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PLANEJAMENTO E 
IMPLANTAÇÃO DE APIÁRIO
Médico Veterinário e especialista em Apicultura. Mestre em 
Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa, o professor é 
Presidente da Federação Baiana de Apicultura e Meliponicultura. 
Suas principais áreas de atuação são: abelhas, enxame, manejo, 
colmeia, apicultura migratória e meliponicultura.
Prof. Paulo Sérgio Cavalcanti Costa
 1 / 32
 
Veterinário Profissional
www.vetprofissional.com.br
Central de Atendimento do VetProfissional
Tel.: 31 3899-7020 
Cel.: 31 98705-8646 
E-mail.: vetprofissional@cpt.com.br
Horário de atendimento:
De segunda a sexta - das 8 às 18 horas 
Rua Dr. João Alfredo, 130 - Bairro Ramos
Viçosa - MG / CEP: 36570-000
CPT Editora
“Planejamento e implantação de apiário”
Viçosa, MG, CPT, 2019
Participações
CPT Editora 
UOV - Universidade Online de Viçosa 
VetProfissional
DIREITOS RESERVADOS DO CONTEÚDO:
Todos os Direitos Autorais são reservados ao Autor e ao CPT Editora.
Direitos de Distribuição Online exclusivos do VetProfissional.
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, inclusive 
a transformação em apostila, textos comerciais, heliográfica, fotocópias e nem transmissão 
eletrônica ou qualquer outro tipo de gravação.
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DIREITOS RESERVADOS DOS VÍDEOS:
Todos os vídeos das Aulas Práticas e Cursos Online do VetProfissional possuem direitos 
autorais reservados. Não podem ser copiados, distribuídos, exibidos publicamente ou em salas 
de aula.
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Sumário
Módulo 1 - Introdução .............................................................................................................................................4
1.1. Mercado ...................................................................................................................................... 5
1.2. Viabilidade técnica da apicultura............................................................................................. 8
Módulo 2 - Como Vivem as Abelhas ...................................................................................................................9
2.1. Noções de anatomia, fisiologia e biologia das abelhas .......................................................... 9
2.2. Organização social das abelhas ................................................................................................ 13
Módulo 3 - Colmeia Racional ................................................................................................................................15
3.1. Colmeia racional x colmeia natural ......................................................................................... 16
3.2. A colmeia Langstroth ................................................................................................................ 17
Módulo 4 - Flora Apícola .........................................................................................................................................18
4.1. Floradas ....................................................................................................................................... 19
4.2. Calendário de floradas .............................................................................................................. 20
Módulo 5 - Planejamento e Implantação do Apiário ...................................................................................21
5.1. Escolha do local.......................................................................................................................... 21
5.2. Tipos de apiários ....................................................................................................................... 22
Módulo 6 - Equipamentos para Manejo do Apiário .....................................................................................24
6.1. Vestimenta ................................................................................................................................. 24
6.2. Fumegador .................................................................................................................................. 26
Módulo 7 - Iniciando o Apiário .............................................................................................................................27
7.1. Compra das colmeias ................................................................................................................ 28
7.2. Captura de enxames .................................................................................................................. 28
Módulo 8 - Análise Econômica da Apicultura .................................................................................................31
Referências ...................................................................................................................................................................32
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 Planejamento e Implantação de Apiário
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO
A apicultura é hoje, considerada uma das grandes opções para a agricultura 
familiar e para pequenos empresários por proporcionar o aumento de renda, 
através da oportunidade de aproveitamento da potencialidade natural do meio 
ambiente e de sua capacidade produtiva como: necessidade de pequenas áreas, 
ciclo curto, exigência de pequenos valores de capital inicial e de recursos para o 
custeio de manutenção, fatos estes que são vantagens competitivas em relação 
a outras atividades agrícolas.
Uma das características que têm favorecido seu crescimento diz respeito à 
condição favorável à criação de abelhas encontrada em todas as regiões brasileiras. 
Além disso, ela não necessita de cuidados diários, permitindo aos apicultores 
consorciar esta atividade com outras, fazendo da apicultura uma forte alternativa 
de renda.
Dessa forma, pode contribuir para a geração de emprego, melhoria na renda 
das famílias e na condição de vida dos pequenos proprietários e se tornar mais 
uma atividade econômica a ser desenvolvida por estes agricultores.
Figura 1.1 – A apicultura é uma das grandes opções para a agricultura familiar e para 
pequenos empresários por proporcionar o aumento de renda.
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A rentabilidade de um empreendimento apícola depende de alguns fatores 
básicos, entre os quais podem ser destacados o planejamento e a instalação do 
apiário de forma racional, com o uso de tecnologias adequadas. Isso, tanto para 
apicultores iniciantes, como para os mais experientes, que querem melhorar ou 
ampliar seu apiário. 
O correto planejamento das instalações é, portanto, uma forma de racionalizar 
os gastos de implantação, e permitir que, posteriormente, o apiário seja 
produtivo. 
Existem conceitos básicos sobre o funcionamento de uma colmeia que 
devem ser respeitados, para que ela possa ser explorada comercialmente. Desses 
conceitos é que surgiram técnicas de construção de colmeias racionais e as 
técnicas de manejo. Considerando que um apiário é um conjunto de colmeias, 
também será preciso considerar as instalações e o manejo de várias colmeias ao 
mesmo tempo.
