
69 
Como proceder 
▪ Não remover o veneno por meios mecânicos, pois agrava o acidente; 
▪ A vítima deve permanecer deitada e quieta; 
▪ Lavar a ferida com água e sabão; 
▪ Manter o membro picado a nível do coração para não disseminar o veneno; 
▪ Monitorar os sinais vitais; 
▪ Levar o acidentado para o serviço de saúde; 
▪ Se possível levar o animal. 
Tratamento 
O tratamento consiste na administração, o mais precocemente possível, do soro antiofídico. 
Soro antiofídico – É o soro universal, é composto por soro antibotrópico e anticrotálico. 
Para cada um dos gêneros há um soro específico: 
▪ Antibotrópico (Jararaca); 
▪ Anticrotálico (Cascavel); 
▪ Antilaquético (Surucucu); 
▪ Antilapídico (Coral). 
 
O que não fazer 
▪ Não dê sedativos ou aspirina; 
▪ Não faça ferimentos adicionais

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