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Membrana Plasmática e Transporte

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Fisiologia Humana IVictoria Z. Brondani – Medicina UFSM/ Turma 113
· Membrana Plasmática
Barreira de passagem de diferentes solutos no líquido intracelular e extracelular. Possui proteínas que facilitam o transporte de substâncias que não conseguem ultrapassar a membrana.
- Distribuição da água nos compartimentos líquidos do corpo:
	De 70% a 50%
É inversamente proporcional a quantidade de tecido adiposo
Se divide entre dois compartimentos: Líquido extracelular (1/3) e líquido intracelular (2/3)
· LEC: dividido em: 
· Plasma (líquido que circula nos compartimentos sanguíneos)
· Liquido intersticial (ultrafiltrado do plasma – poucas proteínas, pois a parede capilar impede a passagem dessas)
- Composição dos compartimentos líquidos do corpo
Composição não uniforme
	- Quantidade de íons
	- Quantidade de proteínas
	- Plasma – proteínas específicas 
· LEC
- Principal cátion: sódio
- Principais ânions: cloreto e bicarbonato
· LIC
- Principais cátions: potássio e magnésio
- Principais ânions: proteínas e fosfatos orgânicos
- Cálcio maior concentração extracelular (pela sua toxicidade)
- Ph maior extracelular
- osmolaridade é igual nos dois compartimentos 
Importância das diferenças de concentração nas membranas
A. Potencial de repouso das células musculares e nervosas [K]
B. Despolarização – influxo de sódio
C. Excitação-contração [Ca]
D. Absorção de nutrientes essenciais [Na]
- Auxílio na sinalização das células para suas necessidades
Eletroneutralidade 
Cátion = ânion (somente ao longo da membrana)
IMPORTANTE: Na + grande concentração extracelular
		K + grande concentração intracelular
· Composição da membrana
Composição principal: proteínas e lipídios
• Também possui glicídios
• Lipídios colesterol, fosfolipídios, glicolipídios, esfingolipidios
• Pequena permeabilidade à substâncias hidrossolúveis
• Alta permeabilidade a substâncias lipossolúveis
• Proteínas receptores (recebem o sinal, se ligam a uma substancia e transportam o sinal para interior da célula), transportadores (auxiliam na passagem de substancias que nnão ultrapassam a membrana), enzimas, antígenos
Bicamada fosfolipidica: parte polar contendo fosfato e apolar contendo hidrocarboneto		
· Tipos de proteínas 
Integrais: 
· Atravessam a membrana
· Ancoradas por interações hidrofóbicas 
· Removidas por detergentes 
· Transmembranares
Periféricas: 
· Não estão covalentemente ligadas
· Presentes nas faces intra e extra
· Interações eletrostáticas
· Ligações iônicas e pontes de hidrogênio 
· Transporte através das membranas 
- Mecanismos:
Transporte passivo:
- Difusão simples
- Difusão facilitada
- Filtração
- Osmose	
Transporte ativo:
- Primário
- Secundário
· Difusão:
- Passivo
- Energia cinética é a causa
- Movimento contínuo de moléculas umas contra as outras, nos líquidos ou nos gases, é chamado difusão
Simples: 
- Substâncias (lipossolúvel, apolares e hidrofóbica) ultrapassam a membrana ou a proteína canal
· Fatores: 
A. coeficiente de partição (K): solubilidade em óleo (apolaridade) X solubilidade em água (hidrofobicidade)
B. valor do gradiente de concentração – mais concentrado para menos concentrado
C. coeficiente de difusão (D): tamanho da molécula e viscosidade do meio. É inversamente proporcional ao raio da molécula e a viscosidade do meio.