Enquanto o sucesso técnico depende das instalações e das técnicas de manejo 
adotadas, o sucesso econômico do apiário tem grande relação com a existência 
de um mercado, e o desenvolvimento dos produtos.
1.1. Mercado
A apicultura é uma das atividades agrícolas que mais crescem no Brasil, 
principalmente nos estados do Nordeste do país, onde esta atividade é 
relativamente nova e onde encontrou condições muito favoráveis de clima e pasto 
apícola para o seu desenvolvimento.
O mercado brasileiro de mel encontra-se em franca expansão. O consumo per 
capita de mel noBrasil gira em torno de 500 g por ano. Na Europa, entretanto, 
em países como Alemanha, França e Suíça, esse consumo passa de 1.500 g, 
e, nos Estados Unidos, chega a 1.800 g/hab/ano. Isso significa que há muito 
mercado para o apicultor brasileiro conquistar, tanto no mercado interno como 
para exportação. Entretanto, a produção anual de mel brasileira tem girado em 
torno de 30 a 35 mil toneladas nos últimos anos. Boa parte do mel consumido 
é importada, especialmente da Argentina, que produz cerca de 90 mil toneladas 
por ano, e é um dos grandes exportadores mundiais. 
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Figura 1.2 – A produção de mel no Brasil vem crescendo a cada ano.
Desde que o Brasil passou a exportar mel para a Europa e Estados Unidos, 
conquistou razoável espaço, em razão da boa qualidade e variedade do produto. 
Esse fato tem representado um grande incentivo à apicultura.
O aumento da demanda para exportação, especialmente os preços convidativos 
pagos pelo mercado internacional, determinou um déficit do produto no mercado 
interno, onde, ainda assim, as vendas têm se mantido aquecidas, em função da 
crescente demanda por alimentos naturais. Vale destacar que, especialmente os 
méis compostos, com própolis, geleia real e extratos vegetais variados (que têm 
função terapêutica, na medicina popular e alternativa) já representam a maior 
parte do mel comercializado no país. 
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Por outro lado, os cosméticos artesanais a base de mel e outros subprodutos 
das abelhas, também têm ganhado espaço no mercado. Sem contar balas, doces 
e confeitos, que são cada vez mais procurados, por consumidores ávidos por 
produtos de apelo natural. 
É importante destacar que estas alternativas de processamento e 
comercialização de mel e de outros produtos das abelhas, além de incentivar 
o consumo, agregam maior valor, permitindo melhor remuneração a quem 
o produz.
Figura 1.3 – Os cosméticos artesanais a base de mel e outros subprodutos das abelhas têm 
ganhado espaço no mercado.
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Da mesma maneira, os mercados de mel “in natura”, ou seja, que não foram 
misturados, começam a encontrar um caminho de crescimento de mercado, ao se 
apresentarem de forma diferenciada quanto ao tipo de mel produzido, em relação 
às floradas. As diferentes fragrâncias das flores determinam diferenças no aroma, 
conforme a origem do mel, facilmente percebidas. Além disso, os elementos que 
compõem o néctar da planta influenciam diretamente na coloração. Esse tipo de 
produto proporciona ao apicultor um duplo benefício: 
 • Aumenta a oferta de produtos para a maioria dos consumidores que estão 
em busca de produtos cada vez mais diferenciados; e 
 • Vende méis de diversas floradas, que acontecem em diferentes épocas do 
ano, mantendo a oferta de mel por mais tempo.
Outra preocupação importante para quem produz mel diz respeito à 
crescente exigência do mercado quanto à qualidade do mel, principalmente no 
que diz respeito à higiene na sua produção, colheita, transporte, processamento 
e embalagem. Nessa questão o planejamento correto do apiário pode facilitar 
especialmente as operações de colheita, diminuindo as chances de contaminação. 
Além disso, o consumidor, cada vez mais, dá atenção à pureza de conteúdo do 
mel e seu estado de conservação, aspectos que estão diretamente ligados ao 
processamento, que é feito na casa do mel.
1.2. Viabilidade técnica da apicultura
Implantar um apiário, além da questão mercadológica, depende de três outros 
fatores: disponibilidade de equipamentos, técnicas de manejo e floradas. 
Neste curso, são abordadas a primeira e a última questão. 
Bons equipamentos são fundamentais para o funcionamento adequado do 
apiário, enquanto a existência de grande quantidade de flores produtoras de 
néctar é indispensável. 
Nos módulos seguintes, estes dois assuntos, equipamentos e floradas, serão 
estudados a fundo. 
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MÓDULO 2 - COMO VIVEM AS ABELHAS
As abelhas foram introduzidas no Brasil desde o período colonial. Nesta época, 
foram trazidas abelhas chamadas europeias, principalmente duas espécies: a 
Apis mellifera lingustica conhecida popularmente como abelha italiana e a Apis 
mellifera mellifera, também conhecida como alemã.
Com a introdução das abelhas africanas (Apis mellifera adansonii) no Brasil, 
foi iniciado o chamado segundo período da história da apicultura. Este fato ocorreu 
em 1956 e se estendeu até a década de 70 do século XX.
