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Aula VII - Cultivo da Soja

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Cultivo da Soja
Antonio Edilson da Silva Araújo
Introdução
• A soja é a cultura agrícola brasileira que mais
cresceu nas últimas três décadas e
corresponde a 49% da área plantada em
grãos do país.
– A revolução socio-econômica e tecnológica
protagonizada pela soja no Brasil Moderno, pode
ser comparada ao fenômeno ocorrido com a cana
de açúcar, no Brasil Colônia e com o café, no Brasil
Império/República.
• Cultivada especialmente nas regiões Centro
Oeste e Sul do país, a soja se firmou como um
dos produtos mais destacados da agricultura
nacional.
Importância Econômica
Importância Econômica
• O Brasil o segundo maior Produtor, de soja
com 85 milhões de toneladas de grãos
• A soja é componente essencial na fabricação
de rações animais e com uso crescente na
alimentação humana.
– (90% da produção de óleo comestível).
Produtos da Soja
• O Brasil responde por 27,4% das exportações
mundial de soja em grão.
Produção Mundial de Soja
Paises 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11
PRODUÇÃO 186.638 215.777 220.670 237.126 221.964 211.896 259.896 253.692
Estados Unidos 66.783 85.019 83.507 87.001 72.859 80.749 91.417 93.441
Brasil 51.000 53.000 57.000 59.000 61.000 57.800 69.000 65.000
Argentina 33.000 39.000 40.500 48.800 46.200 32.000 54.500 50.000
China 15.394 17.400 16.350 15.967 14.000 15.540 14.700 14.600
India 6.800 5.850 7.000 7.690 9.470 9.100 8.750 8.800
Paraguay 3.911 4.040 3.640 5.856 6.900 4.000 7.200 6.500
Canadá 2.263 3.042 3.161 3.466 2.696 3.336 3.500 3.900
Uruguay 377 478 632 818 806 1.170 1.794 1.620
Bolivia 1.850 2.027 2.060 1.650 1.050 1.600 1.665 1.580
Ucrânia 232 363 610 890 650 800 1.050 1.500
Rússia 393 555 689 807 652 744 942 1.150
Agrianual, 2011
Produção Mundial de Soja
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
90.000
100.000
M
il 
to
n
 m
ét
ri
ca
s
Produção Anual
Estado Unidos
Brasil
Argentina
China
CREC. MEDIO ANUAL
Brasil 27,4%
Exportação Mundial de Óleo de Soja
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
China
Estados Unidos
Argentina
Brasil
Comércio mundial da soja
Produção de Nacional da Soja
NORTE NORDESTE SUDESTE SUL C.OESTE BRASIL
2003/04 913.700 3.538.900 4.474.400 16.252.600 24.613.100 49.792.700
2005/06 1.255.200 3.560.900 4.137.100 18.249.200 27.824.700 55.027.100
2007/08 1.472.400 4.829.800 3.983.400 20.618.100 29.114.000 60.017.700
2009/10 1.691.686 5.309.441 4.457.680 25.642.739 31.586.636 68.688.182
2010/11 1.712.330 5.739.277 4.523.226 24.455.139 30.776.138 67.206.111
Fonte Agrianual 2011
Origem e Histórico
• A soja é uma planta de origem da Asia a mais 
de 5000 anos.
• A soja (Glycine max (L.) Merrill) que hoje é
cultivada mundo afora, é muito diferente dos
ancestrais que lhe deram origem:
• Sua evolução começou com o aparecimento de
plantas oriundas de cruzamentos naturais, entre
duas espécies de soja selvagem, que foram
domesticadas e melhoradas por cientistas da
antiga China.
Origem e Histórico
• Faz mais de 2000 anos que essa leguminosa se
tornou conhecida no Japão, e , no século XII, o
seu cultivo se propagou também na Índia,
Ceilão, Malásia, etc.
• No século XVIII para Europa e America
• Em 1832- foi plantada na Bahia, por Gustavo 
Dutra
 Em 1900/01, O I.A.C, promoveu a primeira 
distribuição de sementes de soja .
 1941 Foi o primeiro registro de cultivo de soja 
no Brasil data no município de Santa Rosa, RS
 Em 1960 foi reconhecida economicamente
 1966 começa a produção Nacional como
estratégica, sendo produzidas cerca de 500 mil
ton.
