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Primeiros Socorros para profissionais da saúde

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Primeiros Socorros para profissionais da saúde.
1. A evolução dos primeiros socorros
1.1 História dos primeiros socorros
- Atitudes imediatas a fim de resolver o problema ou minimizar as consequências.
- Os primeiros socorros são um conjunto de medidas aplicadas as vítimas de lesões ou males súbitos, que são utilizadas visando evitar ou minimizar o agravamento de seu estado enquanto espera-se o atendimento de um profissional da saúde. 
- Devem ser aplicados quando a vítima não estiver em condições de cuidar de si.
- Emergência socorro imediato;
- Urgência pode aguardar a chegada da equipe médica.
- Os primeiros socorros não substituem o atendimento médico especializado.
· Diminuir o sofrimento da vítima;
· Manter os sinais vitais;
· Evitar complicações;
· Salvar vidas.
1.2 Cuidados imediatos e mediatos
- Primeiros socorros imediato.
· Prestados de forma rápida, ainda no local do acidente.
- Assim que a pessoa iniciar os primeiros socorros, o socorro especializado também deverá ser chamado.
· Serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU): 192
· Polícia Militar (PM): 190
- Identificar a localização, rua, número, e ponto de referência próximo ao local da emergência.
- Na chegada do socorro, relate o ocorrido até o momento.
1. Checar o local para ver o tipo de acidente e se possível colocar a vítima fora da área de perigo antes de iniciar o socorro; afastá-la de perigos em potencial como: fios elétricos soltos e desencapados; tráfego de veículos; andaimes; vazamento de gás; máquinas funcionando. Deve-se desligar a corrente elétrica; evitar chamas, faíscas e fagulhas; afastar pessoas desprotegidas da presença de gás; retirar vítima de afogamento da água, desde que o faça com segurança para quem está socorrendo; evacuar área em risco iminente de explosão ou desmoronamento. 
2. Peça ajuda para alguém que estiver próximo ou ligue imediatamente para o número de socorro do atendimento médico móvel, já citado anteriormente. 
3. Fazer uma rápida avaliação da vítima, ver sintomas, sinais e ferimentos, cuidar da vítima dando os primeiros socorros. 
4. Manter os sinais vitais, ou seja, pulso, respiração, pressão, temperatura.
- As pessoas envolvidas em acidentes graves ficam psicologicamente comprometidas, daí a importância de uma atitude firme, porém afetuosa no atendimento, buscando avaliar não só as reações da vítima como também o seu entorno.
- O importante é conduzir a situação com calma, compreensão e confiança para não provocar pânico, buscar manter o controle sobre as outras pessoas a fim de que estas possam auxiliar no atendimento, não tumultuando a situação.
- Uma pessoa deverá assumir a liderança explicando as outras pessoas o que deverá ser feito.
- Com relação à vítima, esta deve ser informada sobre seu estado, sua evolução ou mesmo sobre a situação em que se encontra, utilizando-se uma voz tranquila a fim de acalmar um pouco a vítima, porém, uma ressalva nesse quesito, deve-se avaliar o que poderá ser informado para não causar ansiedade ou medo desnecessário.
- A ética é importantíssima no momento do socorro.
- A proteção à privacidade da vítima, evitando assim a sua exposição desnecessária, bem como toda e qualquer informação pessoal obtida durante o atendimento deve ser mantida em sigilo.
- Afastar os curiosos é importante para conduzir o socorro de forma mais tranquila.
1.3 Aspectos legais do socorro à vítima
-  A vítima poderá acionar na justiça a pessoa que prestou os primeiros socorros em virtude desse atendimento ter gerado sequelas, como também poderá ser processada em casos de omissão de atendimento a vítima.
- O conteúdo do Art. 135 do código penal poderá ser conhecido através do Decreto Lei 2848/40, que resumindo prescreve:
Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
- Menores de 16 anos, maiores de 65 anos, gestantes a partir do terceiro mês, deficientes visuais, mentais e físicos (incapacitados) não são obrigados por lei a prestar socorro.
- Se há risco a própria vida, a pessoa também não deverá fazê-lo.
- Quando a pessoa que primeiro encontrar a vítima não possuir treinamento específico ou não se sentir confiante para atuar e chamar o socorro especializado, esta ação já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.
- Direitos da pessoa que estiver sendo atendida:
O prestador de socorro deve ter em mente que a vítima possui o direito de recusa do atendimento. No caso de adultos, esse direito existe quando eles estiverem conscientes e com clareza de pensamento. Isso pode ocorrer por diversos motivos, tais como crenças religiosas ou falta de confiança no prestador de socorro que for realizar o atendimento. Nestes casos, a vítima não pode ser forçada a receber os primeiros socorros, devendo assim certificar-se de que o socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima enquanto tenta ganhar a sua confiança através do diálogo. Caso a vítima esteja impedida de falar em decorrência do acidente, como um trauma na boca, por exemplo, mas demonstre através de sinais que não aceita o atendimento, fazendo uma negativa com a cabeça ou empurrando a mão do prestador de socorro, deve-se proceder da seguinte maneira:
· Não discuta com a vítima;
· Não questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em crenças religiosas;
· Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus direitos;
· Converse com a vítima, informe a ela que você possui treinamento em primeiros socorros, que irá respeitar o direito dela de recusar o atendimento, mas que está pronto para auxiliá-la no que for necessário;
· Arrole testemunhas de que o atendimento foi recusado por parte da vítima;
· No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do acidente antes da chegada do socorro especializado, o prestador de socorro deverá se possível, arrolar testemunhas que comprovem o fato;
· O consentimento para o atendimento de primeiros socorros pode ser formal, quando a vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento, após o prestador de socorro ter se identificado como tal e tiver informado à vítima de que possui treinamento em primeiros socorros, ou implícito, quando a vítima esteja inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou sinalizar consentindo com o atendimento. Neste caso, a legislação infere que a vítima daria o consentimento, caso tivesse condições de expressar o seu desejo de receber o atendimento de primeiros socorros;
· O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes envolvendo menores desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do mesmo modo, a legislação infere que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis, caso estivessem presentes no local.
- Em caso de acidente fatal, é importante ter testemunhas para narrar o ocorrido às autoridades.
- No Manual de Primeiros Socorros publicado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2003) é descrito que a pessoa que está prestando os primeiros socorros deve seguir um plano de ação baseando-se no P.A.S., (que são as três letras iniciais a partir das quais se desenvolvem todas as medidas técnicas e práticas de primeiros socorros: Prevenir, Alertar, Socorrer).
Prevenir – afastar o perigo do acidentado ou o acidentado do perigo 
Alertar – contatar o atendimento emergencial informando o tipo de acidente, o local, o número de vítimas e o seu estado. 
Socorrer – após as avaliações.
1.4 Vídeo primeiros socorros
· A Controle da coluna cervical e desobstrução de vias aéreas;
· B Respiração;
· C Circulação;
· D Avaliação neurológica;
· E exposição da vítima.
1° Verificarse a vítima está consciente ou não – perguntar para a vítima e se identificar.
