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Ciência Política - RESUMO PROVA DIREITO ESTÁCIO - IMPRIMIR E ESTUDAR - Clodomir S Araújo

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CIÊNCIA POLÍTICA – RESUMO ESTUDAR PARA PROVAS 
CURSO DE DIREITO - ESTÁCIO 
Clodomir S. Araújo 
Ciência Política - É a ciência social dedicada ao estudo dos Estados, governos e de outras 
instituições que detenham poder. Engloba a teoria e a prática de políticas, a análise de 
sistemas políticos e os comportamentos relacionados. Está intimamente relacionada a 
outras áreas do conhecimento, como história, economia, antropologia, sociologia, 
psicologia e direito. 
O fenômeno estatal e as teorias naturalistas: 
Como se chegou a esta complexa estrutura que denominamos Estado sempre foi fator que 
dividiu no decorrer da história os filósofos e teóricos políticos. Embora possamos apontar as 
teorias do Estado de Direito e Coletivistas como teorizações relevantes neste debate, sem 
dúvida as mais influentes neste processo são as teorias naturalistas e as teorias 
contratualistas. Iniciaremos nossa análise pelas teorias naturalistas, segundo a qual o ser 
humano seria naturalmente gregário e a cidade é o fim (telos) e a causa final da associação 
humana. Neste sentido, inclusive precederia a família e até mesmo o indivíduo, tendo em 
vista que responde a este citado impulso social natural do ser humano. 
As linhas contratualistas e suas características definidoras – O contratualismo é uma linha 
teórica que abarca várias teorias com características diversas, embora unidas todas elas 
pela ideia central de que o Estado é fruto de um contrato (ou pacto) entre humanos. Como 
linha teórica abrangente, tem por pretensão analisar os fundamentos que explicam o 
surgimento da sociedade, do Estado, bem como aqueles que justificam a autoridade política. 
Por isso, é no interior do espaço teórico-filosófico por que transitam estas teorias que são 
estudados importantes conceitos como soberania, poder político, estado de natureza, leis 
naturais, além, é óbvio, o próprio conceito moderno de Estado. 
O contratualismo hobbesiano: Thomas Hobbes é considerado um dos maiores filósofos 
políticos da Modernidade, tendo formulado uma teoria que ainda hoje é bastante influente 
entre os teóricos contemporâneos. A sua concepção antropológica afirma que o homem é 
naturalmente mal e egoísta, sendo que o Estado surge como forma de controlar os 
“instintos de lobo” que existem no ser humano e, assim, garantir a preservação da vida das 
pessoas. Para que isso aconteça, é necessário, porém, que o soberano tenha amplos 
poderes sobre os súditos, que devem transferir o seu poder ao governante, agindo este 
como soberano absoluto, a fim de manter a ordem. Esta concepção vai fundamentar o 
Estado absolutista moderno e repercutir enormemente entre os estudiosos da teoria e 
filosofia políticas pós – Hobbes. 
O Contratualismo lockeano – Se o contratualismo hobbesiano é considerado uma das 
principais linhas teóricas fundamentadoras do absolutismo moderno, o contratualismo 
lockeano se distinguirá por ser um dos principais alicerces teóricos do liberalismo político. 
Estão presentes no pensamento de Locke algumas das principais linhas de defesa dos 
direitos fundamentais de liberdades (as liberdades públicas) hoje presentes nas 
constituições contemporâneas. Na concepção do filósofo inglês, aos direitos naturais à vida, 
à liberdade e à propriedade (anteriores a qualquer decisão política tomada pelos 
detentores do poder) se junta, como garantia de que serão estes respeitados, o direito a 
resistir ao tirano que não estiver apto a garanti-los. 