1970, comecou o plantio de soja no centro 
oeste.
A criação da Embrapa Soja em 1975
Em 2003, o Brasil como o segundo 
produtor mundial, com 52, das 194 
milhões de toneladas produzidas em nível 
global ou 26,8% da safra mundial
Descrição Botânica
6.949
8.693
9.644
9.742
11.382
14.000
21.000
24.000
1.748
1.781
1.851
1.580
2.300
2.800
2.850
2.950
12.000
15.500
17.000
15.500
26.000
38.500
58.500
70.500
1976/77
1980/81
1986/87
1990/91
1996/97
2000/01
2006/07
2010/11
Área versus Produtividade versus Produção
Produção/mil ton Produtividade/Kg Área/mil ha
Causas da expansão da soja
• Semelhança do ecossistema do sul do Brasil com 
o Sul dos EUA
• Incentivos fiscais ao trigo entre 1950 a 1970
• Mercado internacional em alta
• Substituição de gordura animal por vegetal
• Incentivo ao Parque industrial de processamento 
da soja
• Estabelecimento de rede de pesquisa sobre a 
cultura da soja
• Facilidades de mecanização total da cultura;
Causas da expansão da soja na região 
central do Brasil
• Baixo valor da terra na região, comparado ao
da Região Sul, nas décadas de 1960/70/80;
• Incentivos fiscais disponibilizados para a
abertura de novas áreas de produção agrícola;
• Desenvolvimento de um bem sucedido pacote
tecnológico para a produção de soja na região,
com destaque para as novas cultivares
adaptadas à condição de baixa latitude da
região;
• Topografia altamente favorável à mecanização,
favorecendo o uso de máquinas e equipamentos
de grande porte;
• Melhorias no sistema de transporte da produção
regional, com o estabelecimento de corredores
de exportação;
• Regime pluviométrico da região altamente
favorável aos cultivos de verão, em contraste com
os freqüentes veranicos ocorrentes na Região Sul
Descrição Botânica e Fenologia
• A soja é uma planta
dicotiledônea, da
família Papilionoideae,
gênero Glycine.
• A éspecie cultivada é
a G. max (L) Merr.
• É uma planta
herbácea, anual,
ereta.
• O sistema radicular é pivotante, com raiz
principal bem desenvolvida, com ramificações
ricas em nódulos de bactérias fixadoras de
nitrogênio atmosférico.
• O caule herbáceo, ereto
com porte variável de 0,60
cm a 1,50 m, coberto de
pêlos brancos, parcedaneos
ou tostados.
• É bastante ramificado, com
os ramos inferiores mais
alongados e todos os ramos
formando ângulos variáveis
com haste principal.
• As folhas são alternadas, 
longas pecioladas, 
compostas de três folíolos 
ovalados ou lanceolados.
• Na maioria das variedades
as folhas amarelam à medida
que os frutos amadurecem e
caem quando as vagens
estão maduras.
• As flores são axilares ou 
terminais, do tipo 
papilionada, brancas, 
amarelas ou violáceas, 
segundo a variedade. 
• Os frutos, do tipo vagem,
são achatados, curtos, de
cor cinzenta, amarelo-
palha ou preta, e
encerram de duas a cinco
sementes.
• Estas são, geralmente,
elípticas e achatadas, de
cor amarela, verde ou
preta nas variedades
cultivadas
Exigências climáticas
• Exigências hídricas
– Germinação-emergência e floração- enchimento 
de grãos. 
– A necessidade total de água na cultura da soja
varia entre 450 a 800 mm/ciclo.
• Para minimizar os efeitos do déficit hídrico: Semear
apenas cultivares adaptadas à região, na época menor
risco climático e adotar práticas que favoreçam o
armazenamento de água pelo solo.
Efeito do déficit hídrico - Queda prematura de folhas e 
de flores e abortamento de vagens, resultando, por 
fim, em redução do rendimento de grãos.
Temperatura
• A soja melhor se adapta a temperaturas do ar 
entre 20oC e 30oC.
• temperaturas ≤ 10oC - crescimento vegetativo 
pequeno ou nulo.
• Temperaturas > 40oC - efeito adverso na taxa de 
crescimento, provocam distúrbios na floração e 
diminuem a capacidade de retenção de vagens.
• A maturação pode ser acelerada pela
ocorrência de altas temperaturas.