- Caso responda (está respirando), recolha informações para passar para a equipe de resgate;
- Caso não responda, fazer avaliação da letra A do exame primário verificar a respiração realizar: se posicionar ao lado da vítima, segurando a cabeça dela, fazendo controle da coluna cervical, e posicionar o meu ouvido ao nariz dela ver (movimento de respiração), ouvir (barulho) e sentir (vento da respiração).
- Se a vítima estiver respirando bem, passe para a segunda letra (B);
- Se não estiver respirando, fazer a elevação da mandíbula, liberando as vias aéreas da pessoa verificar se existe algum objeto obstruindo as vias, puxar a mandíbula para baixo e analisar manobra tríplice da mandíbula.
2° Se não estiver respirando, liberar as vias aéreas e realizar a respiração boca a boca manter a cabeça firme, tapar o nariz, elevar o queixo, abrir a boca e colocar a sua boca em volta de toda a boca da vítima e assoprar, verificar o tórax elevando ar está entrando e dar o tempo para o ar sair.
3° Avaliar a circulação (C) pulsos periféricos e pulsos centrais.
- Verificar se tem pulso.
- Se não tiver, está em parada cardíaca iniciar as manobras de ressuscitação massagem cardíaca e ventilação 5 ciclos de 30 massagens cardíacas com respiração boca a boca.
4° Avaliação neurológica (D) verificar se a vítima está consciente ou não.
- Primeiro realizar o estímulo verbal chamar e tentar conversar.
- Segundo realizar o estímulo doloroso fechar as mãos e apertar o esterno com os ossos. 
- Se responder, tem estímulo doloroso preservado.
- Se não responder, está inconsciente.
5° exposição da vítima (E) verificar as lesões que a vítima possa ter no seu corpo.
· NECESSÁRIO RESOLVER A SEQUÊNCIA PADRONIZADA.
· QUANDO O ATENDIMENTO ESPECIALIZADO CHEGAR, REPASSAR AS INFORMAÇÕES DO ATENDIMENTO PARA QUE POSSAM DAR CONTINUIDADE NO ATENDIMENTO ESPECIALIZADO.
2. Atribuições do profissional de saúde no suporte básico à vida
2.1 Avaliando o cenário de um acidente
- A pessoa que assume o socorro deve observar rapidamente toda a situação para tomar a atitude mais correta possível.
· Quantas pessoas estão envolvidas na emergência?
· Onde estão as vítimas?
· Que perigos eminentes devem nos preocupar?
· Ao constatar mais de uma vítima, avaliar e identificar quem precisa de primeiros socorros com mais urgência.
- Caso o acidente ocorra na rua, observar o estado de consciência da vítima, se ela estiver consciente, pergunte rapidamente: nome, endereço, o dia etc., serão situações que ajudarão na localização de familiares. 
1. intervenção de leigos; 
2. reconhecimento de uma emergência; 
3. como decidir ajudar; 
4. a sinalização do local; 
5. chamar o resgate; 
6. avaliação da vítima (quem deve avaliar?); 
7. atender a vítima: eficaz se for iniciado imediatamente – porém na prática o que observamos é que normalmente um leigo é quem está primeiro ao lado da vítima, como descrito no item 1; 
8. sequestro emocional (embotamento, perda de contato com a realidade, você não pode fazer nada no momento); 
9. avaliação do cenário em 10 segundos: 
· perigos iminentes que ameacem a segurança
· mecanismo de lesão ou mal súbito 
· número de vítimas
10. quando chamar o resgate: 
· em risco de morte 
· se a condição da vítima requerer equipamento médico 
· o trânsito oferecer dificuldade de acesso ao hospital.
- Com relação a acidentes em ruas e rodovias, é importante utilizar a sinalização mais comum. Colocação de placa de sinalização, ou como recurso popular, galhos de árvores também poderão ser utilizados.
2.2 Equipe de socorro especializado
- Com relação ao socorrista/motorista especializado, ele deve estacionar a viatura de socorro a 15 metros antes do local do acidente. utilizando-a como anteparo, a fim de proporcionar maior segurança à guarnição de serviço e às vítimas envolvidas, deixando assim, uma área denominada “zona de trabalho”.
- Nas situações em que já houver uma viatura fazendo tal proteção, a viatura de socorro deverá ser colocada 15 metros à frente do acidente, mantendo o espaço da zona de trabalho.
2.3 Materiais e acessórios
- A utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) é fundamental para garantir não só a segurança do profissional, mas também da vítima.
- Materiais de sinalização:
· Cones de sinalização;
· Lanternas;
· Fitas para isolamento;
· Extintores de incêndios.
- Materiais de emergência: 
· Equipamentos de reanimação e administração de oxigênio;
· Cânula orofaríngea; 
· Reanimador ventilatório manual ou Ambu;
· Equipamento de administração de oxigênio portátil;
· Equipamento para aspiração; 
· Equipamentos de imobilização e fixação de curativos;
· Bandagens triangulares e ataduras de crepom;
· Cintos de fixação;
· Colete de imobilização dorsal;
· Colar cervical;
· Tábua de imobilização;
· Imobilizadores de cabeça;
· Materiais usados em curativos;
· Materiais de uso obstétrico;
- Equipamentos para verificação de sinais vitais:
· Esfigmomanômetro; 
· Estetoscópio;
· Oxímetro de pulso portátil;
· Desfibriladores externos automáticos; 
- Macas de acessórios:
· Maca;
· Cobertor e manta aluminizada; 
2.4 Kit primeiros socorros (vídeo)
- Materiais básicos:
· Caixa/bolsa para guardar os itens;
· 1 embalagem de soro fisiológico;
· 1 solução antisséptica para feridas;
· Gazes esterilizadas;
· 3 ataduras e 1 rolo de esparadrapo; 
· Luvas descartáveis;
· 1 tesoura sem ponta;
· 1 embalagem de band-aid;
· 1 termômetro;
· 1 frasco de colírio hidratante;
· Pomada para queimadura;
· Paracetamol, ibuprofeno ou cetirizina;
· Outros medicamentos;
· 1 embalagem de algodão;
2.5 Atitudes corretas
- Os dez mandamentos do socorrista:
1. Mantenha a calma. Verificamos que isso é fundamental no contato com a vítima e principalmente para organizar o ambiente. 
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: PRIMEIRO EU (o socorrista); DEPOIS MINHA EQUIPE (incluindo os transeuntes); E POR ÚLTIMO A VÍTIMA. Isto parece ser contraditório à primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas. Lembrar-se de não agir sem pensar.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar para o atendimento pré-hospitalar assim que chegar ao local do acidente. Podemos, por exemplo, discar para os seguintes serviços: de ambulância, corpo de bombeiros, polícia. Se o socorrista estiver envolvido com o atendimento, peça a outra pessoa que faça este contato. 
4. Sempre verifique se há riscos no local para você e sua equipe antes de agir no acidente. A segurança do socorrista e da equipe vem em primeiro lugar, pois se a equipe se acidentar, quem prestará o socorro neste momento? 
5. Mantenha sempre o bom senso. É fundamental para a atuação de forma segura e eficaz. 
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos. Numa ação emergencial é preciso ter alguém no comanda para organizar o atendimento. 
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se sentirão mais úteis. Este é o papel do líder. 
