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INOVA EDUCAÇÃO - TECNOLOGIA - FORMAÇÃO BÁSICA

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Olá! 
Com o objetivo de garantir a qualidade dos estudos e consequentemente 
o aproveitamento integral deste curso, utilizaremos uma configuração do 
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) que valide a leitura das páginas 
do curso. 
Estabeleceu-se este procedimento para que você consiga explorar vídeos, 
textos e links disponibilizados no decorrer do conteúdo de cada um dos 
módulos. 
A cada tela acessada, do lado esquerdo do monitor surgirá uma marcação 
em verde, indicando que você explorou aquele tema, conforme exemplo 
da imagem. 
 
 
 
 
 
Boas-vindas! 
 
Bem-vindo(a) ao curso Formação básica: Tecnologia. 
Em maio de 2019, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo 
(Seduc) lançou o programa Inova Educação com o propósito de oferecer 
novas oportunidades para todos os estudantes do Ensino Fundamental 
Anos Finais e do Ensino Médio. 
O programa visa a tornar a escola mais conectada com os sonhos e as 
atuais necessidades dos adolescentes e jovens, e apoiar os estudantes a 
desenvolver competências voltadas para o século 21. Ele traz inovações 
para que as atividades educacionais sejam mais alinhadas às vocações, 
desejos e realidades de cada um. E com isso: 
• promove desenvolvimento intelectual, emocional, social e cultural dos 
estudantes; 
• reduz a evasão escolar; 
• melhora o clima nas escolas; 
• fortalece a ação dos professores; 
• cria novos vínculos com os estudantes. 
 
Sobre o curso 
O Programa Inova 
O Programa Inova coloca os estudantes no centro do processo de aprendizagem, 
promovendo seu engajamento e protagonismo! Todas as inovações do Programa têm como 
referência marcos legais importantes, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), 
as Diretrizes Nacionais do Novo Ensino Médio e o Currículo Paulista (etapa do Ensino 
Fundamental em aprovação no Conselho Estadual de Educação e do Ensino Médio). 
 
 
 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ 
 
http://www.in.gov.br/materia/-
/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622
http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622
 
 
E qual é a grande inovação que esse projeto traz para as escolas? 
Todos os estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio 
terão três novos componentes no currículo: 
 
 
 
 
 
Projeto de vida 
Atividades e oficinas que apoiam o planejamento da vida escolar e pós-
escolar, com destaque à gestão do tempo, à organização pessoal, ao 
compromisso com a comunidade e à construção de perspectivas para o 
futuro. 
 
 
 
Eletivas 
Aulas escolhidas a cada semestre pelos estudantes a partir de um cardápio 
ofertado pela escola, adequado às possibilidades de oferta dos professores 
de cada unidade de ensino. 
 
 
Tecnologia 
Conceitos básicos nos eixos de cultura digital, pensamento computacional, 
cidadania digital e mundo digital para ensinar os estudantes a usar e a 
criar tecnologias do século 21 em seus próprios projetos. 
 
Como esses componentes se encaixam no horário escolar? 
Os tempos das aulas foram ajustados para 45 minutos. Assim, os novos 
componentes se encaixam ao longo do ano letivo. 
 
 
Para saber mais sobre o programa Inova clique aqui! 
 
Sobre o curso 
Curso de Formação básica 
Agora é hora de se preparar! Veja as informações gerais deste curso. 
Com carga horária de 30 horas, o curso Formação básica: Tecnologia está estruturado em 
quatro módulos: 
• Módulo 1: Adolescências e juventudes – módulo comum ao curso Formação básica: 
Eletivas e Formação básica: Projeto de Vida 
• Módulo 2: O componente Tecnologia 
• Módulo 3: Práticas e metodologias para o uso de tecnologias 
• Módulo 4: Conhecendo o cenário sobre o uso de tecnologia na escola 
Importante 
Antes de iniciar seus estudos, leia o regulamento para conhecer as regras de frequência, 
aproveitamento e certificação. 
http://inovaeducacao.escoladeformacao.sp.gov.br/ 
http://inovaeducacao.escoladeformacao.sp.gov.br/
http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/regulamentos/Regulamento_Inova_Educ_Tecnologia_municipios.pdf
http://inovaeducacao.escoladeformacao.sp.gov.br/
Caso tenha algum problema técnico acesse o Fale Conosco. 
Trata-se do primeiro passo de um processo mais amplo de formação que 
continuará nos próximos meses, inclusive com curso de aprofundamento 
sobre Tecnologia. Neste momento, a proposta é que você compreenda o 
que é o componente Tecnologia. Ao longo deste curso, você vai entender 
mais sobre como funciona na prática e o que embasa a sua criação. Em 
breve, na formação de aprofundamento, você saberá ainda mais detalhes 
sobre os conteúdos, materiais de apoio e ferramentas de avaliação. 
 
• Discutir os desafios da escola no mundo contemporâneo, relacionados 
aos temas das adolescências e juventudes. 
• Apresentar o componente curricular Tecnologia, no âmbito do 
programa Inova Educação. 
• Inspirar professores a utilizar recursos digitais por meio de 
metodologias que potencializem o ensino e a aprendizagem de forma 
inovadora. 
• Promover a reflexão e o engajamento ético e significativo do uso da 
Tecnologia no dia a dia. 
• Apresentar um cenário sobre o uso de tecnologia na escola. 
Ao final do curso, você terá de responder ao questionário de avaliação. 
Bons estudos! 
 
• Abertura do módulo 
 
• Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade 
 
Disponível se: A atividade Abertura do módulo esteja marcada como concluída 
• Adolescentes e jovens e a escola 
http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/contents/seguranca/HelpDesk/HDUsuario/Default.aspx?id_projeto=652&id_sistema=110&id_grupo_atendimento=113
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=100557
• Disponível se: A atividade Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade esteja 
marcada como concluída 
• Adolescentes e jovens e seus desafios 
Disponível se: A atividade Adolescentes e jovens e a escola esteja marcada como concluída 
• Adolescentes e jovens e suas potencialidades 
• Disponível se: A atividade Adolescentes e jovens e seus desafios esteja marcada como concluída 
 
 
 
Olá, professor(a)! Seja bem-vindo(a) ao Módulo 1 Adolescências e Juventudes! 
Neste módulo, nosso foco será entender um pouco mais os adolescentes e jovens 
que estão na escola, quais seus interesses, desafios, potencialidades e também 
como veem a escola em que estudam e a escola que desejam. 
Este módulo está organizado em quatro temas: 
• Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade. 
• Adolescentes e jovens e a escola. 
• Adolescentes e jovens e seus desafios. 
• Adolescentes e jovens e suas potencialidades. 
Para começar, assista ao vídeo com Anna Penido, especialista em educação, que 
apresenta o tema deste módulo. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/002_ANNA_PENID
O_APRESENTACAO_DO_MODULO.mp4 
 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/002_ANNA_PENIDO_APRESENTACAO_DO_MODULO.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/002_ANNA_PENIDO_APRESENTACAO_DO_MODULO.mp4
Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade 
Abertura: estudantes e professores 
 
Neste tema, vamos conhecer adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade. 
Isso significa entendermelhor características e mudanças que acontecem com eles 
nessa fase da vida, por meio das dimensões: 
 
 
Para começar, assista ao vídeo com os estudantes Caio Sampaio de Vasconcelos, 
Carolina Henrique Mendes, Melissa da Costa Romano e Nathan Olivares da Silva que 
falam sobre como se sentem e seus interesses. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/032_RODA_DE_AL
UNOS_01.mp4 
 
Agora, assista ao vídeo com a professora Carolina Stefano, o professor Sérgio Bauchiglione, 
a professora coordenadora Vanessa Rezende Souza e a diretora Paula Soares dos Santos 
e veja como eles observam o que acontece com os adolescentes e os jovens nessa fase. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/041_RODA_DE_PR
OFESSORES_1.mp4 
 
Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade 
A voz dos especialistas 
 
Agora, assista ao vídeo com Anna Penido, especialista em educação, falando sobre 
as multidimensões de desenvolvimento dos adolescentes e dos jovens nessa fase 
da vida. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENIDO_DI
CAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4 
 
Para completar o quadro, assista a este outro vídeo com a neuropsicóloga Adriana 
Foz e os psicólogos Darlene Ferraz Knoener, Gabriel Medina de Toledo e Gisele 
Alves Mizuta e confira a visão de especialistas sobre adolescentes e jovens. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/037_RODA_DE_E
SPECIALISTAS_1.mp4 
 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/032_RODA_DE_ALUNOS_01.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/032_RODA_DE_ALUNOS_01.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/041_RODA_DE_PROFESSORES_1.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/041_RODA_DE_PROFESSORES_1.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENIDO_DICAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENIDO_DICAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/037_RODA_DE_ESPECIALISTAS_1.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/037_RODA_DE_ESPECIALISTAS_1.mp4
Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade 
Sobre a multimensionalidade 
 
