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PRÓTESE TOTAL LABORATORIAL 
3º Período Vitor Enrique Bini 
 
AULA 1 
PRÓTESE 
Deriva do grego “pro” = em lugar de; “thesis” = colocar. 
[Comentário do professor]: Significa colocar um dente artificial no lugar daquele que se perdeu. 
 
PRÓTESE ODONTOLÓGICA 
Ramo da odontologia relacionado à restauração e à manutenção da função oral, conforto, 
aparência e saúde do paciente através da restauração dos dentes naturais e/ou substituição dos 
dentes perdidos e tecidos contíguos orais e maxilofaciais com substitutos artificiais. Repõem 
tecido duro e mole. 
[Comentário do professor]: Ramo da odontologia que restaura e mantêm a função oral, o conforto e a estética 
do paciente. Pode-se repor além dos dentes que o paciente perdeu, também tecido duro e mole. 
Pode ser que o paciente possua alguns dentes, por exemplo na parte inferior, nesse caso faz-se a prótese total 
superior e outro tipo de prótese inferior. 
Prótese TOTAL só se aplica a quem não possui nenhum dente. 
 
História 
1692 – Anton Nuck – 1ª prótese total inferior (pedaço do molar de um hipopótamo); 
1830 – marfim; 
1880 – Eben Flagg esculpiu dentes anteriores semelhantes aos atuais; 
1911 – Willians desenhou dentes com as formas atuais. 
[Comentário do professor]: As primeiras próteses fixas são datadas de antes de cristo, onde faraós, utilizavam 
dentes de animais. 
 
Classificação 
1) Prótese total: substitui todos os dentes, removível; 
2) Prótese parcial fixa: substitui alguns dentes, não removível; 
3) Prótese parcial removível: substitui alguns dentes, removível. 
[Comentário do professor]: Se chama prótese total por que substitui todos os dentes da cavidade oral do 
paciente. 
Se chama prótese parcial fixa por que substitui apenas alguns dentes. Não pode ser removida. 
Se chama prótese parcial removível por que substitui apenas alguns dentes e o paciente consegue remover a prótese. 
 
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Finalidades da prótese total 
1) Restabelecer dentes perdidos e tecidos adjacentes; 
2) Restaurar a eficiência mastigatória (25%); 
3) Restaurar a fonética; 
4) Restabelecer a estética; 
5) Proporcionar conforto para o paciente; 
6) Preservar os dentes remanescentes. 
[Comentário do professor]: Estabelece além dos dentes, tecidos adjacentes. 
Quem liga o dente ao osso é o ligamento periodontal. O que mantém o osso nessa região? Ligamento periodontal. 
Quando o paciente mastiga há uma pequena movimentação do ligamento periodontal. Quando o paciente mastiga 
forte, este ligamento periodontal é tencionado (intrúi), e os receptores sensoriais (presentes no ligamento) acabam 
tencionados, mandando uma mensagem para o sistema nervoso central para que se mantenha a irrigação (sangue) 
na inervação dessa região por que ainda tem dente no local. O osso nessa região se mantém por conta dessa irrigação. 
Quando um paciente perde um dente, não há mais o envio do estimulo nervoso para o sistema nervoso central, 
acarretando na diminuição do suporte sanguíneo à inervação. Assim haverá uma absorção óssea (atrofia óssea), ou 
seja, o osso diminuirá, chamado de reabsorção óssea. Essa reabsorção acontece tanto verticalmente quanto 
horizontalmente, por isso a boca murcha, pois os lábios são suportados pelos ossos e tecidos adjacente. Essa 
reabsorção óssea acontecerá pelo resto da vida do paciente, acarretando em ajustes futuros da prótese (quando há 
extração, a reabsorção ocorrerá mais rapidamente). Nesse contexto, na prótese total deve-se confeccionar além dos 
dentes, os tecidos próximos e o espaço ocupado pelo osso que o paciente perdeu (através da base da prótese), para 
dar suporte mastigatório e labial. Ou seja, mais uma vez, a prótese também repõe os tecidos adjacentes. 
Utilizar prótese total reduz a absorção óssea, por que toda vez que o paciente morde a prótese total vai de encontro 
ao osso e aos tecidos. Esse estímulo mecânico aumenta a irrigação óssea, reduzindo a reabsorção (para próteses 
bem ajustadas). Falta de higienização também podem causar reabsorção óssea, pois haverá inflamação no 
periodonto (ao redor do dente) e vai haver essa reabsorção. Outro fator é o trauma oclusal, onde por exemplo uma 
restauração fica muito alta, podendo ocorrer lesão e inflamação, e ao redor desse dente pode ocorrer reabsorção. 
Se não tratar essas inflamações, haverá absorção do osso até perder o dente. 
Prótese sobre implante: o paciente perdeu o dente. O odontólogo abre, expõe o osso e coloca um parafuso dentro 
desse osso. O implante será a raiz, nesse caso. É feita do mesmo material da prótese fixa. 
A reabsorção óssea pode ser parada por um implante e/ou também por estímulo mecânico. 
A prótese restaura a fonética, pois em paciente sem dente a língua toca o lábio, a boca fica muito murcha e a 
mandíbula se aproxima muito da maxila. 
A prótese total melhora a estética por que melhora o suporte de tecido e dá uma aparência mais jovial ao paciente. 
 
**Conferir a imagem abaixo: 
Quando se têm o dente, ainda se têm o alvéolo. Se ainda possuo o alvéolo o rebordo se chama rebordo alveolar. 
Quando se perde o dente, haverá reabsorção óssea, e esse rebordo ficará só o resíduo do que havia antes. Então se 
chamará rebordo alveolar residual. O rebordo é a parte óssea e mucosa da região desenhada. O rebordo é quem 
mantém o dente na posição. 
Caso haja uso da prótese após a perda desse dente, a reabsorção óssea diminuirá de intensidade, pois o estímulo 
mecânico na região do rebordo fará com que haja irrigação. 
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Indicação da prótese total 
Pacientes edentados totais. 
[Comentário do professor]: Pode ser prótese só superior, pode ser só inferior, ou ambas ao mesmo tempo. 
 
Contra indicações 
FORMAIS: 
1) Presença de lesões malignas irreversíveis; 
2) Incapacidade e debilidade motora; 
3) Senilidade avançada. 
[Comentário do professor]: Nas contra indicações formais não há nada que se faça que deixará o paciente apto 
a uma prótese total. 
Por exemplo: em caso de tumor, onde não haja tratamento, não compensa fazer uma prótese total, pois o tempo de 
utilização dessa prótese pode ser muito curto. 
Outro exemplo: pacientes sem capacidade de fazer a higienização da prótese ou com problemas para mastigar. 
Paciente senil: paciente geralmente com idade mais avançada que anda muito devagar, que não consegue mastigar 
direito. 
 
TEMPORÁRIAS: 
1) Necessidade cirúrgica pré-protética; 
2) Dentes e raízes residuais a serem extraídos; 
3) Lesões benignas a serem tratadas. 
[Comentário do professor]: Se fizer um procedimento, esse paciente, que antes não era apto para se fazer uma 
prótese total, agora está apto. Ou seja, é o ato onde se pode fazer algum procedimento para promover o uso da 
prótese total pelo paciente que antes tinha algum problema que o impedia de a utilizar. Ou seja, tornar o paciente 
apto a receber uma prótese. 
 
 
 
 
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Confecção da prótese total (etapas) 
1) Exame clínico: avaliar a cavidade oral; 
[Comentário do professor]: Avaliar toda cavidade bucal para saber se não há lesão, se haverá dificuldades para 
confeccionar a prótese, perguntar porque perdeu os dentes e se higieniza corretamente os dentes ou não. Perguntar 
também se possui alguma doença grave. Fazer perguntas em geral. Exame de imagem é um exame complementar 
do exame clínico. 
2) Moldagem preliminar/estudo: com alginato, preliminar. Depois de feita essa 
moldagem, pega-se gesso e vaza (dentro do molde de alginato) com vibração para não 
deixar bolhas. Deixa-se o gesso por 40 minutos. 
[Comentário do professor]: Geralmente com alginato. É uma moldagem preliminar, de estudo, anatômica. A 
moldeira deve ser perfurada. Depois disso se fará o modelo de estudo (que corresponde ao modelo de gesso que 
foi feito em cima do molde de alginato). 
3) Obtenção do modelo de estudo; 
[Comentário do professor]: É a moldeira com gesso vazado, citada acima. Para se chegar até a moldeira de 
trabalho deve-se ter uma moldeira específica para o paciente, então em cima desse modelo de estudo confecciona-
se uma outra moldeira, a individual. 
4) Moldeira individual: confeccionada a partir do modelo de estudo (de gesso); 
[Comentário do professor]: Com a moldeira individual se fará uma moldagem de trabalho para prótese total, 
que se chama moldagem funcional. 
5) Moldagem funcional: realizada a partir da moldeira individual; 
[Comentário do professor]: Faz-se a moldagem no paciente, obtêm-se o molde e com esse molde tem que vazar 
gesso. Obtendo assim o modelo funcional. 
6) Obtenção do modelo funcional 
7) Confecção de bases de prova: confeccionado a partir do modelo funcional; 
[Comentário do professor]: Confeccionado a partir do modelo funcional. 
Essa base de prova, com resina acrílica e cera, leva-se à boca do paciente e 
vou deixar a distância entre a maxila e a mandíbula correta novamente. Com 
a cera se estabelece novamente a dimensão vertical para fazer o registro 
intermaxilar, entre a maxila e a mandíbula. 
8) Registro intermaxilar; 
9) Montagem em articulador; 
[Comentário do professor]: Faz-se a montagem no articulador e manda-
se para o protético, e o protético ira colocar os dentes (que já vem prontos), ou seja a oclusão (mordida) do paciente. 
Os dentes devem ser de resina acrílica ou porcelana. 
10) Montagem de dentes artificiais (de resina acrílica ou porcelana); 
11) Acrilização; 
[Comentário do professor]: O protético vai trocar a resina pela resina da base da prótese na acrilização, ou seja, 
a prótese já está pronta para ser colocada na boca do paciente. A base da prótese vai substituir a parte óssea perdida. 
12) Instalação. 
[Comentário do professor]: Leva-se à boca do paciente, fazendo assim a instalação. 
 
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Moldagem 
É o ritual clínico em que o cirurgião dentista, empregando seus conhecimentos científicos, 
instrumentos, materiais e técnicas adequadas, consegue obter um molde. 
 
Molde 
É a reprodução negativa dos tecidos da área chapeável em uma dada posição, registrada 
no momento da reação final do material de moldagem. 
Obs.: Área chapeável é a área coberta pela prótese total (tecidual). 
 
Modelo 
É a reprodução positiva obtida a partir de um molde. 
 
AULA 2 
TIPOS DE MOLDAGEM EM PRÓTESE TOTAL 
[Comentário do professor]: Ato de moldar. Quando moldamos, estamos realizando moldagem do paciente. 
Preenche-se a moldeira com material de moldagem, insere-se na boca do paciente, espera-se o material reagir e 
retiramos o material da moldeira, obtendo o molde, que nada mais é que a cópia em negativo das estruturas bucais 
do paciente. Reproduz também os tecidos da área chapeável, que correspondem a toda parte da mucosa do paciente 
que será coberta pela prótese total. Então, todo tecido recoberto pela prótese total chama-se área chapeável. 
Modelo: reprodução do positivo a partir do molde. Sobre o molde, espatula-se o gesso, se vaza o mesmo sobre o 
molde e obtêm-se o modelo. O modelo é importante pois é como se tivesse a boca do paciente nas mãos, com isso 
pode-se trabalhar fora da boca do paciente. 
 
MOLDAGEM PRELIMINAR OU ANATÔMICA: Modelo de estudo. É utilizado para a 
reprodução estática tanto da área chapeável quanto das estruturas vizinhas interessadas. 
Geralmente de alginato; 
[Comentário do professor]: A diferença entre a moldagem preliminar (de estudo) e a secundária (de trabalho) 
é que na moldagem preliminar a moldagem é estática, tanto da área chapeável quanto da área vizinha dessa área. 
Para realizá-la deve-se: espatular o material de moldagem, colocar na moldeira; Levar à boca do paciente; Esperar o 
material reagir; Material é removido assim que reage; Obtêm-se o molde. Moldagem preliminar só serve para estudo. 
Obs.: na moldagem preliminar, em tese, também se faz a ativação dos músculos. Mas se já se realiza essa técnica na 
moldagem preliminar, porque precisa-se de outra moldagem (funcional)? Por que o material da moldagem preliminar 
é feito de alginato, e esse material não possui boa reprodução de detalhes, tem baixa estabilidade funcional, além 
do fato de que nesse caso se usa moldeira de estoque, e essa moldeira não tem uma boa adaptação pois não é feita 
para aquele paciente e sim a partir de uma média de tamanho da população, podendo ficar grande ou pequena. 
Então qual a função desse tipo de moldagem? Serve para estudo, onde será verificado a existência de possíveis áreas 
retentivas, para verificar se existe algum problema que necessite de cirurgia. Então, como dito anteriormente que 
essa técnica é estática, na realidade não se aplica dizer isso, pois é funcional também, ou seja, a referência a ser 
estática é apenas teórica. Na prática também se realiza a ativação funcional dos músculos. 
 
 
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MOLDAGEM SECUNDÁRIA OU FUNCIONAL: Modelo funcional. É utilizado para a 
reprodução da área chapeável e estruturas vizinhas interessadas em posição dinâmica. Obs.: 
puxa-se os lábios e a bochecha para ativar a musculatura. Essa técnica é utilizada para evitar que 
o material de moldagem não ultrapasse o limite da zona chapeável (ativação funcional do 
músculo). 
[Comentário do professor]: Já na moldagem secundária têm-se a reprodução em posição dinâmica das 
estruturas vizinhas e da área chapeável. Para realizá-la deve-se: espatular o material de moldagem; Preenche-se a 
moldeira; Leva-se em posição na boca do paciente e faz-se a ativação da musculatura. Essa ativação da musculatura 
corresponde ao ato de puxar o lábio e a bochecha do paciente (tanto superior quanto inferior). Essa técnica de puxar 
é usada para simular o que o músculo faz quando o paciente fala ou mastiga, ajudando na confecção da prótese e 
evitando problemas de transpor a área chapeável. 
Problemas de transpor a área chapeável: toda vez que o paciente fala ou mastiga a prótese desloca. Nunca se deve 
ultrapassar o limite da área chapeável, pois isso compromete todo processo da produção da prótese. Então, 
resumindo, para evitar de ultrapassar a área chapeável, deve-se realizar a técnica de ativação da musculatura 
(ativação funcional) do paciente. Quando se faz a ativação funcional, o músculo empurra o material de moldagem 
para baixo evitando ultrapassar o limite da área chapeável. 
Nessa técnica omaterial de moldagem possui melhor reprodução de detalhes e mais estabilidade dimensional, e a 
moldeira que irá se utilizar é uma moldeira feita em cima do modelo de estudo do paciente, ou seja, a individual. 
Essa moldeira se adapta melhor ao paciente. 
** Obs.: quando o material estiver no limite da área chapeável não irá deslocar a prótese, apenas se ultrapassar. 
 
Requisitos de uma moldagem 
1) Reprodução integral da área chapeável; 
[Comentário do professor]: Deve reproduzir os tecidos da área chapeável, ou seja, toda região que a prótese irá 
recobrir. 
2) Reprodução minuciosa de detalhes; 
[Comentário do professor]: Deve reproduzir os detalhes anatômicos como: papila incisiva, rugosidade palatina, 
crista do rebordo, etc. 
3) Ausência de bolhas e irregularidades; 
4) Ausência de deslocamento de tecidos; 
5) Alívio de músculos e inserção. 
[Comentário do professor]: Isso significa que não pode estar em contato íntimo com os músculos e inserções 
musculares, por que se a moldagem tiver contato, a prótese também ficará em contato, o que não é desejável, pois 
esses músculos e inserções tendem a deslocar a prótese total. Então quando se faz a moldagem, os músculos e 
inserções devem estar aliviados. Existem alguns testes para comprovar se o molde esteve em íntimo contato ou não 
(com alginato não é possível fazer testes). 
 
Finalidade da moldagem preliminar 
1) Obter uma reprodução da anatomia da área chapeável; 
2) Afastar a mucosa móvel ao máximo, recebendo, ao mesmo tempo, as suas impressões 
no estado de tensão. 
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[Comentário do professor]: Anteriormente se falava que não pode haver deslocamento dos tecidos, aqui está 
falando que deve-se afastar a mucosa móvel ao máximo. Qual a diferença disso? Pode-se afastar ao máximo, porém 
não deve-se fazer o deslocamento nos tecidos pois isso acabará gerando desconforto ao paciente e deslocamento 
da prótese. 
 
Moldeiras 
Dispositivo que serve para conter o material de moldagem, colocando-o em íntimo 
contato com a região a ser moldada e que possibilita a remoção do molde sem distorções. 
 
TIPOS DE MOLDEIRAS 
Estoque 
Encontradas no mercado, já prontas para o uso, constituídas de metal (geralmente 
alumínio) ou plástico, com tamanhos padronizados. 
[Comentário do professor]: Usada para fazer a moldagem preliminar. 
Comprada pronta. Ou seja, toda moldagem preliminar/anatômica/de estudo, ela é 
realizada com moldeiras deste tipo. São de metal (alumínio ou aço) ou plástico. Essa 
moldeira não permite uma adaptação ideal, por isso deve-se fazer também a 
moldagem funcional (moldagem de trabalho). Possui tamanhos pequeno, médio e 
grande. 
 
Individuais 
São confeccionadas especialmente para o paciente, 
geralmente em resina acrílica, a partir do modelo 
preliminar (de estudo) obtido na primeira moldagem. 
[Comentário do professor]: Feita para um único paciente, ou seja, 
não se adapta para outro paciente. Geralmente de resina acrílica mas 
pode ser confeccionada a partir de vários materiais. É feita a partir do 
modelo preliminar. 
 
MATERIAIS DE MOLDAGEM EM PRÓTESE TOTAL 
Requisitos 
➢ Promover mínima alteração morfológica possível; 
[Comentário do professor]: Não deve alterar a morfologia das estruturas anatômicas. 
➢ Mínima alteração dimensional; 
[Comentário do professor]: Não pode expandir e nem contrair muito. Essa expansão ou contração tem que ser 
mínima, caso haja. 
➢ Grau de plasticidade adequado (nem muito fluido/ nem muito viscoso); 
[Comentário do professor]: Não pode ser muito fluido (para não escorrer na boca do paciente) mas também 
não pode ser muito viscoso, pois se for muito rígido não irá copiar corretamente as estruturas da cavidade bucal. 
➢ Tempo de trabalho adequado; 
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[Comentário do professor]: Espatula-se o material, coloca-se na moldeira e levo na boca do paciente sem 
maiores problemas. Se o material tiver um tempo de trabalho muito curto irá reagir (endurecer) antes de colocar na 
boca. Se o tempo de trabalho for muito grande, o material fica muito tempo dentro da boca do paciente, e muitas 
vezes o paciente sente ânsia de vômito por conta disso. 
➢ Resistência à fratura adequada; 
[Comentário do professor]: Resistência ao rasgamento. Quando for removido o molde da boca do paciente não 
pode haver rasgamento dos materiais anelásticos e nem a fratura de materiais rígidos. 
➢ Inocuidade aos tecidos bucais. 
[Comentário do professor]: Não pode causar danos aos tecidos bucais como: queimaduras, alergia. 
 
Classificação quanto às propriedades físicas dos materiais: 
ANELÁSTICOS (RÍGIDOS): godivas e pasta zinco-enólica. 
[Comentário do professor]: Godivas de baixa e alta fusão. A de alta fusão que se fará a moldagem preliminar e 
a pasta de zinco-enólica para moldagem funcional. 
 
ELÁSTICOS: hidrocolóides e elastômeros. 
[Comentário do professor]: Hidrocolóides reversível e irreversível. Irreversível é o alginato para fazer a 
moldagem preliminar. Elastômeros para fazer a moldagem funcional. Os elastômeros são: silicone de condensação, 
silicone de adição, poliéter e polissulfeto. Então os elementos para se fazer a moldagem preliminar podem ser: a 
godiva de alta fusão (godiva em barra) e um hidrocolóide irreversível que é o alginato. 
 
MATERIAIS MAIS UTILIZADOS PARA MOLDAGEM PRELIMINAR 
➢ Godivas de alta (rígido) fusão: rebordos e mucosas normais; 
[Comentário do professor]: Por ser um material rígido, sua retirada se torna difícil em áreas com retenção, por 
isso é indicado para rebordos e mucosas normais. Na remoção pode machucar o paciente. 
 
➢ Hidrocolóide irreversível: rebordos irregulares e retentivos e fibromucosa flácida. 
[Comentário do professor]: Também pode ser utilizado em rebordos e mucosas normais. Ou seja, o alginato não 
tem contra-indicações. Então pode ser utilizado em rebordos e mucosas normais e anormais. 
 
Godiva de alta fusão 
 
VANTAGENS 
 
DESVANTAGENS 
- Ótimo afastamento dos tecidos moles; - Sobre extensão; 
- Possibilita correções; - Compressão desigual; 
- Possibilita remoções a todo instante; - Rigidez. 
- Baixo custo. 
 
 
 
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Vantagens 
- O objetivo é afastar ao máximo as mucosas móveis. 
- Pode-se realizar correções (ao contrário do 
alginato). Caso haja uma bolha pequena, posso 
aquecer esse material e esse molde novamente e 
levar à boca para corrigir (no caso do alginato, se 
houver bolhas, tenho de fazer novamente). 
- Pode ser removido a todo instante. Isso é vantagem 
no caso, por exemplo, onde o paciente tenha ânsia 
de vômito. Se o paciente começa a vomitar, esse 
material pode ser removido da boca (no caso do 
alginato, se retirar nessas circunstâncias, a moldeira 
sai, porém o material vai ficar na boca do paciente). 
- Uma caixa de godiva de alta fusão é barata. 
Desvantagens 
- É termoplástico. Muitas vezes ela está um pouco 
fria e fica mais rígida. Quando está muito rígida e é 
levada à boca, ela ultrapassa o limite da área 
chapeável. Se ela ultrapassa nessa fase, na confecção 
final da prótese também ultrapassará. 
- O ladoonde está mais rígido (mais frio) vai 
comprimir mais do que no lado que está mais 
quente. 
 
 Hidrocolóide irreversível (alginato) 
 
VANTAGENS 
 
DESVANTAGENS 
- Promove menor compressão dos tecidos; - Afastamento deficiente dos tecidos; 
- Boa fidelidade; - Escoamento incontrolado; 
- Facilidade de técnica. - Possibilidade de ruptura; 
 - Vazamento imediato. 
 
Vantagens 
- Pode ser utilizado em mucosas flácidas; 
- Copia melhor os detalhes anatômicos do que a 
godiva; 
- Apenas espatula-se o material, carrega-se a 
moldeira e leva-se em posição. 
Desvantagens 
- Se não fizer a medida correta da proporção de água 
com o pó de alginato e esse alginato ficar muito 
mole, haverá escoamento incontrolado e vai para a 
garganta e o paciente ficará com ânsia de vômito. 
- Maior possibilidade de ruptura do que a godiva. 
- Vazamento tem que ser imediato, pois pode ocorrer 
dois fenômenos: perda de água do alginato para o 
ambiente (sinélise) e se contrair; e ganho de água 
(embebeção), onde se expande. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TIPOS DE MODELOS EM PRÓTESE TOTAL 
- Modelo preliminar ou anatômico ou de estudo; 
[Comentário do professor]: Obtido a partir do molde preliminar, com alginato. 
- Modelo funcional 
[Comentário do professor]: Obtido a partir do molde funcional, feito com a moldeira individual, usando pasta 
zinco-enólica ou poliéter. 
 
 
Modelo anatômico/preliminar/de estudo 
Finalidades: 
- Análise do grau de interferência das inserções musculares; 
- Análise do tamanho, forma, inclinação, espessura e altura do rebordo; 
- Utilização para a confecção de moldeiras individuais; 
- Visualização da extensão da área chapeável; 
- Planejamento de prótese total imediata; 
- Arquivo do profissional. 
[Comentário do professor]: Se a inserção interferir muito na adaptação da prótese total, se planeja uma cirurgia 
para reinserir essa inserção muscular mais distante da área chapeável. 
Vou saber pelo tamanho se vai haver boa retenção, se vai ser mais difícil ou mais fácil de fazer. 
A partir desse modelo se confecciona a moldeira individual, com a qual eu irei fazer a moldagem funcional. 
Visualização da área chapeável para saber se ela é muito grande, muito pequena. 
Planejamento da prótese total imediata, que consiste em remover os dentes do paciente e colocar a prótese na 
mesma seção, no mesmo dia. E esse modelo anatômico serve como arquivo profissional. 
**O modelo funcional (feito na moldeira individual) tem maior reprodução de detalhes. Então porque é o modelo 
anatômico (feito na moldagem preliminar) que serve como arquivo profissional? Por que a prótese total é feita sobre 
modelo funcional (sobre a moldeira individual). Quando está pronta, esta prótese é toda envolta de gesso (será visto 
em aula posterior) para poder colocar resina da base da prótese. Então a prótese fica pronta em cima desse modelo 
(funcional). Esse modelo pode ter algumas retenções. Dependendo de como estiver o rebordo, quando for tirar a 
prótese do modelo, qual será mais resistente, a prótese ou o gesso? O gesso. Então qual será mais fácil de quebrar 
quando se estiver removendo a prótese do modelo? A prótese. Para não haver risco de quebrar a prótese, quebro o 
modelo de gesso. Vai se tirando aos poucos, aos pedaços para não fraturar a prótese total. Por isso quem fica depois 
como arquivo profissional é o modelo preliminar, pois não preciso fraturar esse modelo. 
 