8. Evitem manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa). Por isso a calma e o bom senso devem sempre estar presentes, desta forma se consegue ajudar a vítima e não se expõe a riscos. 
9. Em caso de múltiplas vítimas, dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que estejam sangrando muito. Usar os conhecimentos científicos na avaliação de prioridades. 
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2° mandamento), proteger-se e proteger a equipe em primeiro lugar.
3. Definição de urgência e emergência
3.1 Definição de urgência e emergência
- As definições para urgência e emergência foram estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), na Resolução de nº 1451/95, estabelece: 
Artigo 1º – Os estabelecimentos de Prontos Socorros Públicos e Privados deverão ser estruturados para prestar atendimento a situações de urgência-emergência, devendo garantir todas as manobrasde sustentação da vida e com condições de dar continuidade à assistência no local ou em outro nível de atendimento referenciado. 
Parágrafo Primeiro – Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.
Parágrafo Segundo – Define-se por EMERGÊNCIA a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato. (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, [1995], p. 1).
- A emergência é uma ocorrência ou situação perigosa, de aparecimento súbito e imprevisto, necessitando de imediata solução.
-  A urgência é uma ocorrência ou situação perigosa, de aparecimento rápido, mas não necessariamente imprevisto e súbito, necessitando de solução em curto prazo. 
3.2 Atendimento de acordo com o quadro clínico
- Emergência médica: quadro grave, clínico ou cirúrgico ou misto, de aparecimento ou agravamento súbito e imprevisto, causando risco de morte ou grande sofrimento ao paciente e necessitando de solução imediata, a fim de evitar mal irreversível ou morte.
- Urgência médica: quadro grave, clínico ou cirúrgico ou misto, de aparecimento ou agravamento rápido, mas não necessariamente imprevisto e súbito, podendo causar risco de morte ou grande sofrimento para o paciente, necessitando de tratamento em curto prazo, a fim de evitar mal irreversível ou morte.
- De acordo com a Resolução 1451/95 do CFM, em seu artigo 2º: as unidades de assistência à saúde que realizam atendimento de emergência devem possuir uma equipe de profissionais em regime de plantão no local, deve ser constituída no mínimo pelas seguintes especialidades: 
· Anestesiologia;
· Clínica médica;
· Pediatria;
· Cirurgia geral;
· Ortopedia.
- Outros profissionais inserem-se neste grupo de trabalho para a realização de uma assistência integralizada do paciente, no contexto do ambiente de pronto atendimento, a saber:
· Enfermeiro;
· Técnico e/ou auxiliar de enfermagem;
· Nutricionista;
· Psicólogo;
· Assistente social.
- A sala de emergência deverá, obrigatoriamente, estar equipada com: 
· Material para reanimação e manutenção cardiorrespiratória;
· Material para oxigenação e aspiração;
· Material para procedimentos de urgência.
- Para o atendimento emergencial, esta unidade de pronto atendimento deverá ter o mínimo de recursos técnicos, e funcionamento ininterrupto, esses recursos são:
· Radiologia;
· Laboratório de análises clínicas;
· Centro cirúrgico;
· Unidade de terapia intensiva;
· Unidade transfusional;
· Farmácia básica para urgência;
· Unidade de transporte equipado.
- Pronto Socorro deverá permanecer à disposição da população em funcionamento ininterrupto.
- O atendimento de urgência/emergência inicia-se com uma avaliação prévia do quadro clínico da vítima, somente desta forma é possível identificar e separar os dois conceitos para o início da assistência. 
3.3 Avaliação do quadro clínico
- Exame primário: 
Verificar:
· Se a vítima está consciente;
· Se a vítima está respirando;
· Se as vias aéreas estão desobstruídas;
· Se a vítima apresenta pulso.
- Se o acidentado está consciente, perguntar por áreas dolorosas no corpo e incapacidades funcionais de mobilização. Pedir para apontar onde é a dor, pedir para movimentar as mãos, braços etc.
- Esse exame deve ser rápido, em aproximadamente 2 minutos.
- Exame secundário:
- Avaliação mais criteriosa;
· Avaliar o nível de consciência; 
- Vigil – doente responsivo ao mínimo de estímulo externo.
- Confuso – doente agitado, com alucinações e movimentos descoordenados, mas apresenta períodos curtos de atenção. Conhecimento deficiente com desorientação. 
- Obnubilado – doente sonolento, mas de fácil despertar, resposta verbal correta quando acordado. Defende-se perante estímulos dolorosos. 
- Estuporoso – doente apático, com movimentos lentos e olhar fixo. Ausência de resposta verbal, mas desperta perante estímulos vigorosos. 
- Coma ligeiro – desorientado no tempo e no espaço, responde com esgar ou afastando o membro do estimulo doloroso. 
- Coma profundo – não existe qualquer resposta, mesmo perante uma estimulação vigorosa.
- Indicação da escala de consciência da pessoa avaliada.
· Avaliar os 4 sinais vitais;
- Pulso (frequência, ritmo e intensidade), respiração, pressão arterial e temperatura.
- Frequência: é aferida em batimentos por minuto, podendo ser normal, lenta ou rápida.
- Ritmo: é verificado através do intervalo entre um batimento e outro. Pode ser regular ou irregular.
- Intensidade: é avaliada através da força da pulsação. Pode ser cheio (quando o pulso é forte) ou fino (quando o pulso é fraco).
· A respiração;
- 2 a 3 minutos sem respirar, o organismo começa a dar sinais de graves alterações.
- Oxigenação das células e eliminar gás carbônico.
- Frequência: que é aferida em respirações por minuto, podendo ser: normal, lenta ou rápida.
- Ritmo: é verificado através do intervalo entre uma respiração e outra, podendo ser regular ou irregular.
- Profundidade: deve-se verificar se a respiração é profunda ou superficial.
· Pressão arterial;
- É a força que o sangue exerce sobre a parede das artérias.
- Sistólica: 100 a 120 mmHg.
- Diastólica: 60 a 90 mmHg. 
· Temperatura;
- Medida do calor do corpo (o equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido).
- É considerado normal 36°C a 37°C.
4. Os principais atendimentos na emergência
4.1 Os principais atendimentos na emergência
- Tempo é um fator prioritário que faz a diferença entre a morte e as sequelas.
- Improvise caso não tenha os materiais para a sua proteção.
- A biossegurança tem como principal objetivo minimizar riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho, visando sempre proteger a saúde do profissional e da população. 
- Uma pessoa pode se contaminar das seguintes formas:
· Ar;
· Sangue;
· Fluidos corporais;
· Partículas disseminadas por vias aéreas que podem ser transmitidas pela tosse ou espirro.
- O EPI a ser utilizado irá depender do tipo de procedimento a ser realizado e de como se apresenta a vitima a ser socorrida.
4.2 Ressuscitação cadiorrespiratória (RCR)
- A vítima pode apresentar uma parada cardiorrespiratória (PCR), sendo essa a primeira das emergências que deverá ser atendida sempre;
- Para facilitar a assistência é importante ter em mente a sequência de uma reanimação cardiorrespiratória, o que os profissionais emergencistas chamam de ABCDE da vida:
A – abertura das vias aéreas com controle cervical;
B – boa ventilação (respiração);
C – controle hemodinâmico (circulação/controle das hemorragias);
D – déficit neurológico-nível consciência (não administrar nada por via oral);
E – exposição completa da vítima (exame físico) e controle térmico.