Os vídeos nos mostram um painel sobre diversos aspectos desses adolescentes e 
jovens que estão nas escolas nos dias de hoje. 
Para ampliar um pouco mais esse universo e nos localizar melhor nos conteúdos 
que serão mostrados nas próximas páginas deste curso, vamos apresentar a seguir 
algumas definições. 
O que significa adolescência? 
“Adolescere é uma palavra latina que significa crescer, desenvolver-se, tornar-se 
jovem.” 
Luisa Fernanda Habigzang, Eva Diniz, Sílvia H. Koller (2014) 
Mais que uma fase, a adolescência é um longo processo em que acontecem várias 
modificações físicas, psicológicas e sociais que podem se transformar em 
oportunidades para o desenvolvimento. Essa visão, ao superar o estigma que 
considera o adolescente como “aborrecente”, abre perspectivas construtivas sobre 
essa fase da vida. 
Segundo a pesquisa Adolescentes, realizada pelo Projeto Faz Sentido com 
adolescentes de 12 a 16 anos do Ensino Fundamental Anos Finais, 
“hoje, no Brasil, a maioria dos estudos realizados sobre os jovens estão deslocando 
o olhar de uma adolescência definida como uma fase caracterizada por mudanças 
físicas e hormonais para uma concepção mais voltada às características sociais e 
econômicas. Esse deslocamento tira, inclusive, a sua ênfase por limitações etárias”. 
HABIGZANG, Luísa Fernanda; DINIZ, Eva; KOLLER, Sílvia H. 
(org.). Trabalhando com adolescentes – Teoria e intervenção psicológica. 
Porto Alegre: Artmed, 2014. 
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1831
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf
http://fazsentido.org.br/
 
 
 
 
O que é ser jovem? 
Há uma série de fatores que influenciam na construção da juventude, mas todos 
eles estão relacionados especialmente a duas concepções complementares, 
definidas na pesquisa Juventudes e Ensino Médio, realizada pelo Projeto Faz 
Sentido: 
http://fazsentido.org.br/wp-
content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf 
 
Juventudes: o plural, que indica a multiplicidade de formas de ser jovem e a 
transversalidade de fatores como gênero, orientação sexual, raça/etnia, classe 
social, assim como o território em que vivem os jovens ou as configurações 
comunitárias nas quais são socializados. Pensar em juventudes significa 
compreender, por exemplo, que os desafios da jovem negra, do jovem indígena, 
de jovens refugiadas, de jovens quilombolas, de jovens dos centros urbanos ou de 
áreas rurais podem ser muito diversos entre si. 
 
 
Juventude: o singular, que dialoga com essas diferentes formas de viver a 
juventude, mas que define uma espécie de experiência comum do que é ser jovem. 
http://fazsentido.org.br/wp-
content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf 
http://fazsentido.org.br/ 
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf
http://fazsentido.org.br/
É necessário levar em conta as particularidades da condição juvenil, o que permite 
que os jovens, ainda que diferentes, se identifiquem como tal. 
 
Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade 
Discussão sobre o tema 
 
Agora, acesse os itens sobre os temas a seguir para obter mais informações sobre 
esse universo. Caso queira se aprofundar, consulte a íntegra dos materiais 
nos links do Saiba mais. 
 
1 
Perda do corpo infantil 
Muita ansiedade devido às transformações corporais a partir da puberdade. 
Reformulação de seus mundos interno e externo. Restrições familiares e sociais 
sem explicação e propósito chegam a causar retardo em seu crescimento e nas 
funções sexuais naturais próprias dessa fase. 
2 
Perda dos pais da infância 
Os pais, antes idealizados e supervalorizados, passam a ser alvo de críticas e 
questionamentos. O adolescente busca figuras de identificação fora do âmbito 
familiar. Nesta fase, se caracteriza a dependência/independência dos filhos em 
relação aos pais e vice-versa; identidade familiar substituída pela individual. 
3 
Perda da identidade e do papel socioemocional familiar 
Da relação de dependência natural segue-se uma confusão de papéis. Não é mais 
criança nem é ainda um adulto. Dificuldades em se definir na sua cultura. Anseia 
por independência, sente-se inseguro, temeroso, apoia-se no grupo, distancia-se 
dos pais permitindo novas identificações. 
 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 73) 
 
 
 
• 1 
Adolescência é ter mais maturidade e responsabilidades. 
• 2 
Expectativa de ter mais liberdades e experimentar coisas que ainda não 
experimentou. 
• 3 
Etapa da vergonha, mais proximidade com crianças. Adultos são seres 
estranhos. 
• 4 
Mais resguardados pelos pais, que cobram e acompanham mais na escola. 
 
 
• 1 
Se veem encrencados quando têm que ir para a diretoria. 
• 2 
Mais casa e escola (amigos na escola); menos autonomia para saírem 
sozinhos. 
• 3 
Adolescência é ter rebeldia e experimentar o máximo possível. 
• 4 
Destemidos, não temem mais diretoria, professores ou pais. Já testaram 
muitos limites. 
• 5 
Aceitam mais facilmente os limites, contestam menos. 
• 6 
Quanto mais lúdicas as disciplinas, melhor (pintar, jogar, manusear, 
trabalho de campo). 
• 7 
Já possuem mais autonomia e experiências, se deparando com algumas 
frustações tanto com pessoas quanto com o mundo. 
• 8 
Mais interações na rua e com os amigos e pares. 
 
 
• 1Com identidade mais definida, estão mais à vontade entre os iguais. 
• 2 
Muito questionadores, testam limites o tempo todo. 
• 3 
Mais liberdades concedidas pelos pais, que passam a cobrar menos o 
desempenho escolar. 
• 4 
Diminui interesse na escola, as disciplinas não fazem sentido. 
 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 74) 
 
 
 
• 1 
É normalmente nessa fase que começam as mudanças físicas, geralmente 
marcadas por uma aceleração repentina do crescimento, seguida pelo 
desenvolvimento dos órgãos sexuais e das características sexuais 
secundárias. 
• 2 
As células cerebrais podem praticamente duplicar o seu número no espaço 
de um ano, enquanto as redes neurais são radicalmente reorganizadas, 
causando um impacto sobre a capacidade emocional, física e mental. 
• 3 
O início da adolescência também é caracterizado por mudanças internas 
profundas. O cérebro, por exemplo, passa por uma grande aceleração 
elétrica e fisiológica. 
• 4 
O amadurecimento físico e sexual mais adiantado da menina, que, em 
média, entra na puberdade de 12 a 18 meses mais cedo do que o menino, 
reflete-se em tendências semelhantes no desenvolvimento cerebral. 
 
 
• 1 
O lobo frontal (parte do cérebro que governa o raciocínio e as tomadas de 
decisão) começa a se desenvolver durante a fase inicial da adolescência. 
Como esse desenvolvimento começa mais tarde e é mais prolongado nos 
meninos, sua tendência a agir de forma impulsiva e a pensar de forma 
acrítica permanece por mais tempo do que nas meninas. 
• 2 
Nessa fase, as principais mudanças físicas já ocorreram, embora o corpo 
ainda se encontre em desenvolvimento. O cérebro continua a desenvolver-
se e a reorganizar-se, e a capacidade de pensamento analítico e reflexivo é 
bastante ampliada. 
• 3 
No início dessa fase, as opiniões dos membros do seu grupo ainda são 
importantes, mas essa influência diminui à medida que o adolescente 
adquire maior clareza e confiança em sua própria identidade e em suas 
opiniões. 
• 4 
Esse fenômeno contribui para difundir a percepção generalizada de que as 
meninas amadurecem mais cedo do que os meninos. 
 
 
• 1 
A atitude de enfrentar riscos diminui na fase final da adolescência, à medida 
que se desenvolve a capacidade de avaliar a situação e de tomar decisões 
conscientes. 
• 2 
É durante essa fase que os adolescentes ingressam no mundo do trabalho ou 
avançam em sua educação, estabelecem sua identidade, sua visão de mundo 
e começam a participar ativamente na organização do espaço ao seu redor. 
 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 75) 
 
 
Durante a adolescência, o cérebro é particularmente sensível às experiências e às 
trocas com o ambiente. Estudos recentes de neurociência mostram que o cérebro 
do adolescente passa por uma reorganização: conexões entre neurônios se 
desfazem para que surjam novas; e a forma como são estimulados pode favorecer 
que determinadas conexões sejam feitas, sejam elas positivas ou não. Essa 
reorganização ainda pode explicar certos comportamentos típicos da adolescência, 
como a busca por experiências intensas, que muitas vezes acontecem 
independente da vontade deles. 
Compreender as transformações pelas quais o cérebro do adolescente passa pode 
ajudar pais e educadores na forma como respondem e apoiam o desenvolvimento 
dele. Nesse sentido, três sistemas que sofrem grande plasticidade durante esse 
período podem explicar alguns comportamentos típicos. 
Recompensa (prazer) 
A dopamina é uma substância que dentre diversas funções, é responsável por 
sinalizar experiências de prazer. É o aumento da dopamina que, por exemplo, nos 
faz desejar e ir atrás de determinadas coisas como dinheiro e sexo. Durante a 
adolescência o número de receptores dessa substância aumenta drasticamente, 
fazendo com que os adolescentes sejam muito mais responsivos e ativos na busca 
de atividades que os façam sentir prazer. Isso faz com que os estudantes do 
Fundamental II sejam mais sensíveis a esse estímulo. Educadores e pais devem 
saber que é mais fácil mudar o comportamento do adolescente o motivando para 
buscar uma recompensa do que ameaçando com punições. Infelizmente, isso os faz 
também mais suscetíveis ao álcool e às drogas, uma vez que as moléculas dessas 
substâncias se assemelham à da dopamina, elas se conectam aos receptores 
causando a mesma sensação de prazer. 
Regulador 
Durante a puberdade, o sistema de autocontrole também passa por uma 
reorganização, e isso faz com que o adolescente esteja mais propenso ao 
comportamento de risco. Apesar de parecer irracional em alguns momentos, ele já 
consegue compreender e julgar, quase tão bem como os adultos, que determinadas 
ações podem ter sérias consequências. No entanto, devido às transformações no 
sistema regulador, os adolescentes têm a capacidade de controlar seus impulsos 
reduzida. A propensão pelas atividades arriscadas também se explica pela 
hipersensibilidade. As sensações de prazer são mais intensas devido ao aumento 
dos receptores de dopamina no cérebro. Por isso, eles têm dificuldade em adiar 
atividades que os tragam algum tipo de recompensa e prazer imediatos. De acordo 
com o neurocientista Laurence Steinberg, a capacidade de autorregulação talvez 
seja a característica mais importante para o sucesso social, realização e saúde 
mental. Por isso, pais e educadores devem ajudar os adolescentes a desenvolverem 
o controle sobre o que pensam e sentem. A escola deve ser um ambiente seguro 
que cria oportunidades para esse tipo de desenvolvimento. 
Relacionamento (como interagimos com outras pessoas) 
O adolescente também está desenvolvendo seu cérebro social, e isso explica o fato 
de eles serem muito vulneráveis ao que outras pessoas pensam a seu respeito. Mais 
que em qualquer outro momento da vida, ele sofre muito ao ser rejeitado. Um 
adolescente tem, por exemplo, muito mais sensibilidade que um adulto para 
perceber emoções nas outras pessoas. Segundo Laurence Steinberg (2015), 
quando um adulto grita com um adolescente, esse adolescente provavelmente vai 
prestar mais atenção no grito ou na raiva que esse grito transmite do que nas 
palavras. Os adolescentes têm um comportamento especial quando estão na 
presença de seus pares. No livro Age of Opportunity, Steinberg destaca que 
adolescentes são mais propensos a ter comportamento de risco quando sabem que 
amigos estão por perto. Pais e educadores devem estar atentos e evitar momentos 
em que adolescentes estejam reunidos sem a mediação de um adulto. 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 24-25) 
 
