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Navegação pelo conteúdo do curso Olá! Com o objetivo de garantir a qualidade dos estudos e consequentemente o aproveitamento integral deste curso, utilizaremos uma configuração do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) que valide a leitura das páginas do curso. Estabeleceu-se este procedimento para que você consiga explorar vídeos, textos e links disponibilizados no decorrer do conteúdo de cada um dos módulos. A cada tela acessada, do lado esquerdo do monitor surgirá uma marcação em verde, indicando que você explorou aquele tema, conforme exemplo da imagem. Boas-vindas! Bem-vindo(a) ao curso Formação básica: Tecnologia. Em maio de 2019, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) lançou o programa Inova Educação com o propósito de oferecer novas oportunidades para todos os estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio. O programa visa a tornar a escola mais conectada com os sonhos e as atuais necessidades dos adolescentes e jovens, e apoiar os estudantes a desenvolver competências voltadas para o século 21. Ele traz inovações para que as atividades educacionais sejam mais alinhadas às vocações, desejos e realidades de cada um. E com isso: • promove desenvolvimento intelectual, emocional, social e cultural dos estudantes; • reduz a evasão escolar; • melhora o clima nas escolas; • fortalece a ação dos professores; • cria novos vínculos com os estudantes. Sobre o curso O Programa Inova O Programa Inova coloca os estudantes no centro do processo de aprendizagem, promovendo seu engajamento e protagonismo! Todas as inovações do Programa têm como referência marcos legais importantes, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as Diretrizes Nacionais do Novo Ensino Médio e o Currículo Paulista (etapa do Ensino Fundamental em aprovação no Conselho Estadual de Educação e do Ensino Médio). http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ http://www.in.gov.br/materia/- /asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622 http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622 http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622 http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622 E qual é a grande inovação que esse projeto traz para as escolas? Todos os estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio terão três novos componentes no currículo: Projeto de vida Atividades e oficinas que apoiam o planejamento da vida escolar e pós- escolar, com destaque à gestão do tempo, à organização pessoal, ao compromisso com a comunidade e à construção de perspectivas para o futuro. Eletivas Aulas escolhidas a cada semestre pelos estudantes a partir de um cardápio ofertado pela escola, adequado às possibilidades de oferta dos professores de cada unidade de ensino. Tecnologia Conceitos básicos nos eixos de cultura digital, pensamento computacional, cidadania digital e mundo digital para ensinar os estudantes a usar e a criar tecnologias do século 21 em seus próprios projetos. Como esses componentes se encaixam no horário escolar? Os tempos das aulas foram ajustados para 45 minutos. Assim, os novos componentes se encaixam ao longo do ano letivo. Para saber mais sobre o programa Inova clique aqui! Sobre o curso Curso de Formação básica Agora é hora de se preparar! Veja as informações gerais deste curso. Com carga horária de 30 horas, o curso Formação básica: Tecnologia está estruturado em quatro módulos: • Módulo 1: Adolescências e juventudes – módulo comum ao curso Formação básica: Eletivas e Formação básica: Projeto de Vida • Módulo 2: O componente Tecnologia • Módulo 3: Práticas e metodologias para o uso de tecnologias • Módulo 4: Conhecendo o cenário sobre o uso de tecnologia na escola Importante Antes de iniciar seus estudos, leia o regulamento para conhecer as regras de frequência, aproveitamento e certificação. http://inovaeducacao.escoladeformacao.sp.gov.br/ http://inovaeducacao.escoladeformacao.sp.gov.br/ http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/regulamentos/Regulamento_Inova_Educ_Tecnologia_municipios.pdf http://inovaeducacao.escoladeformacao.sp.gov.br/ Caso tenha algum problema técnico acesse o Fale Conosco. Trata-se do primeiro passo de um processo mais amplo de formação que continuará nos próximos meses, inclusive com curso de aprofundamento sobre Tecnologia. Neste momento, a proposta é que você compreenda o que é o componente Tecnologia. Ao longo deste curso, você vai entender mais sobre como funciona na prática e o que embasa a sua criação. Em breve, na formação de aprofundamento, você saberá ainda mais detalhes sobre os conteúdos, materiais de apoio e ferramentas de avaliação. • Discutir os desafios da escola no mundo contemporâneo, relacionados aos temas das adolescências e juventudes. • Apresentar o componente curricular Tecnologia, no âmbito do programa Inova Educação. • Inspirar professores a utilizar recursos digitais por meio de metodologias que potencializem o ensino e a aprendizagem de forma inovadora. • Promover a reflexão e o engajamento ético e significativo do uso da Tecnologia no dia a dia. • Apresentar um cenário sobre o uso de tecnologia na escola. Ao final do curso, você terá de responder ao questionário de avaliação. Bons estudos! • Abertura do módulo • Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade Disponível se: A atividade Abertura do módulo esteja marcada como concluída • Adolescentes e jovens e a escola http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/contents/seguranca/HelpDesk/HDUsuario/Default.aspx?id_projeto=652&id_sistema=110&id_grupo_atendimento=113 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557 • Disponível se: A atividade Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade esteja marcada como concluída • Adolescentes e jovens e seus desafios Disponível se: A atividade Adolescentes e jovens e a escola esteja marcada como concluída • Adolescentes e jovens e suas potencialidades • Disponível se: A atividade Adolescentes e jovens e seus desafios esteja marcada como concluída Olá, professor(a)! Seja bem-vindo(a) ao Módulo 1 Adolescências e Juventudes! Neste módulo, nosso foco será entender um pouco mais os adolescentes e jovens que estão na escola, quais seus interesses, desafios, potencialidades e também como veem a escola em que estudam e a escola que desejam. Este módulo está organizado em quatro temas: • Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade. • Adolescentes e jovens e a escola. • Adolescentes e jovens e seus desafios. • Adolescentes e jovens e suas potencialidades. Para começar, assista ao vídeo com Anna Penido, especialista em educação, que apresenta o tema deste módulo. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/002_ANNA_PENID O_APRESENTACAO_DO_MODULO.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/002_ANNA_PENIDO_APRESENTACAO_DO_MODULO.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/002_ANNA_PENIDO_APRESENTACAO_DO_MODULO.mp4 Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade Abertura: estudantes e professores Neste tema, vamos conhecer adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade. Isso significa entendermelhor características e mudanças que acontecem com eles nessa fase da vida, por meio das dimensões: Para começar, assista ao vídeo com os estudantes Caio Sampaio de Vasconcelos, Carolina Henrique Mendes, Melissa da Costa Romano e Nathan Olivares da Silva que falam sobre como se sentem e seus interesses. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/032_RODA_DE_AL UNOS_01.mp4 Agora, assista ao vídeo com a professora Carolina Stefano, o professor Sérgio Bauchiglione, a professora coordenadora Vanessa Rezende Souza e a diretora Paula Soares dos Santos e veja como eles observam o que acontece com os adolescentes e os jovens nessa fase. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/041_RODA_DE_PR OFESSORES_1.mp4 Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade A voz dos especialistas Agora, assista ao vídeo com Anna Penido, especialista em educação, falando sobre as multidimensões de desenvolvimento dos adolescentes e dos jovens nessa fase da vida. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENIDO_DI CAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4 Para completar o quadro, assista a este outro vídeo com a neuropsicóloga Adriana Foz e os psicólogos Darlene Ferraz Knoener, Gabriel Medina de Toledo e Gisele Alves Mizuta e confira a visão de especialistas sobre adolescentes e jovens. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/037_RODA_DE_E SPECIALISTAS_1.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/032_RODA_DE_ALUNOS_01.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/032_RODA_DE_ALUNOS_01.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/041_RODA_DE_PROFESSORES_1.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/041_RODA_DE_PROFESSORES_1.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENIDO_DICAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENIDO_DICAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/037_RODA_DE_ESPECIALISTAS_1.