D. espessura da membrana (x): maior espessura menor a difusão
E. área de superfície disponível para difusão: maior a área maior a intensidade da difusão
TODAS ESSAS CONDIÇÕES E CARACTERISTICAS SÃO COLOCADAS DENTRO DA “LEI DE DIFUSÃO DE FICK”
Vias da difusão simples: 
1. Interstícios da bicamada (substancias lipossolúveis)
2. Pelos canais aquosos que penetram por toda a espessura da membrana, por meio de algumadas grandes proteínas canais
Tipos de canais: 
- Canais proteicos sempre abertos (canais de vazamento de potássio)
- Canais de abertura dependentes de: a) voltagem ou b) ligantes 
 · Canais proteicos são seletivos, caracterizados pelo tamanho e carga elétrica do poro
· A água também faz difusão simples por canais específicos (aquaporinas)
· Difusão simples de íons por canais de vazamento ou canais comporta 
· Difusão de eletrólitos: influência de cargas
Facilitada: 
- Substância se liga a um carreador
(O carreador tem um local especifico de ligação, que liga a substancia e altera sua estrutura) 
- Ocorre a favor do gradiente eletroquímico
- Não ocorre gasto de energia
- Glicose e muitos dos aminoácidos	
· Características:
A. Saturação: número limitado de sítios nos carreadores
· A velocidade da difusão aumenta conforme aumenta a concentração da substância, até atingir saturação
· Transporte máximo ou Tm (saturação de todos os sítios) – velocidade máxima
B. Estereoespecificidade (exemplo: transporte especifico para D-glicose, não ocorre o transporte de L-glicose)
C. Competição: inibição do transporte (florizina e maltose) ou competição com moléculas
- D-galactose: usa o mesmo transportador de D-glicose
		Inibe o transporte de glicose
Principais carreadores desta modalidade : GLUTs (glicose)
			
Osmose:
- Fluxo de agua através de poros da membrana semipermeável (aquaporinas) que ocorre devido a diferença na concentração da água nos dois compartimentos.
- Osmolaridade: concentração de partículas osmoticamente ativas
	Cálculo concentração do soluto e se este se dissocia em solução
· Duas soluções com mesma osmolaridade = isosmóticas
· Diferentes osmolaridades= hiperosmótica e hiposmótica
Pressão osmótica = Força que impele o fluxo osmótico de água
A diferença de concentração do soluto cria uma diferença de pressão osmótica, através da membrana, que é a força que impele o fluxo osmótico de água.
· A pressão osmótica depende de dois fatores:
	- Concentração de partículas osmoticamente ativas;
	- Quantidade de soluto que permanece na solução 1
(Coeficiente de reflexão = descreve a facilidade com que o soluto atravessa a membrana
Substancias com pressão osmótica com valores entre 0 e 1 possuem permeabilidade variável à membrana e fazem com que haja pressão osmótica e passagem de água. Ao contrário de substâncias com pressão osmótica igual a zero)
Através do cálculo da pressão osmótica define-se soluções: isotônicas, hipotônicas e hipertônicas
Filtração:
Processo que não depende de gradiente de concentração
• Depende de um gradiente de pressão
• Processo passivo
• Não é um processo seletivo
• Depende dos poros da membrana de filtração (tipo de capilar)
· Transporte ativo
- Depende de proteínas transportadoras
- Transferência de energia aos solutos
- Contra o gradiente de concentração (eletroquímico)
- Ocorre gasto de energia direta ou indiretamente
* primário: gasto direto de energia
* secundário: gasto indireto de energia
Primário:
- Contra o gradiente de concentração
- Ocorre gasto direto de energia metabólica via hidrólise de ATP
	*hidrólise: a enzima irá clivar a molécula de atp na presença de água, e irá liberar um fosfato inorgânico e um ADP e com isso libera energia
Tipo:
A) Bomba de NA+ - K+ ATPase (todas as membranas celulares)
B) Bomba de Ca2+ ATPase (retículo sarcoplasmático, mitocôndria e membrana plasmática
C) Bom H+ - K+ ATPase (células parietais gástricas)
A) Bomba eletrogênica (processo eletrogênico) -> (interior da célula mais negativo e exterior mais positivo) 
Gasto de ARP
Diferença de concentração de sódio e potássio
B) Bomba eletrogênica 
Só transporta cálcio
Gasto de atp
Diferença de concentração de cálcio 
A do reticulo sarcoplasmático é mais eficiente
Estados E1 e E2 – quando ligado dentro da célula ela liga cálcio, para fora desliga
C) Transporte de prótons do LIC das células parietais para o lúmen do estômago
Acides do conteúdo gástrico
Inibidor: omeprazol
Secundário:
- Gasto de energia indireto
- Transporte combinado de 2ou mais solutos
- Sódio (movido de acordo com seu gradiente eletroquímico)
- Soluto x se move contra o gradiente eletroquímico
- Também ocorre inibição pela ouabaína
A) cotransporte ou simporte: mesmo sentido da transferência de sódio
B) contratransporte (antiporte ou troca): solutosmovem-se em direção oposta
Transporte vesicular:
- Processo de fagocitose ou endocitose – transporte ativo
- Criação de vesículas
- Fagocitose (fagócitos): mediada pelo citoesqueleto
- Endocitose (pinocitose, potocitose ou endocitose mediada por receptor)
- Exocitose (liberar proteínas, mediadores e outros metabólitos ao meio externo)
Osmolaridade e Tonicidade
A osmolaridade descreve a concentração total de solutos em uma solução. Uma solução com baixa osmolaridade tem menos partículas de soluto por litro de solução, ao passo que uma solução com alta osmolaridade tem mais partículas de soluto por litro de solução. Quando soluções com osmolaridades diferentes são separadas por uma membrana permeável à água, mas não ao soluto, a água se move do lado com menor osmolaridade para o lado com maior osmolaridade.