O Contratualismo rousseauniano – O contratualismo rousseauniano parte do pressuposto 
da necessidade de se estabelecer um pacto legítimo, que lhes devolva a liberdade natural 
perdida com o surgimento das relações sociais. Para isso, o corpo soberano formado pelo 
povo (concomitantemente súdito e soberano) é quem detém os poderes para elaborar as 
leis, de forma a reforçar a concepção de legitimidade advindo desta (as leis são dirigidas a 
quem as fez). Assim, o governo (corpo administrativo) está absolutamente limitado pela 
vontade geral (lei) do povo soberano que tem a função de submeter as vontades 
particulares. Com isso, a visão rousseauniana concebe que a representação política não 
deve se dar por meio de uma democracia representativa, mas sim por intermédio de uma 
democracia direta, nos moldes daquela experimentada pelos gregos. Embora a 
participação democrática do povo se aprofunde no pensamento rousseauniano, neste não 
encontramos uma boa fundamentação para os hoje denominados direitos fundamentais, 
visto que a vontade geral (lei do ponto de vista político) se impõe contra qualquer outro 
direito. 
O Estado Moderno e sua configuração a partir de Vestefália: 
Aqui se analisará o processo histórico que desencadeará na formação do chamado Estado 
Moderno a partir da Paz de Vestefália. Com ela se dá simbolicamente a passagem de uma 
organização política típica da medievalidade para uma formação política típica da 
modernidade, mais especificamente com o surgimento do Estado Absoluto e a criação do 
Direito Internacional Público, tal qual é concebido nos dias atuais. Também é a partir deste 
período que é possível estabelecer o conceito de Estado partir da coexistência dos seus três 
grandes elementos essenciais (povo, território e soberania una e indivisível). 
Território: a delimitação espacial do poder, – O território é componente material da 
estrutura do Estado, indispensável à sua existência como base geográfica do poder estatal e 
a base física sobre a qual o Estado irá exercer sua jurisdição soberana. Nesta linha, define 
ele os limites dentro dos quais se exerce a soberania do Estado, com exclusão da soberania 
de qualquer outro Estado. 
O caráter multidimensional do território – O território deve ser visto sob uma perspectiva 
multidimensional, uma vez que a base física delimitadora do limite de atuação jurisdicional 
do Estado não se restringe ao elemento terrestre, podendo, ainda incluir o espaço marítimo 
e o espaço aéreo, bem como áreas destacáveis do núcleo territorial do Estado. Assim, 
enquanto delimitação espacial do poder, projeta ele a ideia de que soberania se estende 
sobre o solo, o subsolo, as águas interiores, o mar territorial e o espaço aéreo sobrejacente, 
perfazendo assim o caráter multidimensional do território. 
O conceito de povo em uma perspectiva jurídico-política – O conceito jurídico-político de 
povo está relacionado com o vínculo da nacionalidade entre a pessoa e o Estado. Entende-
se, assim, por povo, o conjunto de indivíduos que em um dado momento se une para 
constituir o Estado, estabelecendo um vínculo jurídico de caráter permanente 
denominado nacionalidade. Esta, então, acaba por ser considerada um atributo que 
capacita esses indivíduos a se tornarem cidadãos e, com este status, participarem da 
formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano. Os conceitos de povo e 
população – Enquanto o povo é formado pelos membros de uma sociedade política ligados 
pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade, o conceito de população projeta o conjunto 
de pessoas que se encontram na base geográfica de poder do Estado, sem que isso importe 
necessariamente ligação com a possibilidade de participar da vida política do País. 
O conceito de nação – Enquanto o povo é formado pelos membros de uma sociedade 
política ligados pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade, a nação representa uma 
coletividade real que se sente unida pela origem comum, pelos laços linguísticos, culturais 
ou espirituais, pelos interesses comuns, por ideais e aspirações comuns. Assim, nação pode 
ser entendida como grupos constituídos por pessoas que, não necessitando ocupar um 
mesmo espaço físico para compartilhar dos mesmos valores axiológicos e da vontade de 
comungar um mesmo destino. Do ponto de vista de nossos estudos, pessoas de 
nacionalidades diversas podem fazer parte de uma mesma nação e pessoas de uma mesma 
nacionalidade podem ser membros de naçõesdiversas. 
A construção histórica do conceito de soberania na modernidade – Partindo-se do princípio 
de que a ideia de soberania, estando submetida a contingências históricas, nem sempre 
existiu, tem -se por mais correto concebê-la como uma construção intelectual do Estado 
Moderno em oposição ao fragmentado poder da era medieval. Na verdade, o caminho da 
construção do conceito de soberania, iniciado por Jean Bodin, para legitimar o poder do Rei 
de França no contexto de disputa entre o poder temporal e o poder espiritual, engendra 
uma teoria da soberania absoluta do Estado. No decorrer da própria Modernidade, o 
conceito vai sendo desenvolvido (principalmente pelos clássicos contratualistas) em linhas 
teóricas coerentes com as concepções de Estado que vão sendo propostas. 