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/037_RODA_DE_ESPECIALISTAS_1.mp4 Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade Sobre a multimensionalidade Os vídeos nos mostram um painel sobre diversos aspectos desses adolescentes e jovens que estão nas escolas nos dias de hoje. Para ampliar um pouco mais esse universo e nos localizar melhor nos conteúdos que serão mostrados nas próximas páginas deste curso, vamos apresentar a seguir algumas definições. O que significa adolescência? “Adolescere é uma palavra latina que significa crescer, desenvolver-se, tornar-se jovem.” Luisa Fernanda Habigzang, Eva Diniz, Sílvia H. Koller (2014) Mais que uma fase, a adolescência é um longo processo em que acontecem várias modificações físicas, psicológicas e sociais que podem se transformar em oportunidades para o desenvolvimento. Essa visão, ao superar o estigma que considera o adolescente como “aborrecente”, abre perspectivas construtivas sobre essa fase da vida. Segundo a pesquisa Adolescentes, realizada pelo Projeto Faz Sentido com adolescentes de 12 a 16 anos do Ensino Fundamental Anos Finais, “hoje, no Brasil, a maioria dos estudos realizados sobre os jovens estão deslocando o olhar de uma adolescência definida como uma fase caracterizada por mudanças físicas e hormonais para uma concepção mais voltada às características sociais e econômicas. Esse deslocamento tira, inclusive, a sua ênfase por limitações etárias”. HABIGZANG, Luísa Fernanda; DINIZ, Eva; KOLLER, Sílvia H. (org.). Trabalhando com adolescentes – Teoria e intervenção psicológica. Porto Alegre: Artmed, 2014. http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1831 http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf http://fazsentido.org.br/ O que é ser jovem? Há uma série de fatores que influenciam na construção da juventude, mas todos eles estão relacionados especialmente a duas concepções complementares, definidas na pesquisa Juventudes e Ensino Médio, realizada pelo Projeto Faz Sentido: http://fazsentido.org.br/wp- content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf Juventudes: o plural, que indica a multiplicidade de formas de ser jovem e a transversalidade de fatores como gênero, orientação sexual, raça/etnia, classe social, assim como o território em que vivem os jovens ou as configurações comunitárias nas quais são socializados. Pensar em juventudes significa compreender, por exemplo, que os desafios da jovem negra, do jovem indígena, de jovens refugiadas, de jovens quilombolas, de jovens dos centros urbanos ou de áreas rurais podem ser muito diversos entre si. Juventude: o singular, que dialoga com essas diferentes formas de viver a juventude, mas que define uma espécie de experiência comum do que é ser jovem. http://fazsentido.org.br/wp- content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf http://fazsentido.org.br/ http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf http://fazsentido.org.br/ É necessário levar em conta as particularidades da condição juvenil, o que permite que os jovens, ainda que diferentes, se identifiquem como tal. Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade Discussão sobre o tema Agora, acesse os itens sobre os temas a seguir para obter mais informações sobre esse universo. Caso queira se aprofundar, consulte a íntegra dos materiais nos links do Saiba mais. 1 Perda do corpo infantil Muita ansiedade devido às transformações corporais a partir da puberdade. Reformulação de seus mundos interno e externo. Restrições familiares e sociais sem explicação e propósito chegam a causar retardo em seu crescimento e nas funções sexuais naturais próprias dessa fase. 2 Perda dos pais da infância Os pais, antes idealizados e supervalorizados, passam a ser alvo de críticas e questionamentos. O adolescente busca figuras de identificação fora do âmbito familiar. Nesta fase, se caracteriza a dependência/independência dos filhos em relação aos pais e vice-versa; identidade familiar substituída pela individual. 3 Perda da identidade e do papel socioemocional familiar Da relação de dependência natural segue-se uma confusão de papéis. Não é mais criança nem é ainda um adulto. Dificuldades em se definir na sua cultura. Anseia por independência, sente-se inseguro, temeroso, apoia-se no grupo, distancia-se dos pais permitindo novas identificações. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 73) • 1 Adolescência é ter mais maturidade e responsabilidades. • 2 Expectativa de ter mais liberdades e experimentar coisas que ainda não experimentou. • 3 Etapa da vergonha, mais proximidade com crianças. Adultos são seres estranhos. • 4 Mais resguardados pelos pais, que cobram e acompanham mais na escola. • 1 Se veem encrencados quando têm que ir para a diretoria. • 2 Mais casa e escola (amigos na escola); menos autonomia para saírem sozinhos. • 3 Adolescência é ter rebeldia e experimentar o máximo possível. • 4 Destemidos, não temem mais diretoria, professores ou pais. Já testaram muitos limites. • 5 Aceitam mais facilmente os limites, contestam menos. • 6 Quanto mais lúdicas as disciplinas, melhor (pintar, jogar, manusear, trabalho de campo). • 7 Já possuem mais autonomia e experiências, se deparando com algumas frustações tanto com pessoas quanto com o mundo. • 8 Mais interações na rua e com os amigos e pares. • 1Com identidade mais definida, estão mais à vontade entre os iguais. • 2 Muito questionadores, testam limites o tempo todo. • 3 Mais liberdades concedidas pelos pais, que passam a cobrar menos o desempenho escolar. • 4 Diminui interesse na escola, as disciplinas não fazem sentido. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 74) • 1 É normalmente nessa fase que começam as mudanças físicas, geralmente marcadas por uma aceleração repentina do crescimento, seguida pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias. • 2 As células cerebrais podem praticamente duplicar o seu número no espaço de um ano, enquanto as redes neurais são radicalmente reorganizadas, causando um impacto sobre a capacidade emocional, física e mental. • 3 O início da adolescência também é caracterizado por mudanças internas profundas. O cérebro, por exemplo, passa por uma grande aceleração elétrica e fisiológica. • 4 O amadurecimento físico e sexual mais adiantado da menina, que, em média, entra na puberdade de 12 a 18 meses mais cedo do que o menino, reflete-se em tendências semelhantes no desenvolvimento cerebral. • 1 O lobo frontal (parte do cérebro que governa o raciocínio e as tomadas de decisão) começa a se desenvolver durante a fase inicial da adolescência. Como esse desenvolvimento começa mais tarde e é mais prolongado nos meninos, sua tendência a agir de forma impulsiva e a pensar de forma acrítica permanece por mais tempo do que nas meninas. • 2 Nessa fase, as principais mudanças físicas já ocorreram, embora o corpo ainda se encontre em desenvolvimento. O cérebro continua a desenvolver- se e a reorganizar-se, e a capacidade de pensamento analítico e reflexivo é bastante ampliada. • 3 No início dessa fase, as opiniões dos membros do seu grupo ainda são importantes, mas essa influência diminui à medida que o adolescente adquire maior clareza e confiança em sua própria identidade e em suas opiniões. • 4 Esse fenômeno contribui para difundir a percepção generalizada de que as meninas amadurecem mais cedo do que os meninos. • 1 A atitude de enfrentar riscos diminui na fase final da adolescência, à medida que se desenvolve a capacidade de avaliar a situação e de tomar decisões conscientes. • 2 É durante essa fase que os adolescentes ingressam no mundo do trabalho ou avançam em sua educação, estabelecem sua identidade, sua visão de mundo e começam a participar ativamente na organização do espaço ao seu redor. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 75) Durante a adolescência, o cérebro é particularmente sensível às experiências e às trocas com o ambiente. Estudos recentes de neurociência mostram que o cérebro do adolescente passa por uma reorganização: conexões entre neurônios se desfazem para que surjam novas; e a forma como são estimulados pode favorecer que determinadas conexões sejam feitas, sejam elas positivas ou não. Essa reorganização ainda pode explicar certos comportamentos típicos da adolescência, como a busca por experiências intensas, que muitas vezes acontecem independente da vontade deles. Compreender as transformações pelas quais o cérebro do adolescente passa pode ajudar pais e educadores na forma como respondem e apoiam o desenvolvimento dele. Nesse sentido, três sistemas que sofrem grande plasticidade durante esse período podem explicar alguns comportamentos típicos. Recompensa (prazer) A dopamina é uma substância que dentre diversas funções, é responsável por sinalizar experiências de prazer. É o aumento da dopamina que, por exemplo, nos faz desejar e ir atrás de determinadas coisas como dinheiro e sexo. Durante a adolescência o número de receptores dessa substância aumenta drasticamente, fazendo com que os adolescentes sejam muito mais responsivos e ativos na busca de atividades que os façam sentir prazer. Isso faz com que os estudantes do Fundamental II sejam mais sensíveis a esse estímulo. Educadores e pais devem saber que é mais fácil mudar o comportamento do adolescente o motivando para buscar uma recompensa do que ameaçando com punições. Infelizmente, isso os faz também mais suscetíveis ao álcool e às drogas, uma vez que as moléculas dessas substâncias se assemelham à da dopamina, elas se conectam aos receptores causando a mesma sensação de prazer. Regulador Durante a puberdade, o sistema de autocontrole também passa por uma reorganização, e isso faz com que o adolescente esteja