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833
 
1 
Etapa problemática ou risco social 
Esta concepção vê o sujeito jovem a partir dos problemas que ameaçam a ordem 
social. Pauta-se nos comportamentos considerados de risco, como envolvimento 
com a violência, criminalidade e gravidez na adolescência. No Brasil, esse foi o 
enfoque predominante nas ações governamentais dos anos 1980 e 1990, que se 
concentraram em programas nas áreas da saúde e da segurança pública. Tais ações 
tinham como objetivo ocupar o tempo livre dos jovens e eram direcionadas para 
públicos com características de vulnerabilidade, risco ou transgressão (ABRAMO, 
2005). 
2 
Período preparatório 
Nesta abordagem, a juventude é entendida como um período de transição entre a 
infância e a vida adulta. Porém, esse modo de ver a juventude traz algumas 
implicações, uma vez que a transitoriedade tem como característica a 
indeterminação, isto é, os sujeitos jovens não são mais crianças, mas ainda não são 
adultos. Os jovens são, portanto, desqualificados e definidos pelo que não são. Esta 
abordagem desconsidera a juventude como portadora de conhecimentos e 
vivências anteriores. Além disso, passa a ideia de um mundo adulto estável, para 
o qual se deve preparar. 
3 
Juventude: futuro do país 
Esta perspectiva deposita na juventude a resoluçãodos problemas de exclusão 
social e de desenvolvimento do país. Aposta em uma contribuição construtiva dos 
jovens para a solução dos problemas que afetam as comunidades em que vivem, 
porém ignora as suas necessidades e demandas. No Brasil, esse enfoque foi muito 
difundido nos anos 2000, por meio das agências de cooperação internacional, 
organismos multilaterais e fundações empresariais. 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 13) 
 
 
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833
Identidade é, sobretudo, uma construção, tanto do que se é quanto do que se quer 
ser. 
A criação da identidade enquanto processo particular envolve: 
• Reconhecer-se. 
• Coordenar as próprias ações. 
• Dar coerência à própria existência, descobrir propósitos e agir de acordo 
com eles. 
A identidade é construída a partir da relação que estabelecemos com os outros, 
isto é, só é possível reconhecer quem somos, quais são as nossas características, 
as nossas inclinações, à medida que interagimos com os nossos pares. 
Durante a juventude o processo de construção da identidade se intensifica. É nesse 
período da vida que os jovens experimentam o mundo social além das fronteiras 
familiares e precisam lidar, pela primeira vez, com as convocações sociais para que 
assumam a sua identidade. 
A todo momento os jovens são impelidos a lidar com novas e múltiplas convocações 
de identidade, sendo necessário elaborar, pela primeira vez, suas respostas para 
elas. Portanto, não existe uma identidade estável ou fixa, mas sim processos de 
“identificação e desindentificação”, que dão contornos às subjetividades de cada 
um ao longo da vida. 
Desse modo, eles podem se identificar com determinado grupo étnico-racial, 
religioso, com determinada orientação sexual e, com o avançar dos anos, construir 
novos pertencimentos, como identificar-se com outra comunidade religiosa. 
Ao longo desse processo de identificação e desindentificação os jovens fortalecem 
e sustentam suas capacidades de reconhecer-se enquanto sujeitos. É também 
durante a juventude que os jovens começam a ganhar maior autonomia em relação 
ao mundo dos adultos e cobra-se deles que tenham maior capacidade de 
autocontrole e autorregulação e que coordenem suas próprias ações. Porém a 
aquisição dessas capacidades ocorre por meio de um processo contínuo de 
aprendizagem que se dá ao longo da vida e que não tem fim, pois nunca se 
alcançará o ápice – isto é, o ponto no qual os sujeitos são capazes de controlar, 
regular e coordenar as suas ações de modo pleno e regulado. 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 31-32) 
 
 
A época, o espaço, as relações econômicas e sociais e tantos outros fatores da vida 
de cada jovem contribuem para que ele se entenda como indivíduo. 
A experiência de construir identidade e propósito quando se é uma jovem negra 
periférica é bastante diferente da experiência de um jovem branco de classe 
média, por exemplo. Além da desigualdade social e de gênero, as novas gerações 
podem experimentar mais angústia em relação a essa busca, uma vez que vivem 
em um momento de alta produção de informações e referências de todo tipo – que 
expõem um universo muitas vezes caótico e contraditório. 
Para o psicanalista Erik Erikson, rituais sociais que costumam marcar a entrada na 
idade adulta, como a escolha da área profissional no ensino escolar, facilitam a 
preparação para a conquista de novos papéis na sociedade. Por outro lado, um 
contexto social não estruturado pode levar a uma crise de identidade. 
A pressão social e estereótipos 
A falta de estrutura e as constantes mudanças no contexto histórico são desafios 
para o jovem do século XXI. Ao mesmo tempo, os estereótipos criados a seu 
respeito também não ajudam. Além dos estereótipos clássicos sobre raça/etnia, 
gênero, orientação sexual, juventude rebelde, existe outra ideia bastante 
reproduzida de que ser jovem é apenas uma preparação para ser adulto. Ao tratar 
essa fase como mera passagem, uma transição, é negado ao jovem o direito de 
viver plenamente o presente. 
Apoio e empatia 
Segundo Erikson, o processo de construção da identidade depende da confiança do 
jovem em si próprio e nas outras pessoas. O reconhecimento da sua personalidade 
pelos outros é peça-chave para a formação da identidade. Vale lembrar, no 
entanto, que identidade está sempre – e não só durante a juventude – em 
construção. 
É preciso romper com estigmas e mitos para ajudar os jovens a encontrar o que 
existe de mais verdadeiro em si mesmos. A partir disso, eles começarão a construir 
o seu projeto de vida. 
 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 36-38) 
 
A juventude é uma fase de ampliação das relações sociais além dos limites da 
escola e da família. Esses dois espaços continuam sendo referências importantes, 
mas são complementados por outros, como comunidades religiosas e grupos 
reunidos por temas de interesse, como práticas artísticas, práticas esportivas e 
movimentos sociais de causa. 
É uma fase em que a busca por aprovação dos seus semelhantes (outros jovens) é 
essencial. 
O que diz a neurociência? 
É por razões evolutivas que os jovens costumam dedicar mais tempo aos seus 
colegas e menos aos pais e outras figuras de autoridade, como professores. Como 
outros jovens serão seus companheiros de fato na maturidade, a natureza incluiu 
no cérebro jovem uma propensão por buscar amigos, relacionar-se com parceiros 
e participar de grupos dos seus pares como preparação para a vida adulta. 
(Fonte: ARMSTRONG, 2016) 
Mas os adultos também são referência muitas vezes. A tendência de estar mais 
próximo dos colegas não quer dizer que as relações com adultos não são 
importantes. Em algumas situações, as opiniões de adultos de referência podem 
inclusive ser consideradas mais confiáveis do que as de outros jovens. 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 101-102) 
 
 
A adolescência é um período marcado pela aproximação aos pares e, de acordo 
com a psicologia, construir relações de amizade saudáveis e positivas é 
fundamental para o desenvolvimento afetivo e de habilidades sociais na 
adolescência, além de sedimentar as bases para os relacionamentos na vida adulta. 
Um dos motivos dessa aproximação entre amigos seria a busca por suporte e 
acolhimento na luta contra a angústia e a solidão típicas da fase. 
É nesta fase que tendem a ocorrer as primeiras relações amorosas. Os adolescentes 
vivem com intensidade a novidade dessas paixões, bem como suas possíveis 
desilusões e consequências. 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 105-106) 
 