– Alta umidade - diminui a qualidade da semente
– Baixa umidade - predispõem a semente a danos
mecânicos durante a colheita.
Fotoperíodo
• A soja é considerada planta de dia curto.
• A sensibilidade ao fotoperíodo é característica 
variável entre cultivares. 
– Cada cultivar possui seu fotoperíodo crítico.
– A adaptação de diferentes cultivares a
determinadas regiões depende, além das
exigências hídricas e térmicas, de sua exigência
fotoperiódica.
Solos
• Com relação ao solo, a soja não apresenta
grandes exigências, podendo ser cultivada em
todos ostipos de solo, desde que apresentem
fertilidade média e não sejam muito ácidos ou
mal drenados.
Manejo do solo 
• O manejo do solo consiste num conjunto de
operações realizadas com objetivos de propiciar
condições favoráveis à semeadura, ao
desenvolvimento e à produção das plantas
cultivadas, por tempo ilimitado.
• Sistema plantio direto - SPD
– Fundamenta-se na ausência de preparo do solo e na 
cobertura permanente do terreno através de rotação 
de culturas.
• Planejamento
– a) levantamento e análise dos recursos humanos e
materiais;
– b) divisão da fazenda em glebas e a seleção
cronológica das mesmas para adoção do SPD,
tendo a rotação de culturas como tecnologia
essencial.
– c) elaboração e interpretação de mapas, croquis e
esquemas de trabalho;
• Preparo do solo
– O SPD é o sistema mais adequado, em caso de
impossibilidade de adota-lo, considerar que o preparo
do solo compreende um conjunto de práticas que,
quando usadas racionalmente, podem permitir
preservação do solo e boas produtividades das
culturas a baixo custo.
– Quando usadas de maneira incorreta pode levar,
rapidamente, o solo às degradações física, química e
biológica e, paulatinamente, diminuir o seu potencial
produtivo.
• Preparo do solo
– O solo deve ser preparado com o mínimo de
movimentação, deixando rugosa a superfície do
solo e mantendo o máximo de resíduos culturais
sobre a superfície.
• A alternância de implementos de preparo do
solo, que trabalham a diferentes
profundidades e possuam diferentes
mecanismos de corte.
• Observância do teor adequado de umidade
para a movimentação do solo, são de
relevante importância para minimizar a sua
degradação.
Rotação de cultura
• A monocultura tende a provocar a degradação
física, química e biológica do solo e a queda
da produtividade das culturas.
– Também proporciona condições mais favoráveis
para o desenvolvimento de doenças, pragas e
plantas daninhas.
• A rotação de culturas consiste em alternar,
anualmente, espécies vegetais, numa mesma
área agrícola.
• Um esquema de rotação deve ter flexibilidade,
de modo a atender as particularidades
regionais e as perspectivas de comercialização
dos produtos.
– Apenas culturas anuais: soja, milho, arroz, sorgo,
algodão, feijão e girassol.
– Culturas anuais e pastagens.
• Planejamento da propriedade
– A área destinada à implantação dos sistemas de
rotação deve ser dividida em tantas glebas, ou
piquetes, quantos forem os anos de rotação.
– A execução do planejamento deve ser gradativa
devendo ser iniciada em uma parte da
propriedade e ir anexando novas glebas até que
toda a área esteja incluída no esquema de
rotação.
Rotação soja, milho, pastagem
Fertilidade do Solo
• A absorção de nutrientes é influenciada por
diversos fatores, entre eles as condições
climáticas como chuvas e temperaturas, as
diferenças genéticas entre cultivares, o teor de
nutrientes no solo.
• Em áreas que não necessitam de calagem, a
amostragem para fins de indicação de
fertilizantes poderá ser feita logo após a
maturação fisiológica da cultura anterior àquela
que será instalada.
• Caso haja necessidade de calagem, a retirada da
amostra tem que ser feita de modo a possibilitar
que o calcário esteja incorporado pelo menos
três meses antes da semeadura.
• Diagnose foliar
– Além da análise do solo, para indicação de
adubação, existe a possibilidade complementar da
Diagnose Foliar, principalmente para
micronutrientes.
– Assim, a Diagnose Foliar uma ferramenta
complementar na interpretação dos dados de
análise de solo, para fins de indicação de adubos,
principalmente para a safra seguinte.