mais propenso ao comportamento de risco. Apesar de parecer irracional em alguns momentos, ele já consegue compreender e julgar, quase tão bem como os adultos, que determinadas ações podem ter sérias consequências. No entanto, devido às transformações no sistema regulador, os adolescentes têm a capacidade de controlar seus impulsos reduzida. A propensão pelas atividades arriscadas também se explica pela hipersensibilidade. As sensações de prazer são mais intensas devido ao aumento dos receptores de dopamina no cérebro. Por isso, eles têm dificuldade em adiar atividades que os tragam algum tipo de recompensa e prazer imediatos. De acordo com o neurocientista Laurence Steinberg, a capacidade de autorregulação talvez seja a característica mais importante para o sucesso social, realização e saúde mental. Por isso, pais e educadores devem ajudar os adolescentes a desenvolverem o controle sobre o que pensam e sentem. A escola deve ser um ambiente seguro que cria oportunidades para esse tipo de desenvolvimento. Relacionamento (como interagimos com outras pessoas) O adolescente também está desenvolvendo seu cérebro social, e isso explica o fato de eles serem muito vulneráveis ao que outras pessoas pensam a seu respeito. Mais que em qualquer outro momento da vida, ele sofre muito ao ser rejeitado. Um adolescente tem, por exemplo, muito mais sensibilidade que um adulto para perceber emoções nas outras pessoas. Segundo Laurence Steinberg (2015), quando um adulto grita com um adolescente, esse adolescente provavelmente vai prestar mais atenção no grito ou na raiva que esse grito transmite do que nas palavras. Os adolescentes têm um comportamento especial quando estão na presença de seus pares. No livro Age of Opportunity, Steinberg destaca que adolescentes são mais propensos a ter comportamento de risco quando sabem que amigos estão por perto. Pais e educadores devem estar atentos e evitar momentos em que adolescentes estejam reunidos sem a mediação de um adulto. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 24-25) http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833 1 Etapa problemática ou risco social Esta concepção vê o sujeito jovem a partir dos problemas que ameaçam a ordem social. Pauta-se nos comportamentos considerados de risco, como envolvimento com a violência, criminalidade e gravidez na adolescência. No Brasil, esse foi o enfoque predominante nas ações governamentais dos anos 1980 e 1990, que se concentraram em programas nas áreas da saúde e da segurança pública. Tais ações tinham como objetivo ocupar o tempo livre dos jovens e eram direcionadas para públicos com características de vulnerabilidade, risco ou transgressão (ABRAMO, 2005). 2 Período preparatório Nesta abordagem, a juventude é entendida como um período de transição entre a infância e a vida adulta. Porém, esse modo de ver a juventude traz algumas implicações, uma vez que a transitoriedade tem como característica a indeterminação, isto é, os sujeitos jovens não são mais crianças, mas ainda não são adultos. Os jovens são, portanto, desqualificados e definidos pelo que não são. Esta abordagem desconsidera a juventude como portadora de conhecimentos e vivências anteriores. Além disso, passa a ideia de um mundo adulto estável, para o qual se deve preparar. 3 Juventude: futuro do país Esta perspectiva deposita na juventude a resoluçãodos problemas de exclusão social e de desenvolvimento do país. Aposta em uma contribuição construtiva dos jovens para a solução dos problemas que afetam as comunidades em que vivem, porém ignora as suas necessidades e demandas. No Brasil, esse enfoque foi muito difundido nos anos 2000, por meio das agências de cooperação internacional, organismos multilaterais e fundações empresariais. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 13) http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833 Identidade é, sobretudo, uma construção, tanto do que se é quanto do que se quer ser. A criação da identidade enquanto processo particular envolve: • Reconhecer-se. • Coordenar as próprias ações. • Dar coerência à própria existência, descobrir propósitos e agir de acordo com eles. A identidade é construída a partir da relação que estabelecemos com os outros, isto é, só é possível reconhecer quem somos, quais são as nossas características, as nossas inclinações, à medida que interagimos com os nossos pares. Durante a juventude o processo de construção da identidade se intensifica. É nesse período da vida que os jovens experimentam o mundo social além das fronteiras familiares e precisam lidar, pela primeira vez, com as convocações sociais para que assumam a sua identidade. A todo momento os jovens são impelidos a lidar com novas e múltiplas convocações de identidade, sendo necessário elaborar, pela primeira vez, suas respostas para elas. Portanto, não existe uma identidade estável ou fixa, mas sim processos de “identificação e desindentificação”, que dão contornos às subjetividades de cada um ao longo da vida. Desse modo, eles podem se identificar com determinado grupo étnico-racial, religioso, com determinada orientação sexual e, com o avançar dos anos, construir novos pertencimentos, como identificar-se com outra comunidade religiosa. Ao longo desse processo de identificação e desindentificação os jovens fortalecem e sustentam suas capacidades de reconhecer-se enquanto sujeitos. É também durante a juventude que os jovens começam a ganhar maior autonomia em relação ao mundo dos adultos e cobra-se deles que tenham maior capacidade de autocontrole e autorregulação e que coordenem suas próprias ações. Porém a aquisição dessas capacidades ocorre por meio de um processo contínuo de aprendizagem que se dá ao longo da vida e que não tem fim, pois nunca se alcançará o ápice – isto é, o ponto no qual os sujeitos são capazes de controlar, regular e coordenar as suas ações de modo pleno e regulado. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 31-32) A época, o espaço, as relações econômicas e sociais e tantos outros fatores da vida de cada jovem contribuem para que ele se entenda como indivíduo. A experiência de construir identidade e propósito quando se é uma jovem negra periférica é bastante diferente da experiência de um jovem branco de classe média, por exemplo. Além da desigualdade social e de gênero, as novas gerações podem experimentar mais angústia em relação a essa busca, uma vez que vivem em um momento de alta produção de informações e referências de todo tipo – que expõem um universo muitas vezes caótico e contraditório. Para o psicanalista Erik Erikson, rituais sociais que costumam marcar a entrada na idade adulta, como a escolha da área profissional no ensino escolar, facilitam a preparação para a conquista de novos papéis na sociedade. Por outro lado, um contexto social não estruturado pode levar a uma crise de identidade. A pressão social e estereótipos A falta de estrutura e as constantes mudanças no contexto histórico são desafios para o jovem do século XXI. Ao mesmo tempo, os estereótipos criados a seu respeito também não ajudam. Além dos estereótipos clássicos sobre raça/etnia, gênero, orientação sexual, juventude rebelde, existe outra ideia bastante reproduzida de que ser jovem é apenas uma preparação para ser adulto. Ao tratar essa fase como mera passagem, uma transição, é negado ao jovem o direito de viver plenamente o presente. Apoio e empatia Segundo Erikson, o processo de construção da identidade depende da confiança do jovem em si próprio e nas outras pessoas. O reconhecimento da sua personalidade pelos outros é peça-chave para a formação da identidade. Vale lembrar, no entanto, que identidade está sempre – e não só durante a juventude – em construção. É preciso romper com estigmas e mitos para ajudar os jovens a encontrar o que existe de mais verdadeiro em si mesmos. A partir disso, eles começarão a construir o seu projeto de vida. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 36-38) A juventude é uma fase de ampliação das relações sociais além dos limites da escola e da família. Esses dois espaços continuam sendo referências importantes, mas são complementados por outros, como comunidades religiosas e grupos reunidos por temas de interesse, como práticas artísticas, práticas esportivas e movimentos sociais de causa. É uma fase em que a busca por aprovação dos seus semelhantes (outros jovens) é essencial. O que diz a neurociência? É por razões evolutivas que os jovens costumam dedicar mais tempo aos seus colegas e menos aos pais e outras figuras de autoridade, como professores. Como outros jovens serão seus companheiros de fato na maturidade, a natureza incluiu no cérebro jovem uma propensão por buscar amigos, relacionar-se com parceiros e participar de grupos dos seus pares como preparação para a vida adulta. (Fonte: ARMSTRONG, 2016) Mas os adultos também são referência muitas vezes. A tendência de estar mais próximo dos colegas não quer dizer que as relações com adultos não são importantes. Em algumas situações, as opiniões de adultos de referência podem inclusive ser consideradas mais confiáveis do que as de outros jovens. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 101-102) A adolescência é um período marcado pela aproximação aos pares e, de acordo com a psicologia, construir relações de amizade saudáveis e positivas é fundamental para o desenvolvimento afetivo e de habilidades sociais na adolescência, além de sedimentar as bases para os relacionamentos na vida adulta. Um dos motivos dessa aproximação entre amigos seria a busca por suporte e acolhimento na luta contra a angústia e a solidão típicas da fase. É nesta fase que tendem a ocorrer as primeiras relações amorosas. Os adolescentes vivem com intensidade a novidade dessas paixões, bem como suas possíveis desilusões e consequências. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 105-106) No campo sexual, a adolescência começa na puberdade, período de rápido crescimento físico e iniciação da maturidade sexual, que termina quando o indivíduo se torna capaz de se reproduzir. Como colocamos na introdução, é também durante esse período que os sistemas de regulação e recompensa se reorganizam, fazendo com que os adolescentes estejam sempre em busca de experiências que tragam prazer. Porém, por terem uma baixa capacidade de autorregularão, acabam se colocando constantemente em situações de risco (sexo sem proteção). De acordo com o neurocientista Lawrence Steinberg em seu livro Age of Opportunity, a maior parte dos programas de educação sexual foca em levar conhecimento para os adolescentes, não em mudar seu discernimento. Infelizmente, informação não é suficiente para impedir o comportamento de risco. Os programas seriam mais eficientes se, além de informar, ajudassem os adolescentes a desenvolver sua capacidade de autorregulação e a reduzir o comportamento de risco (nesse caso, transar sem proteção). http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 87) Saiba mais Para saber mais sobre adolescentes e jovens no Brasil, acesse a íntegra do estudo a seguir, disponibilizado no site do Projeto Faz Sentido. • Diversidade, equidade e inclusão na escola Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade Dicas práticas Agora, assista ao vídeo a seguir com Anna Penido, que traz dicas práticas de como lidar com essas questões no ambiente escolar. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENID O_DICAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4 Para ler e usar as dicas no dia a dia na escola, clique nos itens a seguir. Dica 1 • Discuta mais sobre o cérebro, o comportamento, o desenvolvimento físico e emocional de adolescentes e jovens nas reuniões de planejamento da escola. • Acesse pesquisas, consulte especialistas, troque ideias com os colegas sobre esse tema. http://fazsentido.org.br/wp- content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENIDO_DICAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENIDO_DICAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1835#collapse1 http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf • Coloque um mural ou uma caixa de sugestões na entrada da escola e peça aos estudantes para colocarem ali os nomes das séries que assistem, dos @youtubers que seguem, dos livros que gostam de ler, dos @sites e redes sociais que utilizam, além dos temas que gostam de discutir, entre muitas outras coisas que possam ajudar você, professor, a entender melhor esse universo. Dica 2 • Dedique tempo a conhecer cada um dos seus estudantes: quais as suas características mais marcantes, seus interesses, as condições em que vivem, seus talentos e dificuldades, seus sonhos e receios. • Para ajudar, comece o ano letivo com uma semana de acolhimento, em que essas informações são levantadas por meio de atividades realizadas por cada um dos professores, ou divida os estudantes entre os vários adultos da escola, para que todos possam ser acompanhados mais de perto por um adulto de referência. • O conselho de classe também pode ser um ótimo espaço para trocar impressões e entender o que se passa com cada um deles, a partir dos olhares dos diversos professores. Dica 3 • Não é tarefa fácil saber lidar com as mudanças de humor, as ações intempestivas, a eventual apatia e os questionamentos de adolescentes e jovens. Vale lembrar que o desenvolvimento intelectual deles se processa mais rápido do que o desenvolvimento emocional e por isso, muitas vezes, não conseguem controlar os seus impulsos, apesar de terem conhecimento sobre as consequências. • Para ajudá-los, não leve suas provocações para o lado pessoal. Cabe aos adultos manter a estabilidade do ambiente, ajudar os estudantes a pensar sobre suas atitudes e dar a chance para que aprendam com seus erros. Dica 4 • A qualidade da relação com os professores e os demais profissionais da escola tem influência direta no comportamento e na aprendizagem dos estudantes. Adolescentes e jovens costumam se ressentir quando não são recebidos com um cumprimento, quando os adultos parecem não notá-los ou se importar com eles, quando se sentem invisíveis ou desrespeitados. • Ainda que seja quase impossível saber o nome de todo mundo ou parar para conversar com cada um deles, tente ser caloroso. • De vez em quando, abra espaço durante a aula para conversar sobre questões latentes. Procure saber o que está se passando com aqueles que apresentam comportamento diferente do normal. • Lembre-se, você pode fazer toda a diferença em um momento importante da vida desses garotos e garotas. Dica 5 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1835#collapse2 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1835#collapse3 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1835#collapse4 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1835#collapse5 • Costuma-se dizer que a escola tem a cara dos seus gestores e professores. Em última instância, os adolescentes e jovens olham para vocês em busca de exemplos a serem seguidos. • Portanto, é importante que você pense sobre as suas atitudes e sobre as palavras que dirige aos seus estudantes. o Elas refletem aquilo que você quer que os seus alunos espelhem? o Você oferece atenção na mesma medida em que deseja atenção? o Se dirige a eles no mesmo tom de voz com que gostaria que eles se dirigissem a você? o Interessa-se por eles e por seu trabalho diário do mesmo jeito que gostaria que eles se engajassem com você e com suas aulas? o Aprecia e confia neles como gostaria que eles gostassem e confiassem em você? • Professores não precisam ser amigos dos estudantes, mas precisam demonstrar que veem sentido na sua profissão, assim como desejam que os estudantes vejam sentido na escola. Adolescentes e jovens e a escola Abertura: estudantes e professores Neste tema, vamos entender melhor a relação dos adolescentes e dos jovens com a escola; como eles veem a escola que têm e como gostariam que ela fosse. Para começar, assista ao vídeo com os estudantes Caio Sampaio de Vasconcelos, Carolina Henrique Mendes, Melissa da Costa Romano e Nathan Olivares da Silva sobre a escola. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/033_RODA_DE_ALUNO S_02.mp4 Agora, assista ao vídeo com a professora Carolina Stefano, o professor Sérgio Bauchiglione, a professora coordenadora Vanessa Rezende Souza e a diretora Paula Soares dos Santos e veja o que eles falam sobre esse tema. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/033_RODA_DE_ALUNOS_02.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/033_RODA_DE_ALUNOS_02.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/042_RODA_DE_PROFES SORES_2.mp4 Adolescentes e jovens e a escola A voz dos especialistas Agora, assista ao vídeo com Anna Penido, especialista em educação, que fala sobre a relação dos adolescentes e jovens com a escola. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/007_ANNA_PENIDO_REL A%C3%87%C3%83O_COM_A_ESCOLA.mp4 Para completar o quadro, assista a este outro vídeo com a neuropsicóloga Adriana Foz e os psicólogos Darlene Ferraz Knoener, Gabriel Medina de Toledo e Gisele Alves Mizuta e confira o que dizem os especialistas: http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/038_RODA_DE_ESPECIAL ISTAS_2.mp4 Adolescentes e jovens e a escola Sobre a escola http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/042_RODA_DE_PROFESSORES_2.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/042_RODA_DE_PROFESSORES_2.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/007_ANNA_PENIDO_RELA%C3%87%C3%83O_COM_A_ESCOLA.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/007_ANNA_PENIDO_RELA%C3%87%C3%83O_COM_A_ESCOLA.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/038_RODA_DE_ESPECIALISTAS_2.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/038_RODA_DE_ESPECIALISTAS_2.mp4 Você viu nos vídeos com os estudantes, os professores e os especialistas um quadro geral sobre a escola atual e o que os adolescentes e os jovens querem que ela seja para se tornar mais atraente para eles. Esses desejos também estão relacionados ao cenário atual em que os adolescentes e os jovens vivem. Sabemos que a internet, as redes digitais, as mídias sociais e os dispositivos móveis, como smartphones e tablets, revolucionaram a forma como as pessoas se comunicam, se relacionam, organizam e consomem informação. Antes, a produção e a distribuição da informaçãoeram um poder exclusivo dos meios de comunicação, da indústria cultural e das organizações privadas e governamentais, que emitiam e veiculavam seus pontos de vista. Agora, com a disseminação do acesso às tecnologias digitais da informação e da comunicação (TDICs), esse poder também está na mão da sociedade. A forma de produzir, distribuir e consumir informação mudou radicalmente. Multiplicaram-se as fontes de informação, as pessoas estão conectadas e interagem em tempo real, têm autonomia para produzir e compartilhar seus próprios conteúdos e escolher o que consomem. Os adolescentes e os jovens que nasceram nesse contexto digital, a partir do começo do século XXI, convivem e utilizam essas tecnologias o tempo todo. Dessa forma, seu desenvolvimento, sua sociabilidade e seu acesso a atividades culturais, educação ou trabalho, por exemplo, ocorrem de forma muito diferente daqueles de seus pais e avós, que tinham acesso a veículos tradicionais como jornal, rádio e televisão. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 22-23) Para contextualizar a escola neste novo cenário em que nasceram e vivem os adolescentes e jovens, algumas organizações realizaram pesquisas em busca de respostas sobre a escola em que eles estudam atualmente e a escola que querem. Agora, vamos ver um recorte dessas pesquisas! Adolescentes e jovens e a escola A escola atual e a escola desejada A escola atual e a escola desejada O portal Porvir, por exemplo, realizou a pesquisa nacional Nossa Escola – Relatório 2019, com adolescentes e jovens de 11 a 21 anos, com a seguinte distribuição por faixa etária: http://porvir.org/ http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100561&pageid=1843 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100561&pageid=1843 A escola que os adolescentes e jovens têm Para avaliar a escola atual ou a última em que estudaram, os participantes foram convidados a dar uma nota de 1 (Tá tenso) a 5 (Tá tranquilo, tá favorável) para 11 itens. Veja a média de notas para 6 desses itens. A escola que adolescentes e jovens querem Os participantes da pesquisa foram estimulados a pensar em dois tipos de escola, a que os faria aprender mais e a que os faria mais felizes. Para cada uma dessas escolas dos sonhos, eles imaginaram seis aspectos: o foco da escola, os conteúdos, a organização curricular, o jeito de aprender, os recursos educacionais tecnológicos e o jeito da sala de aula. Cada aspecto foi desdobrado em vários subaspectos relacionados ao tema. http://porvir.org/ PORVIR. Nossa Escola - Relatório 2019. Disponível em: http://porvir.org/nossaescolarelatorio. Acesso em: 2 jul. 2019. http://porvir.org/ http://porvir.org/nossaescolarelatorio Sabemos que os estudantes são singulares e, portanto, não aprendem da mesma maneira. Veja, por exemplo, como eles responderam sobre: Aprender Aprendem mais 23% com aulas teóricas. 21% fazendo projetos práticos. 20% interagindo com a comunidade. 14% estudando sozinho. 9% fazendo trabalhos em grupo. Ficariam mais felizes 22% fazendo projetos práticos. 20% estudando sozinho. 19% assistindo aulas teóricas. 15% interagindo com a comunidade. 11% trabalhando em grupo. As demais porcentagens estão pulverizadas em outras opções de respostas. Sala de aula http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100561&pageid=1843#collapse1 Aprendem mais 20% com ambientes e móveis fossem variados, com puffs, bancadas, almofadas e sofás. 19% quando as carteiras são organizadas em pequenos grupos. 18% quando podem usar outros ambientes internos e externos à escola. 13% quando podem mudar a arrumação das carteiras de acordo com a aula. 12% em salas de aula com carteiras enfileiradas. 24% com ambientes e móveis fossem variados, com puffs, bancadas, almofadas e sofás. 20% quando as carteiras são organizadas em pequenos grupos. 14% quando podem usar outros ambientes internos e externos à escola. 12% quando podem mudar a arrumação das carteiras de acordo com a aula. 11% em salas de aula com carteiras enfileiradas . As demais porcentagens estão pulverizadas em outras opções de respostas. Tecnologia Aprendem mais 27% com o uso de ferramentas de pesquisa on-line. 14% com games ou jogos educativos. 14% com robótica e da programação. Ficariam mais felizes 23% com o uso de ferramentas de pesquisa on-line. 19% com games ou jogos educativos 13% com robótica e da programação. As demais porcentagens estão pulverizadas em outras opções de respostas. Para consultar os resultados completos destes aspectos destacados e ver os resultados dos outros três (foco da escola, conteúdos e organização curricular), acesse a pesquisa no site do Porvir. Sobre os professores e a estrutura física A pesquisa também perguntou aos participantes quais as características dos professores que eles mais valorizam e o que não pode faltar em termos de estrutura física na escola que querem. Características mais valorizadas do professor Estrutura física (*) Nestas questões, os participantes puderam escolher duas características do professor e três opções relacionadas à estrutura física da escola. (Fonte: Nossa Pesquisa – Relatório 2019 – Porvir) Adolescentes e jovens e a escola A escola de Ensino Médio A escola de Ensino Médio O movimento Todos pela Educação, também fez uma pesquisa nacional, chamada Repensar o Ensino Médio. Mais específica, esta pesquisa foi feita entre setembro e outubro de 2016 com adolescentes e jovens de 15 a 19 anos que estão no Ensino Médio. Um dos propósitos da pesquisa era colher informações sobre a percepção que eles têm da escola. Visão sobre a escola de Ensino Médio Os resultados mostram que os estudantes do Ensino Médio estão atentos ao que a escola oferece, em termos de infraestrutura, ensino e valores, e à atuação dos professores. O que se percebe, pelos resultados, é que a escola que os jovens https://www.todospelaeducacao.org.br/ TODOS PELA EDUCAÇÃO. Repensar o Ensino Médio, 2017. Disponível em:https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/pesquis a-ensino-medio-o-que-querem-os-jovens. Acesso em: 2 jul. 2019. https://www.todospelaeducacao.org.br/ http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100561&pageid=1845 https://www.todospelaeducacao.org.br/ https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/pesquisa-ensino-medio-o-que-querem-os-jovens https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/pesquisa-ensino-medio-o-que-querem-os-jovens querem devem ter segurança, boa infraestrutura e professores assíduos, além de ser inclusiva para garantir educação de qualidade. Atributos mais relevantes da escola Os estudantes também se posicionam em relação aos atributos que consideram menos satisfatórios da escola. Além de fatores externos, consideram que o seu próprio comprometimento e comportamento nas aulas também podem comprometer a qualidade da escola. Com isso, indicam uma visão de que a educação de qualidade é um compromisso de todos da comunidade escolar. Atributos menos satisfatórios da escola Visão sobre o professor de Ensino Médio Em relação aos professores, os estudantes consideram como atributos mais relevantes e mais satisfatórios dos professores, aspectos como a paixão pela profissão, a persistência diante das dificuldades dos estudantes, a postura para exigir comprometimento dos estudantes e o foco na preparação para o vestibular, entre outros. Atributos mais relevantes Atributos mais satisfatórios Os estudantes consideram que entre os atributos menos satisfatórios dos professores estão aqueles relacionados principalmente à dinâmica em sala de aula e utilização de recursos e estratégias pedagógicas que estimulem o interesse na aprendizagem, a preparaçãopara o vestibular e a curiosidade. Atributos menos satisfatórios Saiba mais! Para saber mais sobre a escola que os adolescentes e os jovens têm e a que eles querem, consulte também os materiais a seguir. • As causas da evasão e do abandono escolar • Pesquisa Projeto de Vida Adolescentes e jovens e a escola Dicas práticas http://gesta.org.br/tema/engajamento-escolar/#fatores https://fundacaolemann.org.br/materiais/projeto-de-vida http://gesta.org.br/tema/engajamento-escolar/#fatores https://fundacaolemann.org.br/materiais/projeto-de-vida http://gesta.org.br/tema/engajamento-escolar/#fatores https://fundacaolemann.org.br/materiais/projeto-de-vida Agora, assista ao vídeo a seguir com Anna Penido, que traz dicas práticas sobre essas questões. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/006_ANNA_PENIDO_RE LACAO_COM_A_ESCOLA_DICAS.mp4 Para ler e usar as dicas no dia a dia na escola, clique nos itens a seguir. DICA 1 • Qual foi a última vez que você escutou os seus estudantes sobre o que está funcionando e o que pode melhorar na sua escola ou sala de aula? Quando pensou em perguntar para eles o que não funcionou naquela atividade que você planejou com tanto cuidado, mas não deu o resultado esperado? • Realize uma roda de conversa para entender como eles aprendem melhor, o que pensam e querem da escola. Se achar que vale a pena, faça mais de uma roda ou até mesmo uma assembleia, mas estabeleça como regra que todas as críticas devem vir acompanhadas de sugestões de melhoria. • Você pode se surpreender com as ideias da garotada. DICA 2 • a escola ou sala de aula provavelmente tem deficiências de infraestrutura que você não consegue resolver sem apoio da Secretaria de Educação. Mas o que seria possível fazer para torná-la um espaço mais acolhedor e vibrante para adolescentes e jovens? • Envolva os próprios estudantes na elaboração de projetos de melhoria dos ambientes da escola com investimentos de baixo custo, seja como atividade do seu componente curricular, seja na forma de um concurso voltado para toda a escola. • Proponha que cada turma fique responsável por cuidar de um espaço da escola, e todo mês incentive a comunidade escolar a votar naquele que estiver mais bem cuidado. DICA 3 • Existem muitas razões para que você não invista em atividades pedagógicas mais práticas, como falta de tempo, recursos, capacitação, apoio. • Mas existe uma razão fundamental para que você vá em frente apesar dos obstáculos: garantir mais engajamento e, consequentemente, mais aprendizagem para os estudantes. • Para isso, comece fracionando o seu tempo de aula para intercalar exposição teórica com exercícios, discussões, jogos ou outras atividades mais interativas, de preferência variando a disposição das carteiras na sala de aula. • Quando estiver se sentindo mais confiante, tente realizar projetos mais robustos, envolvendo os estudantes no desafio de criar, produzir ou resolver problemas concretos, sempre que possível, utilizando outros espaços da escola e da comunidade. DICA 4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/006_ANNA_PENIDO_RELACAO_COM_A_ESCOLA_DICAS.