Os traços definidores do conceito de soberania – Mesmo que deva se admitir que o 
conceito de soberania é histórico e relativo, uma grande quantidade de acepções 
conceituais buscam explicá-lo. Trata de um termo que designa o poder político no Estado, 
expressando internamente seu poder de comando, ou seja, a plenitude da capacidade de 
direito em relação aos demais poderes dentro do Estado. Por outro lado, sob uma 
perspectiva externa, a soberania significar o atributo que possui o Estado nacional de não 
ser submetido às vontades estatais alienígenas. Assim, somente o Estado é dotado de 
soberania, sendo que outras comunidades ou pessoas coletivas de direito interno, no limite, 
podem ser dotadas tão somente de autonomia. 
Legalidade e legitimidade como fundamentos da soberania – Trata-se de enfatizar a ideia 
de que ao poder soberano no Estado Moderno não basta estar submetido às diretrizes 
legais, mas também deve se preocupar em ser legítimo. Se a legalidade, entendida como a 
submissão às leis produzidas pelo próprio Estado, pode ou não refletir as aspirações da 
sociedade como um todo, a concepção de legitimidade se atrela ao grau de lealdade de 
todos os seus cidadãos, ao grau de adesão por convicção. Neste sentido, enquanto a 
legalidade exige apenas uma adesão externa (bastando que o cidadão cumpra a norma 
emanada), o reconhecimento da legitimidade exige que o seguimento ao ordenamento se 
dê por uma adesão interna, psicológica. 
As teorias da separação de poderes e do sistema de freios e contrapesos – A teoria da 
separação de poderes de Montesquieu foi absorvida pelo constitucionalismo democrático 
como uma das maneiras de limitar o poder do Estado, sendo que até os dias de hoje vem 
ela se mantendo como um dos mais respeitados princípios por parte dos estudiosos das 
ciências políticas e também pelos juristas. Para que os poderes independentes se 
harmonizem necessitam eles do mecanismo estabelecido pela teoria que aponta para a 
existência de um sistema de freios e contrapesos (checks and balances), a fim de que os 
poderes se limitem uns aos outros. 
O Estado Unitário e o Estado Federal como formas de Estado – Enquanto o Estado Unitário 
é caracterizado pela unidade de poder político, ou seja, existe uma só fonte normativa para 
todo o território do Estado, inexistindo a descentralização, o Estado Federado se caracteriza 
pela existência de Estados – membros sem soberania (mas com autonomia e capacidade 
de auto-organização político-administrativa) e sem direito de secessão, ou seja, sem o 
direito de separar-se da União. 
Neste ponto encontra-se uma das principais diferenças da Federação em relação à 
Confederação: o pacto confederal é dissolúvel, pois a Confederação é a União de Estados 
Soberanos, enquanto que o pacto federal é indissolúvel, visto que a Federação é a União 
de Estados Autônomos. 
Distinção das formas brasileira e americana de federalismo – Totalmente diferente do 
paradigma estadunidense que se formou a partir de Estados soberanos (modelo centrípeto), 
o modelo brasileiro é resultado de uma desagregação (centrífugo), mais precisamente da 
dissolução de um Estado Unitário, no qual as antigas Províncias (sem nenhuma autonomia 
em relação ao poder central) foram transformadas em Estados-membros dotados de igual 
capacidade jurídica ao poder central. 
As teorizações aristotélica e maquiavélica na origem das formulações contemporâneas de 
formas de governo – Embora as classificações apresentadas por dois ícones da Filosofia 
política, envolvia uma tipologia que não é mais utilizada nos dias atuais, o objetivo desta 
segmentação temática é compreender o desenvolvimento histórico das formas de governo 
a partir das classificações aristotélica (na Antiguidade) e maquiavélica (representativa do 
início da Modernidade). 
