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A microestrutura dos materiais Objetivo de se estudar a microestrutura: Melhor compreensão; Base científica; Avaliação das propriedades; Desenvolvimento; Para isso, a microestrutura explica os seguintes aspectos: Forma como os componentes internos dos materiais se arranjam. Várias formas/níveis de estudo da estrutura do material em função do que se pretende analisar. Objetivos: entender e obter propriedades desejadas. Microestrutura X propriedades: Para relacioná-los é necessário ter o conhecimento de: Arranjo: É a organização interna do material, por isso, só faz sentido falar de arranjo quando nos referimos à um material cristalino. Empacotamento: Significa organizar em pacotes de átomos, ou seja, a quantidade de átomos que é possível colocar em uma célula. Fases cristalinas: São fases mais organizadas e apresentam repetição de células. Fases amorfas: São fases mais desorganizadas e reativas. Composição química: É o conjunto de moléculas dos elementos químicos constituintes de uma certa substância. A composição química afeta a reatividade. Ligações: Sempre quando um elemento ou material se une a outro. Energia de ligação: Está envolvida com a quebra ou formação de uma ou mais ligações entre átomos de uma molécula. Pode ser alta (dificuldade em romper as ligações) ou baixa (facilidade em romper as ligações). Defeitos: É toda alteração do material, tanto induzida, acidental, artificial ou natural. Elas podem melhorar ou piorar as propriedades dos materiais. As vezes, um defeito é induzido para melhorar uma propriedade. Propriedades X Nível de estudo: Sub-atômico: Condutividade elétrica e propriedades térmicas; Atômico: Ligações interatômicas e estado de agregação da matéria; Microscópico: Característica do material em função do arranjo; Macroscópico: Medida de propriedades médias do material. Átomo X Esforços mecânicos: A eletrosfera é uma parte deformável do átomo. Ao ser comprimida, seus núcleos acabam sendo aproximados, já quando exposta à uma força de tração, seus núcleos são afastados. Isso mostra a capacidade elástica dessa eletrosfera, isso acontece conforme as ligações do material. Uma ligação se dá pela somatória de sua atração e sua repulsão, quando a atração é maior, existe uma ligação entre os átomos. Entretanto essa ligação não é eficaz a todos os esforços implicados. Quando o esforço é maior que a força de ligação, acontece a ruptura das ligações e a consequente ruptura do material em questão. Tipos de ligações: 1. Iônica: É a ligação mais forte que gera a perda ou o ganho de elétrons e, por isso, é uma ligação não direcional. Os materiais iônicos quando submetidos a esforços mecânicos que ultrapassam sua capacidade resistente normalmente se comportam de maneira frágil, ou seja, apresentando pouca ductilidade e, Basicamente a microestrutura auxilia na maior compreensão das propriedades dos materiais. Pois o comportamento do material depende da sua microestrutura. consequentemente, se rompendo sem antes apresentar grandes deformações. Além disso, a ligação iônica apresenta baixa condutibilidade elétrica e térmica. Um exemplo são os materiais cerâmicos e vidros. 2. Covalente: É mais fraca que a ligação iônica, porém é mais forte que a ligação metálica. Nesse caso existe o compartilhamento de elétrons, o que faz com que a ligação seja direcional. Materiais ligados dessa maneira são pouco dúcteis e possuem baixa condutividade elétrica. Isso se deve ao fato de não se possível alterar a posição relativa entre átomos o que, consequentemente, não propicia a ductilidade e nem o transporte de carga elétrica via movimentação de elétrons. Exemplos desse tipo de material são os polímeros. 3. Metálica: Existe a formação de uma nuvem eletrônica (elétrons livres), que não são direcionais, pois estão de certa forma “presa” nessa nuvem, mas não estão fixados em uma única posição. Materiais que possuem esse tipo de ligação geralmente possuem uma boa ductilidade, uma vez que, sob tensão, a direção da ligação é alterada ao invés de haver a quebra/ruptura da ligação. Além disso, são bons condutores elétricos graça ao movimento dos elétrons nas nuvens que provoca o fluxo de corrente elétrica se o circuito for fechado. Exemplos desse tipo de material, são os metais. 4. Ligações secundárias (Forças de Van der Waals): São elas que servem para aglutinar as moléculas por meio de atrações eletrostáticas relativamente fracas. Efeito dipolo: Moléculas polarizadas por indução ou permanentes. Efeito de dispersão: Oxilação de pares de elétrons. IÔNICA > COVALENTE > METÁLICA > VAN DER WAALS Arranjos atômicos – estrutura dos materiais 1. Moleculares: É um agrupamento de átomos. Apresenta forças de atração intramoleculares fortes e ligações intermoleculares fracas. Por isso as moléculas deslizam entre si gerando as deformações. Exemplos desse material têm: betumes e alguns polímeros (algumas resinas). Eles podem se cristalinos ou amorfos/vítreos. 2. Cristalinos: Ordem na disposição dos átomos (regularidade) Simetria Repetição de uma célula unitária Estáveis: Possuem uma maior organização, ou seja, menor entropia. Planos de clivagem: Possui partes direcionadas, são planos que geram a ruptura preferencial. Anisotrópicos: Apresentam propriedades/características diferentes ao longo do material. Alotropia ou polimorfismo: Formas cristalinas que um sólido pode assumir mantendo a mesma composição química, o que implica em diferentes propriedades e diferentes usos. Exemplo muito comum é a diferença do diamante e do grafite. Iônicos ou covalentes Alto ponto de fusão Resistentes Duros Metais Exemplo: Ferro, aço, compostos do cimento e da pasta, areia, granito. 