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/006_ANNA_PENIDO_RELACAO_COM_A_ESCOLA_DICAS.mp4 • Se o ambiente está tenso e os conflitos estão aumentando, crie combinados de convivência da escola de forma bem participativa e ainda peça aos estudantes para desenvolverem uma bela campanha de mobilização para divulgá-los para toda a escola. • Peças de teatro, vídeos feitos com celular, cartazes publicitários, intervenções criativas na hora do recreio, concursos de música podem ser algumas das peças de comunicação e conscientização criadas pela própria garotada. • Também vale criar um conselho de mediação, formado por representantes dos diferentes segmentos da comunidade escolar, para dialogar com aqueles que não respeitarem os acordados coletivos, tentando entender por que descumpriram os combinados e dando oportunidade para que possam rever suas atitudes, inclusive solucionando alguns problemas que tenham provocado. DICA 5 • Para conhecer ainda mais os seus estudantes, aproveite aquela primeira semana de acolhimento para, além de levantar as características pessoais de cada um, também coletar informações sobre seu nível de aprendizagem e como eles acham que aprendem melhor. • De posse desses dados, organize uma reunião de Conselho de Classe para compartilhar a situação de cada estudante e planejar atividades de nivelamento, práticas pedagógicas mais diversificadas e estratégias de acompanhamento para evitar que alguém seja deixado para trás. • Nesse caso, convide os adolescentes e jovens mais avançados para apoiar colegas com mais dificuldade. Adolescentes e jovens e seus desafios Abertura: estudantes e professores Neste tema, vamos conhecer os desafios que os adolescentes e os jovens enfrentam na escola, desde a motivação para aprender e as dificuldades de aprendizagem até as dificuldades emocionais próprias da idade e as vulnerabilidades sociais, econômicas e culturais. Para começar, assista ao vídeo com os estudantes Caio Sampaio de Vasconcelos, Carolina Henrique Mendes, Melissa da Costa Romano e Nathan Olivares da Silva e veja como eles falam sobre essas questões. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/034_RODA_DE_ALUNO S_03.mp4 Agora, assista ao vídeo a professora Carolina Stefano, o professor Sérgio Bauchiglione, a professora coordenadora Vanessa Rezende Souza e a diretora Paula Soares dos Santos e veja como eles tratam desse tema. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/043_RODA_DE_PROFES SORES_3.mp4 Adolescentes e jovens e seus desafios A voz dos especialistas Agora, assista ao vídeo com Anna Penido, especialista em educação, que fala sobre estas questões. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/009_ANNA_PENIDO_VU NERABILIDADES.mp4 Para completar o quadro, assista a este outro vídeo com a neuropsicóloga Adriana Foz e os psicólogos Darlene Ferraz Knoener, Gabriel Medina de Toledo e Gisele Alves Mizuta e confira o que dizem os especialistas. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/039_RODA_DE_ESPECI ALISTAS_3.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/034_RODA_DE_ALUNOS_03.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/034_RODA_DE_ALUNOS_03.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/043_RODA_DE_PROFESSORES_3.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/043_RODA_DE_PROFESSORES_3.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/009_ANNA_PENIDO_VUNERABILIDADES.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/009_ANNA_PENIDO_VUNERABILIDADES.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/039_RODA_DE_ESPECIALISTAS_3.mp4 http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/039_RODA_DE_ESPECIALISTAS_3.mp4 Adolescentes e jovens e seus desafios Sobre os desafios Os vídeos nos mostram um painel sobre diversos desafios e dificuldades que os adolescentes e os jovens enfrentam no dia a dia na escola. Sabemos que a escola é um lugar de encontros, conflitos e formação de vínculos, por isso, pode ser tanto um ambiente de reprodução de preconceitos e discriminações como um espaço privilegiado para reconhecer, respeitar e valorizar as diferenças. É fundamental que gestores e educadores reconheçam e entendam o contexto social, cultural e as singularidades dos estudantes para que a escola se torne um ambiente de diálogo, inclusão, aprendizagem e formação da cidadania. Para conhecer um pouco mais essa discussão, acesse os itens sobre os temas a seguir, extraídos dos estudos realizados pelo Projeto Faz Sentido. Caso queira se aprofundar, consulte a íntegra dos materiais nos links do Saiba mais. Desigualdade, diversidade e equidade Desigualdade A desigualdade social se mostra nas dinâmicas e nas relações da nossa sociedade que limitam ou prejudicam determinado grupo ou círculo de pessoas. Porexemplo: acesso desigual à escolaridade e à renda, disparidades regionais e entre campo e cidade (bairros periféricos e bairros centrais), tratamento diferente entre homens e mulheres. A desigualdade também está diretamente ligada à falta de liberdade. É o que acredita o indiano Amartya Sem, professor de economia e filosofia. Ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1998, é um dos idealizadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e fundador do Instituto Mundial de Pesquisa em Economia do Desenvolvimento (Universidade da ONU). Para ele, a desigualdade faz com que alguns indivíduos não tenham a oportunidade de desenvolver suas capacidades; e isso acaba por influenciar em sua renda e seu espaço na sociedade. http://fazsentido.org.br/referencias/ http://fazsentido.org.br/referencias/ http://fazsentido.org.br/referencias/ Diversidade É o conjunto de diferenças e valores compartilhados pelos seres humanos na vida social. A diversidade mostra que as pessoas não são iguais entre si. Cada um tem sua bagagem, sua história e suas experiências, que devem ser igualmente respeitadas. Somos diversos! Em gênero, etnia, religião, orientação sexual e também características físicas, emocionais e cognitivas, entre outras dimensões. Muitas vezes a diferença é vista como problemática ou inadequada diante dos padrões estabelecidos por determinado grupo social ou cultural dominante. Isso faz com que alguns grupos sejam inferiorizados, o que gera discriminação, preconceito e intolerância, e atrapalha o desenvolvimento e o relacionamento entre as pessoas. Não aceitar e não compreender a diversidade pode levar à violência e à exclusão social. Equidade Equidade é uma forma de buscar a igualdade considerando que nem todos têm as mesmas oportunidades. A desigualdade social é muito presente no Brasil, e por isso cada um parte de um lugar muito diferente. Uma abordagem inclusiva parte do princípio de que o normal é ser diferente; e de que ser diferente é normal. As práticas escolares inclusivas não implicam um ensino adaptado para alguns estudantes, mas sim um ensino diferente para todos. Dessa forma, é possível garantir que todos os estudantes tenham condições de aprender, segundo suas próprias capacidades, sem discriminações e adaptações. Isso não significa ignorar necessidades específicas que possam interferir no processo de aprendizagem, e sim saber quando e como usar recursos e apoios especializados para assegurar que todos aprendam. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Diversidade, equidade e inclusão na escola, p. 27-33) Vulnerabilidade juvenil no Brasil Violência, desemprego, gravidez indesejada, falta de acesso a atividades culturais – os jovens são destaque em todas essas estatísticas (ABRAMOVAY; GARCIA, 2006). Em 2002, a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE São Paulo) criou os Índices de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ). No início, os cenários analisados eram: exposição dos jovens a deficiências educacionais, morte por homicídio e maternidade precoce. Ao longo dos anos, novas versões foram elaboradas, ampliando a escala de estadual para nacional e incluindo outros fatores vulnerabilizantes no cálculo, como dados de desigualdade racial. http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853 O Índice de Vulnerabilidade Juvenil é um indicador que agrega dados relativos às dimensões consideradas chave na determinação da vulnerabilidade dos jovens à violência, como taxa de frequência à escola, escolaridade, inserção no mercado de trabalho, taxa de mortalidade por homicídios e por acidentes de trânsito. Serve como norteador das políticas públicas de juventude, parcela da população mais afetada pela violência no Brasil (Portal da Juventude – Secretaria Nacional da Juventude). O IVJ Violência de Desigualdade Racial passou a ser realizado a partir de 2014, por meio de parceria entre a SNJ e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Classifica as Unidades da Federação em quatro dimensões: violência entre os jovens, frequência à escola e situação de emprego, pobreza do município e desigualdade. Para o cálculo da violência entre os jovens foi incorporada a variável risco relativo, que considera as diferenças de mortalidade entre jovens brancos e negros no Brasil. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 189-191) Violência Um tema recorrente, tanto entre adolescentes quanto entre profissionais que atuam com adolescentes, é a questão da violência. Violências de todos os tipos marcam esse universo dentro e fora da escola. Em alguns casos, o próprio lar é um ABRAMOVAY e GARCIA, 2006 - Caleidoscópio das Violências nas Escolas, de Miriam Abramovay e Mary Garcia Castro. Brasília: Missão Criança, 2006. Disponível em: http://docplayer.com.br/26668936-Caleidoscopio-das- violencias-nas-escolas.html. Acesso em: 4 jul. 2019. Índice de Vulnerabilidade Juvenil É um indicador que agrega dados relativos às dimensões consideradas chave na determinação da vulnerabilidade dos jovens à violência, como taxa de frequência à escola, escolaridade, inserção no mercado de trabalho, taxa de mortalidade por homicídios e por acidentes de trânsito. Serve como norteador das políticas públicas de juventude, parcela da população mais afetada pela violência no Brasil (Portal da Juventude – Secretaria Nacional da Juventude). http://docplayer.com.br/26668936-Caleidoscopio-das-violencias-nas-escolas.html http://docplayer.com.br/26668936-Caleidoscopio-das-violencias-nas-escolas.html local onde a violência atinge diversos níveis. O entorno também contribui para esse quadro, já que muitos adolescentes vivem em locais vulneráveis. Segundo o autor do livro Age of Opportunity, Lawrence Steinberg, o que melhor explica o fato de existirem índices tão altos de criminalidade entre adolescentes é a busca pela recompensa imediata, o que os leva a diversas situações de risco. Sem reflexão ou orientação, essa sensação de poder acaba se desviando em dominação pelo medo, criando relações e dinâmicas de violência. Dentro da escola, o bullying é uma realidade frequente. Diferentes níveis de desenvolvimento marcam a adolescência. Há meninos e meninas que se desenvolvem fisicamente antes de outros, ou possuem mais ou menos facilidade de aprendizado do que os outros, abrindo espaço para o sentimento de que alguns são “maiores” ou “mais desenvolvidos e inteligentes” do que outros. Sem reflexão ou orientação, essa sensação de poder acaba se desviando em dominação pelo medo, criando relações e dinâmicas de violência. A observação por parte dos adolescentes de que são diferentes entre si, em oposição ao desejo de identificação com o grupo e com padrões midiáticos, também gera sofrimento e reações violentas. A sensação de que não são tão bonitos, inteligentes, desejados e amados pelos outros e de que estão fora do padrão faz com que sintomas de depressão sejam aparentes entre os adolescentes. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 123-125) Bullying e tipos de violência Bullying – O bullying é a prática repetida, por longo prazo, de ações violentas entre pares, incluindo todos os tipos de violência – física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Quem faz bullying em geral está em uma condição desigual de poder em relação à vítima. Isso pode estar relacionado a popularidade, força ou estatura física, competência social, extroversão, inteligência, idade, sexo, etnia e status socioeconômico (PEREIRA e WILLIAMS, 2010). Conheça os detalhes desses 5 tipos de violência. • 1 STEINBERG, Lawrence. Age of opportunity: Lessons from the New Science of Adolescence. New York: Mariner Books, 2015. http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853Moral: Calúnia, difamação ou injúria. Exemplos: xingar, espalhar mentiras a respeito da pessoa, ofender sua dignidade... • 2 Psicológica: Atos que colocam em risco o desenvolvimento psicológico e emocional da pessoa, e que danificam sua autoestima, identidade ou desenvolvimento. Exemplos: insultos constantes, humilhação, desvalorização, chantagem, isolamento de amigos e familiares, ridicularização, manipulação afetiva, exploração, negligência, ameaças, privação da liberdade, confinamento doméstico. • 3 Sexual: Obrigar a pessoa, por meio de força física, coerção ou intimidação psicológica, a ter relações sexuais ou presenciar práticas sexuais contra a sua vontade. Exemplos: estupro (incluindo sexo forçado por meios físicos ou psicológicos no casamento), abuso incestuoso e assédio sexual, obrigar a mulher a se prostituir, fazer aborto ou usar anticoncepcionais contra a sua vontade. • 4 Física: Qualquer ato que prejudique a saúde ou a integridade do corpo da pessoa, com uso intencional da força física. Por exemplo: tapas, empurrões, socos, mordidas, chutes, queimaduras, cortes, estrangulamento, lesões por armas ou objetos, exigência de ingestão de medicamentos desnecessários ou inadequados, álcool, drogas ou outras substâncias, inclusive alimentos. • 5 Patrimonial, econômica ou financeira: Reter, subtrair ou destruir os bens pessoais de alguém, como seus instrumentos de trabalho ou estudo, documentos e valores, a residência onde vive e até mesmo animais de estimação. Também se aplica quando o agressor deixa de pagar pensão alimentícia ou participar nos gastos básicos para a sobrevivência da família. (Adaptado da Cartilha da campanha “Também é violência”, da ONG Artemis em parceria com a LUSH) (Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 195-196) STELKO-PEREIRA, Ana Carina; WILLIAMS, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque. Reflexões sobre o conceito de violência escolar e a busca por uma definição abrangente. In: Temas em Psicologia, vol. 18, n. 1, Ribeirão Preto, 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 389X2010000100005. Último acesso em: 22 mar. 2017. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2010000100005 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2010000100005 Discriminação Veja os dados apresentados por uma pesquisa realizada pela UNICEF/IBOPE 2013, com adolescentes e jovens. Quando perguntados se já se sentiram discriminados independentemente do ambiente, 14% dos entrevistados declararam que sim. Quando o dado da discriminação é recortado por cor/raça, fica claro que são os adolescentes pretos que mais sofreram discriminação racial on-line(46%). Ainda no universo limitado dos 6% que responderam ter sofrido algum tido de discriminação, encontramos como maior subgrupo (25%) o dos adolescentes que se sentiram discriminados por serem jovens. Outros 14% sentiram-se discriminados por serem pobres, 13% por serem negros e 11% se sentiram discriminados pelas roupas que usam. Quando perguntados em quem buscariam apoio caso sofressem alguma forma de violência na rede, 77% indicaram os pais; 9%, amigos; 6% denunciariam na própria web; 5%, a polícia; e 1%, educadores. (UNICEF/IBOPE 2013, 12 a 17 anos, ABC) Suicídio e automutilação Segundo a Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a 3ª causa de morte de adolescentes e jovens no mundo. (OMS, 2014) Suicídio em grupo Segundo a Organização Mundial de Saúde (2006), a divulgação de uma tentativa de suicídio ou um suicídio consumado pode levar a comportamentos de autodestruição em grupos de colegas ou comunidades semelhantes. Jovens que imitem o estilo de vida ou os atributos de personalidade do indivíduo suicida também podem ser afetados. O suicídio é a ação de acabar com a própria vida, um ato de violência da pessoa que o comete contra si mesma. https://www.who.int/es/news-room/detail/14-05-2014-who-calls-for-stronger-focus-on-adolescent-health Comportamento suicida • ideação suicida • tentativas de suicídio • suicídio consumado Conduta autolesiva • comportamentos de automutilação • cortar-se superficialmente • queimar-se • arranhar-se • beliscar-se (ROCHA, 2015) Automutilação Também chamada de conduta autolesiva ou autolesão não suicida, a automutilação pode ser entendida como uma tentativa de evitar o suicídio. É também uma forma de chamar a atenção das pessoas ao redor para um problema como depressão ou abuso. Segundo a professora e psicóloga clínica Gláucia Rocha, do Instituto de Psicologia da USP, os principais fatores de risco são: • predisposição genética • abuso e maus-tratos na infância • desaprovação e hostilidade familiar 13,9% dos jovens de 16 e 17 anos registrados no atendimento do SUS por violência foram vítimas de autoagressão. É a faixa etária com o maior índice registrado entre todas as crianças, adolescentes e jovens. (Violência Letal: Crianças Adolescentes do Brasil) (Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 207 e 209) https://www.who.int/es/news-room/detail/14-05-2014-who-calls-for- stronger-focus-on-adolescent-health ROCHA, Gláucia Mitsuko Ataka da. Condutas autolesivas: uma leitura pela Teoria do Apego. In: Revista Brasileira de Psicologia, vol. 3, n. 1, 2015. Disponível em: http://docplayer.com.br/17723794-Condutas-autolesivas- uma-leitura-pela-teoria-do-apego.html. Último acesso em: 12 jul. 2019. http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853 https://www.who.int/es/news-room/detail/14-05-2014-who-calls-for-stronger-focus-on-adolescent-health