A tonicidade é a capacidade de uma solução extracelular de fazer a água se mover para dentro e para fora de uma célula por osmose. A tonicidade é um pouco diferente da osmolaridade porque leva em consideração as concentrações relativas de soluto e também a permeabilidade da membrana celular a esses solutos.
Resumo dos transportes membranares:
	
Potenciais de Membrana e Canais Iônicos
· Bioeletrogênese
- Origem da eletricidade biológica
- Propriedade de certas células de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana (como a presença de íons);
- Todas as células possuem a propriedade de gerar potencial elétrico;
- Células características: neurônios e células musculares;
(Neurônio: gera eletricidade, a codifica e a conduz através dos axônios até a proximidade de outra célula);
- Importante para uma série de processos que ocorrem na célula;
- Potencial de ação (comunicação neural);
- Contração muscular.
Potencial de repouso: 
· Criado devido a diferença de concentração de íons através da membrana
· Diferença no potencial de membrana das células excitáveis na ausência de estímulo, ou seja, quando estão em repouso. É negativo (-65mV)
· No repouso há maior concentração de K+ no interior e Na+ no exterior, ou seja, a membrana é muito mais permeável ao K+, por isso, o potencial de repouso é próximo ao potencial de equilíbrio do K+ (o potencial que seria gerado pelo K+ se ele fosse o único íon do sistema)
K+ faz influxo
Na+ faz efluxo
Potencial de difusão: 
· Criado devido a diferença de concentração de íons através da membrana;
· Potencial elétrico gerado pela difusão de íons (medido em mV)
Os íons atravessam a membrana pelos canais de vazamento.
Potenciais de equilíbrio: 
· A diferença do potencial elétrico na membrana celular que equilibra exatamente o gradiente de concentração de um íon é conhecido como potencial de equilíbrio. Devido ao sistema estar em equilíbrio, o potencial da membrana tenderá a ficar em potencial de equilíbrio. Para uma célula em que existe apenas uma espécie iônica permeante (apenas um tipo de íon que consegue atravessar a membrana), o potencial de repouso da membrana será igual ao potencial de equilíbrio para esse íon.
· É o potencial que contrabalança a tendência de difusão, pois o transporte de cargas impede após determinado tempo a difusão do íon. Quando atingido o equilíbrio eletroquímico não ocorre mais a difusão efetiva.
· Quanto mais acentuado é o gradiente de concentração, maior o potencial elétrico que o equilibra deve ser.
Exemplo:	
· Potencial de equilíbrio de sódio (cátion): diferença de potencial que equilibra a tendência do sódio de se difundir seguindo o seu gradiente de concentração;
· Potencial de equilíbrio de cloreto (ânion): diferença de potencial que equilibra a tendência do cloreto de se difundir seguindo o seu gradiente de concentração;
· Para os dois casos, quando as forças químicas e elétricas são iguais – íon entra em equilíbrio eletroquímico.
Observações importantes relacionadas ao potencial de equilíbrio neuronal
1. Grandes alterações no potencial de membrana são cauadas por alterações minúsculas nas concentrações iônicas;
2. A diferença de carga elétrica ocorre entre as superfícies interna e externa da membrana
3. Íons são impelidos através da membrana em uma velocidade proporcial à diferença entre o potencial de membrana e o potencial de equilíbrio (Em – Eíon = força motriz efetiva)
4. Se a diferença de concentração para um íon através da membrana é conhecido o potencial de membrana pode ser calculado para esse íon.
Potencial de nernst: Relação entre a diferença de concentração de um íon permeável a membrana e o potencial de difusão que é necessário para evitar a difusão adicional do íon 
· Calcula até quanto o íon pode alterar o potencial de membrana da célula
· Cálculo do potencial de equilíbrio de um íon
· Converte a diferença de concentração do íon para voltagem
· O potencial de membrana é expresso como o potencial intracelular em relação ao potencial extracelular
Equação de Goldman:
· Mesmo tendo conhecimento dos íons preferenciais para ultrapassar a membrana, também existem outros íons, que são utilizados pela equação de Goldman;
· Relação entre a diferença de concentração de íons permeáveis a membrana e o potencial de difusão que é necessário para evitar difusão adicional destes íons;
· Potássio, sódio e cloreto;
· Permeabilidade da membrana, concentração interna e externa e polaridade das cargas elétricas.
