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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORMOSA. Embargos à execução por dependência ao processo nº _________. Maria Dolores de Almeida, brasileira, solteira, contabilista, RG 00.000.000-1, CPF 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua Nossa Senhora da Conceição, nº 16, Porto Alegre, por intermédio de seu advogado, com escritório na Rua Dos Problemas Abundantes, n. 666, sala 171, Centro, local indicado para fins dos arts. 77, V e 106, I do CPC/15, vem, com fulcro nos artigos 914 e seguintes do NCPC/15, propor: EMBARGOS À EXECUÇÃO Em face de Banco Juros Altos S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CPF nº00.200.220.2220-22, possuidora do endereço eletrônico bancojurosaltoss.a@banco.com.br, com sede em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, representada por seu diretor Joaquino Souza da Cruz, brasileiro, inscrito no CPF sob nº000.000.000-03, com RG nº00.000.000-4, possuidor do endereço eletrônico joaquino_Diretor@bancojuros.com, residente e domiciliado na Rua Tavares de Macedo, e Patrícia Sampaio Macedo, brasileira, casada, advogada, CPF nº000.000.000-07, RG nº 00.000.000-8, possuidora do endereço eletrônico patriciamacedo@advog.com.br, residente e domiciliada na Rua Nossa Senhora da Conceição, nº 28, Porto Alegre, pelos fatos e fundamen tos a serem expostos. I – DOS FATOS. O embargante firmou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído pela segunda embargada junto ao primeiro embargado, em agosto do ano de 2018, no valor de R$200.000,00 (duzentos mil reais) a serem pagos em 20 parcelas mensais e sucessivas. Em março de 2019, foi informado pelo primeiro embargado que a segunda embargada havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2018. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, o embargante quitou a dívida em 23/05/2019, todavia, não solicitou que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado. Fato é que há poucos dias, recebeu informação do porteiro do edif ício no qual tem seu escritório de contabilidade que havia sido procurado por um oficial de justiça. Ao diligenciar para inteirar- se dos acontecimentos, o embargante descobriu que o Banco Juros Altos S.A havia ajuizado Ação de Execução nº 1203/19 fundada em título executivo extrajudicial em face dela e de Patrícia. Acreditando tratar-se de um equívoco, Maria Dolores compareceu no dia seguinte ao Cartório da 02ª Vara Cível da comarca de sua cidade para consultar os autos do processo, local onde foi prontamente intimada pelo oficial de justiça de plantão. Na ocasião, verificou os seguintes fatos: a) O Banco estava executando outro empréstimo contraído por Patrícia, no valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais), sendo que o mesmo não possui qualquer garantia. b) Apesar da nota promissória assinada por Maria Dolores estar vinculada ao contrato quitado em maio/2019, o Banco a utilizou para embasar a Execução, tendo, ainda a incluído no pólo passivo. c) O Banco requereu a penhora do escritório de Maria Dolores, situado na rua Dos Problemas Abundantes, n. 666, sala 171, Centro, o que foi deferido pelo juiz. mailto:patriciamacedo@advog.com.br II – DO DIREITO A norma legal autoriza ao embargante a oposição de embargos à execução para alegar a inexigibilidade de título executivo extrajudicial. Preleciona o artigo 917 do Código Processual Civil de 2015, in verbis: “Art. 917, NCPC/15. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: (…) I- inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obr igação”. O referido artigo aplica-se ao caso em apreço uma vez que, conforme narrado, o título em que se funda a presente execução já foi pago. Da análise do contrato de empréstimo executado conclui-se que o mesmo, além de ter sido firmado em valor superior ao avalizado pelo embargante, não possui nenhuma garantia. Ademais, o título executivo assinado pelo embargado e em que se funda a executória não corresponde ao contrato embargado. Deste modo, temos a inexistência de relação jurídica entre o primeiro embargado e o embargante, logo, configurada a ilegitimidade do embargado para figurar no polo passivo da presente execução. III – DO EFEITO SUSPENSIVO Traz o artigo 919, § 1º, do NCPC/15: “Art. 919, §1º, NCPC/15. O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes”. Verificamos na presente demanda a necessária suspensão da tutela deferida, posto que o embargante vem sendo cobrado por dívidas já realizadas e houve o deferimento de penhora sobre o bem imóvel onde desenvolve suas atividades profissionais, esta in devida. IV – DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: a) Seja atribuído efeito suspensivo aos embargos à execução; b) Seja ouvido o embargado no prazo de 15 (quinze) dias; c) Seja desconstituída a penhora que incide sobre o bem imóvel comercial do embargante; d) Sejam condenados os embargados aos ônus da sucumbência. V – DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguin tes do Código de Processo Civil em vigor, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu. VI – DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais). Termos em que P. Deferimento. Rio de Janeiro, 12 de junho de 2020 Advogado OAB/RJ Nº 148654
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