A Monarquia como forma de governo – Na monarquia, a transmissão do poder se dá em 
virtude dos laços de sangue, sendo que o término do direito de ser o monarca somente 
ocorre com a morte o u com a comprovada ausência de condições de cumprir suas 
atribuições. A condução ao exercício da função de monarca não decorre da escolha popular, 
sendo que o monarca não tem responsabilidade política e, por isso, não deve explicações ao 
povo ou a qualquer órgão estatal. Assim, são suas características a hereditariedade, a 
vitaliciedade, a não-representatividade popular, a irresponsabilidade (ausência de 
prestação de Contas). 
O Presidencialismo como sistema de governo – O Presidencialismo tem as seguintes 
características: o Presidente da República é, a um só tempo, Chefe de Estado (função de 
representação e vínculo moral do Estado) e Chefe de Governo (direção do poder executivo); 
o Poder Executivo é unipessoal, sendo que o poder presidencial deriva da própria nação; o 
mandato presidencial tem prazo determinado; o Presidente da República, com seu poder de 
veto possui participação efetiva no processo de elaboração das leis; é um sistema típico das 
repúblicas; a separação entre os poderes executivo, legislativo e judiciário é rígida, embora 
estes poderes busquem manter a harmonia entre si. 
O Parlamentarismo como sistema de governo – O Parlamentarismo, como sistema de 
governo possui as seguintes as características: as relações entre os Poderes Legislativo e 
Executivo se estabelecem em nível mais flexível, sendo este último um órgão colegiado 
liderado pelo Primeiro-Ministro, que tem responsabilidade ministerial perante o Parlamento 
(princípio da responsabilidade do governo perante o parlamento); o Primeiro-Ministro não 
possui tempo de mandato definido expressamente pela Constituição, pois, sua duração 
depende do apoio da maioria parlamentar, sendo que se ausentando esta dá -se a dissolução 
do parlamento com a convocação de eleições gerais. 
O Presidencialismo como sistema de governo – O Presidencialismo tem as seguintes 
características: o Presidente da República é, a um só tempo, Chefe de Estado (função de 
representação e vínculo moral do Estado) e Chefe de Governo (direção do poder executivo); 
o Poder Executivo é unipessoal, sendo que o poder presidencial deriva da própria nação; o 
mandato presidencial tem prazo determinado; o Presidente da República, com seu poder de 
veto possui participação efetiva no processo de elaboração das leis; é um sistema típico das 
repúblicas; a separação entre os poderes executivo, legislativo e judiciário é rígida, embora 
estes poderes busquem manter a harmonia entre si. 
O Parlamentarismo como sistema de governo – O Parlamentarismo, como sistema de 
governo possui as seguintes as características: as relações entre os Poderes Legislativo e 
Executivo se estabelecem em nível mais flexível, sendo este último um órgão colegiado 
liderado pelo Primeiro - Ministro, que tem responsabilidade ministerial perante o 
Parlamento (princípio da responsabilidade do governo perante o parlamento); o Primeiro-
Ministro não possui tempo de mandato definido expressamente pela Constituição, pois, sua 
duração depende do apoio da maioria parlamentar, sendo que se ausentando esta dá -se a 
dissolução do parlamento com a convocação de eleições gerais.A democracia dos antigos e a democracia dos modernos – Se por um lado a denominada 
democracia dos antigos diz respeito a um modelo que busca seu fundamento na democracia 
ateniense, com o exercício democrático direto do poder (praticado pessoalmente por 
aqueles que são reconhecidos como cidadãos), a denominada democracia dos modernos 
fundamenta-se em sistema de controle e limitação, com base na transmissão representativa 
do poder do povo a seus representantes, que passam a exercer mandatos políticos, 
representando a vontade da cidadania. Os dois modelos são ainda hoje as referências 
principais para se pensar a democracia nos quadros atuais. 
Os critérios definidores do regime democrático – A partir de definições genéricas como 
regra da maioria, a dificuldade de se estabelecer um conceito preciso de democracia vem 
exigindo a demarcação de alguns critérios definidores. Por isso, participação efetiva, 
igualdade de voto, entendimento esclarecido, controle do programa de planejamento e a 
inclusão do maior número de participantes são hoje considerados verdadeiros critérios de 
verificação da adoção de regime democrático pelos diversos Estados nacionais. 