- Podemos definir parada cardíaca como sendo a interrupção repentina da função de bombeamento cardíaco, que pode ser constatada pela falta de batimentos do acidentado (ao encostar o ouvido na região anterior do tórax do acidentado), pulso ausente (não se consegue palpar o pulso) e ainda quando houver dilatação das pupilas (menina dos olhos), e que pode ser revertida com intervenção rápida, mas que causa morte se não for tratada.
- Posição do acidentado:
· Posicionar o acidentado em superfície plana e firme. Mantê-lo em decúbito dorsal, pois as manobras para permitir a abertura da via aérea e as manobras da respiração artificial são melhor executadas nesta posição. A cabeça não deve ficar mais alta que os pés, para não prejudicar o fluxo sanguíneo cerebral. Caso o acidentado esteja sobre uma cama ou outra superfície macia ele deve ser colocado no chão ou então deve ser colocada uma tábua sob seu tronco. A técnica correta de posicionamento do acidentado deve ser obedecida utilizando-se as manobras de rolamento. 
- Posição da pessoa que está socorrendo:
· O socorrista deve ajoelhar-se ao lado do acidentado, de modo que seus ombros fiquem diretamente sobre o esterno dele. Em seguida, apoiar as mãos uma sobre a outra, na metade inferior do esterno, evitando fazê-losobre o apêndice xifoide , pois isso tornaria a manobra inoperante e machucaria as vísceras. Não se deve permitir que o resto da mão se apoie na parede torácica.
· A compressão deve ser feita sobre a metade inferior do esterno, porque essa é a parte que está mais próxima do coração. Com os braços em hiperextensão, aproveite o peso do seu próprio corpo para aplicar a compressão, tornando-a mais eficaz e menos cansativa do que se utilizada à força dos braços. Em seguida, deve-se remover subitamente a compressão que, junto com a pressão negativa, provoca o retorno de sangue ao coração. Isso sem retirar as mãos do tórax da vítima, garantindo assim que não seja perdida a posição correta das mãos. As compressões torácicas e a respiração artificial devem ser combinadas para que a ressuscitação cardiorrespiratória seja eficaz. A relação ventilações/compressões varia com a idade do acidentado e com o número de pessoas que estão fazendo o atendimento emergencial. A frequência das compressões torácicas deve ser mantida em 80 a 100 por minuto. 
· Com a pausa que é efetuada para ventilação, a frequência real de compressões cai para 60 por minuto. A aplicação da massagem cardíaca externa pode trazer consequências graves, muitas vezes fatais. Podemos citar, dentre elas, fraturas de costelas e do esterno, separação condrocostal, ruptura de vísceras, contusão miocárdica e ruptura ventricular. Essas complicações, no entanto, poderão ser evitadas se a massagem for realizada com a técnica correta. 
· É, portanto, muito importante que nos preocupemos com a correta posição das mãos e a quantidade de força que deve ser aplicada. A massagem cardíaca externa deve ser aplicada em combinação com a respiração boca a boca. O ideal é conseguir alguém que ajude para que as manobras não sofram interrupções devido ao cansaço.
4.3 Traumas
- O trauma significa ferida. 
- Acontecimentos não previstos ou indesejáveis, atingindo indivíduos, produzindo-lhes alguma forma de lesão ou dano.
- O trauma é uma doença que representa um problema de saúde pública de grande magnitude e transcendência no Brasil.
- Incluem-se os acidentes (acidentais) e a violência (intencionais).
· Fratura
- Interrupção na continuidade de um osso.
- Quedas, esmagamentos, impactos fortes ou movimentos violentos.
- Existem vários tipos de fraturas.
- Podem ser fechadas ou expostas: 
Fechada:
· Quando ocorre a quebra de um osso e, apesar do choque, a pele permanece intacta, sem rompimento;
· Dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação;
· Incapacidade de movimentar a área afetada;
· Inchaço e a pele arroxeada, acompanhado de deformação aparente no membro machucado.
Exposta:
· O osso quebrado rompe os músculos e a pele.
· Mais complexos e graves.
· Os mesmos sinais da fratura fechada;
· Sangramentos e ferimento de pele.
 - Faça um primeiro diagnóstico observando o que aconteceu. 
- Normalmente a pessoa que sofreu uma fratura sentirá muita dor no local, ao apalpá-lo ou movimentá-lo. 
- No caso de fratura exposta, proteja o ferimento e controle o seu sangramento antes de imobilizar a região afetada. 
- Chame socorro imediatamente ou, se a pessoa estiver em condições de ser transportada de carro, leve-a um hospital. 
- Imobilize o membro fraturado segurando a área com firmeza ou com a ajuda de um papelão, dobrando-o em três (como se fosse uma calha).
- A imobilização vai diminuir a dor.
- Em caso de fratura exposta, não tente colocar o osso no lugar, apenas imobilize.
- Cubra o local com um pano esterilizado, ou bem limpo, para evitar o contato com o ambiente. 
- Se o socorro demorar, lave o local com água corrente abundante ou com soro fisiológico e seque com o pano limpo. 
- Se houver um sangramento muito intenso, faça a compressão firme do local segurando o membro na posição oposta ao fluxo do sangue.
· Entorse
- É a torção de uma articulação, com lesão dos ligamentos. 
- Dor local, impotência funcional parcial e edema.
- Medidas de primeiros socorros:
· Aplicar gelo no local por 20 minutos;
· Imobilização provisória com ataduras;
· Encaminhar ao médico.
· Luxação
- É a separação as superfícies articulares entre dois ossos.
- Dor intensa, impotência funcional, deformidade e edema progressivo.
- Medidas de primeiros socorros:
· Imobilizar as articulações;
· Aplicar compressas frias;
· Encaminhar ao hospital.
· Contusão
- Área afetada pela ação de objetos, sem solução de continuidade da pele.
- É uma lesão sem fratura dos tecidos moles do corpo, gerada pelo impacto mecânico de um agente externo sobre uma parte do corpo.
- Normalmente deixa como resultado um hematoma.
- Este hematoma é devido ao rompimento de pequenos vasos sanguíneos, nos quais o sangue é liberado e se infiltra nos tecidos próximos, tais como a pele, seguindo-se a um processo de inflamação que priva a chegada do oxigênio à lesão.
- A cor azulada que a pele adquire é devido a esta asfixia.
- Os músculos ou tendões também podem ser atingidos quando o trauma é mais forte, provocando dor intensa.
- Nos casos de contusões mais sérias, órgãos internos como: cérebro, fígado, rins ou pulmões podem ser afetados seriamente, levando ao risco de morte.
- Medidas de primeiros socorros: 
· Deve-se aplicar compressas frias ou bolsa de gelo por cerca de 20 minutos;
· Encaminhar a vítima para um hospital.
· Lesões da coluna cervical 
- Constituída por 33 ossos sobrepostos, denominados vértebras.
- Em seu interior se contra a medula espinhal, responsável pela condução dos impulsos nervosos aos diversos segmentos do corpo. 