Potencial de repouso da membrana
· Diferença de potencial no repouso de membranas excitáveis
· Resultante da diferença de concentração dos diferentes íons
· Potencial de membrana em repouso é negativo (-60 até -90 mV)
· Próximo aos potenciais de equilíbrio dos íons permeáveis à membrana (potássio principalmente)
A bomba de Na+ K+ ATPase (bomba eletrogênica = gera diferença de carga) tem participação na criação do gradiente de concentração de potássio e sódio. Se ela não existisse o sódio não sairia da célula.
Bomba de Na K ATPase (bomba eletrogênica):
Exterior
Gradiente de sódio e potássio e gasto de ATP:
· Quando ocorre um potencial de ação o gasto de energia da célula aumenta devido a atividade da bomba de sódio-potássio ATPase
· O estímulo é a concentração de sódio intracelular (volume celular)
· A osmolaridade é mantida pela concentração de sódio
Canais de vazamento de íons potássio: saída do íons potássio. 
· Sai por diferença de concentração (efluxo) e é o que gera o potencial de repouso;
· Estão sempre abertos;
· Possuem quatro domínios transmembrana;
· Formam canais de dois poros.
Base iônica do potencial de ação:
· Carga negativa dentro do neurônio (ânions):
· Proteínas
· Fosfatos orgânicos
· Sulfatos orgânicos
· Cargas negativas aprisionadas no neurônio favorecem a carga negativa no repouso
O que ajuda a manter o potencial de repouso na membrana: a bomba de Na+ K-; o canal de vazamento de K- causando efluxo de potássio e a carga negativa dentro do neurônio acumuladas.
Proteínas canais
As células musculares vasculares expressam quatro diferentes tipos de canais de potássio:
· Canal de potássio dependente da voltagem (Kv) – aumentam a sua atividade em estados de despolarização da membrana e são importantes reguladores do potencial de membrana em resposta a estímulos despolarizantes;
· Canal de potássio dependente do Ca2+ (Kca) – respondem a alterações da concentração de Ca2+ intracelular regulando o potencial de membrana e são importantes no controle do tónus miogénico;
· Canais de potássio dependentes do ATP – respondem a alterações do metabolismo celular e constituem canais alvo de uma grande variedade de estímulos vasodilatadores;
· Canais de potássio (Kir- inward rectifier) – regulam o potencial de membrana das células musculares vasculares de vários tipos de artérias e operam quando aumentam as concentrações de K+, H+ e adenosina.
Potencial de ação neuronal
· Mecanismo básico de transmissão de informação no sistema nervoso;
· Células excitáveis neurônios e miócitos.
Termos importantes:
1. Estágio de repouso: potássio está passando usando os canais de vazamento
2. Potencial limiar: pequena variação de influxo de íons positivos que causam abertura doscanais de sódio dependentes de voltagem ocorre despolarização 
3. Estágio de despolarização: abertura dos canais de sódio dependentes de voltagem 
4. Pico do potencial de ação: fechamento dos canais de sódio dependentes de voltagem
5. Estágio de repolarização: abrem os canais de potássio dependentes de voltagem
Corrente de influxo – o íon quer entrar
Corrente de efluxo – o íon quer sair
Termos importantes:
Despolarização: potencial de membrana torna-se menos negativo;
Repolarização: retorna para a diferença de potencial de membrana;
Hiperpolarização: potencial de membrana torna-se mais negativo.
Potencial de membrana no repouso (-90 mV)
· Permeabilidade ao potássio é alta;
· Potencial de equilíbrio do potássio potencial de membrana;
· Condutância (permeabilidade ao sódio é baixa;
· Membrana está polarizada (repouso).
Estágio de despolarização canais de sódio dependentes de voltagem
· Deflexão inicial – despolarização 
		Proteína passa várias vezes pela membrana formando domínios 
· Limiar do potencial de ação 50 a 70 mV – abertura dos canais de sódio – sódio faz influxo
· Comportas de ativação e inativação (3 estados);
· Condutância do sódio é alta;
· Membrana está polarizada.