 
No campo sexual, a adolescência começa na puberdade, período de rápido 
crescimento físico e iniciação da maturidade sexual, que termina quando o 
indivíduo se torna capaz de se reproduzir. Como colocamos na introdução, é 
também durante esse período que os sistemas de regulação e recompensa se 
reorganizam, fazendo com que os adolescentes estejam sempre em busca de 
experiências que tragam prazer. Porém, por terem uma baixa capacidade de 
autorregularão, acabam se colocando constantemente em situações de risco (sexo 
sem proteção). 
De acordo com o neurocientista Lawrence Steinberg em seu livro Age of 
Opportunity, a maior parte dos programas de educação sexual foca em levar 
conhecimento para os adolescentes, não em mudar seu discernimento. 
Infelizmente, informação não é suficiente para impedir o comportamento de risco. 
Os programas seriam mais eficientes se, além de informar, ajudassem os 
adolescentes a desenvolver sua capacidade de autorregulação e a reduzir o 
comportamento de risco (nesse caso, transar sem proteção). 
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1833(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 87) 
 
Saiba mais 
Para saber mais sobre adolescentes e jovens no Brasil, acesse a íntegra do estudo 
a seguir, disponibilizado no site do Projeto Faz Sentido. 
• Diversidade, equidade e inclusão na escola 
 
Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade 
Dicas práticas 
 
Agora, assista ao vídeo a seguir com Anna Penido, que traz dicas práticas de como 
lidar com essas questões no ambiente escolar. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENID
O_DICAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4 
 
Para ler e usar as dicas no dia a dia na escola, clique nos itens a seguir. 
Dica 1 
• Discuta mais sobre o cérebro, o comportamento, o desenvolvimento físico 
e emocional de adolescentes e jovens nas reuniões de planejamento da 
escola. 
• Acesse pesquisas, consulte especialistas, troque ideias com os colegas sobre 
esse tema. 
http://fazsentido.org.br/wp-
content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf 
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENIDO_DICAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/003_ANNA_PENIDO_DICAS_ADOLESCENCIAS_E_JUVENTUDES.mp4
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1835#collapse1
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf
• Coloque um mural ou uma caixa de sugestões na entrada da escola e peça 
aos estudantes para colocarem ali os nomes das séries que assistem, dos 
@youtubers que seguem, dos livros que gostam de ler, dos @sites e redes 
sociais que utilizam, além dos temas que gostam de discutir, entre muitas 
outras coisas que possam ajudar você, professor, a entender melhor esse 
universo. 
Dica 2 
• Dedique tempo a conhecer cada um dos seus estudantes: quais as suas 
características mais marcantes, seus interesses, as condições em que vivem, 
seus talentos e dificuldades, seus sonhos e receios. 
• Para ajudar, comece o ano letivo com uma semana de acolhimento, em que 
essas informações são levantadas por meio de atividades realizadas por cada 
um dos professores, ou divida os estudantes entre os vários adultos da 
escola, para que todos possam ser acompanhados mais de perto por um 
adulto de referência. 
• O conselho de classe também pode ser um ótimo espaço para trocar 
impressões e entender o que se passa com cada um deles, a partir dos 
olhares dos diversos professores. 
Dica 3 
• Não é tarefa fácil saber lidar com as mudanças de humor, as ações 
intempestivas, a eventual apatia e os questionamentos de adolescentes e 
jovens. Vale lembrar que o desenvolvimento intelectual deles se processa 
mais rápido do que o desenvolvimento emocional e por isso, muitas vezes, 
não conseguem controlar os seus impulsos, apesar de terem conhecimento 
sobre as consequências. 
• Para ajudá-los, não leve suas provocações para o lado pessoal. Cabe aos 
adultos manter a estabilidade do ambiente, ajudar os estudantes a pensar 
sobre suas atitudes e dar a chance para que aprendam com seus erros. 
Dica 4 
• A qualidade da relação com os professores e os demais profissionais da 
escola tem influência direta no comportamento e na aprendizagem dos 
estudantes. Adolescentes e jovens costumam se ressentir quando não são 
recebidos com um cumprimento, quando os adultos parecem não notá-los 
ou se importar com eles, quando se sentem invisíveis ou desrespeitados. 
• Ainda que seja quase impossível saber o nome de todo mundo ou parar para 
conversar com cada um deles, tente ser caloroso. 
• De vez em quando, abra espaço durante a aula para conversar sobre 
questões latentes. Procure saber o que está se passando com aqueles que 
apresentam comportamento diferente do normal. 
• Lembre-se, você pode fazer toda a diferença em um momento importante 
da vida desses garotos e garotas. 
Dica 5 
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1835#collapse2
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1835#collapse3
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1835#collapse4
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100559&pageid=1835#collapse5
• Costuma-se dizer que a escola tem a cara dos seus gestores e professores. 
Em última instância, os adolescentes e jovens olham para vocês em busca 
de exemplos a serem seguidos. 
• Portanto, é importante que você pense sobre as suas atitudes e sobre as 
palavras que dirige aos seus estudantes. 
o Elas refletem aquilo que você quer que os seus alunos espelhem? 
o Você oferece atenção na mesma medida em que deseja atenção? 
o Se dirige a eles no mesmo tom de voz com que gostaria que eles se 
dirigissem a você? 
o Interessa-se por eles e por seu trabalho diário do mesmo jeito que 
gostaria que eles se engajassem com você e com suas aulas? 
o Aprecia e confia neles como gostaria que eles gostassem e confiassem 
em você? 
• Professores não precisam ser amigos dos estudantes, mas precisam 
demonstrar que veem sentido na sua profissão, assim como desejam que os 
estudantes vejam sentido na escola. 
 
Adolescentes e jovens e a escola 
Abertura: estudantes e professores 
 
Neste tema, vamos entender melhor a relação dos adolescentes e dos jovens com 
a escola; como eles veem a escola que têm e como gostariam que ela fosse. 
Para começar, assista ao vídeo com os estudantes Caio Sampaio de Vasconcelos, 
Carolina Henrique Mendes, Melissa da Costa Romano e Nathan Olivares da Silva 
sobre a escola. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/033_RODA_DE_ALUNO
S_02.mp4 
 
Agora, assista ao vídeo com a professora Carolina Stefano, o professor Sérgio 
Bauchiglione, a professora coordenadora Vanessa Rezende Souza e a diretora Paula 
Soares dos Santos e veja o que eles falam sobre esse tema. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/033_RODA_DE_ALUNOS_02.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/033_RODA_DE_ALUNOS_02.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/042_RODA_DE_PROFES
SORES_2.mp4 
 
Adolescentes e jovens e a escola 
A voz dos especialistas 
 
Agora, assista ao vídeo com Anna Penido, especialista em educação, que fala sobre 
a relação dos adolescentes e jovens com a escola. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/007_ANNA_PENIDO_REL
A%C3%87%C3%83O_COM_A_ESCOLA.mp4 
 
Para completar o quadro, assista a este outro vídeo com a neuropsicóloga Adriana 
Foz e os psicólogos Darlene Ferraz Knoener, Gabriel Medina de Toledo e Gisele 
Alves Mizuta e confira o que dizem os especialistas: 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/038_RODA_DE_ESPECIAL
ISTAS_2.mp4 
 
Adolescentes e jovens e a escola 
Sobre a escola 
 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/042_RODA_DE_PROFESSORES_2.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/042_RODA_DE_PROFESSORES_2.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/007_ANNA_PENIDO_RELA%C3%87%C3%83O_COM_A_ESCOLA.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/007_ANNA_PENIDO_RELA%C3%87%C3%83O_COM_A_ESCOLA.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/038_RODA_DE_ESPECIALISTAS_2.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/038_RODA_DE_ESPECIALISTAS_2.mp4
Você viu nos vídeos com os estudantes, os professores e os especialistas um quadro 
geral sobre a escola atual e o que os adolescentes e os jovens querem que ela seja 
para se tornar mais atraente para eles. 
Esses desejos também estão relacionados ao cenário atual em que os adolescentes 
e os jovens vivem. 
 
Sabemos que a internet, as redes digitais, as mídias sociais e os dispositivos móveis, 
como smartphones e tablets, revolucionaram a forma como as pessoas se 
comunicam, se relacionam, organizam e consomem informação. 
 
 
Antes, a produção e a distribuição da informaçãoeram um poder exclusivo dos 
meios de comunicação, da indústria cultural e das organizações privadas e 
governamentais, que emitiam e veiculavam seus pontos de vista. 
 
Agora, com a disseminação do acesso às tecnologias digitais da informação e da 
comunicação (TDICs), esse poder também está na mão da sociedade. A forma de 
produzir, distribuir e consumir informação mudou radicalmente. Multiplicaram-se 
as fontes de informação, as pessoas estão conectadas e interagem em tempo real, 
têm autonomia para produzir e compartilhar seus próprios conteúdos e escolher o 
que consomem. 
Os adolescentes e os jovens que nasceram nesse contexto digital, a partir do 
começo do século XXI, convivem e utilizam essas tecnologias o tempo todo. Dessa 
forma, seu desenvolvimento, sua sociabilidade e seu acesso a atividades culturais, 
educação ou trabalho, por exemplo, ocorrem de forma muito diferente daqueles 
de seus pais e avós, que tinham acesso a veículos tradicionais como jornal, rádio e 
televisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 22-23) 
Para contextualizar a escola neste novo cenário em que nasceram e vivem os 
adolescentes e jovens, algumas organizações realizaram pesquisas em busca de 
respostas sobre a escola em que eles estudam atualmente e a escola que querem. 
Agora, vamos ver um recorte dessas pesquisas! 
 