Existem diversas raças de abelhas pelo mundo com habitat bastante 
diversificado, incluindo savanas, florestas tropicais, desertos, regiões litorâneas 
e montanhosas. Essa grande variedade de clima e vegetação acabou originando 
diversas subespécies ou raças de abelhas, com diferentes características e 
adaptadas às diversas condições ambientais.
A diferenciação dessas raças não é um processo fácil, sendo realizado 
somente por pessoas especializadas, que podem usar medidas morfológicas ou 
análise de DNA.
2.1. Noções de anatomia, fisiologia e biologia das abelhas
A seguir, serão abordados alguns órgãos e aspectos anatômicos e 
fisiológicos importantes para auxiliar os apicultores a entenderem e respeitarem 
o comportamento deste inseto.
Esqueleto
Qualquer esqueleto é uma espécie de armação destinada a sustentar o 
corpo com todos os membros e mantê-los na sua forma (MARQUES, 1989). O 
esqueleto do homem e demais vertebrados é constituído por ossos e localizado 
internamente. 
O esqueleto das abelhas, como os demais insetos, é externo, como uma 
casca ou couraça, constituído de uma substância chamada de quitina, isto é, 
um invólucro protetor de um corpo sem osso chamado de Exoesqueleto que 
fornece proteção para os órgãos internos e sustentação para os músculos, 
além de proteger o inseto contra a perda de água.
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O corpo é segmentado e se divide em três partes: Cabeça, Tórax, e Abdômen 
(Figura 2.1). A seguir, veremos, resumidamente, os principais órgãos de cada 
uma dessas partes, destacando-se aqueles mais importantes para o conhecimento 
do apicultor e os que apresentam maior importância para o desempenho das 
atividades das abelhas.
1
2
A 3
B
9
1087
6
5
4
C
Figura 2.1 - Anatomia externa da abelha – divisão e descrição das partes.
A - Cabeça
B - Tórax
C - Abdome
1 - Olhos compostos
2 - Olhos simples
3 - Ocelos
4 - Boca
5 - Língua
6 - Pata anterior
7 - Pata mediana
8 - Pata posterior
9 - Asas
10 - Ferrão
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Cabeça
É na cabeça, que está localizada a maioria dos órgãos sensoriais: visão, olfato 
tato, paladar e audição. Externamente, podemos destacar os seguintes órgãos: 
Olhos Simples, Olhos Compostos, as Antenas e o Aparelho Bucal. Internamente, 
destacam-se as glândulas Hipofaringeanas, Mandibulares e a glândula Salivar 
Cefálica. 
1 3
2
4
6
5
7
Figura 2.2 - Cabeça destacando 
olhos compostos, antenas e aparelho 
bucal.
1 - Olhos simples
2 - Antenas
3 - Olhos compostos
4 - Mandíbulas
5 - Palpos labiais
6 - Palpos maxilares
7 - Língua
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Tórax
a) Externamente
No tórax, externamente, destacam-se os órgãos locomotores- patas e 
asas (Figura 2.3), o primeiro par de espiráculos (órgão que compõe o aparelho 
respiratório das abelhas) e a presença de grande quantidade de pêlos que auxiliam 
na coleta de pólen.
E
CBA
1
2 3
4
5
6
D
Figura 2.3 – Patas.
A - Pata anterior
B - Pata mediana
C - Pata posterior
D - Limpa-antenas
E - Corbícula
1 - Coxa
2 - Trocanter
3 - Fêmur
4 - Tíbia
5 - Tarso
6 - Pré-tarso
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b) Internamente
 
Internamente, podemos destacar a presença do Esôfago que faz parte do 
sistema digestivo e as Glândulas Salivares Torácicas, que, juntamente com a 
Cefálica, participam do processo de transformação do néctar em mel.
Abdômen 
O abdômen ou barriga é a parte traseira do corpo da abelha. É formada 
externamente por anéis segmentados, interligados por membranas, bastante 
flexíveis, que permitem movimentos ascendentes, descendentes e laterais. 
Internamente, abriga muitos órgãos como; os aparelhos digestivo, circulatório, 
reprodutores, excretor de defesa e glândulas produtoras de cera e do cheiro ou 
de Nazanof.
2
1
Figura 2.4 – Abdômen.
2.2. Organização social das abelhas
Em uma colmeia vive uma sociedade dividida em castas, em que abelhas do 
sexo feminino dominam. A vida de toda a colmeia depende da abelha rainha 
e das abelhas operárias. Os zangões, que são os machos, têm a única função 
de reproduzir.
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A população de uma colmeia 
é bastante variável. Seu tamanho 
depende de uma série de fatores 
como a capacidade de postura da 
rainha, área livre para posturas 
(favos vazios), da força da florada 
em curso (oferta de alimentos 
para a colônia) e das condições 
climáticas. Uma família pode ter 
mais de 60 mil abelhas, divididas 
em três castas: uma rainha; até 
400 zangões (em média); e as 
demais operárias.
Ovos fecundados dão origem a fêmeas, e os não fecundados a machos;
esse fenômeno é chamado de partenogênese. A rainha nasce de um ovo 
fecundado, desenvolvido em uma célula especial chamada realeira e é super 
alimentada com geleia real.
As abelhas são insetos que vivem em colmeias formadas por favos de cera 
que elas mesmas produzem. Estes favos se apresentam como um conjunto 
de estruturas hexagonais, em formato de alvéolos, onde o mel e o pólen são 
armazenados, como reserva para os períodos de escassez alimentar. É também 
dos favos, onde ocorre a postura dos ovos, que sairão as abelhas jovens.