Modelo funcional 
Finalidades: 
- Utilizado para montagem do caso clínico em articulador semi-ajustável; 
- Utilizado para a confecção da base de prova; 
- Utilizado para a prensagem de resina acrílica. 
[Comentário do professor]: Quando se prensa a resina acrílica sobre o modelo funcional, para remover a prótese 
pronta depois e não correr o risco dessa prótese fraturar, fratura-se o modelo funcional (de gesso). 
 
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TÉCNICAS DE MOLDAGEM PRELIMINAR 
1) Instrumentos e materiais 
- Moldeiras adequadas; 
- Material de moldagem; 
- Lecron; 
- Grau de borracha e espátula; 
- Plastificador de godiva (aparelho); 
- Lâmpada de chama horizontal. 
[Comentário do professor]: Primeira coisa a se fazer é escolher os instrumentos 
e materiais. 
Com material e instrumental pode-se fazer moldagem tanto com godiva de alta 
fusão, quanto com hidrocolóide irreversível (alginato). Então precisa-se de 
moldeiras adequadas para cada um dos materiais. As perfuradas são utilizadas para 
moldagem com hidrocolóide irreversível, por que se utilizar a moldeira lisa, quando 
remover a moldeira esta vem e o material fica. Então precisa ser perfurada para o 
alginato penetrar nessas perfurações e sair junto com a moldeira. 
Quando se utiliza a godiva de alta fusão, utiliza-se moldeira lisa. Não se 
pode utilizar a perfurada, pois se a godiva penetra nessas perfurações, 
remover a godiva depois fica muito difícil. 
O lecron se utiliza para remoção de excessos, tanto da godiva quanto do 
hidrocolóide irreversível. 
O grau de borracha e a espátula se utiliza para fazer a espatulação do 
material. 
O plastificador de godiva utiliza-se para godiva de alta fusão. Joga-se água 
dentro e coloca-se à temperatura de 55o a 65o C, joga-se a godiva dentro 
e espera-se plastificar, ficar maleável, para fazer a moldagem. 
A lâmpada de chama horizontal se usa para fazer correções na godiva ou para fazer adequação das bordas da 
moldeira com alginato. 
 
2) Posicionamento do paciente 
[Comentário do professor]: Depois de selecionar os materiais deve-se posicionar o paciente corretamente na 
cadeira. 
- Cabeça do paciente inclinada ligeiramente para trás, devidamente apoiada no encosto 
da cadeira; 
[Comentário do professor]: A cabeça deve estar inclinada ligeiramente para 
trás, devidamente apoiada no encosto, pois quando for moldar o superior, se não 
estiver apoiada a cabeça no encosto força-se a boca do paciente e o material de 
moldagem vai para a garganta do paciente. 
- Plano de câmper paralelo ao solo; 
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[Comentário do professor]: Plano de câmper: externamente ele vai da orelha 
(tráveti) até a asa do nariz. Quando o plano de câmper está paralelo ao solo, o plano 
oclusal também está paralelo ao solo. Toda vez que se molda um paciente com 
plano de câmper paralelo ao solo, quando inserir e remover o molde há menos 
chance de haver distorção do material de moldagem. Toda vez que o paciente está 
com a cabeça muito para frente ou muito para trás, a chance de haver uma 
alteração morfológia/distorção nesse molde é muito grande. Por isso o plano de 
câmper é paralelo ao solo, pois quando ele está nessa posição o plano oclusal 
também estará paralelo ao solo e isso vai diminuir as chances de distorção do 
material de moldagem. 
- Comissura labial do paciente na altura do antebraço flexionado do operador. 
[Comentário do professor]: É o canto da boca. Deve estar na altura do antebraço flexionado do dentista. Todas 
as vezes que for moldar o paciente, quando for superior vai-se por trás do paciente, quando é inferiorvai-se pela 
frente do paciente. Independente se é superior ou inferior, deve-se estar com o antebraço na altura da comissura 
labial, pois se a comissura estiver acima ocasionará problemas no ombro e abaixo na lombar. 
 
3) Seleção de moldeiras 
Requisitos: 
- Deverá abranger toda a área chapeável; 
- Não deve pressionar demasiadamente o fundo do sulco; 
- Não ultrapassar a linha vibratória (separa o palato mode do palato duro); 
- Espaço interno de 3 a 5mm. 
[Comentário do professor]: Deve abranger toda a área que a prótese irá recobrir, por que se não abranger toda 
área chapeável, partes onde a prótese irá recobrir não serão moldadas. Para que se possa copiar toda a área 
chapeável, a moldeira consequentemente também deve abranger toda a área chapeável. 
Não pressionar o fundo de sulco por que se pressionar demais, o limite da área chapeável será ultrapassada. 
Não ultrapassar a linha vibratória, que é a linha que divide o palato mole do palato duro. Não se deve ultrapassar a 
linha vibratória pois ela é um dos limites da área chapeável. Se ultrapassar a área chapeável, na posterior 
principalmente, causará náuseas no paciente. Se chama linha vibratória pois a linha vibra quando se pede ao paciente 
para dizer “aaaah”. 
Espaço de 3 a 5 mm entre a moldeira e os tecidos para que caiba o material de moldagem. Deve haver um espaço 
interno então entre a moldeira e o palato e os tecidos de 3 a 5 mm. 
 
TIPOS DE MOLDEIRAS PARA DESDENTADOS 
- Moldeira para alginato (perfurada); 
- Moldeiras para godiva (lisa) 
[Comentário do professor]: A seleção da moldeira pode ser realizada com o auxílio da prótese antiga. Deve-se 
verificar se a moldeira preenche todos os requisitos. 
Para fazer a seleção do tamanho da moldeira para o paciente, pode-se utilizar como guia a prótese que o mesmo 
está utilizando. Então coloca-se a prótese do paciente em cima da moldeira para ver se a moldeira abrange toda 
prótese; para ver se a moldeira está muito grande ou muito pequena. Sempre, independente se colocar a prótese 
antiga do paciente em cima ou não, deve-se levar essa moldeira sem material de moldagem para fazer a prova dessa 
moldeira na boca do paciente para ver se ela está do tamanho certo. Então leva-se à boca do paciente, e observa-se 
Plano de camper. 
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se está abrangendo toda área chapeável, se não ultrapassa a linha vibratória, se não comprime demais o sulco e se 
tem espaço interno de 3 a 5 mm (entre a moldeira e os tecidos). 
 
4) Seleção e preparo do material de moldagem 
Godivas: 
 - Rebordos e mucosas normais; 
 - Utilizar quantidade de material de moldagem suficiente; 
 - Utilizar temperatura de plastificação da godiva adequada (entre 55º e 65º C); 
 - Manipular até obter uma massa homogênea; 
 - Inserção e distribuição adequada de godiva na moldeira. 
[Comentário do professor]: Se a mucosa afasta mais que 2 mm é considerada mucosa flácida e não se deve 
utilizar godiva, e sim alginato. Para comprovar isso pega-se a espátula de madeira e desloca-se a mucosa do paciente 
para ver se há mucosa flácida. 
Sequência de uso da godiva e alginato até onde eles são diferentes: 
GODIVA: Utilizar a quantidade de material de moldagem suficiente: joga-se no plastificador de godiva e o termostato 
entre 55o e 65o C para haver a correta plastificação da godiva. Se colocar o termostato acima dessa temperatura ela 
ficará fluida, e abaixo rígida. Espera-se de 5 a 10 minutos. Manipula-se até obter uma massa homogênea. Depois se 
coloca sobre a moldeira lisa e insere-se e distribui adequadamente, tanto na superior quanto na inferior. Depois leva-
se à boca do paciente. 
**Superior geralmente uma placa e meia e inferior uma placa (quantidade de 
material). 
 
Alginato: 
 - Utilizar quantidade e proporcionamento adequado de 
material de moldagem; 
 - Em alguns casos: adequação das bordas da moldeira com 
cera; 
 - Espatulação adequada; 
 - Acomodar o material na moldeira. 
[Comentário do professor]: ALGINATO: Utilizar quantidade e proporcionamento 
adequando: para cada colher de pó de alginato, utiliza-se uma marca/porção de água. Em 
alguns casos é preciso fazer a adequação das bordas da moldeira com cera, ou seja, quando se 
prova a moldeira e ela ficou muito distante do limite da área chapeável pode-se fazer a 
adequação das moldeiras com cera por que aumenta-se com isso a extensão dessa moldeira, e 
aumentando essa extensão ela vai agora até o limite da área chapeável. Se a moldeira ficar 
muito rasa e não copiar totalmente o limite da área chapeável o modelo vai ficar diferente do 
que realmente é a boca do paciente. Realiza-se uma espatulação vigorosa da massa de alginato 
contra as paredes do grau de borracha em torno de 45 segundos, vai depender das indicações 
do fabricante. Acomoda-se o material na moldeira e leva-se à boca do paciente. 
 
 
 
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5) Moldeira propriamente dita 
Introdução da moldeira 
1) Introdução da moldeira; 
2) Centralização da moldeira (centralizar pela glabela); 
3) Compressão ou aprofundamento; 
4) Ativação da musculatura; 
5) Remoção e análise do molde: 
- Análise do molde: 
 . Superfície fosca (godiva) e distribuída uniformemente; 
 . Convexidade na região de fundo de sulco; 
 . Centralização do molde. 
- Defeitos do molde que podem ser corrigidos (godiva): 
 . Falta de godiva nas regiões de selado periférico e extensão posterior; 
 . Presença de pequenas rugosidades superficiais. 
- Defeitos do molde que não podem ser corrigidos: 
 . Molde descentralizado; 
 . Molde com instabilidade (báscula); 
 . Falta de material do sulco ou no palato; 
 . Molde com excesso de compressão; 
 . Molde com falta de compressão. 
[Comentário do professor]: Para inserir a moldeira, deve-se introduzir a mesma na diagonal. Para isso, com uma 
das mãos se traciona uma das comissuras labiais, com a outra introduz-se a moldeira na diagonal tracionando a outra 
comissura labial e então conserta-se a posição da moldeira dentro da boca centralizando com a linha média do 
paciente. Para saber se está centralizado deve-se observar a glabela. Depois disso se faz a 
compressão/aprofundamento. Quando for fazer a compressão, deve se ter cuidado para o material não escorrer para 
garganta do paciente. Para evitar isso deve-se carregar a moldeira com alginato fazendo uma rampa da posterior 
para anterior, onde vai ter menos material na região posterior e mais na anterior, para diminuir o risco de o material 
escorrer para a garganta do paciente. Na hora da compressão, com a moldeira dentro da boca do paciente, 
comprime-se primeiro na posterior e depois na anterior, para o excesso escorrer para a anterior e não para a 
garganta. Para saber se está pressionando muito ou pouco só com experiência. Depois de comprimir faz-se a ativação 
da musculatura. Para fazer a moldagem na região posterior (região da linha vibratória), existem três maneiras: Pedir 
para o paciente dizer “aaaah, aaaah” repetidamente; pedir para o paciente empurrar o dedo do dentista com a 
língua; ou pedir para o paciente fazer a sucção do dedo. Nessas três técnicas o palato mole vem para frente 
permitindo a cópia da região posterior da área chapeável. Na inferior, sempre que for moldar, sempre deve-se ter 
uma das mãos segurando a moldeira, por que sesoltar a moldeira, ela se desloca. Na inferior então se coloca os dois 
dedos para segurar dos dois lados, faz-se a ativação da musculatura de um lado, troca-se as mãos e faz-se a ativação 
da musculatura do outro lado, e pede-se para o paciente movimentar a língua para um lado, para o outro, para cima 
e para fora, para fazer a ativação da musculatura lingual, pois na inferior deve-se ativar tanto a musculatura da 
vestibular quanto da lingual. Quando for fazer a remoção da moldeira, muitas vezes não se consegue de primeira, 
porque na região de fundo de sulco forma-se um vácuo (ausência de ar) e esse vácuo impede que se remova o molde. 
Então se afasta a moldeira para entrar um pouco de ar (pode-se bater ar com a seringa tríplice). Para remover a 
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moldeira não se deve puxar reto, pois do mesmo modo que a inseriu a deve remover. Deve-se tirar a moldeira da 
boca também na diagonal para não machucar a comissura labial do paciente, tanto superior quanto inferior. 
A inserção da moldeira utilizando a técnica na diagonal serve para não machucar a comissura labial do paciente. 
Após remover a moldeira, deve-se lavar com água corrente para remover o excesso de saliva e fluido contaminado, 
e então faz-se a análise do molde, para ver se os sulcos estão corretos, se vejo papila incisiva, rugosidade palatina, 
crista do rebordo, papila piriforme, etc. 
Então o que eu devo analisar no molde? Devo observar se a superfície está fosca e distribuída uniformemente. A 
superfície fosca só tem a ver com a godiva, o alginato eu só observo se está distribuído uniformemente. Se as regiões 
de fundo de sulco estão convexas e se o molde está centralizado com a linha média do paciente. 
Quando se mencionou as vantagens da godiva, foi dito que ela pode ser corrigida em alguns casos. Já o hidrocolóide 
(alginato) não pode ser corrigido. Então quando se utiliza a godiva os defeitos muitas vezes podem ser corrigidos. 
Então sobre a falta de godiva na região de selado ou na extensão posterior, o que se faz? Plastifica-se um pouco mais 
de godiva e coloca na região e faz todo processo novamente: ativação da musculatura, aquilo tudo... 
Se houver presença de pequenas rugosidades superficiais, eu pego a lâmpada de chama horizontal, plastifico essa 
região onde tem essas rugosidades superficiais, leva-se em posição novamente à boca do paciente para eliminar 
essas rugosidades. 
Alguns defeitos não podem ser corrigidos na godiva: se o molde estiver descentralizado; o molde estiver com 
instabilidade, ou seja, é colocado o molde na boca do paciente e o molde balança; falta de material no sulco ou no 
palato; molde com excesso de compressão (ou seja, que mostra parte dentária na moldeira); molde com falta de 
compressão, onde geralmente fica brilhoso, brilhante. 
 
6) Remoção dos excessos 
[Comentário do professor]: Depois que se vê que está tudo certo, remove-se os excessos com o lecron, tanto 
da godiva quanto do alginato. 
 
7) Desinfecção dos moldes 
SOLUÇÕES RECOMENDADAS: 
- Hipoclorito de sódio a 1%; 
- Clorexidina a 2%. 
 
TEMPO RECOMENDADO 
- Imersão ou spray (aspersão) por 10 minutos; 
*Aspersão no alginato é melhor, pois o alginato ganha água. 
[Comentário do professor]: Após remover com o lecron - uma coisa que a maioria dos dentistas não fazem é a 
desinfecção dos moldes (deve-se fazer), que pode ser feita com hipoclorito de sódio a 1% ou clorexidina a 2%. Porque 
devo fazer a desinfecção? Vamos supor que nós temos um profissional que moldou um paciente. Esse profissional 
pegou o molde e fez a desinfecção corretamente, e então enviou para o protético. Se ele fez a desinfecção correta o 
protético não se contamina com o referido molde. Em outro caso, um profissional pegou o molde e enviou para o 
protético sem fazer a desinfecção. Quando chegou lá, o protético pegou tudo (achando que a desinfecção havia sido 
feita pelo dentista) sem luva e o protético se contamina. Então vamos supor que o protético vazou o modelo, fez a 
moldeira individual dos dois ao mesmo tempo, pois chegaram juntos. Quando o protético devolve para o profissional 
que havia feito a desinfecção – o mesmo achando que o protético também havia feito a desinfecção – pega sem luva 
esse modelo e acaba se contaminando por conta do outro profissional dentista que havia mandado o modelo sem 
desinfecção. E o dentista que havia feito desinfecção levou a moldeira individual (contaminada, mas que acreditava 
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estar desinfectada) à boca do paciente sem fazer nova desinfecção, contaminando o paciente. Ou seja, houve uma 
infecção cruzada. 
Todas as vezes, tudo que sair do consultório, deve-se fazer desinfecção. Quando chega do protético não se deve 
pegar sem luva. Primeira coisa a se fazer nessa situação: pego, diluo e faço a desinfecção novamente para eu não me 
contaminar e nem contaminar o paciente. E eu posso fazer essa desinfecção por aspersão (com spray) ou por imersão 
onde eu vou submergir o meu molde por 10 minutos antes de vazar do modelo de gesso. Se eu faço a moldagem 
com alginato, o melhor tipo de desinfecção é por aspersão, por que se fizer por imersão ocorre embebeção e o molde 
ganha água e o molde expande. **A godiva não ganha água, então pode ser por imersão, por também 10 minutos. 
Tanto aspersão quanto imersão são 10 minutos. Tiro o molde, molho com água e seco bem. Deve-se secar bem por 
que quando vazo o modelo, onde tem uma gota de água fica um buraco/depressão no modelo. 
 
8) Vazamento do modelo de gesso 
*Gesso tipo 2 (comum) por 40 min. 
Obtenção do modelo preliminar/anatômico/de estudo. 
[Comentário do professor]: Então eu vazo com gesso tipo 2 com vibração constante. Qual é o gesso tipo 2? 
Gesso comum. Então eu vazo com gesso tipo 2, espero 40 minutos para a reação e removo o molde e assim tenho 
meu modelo preliminar. Se a moldagem for com alginato, pode-se deixar mais que uma hora? Não, por que o modelo 
começa a puxar/reter água do alginato e o modelo fica fragilizado, e onde passar o dedo esfarela, perde resistência. 
E não pode tirar antes dos 40 minutos, por que o gesso não têm resistência adequada e pode-se fraturar o modelo 
de gesso. Então para o gesso 40 minutos é o ideal para a reação. Eu removo e obtenho o modelo preliminar. Sobre 
esse modelo preliminar ou modelo de estudo/anatômico eu vou fazer a moldeira individual. 
 
AULA 3 
MOLDEIRAS INDIVIDUAIS 
 
INTRODUÇÃO 
DEFINIÇÃO 
“Moldeiras confeccionadas especificamente para o paciente utilizando o modelo preliminar 
correspondente.” 
[Comentário do professor]: Para que nós possamos ter sucesso na 
prótese total, essa prótese deve ter retenção, estabilidade e suporte, ou 
seja, suportar todas as forças que tentam deslocar essa prótese total. 
Então quando a prótese do paciente tem retenção, suporte e estabilidade 
nós conseguimos o sucesso funcional. E como vamos conseguir retenção, 
estabilidade e suporte? Primeiramente com uma boa moldagem 
funcional. Para uma boa moldagem funcional deve-se ter uma boa 
moldeira individual. O que é moldeira individual? Moldeira moldada 
especificamente para determinado paciente sobre o modelo preliminar. 
Então se eu confecciono uma moldeira individual de um paciente eu não 
consigo adaptar na boca de outro paciente. 
 
 
 
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FINALIDADES DA MOLDEIRA INDIVIDUAL 
➢ Delimitação da área chapeável; 
➢ Receber, levar e manter o material de moldagem em posição durante a atividade 
funcional.; 
➢ Minimizar as alterações dimensionais. 
[Comentário do professor]: Então quais são as finalidades da moldeira individual? Delimitar a área chapeável, 
ou seja, delimitar até onde a prótese total vai, onde ela vai recobrir os tecidos; receber, levar e manter o material de 
moldagem em posição durante a reação desse material e durante a atividade funcional; Minimizar as alterações 
dimensionais dos materiais de moldagem. 
 
REQUISITOS 
➢ Resistência; 
➢ Adaptação adequada; 
➢ Espessura adequada (não passar os limites); 
➢ Espessura satisfatória; 
➢ Estabilidade dimensional (não ter alteração de expansão e contração); 
➢ Espaço para o material de moldagem. 
[Comentário do professor]: Quais são os requisitos e quais são as características que essa moldeira individual 
deve ter para ser considerada uma moldeira individual ideal? Resistência adequada para que não frature e não 
deforme durante a moldagem; deve ter uma adaptação correta aos tecidos bucais do paciente; uma extensão 
adequada para não moldar ultrapassando o limite da área chapeável, mas também não pode moldar aquém, ou seja, 
distante desse limite; deve ter espessura satisfatória por que se ela for muito espessa vou ter dificuldade de inserir 
e remover essa moldeira da boca do paciente e se ela for muito fina pode fraturar ou deformar durante a moldagem. 
Se for muito fina não vai ter resistência adequada; deve ter estabilidade dimensional para não ter alteração nem de 
expansão e nem de contração; e deve ter um espaço para o material de moldagem entre a moldeira e a mucosa do 
paciente. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
➢ MATERIAL; 
➢ TÉCNICA DE CONFECÇÃO; 
➢ ADAPTAÇÃO. 
[Comentário do professor]: Temos 3 classificações para essa moldeira individual: quanto ao material que eu 
posso confeccioná-la; quanto à técnica de confecção e quanto à adaptação. 
 
MATERIAL 
➢ Resina acrílica (autopolimerizável é a mais usada atualmente); 
➢ Metálicas; 
➢ Termoplastificadas; 
➢ Acetato.
[Comentário do professor]: Quanto ao material que eu posso confeccioná-la têm-se: resina acrílica 
autopolimerizável, metal, resina acrílica termopolimerizável e resina fotopolimerizável; têm-se também os materiais 
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termoplásticos, aqueles que a gente aquece para terem plasticidade para trabalhar; e temos também as moldeiras 
de acetato. Mas o material mais utilizado atualmente é a resina acrílica autopolimerizável. 
 
TÉCNICA DE CONFECÇÃO 
➢ Manual; 
➢ Prensadas. 
[Comentário do professor]: Quanto à técnica de confecção, nós podemos confeccioná-la tanto manualmente, 
que é a técnica mais utilizada atualmente, como prensada. 
 
ADAPTAÇÃO – 3 técnicas distintas 
➢ Adaptadas (sem alívio no gesso) 
➢ Aliviadas (alívio com cera 7): 
 - Parcialmente aliviadas (mais utilizada) 
 - Totalmente aliviadas 
[Comentário do professor]: E quanto à adaptação nós temos 3 tipos de técnicas para confecção da moldeira 
individual: as adaptadas; as parcialmente aliviadas e as totalmente aliviadas. 
As adaptadas são aquelas moldeiras onde eu não faço nenhum alívio sobre o modelo de gesso para confeccioná-la. 
Então eu pego o modelo de gesso, venho e faço a moldeira individual sem fazer nenhum alívio sobre o modelo; nas 
totalmente aliviadas, a gente vai aliviar todo modelo de gesso com cera 7; e as parcialmente aliviadas, como o próprio 
nome já diz, nós vamos aliviar alguns pontos para que não haja uma reabsorção óssea muito acentuada nessas 
regiões e nem áreas de sensibilidade no paciente quando o paciente utilizar a prótese total. Então, existem áreas 
mais sensíveis à absorção e existem áreas mais sensíveis à pressão, onde o paciente sente desconforto ou dor. Nessas 
áreas devo fazer o alívio. Como não irei fazer o alívio em todo modelo, apenas algumas áreas, é chamada de moldeira 
parcialmente aliviada, onde só parte dela será aliviada. E essa parcialmente aliviada é a mais utilizada atualmente. 
Então qual é a técnica mais utilizada atualmente? A parcialmente aliviada. A totalmente em alguns casos têm que 
utilizar. 
 
TÉCNICAS 
TOTALMENTE/PARCIALMENTE ALIVIADAS 
➢ Laminada; 
➢ Fluida; 
➢ Resina fotoativada; 
➢ Uso da prótese do paciente; 
➢ Acetato. 
[Comentário do professor]: Então nós temos a técnica laminada onde faz-se uma lâmina de resina; temos 
também a técnica fluida; posso utilizar também a resina fotoativada; posso utilizar a prótese que o paciente está 
utilizando como uma moldeira individual, para fazer uma nova moldeira individual, com isso não precisa fazer a 
moldagem preliminar; e temos ainda a técnica das moldeiras de acetato. 
**Antes de qualquer moldeira individual nós temos que delimitar a área chapeável e fazer o alívio das áreas de alívio 
e áreas retentivas. 
 
 
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DEFINIÇÃO DE ÁREA CHAPEÁVEL: 
“Área chapeável é definida por toda a área tecidual que será recoberta pela base de prótese 
total.” 
 Vermelho: rebordo (onde os dentes estavam antes) 
 Azul: área chapeável 
 Palato não entra na área chapeável 
 Palato 
 
 
 
 Representação da 
 Maxila cortada 
 
[Comentário do professor]: Então, antes de fazer a moldeira individual eu tenho que fazer a delimitação da área 
chapeável e o alívio das áreas retentivas e as áreas de alívio também. Então, antes de qualquer coisa, o que é área 
chapeável? A área chapeável é a parte que a prótese irá cobrir. No rebordo, dependendo das alterações anatômicas 
que o paciente tenha, a área chapeável pode terminar um pouquinho antes de terminar o rebordo, ou a área 
chapeável invade um pouquinho depois do rebordo. Mas geralmente ela fica no limite do rebordo. Por que o rebordo, 
na verdade, a diferença, principalmente no superior, (no inferior não tem muita diferença) é que o palato não entra 
para definição de rebordo. O rebordo é somente até a parte mais alta. Já no inferior, o rebordo e a área chapeável é 
praticamente o mesmo. 
Então como vou fazer para delimitar essa área chapeável? 
 