 
Repolarização do potencial de ação: canais de potássio dependentes de voltagem
- Ativação lenta (tanto fechamento quando abertura)
- Fechamento dos canais de sódio
- Abertura de canais de potássio
- Fazem influxo e repolarizam a célula
Alteração de condutância de sódio e potássio
4
1
1 – Vazamento de potássio
2 – Ativação: neurônio ativado (entra sódio)
3 – Inativação: fechamento do canal de sódio
4 – Efluxo saída de potássio
Íons cálcio e o potencial de ação
· Baixa concentração de íons cálcio (intracelular 10-7 M)
· Extracelular é de 10-3 M
· Canais de cálcio regulados por voltagem (potencial de ação)
· Despolarização
· São considerados lentos e causam despolarização sustentada
Formação de platô no potencial de ação - canais de cálcio regulados por voltagem:
- Acontece no coração
- Despolarização: canais de sódio dependentes de voltagem
- Platô: canais de cálcio dependentes de voltagem 
- Repolarização: canais de potássio dependentes de voltagem
- Repouso: canais de vazamento dependentes de voltagem
Potenciais de ação
Potencial limiar: é o mínimo de mudança no potencial de membrana em relação ao potencial de membrana em repouso, que deve ocorrer para ativar os canais de sódio dependentes de voltagem
· Entrada de íons positivos
· Cálcio ou sódio
· Canais controlados por ligantes ou voltagem
· Receptores acoplados a proteína G
As pequenas entradas de íons positivos se somam para que, na “zona do gatilho”, seja calculado se o limiar foi atingido ou não. Se sim, é gerado um potencial de ação no axônio e esse é conduzido até a região terminal. 
Potencial graduado: não é um potencial de ação, são formas distintas de sinais elétricos.
	Esses potenciais variam em:
· Magnitude;
· Duração
· Decaimento com distância
· Ocorrem nos dendritos e corpo celular
· Causados pela abertura e fechamento de vários tipos de canais iônicos 
O potencial graduado viaja pequenas distancias e suas etapas são:
1. Neurotransmissor se liga ao canal ligante de Na+
2. Na+ entra na célula através do canal aberto
3. Corrente se espalha através da célula
4. A força do sinal diminui com a distância, por causa do mecanismo para retirada dos íons positivos
	Potencial Graduado
	Potencial de Ação
	A amplitude é proporcional a intensidade do estímulo
	A amplitude não depende da intensidade do estímulo, desde que o estímulo seja limiar ou supralimiar
	Pode ser somado
	Não pode ser somado
	Não tem limiar
	Tem limiar
	A amplitude diminui com a distância ou o tempo do estímulo
	A amplitude é constante
	Não tem período refratário
	Tem período refratário 
	Inicia no repouso
	Inicia no limiar
	Pode ser despolarização ou hiperpolarização
	Sempre despolarização total
	Pode ser iniciado pela abertura de qualquer tipo de canal com portão
	É iniciado pela abertura de canal voltagem-dependente
Potencias de ação são causados pela despolarização da membrana além do limiar
Propagação dos potenciais de ação – dispersão das correntes locais pela fibra nervosa ou muscular
Estágio de despolarização: canais de sódio dependentes de voltagem
- Canal fechado inicialmente (célula em repouso -70mV)
- Quando é atingido o limiar há a abertura dos canais e ocorre influxo de sódio
 
- O potencial de membrana fica cada vez menos negativo até atingir o pico do potencial de ação os canais, então os canais inativam
- Depois de um tempo, em resposta a rápida repolarização da membrana, o canal retorna ao seu estado original (quando a célula retorna ao potencial de repouso)
- A comporta de ativação abre em resposta a voltagem
- A comporta de inativação possui duas hipóteses: a de que ela fecharia porque fechou ao pico do potencial, ou que ela fecharia por um tempo em que o canal ficou aberto
Razões para que pico do potencial de ação não ocorra em valores similares ao potencial de equilíbrio do íon sódio
· Canais de sódio em estado inativado antes que possa ocorrer seu potencial de equilíbrio
· Abertura dos canais de potássio, então a membrana começa a repolarizar, e como ocorre o efluxo de potássio, não é possível alcançar o potencial de membrana de +65mV
Retroalimentação positiva no potencial de ação
Repolarização do potencial de ação: canais de potássio dependentes de vontagem
Esses canais possuem duas fases: Repouso e Ativação Lenta
Possuem comportas de inativação (que abrem ou fecham) e esse efeito é mais lento
Hiperpolarização
- Fase causada pelo fechamento lento dos canais de potássio voltagem dependentes
- O potencial de membrana fica abaixo dos valores do potencial de repouso da membrana
- Contribui para o período refratário relativo
Acomodação
Quando uma célula nervosa ou muscular é lentamente despolarizada ou mantida em um nível despolarizado, o potencial limiar usual pode passar sem que um potencial de ação seja disparado. Esse processo, denominado acomodação, ocorre porque a despolarização fecha as comportas de inativação nos canais de Na+. Quando a despolarização é suficientemente lenta, os canais de Na+ se fecham e assim permanecem. A fase ascendente do potencial de ação não pode ocorrer, já que não há suficientes canais de Na+ abertos para carrear a corrente de influxo. Um exemplo de acomodação é observado em indivíduos que apresentam elevação da concentração sérica de K+, chamada hipercalemia. Em repouso, as membranas de células nervosas e musculares são muito permeáveis ao K+; um aumento na concentração extracelular de K+ despolariza a membrana em repouso (como determinado pela equação de Nernst). Essa despolarização faz com que a membrana celular fique mais próxima do limiar e deveria facilitar o disparo de um potencial de ação. Na verdade, é menos provável, porém, que a célula dispare um potencial de ação, já que a manutenção da despolarização fecha as comportas de inativação dos canais de Na+.