3. Amorfos/Vítreos: Possuem ausência de ordem, simetria e ponto de fusão; São isotrópicos, ou seja, possuem as mesmas propriedades em todas as direções; São pouco estáveis; Exemplo: Pozolanas, escoria, vidros de baixa qualidade. OBS.: Quando um material sofre um resfriamento de forma brusca, as ligações acabam se rompendo, assim, o material se torna amorfo. Um exemplo disso é a diferença entre a escória para adição (resfriada e moída) e a escória usada como agregado (resfriada naturalmente). Estrutura dos sólidos X nível de energia: O material vítreo apresenta maior energia que o material cristalino. Isso porque o material cristalino, quando faz seu processo de cristalização, acaba gastando energia para se cristalizar. Propriedades X Cristalinidade: Material mais cristalino: Maior dureza Maior resistência Maior rigidez (polímeros) Menor reatividade (até certo ponto) Maior durabilidade Fases X Soluções X Dispersões Fase: Parte homogênea Superfícies definidas Sistema heterogêneo Exemplo: Clínquer Portland Materiais estruturais polifásicos: São todos aqueles que possuem mais de uma fase visível à olho nu. Agregados Argamassas: Pasta de cimento + areia Concreto: Pasta de cimento + areia + brita Alguns compósitos: Geralmente possuem fibras em sua composição Metais: No caso de ligas metálicas Material mais amorfo: Maior flexibilidade Maior reatividade Maior rigidez (alumínio) Maior resistência (ligas metálicas) Menor durabilidade Solução: Sistema homogêneo Soluto (dissolvido) Solvente (o que dissolve) Dispersão: Solução de 2 fases Gel (solução coloidal) Pasta Emulsão Substâncias imiscíveis Espumas Importãncia dos defeitos: Porosidade Relação água/cimento ou relação água/gesso Fissuras Falhas cristalinas Interfaces Movimentação iônica x defeitos Naturais = f (resfriamento) Induzidos ligas metálicas (Ex.: Al) Reatividade = f(nível de cristalização) Resistência = f(nível de cristalização) Classificaçãodos materiais: Metais (ferrosos e não ferrosos); Cerâmica (vidro, concreto e cerâmica); Condutores e supercondutores; Polímeros (madeira, betumes, resinas, plásticos, borrachas); Compósitos (fibra+polímero, fibra+matriz cimentícias); Biomateriais; Materiais especiais (alto desempenho). Microestrutura dos materiais cerâmicos: Características e propriedades dos materiais cerâmicos: Dificuldade de cristalização (estruturas cristalinas mais complexas); Alta dureza; Resistência mecânica (maior resistência à compressão do que à tração); Ruptura frágil; Estabilidade química e térmica (alto ponto de fusão) Baixa condutibilidade elétrica e térmica. (Comparação dos mecanismos de escorregamento entre metais monoatômicos e materiais cerâmicos biatômicos). Cerâmica avançada (técnica ou fina), engloba uma classe de “novas” cerâmicas, em que as matérias-primas são artificiais, há um grande controle do processo e, principalmente, um forte controle da microestrutura. Suas características principais são: Alta resistência mecânica; Alta dureza e resistência à abrasão; Alta durabilidade (resistência química e à corrosão); Alta resistência à temperatura (são materiais refratários); Alto ponto de fusão (alguns chegam até cerca de 2500°C a 3000°C); Baixa dilatação térmica; Elevada tenacidade; Baixo peso. Microestrutura dos materiais metálicos: Ligas não ferrosas: Cobre: Não sofrem corrosão; Não suporta tratamento térmico; Exemplo: Latão (zinco com impureza). Alumínio: Baixa densidade, alta contudibilidade elétrica e térmica; Não sofrem corrosão; Baixa temperatura de fusão; Tratamento a frio melhora a resistência e piora a resistência a ataques químicos. Microestrutura dos materiais poliméricos: Polímeros são materiais compostos por macromoléculas. Essas são cadeias compostas pela repetição de uma unidade básica, chamada de mero; Chama-se monômetro a unidade isolada que deu origem ao mero; Podem existir centenas, milhares ou centenas de milhares de moléculas encadeadas numa molécula polimérica; Grau de polimerização, geralmente simbolizado pela sigla DP ou n, é o número de meros presentes na cadeia polimérica. Cristalinidade dos polímeros: Compostos de macromoléculas o que restringe a cristalização; É preciso que a estrutura das cadeias seja regular; Muito difícil em meros complexos ou ramificados. Estrutura das macromoléculas: Homopolímeros: O polímero que é constituído apenas de um tipo de mero, é denominado homopolímero. Exemplo: PVC. Compolímeros: Quando há mais de um tip de mero na composição do polímero, este é designado copolímero, e os monômeros que lhes dão origem, comonômeros. Exemplo: SBR (Butadiento estireno). Dispersões poliméricas (soluções de duas fases): Butatilacriato e estireno: Modificações de ligantes hidráulidos e adesivos; Acrílico-estireno: Fabricação de tintas látex, fibras, massas de recobrimento e recobrimento de tecidos; Acrilato-estireno: Modificações de ligantes hidráulicos e preparação de recobrimentos flexíveis; Termopolímero acrílico-estireno-butadieno: Fabricação de massas de recobrimento. Estrutura das cadeias poliméricas Características de fusibilidade: Os polímeros lineares ou ramificados, que permitem fusão por aquecimento e solidificação por resfriamento, constituem os chamados termoplásticos. Os polímeros que, por aquecimento ou outra forma de tratamento, assumem a estrutura tridimensional, reticulada, tornando-se insolúveis e infusíveis, são chamados termorrígidos. Elastômeros: propriedades e aplicações Plásticos Tipos de fibras: Prolipropileno; Náilon; Poliéster; Poliamida; Polietileno; Celulose; Kevlar.
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