• Os trifólios a serem coletados, sem o pecíolo, 
são o terceiro e/ou o quarto, a partir do ápice 
de, no mínimo, 40 plantas no talhão, no início 
da floração. 
• Em seguida colocadas para secar à sombra e
após embaladas em sacos de papel (não usar
plástico).
Adubação
• Nitrogênio - A soja obtém a maior parte do 
nitrogênio que necessita através da fixação 
simbiótica.
– Não se recomenda a adubação com N.
• Motivos:
 inibição da fixação simbiótica;
 aumento de custos com adubos;
 praticamente não aumenta a produtividade
InoculadoNão inoculado
Adubação fosfatada
• A indicação da quantidade de nutrientes,
principalmente em se tratando de adubação
corretiva, é feita com base nos resultados da
análise do solo.
• O fósforo deve ser incorporado ao solo (0 a 20
cm) por ocasião do preparo do solo.
• Quando o nível de P no solo estiver
classificado como Médio ou Bom, usar
somente a adubação de manutenção, que
corresponde a 20 kg de P2O5 ha
-1, para cada
1000 kg de grãos produzidos.
Adubação potássica
• A adubação corretiva com potássio, de acordo
com a análise do solo, deve ser feita a lanço,
em solos com teor de argila maior que 20%.
• Em solos de textura arenosa (< 20% de argila),
não se deve fazer adubação corretiva de
potássio, devido as acentuadas perdas por
lixiviação.
• Como a cultura da soja retira grande
quantidade de K nos grãos (aproximadamente
20 kg de K2O t
-1 de grãos).
– Deve-se fazer manutenção com 20 kg ha-1 de K2O,
para cada 1.000 kg de expectativa de produção de
grãos ha-1, independentemente da textura do
solo.
• Nas dosagens de K2O acima de 50 kg ha
-1,
utilizar a metade da dose em cobertura,
principalmente em solos arenosos, 30 ou 40
dias após a germinação, respectivamente para
cultivares de ciclo mais precoce e mais tardio.
Adubação com micronutrientes
• Esses elementos, de fontes solúveis ou
insolúveis em água, são aplicados a lanço,
desde que o produto satisfaça a dose
indicada.
• O efeito residual dessa indicação atinge, pelo
menos, um período de cinco anos.
Cultivares
• Deve se considerar para a escolha da cultivar, as
características agronômicas desejáveis, o
potencial produtivo e a estabilidade de produção.
• Também deve observar a resistência da cultivar
com relação à resistência a doenças e
principalmente estar sempre buscando
informações de novas cultivares que estão sendo
lançadas no mercado por órgãos de pesquisa
• As cultivares mais indicadas para o estado de 
Roraima são:
– BRS Samambaia, Tracajá e a Boa Vista.
• A BRS Samambaia é uma cultivar resistente às
doenças do cancro da haste, mancha conhecida
como "olho-de-rã", e pústula bacteriana, sendo
recomendada pela Embrapa para solos
adequadamente corrigidos.
• A cultivar BRS Tracajá foi recomendada para o
Estado devido ao tipo de crescimento
determinado, boa resistência ao acamamento e à
deiscência de vagens, alta qualidade fisiológica de
sementes, além de obter uma produtividade
média de 3.706 quilos por hectare (Kg/ha).
– Esta cultivar é indicada para áreas novas de lavrado
após a correção da fertilidade.
• A BRS Boa Vista, tem ciclo curto, tipo de
crescimento determinado, boa resistência ao
acamamento e a deiscência de vagens, boa
qualidade de sementes, altura média de
planta de 65 centímetros e uma produtividade
em torno de 3.876 Kg/ha.
Inoculação das Sementes com 
Bradyrhizobium
• Fixação biológica do nitrogênio (FBN) - É a 
principal fonte de N para a cultura da soja.
– Bactérias do gênero Bradyrhizobium, quando em
contato com as raízes da soja, infectam as raízes,
via pêlos radiculares, formando os nódulos.
– A FBN pode, dependendo de sua eficiência,
fornecer todo o N que a soja necessita.
Inoculante
• Qualidade e quantidade dos inoculantes.
– Os inoculantes podem ser turfosos, líquidos ou outras 
formulações.
– A quantidade mínima de inoculante a ser utilizada 
deve fornecer 600.000 células/sementes. 
– A base de cálculo para o número de
bactérias/semente é a concentração registrada no
MAPA e que consta da embalagem.