 DELIMITAÇÃO DA ÁREA CHAPEÁVEL 
A delimitação da área chapeável deve ser realizada sobre o modelo preliminar com o auxílio de 
um lápis, traçando uma linha cujo contorno dependerá das estruturas existentes no modelo. 
[Comentário do professor]: Então a delimitação da área chapeável é feita sobre o modelo preliminar, por que é 
sobre o modelo preliminar que vai ser confeccionada a moldeira individual. Com o auxílio de um lápis cópia ou 
lapiseira eu traço uma linha cujo o contorno irá mostrar as estruturas existentes do modelo. Então, veremos quais 
são os limites da área chapeável nesse momento, tanto superior, quanto inferior. Algumas estruturas são iguais - 
principalmente na região anterior de maxila e mandíbula, mas o restante totalmente diferente. Então até onde eu 
posso ir com minha prótese total? Quais são os limites da área chapeável: 
 
 DELIMITAÇÃO DA ÁREA CHAPEÁVEL – MODELO SUPERIOR 
➢ Freio labial superior 
➢ Sulco vestíbulo-labial anterior 
➢ Freios laterais 
➢ Processo zigomático da maxila 
➢ Espaço retrozigomático 
➢ Túber da maxila/tuberosidadepalatina 
➢ Linha vibratória 
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[Comentário do professor]: O mais 
anterior é o freio labial. Então contorna-se 
o freio labial; depois eu tenho o sulco que 
é formado pelo lábio do paciente e pela 
região anterior da vestibular, então é o 
sulco vestíbulo-labial, por que é feito pela 
vestibular da anterior do paciente (na 
parte vestibular anterior) e o lábio; depois 
tenho os freios laterais; mais para a 
posterior tenho o zigomático (processo 
zigomático da maxila); atrás do zigomático 
eu tenho um espaço – se é um espaço que está atrás, chama- se rétro, que quer dizer atrás. Então tenho esse espaço 
retrozigomático; na vestibular, na parte posterior têm as tuberosidades, os túbers da maxila; e quem delimita a região 
posterior é a linha vibratória/linha do aaah. 
Então na prótese não se pode ultrapassar nenhuma das estruturas, senão ela vai ter sobre-extensão, e quando ela 
tem sobre-extensão, toda vez que o paciente fala ou toda vez que o paciente mastiga, essa prótese é deslocada. Se 
ela fica antes dessas estruturas também, a prótese total não tem retenção, então tem que estar realmente no limite, 
não pode estar ultrapassando essas estruturas, mas também não pode estar aquém dessas estruturas, porque senão 
não vou ter o selado periférico. 
 
DELIMITAÇÃO DA ÁREA CHAPEÁVEL – MODELO INFERIOR 
➢ Freio labial inferior 
➢ Sulco vestíbulo labial anterior 
➢ Freios laterais 
➢ Linha oblíqua externa 
➢ Região disto lingual 
➢ Linha milo-hióidea 
➢ Sulco alvéolo lingual 
➢ Freio lingual 
 
 
[Comentário do professor]: Na 
região anterior, muitas vezes o que 
acontece? O paciente não tem o freio 
labial anterior por conta da grande 
reabsorção óssea, então, como 
exemplo, em um caso onde esteja mais 
reabsorvido, a gente inicia com o sulco 
vestíbulo labial anterior. Então eu não 
tenho o freio nesse caso, mas se o 
paciente tiver freio labial anterior eu 
tenho que contornar esse freio, que se 
dá no limite da área chapeável. Depois eu tenho os freios laterais; depois a linha oblíqua (antigamente era linha 
oblíqua interna e externa, agora a nomenclatura passou a chamar somente de linha oblíqua); logo depois têm-se o 
espaço disto lingual, onde abrange a parte distal do arco e início da lingual desse arco, por isso é chamada de disto 
lingual; depois têm-se a linha milo-hióidea; depois tenho o sulco alvéolo lingual; e depois o freio lingual. 
 
 
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SUBDIVISÃO DA ÁREA CHAPEÁVEL 
1- Zona de suporte primário/principal 
2- Zona de suporte secundário 
3- Zona de selado periférico 
4- Zona de selado posterior 
5- Zona de alívios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[Comentário do professor]: A área chapeável é dividida em zonas onde eu posso colocar mais força e zonas 
onde não posso colocar tanta força; zonas que ajudam a suportar as forças mastigatórias; zonas que dão retenção à 
prótese total. São divididas em 5 zonas. A primeira será: 
 
1 – ZONA DE SUPORTE PRIMÁRIO/PRINCIPAL 
Ocupa toda extensão da crista do rebordo alveolar de uma extremidade à outra, incluindo na 
mandíbula a papila piriforme (região que suporta mais forças mastigatórias para quem utiliza 
prótese total). 
[Comentário do professor]: Será em toda região de crista de rebordo residual. Porque é chamada de suporte 
primário? Por que essa é a principal região que vai suportar as forças mastigatórias. Então toda vez que o paciente 
vai morder sobre a prótese total, a região onde a força oclusal vai incidir com mais força/intensidade será na zona 
de suporte primário. Porque essa zona suporta mais força que as outras? Por que a parte óssea dessa região, mesmo 
com reabsorção, se mantêm com as mesmas características de antes. Então se antes ela recebia as forças 
mastigatórias, por que os dentes transmitiam para essa região, agora ela é a região que suporta também as forças 
mastigatórias de um paciente que utiliza prótese total, porque ela foi feita para isso: para suportar essas forças 
mastigatórias. 
 
2 – ZONA DE SUPORTE SECUNDÁRIO 
Na maxila, inclui todo palato duro, com exceção da área de alívio, e a vertente vestibular do 
rebordo alveolar (vão ajudar a zona de suporte primário a suportar as cargas mastigatórias). 
Na mandíbula, compreende as vertentes vestibulares e linguais dos rebordos, até próximo ao 
fundo do sulco e do assoalho da boca. 
**Zona de suporte primário e secundário proporcionam suporte à prótese total. 
 
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[Comentário do professor]: Temos também a zona de suporte secundário. Vai incluir todo palato duro, com 
exceção das regiões que serão aliviadas, e toda vertente vestibular do rebordo. Porque então se chama zona de 
suporte secundário? Por que essas regiões vão auxiliar as zonas de suporte primário a receber/suportar as cargas 
mastigatórias. Na mandíbula onde vão ser? Nas vertentes vestibular e lingual do rebordo. A zona de suporte 
secundário e a zona de suporte primário proporcionam suporte à prótese total. 
 
 3 – ZONA DO SELADO PERIFÉRICO 
Compreende uma faixa de 2 a 3 mm da mucosa móvel que contorna toda a volta da área 
chapeável (vai selar o espaço entre prótese e mucosa. Proporciona retenção). 
[Comentário do professor]: A zona de selado periférico, então, compreende praticamente toda periferia da base 
da prótese. Porque é chamada de zona de selado periférico? Por que ela vai selar os espaços entre a prótese e a 
mucosa. E quando tem esse selado, nada entra entre a prótese e a mucosa (nem ar, nem água, nem alimento), e isso 
proporciona retenção para a prótese total. Então a zona de selado periférico, que compreende uma faixa de 2 a 3 
mm da mucosa, contornando toda a área chapeável, proporciona retenção à prótese total. Por que? Por que impede 
que qualquer substância penetre entre a prótese e a mucosa, e dessa maneira ela proporciona retenção à prótese 
total. Notar que a zona de selado periférico vem toda na vestibular da maxila, toda vestibular e lingual da mandíbula. 
Ela vai na região posterior? Não, por que nessa região será a zona de selado posterior. 
 
4 – ZONA DO SELADO POSTERIOR 
Para a maxila, é a zona que fica na parte posterior da área chapeável, limitada pela divisa entre 
os palatos duro e mole. Para a mandíbula, se localiza até 2/3 da papila piriforme ou englobando-
a (não permite que nada penetre entre a mucosa e a prótese, proporcionando também retenção 
à prótese). 
[Comentário do professor]: Então as zonas de selado periférico e a zona de selado posterior vão proporcionar 
retenção à prótese total. No superior é a linha vibratória; na inferior é a região mais posterior àquela região disto-
lingual. Esse selado é igual ao selado periférico: ele não permite que nada penetre entre a prótese e a mucosa 
(nenhum tipo de substância), e dessa maneira proporciona retenção à prótese total. 
 
5 – ZONAS DE ALÍVIO 
Compreende as áreas que deverão ficar livres dos esforços oriundos das próteses. 
 
Maxila: 
1- Papila incisiva; 
2- Rugosidades palatinas; 
3- Rafe palatina (também chamada rafe mediana). 
São as três estruturas que deverão ter alívio. 
**Se os foramespalatinos e as fóveas palatinas estiverem visíveis, deve-se realizar alívio também 
nessas áreas. 
Mandíbula: 
1- Papilas piriformes; 
2- Forames mentonianos; 
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3- Fossas retro-milohióideas (região retentiva e sensível ao paciente). 
 **Se houver áreas retentivas deve-se realizar também alívio. 
 **Usa-se a cera 7 para preencher a retenção. 
As áreas de alivio, tanto na mandíbula como na maxila, faz-se de 1mm de cera 7. 
Nas áreas retentivas uso a cera 7 até que não haja mais retenção (sem limite de espessura). 
[Comentário do professor]: E por último, mas não menos importante, temos a zona de alívio. 
SUPERIOR: são diferentes na superior e na inferior. Nas zonas de alívio, essas regiões devem ficar livres de esforços 
mastigatórios, pois não os suportam. Nós temos então a papila incisiva na região mais anterior. Porque essa região 
tem que ficar fora dos esforços mastigatórios? Embaixo da papila incisiva é onde está o forame incisivo, então nessa 
região sai muita inervação. Se comprimir muito essa região, além de ter uma velocidade de reabsorção óssea muito 
grande, têm também o desconforto do paciente, pois vão ser pressionadas terminações nervosas nessa região onde 
está o forame incisivo; temos as rugosidades palatinas, que são regiões muito susceptíveis à reabsorção óssea. Então 
nessa região, em casos mais extremos já foi relatado que houve reabsorção óssea até a região da espinha nasal 
anterior. Então se reabsorver tudo isso é possível colocar uma prótese total? Não, pois não vai haver retenção; temos 
ainda a rafe palatina ou rafe mediana; Então, nessas três estruturas citadas (papila incisiva, rugosidade palatina e 
rafe palatina) eu sempre vou ter que fazer o alívio. Agora... se no modelo eu conseguir visualizar os forames palatinos, 
eu também tenho que fazer o alívio desses forames. O mesmo acontece com as fóveas palatinas. Se eu consigo 
visualizar as fóveas palatinas e os forames palatinos eu tenho que fazer também esse alívio. Porém, se não visualizá-
los, faço apenas as papilas incisivas, as rugosidades palatinas e a rafe palatina/mediana. 
INFERIOR: No inferior as estruturas são diferentes. Então tem basicamente 3 na inferior, que são: os forames 
mentuais/mentonianos, por que é saída também de inervação para essa região mais inferior. Então se comprimir 
essa região o paciente sente desconforto; temos as papilas piriformes (em alguns livros chamadas de papilas 
retromolares); e por último uma fossa, chamada fossa retro-milohióidea, que é uma fossa que está atrás da linha 
milohióidea. Essa região geralmente é uma região muito retentiva e também muito sensível ao paciente. Então essas 
são as áreas de alívio que sempre devem ser aliviadas antes de confeccionar a moldeira individual. Se houver alguma 
área retentiva nós temos que fazer o alívio dessas áreas retentivas também. Porque? Vamos supor que eu tenho 
uma área retentiva, a minha moldeira individual é feita de resina acrílica, e essa resina é rígida. Se eu coloco resina 
acrílica contornando o rebordo, quando eu remover meu modelo, corre o risco de fraturar o modelo. Então, como a 
resina é rígida, quando puxar pode fraturar o modelo. Outra coisa que é pior que fraturar o modelo: quando eu inserir 
no paciente ou quando remover eu causar uma lesão nesse paciente por conta da retenção dessa moldeira individual. 
Então se a moldeira individual é feita de resina acrílica, que é um material rígido, quando eu tenho alguma região 
retentiva isso vai atrapalhar a inserção e a remoção da moldeira individual. Então o que eu devo fazer? Pego a cera 
7 e preencho essa retenção, fazendo com que a moldeira entre paralela, não tendo mais problema de inserção e 
remoção dessa moldeira individual. Então sempre que houver áreas retentivas, eu tenho que fazer o alívio das 
mesmas. **As áreas de alívio, tanto na maxila quanto na mandíbula, a gente faz alívio de 1 mm de cera 7. Nas áreas 
retentivas, a quantidade de cera 7 que vou colocar é até que não haja mais essa retenção. Essa cera é usada no 
modelo. Então a área chapeável, como eu delimito? Ou com lápis cópia, contornando todas as estruturas citadas 
anteriormente, ou com uma lapiseira. Então as áreas de alívio da maxila são quais? Papila incisiva, rugosidade 
palatina e rafe mediana. Então eu coloco a cera sobre o modelo de estudo. Então eu pego esse modelo e faço o alívio 
das áreas de alívio, com 1mm de cera. E se houver área retentiva eu também faço o alívio da área retentiva, com 
espessura de cera até que não haja mais retenção. Então sempre, a primeira coisa que eu faço antes de fazer a 
moldeira individual, delimitar a área chapeável, depois fazer o alívio das áreas de alívio e áreas retentivas caso hajam. 
Sempre vai haver área retentiva? Não, mas sempre vai ter zona de alívio. 
 
 
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TÉCNICA LAMINADA 
 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
- Facilidade de tenção 
- Espessura uniforme 
 
 - Laminador 
 - Alteração dimensional da resina 
 
**Chama-se laminada por que faz-se uma lâmina de resina acrílica para aplicar no modelo. 
**Deve-se usar isolante a base de alginato para evitar que a resina grude (a vaselina altera a 
resina acrílica). 
 
[Comentário do professor]: A primeira técnica que nós vamos aprender a fazer a moldeira individual, que vai 
ser utilizada no laboratório, será a técnica laminada. Todas as técnicas têm suas vantagens e desvantagens. Quais 
são da técnica laminada? 
Vantagens: essa técnica então é de fácil confecção da moldeira individual. Porque se chama técnica laminada? Por 
que vou fazer uma lâmina de resina acrílica para colocar sobre o modelo de gesso (modelo de estudo). E quando eu 
faço essa lâmina eu obtenho a espessura uniforme. 
Desvantagens: em teoria, preciso do laminador para fazer essa técnica, porém na prática vamos ver que não precisa 
tanto disso, pois a gente pode improvisar nosso próprio laminador. Sempre que trabalhar com resina acrílica, 
principalmente autopolimerizável, haverá alteração dimensional da resina. Ou seja, sempre há a contração da resina, 
tanto durante a confecção, quanto após a polimerização, que é chamada contração pós polimerização. Então após a 
polimerização completa da resina acrílica, ainda assim ela continua contraindo por um tempo. Então sempre vou 
delimitar a área chapeável e fazer alívio das áreas de alívio. Se houver necessidade, o alívio das áreas retentivas 
também. Sempre que trabalhar com resina acrílica sobre o modelo eu tenho que isolar o modelo, ou seja, passar 
isolante para que a resina não grude no modelo. Então eu passo um isolante que é à base de alginato, e é próprio 
para resina acrílica. Não posso passar vaselina sobre o modelo quando for trabalhar com resina acrílica por que a 
vaselina altera a polimerização da resina acrílica. Muitas vezes, quando se passa uma camada muito grossa de 
vaselina e leva a resina sobre o modelo com essa camada grossa, nessas regiões a resina nem reage totalmente. 
Então para evitar isso não se utiliza a vaselina como isolante, e sim um isolante a base de alginato que é próprio para 
resina acrílica. Então eu tenho meu laminador pronto, vou colocar a resina dentro e fechar para fazer uma lâmina de 
resina (esse laminador pode ser a placa de vidro com duas moedas embaixo) com espessura uniforme. Vou utilizar a 
resina acrílica autopolimerizável.Então vou proporcionar com o copinho o pó da resina e o líquido. Levo no pote 
paladon, manipulo e tampo. Vou utilizar essa resina na fase plástica. Quais são as fases da resina acrílica? Arenosa, 
fibrilar, plástica, borrachóide, densa. Na fase plástica não gruda mais no dedo. Na borrachóide ela deforma e depois 
volta ao estado normal, por isso não posso utilizar. Quando chega na fase plástica aí sim vou manipular essa resina 
na mão pois não gruda mais na mão. Coloco a resina no laminador e fecho, obtendo uma lâmina de resina que é 
colocada sobre o modelo. 
Inferior: meu laminador profissional (não o improvisado) têm a forma da mandíbula. Então eu coloco a resina dentro 
do laminador e então vou obter uma lâmina de resina de espessura uniforme, e coloco essa lâmina sobre meu modelo 
de estudo/anatômico. A primeira adaptação que faço da resina sobre o modelo é com o dedo seco. Depois para 
acomodar o restante, meu dedo sempre deve estar molhado em monômero (líquido da resina). Obs.: o pó da resina 
a gente chama de polímero. 
As acomodações com o dedo embebido em monômero servem para que a resina não fique aderida no dedo, pois na 
hora de tirar rasga a resina. Então venho com o dedo e faço a adaptação da resina sobre o modelo. Depois, tenho 
que fazer a remoção dos excessos, pois não consigo fazer a resina do tamanho certinho, pois cada paciente possui 
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um tamanho de boca/tamanho de arco. Então venho com lecron molhado em monômero para retirar os excessos. 
Então faço a remoção dos excessos para ter menor trabalho durante o acabamento dessa moldeira individual. Então 
devo fazer um cabo e inserir (toda moldeira têm cabo) e vou esperar a resina reagir. Quando a resina ficar na fase 
borrachóide e começar a esquentar o que devo fazer? Tirar a moldeira e voltar a moldeira, tirar a moldeira e voltar 
a moldeira, ... Porque? Se não tiro a moldeira ela contrai e não consigo removê-la do modelo, ou pode ser que a 
mesma quebre o modelo. Se eu tirar a moldeira e deixo fora ela contrai e depois não consigo mais adaptá-la ao 
modelo, e consequentemente também não conseguirei mais adaptá-la na boca do paciente. Então devo tirar e 
colocar, tirar e colocar até sua reação final, para que não haja contração dessa moldeira individual. Depois que ela 
reagiu totalmente eu faço desgaste/acabamento com a maxicut para remover as arestas que podem machucar o 
paciente, para arredondar essas bordas e também para remover os excessos. Qual o ideal? Eu remover a maior 
quantidade de excessos com lecron, pois se fica uma espessura muito grande para remover com a maxicut é mais 
fácil fazer outra moldeira do que fazer a remoção toda com maxicut. O cabo da moldeira deve estar a 90o do rebordo 
na inferior para o lábio não bater na moldeira durante a ativação da musculatura. E isso acaba deslocando a moldeira. 
Na superior o ângulo do cabo é de 45o. 
 
Fases da resina acrílica (nessa técnica laminada usa-se a fase plástica) 
➢ Arenosa 
➢ Fibrilar 
➢ Plástica (fase onde a utiliza) 
➢ Borrachóide 
➢ Densa 
 
O liquido da resina chama-se monômero, e o 
pó polímero. 
Como a resina contrai, durante a fase 
borrachóide, deve-se retirar e colocar a 
moldeira várias vezes no modelo para evitar 
que se contraia muito e consiga ser retirada 
do modelo. 
Cabo sempre com 90º com o rebordo na 
mandíbula e 45o na maxila. 
 
TÉCNICA FLUIDA 
 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
- Facilidade de confecção; 
- Baixo custo (pois precisa-se apenas de 
resina acrílica e um laminador para fazer). 
 
 - Espessura não uniforme; 
 - Alteração dimensional da resina 
(contração da resina). 
 
*Utiliza-se resina na fase arenosa nessa técnica. 
*Tampa-se o pote nessa fase pois na fase arenosa a resina pode escorrer. 
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[Comentário do professor]: A segunda técnica que se pode utilizar com resina acrílica autopolimerizável é a 
técnica fluida. Como toda técnica, ela tem suas vantagens e desvantagens. 
Vantagens: Então como vantagem ela tem facilidade de confecção; baixo custo pois preciso apenas da resina acrílica 
e do laminador. 
Desvantagens: como eu não tenho uma lâmina de resina, a espessura não é uniforme na moldeira individual. E como 
dito: sempre que for trabalhado com resina acrílica, principalmente a autopolimerizável, uma das desvantagens é 
uma alteração dimensional/contração dessa resina, tanto durante a polimerização quanto após a polimerização. Da 
mesma maneira: delimito a área chapeável, faço alívio das áreas de alívio. Se houver áreas retentivas, faço alívio 
também dessas áreas. Depois que fiz os devidos alívios, eu tenho que isolar o modelo sempre com isolante a base de 
alginato (que é próprio para resina acrílica). Proporciono o pó e o líquido, manipulo a resina e tampo o pote. Vou 
utilizar essa resina na fase arenosa, então porque tampei se é na primeira fase que vou utilizar? Por que logo após a 
manipulação da resina ela está muito fluida/líquida, então quando você coloca sobre o modelo não há muito controle 
sobre ela, pois escorre. A consistência deve estar não tão fluida. Depois que colocar a resina sobre todo rebordo, 
com o dedo molhado em monômero eu faço a adaptação da resina sobre o modelo. Depois eu faço o cabo e removo 
os excessos com o lecron embebido também em monômero. Depois faz-se o acabamento com a maxicut. Na fase 
borrachóide, o cabo fica com a aderência comprometida. 
 
 
 
AULA 4 
TÉCNICA DA RESINA ACRÍLICA FOTOATIVADA 
[Comentário do professor]: Também utilizada para confecção da moldeira individual. 
Essa resina já vem numa caixa fechada. Quando abrimos a caixa, as lâminas já vem pré-definidas, com a espessura e 
tamanho adequado. Vou delimitar os limites da área chapeável, fazer alívio das áreas de alívio e áreas retentivas, 
caso hajam; isolar com isolante a base do alginato (mesma coisa que o início com a autopolimerizável). E aí sim eu 
vou adaptar essa resina, e quando adapto ela já possui a espessura certa. Só acomodo sobre a moldeira, removo os 
excessos com lecron; não preciso retirar os excessos rapidamente pois não irá polimerizar rapidamente; com os 
excessos que removi faço o cabo; e levo ao box de polimerização. O box gira a moldeira e a luz polimeriza a moldeira. 
Depois que estiver pronta, faço acabamento com a maxicut; lavo com detergente neutro e escovo para remover o 
pó proveniente do acabamento e aí obtenho minha moldeira individual pronta, a partir do modelo preliminar. 
 
 VANTAGENS DESVANTAGENS 
➢ Facilidade de confecção; 
➢ Espessura uniforme; 
➢ Ausência de bolhas; 
➢ Lisura. 
➢ Box de polimerização; 
➢ Custo. 
 
 
 
 
 
 
 
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VANTAGENS DESVANTAGENS 
Facilidade de confecção: não preciso mais manipular 
resina, eu não preciso recortar a resina rapidamente 
antes que polimerize, pois como é fotoativada, ela só 
vai polimerizar com luz (fotoativar). 
Espessura uniforme: já vem em lâminas, com espessura 
pré-definida. 
Ausência de bolhas: essas bolhas acontecem nas 
moldeiras individuais confeccionadas em resina acrílica 
autopolimerizável,mas na fotoativada não (pois não 
precisa espatular). 
Lisura superficial superior às moldeiras confeccionadas 
com resinas autopolimerizáveis, 
Para polimerização da resina é necessário um box de 
polimerização, que é como se fosse um forno, mas que 
ao invés do calor, possui 3 ou 4 lâmpadas onde a luz 
incide na resina, fazendo-a polimerizar. 
Custo: além de ter que adquirir o box, essa resina é bem 
mais cara que a autopolimerizável. 
 
 
 
 
TÉCNICA DE CONFECÇÃO DA MOLDEIRA UTILIZANDO A PRÓPRIA PRÓTESE DO PACIENTE 
[Comentário do professor]: Também posso utilizar a prótese que o paciente está utilizando para confeccionar 
uma moldeira individual. É uma técnica indicada quando por exemplo: fez-se a prótese há pouco tempo mas o 
paciente não gostou do dente. Uma prótese total tem vida útil, em média, de 5 anos. 
Desenvolvimento da técnica: então eu pego a prótese total e uma moldeira (o ideal é que não seja uma moldeira 
perfurada, pois para remover o gesso é difícil), e coloco ao invés dos dentes voltados para a moldeira, a parte tecidual 
voltada para a moldeira, a parte em contato com os tecidos. O que vou fazer? Manipular uma quantidade de gesso 
e colocar sobre a moldeira. Antes que esse gesso reaja, eu isolo internamente a prótese total e levo a prótese total 
no gesso. Espero o gesso reagir e removo a prótese. Quem vou ter? O modelo de estudo. Então preciso fazer a 
moldagem preliminar? Não, eu pulo um passo. Depois delimito a área chapeável, faço alívio das áreas de alívio e 
retentivas caso necessite; manipulo uma porção de resina (se não for utilizar o laminador posso utilizar uma placa de 
vidro com moedas para dar espessura correta, fazendo uma lâmina de resina); acomodo essa camada de resina sobre 
o modelo; confecciono o cabo; e está aí a moldeira individual. A prótese deve estar muito bem confeccionada e o 
paciente não deve sentir desconforto com ela para que possa utilizar essa técnica, pois senão a nova prótese também 
causará desconforto. 
 
 
 
 VANTAGENS DESVANTAGENS 
➢ Facilidade de confecção; 
➢ Alta qualidade; 
➢ baixo custo. 
➢ (?) extensão adequada das próteses. 
 
 
 
 
 
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VANTAGENS DESVANTAGENS 
Facilidade de confecção: pulo um passo, não precisando 
fazer a moldagem preliminar quando utilizo a prótese 
do paciente para confeccionar a moldeira individual. 
Alta qualidade: se a prótese não estiver com as 
extensões/dimensões corretas, a moldeira não vai ter 
alta qualidade, ela vai ficar sub-extendida, ou seja, 
distante da área chapeável. Se ficar com sobre-
extensão (ultrapassar), a moldeira também ficará com 
sobre-extensão. Então a alta qualidade vai depender da 
qualidade da prótese do paciente. Se a extensão da 
prótese é correta, aí eu tenho uma moldeira de alta 
qualidade. Se a extensão da prótese é incorreta, terei 
uma prótese de má qualidade. 
Baixo custo, pois vou usar apenas a resina acrílica para 
confeccionar essa moldeira individual. 
É uma técnica perigosa, pois se as bordas da prótese 
não estiverem nos seus limites corretos da área 
chapeável vou ter uma moldeira de má qualidade e não 
vou moldar toda a área chapeável, ou vou moldar sobre 
a extensão. E as duas (sobre e sub-extensão) são 
prejudiciais para a retenção da prótese total. 
 