https://www.who.int/es/news-room/detail/14-05-2014-who-calls-for-stronger-focus-on-adolescent-health http://docplayer.com.br/17723794-Condutas-autolesivas-uma-leitura-pela-teoria-do-apego.html http://docplayer.com.br/17723794-Condutas-autolesivas-uma-leitura-pela-teoria-do-apego.html Multicausalidade do abandono e da evasão A evasão e o abandono escolar são multicausais e acontecem por diversos fatores, que ultrapassam os muros da escola. Uma série de obstáculos impede que todas as crianças, adolescentes e jovens estejam nas salas de aula. Depois de matriculados, os estudantes também enfrentam desafios para ter assegurado o direito de permanecer na escola, progredir nos estudos e concluir toda a educação básica na idade certa. As barreiras podem ser socioculturais e econômicas, estar vinculadas à oferta educacional ou ainda ter como pano de fundo questões políticas, financeiras e técnicas. Contexto: Fatores externos Impedimentos e fatores fora do âmbito escolar que colaboram para a evasão e o abandono. • Acesso limitado • Pessoa com deficiência • Gravidez e maternidade • Mercado de trabalho • Pobreza • Violência Motivação: fatores internos Estudantes que encontram impeditivos na escola e optam sair de forma racional. • Déficit de aprendizagem • Significado • Flexibilidade • Qualidade da educação • Clima escolar • Percepção da importância • Desafios emocionais Viver situações de discriminação, opressão e violência no ambiente escolar pode “empurrar” os jovens para fora da educação formal. Deixar a escola passa a ser uma maneira de fugir da violência e da falta de pertencimento. Essa é uma das formas com que a desigualdade se relaciona com a evasão e o abandono escolar. Números Em 10 anos, aumentou a porcentagem de jovens que concluem o Ensino Médio na idade certa – até os 17 anos –, passando de 5%, em 2004, para 19%, em 2014. Os dados estão em um estudo do Instituto Unibanco, feito com base nos últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos deixaram a escola sem concluir os estudos. Desses, 52% não concluíram sequer o Ensino Fundamental. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Diversidade, equidade e inclusão na escola, p. 101- 102 e 104-105) Desafiosdo ensino noturno Quando o acesso ao Ensino Médio foi ampliado, na década de 1990, grande parte dos estudantes foi alocada no período noturno (CORTI, 2015). Dados mostram que 6 em cada 10 estudantes matriculados no Ensino Médio em 1996 frequentavam a escola à noite. O Ensino Médio noturno tem um papel fundamental na garantia do direito à educação para estudantes que não podem frequentar as aulas no período diurno, seja porque trabalham ou por outros motivos. Ao mesmo tempo, não há dados e pesquisas que comprovem a capacidade da rede pública em atender a demanda pelo Ensino Médio exclusivamente no turno diurno. A grande questão é: quais são as consequências de ter tantos estudantes no horário noturno? A pesquisadora Daniela Maria Schmitz (2011) ressalta que, durante o período noturno, tanto professores quanto estudantes estão cansados demais, por terem trabalhado durante o dia. Uma série de indicadores educacionais mostra que os estudantes desse turno encontram limites para se familiarizar com os conhecimentos e competências apreendidos durante sua passagem pela escola. As pontuações obtidas pelos estudantes do curso diurno de Ensino Médio no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) são em média 24,5 pontos maiores do que as de quem frequenta aulas à noite. Enquanto a taxa de distorção idade/série é de 33% na rede pública do ensino médio, olhando separadamente para cada turno, chega-se à taxa de 23% dos estudantes diurnos e 53% dos noturnos. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Diversidade, equidade e inclusão na escola, p. 96-97) CORTI, 2015 - Tese de Doutorado de Ana Paula Corti, Título: À deriva. Um estudo sobre a expansão do ensino médio no estado de São Paulo (1991-2003), Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde- 07122015-101630/pt-br.php. Acesso em: 4 jul. 2019 SCHMITZ, Daniela Maria. Dissertação de mestrado, Título: O trabalho docente no Ensino Médio em escolas públicas estaduais catarinenses: entre o discurso oficial e a materialidade. Tubarão: Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina, 2011. Disponível em: http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp- content/uploads/2013/10/Daniela-Maria-Schmitz.pdf. Acesso em: 4 jul. 2019. http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853 http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853 http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-07122015-101630/pt-br.php http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-07122015-101630/pt-br.php http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2013/10/Daniela-Maria-Schmitz.pdf http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2013/10/Daniela-Maria-Schmitz.pdf O desafio do celular e das mídias digitais O principal suporte tecnológico dos adolescentes inseridos no mundo digital e com acesso a alguns dispositivos é o celular. Mais até do que o computador, o celular é o principal meio de trocas instantâneas, acesso a redes sociais, acesso à internet, produção de fotos, vídeos e de consumo musical. Trocas instantâneas Quando o assunto é tecnologia, o contato com os adolescentes deixa claro o uso intensivo de aplicativos de conversas e trocas instantâneas, com destaque para o WhatsApp. Mais ainda que o Facebook, o WhatsApp ganha força entre adolescentes justamente pelo imediatismo da troca de mensagens, vídeos, áudios e fotos. O fato de os pais estarem no Facebook e não necessariamente nos grupos de WhatsApp dos filhos contribui também para a preferência ao WhatsApp. A troca de imagens, textos e vídeos: por trás de tudo isso está a troca de momentos e instantes de vida. Trata-se de uma geração que compartilha constantemente suas experiências produzindo efeitos tanto positivos (colaboração, empatia, conexão) quanto negativos (exibicionismo, competição, individualismo). Exposição e privacidade em xeque A troca de experiências vem acompanhada de uma enxurrada de selfies. Trata-se de um comportamento comum de várias faixas etárias que se manifesta com força também entre os adolescentes. Assim como vivem o exibicionismo das selfies, eles vivem a mobilização social por meio de hashtags comprometidas. Por meio delas os adolescentes se aliam a movimentos ou criam os seus próprios. Apesar do amplo uso das ferramentas digitais para compartilhar momentos de vida e expressar opiniões, os adolescentes não necessariamente são cautelosos em relação à exposição excessiva ou controlam o que publicam nas redes. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 135 e 139) O desafio dos games Canais de games no YouTube estão na ponta da língua dos adolescentes, que sabem de cor o nome de uma lista de canais distintos. O número de assinantes desses canais impressiona, e os adolescentes são parte expressiva desse montante: • Rezendevil, 2,3 milhões; • Zangado, 2,2 milhões; • Cellbits, 900 mil. Mais do que simples entretenimento, os adolescentes encaram algumas formas de games como portas para o aprendizado, com destaque para o sucesso de Minecraft. Embora alguns jogos de grande sucesso estimulem a violência, tantos outros estimulam pensamento estratégico e contextualizam suas tramas em fatos históricos. Os jogos acessados remotamente e em grupo podem também ser uma possibilidade de aprender a trabalhar em equipe e estabelecer diálogo. A velocidade do processamento de informação, a realização de múltiplas tarefas e o envolvimento com mídias interativas apontam para um desafio importante na escolarização formal: ser atraente, envolvente, lúdica e dinâmica. (Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 141 e 146) Saiba Para saber mais sobre adolescentes e jovens no Brasil, e sobre os temas tratados acima, acesse a íntegra dos estudos a seguir, disponibilizados no site do Projeto Faz Sentido. • Adolescentes • Juventudes e Ensino Médio • Diversidade, equidade e inclusão na escola https://www.minecraft.net/pt-br/ http://fazsentido.org.br/ http://fazsentido.org.br/wp- content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf http://fazsentido.org.br/wp- content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentid o.pdf https://www.minecraft.net/pt-br/ http://fazsentido.org.br/ http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf https://www.minecraft.net/pt-br/ http://fazsentido.org.br/ http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf Adolescentes e jovens e seus desafios Dicas práticas Agora, assista ao vídeo a seguir com Anna Penido, que traz dicas práticas de como lidar com essas questões no ambiente escolar. http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/008_ANNA_PENIDO_VU NERABILIDADES_DICAS.mp4 Para ler e usar as dicas no dia a dia na escola, clique nos itens a seguir. DICA 1 • Entreviste as famílias para identificar as vulnerabilidades sociais e econômicas que afetam a vida dos estudantes. Para isso, utilize um roteiro de perguntas sugestivas, que permita à escola entender a causa de algumas das dificuldades de aprendizagem e comportamento que eles apresentam. • A estratégia ganha força se acompanhada de visitas a seus locais de residência. O processo pode ser realizado de forma mais aprofundada no momento de entrada do estudante na
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