Na natureza, as colmeias podem ser encontradas em diversos locais. Os mais 
comuns são: ocos de árvores, cupinzeiros desocupados, buracos de barrancos e 
no beiral de telhados. 
Dentro da colmeia vive uma sociedade dividida em castas, onde as abelhas 
do sexo feminino dominam: a abelha rainha e as abelhas operárias de quem 
dependem toda a vida na colmeia e os zangões, que são os machos, e têm como 
única função a reprodução.
Figura 2.5 – Uma boa colmeia pode ter 80.000 
operárias, a maior parte delas trabalhando como 
campeiras.
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MÓDULO 3 - COLMEIA RACIONAL
As abelhas são insetos sociais que vivem em colmeias. As colmeias podem 
ser construídas pelo homem ou pelas próprias abelhas, em locais propícios 
e adequados, como ocos em árvores, cupinzeiros abandonados, buracos em 
barrancos, e qualquer outro lugar que as proteja das intempéries. Elas são 
constituídas por vários favos paralelos, e cada um se forma por um conjunto de 
alvéolos que são células hexagonais de cera, construídas pelas próprias abelhas. 
Nestas células, ou alvéolos, são guardados os dois principais alimentos das 
abelhas: o mel (fonte de energia para as abelhas) e o pólen (fonte de proteína). 
Estes alimentos são para o uso cotidiano da colmeia e principalmente para 
armazenamento para tempos de escassez, já que na maioria das vezes as abelhas 
não possuem oferta desses alimentos ao longo de todo o ano. 
Além de servir para armazenar alimentos, os alvéolos servem também 
como o local onde a rainha põe ovos que irão originar novas abelhas e dar 
continuidade à colmeia.
Geralmente, os favos com mel se situam em posição periférica na colmeia, 
enquanto os favos com crias e pólen se situam em posição mais central. Isto 
porque as crias não toleram bem variações muito grandes de temperatura, e 
quanto mais para o centro da colmeia, menores são estas variações.
Figuras 3.1 e 3.2 – Colmeias encontradas na natureza.
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Figura 3.3 – Colmeia construída pelo homem.
3.1. Colmeia racional x colmeia natural
As colmeias racionais, inventadas pelo homem para domesticar as abelhas, 
imitam os abrigos naturais, e oferecem facilidade para que o apicultor possa 
controlar a população da colônia e colher o mel.
Em tempos remotos, quando do início da apicultura, a domesticação das 
abelhas começou com a transferência de colmeias naturais, geralmente alojadas 
em ocos de árvores, cujos abrigos eram transferidos para as proximidades das 
residências, visando à extração periódica de mel. 
A colmeia racional surgiu porque, com o tempo, os apicultores e estudiosos 
descobriram que as abelhas adotam um padrão de construção dos favos. Elas 
constroem células hexagonais de cera, moldadas lado-a-lado, em série, sempre 
com as mesmas medidas. Além disso, mantém entre esses favos um espaço 
suficiente para o trânsito e trabalho na colmeia, o chamado espaço abelha, que 
mede entre seis e nove milímetros. 
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3.2. A colmeia Langstroth
Foi um apicultor e estudioso norte-americano chamado Lorenzo Lorraine 
Langstroth que estudou a fundo essa arquitetura apícola, e planejou uma colmeia 
racional, tendo como base o espaço abelha. A característica que distingue esta 
colmeia de outras é que ela leva em conta o espaço-abelha, que é o espaço utilizado 
pelas abelhas para o trânsito e trabalho no interior da colmeia. O espaço-abelha 
mede entre 6 e 9 mm.
Ao utilizar uma colmeia Langstroth, o apicultor está oferecendo às abelhas 
proteção contra intempéries e predadores. Ela oferece qualidade de abrigo 
muito superior aos encontrados na natureza.
É por isso que uma colmeia racional garante às abelhas condições para que 
possam se multiplicar e produzir ao máximo. 
A colmeia Langstroth é de expansão vertical, dividida em módulos. É composta 
pelo fundo, que serve de apoio para toda a estrutura; pelo ninho ou câmara de 
cria, onde as abelhas se instalam e a rainha faz postura; uma ou mais melgueiras, 
onde o mel será armazenado; e a tampa, que recobre toda a estrutura. Na base, 
na parte frontal, está o alvado, que é a entrada da colmeia.
É construída em madeira de boa qualidade, de preferência de espécies mais 
resistentes como: cedro, angelim, cumaru, ipê e eucaliptos (citriodora, tereticornis 
e camaldulensis).
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MÓDULO 4 - FLORA APÍCOLA
Deve ser levado em conta o alcance das abelhas na busca de néctar, pólen e 
resinas, que é de aproximadamente 2.500 m de distância da colmeia. Entretanto, 
considerando a possibilidade de produção comercial, essa distância máxima cai 
para um raio de 1.500 m de distância. Mesmo porque, longas distâncias obrigariam 
as abelhas a consumirem o próprio alimento coletado, pois gastariam muita 
energia para retornar à colmeia (Figura 4.1). 