 
MOLDEIRA DE ACETATO 
[Comentário do professor]: A moldeira de acetato é outro tipo de material que posso utilizar para confecção da 
moldeira individual. 
 
 VANTAGENS DESVANTAGENS 
➢ Facilidade de confecção; 
➢ Espessura uniforme. 
➢ Espessura das bordas; 
➢ Aderência ao material de moldagem; 
➢ Custo; 
➢ Acabamento da moldeira. 
 
**Utiliza silicone de condensação para fazer alívio das áreas de alívio e das áreas retentivas ao 
invés da cera nº 7, pois como irei esquentar a cera irá derreter. 
O acetato é termoplástico. 
[Comentário do professor]: Então tenho meu modelo de 
estudo/anatômico/preliminar; delimito a área chapeável, faço 
alívio das áreas de alívio e áreas retentivas caso necessário e levo 
ao plastificador a vácuo com uma lâmina de acetato. Os furos 
puxam o ar e as placas irão contornar o modelo de estudo; removo 
a placa com o modelo no plastificador a vácuo (não posso utilizar 
a maxicut, pois a maxicut vai esquentar e deformar o modelo); 
para fazer o acabamento uso disco de carborundum; O disco não 
dá acabamento bom, pois serve para cortar, deixando as bordas 
irregulares. Sempre devo utilizar adesivo para que o material de 
moldagem fique aderido a ele (pois o acetato é muito liso), senão 
a moldeira vem e o material de moldagem fica na boca. Placas de acetato. 
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Tem como fazer o cabo da moldeira com o acetato? Não, o cabo vai ser feito com resina acrílica autopolimerizável. 
As bordas geralmente ficam muito finas e podem machucar o paciente não moldando corretamente o fundo de sulco 
do paciente. E o acabamento é muito difícil. 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Facilidade de confecção: mesmo estilo de confecção de 
moldeiras de clareamento. 
Espessura uniforme porque já é a espessura da placa de 
acetato. Então a placa de acetato tem a espessura de 2 
a 3 mm, como consequência a moldeira individual terá 
2 a 3 mm. 
Não consigo uma espessura ideal nas bordas, sendo que 
o acabamento é um pouco diferente das outras 
moldeiras individuais. 
Como é muito liso não tem aderência ao material de 
moldagem, então tenho que utilizar adesivo ou 
perfurações nessa moldeira para a adesão do material. 
Custo é maior porque necessito de um plastificador a 
vácuo para confeccionar essa moldeira individual. 
E o acabamento dessa moldeira é muito difícil porque é 
rígida, não conseguindo dar uma lisura muito boa nessa 
moldeira individual, principalmente nas bordas dessa 
moldeira. 
 
MOLDEIRA TOTALMENTE ALIVIADA 
 VANTAGENS DESVANTAGENS 
➢ Menor compressão do rebordo; 
➢ Espessura uniforme de material. 
➢ Área de compressão nos topes. 
 
[Comentário do professor]: Técnica: Então delimito a área chapeável; não preciso fazer alívio das áreas de alívio, 
pois é totalmente aliviada (vai ter cera em cima de todo modelo); aqueço uma lâmina de cera 7 e coloco sobre todo 
modelo; depois, eu removo a cera da região de selado periférico porque nessa região eu tenho que ter aquele selado 
entre a prótese e a mucosa para que a prótese tenha retenção, e também removo a cera da região de selado 
posterior, por que nessas regiões a prótese deve estar em íntimo contato com a mucosa do paciente; depois removo 
mais ou menos quatro pontos sobre a crista do rebordo residual da cera, que são as regiões dos topes; onde eu 
removi a cera, ou seja, no selado periférico, no selado posterior, nas regiões dos topes eu utilizo um isolante a base 
de alginato, que é próprio para resina acrílica; proporciono a resina acrílica e manipulo-a, coloco ela nas regiões dos 
topes; com a lâmina de resina sobre o modelo eu adapto a lâmina e removo os excessos com lecron embebido em 
monômero; faço o cabo; dou acabamento e está aí minha moldeira individual. Então 1mm do limite da área 
chapeável e 1 mm da região do selado periférico posterior eu tenho que deixar sensível; e removo a moldeira; quando 
removo a moldeira não tem problema quando a cera vem junto, pois onde tem cera vai estar aliviado e assim não 
vai encostar no rebordo, e onde está mostrandoresina, que é região dos topes, vai ter compressão do rebordo dando 
aderência à moldeira. Apenas as regiões dos topes não ficarão aliviadas, comprimindo, dando aderência; então dou 
o acabamento nessa moldeira com a maxicut e faço polimento; 
Onde há compressão eu tenho reabsorção; onde eu tenho tração, eu tenho crescimento ósseo. Quando coloca-se 
aparelho por que o aparelho se movimenta? Entre o alvéolo e o dente existe o ligamento periodontal; quando se 
pretende deslocar o dente para uma determinada região se puxa o dente, fazendo com que uma região seja 
comprimida causando reabsorção óssea, porém o dente vem junto. Nessa região onde há reabsorção, o dente vai 
ocupando o espaço, e o ligamento periodontal vem tracionando a região contrária, causando uma neoformação 
óssea, ou seja o alvéolo como um todo vem se adaptando junto com o dente. Toda vez que tiver compressão 
exagerada vai haver reabsorção óssea. Ou seja, a compressão deve ser balanceada para não haver reabsorção óssea. 
A técnica totalmente aliviada é pouco utilizada e é indicada para quem tem muita sensibilidade do rebordo. 
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 MAXILA: VISTA LATERAL 
 
 --> Moldeira 
 TOPE MAIOR COMPRESSÃO 
 MAIOR REABSORÇÃO ÓSSEA 
 TOPE 
 
 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Se é totalmente aliviada eu vou ter menor compressão 
do rebordo, por que se ela está aliviada não vou ter 
compressão da prótese total sobre o rebordo residual. 
Espessura uniforme do material, eu posso fazer uma 
lâmina de resina também para confeccionar essa 
moldeira. 
Áreas de compressão dos topes (ver a imagem acima). 
** As técnicas mais utilizadas são a fluida e a laminada. 
 
OUTRAS TÉCNICAS 
RESINA TERMOATIVADA 
➢ Enceramento; 
➢ Inclusão; 
➢ Eliminação da cera; 
➢ Prensagem; 
➢ Polimerização. 
**As técnicas fluida e laminada são as mais duráveis. 
[Comentário do professor]: Quais são as outras técnicas que 
existem? Tem a técnica de resina termoativada. 
Então nessa técnica eu faço o enceramento da moldeira individual, ou 
seja, sobre o modelo de gesso vou fazer uma moldeira individual de 
cera; vou incluir dentro de uma mufla; depois do processo a cera irá derreter, jogo água em cima para eliminar a 
cera, ficando o espaço da cera dentro do gesso; vou jogar resina acrílica, e essa resina vai ocupar o espaço que a cera 
deixou; prenso com 1,5 toneladas; levo na água quente por que o calor ativa a resina termoativada, polimeriza e fica 
rígida a moldeira individual. **Não se utiliza mais essa técnica pois é muito difícil e de custo elevado, além de levar 
mais tempo. 
 
 VANTAGENS DESVANTAGENS 
➢ Estabilidade dimensional; 
➢ Espessura uniforme. 
➢ Técnica mais trabalhosa; 
➢ Tempo e custo maior. 
 
 
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VANTAGENS DESVANTAGENS 
Estabilidade dimensional por que se é termoativada 
têm maior estabilidade dimensional do que a 
autoativada/autopolimerizável. 
Espessura uniforme porque o protético encera essa 
moldeira individual com espessura uniforme. Então a 
cera que está sobre o modelo possui espessura 
uniforme, o que confere espessura uniforme ao final do 
processo. 
Como desvantagens tenho uma técnica mais trabalhosa 
do que por exemplo a fluida ou a laminada. 
Leva muito mais tempo. Enquanto eu faço a moldeira 
em 10 minutos na técnica laminada, nessa técnica eu 
levo de 2 a 3 horas. Como essa técnica é mais trabalhosa 
e leva mais tempo, consequentemente o custo é maior. 
Por esses motivos essa técnica quase não é utilizada 
mais. 
 
 
 PLACA BASE 
[Comentário do professor]: Outra técnica para confecção da moldeira individual é a de placa base. 
➢ Aquecimento da placa-base; 
➢ Adaptação no modelo; 
➢ Remoção dos excessos; 
➢ Acabamento. 
[Comentário do professor]: A placa base é um material 
termoplástico muito parecido com a godiva de alta fusão para 
fazer a moldagem preliminar. Então quando eu aqueço esse 
material ele fica plástico (consigo trabalhar e mudá-lo). 
Técnica: então aqueço a placa base, adapto no modelo, 
removo os excessos com o lecron, e dou acabamento também 
com o lecron, pois com o calor da maxicut ele derreterá (fica 
plástico de novo). 
 
 VANTAGENS DESVANTAGENS 
➢ Facilidade da técnica; 
➢ Baixo custo. 
➢ Sofre deformação com temperatura intra-
bucal; 
➢ Bordas afiladas. 
 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Facilidade da técnica: só aqueço o material, adapto no 
modelo e removo os excessos do acabamento. 
Baixo custo, pois é um material barato. 
Como é termoplástico, quando levo na boca (dentro da 
boca é quente) ele deforma. Esse foi um dos motivos 
pelo qual essa técnica não é mais utilizada. 
Bordas afiladas que não permitem dar um acabamento 
correto. E além dessas bordas afiladas poderem 
machucar o paciente, elas também impedem uma boa 
moldagem da região de selado periférico. 
 
 
 
 
 Placa Base 
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METÁLICAS 
➢ Brunimento de uma lâmina metálica sobre o modelo; 
➢ Remoção dos excessos; 
➢ Acabamento. 
[Comentário do professor]: Têm-se ainda a técnica com metal. Nessa técnica vamos brunir uma lâmina metálica 
sobre o modelo. A remoção dos excessos deve ser feita com disco carborundum ou pontas especiais para metal. 
 
 VANTAGENS DESVANTAGENS 
➢ Estabilidade dimensional; 
➢ Espessura uniforme; 
➢ Maior rigidez. 
➢ Técnica mais trabalhosa; 
➢ Tempo e custo maior. 
 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Grande estabilidade dimensional pois o metal é muito 
difícil de alterar a dimensão (expandir ou de contrair). 
Espessura uniforme pois é a espessura da lâmina. 
Maior rigidez, faz com que não haja deformação dessa 
moldeira individual durante a moldagem. 
Como desvantagem é a técnica mais trabalhosa (bem 
mais que as outras), pois brunir o metal sobre o modelo 
não é fácil e leva tempo e consequentemente acarreta 
em um custo maior para confecção da moldeira 
individual. 
 
[Comentário do professor]: Então aqui se encerra a explicação das técnicas existentes para confeccionar as 
moldeiras individuais. Depois que nós confeccionamos a moldeira individual devemos fazer a moldagem funcional (a 
moldeira individual então serve para fazermos a moldagem funcional). 
 
MOLDAGEM FUNCIONAL EM PRÓTESE TOTAL 
DEFINIÇÃO 
É toda moldagem obtida por meio da ação dinâmica das estruturas anatômicas que estão 
relacionadas com a prótese. 
[Comentário do professor]: Para toda moldagem eu faço a ativação das estruturas relacionadas com a prótese. 
Quando fizer ativação funcional... moldagem funcional. 
 
OBJETIVOS 
➢ Determinar área de assentamento da prótese; 
➢ Determinar área periférica à prótese; 
➢ Proporcionar suporte, estabilidade, retenção e estética à futura prótese. 
[Comentário do professor]: Determinar área de assentamento da prótese, ou seja, a área chapeável dessa 
prótese; 
Determinar a área periférica, ou seja, até onde a prótese podeir (no assentamento); 
Proporcionar suporte, estabilidade, retenção e estética à futura prótese total. 
 
 
 
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FATORES QUE INFLUENCIAM NO RESULTADO DAS MOLDAGENS 
➢ Características do tecido; 
➢ Tipo do material de moldagem; 
➢ Tipo da moldeira; 
➢ Habilidade do profissional. 
[Comentário do professor]: Quais são os fatores que podem influenciar no resultado das moldagens, que podem 
ajudar ou atrapalhar durante a moldagem funcional? 
Características do tecido: se o tecido for muito flácido (se movimenta muito), dificulta a minha moldagem. Então se 
está flácido, tem muita mobilidade, se movimenta muito, então dificulta a moldagem correta. 
Tipo do material de moldagem: quanto mais utilizo materiais que copiam melhor os detalhes, que tem melhor 
estabilidade dimensional e tem maior facilidade de trabalho, terei uma moldagem melhor. Se utilizar materiais com 
baixa estabilidade dimensional, com pouca reprodução de detalhes, eu vou ter um modelo a partir dessa moldagem 
ruim. Então os materiais que eu tenho que utilizar são aqueles que tem alta estabilidade dimensional, e que copiem 
muito bem os detalhes anatômicos da área chapeável do paciente. 
Tipo de moldeira: tenho dois tipos de moldeiras, a de estoque que é feita na média do tamanho das arcadas da 
população e que não se adapta corretamente aos tecidos da cavidade bucal do paciente; e a moldeira individual que 
irá se adaptar perfeitamente aos tecidos da cavidade bucal do paciente. Isso fará com que eu tenha uma espessura 
adequada e uniforme do material o que vai proporcionar um melhor resultado da moldagem e consequentemente 
um melhor modelo funcional. 
Habilidade do profissional: quanto maior a habilidade, melhor a qualidade do molde e consequentemente melhor a 
qualidade do modelo. 
 
 PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A REALIZAÇÃO DA MOLDAGEM FUNCIONAL 
[Comentário do professor]: Quais são os princípios básicos para eu realizar uma boa moldagem funcional: 
➢ Conhecimento das áreas de suporte; 
➢ Intensidade da pressão; 
➢ Manutenção do suporte sanguíneo; 
➢ Controle do deslocamento dos tecidos. 
 
[Comentário do professor]: Conhecimento das áreas de suporte: conhecer as zonas de suporte, as 5 zonas (zona 
de suporte primário, zona de suporte secundário, zona de selado periférico, zona de selado posterior e zonas de 
alívio) para que eu não comprima áreas onde eu não possa comprimir e deixe a compressão realmente nas áreas que 
suportam os esforços mastigatórios. 
Intensidade da pressão: tomar cuidado com a intensidade de compressão. Se eu comprimo demais e mostro a 
moldeira individual eu tenho que refazer essa moldagem funcional, senão a prótese vai comprimir demais o rebordo 
do paciente. Se eu comprimo de menos e não copio corretamente a região de selado periférico, essa prótese não vai 
ter retenção. Então tenho que ter uma retenção média para que eu consiga copiar todo limite da área chapeável, 
sem comprimir demais sobre o rebordo do paciente. 
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Manutenção do suporte sanguíneo: Se eu comprimo demais eu ainda corto o suporte sanguíneo daquela área 
comprimida, isso faz com que haja uma maior velocidade de reabsorção óssea nesse local. Outra coisa, se comprimo 
muito, em alguns poucos casos, essa compressão exagerada corta o suporte sanguíneo e pode ocorrer necrose 
tecidual. 
Controle do deslocamento dos tecidos: controlar o deslocamento dos tecidos. Por isso foi dito que o tecido que se 
movimenta muito é mais difícil de ser moldado, por que ele é facilmente deslocado. Então é importante tomar 
cuidado para não haver deslocamento desse tecido para que o paciente não sinta desconforto e o tecido não tente 
deslocar essa prótese total para voltar para sua posição original. 
 
FATORES QUE INTERFEREM NA ESTABILIDADE DAS PRÓTESES TOTAIS 
[Comentário do professor]: Então quais são os fatores que interferem na estabilidade da prótese total? 
➢ É a força que a língua faz para a vestibular; 
➢ A força que os lábios e as bochechas fazem para a lingual. 
[Comentário do professor]: Como isso ocorre (ver imagem abaixo): seu dente só está na posição dentro da boca 
por que ele está em uma região onde a força que a língua faz para empurrar ele para a vestibular é igual à força que 
o lábio faz para empurrar ele para a lingual. Ou seja, duas forças iguais em sentidos opostos se anulam. 
Nessas circunstâncias, então, onde eu tenho que colocar a prótese e o dente da prótese total para que a prótese não 
seja deslocada? No lugar onde as forças entre a língua e o lábio se anulam. Essa região é chamada zona neutra. 
Mas vamos supor que eu fiz uma prótese total e pus meu dente fora da zona neutra, invadindo o espaço do lábio, 
isso ocasionará um deslocamento da prótese, pois o lábio vai empurrar a prótese para a lingual. 
 
 
 FUNÇÃO MUSCULAR 
 
 
 LÁBIOS BOCHECHAS LÍNGUA 
 
 
 
 LÍNGUA LÁBIO 
 
 
 
 
 
 
 ZONA NEUTRA 
 
 
 
 
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TÉCNICAS DE MOLDAGEM 
➢ Moldagem com boca fechada; 
➢ Moldagem com boca aberta. 
- Compressiva 
- Mucostática 
- Pressão seletiva 
[Comentário do professor]: Eu tenho 3 tipos de moldagem que utilizamos atualmente: 
Moldagem com boca fechada: técnica antiga. Era colocada na boca do paciente uma moldeira dupla com material 
de moldagem para superior e inferior e o paciente mordia essa moldeira. Por conta da movimentação da mandíbula 
causava distorção do material de moldagem. 
Moldagem com boca aberta: utilizada atualmente, onde moldo primeiro o superior e depois o inferior. Tenho 3 tipos 
de moldagem para boca aberta: a compressiva, a mucostática e a com pressão seletiva. Porque tenho essas 3 
maneiras? Primeiramente, um grupo de pesquisadores pensou: por que faço a prótese total? Para o paciente poder 
morder/mastigar melhor. Então quando o paciente está mastigando, a prótese está comprimindo o rebordo, então 
para facilitar essa mastigação é melhor fazer uma prótese que fique comprimindo o tempo todo, para que quando 
for mastigar, mastigue bem e não tenha desconforto. Porém, quando o paciente mastigava a prótese funcionava 
bem, mas quando o paciente não estava comendo a prótese continuava comprimindo os tecidos, e isso fazia com 
que houvesse reabsorção óssea. Para fazer a técnica compressiva, qual moldeira individual eu utilizo, a adaptada, a 
totalmente aliviada ou a parcialmente aliviada? A adaptada. Ela é aquela que eu não tenho alívio algum sobre o 
modelo. Se eu não tenho alívio algum, vai comprimir todo rebordo do paciente. A adaptada então é utilizada para a 
compressiva, pois irá comprimir todo rebordo do paciente. Então, voltando ao raciocínio... essa prótese irá comprimir 
os tecidos do paciente, inclusive os que não suportam as forças mastigatórias, fazendo essas regiões terem uma 
rápida reabsorção óssea. Então como eu tinha uma reabsorção muito grande, outro grupo de pesquisadorescomeçou a pensar em uma maneira mais eficiente de fazer a prótese. Então pensaram: o paciente fica mais tempo 
mastigando ou em repouso? Em repouso. E pensaram: como ele fica mais em repouso, vamos fazer uma prótese que 
não comprima os tecidos, e foi feita a mucostática, ou seja, a mucosa fica estática, não comprime a mucosa. Qual 
tipo de moldeira utilizo para a mucostática? A totalmente aliviada. Essa técnica dá conforto ao paciente. Mas o que 
começou a acontecer? Quando estava em repouso a prótese era confortável, mas quando mastigava a prótese 
deslocava. Então um outro grupo de pesquisadores pensaram que: quando estamos fazendo a técnica compressiva, 
que era com a moldeira adaptada, quais eram as regiões que mais estavam sofrendo reabsorção óssea? Na região 
anterior; estava tendo muito desconforto na rafe mediana, na rafe palatina; na papila incisiva. Então foi desenvolvido 
um tipo de moldagem onde comprimia as áreas onde não reabsorve osso e que não comprimia as áreas que 
reabsorvem mais rapidamente, surgindo assim a moldagem de pressão seletiva. A moldeira é a parcialmente aliviada, 
porque vou aliviar apenas áreas/partes do rebordo que vão reabsorver osso mais rápido ou que causam desconforto 
ao paciente. E por que se chama moldagem por pressão seletiva? Por que vou pressionar as áreas que eu sei que irão 
resistir aos esforços mastigatórios, ou seja, a prótese só irá comprimir as regiões onde já eram comprimidas pelos 
dentes, onde suportavam as forças mastigatórias; e aliviaram as regiões onde havia rápida reabsorção óssea e 
desconforto ao paciente. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 5 
MATERIAIS DE MOLDAGEM FUNCIONAL 
[Comentário do professor]: Quais materiais que eu posso utilizar para fazer essa moldagem funcional? 
➢ Godivas em bastão; 
➢ Pasta zinco-enólica; 
➢ Polissulfeto; 
➢ Poliéter (material elástico); 
➢ Silicona de condensação; 
➢ Silicona de adição. 
[Comentário do professor]: Então nós temos a godiva em bastão, que é de baixa fusão. Ela é diferente da godiva 
utilizada para moldagem preliminar (de alta fusão); Pasta zinco-enólica que é um material rígido que é muito utilizado 
para moldagem funcional; Polissulfeto: também muito utilizado para moldagem funcional; Poliéter: que é um 
material elástico, muito utilizado para moldagem funcional; Silicona de condensação e de adição que já não são tão 
utilizados para moldagem funcional, mas nós podemos utilizá-los, caso necessário. Então os materiais mais utilizados 
são a pasta zinco-enólica (pasta de óxido de zinco-eugenol) e o poliéter. 
 
 
MOLDAGEM FUNCIONAL COM PRESSÃO SELETIVA 
OBJETIVO 
Atingir os princípios de SUPORTE, RETENÇÃO E ESTABILIDADE por meio da moldagem utilizando-
se godiva e pasta zinco-enólica ou poliéter. 
[Comentário do professor]: Qual então o objetivo da moldagem com pressão seletiva? Proporcionar retenção, 
suporte e estabilidade para a prótese total. Por meio da moldagem eu vou utilizar dois materiais: na borda da 
moldeira vou utilizar godiva e no restante da moldeira vou utilizar pasta zinco-enólica ou poliéter. 
 
 
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1) GODIVA (de baixa fusão) 
➢ Material anelástico; 
➢ Termoplástico (aquecido fica plástico); 
➢ Utilizada para moldagem de borda ou 
periférica; 
[Comentário do professor]: Então nós temos a godiva, 
que é um material anelástico, material rígido e ele é 
termoplástico, pois quando aqueço ele muda a forma (fica 
plástico), ficando mais fácil trabalhar com esse material. 
Então para que serve esse material? Para fazer a moldagem 
de borda/moldagem periférica. 
 
2) PASTA ZINCO-ENÓLICA 
➢ Material rígido anelástico; 
➢ Presa por reação química; 
➢ Boa estabilidade dimensional; 
➢ Baixa resistência à tração. 
[Comentário do professor]: A pasta zinco-enólica 
também é um material anelástico, rígido. A reação desse 
material é química, misturo a pasta base com a pasta catalisadora e ele reage. Tem estabilidade dimensional muito 
boa, ou seja, não expande e nem contrai muito. Baixa resistência à tração, como isso irá refletir no meu molde? 
Quando eu estiver removendo o molde da boca do paciente há maior risco de fratura do material, pois tem menor 
resistência à tração pois traciono para os lados. Por ser mais rígida, a pasta zinco-enólica tem maior tendência a 
fraturas. Vem na apresentação pasta/pasta, onde tenho a pasta base (maior) e a pasta catalisadora (menor). A 
proporção é de 2:1, ou seja, 2 quantidades de pasta base para 1 de pasta catalisadora. Se a proporção é de 2 para 1, 
porque tenho comprimentos iguais de pasta? Porque o bico da pasta base é 2x maior do que a da pasta catalisadora, 
então podemos colocar quantidades iguais pois o bico vai dosar. 
 
3) POLIÉTER 
➢ Material elástico; 
➢ Presa por reação química; 
➢ Boa estabilidade dimensional; 
➢ Boa resistência à tração; 
➢ Alto custo. 
[Comentário do professor]: O poliéter é outro material que nós utilizamos bastante para moldagem funcional. 
Ele é um material elástico, da família dos elastômeros. Ele também tem reação química, então misturo a base e o 
catalisador e eles reagem, ou seja, o ativador da reação está no material e não em um fator externo como luz ou 
calor; Tem muito boa estabilidade dimensional. Diferente da pasta zinco-enólica ele tem boa resistência à tração, ou 
seja, ele não rasga facilmente quando removo o molde da boca do paciente; A grande desvantagem é o alto custo, 
onde geralmente custa 3x a 4x mais que a pasta zinco-enólica; Então nós temos poliéter, a proporção é de 4 para 1, 
mas nós também colocamos quantidades de pastas iguais (comprimentos iguais), tanto da base quanto da 
catalisadora, pois o bico da pasta base é 4x maior do que o da pasta catalisadora. 
 Notar a godiva nas bordas (em preto). 
Moldeira com pasta zinco-enólica (rosa). 
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MOLDAGEM FUNCIONAL 
➢ GODIVA: comprime ligeiramente a região de borda; 
➢ PASTA ZOE (zinco-enólica) OU POLIÉTER: apresenta bom escoamento para ser utilizada na 
moldeira propriamente dita; 
[Comentário do professor]: Então, na moldagem funcional nós fizemos ela em dois passos: primeiro eu moldo 
com godiva a moldagem periférica ou moldagem de borda, depois eu faço a moldagem propriamente dita com ZOE 
(pasta zinco-enólica) ou poliéter. 
Essa godiva vai comprimir geralmente a região de borda. Borda de que? Onde vai ficar a borda da prótese total. Então 
ela vai comprimir e proporcionar o selado periférico. O selado periférico proporciona o que? Retenção. 
E a pasta zinco-enólica ou poliéter vai ser utilizada para a moldagem propriamente dita. 
 