Períodos Refratários 
Estão relacionados aos canais voltagem dependente de sódio.
· Período refratário absoluto: os canais de sódio estão abertos ou inativados. Período em que mesmo após estimulação não ocorre potencial de ação;
· Período refratário relativo: é quando ocorre, devido ao fechamento lento dos canais de potássio dependentes de voltagem, pode ocorre hiperpolarização e pode ocorrer potenciais de ação.
Propagação dos potencias de ação:
 · Ocorre pela dispersão das correntes locais pela fibra nervosa ou muscular
· Nessa dispersão, sempre que um determinado local está despolarizando, essa corrente se dissipa em direção aos axônios, sem tendência de retorno ao local onde a corrente foi gerada, pois lá os canais de sódio estão inativados
· Então, a dispersão sendo ocorre no sentido dos locais onde os canais de sódio podem ser a abertos
Características do potencial de ação
· Amplitude e formato estereotípicos, ou seja, sempre vai ter os mesmos potenciais de repouso/picô
· Resposta tudo ou nada: 
· Necessário atingir o potenciallimiar
· Durante o período refratário relativo não ocorre ou apresenta formato diferente menor amplitude)
Automatismo de alguns tecidos excitáveis
· Não possuem potencial de repouso estável
· Células do nodo sinoatrial no coração
· Centro respiratório ou cardíaco no tronco cerebral
· Intestino delgado (músculo liso peristaltismo)
· Aumento da entrada de íons sódio e cálcio, através de canais de sódio ou de canais de cálcio sódio lentos
Velocidade de condução 
· Velocidade em que é transmitido o potencial de ação pela fibra nervosa ou muscular e depende de algumas propriedades:
· Propriedades de cabo: 
· Constante de tempo e constante de comprimento: determinam porque alguns tipos de neurônios e músculos funcionam como cabos condutores de energia elétrica
· Constante de tempo: rapidez da despolarização da membrana
- Fatores que alteram: resistência da membrana, capacitância da membrana (capacidade de armazenamento de carga pela membrana)
- Constante de tempo é maior quando a resistência e a capacitância da membrana são maiores.
· Constante de comprimento: distância percorrida pelo potencial de ação, indica a dispersão da corrente pela fibra nervosa.
- Maior quando: maior o diâmetro do nervo (menor resistência interna e menor a capacitância maior número de canais de potássio e menor a resistência da membrana).
- Maior quando: menor a resistência interna da membrana.
· Fatores que alteram a velocidade de condução:
· Aumento da velocidade de condução quando maior o calibre da fibra nervosa (menor resistência interna e resistência da membrana) e a mielinização da fibra nervosa.
· Mielina: isolante lipídico de axônios. Aumenta a resistência da membrana e reduz a sua capacitância
· Condução saltitante (nodos de Ranvier)
Pequeno calibre e sem bainha: + colisões entre íons e + mais lenta troca iônica = MENOR velocidade de condução
Maior calibre e com bainha: A bainha de mielina permite a condução saltatória, que agiliza a movimentação do impulso. Com isso, o corpo atinge uma condução nervosa rápida e eficiente
Maior calibre e sem bainha: - colisões e + rápida troca iônica = MAIOR velocidade de condução

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