- A lesão da coluna vertebral pode estar associada à lesão de medula, ou esta ser provocada pela manipulação inadequada do paciente durante as técnicas de primeiros socorros ou a remoção para o hospital.
- Dor intensa localizada, diminuição da sensibilidade, pode haver paralisia abaixo da lesão, alterações da função respiratória, perda do controle vesical e intestinal.
- Medidas de primeiros socorros:
· Verificar e restabelecer as condições respiratórias;
· Imobilizar primeiramente a região cervical;
· Remover a vítima em superfície dura, com coxins sob a nuca região lombar, joelhos e tornozelos.
· Traumatismo crânio- encefálico (TCE)
- Decorrem geralmente de quedas acidentais, atropelamentos, colisão de autos, ferimentos por arma de fogo etc. 
- Tipos de lesão: 
· Lesão do couro cabeludo (em que pode haver muito sangramento);
· Lesões do arcabouço ósseo (fraturas);
· Lesões cerebrais (podem ocorrer associadas ou não a outras lesões do crânio).
- Comoção: não apresenta lesão do tecido nervoso, apenas um distúrbio funcional de caráter transitório. 
- Contusão: apresenta lesão anatômica do encéfalo, podendo ser localizada ou difusa. Costuma ser mais grave que a comoção.
- Dilaceração: ocorre quebra da solução de continuidade do encéfalo associada à perda de substância.
- Geralmente um portador de TCE é antes de tudo um politraumatizado, portanto é essencial o exame físico geral e o estabelecimento de prioridade no tratamento.
- Certifique-se de que não há fraturas na coluna cervical antes de mobilizar a cabeça e o pescoço da vítima.
- Verifique seu nível de consciência, perturbação motora, perda de líquido cefalorraquidiano pelo nariz, perda de massa encefálica pelo local do trauma. 
- O que podemos fazer como medida de emergência é proteger as áreas atingidas, colocar a vítima em posição adequada, e levá-la o mais rápido possível para o hospital.
4.4 Ferimentos
- Ferimentos:
- Mais comuns de ocorrer em acidentes de trabalho;
- Surgem sempre que existe um traumatismo;
- Partes superficiais da pele;
- Causam dor, originam sangramento e são vulneráveis às infecções;
- Corte, perfurações, arranhados..
- Sintomas:
· Quase sempre dolorosos (dor latejante), podendo resultar em hemorragias;
· Quanto às perfurações, estas são mais profundas e o sangramento é maior, sendo sempre associadas à dor;
· Os arranhões exibem bordas dos ferimentos com sangramento irregular e de curta duração. Se eles forem estendidos podem provocar um prurido similar de uma queimadura;
· Cortes no couro cabeludo,mãos e rosto são mais propensos à hemorragias.
- Tratamento: 
- Se houver sangramento, comprima o local da lesão com gaze;
- Limpar com água corrente e sabão;
- Desinfectar a pele com medicamentos que previnem infecção e ajudam a cicatrizar a pele.
- Queimaduras:
- Podem ser térmicas, químicas, elétricas, por radiação, por frio, por ficção;
- São classificadas de acordo com a sua profundidade e tamanho;
- Podem ser de 1°, 2° e 3° graus, de acordo com a camada da pele acometida;
- 1° grau:
· Queimadura superficial;
· Envolve apenas a epiderme;
· Intensa dor e vermelhidão local;
· Seca e não produz bolhas;
· 3 a 6 dias.
- 2° grau superficial:
· Epiderme e porção mais superficial da derme;
· Aparecimento de bolhas e aparência úmida da lesão;
· 3 semanas.
- 2° grau profundo:
· Acomete toda a derme, sendo bem mais grave;
· Menos doloroso;
· Pele seca e sem pelos;
· Mais que 3 semanas e deixa cicatrizes.
- 3° grau:
· Acomete toda a derme e atingem tecidos subcutâneos, com destruição total dos nervos folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneos, podendo atingir músculos e estruturas ósseas;
· Lesões esbranquiçadas/acinzentadas, secas, indolores e deformantes que não curam sem apoio cirúrgico, necessitando de enxertos.
- Extensão da queimadura: 
- Pacientes de 2° e 3° graus devem ser avaliados em relação ao percentual da área corporal atingida;
- Quanto maior a área, maior o risco;
- Se as queimaduras não acometem uma região inteira do corpo, um modo simples de calcular a extensão da lesão é usar a área de uma palma da mão como equivalente a 1% da superfície corporal;
- Queimadura leve: 
· menos de 10% da superfície corporal de um adulto com queimaduras de 2º grau; 
· menos de 5% da superfície corporal de uma criança ou idoso com queimaduras de 2º grau; 
· menos de 2% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau.
- Queimadura moderada:
· 10% a 20% da superfície corporal de um adulto com queimaduras de 2º grau; 
· 5% to 10% da superfície corporal de uma criança ou idoso com queimaduras de 2º grau; 
· 2% to 5% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau; – suspeita de queimaduras do trato respiratório por inalação de ar quente.
- Queimadura grave:
· mais de 20% da superfície corporal de um adulto com queimaduras de 2º grau; 
· mais de 10% da superfície corporal de uma criança ou idoso com queimaduras de 2º grau; 
· mais de 5% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau; 
queimaduras elétricas por alta voltagem; 
· queimaduras comprovadas do trato respiratório por inalação de ar quente; 
· queimaduras significativas na face, olhos, orelhas, genitália ou articulações;
- A pele é o maior órgão do nosso corpo, serve de barreira contra a invasão de germes do exterior e contra a perda de calor e líquidos, sendo essencial para o controle da temperatura corporal.
- Qualquer paciente com critérios para queimaduras moderadas ou graves deve ser internado para receber tratamento imediato, pois há sério risco de complicações.
- Outra complicação é a grande perda de líquidos dos tecidos queimados. Quando a queimadura é extensa, a saída de água dos vasos é tão intensa que o paciente pode entrar em choque circulatório.
- A insuficiência renal aguda também é uma complicação grave nos grandes queimados, assim como a hipotermia por incapacidade do corpo em reter calor devido a grandes áreas de pele queimada. Outra grave complicação é a queimadura por inalação de ar quente, que pode impedir o paciente de conseguir respirar adequadamente, seja por lesão direta dos pulmões ou por edema e obstrução das vias aéreas.
- Em queimaduras de 1° grau, lavar com água corrente, por aproximadamente 1 minuto, resfriamento local, interrompe a atuação do agente causador da lesão, alivia a dor e o aprofundamento da queimadura;
- Não usar gelo.
4.5 Afogamento
- É a aspiração de líquido não corporal causada por submersão ou imersão.
- Agitação, inconsciência ou parada cardiorrespiratória.
- O afogamento começa quando uma pessoa é incapaz de manter sua boca acima da água.
- Primeiro avalie a situação e o local. Certifique-se que a ocasião não ponha em risco a sua vida também. Chame auxílio (emergência) e só então, sendo capaz, realize o resgate. 
- Use um flutuador ou algum objeto que possa flutuar e auxiliar no resgate. Aproxime-se da vítima sempre nadando em direção a ela com a cabeça fora d'água e visualizando-a. Aproxime-se pelas costas mergulhando e segure-a pelas axilas, mantendo a cabeça fora d’água; execute o reboque utilizando as pernas ou com auxílio do flutuador. Caso a vítima esteja inconsciente, inicie imediatamente a avaliação e ressuscitação. 
