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Curso- Engenharia Ambiental Disciplina- Legislação e Direito Ambiental Assunto- Novo Código Florestal Brasileiro, Lei 12.651/2012 Resumo sobre o novo Código Florestal Brasileiro a partir do documentário “A Lei das Águas no Brasil” 1-Resumo do documentário “A Lei das Águas no Brasil” disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=jgq_SXU1qzc&t=2722s O filme “A Lei das águas no Brasil” retrata as novas mudanças no Código Florestal brasileiro instituído pela lei 12.51/ 2012. O documentário inicia mostrando como o desmatamento interferiu na qualidade e disponibilidade de água; em 1965 houve a criação do Código Florestal devido a essas preocupações. A partir de 1996 a área de Reserva Legal passou a ser de 50% para 80% da propriedade, a Reserva Legal é definida como uma área do imóvel em que o proprietário deve obrigatoriamente manter parte da vegetação nativa; isto aconteceu em virtude do alto índice de desmatamento neste ano. Há informações acerca da importância da floresta sobre a zona produtiva. Uma agricultura sustentável recupera o meio ambiente e tem maior produtividade. A ampliação das áreas produtivas não precisa necessariamente envolver desmatamento, é demonstrado que um manejo adequado da pecuária diminuiria as pastagens e aumentaria a área agrícola. No entanto, o novo código florestal não foi baseado nas pesquisas científicas ou na opinião popular, considerou apenas os interesses da bancada ruralista, isto resultou em flexibilizações sem critérios e sem análise sobre os impactos ao meio ambiente. Com a nova legislação todos os imóveis com menos de quatro módulos fiscais (isto corresponde a 90% dos imóveis brasileiros) estão dispensados da recuperação das áreas desmatadas caso tenham desmatado até julho de 2008 de acordo com a anistia. Para as áreas maiores de quatro módulos fiscais, os proprietários são obrigados a regenerar ou recompor ou compensar. Mas não há critérios definidos para regulamentar estas ações. A nova lei faz a junção das áreas de Reserva Legal com as Áreas de Preservação Permanentes (APPs), nas quais não pode haver nenhum uso, pois são mais sensíveis por se situarem em topos de morros e ao longo do curso dos rios. Há também uma menor proteção dos manguezais resultante da flexibilização para a instalação de culturas de carcinicultura, o que provoca o desemprego das populações que dependem do mangue, assim como impacta o ambiente por causa dos produtos químicos empregados. Também houve alterações no que diz respeito às encostas íngremes com mais de 45 graus de inclinação e as áreas de topos de morro, agora, estes locais podem permanecer com pastagens e plantações, isto implica em inundações e escorregamentos. Outra mudança muito questionada, constitui na área destinada para a mata ciliar, esta, atualmente, se encontra na faixa de 5 a 100 metros de largura, a depender do tamanho da propriedade. As alterações diminuem drasticamente a faixa de vegetação, o que interfere na https://www.youtube.com/watch?v=jgq_SXU1qzc&t=2722s abundância e qualidade da água; pois a floresta possui o papel de interceptar a água de chuva, sedimentos e poluentes. Os pequenos produtores rurais relatam a importância e os benefícios de ampliar a áreas de mata ciliar. Percebe-se que as mudanças que ocorreram visaram beneficiar os grandes produtores rurais interessados no crescimento do agronegócio, os quais não consideraram as pesquisas científicas que relatam a necessidade de manter as florestas para garantir o equilíbrio ecológico e a continuidade da produção de alimentos.
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