Ao percorrer distâncias maiores que 1.500 m, o consumo de energia aumentamuito entre as abelhas. Isso determina um aumento no consumo de mel, e 
reduz a quantidade de mel armazenado, comprometendo substancialmente 
a produção.
Figura 4.1 – Área de influência de uma colmeia.
Na área de influência do apiário, quanto mais próxima estiver a flora apícola, 
maior será a produção da colmeia. É de se considerar, portanto, que as abelhas 
têm uma área de aproximadamente 707 ha para procurar por plantas em suas 
diferentes épocas de floração, o que é uma área considerável, mesmo para as 80 
mil abelhas operárias que normalmente compõem uma colmeia.
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4.1. Floradas
Além da distância, será preciso levar em conta a qualidade das floradas, já 
que existem espécies de plantas que são mais indicadas, enquanto outras são 
tóxicas. 
Entre as diversas espécies de plantas cultivadas comercialmente, sejam 
frutíferas, ornamentais, arbóreas e arbustivas, muitas delas se destacam 
como ótimas fornecedoras de néctar.
Figura 4.2 – Abelha na flor de laranjeira. Figura 4.3 – Abelha na flor de melão.
Figura 4.4 – Abelha em flores ornamentais.
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As flores das diversas espécies de eucaliptos também são excelentes 
produtoras de néctar. Em geral, os eucaliptos são plantados em talhões, em 
grande concentração de plantas por área, o que significa a existência de floradas 
volumosas. Seu mel também tem características especiais de coloração, sabor e 
aroma, que o tornam muito apreciado.
Figura 4.5 – Abelha na flor de eucalipto.
Também não podem ser esquecidas as plantas tóxicas, como a espatódea, 
muito usadas na arborização urbana e rural; e o barbatimão, que é uma 
espécie silvestre. Estas plantas não devem compor o pasto apícola.
4.2. Calendário de floradas
No levantamento da vegetação em torno do apiário, o apicultor deverá 
elaborar um calendário de floradas. Um ano antes da instalação do apiário, a 
época de floração da área deve ser observada, anotando-se, no calendário, seu 
início e final. Depois, com o apiário em funcionamento, o apicultor deve prosseguir 
essas observações nos anos seguintes, analisando as variações no volume e no 
período da florada, em função das condições climáticas. Com isso, poderá prever 
a produção e fazer o manejo nas épocas mais adequadas. 
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MÓDULO 5 - PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DO 
APIÁRIO
Primeiro é preciso considerar, como um conceito básico, que um apiário é 
um conjunto de colmeias artificiais, distribuídas de forma a facilitar o manejo das 
abelhas. Depois é preciso lembrar que o apiário deverá estar localizado em uma 
área com bom potencial de flora apícola, e que ofereça segurança à vizinhança, 
e ao próprio apicultor, por causa do comportamento defensivo das abelhas.
5.1. Escolha do local
A presença de uma flora apícola de boa qualidade, que apresente floradas 
bem distribuídas e volumosas, é o primeiro fator na escolha de um local para a 
instalação do apiário. A boa localização de um apiário é um dos principais fatores 
a influenciar a produção, o manejo e também os custos.
Na apicultura fixa, o principal fator a ser observado quanto à localização do 
apiário são a sua duração e variedade das floradas do local. Quanto mais variadas 
e duradouras as floradas, maior a produção. Observa-se também a distância entre 
as floradas e o apiário. Quanto mais longe das flores, mais energia as abelhas 
terão que gastar para recolher o néctar. Uma boa florada pode não ser bem 
aproveitada pelas abelhas por estar situada excessivamente longe da colmeia. 
Além da flora apícola, outros fatores devem ser observados com cuidado na 
escolha de um local para a instalação de um apiário.
A presença de água de qualidade é outro fator de importância primordial. As 
abelhas precisam de grande quantidade de água de boa qualidade. E a fonte de 
água não deve estar situada muito longe das colmeias, por ser grande o volume 
de água carregado pelas abelhas. Uma fonte de água muito longe significa uma 
grande quantidade de energia gasta no transporte desta água para as colmeias. Na 
ausência de uma fonte de água (um rio, um lago, ou qualquer outro tipo de água 
exposta ao alcance das abelhas) deverá ser oferecida às abelhas artificialmente, 
através do uso de bebedouros. 
Devem ser observados ainda: acesso ao local, para facilitar a chegada 
de materiais e equipamentos e o escoamento da produção; segurança: casas, 
estradas, locais onde existam animais presos não devem estar a menos de 200 
m; outros apiários não devem estar a menos de 3 km, de preferência a 5 km, 
para evitar competição.
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5.2. Tipos de apiários 
Apresentaremos agora dois tipos de apiário: móveis e fixos. Entretanto, 
serão discutidos detalhes da instalação apenas dos apiários fixos.
Apiário fixo
O apiário fixo, como o próprio nome indica, é mantido sempre no mesmo local, 
as caixas não são transportadas de tempos em tempos para outros locais. Assim, 
é totalmente dependente da duração das floradas e a variedade da vegetação do 
entorno do apiário.
Figura 5.1 – Apiário fixo.
A produção de mel em apiários fixos, na maior parte do Brasil, está concentrada 
na primavera (de setembro a dezembro), que é quando há disponibilidade de flores 
e, consequentemente, de recursos para as abelhas. Na utilização de determinadas 
espécies, como o eucalipto, a época da floração muda, mas ainda é anual. Em 
algumas regiões com bom potencial apícola, a época de colheita pode se estender 
por mais tempo, pois há a presença de plantas nectaríferas que produzem néctar 
em épocas diferentes e confere um grande período com florada disponível.