Adolescentes e jovens e a escola 
A escola atual e a escola desejada 
 
A escola atual e a escola desejada 
O portal Porvir, por exemplo, realizou a pesquisa nacional Nossa Escola – Relatório 
2019, com adolescentes e jovens de 11 a 21 anos, com a seguinte distribuição por 
faixa etária: 
http://porvir.org/
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100561&pageid=1843
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100561&pageid=1843
 
 
 
 
 
A escola que os adolescentes e jovens têm 
Para avaliar a escola atual ou a última em que estudaram, os participantes foram 
convidados a dar uma nota de 1 (Tá tenso) a 5 (Tá tranquilo, tá favorável) para 
11 itens. 
Veja a média de notas para 6 desses itens. 
 
A escola que adolescentes e jovens querem 
Os participantes da pesquisa foram estimulados a pensar em dois tipos de escola, a que 
os faria aprender mais e a que os faria mais felizes. 
Para cada uma dessas escolas dos sonhos, eles imaginaram seis aspectos: o foco da 
escola, os conteúdos, a organização curricular, o jeito de aprender, os recursos 
educacionais tecnológicos e o jeito da sala de aula. Cada aspecto foi desdobrado em 
vários subaspectos relacionados ao tema. 
http://porvir.org/ 
PORVIR. Nossa Escola - Relatório 2019. Disponível 
em: http://porvir.org/nossaescolarelatorio. Acesso em: 2 jul. 
2019. 
http://porvir.org/
http://porvir.org/nossaescolarelatorio
Sabemos que os estudantes são singulares e, portanto, não aprendem da mesma maneira. 
Veja, por exemplo, como eles responderam sobre: 
Aprender 
 
Aprendem mais 
23% com aulas teóricas. 
21% fazendo projetos práticos. 
20% interagindo com a comunidade. 
14% estudando sozinho. 
9% fazendo trabalhos em grupo. 
 
Ficariam mais felizes 
22% fazendo projetos práticos. 
20% estudando sozinho. 
19% assistindo aulas teóricas. 
15% interagindo com a comunidade. 
11% trabalhando em grupo. 
As demais porcentagens estão pulverizadas em outras opções de respostas. 
 
 
Sala de aula 
 
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100561&pageid=1843#collapse1
Aprendem mais 
20% com ambientes e móveis fossem variados, com puffs, bancadas, almofadas e 
sofás. 
19% quando as carteiras são organizadas em pequenos grupos. 
18% quando podem usar outros ambientes internos e externos à escola. 
13% quando podem mudar a arrumação das carteiras de acordo com a aula. 
12% em salas de aula com carteiras enfileiradas. 
 
 
24% com ambientes e móveis fossem variados, com puffs, bancadas, almofadas e 
sofás. 
20% quando as carteiras são organizadas em pequenos grupos. 
14% quando podem usar outros ambientes internos e externos à escola. 
12% quando podem mudar a arrumação das carteiras de acordo com a aula. 
11% em salas de aula com carteiras enfileiradas . 
 
As demais porcentagens estão pulverizadas em outras opções de respostas. 
 
Tecnologia 
 
Aprendem mais 
27% com o uso de ferramentas de pesquisa on-line. 
14% com games ou jogos educativos. 
14% com robótica e da programação. 
 
 
Ficariam mais felizes 
23% com o uso de ferramentas de pesquisa on-line. 
19% com games ou jogos educativos 
13% com robótica e da programação. 
 
As demais porcentagens estão pulverizadas em outras opções de respostas. 
 
Para consultar os resultados completos destes aspectos destacados e ver os 
resultados dos outros três (foco da escola, conteúdos e organização curricular), 
acesse a pesquisa no site do Porvir. 
Sobre os professores e a estrutura física 
A pesquisa também perguntou aos participantes quais as características dos 
professores que eles mais valorizam e o que não pode faltar em termos de estrutura 
física na escola que querem. 
Características mais valorizadas do professor 
 
 
Estrutura física 
 
(*) Nestas questões, os participantes puderam escolher duas características do 
professor e três opções relacionadas à estrutura física da escola. 
(Fonte: Nossa Pesquisa – Relatório 2019 – Porvir) 
 
Adolescentes e jovens e a escola 
A escola de Ensino Médio 
 
A escola de Ensino Médio 
O movimento Todos pela Educação, também fez uma pesquisa nacional, 
chamada Repensar o Ensino Médio. Mais específica, esta pesquisa foi feita entre 
setembro e outubro de 2016 com adolescentes e jovens de 15 a 19 anos que estão 
no Ensino Médio. Um dos propósitos da pesquisa era colher informações sobre a 
percepção que eles têm da escola. 
 
 
Visão sobre a escola de Ensino Médio 
Os resultados mostram que os estudantes do Ensino Médio estão atentos ao que a 
escola oferece, em termos de infraestrutura, ensino e valores, e à atuação dos 
professores. O que se percebe, pelos resultados, é que a escola que os jovens 
https://www.todospelaeducacao.org.br/ 
TODOS PELA EDUCAÇÃO. Repensar o Ensino Médio, 2017. 
Disponível 
em:https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/pesquis
a-ensino-medio-o-que-querem-os-jovens. Acesso em: 2 jul. 
2019. 
https://www.todospelaeducacao.org.br/
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100561&pageid=1845
https://www.todospelaeducacao.org.br/
https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/pesquisa-ensino-medio-o-que-querem-os-jovens
https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/pesquisa-ensino-medio-o-que-querem-os-jovens
querem devem ter segurança, boa infraestrutura e professores assíduos, além de 
ser inclusiva para garantir educação de qualidade. 
Atributos mais relevantes da escola 
 
Os estudantes também se posicionam em relação aos atributos que consideram 
menos satisfatórios da escola. Além de fatores externos, consideram que o seu 
próprio comprometimento e comportamento nas aulas também podem 
comprometer a qualidade da escola. Com isso, indicam uma visão de que a 
educação de qualidade é um compromisso de todos da comunidade escolar. 
Atributos menos satisfatórios da escola 
 
 
Visão sobre o professor de Ensino Médio 
Em relação aos professores, os estudantes consideram como atributos mais 
relevantes e mais satisfatórios dos professores, aspectos como a paixão pela 
profissão, a persistência diante das dificuldades dos estudantes, a postura para 
exigir comprometimento dos estudantes e o foco na preparação para o vestibular, 
entre outros. 
Atributos mais relevantes 
 
 
Atributos mais satisfatórios 
 
Os estudantes consideram que entre os atributos menos satisfatórios dos 
professores estão aqueles relacionados principalmente à dinâmica em sala de aula 
e utilização de recursos e estratégias pedagógicas que estimulem o interesse na 
aprendizagem, a preparaçãopara o vestibular e a curiosidade. 
Atributos menos satisfatórios 
 
 
Saiba mais! 
Para saber mais sobre a escola que os adolescentes e os jovens têm e a que eles 
querem, consulte também os materiais a seguir. 
• As causas da evasão e do abandono escolar 
• Pesquisa Projeto de Vida 
 
 
Adolescentes e jovens e a escola 
Dicas práticas 
 
http://gesta.org.br/tema/engajamento-escolar/#fatores 
https://fundacaolemann.org.br/materiais/projeto-de-vida 
http://gesta.org.br/tema/engajamento-escolar/#fatores
https://fundacaolemann.org.br/materiais/projeto-de-vida
http://gesta.org.br/tema/engajamento-escolar/#fatores
https://fundacaolemann.org.br/materiais/projeto-de-vida
Agora, assista ao vídeo a seguir com Anna Penido, que traz dicas práticas sobre 
essas questões. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/006_ANNA_PENIDO_RE
LACAO_COM_A_ESCOLA_DICAS.mp4 
Para ler e usar as dicas no dia a dia na escola, clique nos itens a seguir. 
DICA 1 
• Qual foi a última vez que você escutou os seus estudantes sobre o que está 
funcionando e o que pode melhorar na sua escola ou sala de aula? Quando 
pensou em perguntar para eles o que não funcionou naquela atividade que 
você planejou com tanto cuidado, mas não deu o resultado esperado? 
• Realize uma roda de conversa para entender como eles aprendem melhor, 
o que pensam e querem da escola. Se achar que vale a pena, faça mais de 
uma roda ou até mesmo uma assembleia, mas estabeleça como regra que 
todas as críticas devem vir acompanhadas de sugestões de melhoria. 
• Você pode se surpreender com as ideias da garotada. 
DICA 2 
• a escola ou sala de aula provavelmente tem deficiências de infraestrutura 
que você não consegue resolver sem apoio da Secretaria de Educação. Mas 
o que seria possível fazer para torná-la um espaço mais acolhedor e vibrante 
para adolescentes e jovens? 
• Envolva os próprios estudantes na elaboração de projetos de melhoria dos 
ambientes da escola com investimentos de baixo custo, seja como atividade 
do seu componente curricular, seja na forma de um concurso voltado para 
toda a escola. 
• Proponha que cada turma fique responsável por cuidar de um espaço da 
escola, e todo mês incentive a comunidade escolar a votar naquele que 
estiver mais bem cuidado. 
DICA 3 
• Existem muitas razões para que você não invista em atividades pedagógicas 
mais práticas, como falta de tempo, recursos, capacitação, apoio. 
• Mas existe uma razão fundamental para que você vá em frente apesar dos 
obstáculos: garantir mais engajamento e, consequentemente, mais 
aprendizagem para os estudantes. 
• Para isso, comece fracionando o seu tempo de aula para intercalar 
exposição teórica com exercícios, discussões, jogos ou outras atividades 
mais interativas, de preferência variando a disposição das carteiras na sala 
de aula. 
• Quando estiver se sentindo mais confiante, tente realizar projetos mais 
robustos, envolvendo os estudantes no desafio de criar, produzir ou resolver 
problemas concretos, sempre que possível, utilizando outros espaços da 
escola e da comunidade. 
DICA 4 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/006_ANNA_PENIDO_RELACAO_COM_A_ESCOLA_DICAS.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/006_ANNA_PENIDO_RELACAO_COM_A_ESCOLA_DICAS.mp4
• Se o ambiente está tenso e os conflitos estão aumentando, crie combinados 
de convivência da escola de forma bem participativa e ainda peça aos 
estudantes para desenvolverem uma bela campanha de mobilização para 
divulgá-los para toda a escola. 
• Peças de teatro, vídeos feitos com celular, cartazes publicitários, 
intervenções criativas na hora do recreio, concursos de música podem ser 
algumas das peças de comunicação e conscientização criadas pela própria 
garotada. 
• Também vale criar um conselho de mediação, formado por representantes 
dos diferentes segmentos da comunidade escolar, para dialogar com aqueles 
que não respeitarem os acordados coletivos, tentando entender por que 
descumpriram os combinados e dando oportunidade para que possam rever 
suas atitudes, inclusive solucionando alguns problemas que tenham 
provocado. 
DICA 5 
• Para conhecer ainda mais os seus estudantes, aproveite aquela primeira 
semana de acolhimento para, além de levantar as características pessoais 
de cada um, também coletar informações sobre seu nível de aprendizagem 
e como eles acham que aprendem melhor. 
• De posse desses dados, organize uma reunião de Conselho de Classe para 
compartilhar a situação de cada estudante e planejar atividades de 
nivelamento, práticas pedagógicas mais diversificadas e estratégias de 
acompanhamento para evitar que alguém seja deixado para trás. 
• Nesse caso, convide os adolescentes e jovens mais avançados para apoiar 
colegas com mais dificuldade. 
 