PROCEDIMENTOS CLÍNICOS (SEQUÊNCIA CLÍNICA) PARA MOLDAGEM FUNCIONAL 
➢ Posição do paciente; 
➢ Ajuste da moldeira individual; 
➢ Moldagem do selado periférico; 
➢ Moldagem funcional propriamente dita. 
[Comentário do professor]: Então quais são os procedimentos clínicos/sequência clínica para realização da 
moldagem funcional? Então posiciono o paciente da mesma maneira que posicionei durante a moldagem preliminar, 
ou seja, cabeça ligeiramente para trás apoiada no encosto de cabeça, plano de câmperparalelo ao solo, e o antebraço 
do profissional flexionado na altura da comissura labial do paciente. Depois vou fazer o ajuste da moldeira individual, 
que pode ter sido feita por sobre-extensão; Fazer a moldagem de selado periférico ou a moldagem periférica ou 
moldagem de borda com godiva; e a moldagem propriamente dita que é realizada com pasta zinco-enólica ou 
poliéter. 
 
MOLDEIRA INDIVIDUAL 
➢ Extensão; 
➢ Alívios; 
➢ Espessura. 
[Comentário do professor]: Então para a moldeira individual eu tenho que avaliar 3 coisas antes de levar na 
boca do paciente: 
Extensão: tenho que observar a extensão dessa moldeira individual, se ela não ultrapassa o limite da área chapeável 
nem fica aquém desse limite (deve estar exatamente no limite da área chapeável). 
Alívios: observar se os alívios foram feitos corretamente, os alívios das áreas de alívio e das áreas retentivas. 
E observar a espessura: se for muito espessa vou ter dificuldade de inserir e remover essa moldeira da boca do 
paciente, e se for muito fina ela pode deformar ou fraturar durante a moldagem. 
 
CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM A MOLDEIRA INDIVIDUAL 
➢ Verificar bordas cortantes na moldeira; 
➢ Realizar acabamento; 
➢ Lavar a moldeira em água corrente. 
[Comentário do professor]: Então quais são os cuidados que devem ser tomados com essa moldeira individual 
antes de levar à boca do paciente: 
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Verificar bordas cortantes na moldeira: então verifico se tem bordas cortantes nessa moldeira individual. Se houver 
eu tenho que arredondar essas bordas para que elas não machuquem o paciente durante o ajuste da moldeira 
individual (durante a moldagem). 
Realizar acabamento: realizar o acabamento para retirar também qualquer campo vivo que possa machucar o 
paciente; não deixar a moldeira muito áspera. 
Lavar a moldeira com água corrente: lavar com água corrente para remover o excesso de pó proveniente do 
acabamento. 
Então para eu fazer o ajuste na moldeira individual superior, qual primeira coisa que eu faço? 
Lavar a moldeira em água corrente para eliminar o excesso de pó proveniente do acabamento. Depois... 
 
Moldeira Superior 
OBSERVAR 
➢ Se a fibromucosa desloca a moldeira; 
➢ Regiões de freios e inserções musculares; 
➢ Região de sulco hamular (logo atrás da tuberosidade); 
➢ Espessura da moldeira na proximidade do processo coronóide (na maxila da mandíbula) 
➢ Limite posterior do palato; 
[Comentário do professor]: Levo à boca do paciente. E o que devo observar? Se a fibra mucosa está deslocando 
a moldeira. Como é isso? Eu coloco a moldeira individual em posição e solto um pouco, se notar que a fibra mucosa 
está empurrando a moldeira, quer dizer que a moldeira está pressionando demais a fibra mucosa do paciente. 
Observar as regiões de freios e inserções musculares, se elas estão devidamente aliviadas. Como eu observo isso? 
Sempre os alívios de freios e inserções eu faço com disco de carborundum. Coloco na boca do paciente e observo se 
o freio está totalmente aliviado. Nas inserções musculares eu coloco em posição e traciono a mucosa do paciente. 
Na região de inserção muscular eu marco com a lapiseira para depois fazer o ajuste. Por que eu marco com a 
lapiseira? Para ter certeza do local exato onde devo fazer o ajuste, senão eu começo a desgastar a moldeira individual 
em locais onde não havia necessidade de desgaste. Observo se tenho 2 a 3 mm entre o fundo de sulco do paciente 
e a moldeira individual. Então onde não há esse espaçamento eu faço o desgaste da região, levo em posição 
novamente e confiro novamente. 
Observo a região de sulco hamular. Onde é essa região? Logo atrás da tuberosidade. Então verifica-se que está 
cobrindo toda tuberosidade, chegando até o sulco hamular. 
Observo a espessura dessa moldeira individual na região do processo coronóide. Onde fica essa região? Na maxila 
da mandíbula. Se estou fazendo a moldeira individual superior porque tenho que observar isso? Por que quando 
fecha-se a boca o processo coronóide sobe. E o que acontece? Se tiver muito espesso nessa região, quando você 
insere a moldeira na boca do paciente, o processo coronóide vai interferir na inserção correta dessa moldeira 
individual. Então não pode estar muito espesso nessa região. 
Observo a região do limite posterior do palato. Peço para o paciente dizer “aaaah, aaaah” repetidamente. Porque? 
Por que o palato mole vibra e o duro não. Então eu sei exatamente onde é a divisão do palato mole com o palato 
duro. Minha prótese ou moldeira pode ultrapassar o limite entre palato mole e palato duro? Não, porque é região 
de limite da área chapeável. Então o que eu faço? Eu marco a região da linha vibratória com o lápis cópia. E porque 
se chama lápis cópia? Por que quando eu tiro a moldeira aquela região fica marcada com o lápis, então eu sei que 
tenho que desgastar toda essa linha com a maxicut por que essa linha está invadindo a região do palato mole. Então 
eu venho com a maxicut e removo toda essa linha marcada, que é a linha vibratória. E por fim coloco a moldeira 
individual em posição. 
 
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Agora vamos passar para o ajuste da moldeira individual inferior. Qual a primeira coisa que se deve fazer? Lavar em 
água corrente para eliminar o excesso de pó proveniente do acabamento. 
 
Moldeira Inferior 
OBSERVAR 
➢ Se a moldeira está no limite da linha oblíqua externa; 
➢ Se a moldeira está envolvendo a região de papila piriforme; 
➢ Movimentos da língua (laterais, para cima e para fora). 
[Comentário do professor]: Da mesma maneira que fiz para a superior, também irei avaliar as regiões de freios 
e inserções musculares na inferior. Então esse ajuste eu faço com disco de carborundum para que não haja 
interferência na minha moldagem e na prótese total posteriormente. Onde tiver inserção muscular traciona-se a 
musculatura. 
Ver se a moldeira está no limite da linha oblíqua externa; 
Ver se ela está envolvendo a região da papila piriforme. Papila piriforme é limite da área chapeável ou é área de 
alívio? Área de alívio. Então porque deve-se envolver ela toda? Por que ela está dentro da área chapeável. Se eu não 
encobrir toda papila piriforme eu não irei contornar todo limite da área chapeável. Por isso tenho que observar se a 
moldeira está envolvendo a região de papila piriforme. 
 
Então fiz o ajuste da região vestibular, agora vou fazer da região lingual. Para fazer da lingual: 
 
AJUSTE DA MOLDEIRA INDIVIDUAL INFERIOR 
 Região lingual – três etapas 
Primeira Etapa: 
➢ Ajuste da moldeira que entra em contato direto com o assoalho da boca; 
➢ O paciente deve movimentar a língua de um lado para o outro para aliviar a ação do 
músculo milo-hióideo. 
Segunda etapa: 
➢ Movimentar a língua para fora – alivia-se a ação dos músculos genioglosso e constritor 
superior da faringe. 
Terceira etapa: 
➢ Colocar a língua para cima (na região do palato) – avalia-se alguma interferência do freio 
lingual (região lingual anterior). 
[Comentário do professor]: Eu peço para o paciente fazer a movimentação da língua em direção ao palato (para 
cima), para um lado, para o outro e para fora. Se houver movimentação dessa moldeira quer dizer que ela está com 
sobre-extensão, então tenho que fazer o desgaste na borda dessa moldeira. Mas eu vou desgastar essa moldeira em 
toda extensão lingual? Não, dependendo do movimento eu vou desgastarem uma região ou outra. Então é feita em 
3 etapas o ajuste da moldeira individual na região lingual da inferior. 
Primeira etapa: Então, a moldeira individual inferior, na lingual, ela vai ser ajustada por partes. Então nós vamos 
ajustar a moldeira na região de assoalho da boca pedindo para o paciente movimentar a língua para um lado e para 
o outro, para cima e para fora. Se houver o deslocamento dessa moldeira, quer dizer que o músculo milo-hióideo 
está deslocando essa moldeira. Nós estamos avaliando a região da ação do músculo milo-hióideo, então nós temos 
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que desgastar a moldeira até que quando o paciente movimente a língua para um lado e para o outro não tenha 
deslocamento dessa moldeira individual. 
Segunda etapa: na segunda etapa eu peço para o paciente colocar a língua para fora, então vou avaliar a região mais 
posterior lingual. Quando o paciente coloca a língua para fora ele está ativando o músculo constritor superior da 
faringe e o genioglosso. Então quando o paciente coloca a língua para fora não pode haver o deslocamento dessa 
moldeira individual. Se houver esse deslocamento quer dizer que a região mais posterior lingual está com sobre-
extensão, e eu terei que fazer o desgaste dessa região. 
Terceira etapa: e a terceira e última etapa do ajuste lingual da moldeira individual inferior eu peço para o paciente 
levar a língua em direção ao palato (para cima), aí sim eu avalio a região do freio lingual, se ele está interferindo no 
assentamento dessa moldeira individual inferior. O freio lingual é em que região, mais para posterior ou para a 
anterior? Para a anterior. Então vou avaliar a região lingual anterior. 
Então quando minha moldeira individual estará totalmente ajustada/pronta para que eu possa fazer a moldagem 
periférica para depois fazer a moldagem funcional propriamente dita? 
 
A MOLDEIRA ESTARÁ AJUSTADA, QUANDO: 
➢ Não apresentar dificuldades de adaptação e remoção da boca; 
➢ Não causar dores na adaptação e remoção; 
➢ Não interferir nos movimentos do lábio, das bochechas e da língua; 
➢ Houver um espaço de 2 a 3 mm para moldagem da borda com godiva. 
➢ No caso superior, o limite posterior do palato estiver definido; 
➢ No caso da inferior, se atingir o limite da região da linha oblíqua externa; 
 
[Comentário do professor]: Então a moldeira vai estar ajustada quando não tiver interferência, ou seja, quando 
eu não tiver dificuldades de adaptar essa moldeira na boca do paciente, ou removê-la, isso tanto para a superior 
quanto para a inferior; O paciente não deve ter dor durante a adaptação ou remoção dessa moldeira individual; Não 
deve interferir nos movimentos de lábio, bochechas e língua. Se estiver interferindo quer dizer que ela geralmente 
estará com sobre-extensão; Deve haver um espaço de 2 a 3 mm entre a borda da moldeira e o fundo de sulco tanto 
da superior quanto da inferior, para que nesse espaço eu coloque a godiva e faça a moldagem periférica; Na superior, 
o limite do palato mole têm que estar bem definido para não ultrapassar esse limite e para que a moldeira individual 
não invada a região do palato mole; Na inferior, deve estar no limite da linha oblíqua externa e envolver a região da 
papila piriforme; 
 
SELADO PERIFÉRICO 
➢ Corresponde ao contato das bordas da prótese total com os tecidos subjacentes e 
adjacentes para evitar a passagem de ar e outras substâncias. 
Como irei conseguir esse selado periférico? Realizando moldagem periférica ou moldagem de 
borda. 
[Comentário do professor]: Então quando eu tenho selado periférico, quer dizer que eu selei alguma região. 
Então na periferia da prótese têm que haver um selamento entre a borda da prótese e a mucosa do paciente. Então 
o selado periférico corresponde ao contato das bordas da prótese total com os tecidos subjacentes e adjacentes, ou 
seja, os tecidos que estão abaixo e ao lado da borda da prótese total que evita a passagem de ar ou qualquer outra 
substância. E quando ocorre esse selamento e nada penetra entre a prótese total e a mucosa eu vou ter a retenção 
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dessa prótese. Como eu vou conseguir esse selado periférico? Fazendo a moldagem periférica ou a moldagem de 
borda com godiva de baixa fusão. 
 
MOLDAGEM DE BORDA/MOLDAGEM PERIFÉRICA 
➢ É usada para dar extensão e espessura às bordas e obter retenções por meio do selado 
periférico. 
Borda da moldeira 
 Godiva em bastão (baixa fusão) 
 
[Comentário do professor]: Então a moldagem de borda dá extensão e espessura às bordas da moldeira para 
obter a retenção por meio do selado periférico. Então essa espessura e extensão correta vão proporcionar o selado 
periférico, e consequentemente, se a borda do meu molde final estiver com a extensão e a espessura correta para 
proporcionar o selado periférico, as bordas da minha prótese total também terão espessura e extensão corretas para 
ter o selado periférico. Assim, minha prótese total terá retenção. Então na borda da moldeira eu vou moldar com o 
que? Uma godiva de baixa fusão, que é godiva em bastão. 
 
MOLDAGEM DE BORDA VESTIBULAR SUPERIOR 
➢ Realização de movimentos da bochecha do paciente associada a movimentação funcional 
do mesmo. 
[Comentário do professor]: Então na moldagem de borda vestibular na superior eu vou fazer movimentos no 
lábio do paciente, nas bochechas (ou seja, ativação funcional dessas estruturas) para conseguir extensão e espessura 
correta das bordas dessa moldeira individual. Então como vou fazer isso? Eu tenho minha moldeira individual já 
ajustada, vou aquecer a godiva (que é termoplástica) de baixa fusão e colocá-la na borda da moldeira e levo na boca 
do paciente fazendo a ativação funcional, fazendo primeiro a ativação da região posterior de um lado e depois faço 
da região anterior desse mesmo lado ou por partes (porque se a godiva esfria, ela perde plasticidade e fica dura. 
Então se colocar em toda moldeira, até fazer a ativação do outro lado ela esfria e muitas vezes acaba ficando a 
moldagem de borda com sobre-extensão). Quando eu sei que essa godiva moldou corretamente o fundo de sulco? 
Quando ela estiver fosca e lisa (sem estrias). Depois vou colocar mais godiva nessa região anterior e faço a ativação 
da região anterior e tenho o molde. Faço isso de um lado, depois de outro. Na região de freios não pode haver godiva. 
Então se na região de freio houver godiva está errado. Quando está certo? Quando a região de freio estiver livre de 
godiva. Porque isso? Por que a pasta zinco-enólica ou poliéter têm melhor reprodução de detalhes do que a godiva. 
Então para moldar melhor essa estrutura anatômica é melhor que eu molde com um material que tenha melhor 
reprodução de detalhes. A godiva serve apenas para dar espessura e extensão à borda da moldeira individual. A 
godiva então não copia, não têm boa reprodução de detalhes das estruturas anatômicas como os outros materiais. 
 
MOLDAGEM DO SELADO PALATINO POSTERIOR (superior) 
➢ Ajuda a compensar alterações dimensionais da resina na polimerização; 
➢ Impede a penetração dos alimentos; 
➢ O firme contato reduz a tendência à náusea. 
Godiva em moldagem de borda/periférica 
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➢ Impede a penetração de ar; 
➢ A pressão aplicada aos tecidos torna a borda distal menos perceptível pela língua. 
[Comentário do professor]: E a moldagem do selado posterior, tem como puxar o palato mole com a mão? Não, 
então vamos ver como a gente faz isso... 
Então a moldagem do selado periférico ajuda a compensar as alterações dimensionais da polimerização da resina, 
impede a penetração de alimentos na região posterior entre a base da prótese e a mucosa do paciente pois isso 
poderia deslocar a prótese total, e o firme contato que ela vai proporcionar entre a prótese e a mucosa reduz a 
tendência a náusea. Que mais ela faz? Impede a penetração de ar entre a prótese na região posterior e a mucosa 
que também deslocaria essa prótese total. Então a pressão aplicada aos tecidos torna a borda distal menos 
perceptível para a língua (toda vez que a língua toca a prótese em cima o paciente também sente náusea), então 
quanto menos a língua perceber que têm uma prótese naquela região, menor será a chance de o paciente ter náusea. 
Então o que vou fazer? Eu preencho toda região posterior com godiva; pego a lâmpada de chama horizontal e aqueço 
essa godiva; levo na boca do paciente. Têm 3 maneiras que eu posso fazer essa moldagem posterior: a primeira é 
segurando a moldeira individual e pedir para o paciente falar “aaaah, aaaah”; segunda é segurando a moldeira na 
região posterior e pedir para o paciente empurrar o dedo do dentista com a língua; e a terceira (que é mais 
constrangedora), é pedir para o paciente succionar o dedo do dentista. Hoje em dia se tornou muito constrangedor 
utilizar a terceira técnica, então usa-se mais a primeira e a segunda. Em todas as 3 técnicas, o palato mole se desloca 
para a frente, então dá para enxergar corretamente onde é a linha vibratória, até onde minha prótese pode ir. Então 
a godiva deve estar fosca e com isso está pronta minha moldagem de borda superior. 
 
MOLDAGEM DE BORDA VESTIBULAR INFERIOR 
➢ Segue-se os mesmos parâmetros utilizados para moldagem superior; 
[Comentário do professor]: Para fazer a moldagem de borda inferior, a vestibular é a mesma coisa, ou seja: vou 
fazer a ativação da musculatura do lábio e das bochechas. Então eu faço a ativação da musculatura tanto da bochecha 
e do lábio. O que eu faço? Coloco a godiva na borda da moldeira, posso aquecer essa godiva com lâmpada de chama 
horizontal (tomar cuidado para não aquecer muito e queimar o paciente); levo a moldeira com a godiva plastificada 
à boca do paciente e faço a ativação da musculatura na região anterior de um lado e do outro. 
 
MOLDAGEM DE BORDA LINGUAL (inferior) 
➢ Projetar a língua para fora até a altura dos lábios; 
➢ Levar a ponta da língua na direção das comissuras direita e esquerda; 
➢ Levantar a língua em direção ao palato; 
➢ A moldagem do selado periférico lingual pode ser realizada de uma só vez; 
[Comentário do professor]: Para fazer a moldagem na região lingual, eu vou pedir para o paciente fazer as 
mesmas movimentações que ele fez para eu fazer o ajuste da moldeira individual na parte palatina da moldeira 
superior. Então falo para o paciente colocar a língua para fora até a região dos lábios; colocar a língua em direção às 
comissuras labiais direita e esquerda; além disso, peço para o paciente levar a língua em direção ao palato. E essa 
moldagem do selado periférico pode ser realizado de uma vez só. Porém, como os alunos nunca fizeram isso, iremos 
fazer por partes. Então o que eu faço? Aqueço a godiva na região do músculo milo-hióideo, então se eu colocar godiva 
nessa região eu devo pedir para o paciente fazer que movimento, movimentar a língua de um lado para o outro, para 
fora ou em direção ao palato? Para um lado e para o outro. Se durante o ajuste da moldeira individual o dentista 
pedir para o paciente movimentar a língua de um lado para o outro e houver deslocamento dessa moldeira, deve-se 
desgastar essa região do músculo milo-hióideo. Quando o paciente coloca a língua para fora é a região do músculo 
genioglosso e constritor da língua que está sendo avaliada, então se precisar vou desgastá-la caso a moldeira se 
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desloque quando o paciente movimentar a língua para fora. E quando colocar godiva nessa região vou pedir para o 
paciente colocar a língua para fora. E na região mais anterior, na região do freio lingual, devo pedir para colocar a 
língua em direção ao palato, tanto para o ajuste da moldeira individual quanto para o ajuste da moldagem de borda. 
Coloco então no paciente e ele movimenta a língua de um lado e do outro, e depois que tiver feito todos os 
movimentos, está pronta minha moldagem de borda. 
Então na moldagem de borda, a godiva deve estar como depois que a faço? 
 
MOLDAGEM DE BORDA – APÓS A MOLDAGEM, A GODIVA DEVE: 
➢ Ter copiado todos os detalhes anatômicos periféricos; 
➢ Ter borda arredondada e lisa; 
➢ Estar opaca (fosca, sem brilho). 
[Comentário do professor]: Então a godiva deve ter copiado toda anatomia da periferia da borda da região de 
selado periférico; ter a borda arredondada e lisa, e; estar fosca, opaca, lisa, sem brilho. Então está aí meu molde de 
borda: 
 
Resultado final da moldagem de borda com godiva. Deve estar fosca e lisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 6 
MOLDAGEM FUNCIONAL 
[Comentário do professor]: Essa moldagem eu vou fazer ou com pasta zinco-enólica ou com poliéter. 
Então vamos ver a sequência com a pasta zinco-enólica e depois com poliéter. 
**Para dar presa na moldeira (reagir) o material demorará em média de 5 a 7 minutos. 
 
MOLDAGEM FUNCIONAL COM PASTA ZINCO-ENÓLICA 
[Comentário do professor]: Então a pasta zinco-enólica tem proporção de 2:1 (dois para um). O bico da pasta 
base é duas vezes maior que o bico da pasta catalisadora. Coloco comprimentos iguais da pasta base e da pasta 
catalisadora. A pasta base é vermelha e a pasta catalisadora é branca. 
Todas as vezes que eu for fazer a moldagem com pasta 
zinco-enólica eu devo passar vaselina ao redor da boca 
do paciente, pois como o material adere muito à pele, 
o que vai acontecer? Se cair material na pele do 
paciente vai haver dificuldade de remoção desse 
material. Deve ser passada vaselina somente ao redor 
da boca, não na parte interna da boca (mucosa). Na 
mucosa a pasta zinco-enólica não se adere por conta da 
saliva do paciente. 
Depois que eu faço isso eu espatulo o material e 
preencho a moldeira individual. Essa moldeira se 
adapta corretamente? Sim. Então preciso preencher completamente a moldeira ou só contornar com material? Só 
contornar. Assim gasto menos material para fazer a moldagem. Então vou preencher toda a moldeira (com uma 
camada fina), inclusive sobre a godiva; levo na boca do paciente e faço a ativação da musculatura (ativação funcional); 
então vou puxar a região de lábios, puxo de um lado, do outro lado. Nesse processo o dedo do dentista deve estar 
pressionando a moldeira na boca do paciente, pois se tirar o dedo e fazer a ativação da musculatura, essa moldeira 
individual se deslocará. Então sempre tem que estar segurando o centro da moldeira para não haver deslocamento 
da mesma durante a moldagem. 
Para fazer a moldagem da região posterior como eu faço (na vestibular é ativando a musculatura)? Peço para o 
paciente falar “aaaah”, pedir para o pacienteempurrar o dedo do dentista com a língua ou succionar o dedo. 
Quando eu removo o molde da boca, após a reação do material, o que eu devo observar? 
 
EXAME DO MOLDE 
Obs.: Lavar e secar o molde antes de examiná-lo. 
Quando lavo removo o excesso de saliva contaminada. E a saliva muitas vezes compromete a 
visualização das formações anatômicas. 
➢ Apresentar os detalhes das formações anatômicas com nitidez; 
➢ Ausência de bolhas e fraturas; se houver pequenas bolhas faço a correção com cera. 
➢ Bordas arredondadas, lisas e convexas. 
[Comentário do professor]: Então devo lavar e secar o molde antes de fazer o exame desse molde. Porque? 
Removo o excesso de saliva contamina, e a saliva também muitas vezes compromete a visualização dos detalhes 
anatômicos, por isso lavo e seco. 
Moldagem funcional com pasta zinco-enólica 
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Então deve apresentar os detalhes das formações anatômicas com nitidez. A superior deve apresentar a papila 
incisiva, rugosidade palatina, tuberosidades palatinas, rafe mediana. Não deve ter bolhas grandes e nem fraturas, se 
tiver repete-se o molde. 
As bordas devem estar arredondadas, lisas e convexas. Se houver pequenas bolhas no molde não há problema algum, 
pois posso corrigir com cera. 
Para fazer a moldagem funcional inferior, da mesma maneira que eu fiz a moldagem superior eu apenas contorno a 
moldeira individual, não preciso preencher toda moldeira, pois a moldeira individual já se adapta corretamente aos 
tecidos da cavidade bucal do paciente. Então levo na boca do paciente, faço a ativação funcional na região anterior; 
faço a ativação funcional de um lado e do outro; faço a ativação mais para a posterior e para a anterior. SEMPRE 
COM OS DEDOS EM CIMA DA MOLDEIRA INDIVIDUAL para não haver deslocamento. Além da ativação da região 
vestibular, também tenho que fazer a ativação da região lingual, então peço para o paciente movimentar a língua de 
um lado para o outro, para cima (em direção ao palato) e para fora, para que a moldagem lingual seja também feita 
corretamente. Depois que eu faço a moldagem funcional superior e inferior eu posso fazer alguns testes para que eu 
visualize se essa moldagem ficou boa. Os testes são: suporte, retenção e estabilidade e selamento posterior. 
 
TESTES 
 SUPORTE 
Observar a presença de Báscula 
Com os dedos indicadores comprime-se a 
região de pré-molares, alternadamente. 
 