Vantagens dos regimes democráticos em face dos regimes autocráticos – A partir da base 
de defesa ampliada dos valores liberdade e igualdade, os regimes democráticos buscam 
entre muitas outras vantagens, impedir o governo de autocratas cruéis e perversos, 
garantindo aos cidadãos uma série de direitos fundamentais que os sistemas não 
democráticos recusam proporcionar; 
Características que definem um governo como autocrático – O poder autocrático deve ser 
exercido sem maiores limitações, já que a autoridade do dominador possui poucas barreiras 
institucionais que o impeçam de agir em conformidade com sua própria vontade, exigindo 
dos cidadãos ordem e obediência. Nestes regimes, os cidadãos não só não possuem 
permissão de controlar os atos do poder, mas também não possuem meios para afastar os 
dominadores. 
Tipos autocráticos referenciais (autoritário e o totalitário) e suas características – Duas são 
as formas mais conhecidas dos regimes autocráticos, o regime autoritário, que não se 
baseiam no primado de uma ideologia e podem admitir uma certa esfera de liberdade ao 
cidadão para escolhas no âmbito privado e o regime totalitário, bem mais rígido, 
caracterizando-se, então, por uma série de características, tais como: existência de uma 
ideologia oficial e de partido único, controle policial da população, monopolização de todos 
os meios de informação e das forças armadas e direção centralizada da economia. 
O totalitarismo e sua concretização no âmbito histórico – São alguns dos principais 
exemplos típicos de regimes totalitaristas o Nazismo da Alemanha hitleriana (após 1938), o 
Fascismo da Itália de Mussolini (principalmente a partir de 1927) e o Comunismo da União 
Soviética stalinista (depois de 1930). Embora sejam estes os exemplos de referência, 
também são apontados por especialistas (embora sem unanimidade) como possíveis 
exemplos de regimes totalitaristas, o comunismo chinês e os antigos Estados-satélites à 
União Soviética. 
A definição de Ciência Política e seus métodos – A Ciência Política é uma área do saber 
dedicada ao estudo dos fenômenos políticos que possibilitam o funcionamento de 
comunidades e a convivência entre os seus membros. Assim, tem ela a pretensão de estudar 
e analisar a política, as estruturas e os processos de governo, utilizando-se de uma 
abordagem científica, por meio de uma grande diversidade de métodos “científicos”. Esta 
“cientificidade” é determinante para separá-la da filosofia política, embora para muitos, as 
regularidades descobertas não confiram às “ciências políticas” um caráter 
“verdadeiramente” científico. De qualquer forma, tais regularidades são percebidas pelas 
teorizações que moldam o processo de estruturação do pensamento político prevalecente 
em uma dada comunidade e constituem o fator que, para outros, ainda é capaz de sustentar 
a “cientificidade” das ciências políticas. 
O papel do discurso na construção da vontade coletiva – O discurso político tem por 
característica expressar ideias de forma argumentativa e persuasiva e seus conteúdos se 
alteram na medida em que são modificados os contextos mentais, sociais, econômicos (e, 
consequentemente, jurídicos) vigentes no grupo. Observa-se que em sociedades 
contemporâneas democráticas é possível que um mesmo sujeito assuma várias posições 
políticas no decorrer da vida, o que acaba por servir de indicativo que somos todos sujeitos 
de múltiplos discursos. Evidencia-se, então, a dinamicidade, a fragilidade e mesmo a 
provisoriedade dos discursos políticos (principalmente nas sociedades democráticas nas 
quais a regra é que os discursos estejam sempre sendo confrontados). Por isso, dado o 
papel central da discursividade no plano político, o estudo sobre o mesmo mostra que entre 
a razão, a emoção e a autoridade de quem profere a fala, são vários os prismas pelo qual o 
discurso político pode ser avaliado. 
O Estado: primeiros contornos – Se grande parte das questões da ciência política 
tangenciam o fenômeno estatal, questão que se abre é a de dar início aos contornos 
conceituais do que denominamos por “Estado”. Neste sentido, o intuito primordial é defini-
lo no tempo histórico – e não a partir de um modelo universalizável -, como uma forma de 
organização do poder político que vai se construindo na Europa, aproximadamente a partir 
do século XIII.

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