Adolescentes e jovens e seus desafios 
Abertura: estudantes e professores 
 
Neste tema, vamos conhecer os desafios que os adolescentes e os jovens enfrentam 
na escola, desde a motivação para aprender e as dificuldades de aprendizagem até 
as dificuldades emocionais próprias da idade e as vulnerabilidades sociais, 
econômicas e culturais. 
Para começar, assista ao vídeo com os estudantes Caio Sampaio de Vasconcelos, 
Carolina Henrique Mendes, Melissa da Costa Romano e Nathan Olivares da Silva e 
veja como eles falam sobre essas questões. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/034_RODA_DE_ALUNO
S_03.mp4 
 
Agora, assista ao vídeo a professora Carolina Stefano, o professor Sérgio 
Bauchiglione, a professora coordenadora Vanessa Rezende Souza e a diretora Paula 
Soares dos Santos e veja como eles tratam desse tema. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/043_RODA_DE_PROFES
SORES_3.mp4 
 
Adolescentes e jovens e seus desafios 
A voz dos especialistas 
 
Agora, assista ao vídeo com Anna Penido, especialista em educação, que fala sobre 
estas questões. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/009_ANNA_PENIDO_VU
NERABILIDADES.mp4 
 
Para completar o quadro, assista a este outro vídeo com a neuropsicóloga Adriana 
Foz e os psicólogos Darlene Ferraz Knoener, Gabriel Medina de Toledo e Gisele 
Alves Mizuta e confira o que dizem os especialistas. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/039_RODA_DE_ESPECI
ALISTAS_3.mp4 
 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/034_RODA_DE_ALUNOS_03.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/034_RODA_DE_ALUNOS_03.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/043_RODA_DE_PROFESSORES_3.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/043_RODA_DE_PROFESSORES_3.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/009_ANNA_PENIDO_VUNERABILIDADES.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/009_ANNA_PENIDO_VUNERABILIDADES.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/039_RODA_DE_ESPECIALISTAS_3.mp4
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/039_RODA_DE_ESPECIALISTAS_3.mp4
Adolescentes e jovens e seus desafios 
Sobre os desafios 
 
Os vídeos nos mostram um painel sobre diversos desafios e dificuldades que os 
adolescentes e os jovens enfrentam no dia a dia na escola. 
Sabemos que a escola é um lugar de encontros, conflitos e formação de vínculos, 
por isso, pode ser tanto um ambiente de reprodução de preconceitos e 
discriminações como um espaço privilegiado para reconhecer, respeitar e valorizar 
as diferenças. 
É fundamental que gestores e educadores reconheçam e entendam o contexto 
social, cultural e as singularidades dos estudantes para que a escola se torne um 
ambiente de diálogo, inclusão, aprendizagem e formação da cidadania. 
Para conhecer um pouco mais essa discussão, acesse os itens sobre os temas a 
seguir, extraídos dos estudos realizados pelo Projeto Faz Sentido. Caso queira se 
aprofundar, consulte a íntegra dos materiais nos links do Saiba mais. 
 
Desigualdade, diversidade e equidade 
Desigualdade 
A desigualdade social se mostra nas dinâmicas e nas relações da nossa sociedade 
que limitam ou prejudicam determinado grupo ou círculo de pessoas. Porexemplo: 
acesso desigual à escolaridade e à renda, disparidades regionais e entre campo e 
cidade (bairros periféricos e bairros centrais), tratamento diferente entre homens 
e mulheres. A desigualdade também está diretamente ligada à falta de liberdade. 
É o que acredita o indiano Amartya Sem, professor de economia e filosofia. 
Ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1998, é um dos idealizadores do Índice 
de Desenvolvimento Humano (IDH) e fundador do Instituto Mundial de Pesquisa em 
Economia do Desenvolvimento (Universidade da ONU). Para ele, a desigualdade faz 
com que alguns indivíduos não tenham a oportunidade de desenvolver suas 
capacidades; e isso acaba por influenciar em sua renda e seu espaço na sociedade. 
http://fazsentido.org.br/referencias/ 
http://fazsentido.org.br/referencias/
http://fazsentido.org.br/referencias/
 
Diversidade 
É o conjunto de diferenças e valores compartilhados pelos seres humanos na vida 
social. A diversidade mostra que as pessoas não são iguais entre si. Cada um tem 
sua bagagem, sua história e suas experiências, que devem ser igualmente 
respeitadas. Somos diversos! Em gênero, etnia, religião, orientação sexual e 
também características físicas, emocionais e cognitivas, entre outras dimensões. 
Muitas vezes a diferença é vista como problemática ou inadequada diante dos 
padrões estabelecidos por determinado grupo social ou cultural dominante. Isso 
faz com que alguns grupos sejam inferiorizados, o que gera discriminação, 
preconceito e intolerância, e atrapalha o desenvolvimento e o relacionamento 
entre as pessoas. Não aceitar e não compreender a diversidade pode levar à 
violência e à exclusão social. 
 
Equidade 
Equidade é uma forma de buscar a igualdade considerando que nem todos têm as 
mesmas oportunidades. A desigualdade social é muito presente no Brasil, e por isso 
cada um parte de um lugar muito diferente. Uma abordagem inclusiva parte do 
princípio de que o normal é ser diferente; e de que ser diferente é normal. As 
práticas escolares inclusivas não implicam um ensino adaptado para alguns 
estudantes, mas sim um ensino diferente para todos. Dessa forma, é possível 
garantir que todos os estudantes tenham condições de aprender, segundo suas 
próprias capacidades, sem discriminações e adaptações. Isso não significa ignorar 
necessidades específicas que possam interferir no processo de aprendizagem, e sim 
saber quando e como usar recursos e apoios especializados para assegurar que 
todos aprendam. 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Diversidade, equidade e inclusão na escola, p. 27-33) 
 
Vulnerabilidade juvenil no Brasil 
Violência, desemprego, gravidez indesejada, falta de acesso a atividades culturais 
– os jovens são destaque em todas essas estatísticas (ABRAMOVAY; GARCIA, 2006). 
Em 2002, a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE São Paulo) criou 
os Índices de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ). 
No início, os cenários analisados eram: exposição dos jovens a deficiências 
educacionais, morte por homicídio e maternidade precoce. Ao longo dos anos, 
novas versões foram elaboradas, ampliando a escala de estadual para nacional e 
incluindo outros fatores vulnerabilizantes no cálculo, como dados de desigualdade 
racial. 
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853
O Índice de Vulnerabilidade Juvenil é um indicador que agrega dados relativos às 
dimensões consideradas chave na determinação da vulnerabilidade dos jovens à 
violência, como taxa de frequência à escola, escolaridade, inserção no mercado de 
trabalho, taxa de mortalidade por homicídios e por acidentes de trânsito. Serve 
como norteador das políticas públicas de juventude, parcela da população mais 
afetada pela violência no Brasil (Portal da Juventude – Secretaria Nacional da 
Juventude). 
O IVJ Violência de Desigualdade Racial passou a ser realizado a partir de 2014, por 
meio de parceria entre a SNJ e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Classifica 
as Unidades da Federação em quatro dimensões: violência entre os jovens, 
frequência à escola e situação de emprego, pobreza do município e desigualdade. 
Para o cálculo da violência entre os jovens foi incorporada a variável risco relativo, 
que considera as diferenças de mortalidade entre jovens brancos e negros no Brasil. 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 189-191) 
 