• Cuidados ao adquirir inoculantes
– O inoculante deverá estar registrado no MAPA,
com o número de registro impresso na
embalagem;
– não adquirir e não usar inoculante com prazo de
validade vencido e que não tenha 1x108 células
viáveis por grama ou por ml do produto.
• Transportar e conservar o inoculante em lugar 
fresco e bem arejado. 
• Certificar-sede que os inoculantes contenham
pelo menos duas das quatro estirpes
recomendadas para o Brasil (SEMIA 587,
SEMIA 5019, SEMIA 5079 e SEMIA 5080)
Inoculação nas sementes
• Inoculante turfoso - umedecer as sementes com
solução açucarada ou outra substância adesiva,
misturando bem.
• Adicionar o inoculante, homogeneizar e deixar
secar à sombra.
• A distribuição da mistura açucarada/adesiva mais
inoculante nas sementes deve ser feita,
preferencialmente, em máquinas próprias,
tambor giratório ou betoneira.
• Secar a sombra por duas horas.
• Inoculante líquido - aplicar o inoculante nas 
sementes, homogeneizar e deixar secar à 
sombra.
Inoculação no sulco de semeadura
• O método tradicional de inoculação pode ser
substituído pela aplicação do inoculante por
aspersão no sulco, por ocasião da semeadura.
– A dose de inoculante tem que ser, no mínimo, seis
vezes superior à dose indicada para as sementes.
– A utilização desse método tem a vantagem de reduzir
os efeitos tóxicos do tratamento de sementes com
fungicidas e da aplicação de micronutrientes nas
sementes sobre a bactéria.
Cuidados na Inoculação
• Fazer a inoculação à sombra e efetuar a
semeadura no mesmo dia, especialmente se a
semente for tratada com fungicidas e micro-
nutrientes, mantendo a semente inoculada
protegida do sol e do calor excessivo;
• é imprescindível que a distribuição do
inoculante turfoso ou líquido seja uniforme
em todas as sementes.
• Aplicação de micronutrientes nas sementes
– O Co e o Mo são indispensáveis para a eficiência 
da FBN.
– Aplicar de 2 a 3 g de Co e 12 a 30 g de Mo/ha via 
semente ou em pulverização foliar, nos estádios 
de desenvolvimento V3-V5.
• Inoculação em áreas com cultivo anterior de 
soja.
– Os ganhos com a inoculação, em áreas já cultivadas 
anteriormente com soja, são menos expressivos do 
que os obtidos em solos de primeiro ano. 
– Todavia, têm sido observados ganhos médios de 4,5% 
no rendimento, por isso, recomenda-se reinocular a 
cada ano.
Instalação da Lavoura - Semeadura
• Umidade e temperatura do solo
– Germinação – absorção de água de 50% do P.S.
• A deficiência hídrica prejudica a germinação e o 
tratamento de sementes pode prolongar a capacidade 
de germinação.
• Eliminar as bolsas de ar e melhorar o contato da
semente com o solo.
Temperatura
– A temperatura média do solo, adequada para
semeadura da soja, vai de 20oC a 30oC, sendo 25oC a
ideal para uma emergência rápida e uniforme.
– Semeadura em solo com temperatura média inferior a
18oC pode resultar em drástica redução nos índices de
germinação e de emergência, além de tornar mais
lento esse processo.
– Temperaturas acima de 40oC, também, podem ser
prejudiciais.
Cuidados na semeadura
• Profundidade – de 3 a 5 cm. Semeaduras em
profundidades maiores dificultam a
emergência.
• Posição semente/adubo - O adubo deve ser
distribuído ao lado e abaixo da semente, pois
o contato direto prejudica a absorção da água
pela semente, podendo até matar a plântula
em crescimento.
Época de semeadura
• A época de semeadura é um dos fatores que
mais influenciam o rendimento da soja.
• Como essa é uma espécie termo e
fotossensível, está sujeita a alterações
fisiológicas e morfológicas, quando as suas
exigências, nesse sentido, não são satisfeitas.
• Roraima - na região central (Boa Vista), maio
População e densidade de semeadura
• Aproximadamente, 320 mil plantas por
hectare.
• Em áreas mais úmidas e/ou em solos mais
férteis, onde, com freqüência, ocorre
acamamento das plantas, a população pode
ser reduzida de 20%-25% (ficando em torno
de 240-260 mil plantas).