Nas condições de florada da maior parte do Brasil, uma colmeia fixa pode 
produzir entre 18 e 20 kg de mel por ano. Se bem manejada e em locais de 
florada mais intensa, pode atingir uma produção de 25 kg de mel anuais.
É bom salientar que um importante fator de produção é a florada da região. 
Ela muda de região para região e tem papel importantíssimo na produção.
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Apiário móvel ou migratório
O apiário móvel pode ser deslocado para locais, onde estão ocorrendo as 
floradas. Consequentemente, há maior produção, pois há maior número de 
colheitas por ano. 
Um apiário móvel pode gerar até duas, três, ou até mais colheitas por ano, 
contra apenas uma do apiário fixo.
Mas o gerenciamento do apiário móvel é muito mais caro e complexo em 
relação ao do apiário fixo. Em média, na apicultura migratória, são produzidos 
de 80 a 100 kg de mel anuais por colmeia. O apiário móvel deve ser planejado 
de forma que possa ser transportado de forma itinerante, em busca de floradas 
ou para serviços de polinização.
As colmeias de um apiário móvel são semelhantes às de um apiário fixo, mas 
devem ser reforçadas para resistirem a constantes transportes, carregamentos 
e vibração.
O veículo de transporte também precisa de adaptações. É necessário um 
mecanismo de fixação das caixas ao caminhão e, se possível, um guincho para 
carga e descarga das colmeias.
Figura 5.2 – Apiário móvel.
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MÓDULO 6 - EQUIPAMENTOS PARA MANEJO DO 
APIÁRIO
Não são muitos os equipamentos utilizados na apicultura para manejo de um 
apiário, mas, entre os poucos necessários, cada um deles tem grande importância. 
O equipamento básicoé a colmeia Langstroth, já conhecida em detalhes em um 
módulo específico. Portanto, neste módulo, serão discutidas principalmente as 
ferramentas de trabalho do apicultor. 
6.1. Vestimenta 
O equipamento mais importante é a vestimenta do apicultor, que lhe garante 
a segurança no trabalho com as abelhas.
Vestido com macacão, máscara, botas e luvas o apicultor evitará dolorosas 
picadas de abelhas, podendo manejar o apiário com tranquilidade. 
O uso de vestimenta correta garante ao apicultor segurança no trabalho com 
as abelhas, protegendo-o das ferroadas. Ela pode ser de dois tipos: 
 • Macacão; ou • Jaleco
O macacão deve ser de tecido grosso, de preferência algodão, de coloração 
clara (branco).
As cores claras são menos percebidas pelas abelhas, diminuindo a sua 
defensividade, o que facilita o manejo. As cores escuras atraem e irritam 
mais as abelhas.
O macacão não pode ser muito justo ao corpo, ao contrário, deve ser folgado, 
para evitar excesso de suor e para dificultar a passagem do ferrão, em caso de 
tentativa de picada. Deve ser fechado com zíper, para evitar que abelhas entrem 
pelas frestas entre os botões. Pelo mesmo motivo, os punhos e as extremidades 
das pernas, devem ser fechados com elástico. 
Macacão
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A colocação de bolsos amplos é útil para guardar ferramentas usadas no 
manejo.
Os modelos mais modernos contam com máscaras acopladas com estrutura 
de metal, e entradas de ar frontais e laterais, que garantem maior conforto ao 
apicultor.
O apicultor deve trabalhar com uma vestimenta de segurança, que inclui um 
macacão de algodão grosso, máscara, luvas e botas (Figura 6.1).
Figura 6.1 – Apicultor usando vestimenta de segurança.
Jaleco
Pode se usar, também, no manejo com as abelhas, o jaleco, que consiste de 
um blusão de algodão, de cor branca, com bolsos amplos, elásticos nos punhos, 
para vedação e tamanho largo. Sua vantagem sobre o macacão, é o menor custo 
e a maior praticidade, pois pode ser usado junto com calça de brim ou outro 
tecido grosso.
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6.2. Fumegador
O fumegador é fundamental para o manejo das abelhas em qualquer situação. 
Produz e direciona jatos de fumaça, que têm efeito calmante, diminuindo 
sensivelmente a agressividade das abelhas.
Na presença de fumaça as abelhas sentem que a colmeia está ameaçada. Por 
isso, a maior parte das abelhas engole uma porção de mel como reserva, visando 
possível abandono da sua moradia. Por estarem carregando grande quantidade 
de mel, evitam ferroar, o que causaria sua morte, e a perda da porção de mel 
de reserva que engoliram.
A estrutura de um fumegador é constituída internamente por uma fornalha, 
onde é colocado o material a ser queimado. Um fole acoplado a esta estrutura 
produz fluxos de ar que ativam a queima e levam a fumaça até um bico de saída. 
A estrutura interna do fumegador é observada na Figura 6.2. 
Grelha
Boca
Fornalha
Fole
Figura 6.2 – Fumegador.
