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PEÇA PRÁTICA V 4

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FACULDADE ESTÁCIO CEUT 
DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULA V CÍVEL 
PROFESSOR: JASON CINTRA SAMPAIO 
ALUNO: DANILO BRASIL DOS SANTOS 
 
PEÇA PRÁTICA PROFISSIONAL 
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 NOME DO ADVOGADO, nacionalidade "...", Estado Civil "...", 
advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº "...", endereço 
eletrônico "...", endereço profissional na Rua "...", Cidade/UF "...", CEP "...", 
vem à presença de vossa excelência, com fulcro no art. 5º, LXVIII da 
Constituição Federal e nos artigos 647 e 648 do CPP, para impetrar o presente 
 
 
HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM MEDIDA LIMINAR 
 
 
pelo procedimento especial, em favor de MATILDE, nacionalidade, estado civil 
profissão, portadora da cédula de identidade nº "...", inscrita no CPF sob o nº 
"...", com endereço eletrônico "...", residente e domiciliado na Rua "...", 
Cidade/UF, CEP "...", apontando como autoridade coatora o 
EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA 10ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA 
CAPITAL, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
 
I - DOS FATOS 
A paciente é genitora dos menores Jane e Gilson Pires, para os quais tem a 
obrigação de pagar pensão alimentícia no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), 
divido igualmente. 
No entanto, a paciente vem enfrentando dificuldades para realocar-se no 
mercado de trabalho há aproximadamente 1 ano, o que a prejudica na 
prestação dos alimentos. 
A falta da atividade laborativa resultou na impossibilidade de pagamento do 
valor de pensão estipulado e em razão do inadimplemento, foi ajuizada ação 
competente para execução de alimentos. 
Contudo, mesmo a paciente justificando a falta de pagamento em razão do 
desemprego, a autoridade coatora determinou a prisão. 
 
II - DA LIMINAR 
Como já é sabido, a concessão de medida liminar fundamenta-se na presença 
de dois elementos justificantes, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in 
mora. 
O fumus boni iuris resta claramente demonstrado quando da limitação imposta 
por lei processual, notadamente quanto ao débito alimentar de três meses e 
principalmente pelo fato de a paciente ter justificado, de modo verídico, a 
impossibilidade de adimplir sua obrigação alimentar em face de doença e de 
estar afastada do mercado de trabalho há mais de 1 ano. 
De outro giro, o periculum in mora consiste na possibilidade do decreto 
prisional ser executado, o que causará grave violação de direito, visto que o 
mesmo não guarda fundamento que o sustente. Ainda poderá agravar os 
problemas de saúde suportados pela paciente. 
 
III - DOS FUNDAMENTOS 
 
Ante aos fatos expostos acima, não resta dúvida a necessidade medida que 
ora se requisita. 
Conforme disposto no ar. 5º, LXVII da Constituição da República, o habeas 
corpus se presta a coibir violação da liberdade de locomoção de quem já tenha 
sofrido ou esteja na iminência de sofrer, o que é o caso em comento. 
A decisão da autoridade coatora indica não guarda fundamento de validade, 
senão vejamos. A paciente foi apresentada como parte Ré num processo de 
execução de alimentos que busca o pagamento dos últimos 5 meses. 
Contudo, o art. 911 do CPC leciona que a execução fundada em título 
executivo extrajudicial em que haja obrigação de pagar, o juiz mandará citar o 
executado para que faça o pagamento em três dias. 
A paciente, conforme já relatado acima, não apresenta condições de adimplir o 
débito por motivos alheios à sua vontade, não tendo fundamento a edição do 
decreto prisional, notadamente em seus artigos 528, §§ 2º ao 7º. 
Assim, o direito da paciente foi violado vez que o § 7º do art. 528, combinado 
com o art. 911 e corroborado pela súmula 309 do STJ são claros em lecionar 
que a prisão civil é justificada pelo débito dos 3 últimos meses anteriores ao 
ajuizamento da ação, o que invalida o pedido feito na inicial que ora se ataca. 
Assim, por estes fundamentos, o decreto prisional não deve ser executado, vez 
que incorrerá em grave violação do direito da paciente e requer-se, dede logo, 
que seja concedido o presente pedido de habeas corpus para a manutenção da 
justiça. 
IV - DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer-se: 
a) a concessão da medida liminar para sustar o decreto prisional, 
determinando-se o recolhimento do mesmo; 
b) a notificação da autoridade coatora para que preste informações; 
c) a intimação do Ministério Público; 
d) a concessão de Habeas Corpus preventivo com posterior expedição de 
alvará de salvo conduto em favor da paciente; 
e) a juntada dos documentos que anexa-se à esta peça processual. 
 
V - VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais). 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local, data 
 
Advogado/UF

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