• De modo geral, cultivares de porte alto e de
ciclo longo requerem populações menores. O
inverso também é verdadeiro.
• Os cultivares precoces são semeados no
espaçamento de 36 a 45cm.
• Para os demais cultivares, indica-se
espaçamento entre fileiras de 40 a 50 cm.
• Espaçamentos mais estreitos que 40 cm
resultam em fechamento mais rápido da
cultura, contribuindo para o controle das
plantas daninhas, mas não permitem a
realização de operações de cultivo entre
fileiras.
Controle das Plantas Daninhas
• As plantas daninhas constituem grande problema
para a cultura da soja.
• Conforme a espécie, a densidade e a distribuição
da invasora na lavoura, as perdas são
significativas.
• A invasora prejudica a cultura, porque com ela
compete pela luz solar, pela água e pelos
nutrientes, podendo, a depender do nível de
infestação e da espécie, dificultar a operação de
colheita e comprometer a qualidade do grão.
• Os métodos normalmente utilizados para
controlar as invasoras são o preventivo, o
mecânico, o químico e o cultural.
• Quando possível, é aconselhável utilizar a
combinação de dois ou mais métodos.
• Preventivo
– Sementes puras,
– Redução das plantas daninhas na entressafra,
Controle cultural
• O controle cultural consiste na utilização de
técnicas de manejo da cultura:
– época de semeadura,
– espaçamento, densidade, adubação, cultivar, etc.)
• Que propiciem o desenvolvimento da soja, em
detrimento ao da planta daninha.
• O método mais utilizado para controlar as
invasoras é o químico (herbicidas).
• Suas vantagens são a economia de mão de
obra e a rapidez na aplicação.
• O reconhecimento prévio das invasoras
predominantes é condição básica para a
escolha adequada do produto que resultará
no controle mais eficiente das invasoras.
• não aplicar herbicidas pós-emergentes na
presença de muito orvalho e/ou imediatamente
após chuva.
• não aplicar na presença de ventos fortes, mesmo
utilizando bicos específicos para redução de
deriva.
• não aplicar quando as plantas, da cultura e
invasoras, estiverem sob estresse hídrico.
• o uso de equipamento de proteção individual é
indispensável em qualquer pulverização.
Manejo de Insetos-Pragas
• A cultura da soja está sujeita, durante todo o
seu ciclo, ao ataque de diferentes espécies de
insetos.
• O controle das principais pragas da soja deve 
ser feito com base nos princípios do “Manejo 
de Pragas”.
• Não é aconselhável fazer a aplicação preventiva
de produtos químicos, pois, além do grave
problema de poluição ambiental, eleva os custos
da lavoura e contribui para o desequilíbrio
populacional dos insetos.
• A tomadas de decisão de controle é feita com
base no nível de ataque, no número e tamanho
dos insetos-pragas e no estádio de
desenvolvimento da soja, informações essas
obtidas em inspeções regulares na lavoura com
esse fim.
• Nos casos das lagartas desfolhadoras e dos
percevejos, as amostragens devem ser realizadas
com um pano-de-batida, de cor branca, preso em
duas varas, com 1m de comprimento, o qual deve
ser estendido entre duas fileiras de soja.
• As plantas das duas fileiras devem ser sacudidas
vigorosamente sobre o mesmo, promovendo a
queda dos insetos, que deverão ser contados.
(Vários pontos na lavoura)
• A amostragens dever ser realizadas nos
períodos mais frescos do dia, quando os
percevejos se movimentam menos,
• Ser repetidas, de preferência, todas as
semanas, do início da formação de vagens
(R3) até a maturação fisiológica (R7)
Níveis de dano para tomada de decisão de controle
Lagartas desfolhadoras 
• Anticarsia gemmatalis - É o
principal inseto desfolhador
da soja.
– As lagartas são, geralmente,
esverdeadas. Possuem listras
laterais e dorsais, claras, no
sentido longitudinal e
apresentam quatro pares de
falsas pernas abdominais,
além de um par terminal.
• Pseudoplusia includens).
– De coloração verde-clara, com
listras brancas no dorso,
apresenta pontos escuros no
corpo, com dois pares de falsas
pernas. Desloca-se pelas folhas
como se estivesse “medindo
palmo”, daí a sua denominação.