Os combustíveis mais usados são cepilho e pó de serra, madeira apodrecida, 
panos velhos de algodão, estopa, sabugo de milho triturado entre outros, desde 
que a fumaça produzida não seja tóxica nem apresente mau cheiro. Para iniciar 
a combustão, basta umedecer parte do material combustível com um pouco de 
álcool, e colocar sobre a grelha, no fundo do fumegador, e acender. Depois o 
restante do material será colocado sobre as chamas. Para iniciar o fogo, também 
é possível utilizar gravetos e folhas secas, papel ou carvão em brasa. 
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MÓDULO 7 - INICIANDO O APIÁRIO
Existem conceitos básicos sobre o funcionamento de uma colmeia que 
devem ser respeitados, para que ela possa ser explorada comercialmente. Desses 
conceitos é que surgiram técnicas de construção de colmeias racionais e técnicas 
de manejo. Considerando que um apiário é um conjunto de colmeias, também 
será preciso considerar as instalações e o manejo de várias colmeias ao mesmo 
tempo.
Portanto, a implantação do apiário é uma das fases mais importantes da 
apicultura. Se ela não for feita de acordo com as técnicas, o apicultor, por mais 
que se esforce no manejo das colmeias, altas produtividades e rendimento serão 
difíceis de serem alcançados.
Contando com equipamentos e ferramentas, tendo o apiário bem planejado, 
resta ao apicultor obter e implantar suas colmeias em seu novo apiário. Esse 
processo de iniciação do apiário segue, resumidamente, quatro passos muito 
importantes:
1) Obtenção de famílias de abelhas
 
Isso pode ser feito por aquisição junto a um apicultor já estabelecido e que 
já tenha experiência na divisão de colmeias ou formação de núcleos; por captura 
de enxames migratórios (utilizando armadilhas e recolhimento) ou já abrigados 
na natureza (transferência). 
2) Transferência para colmeia Lagstroth
Para que a colônia fique bem abrigada e tenha espaço e conforto para se 
desenvolver.
3) Manejo de estabelecimento
Visa promover o crescimento da colônia de abelhas instaladas na colmeia, 
para que comecem a produzir mel o quanto antes.
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4) Manejo para a produção
Neste momento, a colmeia está estabelecida, populosa e, às vésperas da 
primeira florada em seu novo apiário, pronta para começar a produzir mel.
7.1. Compra das colmeias
A aquisição de enxames por meio de compra com um apicultor mais 
experiente, da própria região, é uma das formas mais fáceis de iniciar um apiário. 
Ela traz a vantagem de permitir o intercâmbio de informações entre o apicultor 
experiente e o iniciante; possibilita a aquisição de enxames fortes, que permite 
que o apiário seja iniciado com menores chances de fracasso; além de fazer com 
que se torne produtivo em menor tempo. Geralmente, o enxame adquirido já 
vem alojado em colmeias Langstroth ou em núcleos. Os núcleos são caixas de 
mesmas medidas da Langstroth, exceto a largura, que é a metade, permitindo 
a colocação de cinco quadros. O núcleo é usado apenas enquanto o enxame se 
estabelece, devendo ser posteriormente substituído por uma caixa Langstroth.
Para o transporte do enxame adquirido, o alvado deverá ser fechado com 
um pedaço de espuma durante a noite, para que as abelhas campeiras estejam 
no interior da colmeia. A colmeia deverá ser amarrada com tiras de borracha de 
forma que toda a sua estrutura, especialmente a tampa, fique firmemente presa, 
para garantir a segurança no transporte.
No apiário definitivo, o alvado pode ser aberto. É recomendável abrir apenas 
parcialmente o alvado para que a entrada na colmeia seja controlada e, dessa 
forma, se evite a pilhagem. As tiras de borracha também podem ser retiradas. 
Após um pequeno período de adaptação ao novo local, a colmeia pode ser 
normalmente manejada.
7.2. Captura de enxames
A captura de enxames na natureza é uma forma válida de obtenção de abelhas 
para o apiário. Os enxames podem estar abrigados em cupinzeiros abandonados, 
ocos de árvores, beirais de casas, e qualquer lugar que lhes ofereça abrigo. 
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Os enxames na natureza não são raros, mas não se recomenda ser esta a 
única fonte de enxames para um novo apiário, pois dessa forma a formação 
do apiário poderá ser muito demorada.
Na captura de enxames em abrigos naturais, pode ser usado um núcleo ou 
mesmo uma colmeia Langstroth, dependendo do tamanho do enxame (quantidade 
de favos a serem transportados).
Nesse trabalho, o apicultor e seu auxiliardevem usar a vestimenta adequada 
e um bom fumegador. A transferência deve ser feita em dias quentes e secos, 
em qualquer época do ano, exceto no inverno. O frio pode causar choque térmico 
prejudicial às crias, prejudicando-as em seu desenvolvimento.
O procedimento de captura, passo-a-passo, é o seguinte:
1. Jatos de fumaça devem ser direcionados para o interior do abrigo natural, 
devendo-se aguardar dois ou três minutos para que as abelhas se acalmem.
2. A seguir, o local onde as abelhas estão vivendo é aberto com todo cuidado, 
para evitar danos aos favos e à população de abelhas. Se for um cupinzeiro 
ou buraco no chão ou barranco, utiliza-se uma cavadeira e, ou um enxadão.
3. Assim que são expostos, os favos devem ser retirados. Serão aproveitados 
os favos de cria intactos, e também os vazios.