 
 
 
Violência 
Um tema recorrente, tanto entre adolescentes quanto entre profissionais que 
atuam com adolescentes, é a questão da violência. Violências de todos os tipos 
marcam esse universo dentro e fora da escola. Em alguns casos, o próprio lar é um 
ABRAMOVAY e GARCIA, 2006 - Caleidoscópio das Violências nas Escolas, de 
Miriam Abramovay e Mary Garcia Castro. Brasília: Missão Criança, 2006. 
Disponível em: http://docplayer.com.br/26668936-Caleidoscopio-das-
violencias-nas-escolas.html. Acesso em: 4 jul. 2019. 
Índice de Vulnerabilidade Juvenil 
É um indicador que agrega dados relativos às dimensões consideradas chave 
na determinação da vulnerabilidade dos jovens à violência, como taxa de 
frequência à escola, escolaridade, inserção no mercado de trabalho, taxa de 
mortalidade por homicídios e por acidentes de trânsito. Serve como 
norteador das políticas públicas de juventude, parcela da população mais 
afetada pela violência no Brasil (Portal da Juventude – Secretaria Nacional 
da Juventude). 
 
http://docplayer.com.br/26668936-Caleidoscopio-das-violencias-nas-escolas.html
http://docplayer.com.br/26668936-Caleidoscopio-das-violencias-nas-escolas.html
local onde a violência atinge diversos níveis. O entorno também contribui para esse 
quadro, já que muitos adolescentes vivem em locais vulneráveis. 
Segundo o autor do livro Age of Opportunity, Lawrence Steinberg, o que melhor 
explica o fato de existirem índices tão altos de criminalidade entre adolescentes é 
a busca pela recompensa imediata, o que os leva a diversas situações de risco. 
Sem reflexão ou orientação, essa sensação de poder acaba se desviando em 
dominação pelo medo, criando relações e dinâmicas de violência. 
Dentro da escola, o bullying é uma realidade frequente. Diferentes níveis de 
desenvolvimento marcam a adolescência. Há meninos e meninas que se 
desenvolvem fisicamente antes de outros, ou possuem mais ou menos facilidade de 
aprendizado do que os outros, abrindo espaço para o sentimento de que alguns são 
“maiores” ou “mais desenvolvidos e inteligentes” do que outros. Sem reflexão ou 
orientação, essa sensação de poder acaba se desviando em dominação pelo medo, 
criando relações e dinâmicas de violência. 
A observação por parte dos adolescentes de que são diferentes entre si, em 
oposição ao desejo de identificação com o grupo e com padrões midiáticos, 
também gera sofrimento e reações violentas. 
A sensação de que não são tão bonitos, inteligentes, desejados e amados pelos 
outros e de que estão fora do padrão faz com que sintomas de depressão sejam 
aparentes entre os adolescentes. 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 123-125) 
 
Bullying e tipos de violência 
Bullying – O bullying é a prática repetida, por longo prazo, de ações violentas 
entre pares, incluindo todos os tipos de violência – física, psicológica, moral, sexual 
e patrimonial. 
Quem faz bullying em geral está em uma condição desigual de poder em relação à 
vítima. Isso pode estar relacionado a popularidade, força ou estatura física, 
competência social, extroversão, inteligência, idade, sexo, etnia e status 
socioeconômico (PEREIRA e WILLIAMS, 2010). 
Conheça os detalhes desses 5 tipos de violência. 
• 1 
STEINBERG, Lawrence. Age of opportunity: Lessons from the New Science 
of Adolescence. New York: Mariner Books, 2015. 
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853Moral: Calúnia, difamação ou injúria. Exemplos: xingar, espalhar mentiras 
a respeito da pessoa, ofender sua dignidade... 
• 2 
Psicológica: Atos que colocam em risco o desenvolvimento psicológico e 
emocional da pessoa, e que danificam sua autoestima, identidade ou 
desenvolvimento. Exemplos: insultos constantes, humilhação, 
desvalorização, chantagem, isolamento de amigos e familiares, 
ridicularização, manipulação afetiva, exploração, negligência, ameaças, 
privação da liberdade, confinamento doméstico. 
• 3 
Sexual: Obrigar a pessoa, por meio de força física, coerção ou intimidação 
psicológica, a ter relações sexuais ou presenciar práticas sexuais contra a 
sua vontade. Exemplos: estupro (incluindo sexo forçado por meios físicos ou 
psicológicos no casamento), abuso incestuoso e assédio sexual, obrigar a 
mulher a se prostituir, fazer aborto ou usar anticoncepcionais contra a sua 
vontade. 
• 4 
Física: Qualquer ato que prejudique a saúde ou a integridade do corpo da 
pessoa, com uso intencional da força física. Por exemplo: tapas, empurrões, 
socos, mordidas, chutes, queimaduras, cortes, estrangulamento, lesões por 
armas ou objetos, exigência de ingestão de medicamentos desnecessários 
ou inadequados, álcool, drogas ou outras substâncias, inclusive alimentos. 
• 5 
Patrimonial, econômica ou financeira: Reter, subtrair ou destruir os bens 
pessoais de alguém, como seus instrumentos de trabalho ou estudo, 
documentos e valores, a residência onde vive e até mesmo animais de 
estimação. Também se aplica quando o agressor deixa de pagar pensão 
alimentícia ou participar nos gastos básicos para a sobrevivência da família. 
(Adaptado da Cartilha da campanha “Também é violência”, da ONG Artemis em 
parceria com a LUSH) 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 195-196) 
STELKO-PEREIRA, Ana Carina; WILLIAMS, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque. 
Reflexões sobre o conceito de violência escolar e a busca por uma definição 
abrangente. In: Temas em Psicologia, vol. 18, n. 1, Ribeirão Preto, 2010. 
Disponível 
em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2010000100005. Último acesso em: 22 mar. 2017. 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2010000100005
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2010000100005
Discriminação 
Veja os dados apresentados por uma pesquisa realizada pela UNICEF/IBOPE 2013, 
com adolescentes e jovens. 
Quando perguntados se já se sentiram discriminados independentemente do 
ambiente, 14% dos entrevistados declararam que sim. Quando o dado da 
discriminação é recortado por cor/raça, fica claro que são os adolescentes pretos 
que mais sofreram discriminação racial on-line(46%). 
Ainda no universo limitado dos 6% que responderam ter sofrido algum tido de 
discriminação, encontramos como maior subgrupo (25%) o dos adolescentes que se 
sentiram discriminados por serem jovens. Outros 14% sentiram-se discriminados por 
serem pobres, 13% por serem negros e 11% se sentiram discriminados pelas roupas 
que usam. 
Quando perguntados em quem buscariam apoio caso sofressem alguma forma de 
violência na rede, 77% indicaram os pais; 9%, amigos; 6% denunciariam na própria 
web; 5%, a polícia; e 1%, educadores. (UNICEF/IBOPE 2013, 12 a 17 anos, ABC) 
 
 
Suicídio e automutilação 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a 3ª causa de morte de 
adolescentes e jovens no mundo. (OMS, 2014) 
 Suicídio em grupo 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2006), a divulgação de uma tentativa de 
suicídio ou um suicídio consumado pode levar a comportamentos de autodestruição 
em grupos de colegas ou comunidades semelhantes. Jovens que imitem o estilo de 
vida ou os atributos de personalidade do indivíduo suicida também podem ser 
afetados. 
O suicídio é a ação de acabar com a própria vida, um ato de violência da pessoa 
que o comete contra si mesma. 
https://www.who.int/es/news-room/detail/14-05-2014-who-calls-for-stronger-focus-on-adolescent-health
Comportamento suicida 
• ideação suicida 
• tentativas de suicídio 
• suicídio consumado 
Conduta autolesiva 
• comportamentos de automutilação 
• cortar-se superficialmente 
• queimar-se 
• arranhar-se 
• beliscar-se 
(ROCHA, 2015) 
 Automutilação 
Também chamada de conduta autolesiva ou autolesão não suicida, a automutilação 
pode ser entendida como uma tentativa de evitar o suicídio. É também uma forma 
de chamar a atenção das pessoas ao redor para um problema como depressão ou 
abuso. 
Segundo a professora e psicóloga clínica Gláucia Rocha, do Instituto de Psicologia 
da USP, os principais fatores de risco são: 
• predisposição genética 
• abuso e maus-tratos na infância 
• desaprovação e hostilidade familiar 
13,9% dos jovens de 16 e 17 anos registrados no atendimento do SUS por violência 
foram vítimas de autoagressão. É a faixa etária com o maior índice registrado entre 
todas as crianças, adolescentes e jovens. (Violência Letal: Crianças Adolescentes 
do Brasil) 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 207 e 209) 
 