– Alimenta-se de folhas, mas não
das nervuras, conferindo-lhes
aspecto rendilhado.
Lagartas desfolhadoras 
– Devem ser controladas quando forem
encontradas, em média, 40 lagartas grandes (>1,5
cm) por pano-de-batida (duas fileiras de plantas),
ou com menor número se a desfolha atingir 30%,
antes da floração, e 15% tão logo apareçam as
primeirasflores.
• Percevejos - São três os percevejos mais
prejudiciais à cultura: o verde, o verde
pequeno e o marrom.
– Aparecem a partir da floração, causando os
maiores danos entre os estádios de
desenvolvimento das vagens e final do
enchimento dos grãos.
– Danos: sugam a seiva (principalmente dos grãos),
reduzindo a qualidade da semente
– São agentes transmissores de doenças fúngicas
– O controle deve ser iniciado quando forem
encontrados quatro percevejos adultos ou ninfas
com mais de 0,5 cm por pano-de-batida.
– Em campos de produção de sementes, o nível
deve ser reduzido pela metade.
Doença e Medidas de Controle 
• Entre os principais fatores que limitam a
obtenção de altos rendimentos em soja estão as
doenças.
• Aproximadamente 40 doenças causadas por
fungos, bactérias, nematóides e vírus já foram
identificadas no Brasil.
• Esse número continua aumentando com a
expansão da soja para novas áreas e como
conseqüência da monocultura.
• A importância econômica de cada doença varia
de ano para ano e de região para região,
dependendo das condições climáticas de cada
safra.
• A maioria dos patógenos é transmitida através
das sementes e, portanto, o uso de sementes
sadias ou o tratamento das sementes é essencial
para a prevenção ou a redução das perdas.
• Ferrugem (Phakopsora)
• Ferrugem "americana" (P. meibomiae) - foi
identificada no Brasil, em Lavras (MG), em
1979. Sua ocorrência é mais comum no final
da safra, em soja "safrinha”, estando restrita
às áreas de clima mais ameno.
• Ferrugem "asiática" (P. pachyrhizi) - presente
na maioria dos países que cultivam a soja e, a
partir da safra 2000/01, também no Brasil e
no Paraguai.
• A doença é favorecida por chuvas bem
distribuídas e longos períodos de
molhamento.
• Em condições ótimas, as perdas na
produtividade podem variar de 10% a 80%.
• Sintomas
• O sintoma da ferrugem "americana" difere do
da ferrugem "asiática" apenas pela
predominância da coloração castanho-
avermelhada.
• Na ferrugem "asiática", as lesões das
cultivares suscetíveis são predominantemente
castanho-claras; em cultivares resistentes ou
tolerantes, as lesões são predominantemente
castanho-avermelhadas
– Os sintomas iniciam-se nas folhas inferiores da
planta e são caracterizados por minúsculos pontos
mais escuros do que o tecido sadio da folha,
– À medida que ocorre a morte dos tecidos
infectados, as manchas aumentam de tamanho e
adquirem coloração castanho-avermelhada.
Desfolha precoce - impedindo a plena formação dos grãos. Quanto mais cedo
ocorrer a desfolha, menor será o tamanho dos grãos e, conseqüentemente, maior a
perda do rendimento e da qualidade (grãos verdes).
• Doenças de final de ciclo - Sob condições
favoráveis, as doenças foliares de final de
ciclo, causadas por Septoria glycines (mancha
parda) e Cercospora kikuchii (crestamento
foliar de Cercospora), podem causar reduções
de rendimento em mais de 20%.
– Ambas ocorrem na mesma época e, devido às
dificuldades para avaliá-las individualmente, são
consideradas como o “complexo de doenças de
final de ciclo”.
• A incidência dessas doenças pode ser reduzida
através da integração do tratamento químico das
sementes com a incorporação dos restos culturais
e a rotação da soja com espécies não suscetíveis
(milho, milheto).
• Desequilíbrios nutricionais e baixa fertilidade do
solo tornam as plantas mais susceptíveis,
podendo ocorrer severa desfolha antes mesmo
de a soja atingir a meia grana
• A aplicação deve ser feita entre os estádios R1
e R5 se as condições climáticas estiverem
favoráveis à ocorrência das doenças, isto é,
chuvas freqüentes e temperaturas variando de
22o a 30oC.