[Comentário do professor]: Então no teste de suporte eu vou comprimir alternadamente na região de pré-
molares e ver se não há movimentação desse molde, ver se não há báscula. O que é báscula? É mesma coisa quando 
a cadeira está “manca”, ela fica bamba, não fica firme. Então se você pressiona de um lado e o outro lado fica 
movimentando quer dizer que durante o seu molde não houve suporte. Então toda vez que o paciente morder a 
prótese será deslocada. Então como faço o teste? Na região de pré-molares eu pressiono de um lado, depois do outro 
alternadamente. Se houver movimentação quer dizer que está sem suporte e a prótese vai balançar na boca do 
paciente. Faço isso tanto na superior quanto na inferior para ver se não há movimentação do molde. Outro teste que 
tenho é o de retenção: 
 
 RETENÇÃO 
Teste retenção global 
Deslocar a moldeira no sentido de removê-la da boca. 
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[Comentário do professor]: No teste de retenção global o que eu faço? Eu puxo o cabo da moldeira 
(verticalmente) no sentido de remover a moldeira da boca. Então eu pego o cabo e puxo. Logicamente com a força 
que eu fizer ela tem que sair, porém deve haver uma certa resistência antes de sair, não pode puxar e sair com 
facilidade, tanto superior quanto inferior. 
 
 ESTABILIDADE 
Ausência de movimentação horizontal 
Movimentar a moldeira horizontalmente. 
 
[Comentário do professor]: No teste de estabilidade o que vou fazer? Movimentos horizontais. Vou pegar o 
cabo da moldeira e ao invés agora de tentar remover, eu vou fazer movimentos laterais, e não pode haver 
movimentação do molde durante essa movimentação lateral, tanto superior quanto inferior. 
 
 SELAMENTO POSTERIOR 
Verificar o travamento do selado posterior por meio de movimentos na região anterior da 
moldeira. 
[Comentário do professor]: E o último teste é o de selamento posterior onde eu vou ver se a região posterior 
foi bem moldada, se eu tenho uma retenção na região posterior. Então o que eu faço? Vou pegar o cabo da moldeira 
e fazer uma movimentação para a anterior. Como eu faço isso? Eu pego o cabo da moldeira e puxo para a anterior 
porque quando faço isso a moldeira na parte posterior tende a sair/levantar. Então se tiver uma certa retenção quer 
dizer que está tudo bem; se sair com facilidade eu tenho um problema de selamento posterior. A mesma coisa faço 
na superior e na inferior. Se tudo estiver certo eu já vou vazar o modelo de gesso ou tenho que fazer alguma coisa 
antes? Devo fazer a desinfecção, que pode ser com hipoclorito de sódio a 1% ou clorexidina a 2% por imersão ou 
aspersão por um tempo de 10 minutos. 
 
MOLDAGEM FUNCIONAL COM POLIÉTER 
Todos os debruns são feitos com cera utilidade e gesso tipo 4. 
[Comentário do professor]: Na moldagem funcional, independente do 
material utilizado, o ato de vazar o modelo de gesso será um pouco diferente, 
por que eu vou ter que fazer uma coisa chamada Debrun, que é uma cera 
utilidade que eu coloco ao redor de todo o molde. Então coloco cera utilidade 
ao redor de todo molde, mas ela tem que ter mais ou menos uns 2 mm até o 
fundo de sulco. Porque isso? Vamos supor que meu molde de um lado tem 
debrun e do outro não. Quando eu vazar o modelo de gesso (vazar o modelo 
sobre o molde) qual lado vai copiar melhor o fundo de sulco? O lado que tiver 
debrun, por que se não tiver o debrun o gesso ultrapassa a parede do molde e 
vai escorrer/vazar fora. Então o debrun é feito para copiar corretamente a Debrun. 
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região de fundo de sulco para que a prótese possa ter a devida retenção. Então para conseguir copiar essa região de 
selado periférico eu tenho que fazer o debrun. Só depois que eu fizer o debrun eu vou fazer o vazamento de gesso. 
Nesse caso eu vou utilizar o gesso tipo 4 que é o Pedra Melhorada ou Pedra Especial. Na inferior eu também faço o 
debrun, porém nesse caso eu faço o debrun tanto na vestibular quanto na lingual. Então o debrun deve ter 2 a 3 mm 
até a parte mais superior do molde, vazo com gesso tipo 4. Para eu fazer a moldagem funcional com poliéter eu 
tenho algumas diferenças: primeiro eu faço a moldagem periférica ou moldagem de borda normalmente, só que 
agora ao invés de manipular o material e colocar sobre a resina eu tenho que aplicar um adesivo porque o poliéter 
não tem adesão/aderência à resina acrílica como a pasta zinco-enólica tem. Então para eu não remover o molde e 
vir só a moldeira e o molde ficar na boca do paciente, o que eu tenho que fazer? Pego e passo um adesivo em toda 
a moldeira, inclusive sobre a godiva; depois eu manipulo o material, preencho a moldeira (não é necessário encher 
toda moldeira, apenas por uma camadafina) e levo em posição da mesma maneira que levei no caso da pasta zinco-
enólica; faço a ativação da musculatura da mesma maneira no caso da pasta zinco-enólica, então tenho o molde 
funcional onde posso observar rugosidade palatina, tuberosidade, se as bordas estão arredondas, lisas e convexas e 
sem bolha grande, etc.; faço os testes de retenção, estabilidade, suporte, retenção posterior da mesma maneira que 
foi feito com a pasta zinco-enólica; e da mesma maneira que tive que passar adesivo para o material se aderir à 
moldeira, para fazer o debrun eu também tenho que passar o adesivo no molde porque senão a cera utilidade não 
se adere ao material de moldagem. Para fazer o debrun com a pasta zinco-enólica o que eu fiz? Apenas aqueci a cera 
utilidade e ela já se adere à pasta zinco-enólica. Aqui na moldagem com poliéter, se eu apenas aquecer a cera ela vai 
encostar e soltar, então tenho que colocar uma camada de adesivo para que eu consiga que essa cera utilidade fique 
aderida ao molde. A cera pode ser azul ou vermelha? Tanto faz, qualquer cor. 
Para facilitar o vazamento do molde eu faço o chamado encaixotamento. O que é isso? Eu vou colocar uma tira de 
cera 7 ao redor de todo o molde/todo debrun também. O que é mais fácil para a moldeira parar na posição sob o 
selado periférico? Colocar a tira de cera 7. Agora eu posso preencher de gesso o molde sem que o gesso caia. Então 
eu vazo com gesso tipo 4 que é o pedra especial/pedra melhorada; espero reagir (uns 40 minutos) e posso remover 
meu modelo de gesso funcional. 
**Os debruns são feitos com cera utilidade; já o encaixotamento é com cera 7. 
Sobre meu modelo funcional eu vou confeccionar meus planos de orientação. Então veremos para que servem os 
planos de orientação. 
 
PLANOS DE ORIENTAÇÃO 
1) Base de prova: 
Parte que recobre as áreas teciduais de suporte. 
2) Plano de cera: 
Representa o rebordo alveolar ausente. 
[Comentário do professor]: O plano de orientação é dividido em dois componentes: a base de prova que é feita 
geralmente de resina acrílica; e o plano de cera que representa o rebordo alveolar ausente, ou seja, o paciente perdeu 
o rebordo, vou reconstruir o rebordo com plano de cera (que logicamente é feito de cera). O que são bases de prova? 
 
 BASES DE PROVA 
São bases provisórias, confeccionadas sobre os modelos funcionais com o objetivo de estabelecer 
e manter a altura em oclusão, registrar as relações intermaxilares e transferi-las para o 
articulador, além de servirem como base de prova. 
[Comentário do professor]: Então são bases provisórias porque? Por que quando o protético for acrilizar a 
prótese total lá no laboratório, for transformar tudo da prótese total em resina acrílica, essa base é jogada fora. São 
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confeccionadas, como já foi mencionado, sobre o modelo funcional, ou seja, o modelo que eu obtive com a 
moldagem funcional e tem como objetivo: 
 
OBJETIVOS DA BASE DE PROVA 
1) Determinar a dimensão vertical; 
2) Determinar e registrar a relação central/cêntrica; 
3) Possibilitar a transferência da base de prova, com arco facial ou Plano de Câmper e a 
montagem dos modelos em Articulador Semi-Ajustável (ASA); 
4) Possibilitar a montagem dos dentes artificiais e as subsequentes provas clínicas; 
5) Servir de matriz à futura prótese após a escultura definitiva. 
 
[Comentário do professor]: 
1) Possibilita determinação da dimensão vertical. Estabelecer e manter a altura da oclusão (depois será 
estudado isso). 
2) Registrar as relações intermaxilares em dimensão vertical e relação cêntrica. 
3) Transferir essas relações para o articulador semi-ajustável, ou seja, possibilidade de eu transferir o que eu 
fiz na boca para o articulador semi-ajustável. Então tudo que eu fiz na boca, dimensão vertical, relação 
cêntrica, é possível transferir essas relações por causa da base de prova para o articular, assim se pode 
trabalhar fora da boca do paciente. 
4) Possibilita também a montagem dos dentes artificiais e a prova desses dentes na boca do paciente onde 
analiso tamanho, forma, cor, se a exposição dos dentes está boa. 
5) E serve de matriz à futura prótese após escultura definitiva. O que é isso? Se eu escrever na base de prova 
“Vitor”, na prótese total vai estar escrito “Vitor”. Então tudo que eu fizer serve de matriz à futura prótese 
por que tudo que estiver nela será reproduzido na prótese total. 
Quais são os requisitos para uma base de prova, ou seja, o que seria uma base de prova ideal? 
 
REQUISITOS DA BASE DE PROVA 
1) Apresentar bordas com espessura e forma adequadas para adaptá-las à área de suporte 
da futura prótese; 
2) Ser confeccionada com materiais resistentes, dimensionalmente estáveis, econômicos, de 
fácil e rápida execução; 
[Comentário do professor]: 
1) Então apresentando as bordas dessa base de prova com espessura e forma adequadas. Quando eu fiz a 
moldagem funcional eu não copiei bem a região de selado periférico? Sim. Então minha base de prova 
também tem que copiar bem essa região de selado periférico. Por isso ela vai ter bordas com espessura 
adequadas, pois se a espessura for muito grossa essa base de prova vai ser deslocada todo o tempo e 
incomoda o paciente. Se tiver espessura muito fina começa a machucar o paciente também porque tem 
bordas cortantes. 
2) A confecção deve ser com material resistente para que não haja deformação ou fratura durante a utilização 
dessa base de prova; deve ser com material dimensionalmente estável ou seja, material que não contraia 
ou expanda muito; deve ser econômico. Porque? Por que como é uma base provisória vou jogar fora depois, 
então não preciso utilizar materiais caros; materiais de fácil e rápida execução para que eu possa fazer com 
facilidade e rapidamente essa base de prova. 
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TÉCNICA DE CONFECÇÃO DA BASE DE PROVA 
**Aqui não se delimita a área chapeável. 
**Reproduzida com base no modelo funcional, ou seja, já com as áreas de alívio. 
[Comentário do professor]: Para confeccionar a base de prova vou fazer mais ou menos como se fosse a 
moldeira individual, porém nesse caso não delimito a área chapeável por dois motivos: 
Primeiro, as estruturas que delimitam a área chapeável após a moldagem funcional, ou seja, que foram reproduzidos 
no modelo funcional já são bem evidentes, então não preciso mais fazer os limites da área chapeável, pois consigo 
ver com clareza quais são esses limites; 
Segundo, o grafite que eu passo para delimitar a área chapeável, com lápis cópia que é pior ainda, ou lapiseira, pode 
manchar a borda da minha prótese quando o protético fizer a prensagem da resina acrílica. Então a resina acrílica da 
prótese total vai ser colocada sobre esse modelo, e se eu tenho algum pigmento na região de borda a resina acrílica 
pode absorver esse pigmento e ficar manchada. Então, também por esse motivo não faço a delimitação da área 
chapeável. Não faço alívio das áreas de alívio. Porque? Por que quando moldei o paciente eu já moldei aliviadas as 
áreas de alívio? Já. Então já não foram reproduzidas no modelo essas áreas de alívio já aliviadas? Já. Então não preciso 
mais fazer o alívio das áreas de alívio. Eu faço alívio apenas de que? Das áreas retentivas caso hajam essas áreas 
retentivas. Então depois que eu fiz o alívio das áreas retentivas caso haja essas áreas, eu isolo meu modelo com 
isolante à basede alginato que é próprio para resina acrílica; posso fazer tanto a técnica laminada quanto a técnica 
fluida; então manipulo a proporção de material (na técnica laminada), faço uma lâmina de resina na fase plástica e 
vou adaptando sobre meu modelo; a primeira adaptação é com o dedo seco, a segunda adaptação é com o dedo 
embebido em monômero; faço a remoção dos excessos com o lecron embebido em monômero e aí está minha base 
de prova. Faltou o cabo? Não, quem tem o cabo é moldeira. Então eu preciso de cabo? Não, porque eu vou colocar 
ainda cera sobre toda essa região da crista do rebordo residual. Então está pronta minha base de prova. 
O que é plano de oclusão? 
 
 
 PLANO DE OCLUSÃO EM DENTADOS 
“Conceito de plano de oclusão” em dentados: é o plano médio estabelecido, pelas superfícies 
incisais e oclusais dos dentes. Geralmente não é um plano, mas representa a curvatura média 
destas superfícies. 
[Comentário do professor]: O plano de oclusão em pacientes dentados é diferente do plano de oclusão de 
pacientes totalmente edentados (sem dentes). Em pacientes dentados é a curvatura média/plano médio 
estabelecido pelas superfícies incisais nos anteriores e oclusais nos dentes posteriores. Nosso plano de oclusão não 
é reto, ele tem uma curva ascendente para a superior. Então esse plano é uma curvatura média entre os dentes. 
Então o plano oclusal em pacientes dentados não é reto, ele é uma curvatura média entre as oclusais posteriores e 
as incisais anteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
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 PLANO DE OCLUSÃO EM DESDENTADOS 
“Conceito de plano de oclusão” em desdentados: é a superfície oclusal do arco de cera definida 
para guiar a disposição dos dentes da prótese. 
[Comentário do professor]: O 
plano de oclusão em pacientes que 
perderam todos os dentes nós que 
vamos decidir qual é esse plano de 
oclusão. O plano de orientação não é 
feito de dois componentes? Sim, a base 
de prova e o plano de cera. A superfície 
oclusal do plano de cera é que vai ser o 
plano de oclusão dos pacientes 
desdentados. Então essa superfície oclusal do plano de cera que vai ser o plano de oclusão de pacientes desdentados. 
Esse plano de cera nós vamos fazer dobrando lâminas de cera 7 de 1cm de largura. Então dobro a lâmina de cera 7 
deixando 1cm de largura na região oclusal. Isso para que possa fazer a oclusão do paciente e depois montar dentes 
sobre essa superfície do plano de cera. Então o que é o plano de cera? 
 
 
PLANO DE CERA 
Definição: referência inicial no desdentado, sujeito a modificações, que permite a reabilitação 
funcional e estética, condizendo com o estado atual do paciente. 
[Comentário do professor]: Então o plano de cera é a referência inicial do paciente edentado, mas que ao 
decorrer do tratamento ele pode ser modificado para que eu reabilite da melhor forma possível o paciente, tanto 
esteticamente como funcionalmente. Eu não posso reabilitar o paciente como se ele tivesse 20 anos sendo que ele 
tem 80. 
 
OBJETIVOS DO PLANO DE CERA 
1) Definir o espaço para montagem dos dentes artificiais; 
2) Registrar e garantir a dimensão vertical e a relação cêntrica; 
3) Registrar a inclinação das curvas de compensação e transversa. 
 
PLANOS DE ORIENTAÇÃO 
Constituído de base de prova e plano de cera, destina-se a 
registrar todos os dados referentes à relação intermaxilar 
necessários à confecção da dentadura. Esse plano, após os 
registros, orienta os passos de confecção da prótese. 
 
 
 
 
 
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AULA 7 
 CURVA DE COMPENSAÇÃO OU CURVA DE SPEE 
Um plano imaginário tangenciando desde a borda incisal do canino, acima das cúspides dos pré-
molares e molares. Essa linha tem uma trajetória ascendente de anterior para posterior, no plano 
sagital. 
 
PLANOS DE ORIENTAÇÃO 
CURVA DE COMPENSAÇÃO 
1) Protrusão: evita o fenômeno de Christensen. 
A disposição das superfícies oclusais dos dentes compensa o afastamento na região posterior 
entre arcos. Na protrusão a forma da cavidade articular caracteriza esse movimento excursivo 
condilar, resultando no chamado fenômeno de Christensen. 
 
 
 
 CURVA TRANSVERSA DE MONSON OU WILSON 
É uma linha imaginária no sentido vestíbulo-lingual traçada sobre o plano oclusal posterior, 
iniciando na cúspide vestibular do molar de um hemi-arco em direção ao hemi-arco oposto, vista 
num plano frontal. 
 
 
 
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FUNÇÕES DA CURVA DE MONSON OU WILSON: 
➢ Resistência a cargas; 
➢ Função mastigatória; 
➢ Lateralidade: possibilita uma oclusão bilateral 
balanceada. 
 
LINHA BI-PUPILAR 
É a linha de referência da face, que passa pelo centro das 
pupilas. 
 
 
OBTENÇÃO DA CURVA DE COMPENSAÇÃO 
LINHA ASA TRAGUS 
É uma linha que passa da borda inferior da asa do nariz à ponta do tragus. 
 
 
PLANO DE CAMPER 
Plano antropométrico (no crânio) que vai do ponto Pório direito e esquerdo à espinha nasal 
anterior. 
**antropométrico = medida no homem 
 
PLANO PROTÉTICO 
Plano determinado pelas linhas aurículo-nasais que é aproximadamente paralelo ao plano de 
oclusão natural. 
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ETAPAS CLÍNICAS PARA AJUSTE DO PLANO DE ORIENTAÇÃO SUPERIOR 
1) AJUSTAR A BASE DE PROVA – ANÁLISE DOS ALÍVIOS DOS FREIOS 
2) ADAPTAÇÃO APÓS AJUSTE DA BASE DE PROVA 
3) AJUSTE LABIAL – AJUSTE DA BASE DE PROVA 
4) AJUSTE DO PLANO DE ORIENTAÇÃO 
Região anterior: 
 Verificar: 
➢ Suporte labial; 
➢ Altura do rolete de cera; 
➢ Paralelismo com a linha bi-pupilar 
5) DETERMINAÇÃO DA ALTURA DO PLANO DE ORIENTAÇÃO – REGIÃO ANTERIOR 
➢ Jovens: 1 a 2 mm abaixo do tubérculo do lábio 
➢ Meia idade: no nível do tubérculo labial. 
➢ Idosos: no nível ou 1 mm acima do tubérculo do lábio. 
 
 
INSTRUMENTOS 
Para os próximos dois ajustes vou precisar da Régua de Fox. 
 
 
 
 
 Régua de Fox. Linha Bi-Pupilar. Plano de Câmper. 
 
 
6) AJUSTE DO PLANO DE ORIENTAÇÃO ANTERIOR PARALELO À LINHA BI-PUPILAR. 
7) AJUSTE DO PLANO DE ORIENTAÇÃO POSTERIOR PARALELO AO PLANO DE CAMPER. 
8) CORREDOR BUCAL: Espaço entre a superfície vestibular dos dentes superiores posteriores 
e a mucosa dos tecidos moles. 
 
 
 
 
Régua de Fox. 
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PRÓTESE TOTAL LABORATORIAL 
NP2 
AULA 8 
 ARTICULADORES 
 
 DEFINIÇÃO 
Aparelho mecânico que representa a articulação temporomandibular e membros maxilares (que 
são maxila e mandíbula), no qual os modelos maxilares e mandibulares podem ser unidos. 
**A parte superiordo articulador que faz a articulação (movimento). 
[Comentário do professor]: Permite que a maxila e a mandíbula sejam unidas. Vou fazer o registro na boca do 
paciente e transferir a maxila e mandíbula, do mesmo, para o articulador. 
Então no articulador, a parte inferior simula a mandíbula e a superior a maxila, e ainda eu tenho a articulação 
tempormandibular. Uma das diferenças do articulador e o sistema estomatognático é que a parte superior do 
articulador se movimenta, enquanto que em nós é a parte inferior, pois quando falamos ou nos alimentamos quem 
se movimenta é a mandíbula. Então a primeira diferença do articulador é que a parte de cima se movimenta. 
Temos três tipos de articuladores: 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTICULADORES 
➢ ANA – Articuladores não ajustáveis; 
➢ ASA – Articuladores semi ajustáveis; 
➢ ATA – Articuladores totalmente ajustáveis. 
[Comentário do professor]: Quais são as características de cada um desses articuladores? 
 
 CARACTERÍSTICAS DESSES ARTICULADORES 
 
ANA 
➢ Charneira e verticulador; 
➢ Única posição reprodutível é máxima intercuspidação (MI); 
➢ Só permite abertura e fechamento. 
[Comentário do professor]: Então os articuladores não ajustáveis são as charneiras ou os verticuladores e a 
única posição que ele reproduz é a de máxima intercuspidação. O que é máxima intercuspidação? Quando o paciente 
oclui. Esse articulador não consegue reproduzir lateralidade nem protrusão. Então a única reprodução é a de máxima 
intercuspidação, ou seja, só faz abertura e fechamento. 
 
 
 
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ASA 
➢ Conseguem reproduzir parcialmente os determinantes da morfologia oclusal; 
[Comentário do professor]: O articulador semi-ajustável reproduz parcialmente os determinantes da morfologia 
oclusal, ou seja, faz lateralidade, faz protrusão, faz abertura e fechamento. Nele nós já temos uma situação mais 
aproximada do que é o sistema estomatognático, com posição de maxila, mandíbula e ATM. 
 
ATA 
➢ Conseguem reproduzir todos os determinantes da morfologia oclusal; 
[Comentário do professor]: O articulador totalmente ajustável reproduz todos os componentes da morfologia 
oclusal. No ATA eu consigo reproduzir todos os movimentos da articulação temporomandibular, e esses movimentos 
a gente consegue reproduzir na sua extensão correta. Então vamos supor: paciente consegue levar a mandíbula para 
a direita 10mm, então o ATA vai reproduzir esses 10mm; paciente consegue chegar a mandíbula para frente 8mm, 
ou seja, protrusão de 8mm, então o ATA vai reproduzir esses 8mm. Então com o articulador totalmente ajustável se 
consegue individualizar todos os movimentos do paciente. Já com o articulador semi-ajustável não, pois a quantidade 
de lateralidade e protrusão é sempre uma só. Se o totalmente ajustável faz tudo isso, porque eu utilizo o semi-
ajustável? Primeiro o semi-ajustável é bem mais barato; segundo, o ATA é muito complexo de utilizar, além de ser 
muito difícil trabalhar com o totalmente ajustável. Então pela complexidade do uso e pelo alto preço, eu utilizo o 
semi-ajustável. Porque? Por que o semi-ajustável já reproduz abertura e fechamento, lateralidade e protrusão e tem 
um preço mais atrativo, e com o que ele faz (semi-ajustável) já conseguimos fazer um tratamento no paciente que 
seja um tratamento de qualidade. 
O não ajustável é mais barato, mas porque eu não o utilizo? Primeiro ele só reproduz abertura e fechamento; 
segundo, o centro de rotação dele é diferente do centro de rotação nosso. Qual que é o nosso centro de rotação? A 
articulação temporomandibular. No articulador não ajustável o centro de rotação seria errado, mais ou menos na 
altura da oclusal. 
Quando nós fazemos uma prótese total ou um tratamento de uma coroa ou uma prótese parcial removível no 
articulador não ajustável, quando eu abro e fecho no articulador a oclusão está correta, mas quando levo na boca do 
paciente a oclusão está toda errada. Porque? Por que o centro de rotação onde foi confeccionada essa prótese é 
diferente do nosso centro de rotação, pois nosso centro de rotação não é no nível oclusal e sim um pouco acima e 
um pouco atrás. Por esse motivo uso o articulador semi-ajustável, pois o centro de rotação está em uma posição 
mais próxima da real, além do seu baixo custo e por sua facilidade de manuseio. 
 