- Quando fora d’água, na vítima inconsciente, utilize a Posição Lateral de Segurança (PLS).
- Na vítima consciente, verifique a pulsação e respiração até a chegada do auxílio médico.
- Procedimentos em caso de afogamento:
· Não perder tempo tentando retirar água dos pulmões da vítima;
· Checar imediatamente os sinais vitais (análise primária);
· Não havendo respiração ou pulso, iniciar as técnicas de ressuscitação imediatamente;
· Mantenha a vítima aquecida;
· Ministre o oxigênio;
· Trate o estado de choque.
4.6 Choque elétrico
- São abalos musculares causados pela passagem de corrente elétrica pelo corpo humano;
- Esses efeitos variam conforme a frequência, a intensidade medida em amperes, a tensão medida em volts, a duração da sua passagem pelo corpo, o seu percurso através do mesmo e das condições em que se encontrava a vítima;
- Como a maior parte da resistência elétrica se encontra no ponto em que a pele entra em contato com o condutor, as queimaduras elétricas geralmente afetam a pele e os tecidos subjacentes;
- A intensidade da corrente é o fator mais importante a ser considerado nos acidentes com eletricidade;
- Corrente com 25 mA determinam espasmos musculares, podendo levar à morte se atuar por alguns minutos por paralisia da musculatura respiratória;
- Entre 25 mA e 75 mA, além do espasmo muscular, dá-se a parada do coração em diástole (fase de relaxamento) ventricular;
- Se o tempo de contato for curto, o coração poderá sobreviver a fibrilação ventricular;
- Cada segundo de contato com a eletricidade diminui a possibilidade de sobrevivência da vítima;
- Mal estar geral, sensação de angústia, náusea, cãibras musculares de extremidades, parestesias, ardência ou insensibilidade da pele, visão de pontos luminosos, cefaleia, vertigem, arritmias cardíacas, falta de ar (dispneia);
- Principais complicações: parada cardíaca, parada respiratória, queimaduras, traumatismo e o óbito;
- Antes de socorrer a vítima, cortar a corrente elétrica, desligando a chave geral de força, retirando os fusíveis da instalação ou puxando o fio da tomada (desde que esteja encapado);
- Se o item anterior não for possível, tentar afastar a vítima da fonte de energia utilizando luvas de borracha grossa ou materiais isolantes, e que estejam secos (cabo de vassoura, tapete de borracha, jornal dobrado, pano grosso dobrado, corda etc.), afastando a vítima do fio ou aparelho elétrico. Não tocar na vítima até que ela esteja separada da corrente elétrica ou que esta seja interrompida;
- Se o choque for leve, seguir os itens do capítulo "Estado de Choque". Em caso de parada cardiorrespiratória, iniciar imediatamente as manobras de ressuscitação. Insistir nas manobras de ressuscitação, mesmo que a vítima não esteja se recuperando, até a chegada do atendimento especializado;
-Depois de obtida a ressuscitação cardiorrespiratória, deve ser feito um exame geral da vítima para localizar possíveis queimaduras, fraturas ou lesões que possam ter ocorrido no caso de queda durante o acidente. Deve-se atender primeiro a hemorragias, fraturas e queimaduras, nesta ordem, segundo os capítulos específicos.
4.7 Desmaios
- Perda súbita, temporária e repentina da consciência devido a diminuição de sangue e oxigênio no cérebro;
- Hipoglicemia, cansaço excessivo, fome, nervosismo intenso, emoções súbitas, susto, acidentes, principalmente os que envolvem perda sanguínea, dor intensa, prolongada permanênciaem pé, mudança súbita de posição, ambientes fechados e quentes, disritmias cardíacas;
- Sintomas:  fraqueza, suor frio abundante, náusea ou ânsia de vômito, palidez intensa, pulso fraco, pressão arterial baixa, respiração lenta, extremidades frias, tontura, escurecimento da visão e devido à perda da consciência, o acidentado cai;
- Primeiros socorros:
· Se a pessoa apenas começou a desfalecer:
· Sentá-la em uma cadeira, ou outro local semelhante;
· Curvá-la para frente;
· Baixar a cabeça do acidentado, colocando-a entre as pernas e pressionar a cabeça para baixo;
· Manter a cabeça mais baixa que os joelhos;
· Fazê-la respirar profundamente até que passe o mal-estar.
· Socorrendo a vítima desmaiada:
· Manter o acidentado deitado, colocando sua cabeça e ombros em posição mais baixa em relação ao resto do corpo;
· Afrouxar a sua roupa;
· Manter o ambiente arejado;
· Se houver vômito, lateralizar-lhe a cabeça, para evitar sufocamento;
· Depois que o acidentado se recuperar, pode ser dado a ela café, chá ou mesmo água com açúcar;
· Não se deve dar jamais bebida alcoólica.
4.8 Convulsão
- Contração violenta, ou série de contrações dos músculos voluntários, com ou sem perda de consciência;
- Causas: febre muito alta, hipoglicemia, alcalose, erro no metabolismo de aminoácidos, hipocalcemia, traumatismo na cabeça, hemorragia intracraniana, edema cerebral, tumores, intoxicações por gases, álcool, drogas alucinatórias, insulina, epilepsia ou outras doenças do sistema nervoso central;
- Sintomas: inconsciência, queda desamparada, olhar vago, fixo e/ou revirar os olhos, suor, pupila dilatada, lábios cianosados, espumar pela boca, morder a língua e/ou lábios, corpo rígido e contração do rosto, palidez intensa, movimentos involuntários e desordenados, perda de urina e/ou fezes;
- Os movimentos são incontroláveis e duram de 2 a 4 minutos;
- Depois da recuperação, há perda de memória que se recupera mais tarde;
- Primeiros socorros:
· Tentar evitar que a vítima caia desamparadamente, cuidando para que a cabeça não sofra traumatismo e procurando deitá-la no chão com cuidado, acomodando-a;
· Retirar da boca próteses dentárias móveis (pontes, dentaduras) e eventuais detritos; 
· Remover qualquer objeto com que a vítima possa se machucar e afastá- -la de locais e ambientes potencialmente perigosos, como por exemplo: escadas, portas de vidro, janelas, fogo, eletricidade, máquinas em funcionamento; 
· Não interferir nos movimentos convulsivos, mas assegurar-se que a vítima não está se machucando; 
· Afrouxar as roupas da vítima no pescoço e cintura; 
· Virar o rosto da vítima para o lado, evitando assim a asfixia por vômitos ou secreções; 
· Não colocar nenhum objeto rígido entre os dentes da vítima; 
· Tentar introduzir um pano ou lenço enrolado entre os dentes para evitar mordedura da língua; 
· Não jogar água fria no rosto da vítima;
· Quando passar a convulsão, manter a vítima deitada até que ela tenha plena consciência e autocontrole; 
· Se a pessoa demonstrar vontade de dormir, deve-se ajudar a tornar isso possível. No caso de se propiciar meios para que a vítima durma, mesmo que seja no chão, no local de trabalho, a melhor posição para mantê-la é deitada na "posição lateral de segurança" (PLS).