 
 
https://www.who.int/es/news-room/detail/14-05-2014-who-calls-for-
stronger-focus-on-adolescent-health 
ROCHA, Gláucia Mitsuko Ataka da. Condutas autolesivas: uma leitura pela 
Teoria do Apego. In: Revista Brasileira de Psicologia, vol. 3, n. 1, 2015. 
Disponível em: http://docplayer.com.br/17723794-Condutas-autolesivas-
uma-leitura-pela-teoria-do-apego.html. Último acesso em: 12 jul. 2019. 
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853
https://www.who.int/es/news-room/detail/14-05-2014-who-calls-for-stronger-focus-on-adolescent-health
https://www.who.int/es/news-room/detail/14-05-2014-who-calls-for-stronger-focus-on-adolescent-health
http://docplayer.com.br/17723794-Condutas-autolesivas-uma-leitura-pela-teoria-do-apego.html
http://docplayer.com.br/17723794-Condutas-autolesivas-uma-leitura-pela-teoria-do-apego.html
Multicausalidade do abandono e da evasão 
A evasão e o abandono escolar são multicausais e acontecem por diversos fatores, 
que ultrapassam os muros da escola. 
Uma série de obstáculos impede que todas as crianças, adolescentes e jovens 
estejam nas salas de aula. Depois de matriculados, os estudantes também 
enfrentam desafios para ter assegurado o direito de permanecer na escola, 
progredir nos estudos e concluir toda a educação básica na idade certa. 
As barreiras podem ser socioculturais e econômicas, estar vinculadas à oferta 
educacional ou ainda ter como pano de fundo questões políticas, financeiras e 
técnicas. 
 Contexto: Fatores externos 
Impedimentos e fatores fora do âmbito escolar que colaboram para a evasão e o 
abandono. 
• Acesso limitado 
• Pessoa com deficiência 
• Gravidez e maternidade 
• Mercado de trabalho 
• Pobreza 
• Violência 
Motivação: fatores internos 
Estudantes que encontram impeditivos na escola e optam sair de forma racional. 
• Déficit de aprendizagem 
• Significado 
• Flexibilidade 
• Qualidade da educação 
• Clima escolar 
• Percepção da importância 
• Desafios emocionais 
Viver situações de discriminação, opressão e violência no ambiente escolar pode 
“empurrar” os jovens para fora da educação formal. Deixar a escola passa a ser 
uma maneira de fugir da violência e da falta de pertencimento. Essa é uma das 
formas com que a desigualdade se relaciona com a evasão e o abandono escolar. 
Números 
Em 10 anos, aumentou a porcentagem de jovens que concluem o Ensino Médio na 
idade certa – até os 17 anos –, passando de 5%, em 2004, para 19%, em 2014. 
Os dados estão em um estudo do Instituto Unibanco, feito com base nos últimos 
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, 1,7 
milhão de jovens entre 15 e 17 anos deixaram a escola sem concluir os estudos. 
Desses, 52% não concluíram sequer o Ensino Fundamental. 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Diversidade, equidade e inclusão na escola, p. 101-
102 e 104-105) 
 
Desafiosdo ensino noturno 
Quando o acesso ao Ensino Médio foi ampliado, na década de 1990, grande parte 
dos estudantes foi alocada no período noturno (CORTI, 2015). Dados mostram que 
6 em cada 10 estudantes matriculados no Ensino Médio em 1996 frequentavam a 
escola à noite. 
O Ensino Médio noturno tem um papel fundamental na garantia do direito à 
educação para estudantes que não podem frequentar as aulas no período diurno, 
seja porque trabalham ou por outros motivos. 
Ao mesmo tempo, não há dados e pesquisas que comprovem a capacidade da rede 
pública em atender a demanda pelo Ensino Médio exclusivamente no turno diurno. 
A grande questão é: quais são as consequências de ter tantos estudantes no 
horário noturno? 
A pesquisadora Daniela Maria Schmitz (2011) ressalta que, durante o período 
noturno, tanto professores quanto estudantes estão cansados demais, por terem 
trabalhado durante o dia. Uma série de indicadores educacionais mostra que os 
estudantes desse turno encontram limites para se familiarizar com os 
conhecimentos e competências apreendidos durante sua passagem pela escola. 
As pontuações obtidas pelos estudantes do curso diurno de Ensino Médio no Sistema 
de Avaliação da Educação Básica (SAEB) são em média 24,5 pontos maiores do que 
as de quem frequenta aulas à noite. Enquanto a taxa de distorção idade/série é de 
33% na rede pública do ensino médio, olhando separadamente para cada turno, 
chega-se à taxa de 23% dos estudantes diurnos e 53% dos noturnos. 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Diversidade, equidade e inclusão na escola, p. 96-97) 
 
 
 
 
 
 
CORTI, 2015 - Tese de Doutorado de Ana Paula Corti, Título: À deriva. Um estudo 
sobre a expansão do ensino médio no estado de São Paulo (1991-2003), 
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2015. 
Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-
07122015-101630/pt-br.php. Acesso em: 4 jul. 2019 
SCHMITZ, Daniela Maria. Dissertação de mestrado, Título: O trabalho docente no 
Ensino Médio em escolas públicas estaduais catarinenses: entre o discurso oficial 
e a materialidade. Tubarão: Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina, 
2011. Disponível em: http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-
content/uploads/2013/10/Daniela-Maria-Schmitz.pdf. Acesso em: 4 jul. 2019. 
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853
http://avaefap.escoladeformacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=100563&pageid=1853
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-07122015-101630/pt-br.php
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-07122015-101630/pt-br.php
http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2013/10/Daniela-Maria-Schmitz.pdf
http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2013/10/Daniela-Maria-Schmitz.pdf
O desafio do celular e das mídias digitais 
O principal suporte tecnológico dos adolescentes inseridos no mundo digital e com 
acesso a alguns dispositivos é o celular. Mais até do que o computador, o celular é 
o principal meio de trocas instantâneas, acesso a redes sociais, acesso à internet, 
produção de fotos, vídeos e de consumo musical. 
 
Trocas instantâneas 
Quando o assunto é tecnologia, o contato com os adolescentes deixa claro o uso 
intensivo de aplicativos de conversas e trocas instantâneas, com destaque para o 
WhatsApp. Mais ainda que o Facebook, o WhatsApp ganha força entre adolescentes 
justamente pelo imediatismo da troca de mensagens, vídeos, áudios e fotos. O fato 
de os pais estarem no Facebook e não necessariamente nos grupos de WhatsApp 
dos filhos contribui também para a preferência ao WhatsApp. A troca de imagens, 
textos e vídeos: por trás de tudo isso está a troca de momentos e instantes de vida. 
Trata-se de uma geração que compartilha constantemente suas experiências 
produzindo efeitos tanto positivos (colaboração, empatia, conexão) quanto 
negativos (exibicionismo, competição, individualismo). 
 
 
Exposição e privacidade em xeque 
A troca de experiências vem acompanhada de uma enxurrada de selfies. Trata-se 
de um comportamento comum de várias faixas etárias que se manifesta com força 
também entre os adolescentes. Assim como vivem o exibicionismo das selfies, eles 
vivem a mobilização social por meio de hashtags comprometidas. Por meio delas 
os adolescentes se aliam a movimentos ou criam os seus próprios. Apesar do amplo 
uso das ferramentas digitais para compartilhar momentos de vida e expressar 
opiniões, os adolescentes não necessariamente são cautelosos em relação à 
exposição excessiva ou controlam o que publicam nas redes. 
 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 135 e 139) 
 
O desafio dos games 
Canais de games no YouTube estão na ponta da língua dos adolescentes, que sabem 
de cor o nome de uma lista de canais distintos. O número de assinantes desses 
canais impressiona, e os adolescentes são parte expressiva desse montante: 
• Rezendevil, 2,3 milhões; 
• Zangado, 2,2 milhões; 
• Cellbits, 900 mil. 
Mais do que simples entretenimento, os adolescentes encaram algumas formas de 
games como portas para o aprendizado, com destaque para o sucesso de Minecraft. 
Embora alguns jogos de grande sucesso estimulem a violência, tantos outros 
estimulam pensamento estratégico e contextualizam suas tramas em fatos 
históricos. 
Os jogos acessados remotamente e em grupo podem também ser uma possibilidade 
de aprender a trabalhar em equipe e estabelecer diálogo. A velocidade do 
processamento de informação, a realização de múltiplas tarefas e o envolvimento 
com mídias interativas apontam para um desafio importante na escolarização 
formal: ser atraente, envolvente, lúdica e dinâmica. 
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 141 e 146) 
 
Saiba Para saber mais sobre adolescentes e jovens no Brasil, e sobre os temas 
tratados acima, acesse a íntegra dos estudos a seguir, disponibilizados 
no site do Projeto Faz Sentido. 
• Adolescentes 
• Juventudes e Ensino Médio 
• Diversidade, equidade e inclusão na escola 
https://www.minecraft.net/pt-br/ 
http://fazsentido.org.br/ 
http://fazsentido.org.br/wp-
content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf 
http://fazsentido.org.br/wp-
content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentid
o.pdf 
https://www.minecraft.net/pt-br/
http://fazsentido.org.br/
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf
https://www.minecraft.net/pt-br/
http://fazsentido.org.br/
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf
http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf
 
 
 
Adolescentes e jovens e seus desafios 
Dicas práticas 
 
Agora, assista ao vídeo a seguir com Anna Penido, que traz dicas práticas de como 
lidar com essas questões no ambiente escolar. 
http://midias.escoladeformacao.sp.gov.br/inova/008_ANNA_PENIDO_VU
NERABILIDADES_DICAS.mp4 
Para ler e usar as dicas no dia a dia na escola, clique nos itens a seguir. 
DICA 1 
• Entreviste as famílias para identificar as vulnerabilidades sociais e 
econômicas que afetam a vida dos estudantes. Para isso, utilize um roteiro 
de perguntas sugestivas, que permita à escola entender a causa de algumas 
das dificuldades de aprendizagem e comportamento que eles apresentam. 
• A estratégia ganha força se acompanhada de visitas a seus locais de 
residência. O processo pode ser realizado de forma mais aprofundada no 
momento de entrada do estudante na

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