• Mela da soja (Rhizoctonia solani AG1)
– A doença se desenvolve bem em condições de
temperatura entre 25ºC e 30°C e umidade relativa
do ar acima de 80%. (perdas de 30 a 60%).
– Condição de clima chuvoso e a freqüência e a
distribuição das chuvas durante o ciclo da cultura
são fatores determinantes para o
desenvolvimento da doença (disseminação por
respingos de chuva).
• O controle da “mela da soja” é mais eficiente 
quando se adotam medidas integradas:
– Semeadura direta, 
– Nutrição equilibrada das plantas (principalmente 
K, S, Zn, Cu e Mn), 
– Rotação de culturas não hospedeiras, 
– Redução da população de plantas, 
– Eliminação de plantas daninhas e restevas de soja
– E controle químico.
Colheita
• A colheita constitui uma importante etapa no
processo produtivo da soja, principalmente
pelos riscos a que está sujeita a lavoura
destinada ao consumo ou à produção de
sementes.
• A colheita deve ser iniciada tão logo a soja
atinja o estádio R8 (ponto de colheita), a fim
de evitar perdas na qualidade do produto.
• R8 – Ponto de colheita
• Fatores que afetam a eficiência da colheita:
– Mau preparo do solo - solo mal preparado pode
causar prejuízos na colheita devido a desníveis no
terreno que provocam oscilações na barra de
corte da colhedora, fazendo com que ocorra corte
em altura desuniforme.
• Inadequação da época de semeadura, do 
espaçamento e da densidade:
– Semeadura, em época pouco indicada, pode
acarretar baixa estatura das plantas e baixa
inserção das primeiras vagens.
– O espaçamento e/ou a densidade de semeadura 
inadequada podem reduzir o porte ou aumentar o 
acamamento.
• Cultivares não adaptadas - o uso de cultivares
não adaptadas a determinadas regiões pode
prejudicar a operação de colheita, decorrente
de características como baixa inserção de
vagens e acamamento.
• Ocorrência de plantas daninhas - a presença de
plantas daninhas faz com que a umidade
permaneça alta por muito tempo, prejudicando o
bom funcionamento da colhedora e exigindo
maior velocidade no cilindro de trilha, resultando
em maior dano mecânico às sementes.
• Além disso, em lavouras infestadas, a velocidade 
de deslocamento deve ser reduzida, causando 
menor eficiência operacional pela menor 
capacidade efetiva de trabalho.
• Retardamento da colheita
– Em lavouras destinadas à produção de sementes,
muitas vezes a espera de menores teores de
umidade para efetuar a colheita pode provocar a
deterioração das sementes (chuva, patógenos).
– Quando a lavoura for destinada à produção de
grãos, o problema não é menos grave, pois quanto
mais seca estiver a lavoura, maior poderá ser a
deiscência, havendo ainda casos de reduções
acentuadas na qualidade do produto.
• Umidade inadequada - a soja, quando colhida
com teor de umidade entre 13% e 15%, tem
minimizados os problemas de danos
mecânicos e perdas na colheita.
– Sementes colhidas com teor de umidade superior
a 15% estão sujeitas a maior incidência de danos
mecânicos latentes e, quando colhidas com teor
abaixo de 12%, estão suscetíveis ao dano
mecânico imediato, ou seja, à quebra.
Tipos de perdas e onde elas ocorrem
• perdas antes da colheita - causadas por
deiscência ou pelas vagens caídas ao solo
antes da colheita;
• perdas causadas pela plataforma de corte -
que incluem as perdas por debulha, as por
altura de inserção e as por acamamento das
plantas que ocorrem na frente da plataforma
de corte.
• por trilha, separação e limpeza - em forma de grãos 
que tenham passado através da colhedora durante a 
operação;
• Embora as origens das perdas sejam diversas e
ocorram tanto antes quanto durante a colheita:
– cerca de 80% a 85% delas ocorrem pela ação dos
mecanismos da plataforma de corte das colhedoras
(molinete, barra de corte e caracol),
– 12% são ocasionadas pelos mecanismos internos (trilha,
separação e limpeza)
– e 3% são causadas por deiscência natural.
• Como evitar as perdas
– As perdas serão mínimas se forem tomados alguns
cuidados relativos à velocidade adequada de
operação e pequenos ajustes e regulagens desses
mecanismos de corte e recolhimento, além dos
mecanismos de trilha, separação e limpeza.

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