MODELOS DE ESTUDO MONTADOS EM ARTICULADOR 
➢ O sistema neuromuscular do paciente é frequentemente programado para evitar 
determinados padrões de contato; 
➢ Ambiente bucal (saliva, acesso limitado, superfícies brilhantes); 
➢ Podem reproduzir as relações de contatos e movimentos; 
➢ Evitam a influência do sistema neuromuscular; 
➢ Facilitam a avaliação das faces linguais; 
➢ Permitem a execução do enceramento diagnóstico. 
[Comentário do professor]: O sistema neuromuscular é programado para que nós possamos evitar alguns 
padrões de contatos, contatos esses que seriam danosos tanto para a articulação temporomandibular, quanto aos 
músculos e aos dentes. Então vamos supor que você vai e faz uma restauração no paciente e o paciente acha a 
restauração alta e você não pode atendê-lo na mesma semana. Quando ele chega na outra semana para ser atendido 
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irá dizer que a restauração não está mais alta. Porque isso acontece? Quando ocorre esse contato prematuro quando 
a restauração está alta a mandíbula vai fazendo micro-movimentações para evitar que esse contato prematuro possa 
causar algum dano no dente, músculo ou articulação. Então o que acontece: quando você faz uma restauração e ela 
fica alta e você não atende o paciente imediatamente (nesse caso se referindo à restauração de um dente só) a 
mandíbula irá fazer micro-movimentações para evitar que esse contato prematuro cause algum dano, com isso você 
altera todo padrão oclusal do paciente. Então o sistema neuromuscular fará movimentações para evitar que algum 
contato prematuro, algum problema na oclusão, cause dano. Quando vou fazer alguma coisa, vamos supor: eu estou 
montando dentes na prótese total e testando na boca do paciente. Se eu paro de trabalhar hoje e peço para o 
trabalho ser retomado na outra semana, pode ser que nesse meio tempo possa ter havido alguma micro-
movimentação da mandíbula. Então irei provar os dentes na boca do paciente novamente e estará igual a 
montagem? Não. Nesse caso o articulador tem uma grande vantagem, pois se eu parar de trabalhar agora e fizer o 
restante somente na outra semana o padrão oclusal do articulador será o mesmo pois ele não sofre micro-
movimentação (guardar isso). Outra coisa: o ambiente dental dificulta a visualização das faces dentais (da oclusal, da 
vestibular, da lingual/palatina) por que tem a saliva que atrapalha, e o acesso é limitado (só tem acesso pela boca, 
não tendo acesso por trás e nem pela lateral), além das superfícies brilhantes também dificultarem o diagnóstico. 
Então o sistema neuromuscular a todo momento faz micro-movimentações para evitar padrões danosos de oclusão 
e o ambiente bucal é muito difícil para a visualização dos dentes. Quando eu faço a montagem em articulador, 
principalmente no semi-ajustável e totalmente ajustável, eu consigo reproduzir as relações de contato entre a maxila 
e mandíbula e também os movimentos excursivos (que são lateralidade, protrusão) e o movimento cêntrico (que é 
abertura e fechamento). 
O articulador evita a influência do sistemaneuromuscular, ou seja, aquelas micro-movimentações não acontecem 
no articulador por que o articulador é um aparelho, é rígido, então eu não tenho essa alteração do padrão oclusal 
quando estou trabalhando no articulador. Já na boca essa alteração ocorre. 
O articulador ainda facilita a visualização das faces linguais. Quando estamos com a boca fechada há como observar 
a face lingual do paciente? Não. Já no articulador têm como. 
O articulador também permite a execução de enceramento diagnóstico. O que é isso? Vamos supor: o paciente 
perdeu o dente 11 e o 22. Antes de eu começar o tratamento, eu moldo o paciente e mando para o protético. O 
protético vai fazer o enceramento no 11 e no 22 do jeito que vai ficar no futuro, para podermos visualizar como vai 
ficar esse tratamento no futuro. Se estiver tudo certo a gente começa tentando reproduzir aquele enceramento tanto 
no provisório quanto na coroa final. Então esse enceramento para que serve? Para fazermos o diagnóstico a partir 
desse enceramento, ou seja, visualizar como vai ficar o final do tratamento. 
 
 ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO (ANA – ARTICULADOR NÃO AJUSTÁVEL) 
Pode ser usado para estudo 
[Comentário do professor]: Esse enceramento diagnóstico que o protético faz pode ser feito no articulador não 
ajustável por que não irá na boca do paciente, pois só é feito para observar como o dente ficará. 
Voltando aos semi-ajustáveis, temos dois tipos de articuladores semi-ajustáveis: 
 
CLASSIFICAÇÃO DE BERGSTRON PARA OS ARTICULADORES SEMI-AJUSTÁVEIS ASA 
➢ Arcon: As olivas (bolinhas) que representam o côndilo ficam na parte inferior do 
articulador, ou seja, como se estivesse na mandíbula. 
➢ Não Arcon: as olivas ficam no ramo superior do articulador. 
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[Comentário do professor]: Qual a diferença do arcon e não arcon? No arcon as olivas (bolinhas que simulam o 
côndilo) ficam na parte inferior (ramo inferior) do articulador, ou seja, como se ela estivesse na mandíbula mesmo. 
Já no não arcon, as olivas ficam no ramo superior do articulador. 
A diferença entre os dois é praticamente nenhuma, mas deve-se saber para o caso de algum concurso. 
 
 
 
 
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59 
HISTÓRICO 
➢ 1796 – Oclusores de gesso; 
➢ 1899 – Arco facial 
➢ 1964 – Articuladores tipo Whip Mix; 
➢ 1968 – Articuladores totalmente ajustáveis 
[Comentário do professor]: Então, em 1796 foi o ano em que o “avô” do articulador foi criado pelos oclusores 
de gesso. 
Em 1899 foi inventado o arco facial, ele serve para fazer a montagem do modelo superior. 
Em 1964 os articuladores tipo Whip Mix foram criados, que são a partir deles que se desenvolveram os articuladores 
atuais (os semi-ajustáveis). 
E em 1968 os articuladores totalmente ajustáveis foram criados, porém não tiveram muito sucesso comercial. Não 
são muito utilizados pela sua dificuldade de manuseio e seu alto valor. 
**Quando o paciente possui problema de ATM, antes se faz o tratamento da ATM, para depois então se fazer a 
prótese. 
A seguir veremos os componentes do articulador semi-ajustável. 
 
 ARTICULADORES SEMI-AJUSTÁVEIS 
COMPONENTES 
➢ Ramo superior: simula a maxila do paciente 
➢ Pino Incisal: que mantêm a distância entre o ramo superior e o ramo inferior. 
➢ Ramo inferior: simula a mandíbula do paciente. 
➢ Placas de montagem (superior e inferior): vão fixar o modelo de gesso no articulador. 
➢ Corpo: simula o ramo ascendente da mandíbula. 
➢ Olivas: simulam o côndilo da mandíbula. 
[Comentário do professor]: Temos o ramo superior que simula a maxila; o ramo inferior que simula a mandíbula; 
o corpo do articulador que simula o ramo ascendente da mandíbula; temos as placas de montagem, tanto superior 
quanto inferior que vão fixar o modelo de gesso no articulador; temos o pino incisal que mantêm a distância entre o 
ramo superior e inferior; e as olivas que simulam o côndilo da mandíbula. 
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ACESSÓRIOS 
➢ Arco facial: Relator nasal; Garfo. 
➢ Plano de Camper. 
[Comentário do professor]: Para fazer a montagem em articulador eu tenho dois acessórios que eu posso 
utilizar: o arco facial ou o plano de camper. 
Então nós temos o arco facial; o garfo vai na oclusal do paciente (relator da asa, relator nasal). O arco facial não será 
utilizado na faculdade, vamos usar o plano de camper. Tanto o arco facial quanto o plano de camper tem a mesma 
função que é montar o modelo superior em articulador. 
 
 
 
 
 
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AJUSTES NOS ASA 
➢ Inclinação Condilar – 30o 
➢ Distância Intercondilar – 1, 2 ou 3 
➢ Ângulo de Bennet – 15o 
 
 
[Comentário do professor]: Nos articuladores semi-ajustáveis existem três ajustes que nós devemos fazer: 
inclinação condilar, a distância intercondilar e o ângulo de Bennet. 
A inclinação condilar vai ser de 30o; a distância intercondilar tem-se as marcações 1, 2 ou 3, dependendo da distância. 
Se a distância entre os côndilos for menor é 1, se for média é 2 e se for uma distância entre os côndilos maior, será 
3. 
E o ângulo de Bennet eu tenho 15o de inclinação. 
 
INCLINAÇÃO CONDILAR 
Por que tenho essa inclinação: 
➢ Quanto MAIOR a angulação, MAIS altas as cúspides posteriores. 
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[Comentário do professor]: A inclinação condilar vai ser a que representa a iminência articular, que é de 30o. Ou 
seja, essa inclinação vai da iminência articular do paciente, da parede posterior da iminência articular. Tenho o 
côndilo, a fossa articular e a iminência articular. A inclinação condilar tem a ver com a parede posterior da iminência 
articular. 
Porque eu tenho essa inclinação? Quanto maior a angulação da inclinação condilar maior serão as cúspides 
posteriores. Porque eu tenho inclinação condilar de 30o? Nos dentes artificiais tem-se inclinação das cúspides de 33o, 
por isso eu tenho inclinação condilar de 30o no articulador. Quando eu faço protrusão a mandíbula vai reta ou ela 
desce um pouco? Ela desce, por causa da anatomia condilar da fossa articular. Vamos supor que quando eu faço 
protrusão eu tenho inclinação condilar de 30o, então quanto tem que ser a angulação da cúspide dos dentes? 30o. Se 
desce 30o qual o máximo que posso ter? 30o. Mas de 33o (das cúspides) para 30o (da inclinação condilar), como 3o é 
muito pouco não tem problema, pode-se manter 30o. Então, se eu tiver 30o de inclinação meu dente deve ter no 
máximo 30o. Pois se tiver cúspides mais altas com a inclinação maior o que vai acontecer? Quando fizer protrusão, 
se minha inclinação condilar é de 30o e eutiver 60o de inclinação dos dentes, eu vou conseguir fazer a protrusão ou 
vai travar na cúspide? Vai travar na cúspide. 
Porque eu tenho uma inclinação condilar de 30o no articulador que eu deixo e os dentes tem 33o? Por que se eu 
tenho uma inclinação condilar de 60o e meu dente tem 33o tem problema? Não, por que minha mandíbula vai descer 
60o e eu tenho que ultrapassar apenas 33o. Agora... se eu tenho uma inclinação de 30o e meu dente é de 60o vou ter 
problema? Sim, por que vou travar na protrusão. Então por que tenho inclinação de 30o e os dentes 33o? Porque não 
sei a inclinação condilar de cada paciente. Então para privilegiar os pacientes que tem inclinação condilar mais baixa 
eu diminuo a angulação da minha rampa para que todo mundo possa subir, ou seja, diminuo a cúspide do meu dente 
para todo mundo fazer a protrusão sem ter problemas. 
 
DISTÂNCIA INTERCONDILAR 
É a distância entre os côndilos da mandíbula. 
 
 Marcação do ajuste intercondilar 1, 2 e 3 (circulado) 
[Comentário do professor]: Outro ajuste que eu tenho é a distância intercondilar, que vai depender qual a 
distância entre os côndilos. Se a distância entre os côndilos for pequena eu vou colocar as olivas nas perfurações 
mais próximas; se a distância entre os côndilos for média vou colocar nos orifícios médios; e se for grande nos orifícios 
mais distantes. Então 1 é o menor, 2 é o médio e 3 é o maior. Então dependendo da distância das olivas eu utilizarei 
os orifícios menores ou maiores. Isso eu só vou conseguir avaliar quando fizer a montagem com o arco facial. Quando 
colocar o arco facial no paciente, na frente o arco vai mostrar se é 1, 2 ou 3. 
 
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ÂNGULO DE BENNETT 
É de 15o. Cada risco/traço da marcação corresponde a 5o. Ou seja, no primeiro risco é 5o, no 
segundo é 10o e no terceiro 15o. 
[Comentário do professor]: O ângulo de Bennet é de 15o, então eu olho cada risquinho que corresponde a 5o, 
então temos 0o, no primeiro risco 5o, no segundo 10o, e no terceiro risco 15o (observar a imagem abaixo). 
 
Movimento de Bennett 
➢ Quanto MAIOR o movimento de translação lateral MAIS baixas as cúspides posteriores. 
 
Ajuste do ângulo de Bennet. 
 
[Comentário do professor]: Quanto mais baixas as cúspides, mais permite que o paciente faça um movimento 
extenso de lateralidade. Como eu coloco a cúspide baixa (33o) o paciente consegue fazer uma movimentação mais 
extensa daquele que tem uma movimentação menos extensa com cúspides mais altas. O paciente que tem uma 
movimentação menor, ela vai continuar menor e isso não vai influenciar no seu movimento. A gente coloca as 
cúspides baixas para também permitir que o paciente tenha maior movimentação lateral e consiga fazer uma 
extensão adequada. Então o movimento do dente vai depender de duas coisas: do ligamento temporomandibular 
do lado de trabalho das fibras horizontais do ligamento temporomandibular e da distância do côndilo com a parede 
medial da fossa articular. 
**No lado de balanceio vai depender da distância entre o côndilo da parede medial da fossa articular. 
Quando eu faço lateralidade para o lado direito, o lado direito é o lado de trabalho ou o lado de balanceio? Lado de 
trabalho. E o lado esquerdo é o lado de balanceio. Quando eu faço lateralidade para o lado de trabalho existe algum 
tecido duro na parede externa para segurar o côndilo (quando você encaixa a mandíbula no crânio é possível enxergar 
o côndilo inteiramente? Sim)? Não haverá tecido duro. Quem segura o côndilo do lado de trabalho é o ligamento 
temporomandibular. Se esse ligamento temporomandibular for flácido ele permite maior movimentação desse 
côndilo? Permite. Vamos supor agora no lado de balanceio: o côndilo do lado de balanceio se movimenta mais ou 
menos do que o côndilo do lado de trabalho? Mais. Quanto mais distante for o côndilo do lado de balanceio até a 
parede medial da fossa articular do lado de balanceio, maior será também a movimentação lateral. Então quando 
eu tenho as fibras horizontais do ligamento temporomandibular flácidas eu tenho maior distância entre a parede 
medial e o côndilo, com isso a movimentação lateral vai ser maior (lateralidade terá uma extensão maior). 
Então o côndilo do lado de trabalho é chamado de côndilo não orbitante, côndilo de rotação ou côndilo de trabalho. 
O côndilo do lado de balanceio é chamado côndilo orbitante, côndilo de balanceio ou côndilo de não trabalho. 
**Quem movimenta mais é o côndilo do lado de balanceio. 
 Nomes dos côndilos 
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Lado de trabalho: 
➢ Côndilo de rotação; 
➢ Côndilo não orbitante; 
➢ Côndilo de trabalho; 
 
Lado de balanceio 
➢ Côndilo orbitante; 
➢ Côndilo de balanceio; 
➢ Côndilo de não trabalho. 
 
[Comentário do professor]: Nós não temos apenas vantagens quando montamos em articulador os modelos, 
nós também temos algumas limitações e desvantagens: 
 
LIMITAÇÕES PARA ANÁLISE DA REPRODUÇÃO DOS SISTEMAS BIOLÓGICOS 
➢ Limitações dos materiais de moldagem; 
➢ Contração e expansão da amplitude mandibular nos vários movimentos de abertura e 
fechamento; 
➢ Variabilidade da força de registro; 
➢ Estado passivo dos dentes de gesso X ligamento periodontal ativo. 
[Comentário do professor]: Nós temos limitações dos materiais de moldagem, por que dependendo do material 
de moldagem que eu utilizar eu posso não ter tanta reprodução de detalhes; esse material de moldagem pode não 
ter uma boa estabilidade dimensional o que vai alterar meu registro e o trabalho do protético. 
Contração e expansão da amplitude mandibular nos vários movimentos de abertura e fechamento. Então abertura 
e fechamento nem sempre é na mesma amplitude, tem umas que abrem mais e outras que abrem menos, e isso 
interfere também, por que para o articulador a amplitude é sempre a mesma. 
Variabilidade da força de registro. Dependendo da força de registro que o paciente fizer ou que nós imprimirmos na 
boca do paciente, pode haver alguma distorção desse registro. 
E estado passivo dos dentes de gesso versus estado ativo do ligamento periodontal. O que é isso? Quando nós 
ocluimos o dente intrúi levemente dentro do alvéolo por conta do ligamento periodontal. Então tem a movimentação 
dentária vertical. Quando oclui gesso com gesso vai haver essa intrusão, essa movimentação? Não, pois o gesso é 
rígido. Então vamos supor: eu estou fazendo uma coroa em um bloquinho e o protético vai e faz o processo no 
articulador até o ajuste oclusal. Quando ele chega para mim e eu vou fazer o ajuste oclusal, vou olhar no articulador 
e a oclusão vai estar correta. Quando eu levo na boca do paciente e o mesmo morde na hora de fazer o ajuste oclusal, 
a oclusão está diferente. Porque pode estar diferente? Por causa dessa micro-movimentação que ocorre no 
ligamento periodontal que não ocorre no dente de gesso, pois o dente de gesso é rígido. Então quando o paciente 
morde há uma pequena intrusão, mas quando o protético está fazendo o modelo de gesso, essa intrusão não 
acontece. Isso faz com que algumas vezes no articulador esteja tudo certo mas na hora de levar na boca do paciente 
não está do jeito que está no articulador, pois como foi dito, os dentes de gesso não tem a intrusão e a micro-
movimentação. 
Então depois que eu fiz o ajuste do plano de orientação superior,eu tenho que montar no articulador para depois 
ver a dimensão vertical desse paciente, a relação cêntrica, e montar o inferior, ou seja, superior e inferior não são 
montados ao mesmo tempo no articulador. 
**Sequência rápida de ajuste do plano de orientação superior: 
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Para fazer o ajuste do plano de orientação superior eu tenho que primeiro fazer suporte para o lábio para devolver 
o suporte perdido pela perda dentária e reabsorção óssea; depois a altura do modelo de cera; depois o paralelismo 
, ou seja, a orientação do plano com a régua de fox com paralelismo na anterior com a linha bi-pupilar e posterior 
com o plano de camper; depois corredor bucal; depois faço demarcações de linha mediana, linha alta do sorriso e 
linha das comissuras labiais. Então eu marco a linha mediana (linha mediana é onde vai ser iniciada a montagem de 
dentes. É onde vai ficar a mesial dos incisivos centrais), e eu traço essa linha mediana para que a linha média dentária 
fique coincidente com a linha média facial. Marco a linha alta do sorriso: o paciente sorri e eu marco por que isso vai 
dar o comprimento dos incisivos centrais. E linha da comissura labial com o paciente em repouso, onde eu afasto e 
marco de um lado e de outro para ter a distância em curva dos anteriores. Então os anteriores ficam entre as duas 
marcações das comissuras. Então eu venho no articulador semi-ajustável com o plano de camper, coloco o meu 
modelo com o plano de orientação já ajustado e vou colocar gesso entre a placa de montagem e meu modelo 
superior. Então coloco gesso e quando eu tiro o plano de camper, ele fica fixo. Já não ajustei todo superior? Sim, 
então eu já montei. Então agora qual vai ser o ajuste inferior para fazer a montagem? Determinar a dimensão vertical 
e a relação cêntrica. Então primeiro eu monto o modelo superior em articulador depois do ajuste do plano de 
orientação superior e, depois dele pronto (já montado em articulador), vou fazer a dimensão vertical e a relação 
cêntrica e aí sim eu vou montar meu modelo inferior. Então o que é dimensão vertical? 
 
 DIMENSÃO VERTICAL 
Relação intermaxilar tomada como referência vertical para o relacionamento da mandíbula com 
a maxila. 
[Comentário do professor]: Temos duas relações intermaxilares: a relação cêntrica e a dimensão vertical. Como 
o próprio nome já diz, a dimensão vertical é a relação intermaxilar vertical. 
 
 DEFINIÇÃO 
É uma das relações intemaxilares, estabelecida pelo grau de separação entre a mandíbula e a 
maxila, em sentido vertical, sob condições específicas. 
[Comentário do professor]: Então a definição de dimensão vertical é o que? É que ela é uma das relações 
intermaxilares, ou seja, tem duas relações intermaxilares, ela e a relação cêntrica. 
Então a dimensão vertical é uma relação vertical intermaxilar estabelecida entre o grau de separação que eu tenho 
entre a maxila e a mandíbula no sentido vertical, sob condições específicas. Porque? Por que nós temos dimensão 
vertical: quando o paciente está em repouso e quando o paciente está ocluindo. Qual a importância então dessa 
dimensão vertical correta? 
 
IMPORTÂNCIA DA DIMENSÃO VERTICAL CORRETA 
➢ Eficiência funcional; 
➢ Estética facial; 
➢ Posicionamento das ATMs; 
➢ Preservação dos tecidos de suporte; 
➢ Prevenção de fadiga muscular; 
➢ Favorece deglutição e fonética; 
➢ Essencial para a Relação Cêntrica. 
 
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[Comentário do professor]: Então ele melhora a eficiência funcional, ou seja, o paciente mastiga melhor, a 
função do paciente é melhor. Porque? Os músculos estarão no local correto, com isso o paciente poderá ter uma 
força maior para poder fazer uma mastigação melhor de alimentos mais consistentes. 
Melhora a estética facial. Porque? Por que quando o paciente está com a dimensão vertical diminuída (perdeu os 
dentes e não está usando nada) ele fica com a boca murcha e parece mais velho. E se a dimensão vertical está muito 
aumentada, fica muito feio, parece muito artificial. 
Posicionamento das articulações temporomandibulares está correto. Então o paciente tem mais conforto nas ATMs. 
Preservo os tecidos de suporte, por que não vai haver muita compressão em cima dos rebordos residuais. 
Prevenção de fadiga muscular. O músculo tem repouso na hora que precisar estar em repouso e ativo na hora que 
precisa estar ativo. 
Favorece a deglutição e fonética. Paciente que não tem dente ele fala “estranho” por que bate a língua no lábio. 
Pacientes que tem a dimensão vertical muito aumentada, se a distância entre a maxila e mandíbula ficar além do 
correto, ele toca os dentes na hora que fala e fala chiado. Ex: Silvio Santos. 
Essencial para a relação cêntrica. Se eu erro na dimensão vertical eu também com certeza errarei na relação cêntrica. 
Então a dimensão vertical é muito importante para a relação cêntrica. Primeiro determino a dimensão vertical para 
depois determinar a relação cêntrica. 
Quais são os tipos de dimensão vertical que eu tenho? 
 
CONCEITOS – TIPOS DE DIMENSÃO VERTICAL EXISTENTES 
➢ Dimensão Vertical de Repouso (DVR): posição fisiológica de repouso mandibular; 
➢ Dimensão Vertical de Oclusão (DVO): Estabelecida pela PT superior e inferior com dentes 
artificiais em contato. 
➢ Espaço Funcional Livre (EFL). 
EFL = DVR – DVO 
 
 
[Comentário do professor]: Então tenho 3 conceitos que são inter-relacionados, que é a dimensão vertical de 
repouso, dimensão vertical de oclusão e espaço funcional livre. Quando você está na sua casa assistindo televisão 
seus dentes se tocam? Não, pois os dentes estão em repouso nesse momento. Então a distância entre a maxila e 
mandíbula quando o paciente está em repouso é chamada de Dimensão Vertical de Repouso. Eles não podem entrar 
em contato quando o paciente está em repouso. 
Quando ocluimos, ou seja, encostamos os dentes, a distância entre a maxila e a mandíbula é chamada de Dimensão 
Vertical de Oclusão. 
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Quando se está em repouso há um espaço que fica entre os dentes, esse espaço se chama Espaço Funcional Livre. 
Esse espaço varia de 2 a 4 mm. 
Existem alguns fatores que influenciam a postura do paciente e consequentemente influenciam também a 
determinação da dimensão vertical. 
 
FATORES INFLUENTES NA POSIÇÃO POSTURAL 
➢ Estresse/Ansiedade; 
➢ Dor e febre; 
➢ Drogas; 
➢ Sono; 
➢ Posicionamento do corpo e da 
cabeça; 
➢ Distúrbios da ATM. 
[Comentário do professor]: Então estresse e ansiedade podem fazer com que o paciente contraia a musculatura 
do trapézio e jogue o pescoço para frente, e isso influencia negativamente na determinação da dimensão vertical. O 
estresse e ansiedade podem fazer o paciente contrair também os músculos faciais, com isso a dimensão vertical é 
estabelecida de maneira errada. 
Dor e febre. Quando o paciente tem dor e febre geralmente o paciente está mais tenso, mordendo mais forte e tem 
uma força oclusal maior. Com isso, quando for fazer a dimensão vertical às vezes ele fecha mais do que a distância 
correta e a dimensão vertical acaba sendofeita de maneira incorreta. 
Algumas drogas e estimulantes também fazem isso. 
Privação do sono também altera a condição do paciente, alterando consequentemente a dimensão vertical do 
mesmo. 
Posicionamento do corpo e da cabeça: todas as vezes que eu for determinar a dimensão vertical o paciente deve 
estar sentado e nunca deitado, e a cabeça ereta e não inclinada para trás. Por que? Por que quando a cabeça é 
inclinada a mandíbula se desloca para trás. Isso influencia diretamente na determinação da dimensão vertical. 
Alguma alteração da ATM também pode fazer com que eu erre a determinação da dimensão vertical. Então primeiro 
eu trato esse problema na ATM para depois eu fazer o tratamento com a prótese total. 
 
AULA 9 (continuação da aula anterior) 
[Comentário do professor]: Durante a determinação da distância correta entre a maxila e a mandíbula eu posso 
colocar a mais, onde fica aumentada, ou posso colocar uma dimensão menor do que o ideal. E quando ela é menor 
do que o ideal é considerada dimensão vertical diminuída. Quais são os problema gerados quando faço a dimensão 
vertical maior do que o adequado para o paciente? 
 