· Inspeção geral na vítima, para ver se há sangramentos ou feridas;
· Permanecer ao lado da vítima até que ela se recupere totalmente.
4.9 Estado de choque
- O estado de choque se dá quando há mal funcionamento entre o coração, vasos sanguíneos (artérias ou veias) e o sangue, instalando-se um desequilíbrio no organismo;
- É um estado grave;
- Choque hipovolêmico:
- É o choque que ocorre devido à redução do volume intravascular por causa da perda de sangue, de plasma ou de água perdida em diarreia e vômito.
- Choque cardiogênico:
- Ocorre na incapacidade de o coração bombear um volume de sangue suficiente para atender às necessidades metabólicas dos tecidos.
- Choque septicêmico:
- Pode ocorrer devido a uma infecção sistêmica.
- Choque anafilático:
- É uma reação de hipersensibilidade sistêmica, que ocorre quando um indivíduo é exposto a uma substância à qual é extremamente alérgico.
- Choque neurogênico:
- é o choque que decorre da redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função nervosa. Este choque pode ser causado, por exemplo, por transecção da medula espinhal ou pelo uso de medicamentos, como bloqueadores ganglionares ou depressores do sistema nervoso central.
- A prevenção é consideravelmente mais eficaz do que o tratamento do estado de choque; 
- Causas: hemorragias intensas, infarto, taquicardias, bradicardias, queimaduras graves, processos inflamatórios do coração, traumatismos do crânio e traumatismos graves de tórax e abdômen, envenenamentos, afogamento, choque elétrico, picadas de animais peçonhentos, exposição a extremos de calor e frio, septicemia...
- Sintomas: fraqueza geral, pulso rápido e fraco, sensação de frio, pele fria e calafrios, respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil, expressão de ansiedade ou olhar indiferente e profundo com pupilas dilatadas, agitação, medo (ansiedade), sede intensa, visão nublada, náuseas e vômitos, respostas insatisfatórias a estímulos externos, perda total ou parcial de consciência, taquicardia... 
- Prevenção (prevenir o agravamento e retardar a instalação do estado de choque):
- Deitar a vítima: Deve ser deitada de costas. Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura e, em seguida, verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e os retirar. Os membros inferiores devem ficar elevados em relação ao corpo. Isto pode ser feito colocando-os sobre uma almofada, cobertor dobrado ou qualquer outro objeto. Este procedimento deve ser feito apenas se não houver fraturas desses membros; ele serve para melhorar o retorno sanguíneo e levar o máximo de oxigênio ao cérebro. Não erguer os membros inferiores da vítima a mais de 30 cm do solo. No caso de ferimentos no tórax que dificultem a respiração ou de ferimento na cabeça, os membros inferiores não devem ser elevados. No caso de a vítima estar inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca ou nariz, deitá-la na posição lateral de segurança (PLS) para evitar asfixia;
- Respiração: Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar a respiração boca a boca caso a vítima pare de respirar;
- Pulso: Enquanto as providências já indicadas são executadas, observar o pulso da vítima. No choque, o pulso apresenta-se rápido e fraco (taquisfigmia);
- Conforto: Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se for preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou casacos;
- Tranquilizar a vítima: De acordo com o Manual de Primeiros Socorros (BRASIL, 2003, p. 50), se o socorro médico estiver demorando, tranquilizar a vítima mantendo- -a calma e sem demonstrar apreensão quanto ao seu estado. Permanecer em vigilância junto à vítima para dar-lhe segurança e para monitorar alterações em seu estado físico e de consciência.
4.10 Envenenamento e intoxicação
- Podem ocorrer por negligência ou ignorância no manuseio de substâncias tóxicas, especialmente no ambiente de trabalho;
- Na intoxicação, as alterações resultam da ação direta do tóxico ou veneno sobre o organismo ou um de seus órgãos, o que pode verificar-se em uma única dose;
-  A primeira conduta é confirmar se houve realmente o envenenamento, pode haver sintomas de náuseas, presença de diarreia, midríase (aumento das pupilas dos olhos) ou miose (diminuição das pupilas dos olhos), salivação, sudorese excessiva, respiração alterada e inconsciência;
- sinais evidentes, na boca ou na pele, de que a vítima tenha mastigado, engolido, aspirado ou estado em contato com substâncias tóxicas, elaboradas pelo homem ou animais; 
- hálito com odor estranho (cheiro do agente causal no hálito); 
- modificaçãona coloração dos lábios e interior da boca, dependendo do agente causal; 
- dor, sensação de queimação na boca, garganta ou estômago; 
- sonolência, confusão mental, torpor ou outras alterações de consciência; 
- estado de coma alternado com períodos de alucinações e delírio; 
- vômitos; 
- lesões cutâneas, queimaduras intensas com limites bem definidos ou bolhas; 
- depressão da função respiratória; 
- oligúria ou anúria (diminuição ou ausência de volume urinário); 
- convulsões; 
- distúrbios hemorrágicos manifestados por hematêmese (vômito com sangue escuro e brilhoso), melena (sangue escuro brilhoso nas fezes) ou hematúria (sangue na urina); 
- queda de temperatura, que se mantém abaixo do normal; 
- Evidências de estado de choque eminente; 
- Paralisia.
- Sintomatologia nas Intoxicações medicamentosas e nos envenenamentos:
- Sistema nervoso:
· distúrbios mentais, agitação psicomotora, delírio e alucinações; 
· sonolência, torpor e coma; 
· ataxia (sem ordem ou incoordenação); 
· convulsões; 
· espasmos musculares; 
· paralisias parciais ou gerais; 
· cefaleia; 
· distúrbios do equilíbrio.
- Globo ocular:
· Ambliopia (é a baixa de visão, mesmo com o uso de óculos e estando as estruturas oculares normais) 
· Discromatopsia (é uma perturbação da percepção visual em que se vê várias cores caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em visualizar as cores verde e vermelho.) 
· Miose (diminuição da pupila)
· Midríase (dilatação da pupila)
· Visão púrpuro-amarelada 
· Visão turva (pequenos pontos escuros que se movimentam) 
· Cegueira parcial ou total.
- Aparelho respiratório:
· Dispneia (ou falta de ar, é um sintoma no qual a pessoa tem dificuldade na respiração ou desconforto ao respirar) 
· Apneia (é o bloqueio da passagem do ar pela língua que fica relaxada na garganta fazendo com que a pessoa tenha uma interrupção da respiração por um período de 10 ou mais segundos, o que pode ocorrer várias vezes durante o sono) 
· Depressão respiratória 
· Respiração lenta 
· Cianose
- Sistema gastrointestinal:
· Vômitos e/ou diarreias;
· Náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, desidratação;
· Sialorreia (babar);
· Icterícia (é uma síndrome caracterizada pela coloração amarelada de pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo);
- Aparelho cardiovascular:
· Hipotensão arterial 
· Hipertensão arterial 
· Distúrbios do ritmo cardíaco 
· Bradicardia (frequência de batimento cardíaco menor do que 60 por minuto) 
· Taquicardia (é um aumento da frequência cardíaca (FC). Convenciona-se como normal no ser humano uma FC entre 60 e 100 batimentos por minuto. A partir de 100, inclusive, considera-se que há taquicardia) 
· Palpitações (é o nome que se dá à percepção dos batimentos cardíacos, normalmente com desconforto e sensação de coração acelerado) 
· Dor anginosa (sensação de aperto, duração curta (2-10 min) e de intensidade moderada, localização retro-esternal (pescoço, maxilar inferior, braços, epigastro). Radiação ombro e braço esquerdo)
- Pele e mucosas:
· Hipertermia;
· Hipotermia;
· Sudorese;
· Mucosas secas.