Os favos de cria madura são aqueles que apresentam os alvéolos operculados, 
ou seja, fechados com cera. Estas crias estão na fase final de crescimento, e deles 
em breve eclodirão abelhas jovens, que vão aumentar a população da colmeia. 
Nessa fase, com idade entre 12 e 21 dias após a postura, a cria é chamada de 
pupa. Mas também os favos de crias mais novas e de ovos devem ser transferidos. 
Eles serão criados pelas abelhas operárias na nova colmeia, surgindo daí novas 
abelhas. Os favos vazios também são aproveitados, e serão utilizados na nova 
colmeia, pela rainha, para a postura.
4. Os favos, depois de retirados do abrigo natural, são cortados, no formato 
dos quadros vazios, sem cera alveolada, para que se encaixem e possam 
ser amarrados firmemente com um barbante, ou fixados com elásticos ou 
arames flexíveis utilizados na amarração dos quadros.
5. Com favos fixados, os quadros são colocados no núcleo de captura.
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6. Os favos que contêm mel são colocados em um balde à parte. Eles podem vazar, 
atraindo abelhas de outras colmeias, aumentando a chance de pilhagem, 
enquanto a nova colmeia ainda está se organizando e se recuperando da 
transferência.
7. Assim que a rainha é encontrada, ela deve ser colocada sobre os quadros 
do núcleo.
8. A caixa deve ser, então, fechada e colocada ao lado do abrigo natural, onde 
será mantida por três dias para que todas as abelhas que estavam fora 
possam retornar, e para que a família se acostume ao novo abrigo. Não 
havendo a possibilidade de manter a caixa neste local, o apicultor pode 
transportá-la no mesmo dia à noite.
9. À noite o alvado será fechado, e o núcleo ou colmeia será levado para o 
apiário, podendo ser reaberto imediatamente.
10. No núcleo, será colocado um quadro com mel, como reserva de alimento, 
ou será fornecida alimentação artificial, cuja composição será discutida 
mais adiante.
11. O enxame deverá ser monitorado em seu desenvolvimento, até que todos 
os quadros sejam ocupados com crias e reserva de mel.
12. Se a rainha não for encontrada, será necessário fornecer um quadro com 
ovos ou larvas de até três dias, obtidos de outra colmeia, para que as 
próprias operárias criem sua nova rainha. Se houver disponibilidade, podem 
ser colocadas na colmeia realeiras ou uma rainha, o que fará com que a 
recuperação da família seja bem mais rápida. Colmeias órfãs, ou seja, sem 
rainha, devem receber alimentação artificial.
13. Depois do restabelecimento completo da família, será feita a sua transferência 
para uma colmeia Langstroth.
14. Após essa última transferência, a colmeia deve ser revisada daí uma semana, 
verificando-se a existência de posturas novas, que indicam a presença da 
rainha.
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MÓDULO 8 - ANÁLISE ECONÔMICA DA APICULTURA
Comparada a outros segmentos agropecuários, a apicultura pode ser 
considerada uma atividade que exige baixos investimentos, e tem potencial para 
um bom retorno financeiro. 
Em um apiário com 60 colmeias Langstroth, considerando as condições 
de operação de um apiário fixo, promovendo um manejo adequado e tendo à 
disposição uma florada anual abundante, cada colmeia poderá produzir anualmente 
pelo menos 20 kg de mel, e ainda 1,2 kg de própolis e 4,0 kg de cera. Então, 60 
colmeias poderão significar uma produção de 1.200 kg de mel ao ano. O único 
insumo necessário ao funcionamento do apiário é a mão de obra, que trabalhará 
poucas horas ao ano por colmeia. A recuperação de todo o capital investido pode 
ocorrer em pouco mais de dois anos. 
Entretanto, é possível conseguir aumento da produtividade e, 
consequentemente, da rentabilidade do empreendimento. Isso pode ser feito 
facilmente com algumas ações básicas:
 • Escolha de melhores locais para instalação do apiário em relação a flora 
apícola;
 • Melhora do manejo;
 • Seleção e multiplicação das melhores famílias de abelhas; e
 • Adoção da apicultura migratória.
A apicultura migratória permite superar os 80 quilos de mel por colmeia, ao 
ano, dependendo do número de floradas anuais, multiplicando o faturamento e a 
rentabilidade, exigindo investimento em transporte e mais tempo de dedicação.
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REFERÊNCIAS
WIESE, H. Novo manual de apicultura. Guaíba: Agropecuária, 1995. 292p.
WIESE, H. Apicultura, Novos tempos. Guaíba: Agropecuária, 2000. 424p.
HUERTAS, A. G. Criação de Abelhas – Técnicas de Manejo – CPT Centro de 
Produções Técnicas. Viçosa-MG. 1993. 45p. 
CERQUEIRA, J. E. M. Manual Prático de produção de própolis. Naturapi. 
1990. 22p.
MARTINHO, M. R. A criação de abelhas. 2 ed. São Paulo: Globo, 1989. 180p.
MORAIS, R. M. e ALVES, M. L. T. F. Fundamentos de Apicultura. 2 ed. 
Revista e ampliada. 1993. Associação modelo de apicultura. 1993. 30 p.
Aluno: Rubem Dantas Souto CPF: 023.705.376-47
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