Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Condomínio Direito de PROPRIEDADE Conceito Domínio/Propriedade exercido em conjunto · Pluralidade de sujeitos (comunhão); · Unicidade de objeto (indivisão – natural ou fictio iuris, ou seja, ficção jurídica). Obs.: o condomínio não fere a exclusividade, pois essa tem a ideia de que o sujeito atue com a coisa de forma erga omnes, ou seja, excluindo os demais. TRADICIONAL – terrenos/casas Nessa hipótese há somente partes comuns/ em comunhão com todos os condôminos, ou seja, os sujeitos são proprietários do todo comumente. Obs.: no plano ideal existe a possibilidade de se dividir em frações; na realidade fática a propriedade é comum em sua integralidade. EDILÍCIO – é o condomínio em edificação. Nessa hipótese existem dois tipos de partes: comuns e exclusivas. Pro divisio – existe uma divisão para exercício exclusivo da posse; Pro indivisio – não há divisão para exercício exclusivo da posse. Obs.: essas duas hipóteses tratam da divisão da posse; pois nesse instituto é necessária a unicidade do objeto, impossibilitando a divisão da propriedade. Por tanto, a propriedade é conjunta, mas existe a possibilidade de divisão da posse. Condomínio Tradicional/ Geral/ Comum Pode ser dividido em condomínio: 1. Legal – em duas hipóteses: · Forçado/necessário é estipulado por muros, paredes, cercas, etc.; · Fortuito aquele em que a lei prevê em caso futuro descrito pela própria norma (ex.: herança). 2. Voluntario – Direitos · Uso e fruição de toda a coisa (Teoria da Propriedade Integral) Obs.: não há possibilidade de usucapião entre os condôminos. Obs.: há a possibilidade de o sujeito exercer a posse com exclusividade – usucapião familiar · Ações possessórias e reivindicatórias – sempre pode ser exercida contra terceiro; CUIDADO – Somente pode ser exercida contra condômino a ação possessória (visando impedir o exercício da posse com exclusividade). Não podendo exercer ação reivindicatória/petitória pois são proprietários da mesma situação jurídica; legalmente, seria entrar com ação contra sua própria propriedade. Art. 1.240-A, CC. · Alienar e dar em garantia com o consentimento de todos: >> recusa imotivada = suprimento judicial; >> Alienar a fração ideal = direito de proferência. – ao condômino · Direito de Voto – é exercido desde que haja pagamento em dia das despesas/taxas do condomínio. · Direito de proferência no aluguel – é do condômino (art. 1.322, cc) Deveres · Respeitar a finalidade da coisa; · Não dar posse, uso e gozo sem consentimento (evitar usucapião); - de terceiros · Dividir despesas comuns (art. 1.315 a 1.317); · Responsabilidade pelos frutos (art. 1.319). Obs.: as divisões devem atender a proporcionalidade, nas frações ideais. Obs.: art. 1.318. Administração Art. 1.323 Pode ser condômino ou terceiro. · Eleito pela maioria das frações ideais (econômico); - ou seja, decide quem tem maior fração econômica sobre a propriedade. Obs.: empate – decisão judicial · Atos ultra vires – atos com excesso de poder – o condomínio responde, mas tem ação de regresso. Extinção Obs.: A extinção pode acontecer se cessada alguma dos requisitos necessárias (pluralidade de sujeito ou unicidade do objeto). “Todo condomínio voluntário pode ser extinto a qualquer momento, com a ação de divisão.” · Prazo de indivisibilidade = 5 anos + 1 prorrogação Art. 1.320, cc. Obs.: proibida a prorrogação quando o condomínio for estabelecido por testamento ou doação. (art. 1.32, §2°, CC). · Não sendo possível a divisão, pode ocorrer a alienação do mesmo para um único proprietário (condomínio tem preferencia perante terceiros). Condomínio Edilício · Personalidade anômola – En. 246: fica alterado o enunciado n. 90, com supressão da parte final: “nas relações jurídicas inerentes às atividades de seu peculiar interesse”. Prevalece o texto: “Deve ser reconhecida personalidade jurídica ao condomínio edilício.” · Não há usucapião em áreas coletivas, o que há é o supressio (STJ) – supressão de direito de posse dos outros condôminos, sobre a posse exercida por exclusividade por um sujeito. Obs.: é usucapião de condômino contra condômino. Obs.: a usucapião pode ser exercida em parte exclusiva – usucapião especial urbana. · Nenhuma parte autônoma pode sofrer encravamento · Condomínio comercial = pode haver limitação de horário – de funcionamento Regime Jurídico da Garagem Art. 1.331, CC. · Acessório da unidade autônoma – principio gravitacional (o acessório segue o principal); Nem vendida e nem alienada separadamente · Área comum (estacionamento); · Unidade autônoma em si (a própria garagem tem registro). A GARAGEM PODE SER COMUM, ACESSÓRIA OU EXCLUSIVA Ato de Instituição Art. 1.332, CC. Escritura pública ou testamento – discriminar as áreas, a fração ideal, a finalidade (só pode ser alterado por unanimidade) Convenção Obs.: aprovada por maioria de 2/3 das frações ideais. – vide art. 1.351 se desejar alterar a convenção. Art. 1.333, CC: deve ser registrado em cartório. · Natureza estatutária; · Natureza obrigatórias – art. 1.334, 1.336 e 1.337; · Taxa condominal em mora. Regimento Interno Obs.: maioria simples Uso de áreas comuns Administração do Condomínio · Síndico – condômino ou não; · Prazo não superior a dois anos; - para exercício da administração · Competência: art. 1.348 do CC c/c art. 1.350, CC; Observar art.1.348, VIII c/c art. 1.350, cc. + poderá haver Conselho Fiscal (3 membros, até dois anos) – art. 1.356, CC. Extinção do Condomínio Art. 1.357 e 1.358, CC. · Destruição (ruína); · Venda; · Desapropriação.
Compartilhar