- Sistema geniturinário:
· Anúria, diminuição ou ausência da eliminação de urina durante um período mínimo de 24 horas
· Poliúria (um sintoma que corresponde ao aumento do volume urinário (acima de 2.500 ml por dia
· Porfiria (significa vermelho-arroxeado que se apresenta na cor da urina dos pacientes)
· Urina escura 
· Urina alaranjada 
· Urina vermelha 
· Cólica uterina, metrorragia, aborto
 4.11 Inalação
- Isolar a área:
- Isolar a área, identificando o tipo de agente que se encontra na área;
- Utilizar EPI’s;
- Mover o acidentado para uma área ventilada;
- Solicitar atendimento especializado.
- Verificar os sinais vitais:
- Aplicar técnicas de ressuscitação cardiorrespiratória se for necessária; 
- Não faça respiração boca a boca caso o acidentado tenha inalado o produto; 
- Para estes casos, utilize máscara ou outro sistema de respiração adequada.
- Manter o acidentado imóvel, aquecido e sob observação.
4.12 Ingestão
- Prioridade à parada cardiorrespiratória;
- Não fazer boca a boca caso o acidentado tenha ingerido o produto, usar máscara ou outro sistema de respiração adequada;
- Identificar o agente, olhando os frascos próximos, etc;
- Observar o acidentado, pois os efeitos podem demorar;
- Transportar imediatamente a um pronto socorro próximo;
- Pode-se provocar o vômito em casos de intoxicações por alimentos, medicamentos, álcool, inseticida, xampu, naftalina, mercúrio, plantas venenosas (exceto diefembácias – comigo-ninguém-pode) e outras substâncias que não sejam corrosivas nem derivados de petróleo.
- Atenção: não se deve provocar vômitos em vítimas inconscientes e nem envenenamento pelos seguintes agentes: substância corrosiva forte, como ácidos e lixívia; veneno que provoque queimadura dos lábios, boca e faringe; soda cáustica; alvejantes; tira-ferrugem; água com cal; amônia; desodorante; derivados de petróleo como (querosene, gasolina, fluido de isqueiro, benzina e lustra-móveis)
4.13 Corpos estranhos
- Sinais e sintomas: tosse, sufocamento, engasgamento;
Nos olhos: não esfregar nem tentar retirar objetos encravados no globo ocular. Se forem apenas partículas de poeira, lavar bastante com água corrente, se for outra coisa, tapar a vista e encaminhar com urgência ao hospital.
Nariz: normalmente acontece com crianças, colocam caroço de feijão, sementes no nariz. Deve ser removido imediatamente, pois pode sufocar e prejudicar a respiração. 
Nesse caso, colocamos um de nossos dedos para tapar a narina livre e pedir à vítima que feche a boca e faça força para expelir o objeto. Caso não funcione, levar a vítima para o hospital.
Ouvidos: em seguida peça a vítima para inverter a posição para expelir o objeto. Caso não saia, levar a vítima para o hospital.
Garganta: requer ação imediata, pois corre o risco de asfixia e parada respiratória. Devemos realizar a manobra de Heimlich, que consiste em se posicionar atrás da vítima, abraçar-lhe com um de nossos braços na altura do diafragma, colocar-se uma de nossas pernas entre as do paciente e incliná-lo para frente. Com nossa outra mão, em forma de concha, dar-lhe algumas palmadas nas costas entre os pulmões. No mesmo instante, com o braço que está em volta, faça compressões no diafragma.
Outros corpos estranhos cravados no corpo, como pedaço de pau, pregos... não devem ser retirados pelo socorrista. Deve-se proteger o local e encaminhar ao hospital. 
4.14 Animais peçonhentos e venenosos
Os animais peçonhentos e venenosos produzem toxinas (venenos) que além de provocar dor intensa também atuam no organismo da seguinte forma:
· ação proteolítica: provoca necrose tecidual, devido à decomposição das proteínas; 
· ação neurotóxica: a peçonha age no sistema nervoso, causando adormecimento ou formigamento no local afetado, alterações de consciência e perturbações visuais; 
· ação hemolítica: age destruindo as hemácias do sangue; 
· ação coagulante: ocorre destruição do fibrinogênio de forma que o sangue se torna incoagulável.
Alguns exemplos das toxinas desses animais: 
· Jararacas e surucucus (proteolítico e coagulante) 
· Cascavel (hemolítico e neurotóxico)
· Coral (neurotóxico)
· Escorpiões e aranhas armadeiras (neurotóxico)
· Aranha marrom (hemolítico e proteolítico)
Algumas características das cobras venenosas: 
· cabeça triangular com pescoço aparente 
· olhos pequenos 
· possuem fosseta loreal ( ou lacrimal) 
· escamas com desenhos irregulares 
· cauda curta, afinada 
· possuem 2 dentes (presas) bem maiores que os demais 
· as picadas apresentam a marca das presas 
· tem hábitos noturnos
Medidas de primeiros socorros: 
· lavar o local afetado com água e sabão, colocar compressas frias; 
· não deixar que a vítima faça nenhum tipo de esforço; 
· levar imediatamente ao hospital; 
· não garrotear, nem furar próximo ao local para escoar o sangue, isso só poderá piorar; 
· tente chegar ao hospital em menos de 30 minutos, se possível, leve a cobra, aranhaou escorpião.
4.15 Transporte de feridos
- Antes da remoção da vítima, devem-se tomar as seguintes providências: 
· se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa; 
· para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de um casaco ou cobertor; 
· para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca, lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima. Se precisar improvisar uma maca, use pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós; 
· apoie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás; 
· se houver parada respiratória, inicie imediatamente a manobra de ressuscitação; 
· imobilize todos os pontos suspeitos de fratura; 
· se houver suspeita de fraturas, amarre os pés do acidentado e o erga em posição horizontal, como um só bloco, levando-o até a maca;
· no caso de uma pessoa inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas bastam para o levantamento e o transporte; 
· lembre-se sempre de não fazer movimentos bruscos.
· movimente o acidentado o mínimo possível; 
· evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o transporte; 
· o transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo para a vítima; e 
· não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca, se estas forem necessárias. Nem mesmo durante o transporte.
1. Vítima consciente e sem lesão grave:
- transporte de apoio executado por uma pessoa;
- transporte de apoio executado por duas pessoas;
- transporte em cadeirinha;
- Transporte em cadeira;
- Transporte em extremidades.
2. Vítima inconsciente e pouco grave:
- transporte em braço;
- transporte nas costas;
- transporte feito por duas pessoas no colo;
- transporte feito com cobertor ou colcha.

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