PROBLEMAS RELACIONADOS À DVO (dimensão vertical oclusal) AUMENTADA; 
➢ Desgaste precoce dos dentes de resina acrílica; 
➢ Maior reabsorção óssea; 
➢ Alterações da mastigação, fonação e deglutição; 
➢ Aparência de sorriso permanente; 
➢ Fadiga muscular, desconforto, dor; 
➢ Danos à ATM. 
➢ Dor ou sensibilidade dos rebordos; 
➢ Diminuição da habilidade mastigatória; 
➢ Tensão nos músculos faciais. 
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[Comentário do professor]: Então vamos supor que a dimensão vertical do paciente é a altura “x”, e ele vai 
mastigar só até x. Quando faço a dimensão vertical maior, quando ele for morder, ele tende a chegar à dimensão 
vertical correta, ou seja, a força gerada sobre os dentes artificiais de resina acrílica é muito grande e esses dentes se 
desgastam mais rápido. Então os dentes vão se desgastar mais rápido, pois o paciente tende a chegar à dimensão 
vertical correta, morde até chegar à dimensão vertical correta, mas os dentes não deixam, pois estou com registro 
da dimensão vertical aumentada. Então quando vai morder e tenta chegar até lá a força sobre os dentes de resina 
acrílica é muito grande. 
Vai ter maior absorção óssea, pois quando tenta chegar à dimensão vertical correta a força oclusal que ele faz é 
maior, e essa força é transmitida pela prótese ao rebordo residual. E quando tiver muita força sobre o rebordo 
residual vou ter reabsorção óssea. 
Vai haver alteração da mastigação: paciente não vai conseguir mastigar direito, vai escapar ar pelos dentes, e para 
deglutir também é difícil, pois a boca estará mais aberta. 
Paciente vai ter aparência de sorriso permanente por que traciona as comissuras labiais e parece que está sorrindo 
o tempo todo. 
Como o músculo fica tencionado, não tem repouso por ter dimensão vertical aumentada. Com isso vai haver fadiga 
muscular que causa desconforto e pode causar dor. Diminui também a eficiência mastigatória. 
Pode haver também danos à ATM por que o côndilo não vai estar em uma posição correta dentro da fossa 
mandibular. 
Pela maior compressão dessa prótese sobre os rebordos vou ter uma sensibilidade do paciente nesses rebordos. 
Como o músculo fica tencionado o tempo todo quando a dimensão vertical está aumentada, vai haver fadiga 
muscular e essa fadiga muscular diminui a eficiência funcional (habilidade mastigatória). 
Eu também tenho problemas quando essa dimensão vertical fica diminuída: 
 
PROBLEMAS RELACIONADOS À DVO DIMINUÍDA 
➢ Rugas e sulcos nasogenianos acentuados; 
➢ Perda do tônus muscular; 
➢ Lesões comissurais; 
➢ Dor na ATM; 
➢ Redução da eficiência mastigatória. 
[Comentário do professor]: As rugas e sulcos nasogenianos ficam aumentados quando a dimensão vertical está 
diminuída. Quando há uma aproximação muito grande da maxila e da mandíbula os tecidos enrugam. O sulco 
nasogeniado e as rugas ficam mais acentuadas dando aparência de envelhecimento. 
Ha perda de tonicidade muscular porque o paciente com DVO diminuída ao mastigar não precisa abrir muito a boca 
para mastigar. Com isso o músculo é utilizado menos, e com isso ele perde força e reduz a eficiência mastigatória por 
conta da perda do tônus muscular. Pode haver lesões comissurais. 
E como o côndilo não está em uma posição correta dentro da fossa mandibular também pode haver dor na ATM. 
Para determinar a DVO eu posso utilizar alguns métodos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DETERMINAÇÃO DA DIMENSÃO VERTICAL DVO 
Métodos que utilizam registros prévios: 
➢ Técnica da máscara facial; 
➢ Método fotográfico; 
➢ Silhueta de perfil; 
➢ Medições faciais; 
➢ Modelos faciais com dentes em oclusão; 
➢ Radiografias de perfil. 
 
[Comentário do professor]: Então posso utilizar métodos que 
utilizam registros prévios. O que é isso? São registros que eu tenho do 
paciente antes da perda dentária. Então tenho técnica da máscara facial, 
método fotográfico quando ele ainda tinha dentes, silhuetas de perfil, 
medições faciais, modelos faciais com dentes em oclusão e radiografias 
de perfil, todos com base em quando o paciente tinha dentes. Só que é 
muito difícil se ter esses registros desse paciente de quando ele tinha 
dentes, pois ele provavelmente já perdeu os dentes há muito tempo. 
Quando o paciente for perdendo os dentes aos poucos eu algumas vezes 
até consigo utilizar os métodos que utilizam registros prévios. Porém, 
praticamente não se utiliza esses métodos quando o paciente chega de 
uma vez sem nenhum dente para fazer uma prótese total, e sim os 
métodos que não utilizam registros prévios, então vou fazer as aferições 
quando paciente chegar. 
 
Métodos que NÃO utilizam registros prévios: 
➢ Fonético; 
➢ Estético (Turrel, 1968); 
➢ Deglutição (Shanahan, 1956); 
➢ Métrico (Pleasure, 1951); 
➢ Proporções faciais (Willis, 1930; Boyanov, 1970). 
[Comentário do professor]: Então os métodos que não utilizam registros prévios são: fonético, estético, 
proporções faciais e deglutição. 
 
 RELAÇÃO DA DVO E DVR 
 DVO = DVR – EFL 
[Comentário do professor]: Então qual é a relação entre dimensão vertical de oclusão, dimensão vertical de 
repouso e espaço funcional livre? Então a dimensão vertical de oclusão é igual a dimensão vertical de repouso menos 
o espaço funcional livre. Como é isso? Quando você está em dimensão vertical de repouso há um espacinho entre os 
dentes chamado de espaço funcional livre. Então tenho DVR, quando eu encosto os dentes eu diminuo a dimensão 
vertical de repouso e obtenho dimensão vertical de oclusão. Se eu estou em repouso é dimensão vertical de repouso, 
mas quando eu ocluo, eliminando o espaço funcional livre, eu tenho a dimensão vertical de oclusão. Então DVO = 
DVR – EFL. 
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**No articulador eu não vou ter dimensão vertical de oclusão. 
Por que o espaço funcional livre é importante? 
 
IMPORTÂNCIA DO EFL (Espaço Funcional Livre) ADEQUADO 
➢ Média de 2 a 4mm; 
➢ Promover relaxamento dos músculos mastigatórios;➢ Prevenir os tecidos de suporte; 
➢ Favorecer estética e deglutição; 
➢ Permitir a obtenção do menor espaço fonético. 
[Comentário do professor]: Nos pacientes o espaço funcional livre 
varia de 2 a 4mm. Então é muito pouco, mas esse pouco já promove 
relaxamento dos músculos mastigatórios. Quando eu tenho dimensão 
vertical de oclusão aumentada, eu não tenho espaço funcional livre, então 
não vou ter relaxamento dos músculos que vão ficar tencionados o tempo 
todo causando fadiga e perda de força muscular e eficiência mastigatória. 
Conserva os tecidos de suporte pois a prótese não vai ficar pressionada o 
tempo todo contra esses tecidos, com isso há menos reabsorção óssea. 
Favorece a deglutição e estética e permite obtenção do menor espaço 
fonético. Todas as vezes que falamos uma letra ou sílaba, a mandíbula se 
aproxima mais ou menos da maxila. Então todas as vezes que falo os 
dentes se aproximam mais ou menos. Quando eu falo palavras com a letra 
“S”, meus dentes chegam mais próximos possíveis uns dos outros, mas 
não se tocam. Esse é o espaço fonético, ou seja, é a distância que tenho 
entre os dentes superiores e inferiores quando eu falo um fonema. Para cada letra ou sílaba eu tenho uma distância 
entre os dentes superiores e inferiores, e esse espaço é chamado de espaço fonético. O menor espaço fonético que 
temos é com “S”, pois se aproxima ao máximo sem se tocar. 
**Não pode haver contato dentário na prótese durante a fala. 
Temos vários métodos para determinar a dimensão vertical. Quando vai se usar um ou outro? Então temos que usar 
critérios para selecionar o método mais adequado para aquele paciente e para o profissional. Quais são esses 
critérios: 
 
CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DO MÉTODO DE OBTENÇÃO DA DV 
➢ Exatidão; 
➢ Reprodução das medidas; 
➢ Adaptabilidade da técnica; 
➢ Complexidade dos aparelhos; 
➢ Tempo para as mensurações; 
➢ Condições psico-físicas do paciente. 
[Comentário do professor]: Para que eu utilize o método, ele tem que ser exato, proporcionar exatidão, ou seja, 
não posso utilizar um método sem exatidão. 
Reprodução das medidas. O que é isso? Se eu tento obter a dimensão vertical do paciente hoje e ela tem por exemplo 
67, daqui a dois meses, quando eu for determinar novamente ela tem que dar 67, ou seja, o método tem que ter 
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reprodução de medidas, porque as vezes durante o tratamento eu tenho que fazer mais de uma vez essa 
determinação da dimensão vertical. 
Adaptabilidade da técnica, ou seja, a técnica que o profissional mais se adaptar para utilizar dentro das possibilidades 
do paciente. Então às vezes eu utilizo alguns métodos que são fáceis para mim e difíceis para outros profissionais. 
Então vou utilizar os métodos que mais me adaptar. 
A complexidade dos aparelhos: quanto menos complexos os aparelhos, melhor, pois são mais fáceis de fazer a 
determinação da DV e isso leva menos tempo. 
Quanto menor o tempo para mensurações também é melhor, pois o paciente fica menos tempo na cadeira, não 
ficando o mesmo tão estressado e ansioso, além de sobrar mais tempo para o profissional atender outros pacientes. 
E as condições psico-físicas do paciente. Então vamos supor que o paciente não tem os terços da face proporcionais, 
aí você não pode utilizar o método das proporções faciais. O paciente está com problema na fala, você não pode 
utilizar o método fonético. Então semestre que vêm serão mostrados como serão feitos cada um dos métodos e será 
visto que dependendo da condição física pode-se ou não utilizar determinado método no paciente. 
Então o que eu fiz até agora? Ajustei plano de orientação superior e montei isso em articulador. Determinei a 
dimensão vertical que é uma das relações intermaxilares e agora vamos determinar a relação cêntrica que é outra 
relação intermaxilar. 
Então a dimensão vertical é o relacionamento vertical entre a maxila e a mandíbula e a relação cêntrica é a relação 
intermaxilar horizontal. 
 
 RELAÇÃO CÊNTRICA 
COMPLEXIDADE = FALTA CONSENSO 
 
TERMINOLOGIA CONCEITOS 
 
MÉTODOS TEORIAS 
DEFINIÇÕES 
 
[Comentário do professor]: A relação cêntrica é o assunto mais complexo na prótese total. Por conta dessa 
complexidade nós não temos um consenso entre todos os autores/pesquisadores/métodos de ensino. Então por 
essa complexidade, eu tenho terminologias diferentes para relação cêntrica, métodos diferentes para determinar 
essa relação cêntrica, teorias diferentes, conceitos e definições. Na faculdade serão abordadas as mais utilizadas 
atualmente. Então, se encontrar alguns dos termos abaixo em livros, estes estão relacionados à relação cêntrica. 
 
TERMINOLOGIA 
➢ Relação central; 
➢ Relação cêntrica; 
➢ Posição de bisagra; 
➢ Relação cêntrica retruída; 
 
➢ Posição de oclusão terminal; 
➢ Posição dorsal; 
➢ Relação cêntrica funcional; 
➢ Posição de repouso. 
[Comentário do professor]: Então se encontrar em qualquer livro alguns dos nomes acima todas estarão 
relacionadas à relação cêntrica. Então qual o conceito, o que é relação cêntrica? 
 
 
 
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 CONCEITOS DE RELAÇÃO CÊNTRICA 
Posição mais superior e mais anterior do côndilo na fossa articular, com os discos devidamente 
interpostos. É uma posição estritamente articular. 
Então quando o côndilo está na posição mais superior e anterior dentro da fossa articular e têm os discos articulares 
entre o côndilo e a fossa articular, isso é chamado relação cêntrica. Então a relação cêntrica é a posição do côndilo 
dentro da fossa articular. E essa posição tem que ser mais anterior e superior e entre o côndilo e a fossa articular eu 
tenho que ter os discos articulares para que não haja o 
contato entre tecido duro (osso com osso). 
Então por ser uma posição do côndilo dentro da 
articulação, dentro da fossa articular, essa é uma posição 
estritamente articular, ou seja, ela não depende dos 
dentes. E se não depende dos dentes, para quem 
trabalha com prótese total é ótimo por que pode-se levar 
o paciente dessa posição para o articulador sem 
depender dos dentes, pois esses pacientes que chegam 
para fazer prótese geralmente chegam sem nenhum 
dente na boca. 
Então por que eu utilizo a relação cêntrica? 
 
POR QUE SE UTILIZA A RELAÇÃO CÊNTRICA? 
➢ É a única relação que pode ser reproduzida durante o tratamento; 
➢ É aceita por todos os pacientes assintomáticos; 
➢ Pacientes reabilitados na RC (relação cêntrica) relatam ser esta uma posição confortável. 
[Comentário do professor]: Então por que eu utilizo a relação cêntrica? Por que essa é a única posição que eu 
consigo reproduzir durante o tratamento. Durante o tratamento eu testo várias vezes a relação cêntrica do paciente. 
Tem que ser uma posição que eu consiga reproduzir. Então vou reproduzir para determinar a relação cêntrica, vou 
reproduzir durante a prova dos dentes de cera, e vou reproduzir o dia que for instalar a prótese total. 
Todos os pacientes que não têm sintomatologia de ATM dolorosa ou disfunção temporomandibular aceitam bem 
essa posição. E os pacientes que foram reabilitados na posição de relação cêntrica relatam que essa posição é uma 
posição mais confortável. Então, além de poder reproduzir essa posição, eu vou deixando o paciente numa posição 
mais confortável para obter mais conforto durante a mastigação e durante a utilização dessa prótese total. 
 
MÉTODOS UTILIZADOS➢ O mais importante é não tentar forçar essa posição; 
➢ Essa posição deve ser obtida com o “consentimento” muscular. Sua obtenção forçada 
resultará em uma posição anteriorizada em relação à RC, como consequência da resposta 
muscular. 
[Comentário do professor]: O método mais importante é não forçar a posição. Quando eu forço a posição o que 
acontece? Toda ação tem uma reação, então se eu forço a mandíbula para trás, o músculo tenderá a trazê-la para 
frente. Então se eu forço a posição vai haver uma resposta muscular onde a musculatura vai empurrar a mandíbula 
para frente, e resultará em uma posição mais anteriorizada da mandíbula e não a relação cêntrica. Então esse método 
tem que ser com “consentimento” muscular, ou seja, sem forçar o músculo. Então para fazer esses registros eu tenho 
que ter alguns requisitos para não errar os registros da relação cêntrica: 
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REGISTROS DA RC 
Requisitos: 
➢ Bases estáveis; 
➢ DVO estabelecida; 
➢ Paciente calmo e relaxado; 
➢ Instruções devem ser dadas de maneira clara e segura; 
➢ Material de registro deve ser macio. 
[Comentário do professor]: Então quais são os requisitos para fazer os registros da relação cêntrica? 
Bases de prova devem estar estáveis, pois se estiverem instáveis a chance de eu registrar uma posição que não seja 
a relação cêntrica é muito grande. 
A DVO já deve estar estabelecida. Então sempre primeiro irei determinar a dimensão vertical para depois levar o 
paciente à relação cêntrica e fazer o registro. Então sempre primeiro DVO por que para conseguir uma RC correta a 
DVO já deve estar estabelecida e correta. 
O paciente deve estar calmo e relaxado, pois se estiver tenso geralmente joga a mandíbula para frente. 
As instruções devem ser dadas de maneira clara e segura, como exemplo: “eu quero que o senhor coloque a língua 
no céu da boca, lá atras”, ou seja, falar em linguagem leiga, pois senão o paciente não entende e fica tenso, e não 
relaxado. 
E o material de registro deve ser macio, no nosso caso é a cera que é macia. 
Quais são os fatores que podem influenciar na hora do registro da RC? 
 
Fatores que influenciam no registro da relação cêntrica: 
➢ Resiliência da fibromucosa; 
➢ Película de saliva; 
➢ Adaptação das bases de prova; 
➢ Pressão aplicada (dificuldade de controle). 
[Comentário do professor]: Os fatores que influenciam são: primeiro a resiliência da fibra mucosa. O que é isso? 
A fibra mucosa pode ser flácida quando ela se movimenta mais que 2mm, pode ser normal quando se movimenta de 
1 a 2mm e pode ser rígida quando se movimenta menos que 1mm. 
Quando ela é flácida a base de prova fica um pouco instável por conta dessa flacidez da fibra mucosa, e isso dificulta 
o registro correto da RC, pois não vou ter uma boa estabilidade da base de prova. A película de saliva que fica entre 
a base de prova e mucosa do paciente também influencia muito. Quando paciente tem a saliva espessa (grossa) 
quando coloco a base de prova em contato com o rebordo ela não deixa que entre em íntimo contato, e essa saliva 
espessa vai ser como se fosse um lubrificante, então a base de prova não fica com muita estabilidade, e isso dificulta 
na hora do registro da RC. 
A adaptação da base de prova tem que ser boa e tem que ser uma base de prova de qualidade para que se adapte 
corretamente aos tecidos da área chapeável. E a pressão aplicada: se coloco muita pressão eu vou estar forçando a 
posição, então o paciente tende a levar a língua para frente. Então tenho que colocar uma pressão onde guio o 
paciente sem forçar a musculatura. Se eu forço a musculatura o paciente joga a mandíbula para a anterior. 
Então quais são as dificuldades que eu tenho durante o registro da relação cêntrica? 
 
 
 
 
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Dificuldades: 
1) Biológicas – falta de coordenação motora do paciente; 
2) Psicológicas – estado de ansiedade e tensão do paciente; 
3) Mecânicas – base de prova sem estabilidade. 
[Comentário do professor]: Biológicas: é mais difícil, pois não consigo controlar a biológica, que é quando o 
paciente tem falha de coordenação motora. Então você faz o implante no paciente e ele morde errado, ou seja, em 
nenhum momento a oclusão dele coincide quando for fazer registro, e isso é muito difícil de corrigir. Por exemplo, 
paciente que sofreu AVC e não mexe o lado direito. 
Psicológicas: paciente fica ansioso, tenso e traciona a mandíbula para a anterior. 
Mecânicas: problemas com a base de prova que não está estável. Uma base de prova de má qualidade vai dificultar 
a relação cêntrica. 
Então quais os métodos que eu poderei utilizar para determinar a relação cêntrica? 
 
Métodos para determinar a relação cêntrica 
➢ Gráficos; 
➢ Fisiológicos 
➢ Guiados – forçados e não forçados; 
➢ Cefalométricos; 
➢ Pelo eixo de rotação; 
➢ Mecânicos. 
[Comentário do professor]: Se usam mais o fisiológico e o guiado. Sempre que eu estabeleço a posição cêntrica 
eu tenho que transferir essa posição para o articulador. Para fazer isso eu vou fazer o registro, vou aquecer grampos 
de metal e unir as bases de prova (bases de orientação superior e inferior). Então coloco 2 grampos de cada lado 
para poder estabilizar e tirar a base superior e inferior unidas da boca para transferir para o articulador. Quando eu 
tiro tenho que ver se há contato das bases de prova (parte de acrílico da base de orientação), pois se houver devo 
desgastar até que não haja mais contato. Faço desgaste, levo novamente à boca e registro de novo na boca do 
paciente a RC. 
Depois que fiz isso pode ocorrer erros nessa fase. Quais erros posso cometer durante registro da relação cêntrica? 
 
ERROS QUE PODEM SER COMETIDOS DURANTE O REGISTRO DA RC 
Erros posicionais: 
➢ Posição do profissional; 
➢ Força de mordida excessiva; 
➢ Pressão vertical excessiva; 
➢ Pressão vertical não equilibrada. 
[Comentário do professor]: Posição profissional: onde o profissional está em uma posição errada. 
Força de mordida excessiva: o paciente morde muito forte e a mandíbula muda de direção, não registrando a RC 
corretamente. 
Pressão vertical excessiva: o profissional faz muita força e o paciente acaba jogando a mandíbula para frente. Pressão 
vertical não equilibrada: pressão desigual na boca do paciente. Mais de um lado do que do outro. Assim o paciente 
joga a mandíbula mais para um lado prejudicando o registro da RC. 
Temos também os erros técnicos durante o registro da RC no paciente. 
 
 
 
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Erros técnicos: 
➢ Problemas nas bases; 
➢ DVO aumentada; 
➢ Erros na técnica. 
[Comentário do professor]: Problemas nas bases: base de prova sem estabilidade. 
DVO aumentada: se estiver aumentada também errarei na hora de fazer o registro da RC. 
Erros na técnica: quando não sigo os métodos para registro de maneira correta. 
Todo erro causa uma consequência no paciente. Quais são elas? 
 
CONSEQUÊNCIA DOS ERROS DURANTE O REGISTRO DA RC 
➢ Trauma nos tecidos de suporte; 
➢ Reabsorção óssea; 
➢ Perda de retenção; 
➢ Desconforto; 
➢ Desequilíbrio na oclusão. 
[Comentário do professor]: Trauma nostecidos de suporte: posso causar lesão causando trauma e maior 
reabsorção óssea no paciente. 
Perda de retenção: perda de retenção pois como há desequilíbrio na oclusão, movimento de um lado para outro, e 
isso causa desconforto ao paciente. 
Deve-se então tentar evitar os erros, seguir as técnicas corretamente e não forçar a posição no paciente. 
Depois que montei o modelo superior em articulador, fiz a dimensão vertical e relação cêntrica, o que vou fazer 
agora? 
Então registrei a posição cêntrica, coloco os grampos e tiro tudo da boca do paciente e levo para o articulador e faço 
a montagem inferior no articulador. Envio para o protético para montar os dentes. 
**Quando o paciente está ocluindo, o côndilo deve estar na posição mais anterior e superior da fossa articular, com 
o disco articular interposto entre o côndilo e a fossa articular. 
 
AULA 10 
 DENTES ARTIFICIAIS EM PRÓTESE TOTAL 
[Comentário do professor]: Para montar os dentes primeiro tenho que conhecer as características de cada 
dente, de cada material que eles são confeccionados. Para selecionar o tamanho do dente uma teoria que temos é 
a teoria da largura da boca. 
 
TEORIA DE SELEÇÃO DE DENTES ARTIFICIAIS 
➢ Teoria da largura da boca: baseia-se nas mensurações executadas na base de registro em 
posição, individualizando as medidas. 
[Comentário do professor]: É a distância entre as comissuras labiais. Onde, por meio da marcação das 
comissuras do paciente em repouso vou medir de uma linha à outra e vou obter a distância em curva entre os caninos. 
Essa é uma das teorias. As outras serão vistas em aulas mais avançadas. 
 
 
 
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VARIAÇÃO DE COR E FORMA 
➢ Variabilidade: tamanho, forma, cor (grupos étnicos). 
[Comentário do professor]: Os dentes naturais têm variedade de tamanho, forma e cor. Cada indivíduo possui 
uma cor ou tamanho de dentes. Na prótese total não temos tanta variabilidade quanto os dentes naturais. A 
quantidade de formas, cores e tamanhos são restritas/limitadas. Isso influencia na prática quando o paciente chega 
com uma foto ao consultório querendo dentes iguais, porém aqueles dentes naturais não se consegue representar 
exatamente através dos artificiais. Então é raro acertar o tamanho, forma e cor de um dente natural. Então nem 
sempre fica da forma que o paciente espera. Então não se deve deixar o paciente com muita expectativa, deve-se 
ser sincero de que não se conseguirá reproduzir 100% igual aos dentes naturais. 
 
VARIAÇÃO DE COR 
➢ Dentes naturais: no próprio dente/de dente para dente/de região para região; 
➢ Sexo influi na cor: Mulheres possuem dentes mais claros que os Homens; 
➢ Fatores locais: café, refrigerante, cigarro, etc.; 
➢ Fatores sistêmicos: flúor, antibióticos, hormônios. 
[Comentário do professor]: Existe variação de cores nos naturais. No mesmo dente posso ter cores distintas, 
geralmente a cervical é mais escura que a coroa, e os caninos geralmente são mais escuros que os incisivos; e os 
posteriores são mais escuros que os anteriores. E essa gama de variações não tenho nos dentes artificiais. 
Os dentes naturais das mulheres são mais claros que dos homens. E ainda alguns fatores locais podem influenciar na 
cor dos dentes, como café; e sistêmicos como hormonais, que podem alterar também a cor dos dentes. 
 
CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE COR 
➢ Idade: quanto mais idoso mais escuro o dente. 
➢ Tez (cor) da pele; 
Obs.: a opinião do paciente e de algum acompanhante é importante; 
Quando o paciente apresenta dente(s) antagonista(s) – cor semelhante. 
[Comentário do professor]: Para selecionar a cor do dente artificial na prótese tenho que levar em consideração 
a idade, quanto mais idoso mais escuro devido a mais exposição como por exemplo o café, pois dente claro em 
paciente idoso a prótese fica muito evidente pois quanto maior a idade mais o dente deve ser escuro; e outro fator 
que devo levar em consideração é a tez (cor) da pele. Então pego 3 cores diferentes de dentes artificiais e vejo as 
que mais se aproxima da cor do dente e coloco perto da pele do paciente. A que menos se destacar é a que eu vou 
utilizar no paciente, pois a prótese não pode chamar muita atenção, tem que ter harmonia com a cor da pele. Se o 
paciente mais moreno quer um dente muito claro deve-se explicar ao paciente que ficará muito artificial, que 
chamará muito a atenção. 
Não pode-se impor opinião também, pois a opinião do paciente deve ser respeitada. Em pacientes que necessitam 
de acompanhante é importante a opinião do acompanhante. Se o paciente perder somente alguns dentes, vamos 
selecionar a cor dos dentes artificiais pela cor dos dentes naturais que ainda restaram na boca do paciente. 
 
FATORES PARA SELEÇÃO DE COR 
➢ Ambiente do consultório odontológico: deve-se ter cores mais neutras/mais claras. Em 
torno das 10hs até em torno de 15hs é a melhor hora para seleção de cor. 
➢ Observador: paciente no nível de seus olhos; 
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➢ Fonte de luz: luz natural. 
[Comentário do professor]: Um ambiente que usamos para selecionar a cor do dente é o consultório. Então não 
posso possuir paredes de cores escuras para não alterar a percepção de cor. A fonte de luz deve ser natural, em torno 
das 10 da manhã é o melhor horário para seleção da cor devido à luz. Se for luz artificial deve-se utilizar fluorescente 
pois alguns tipos de lâmpadas alteram a percepção de cores. 
 
ESCALA DE CORES – DENTIST`S SUPLYE 
➢ 9 cores para dentes nacionais. 
[Comentário do professor]: 9 cores são basicamente os nacionais. Dentes mais caros, importados e de outras 
marcas, possuem maior disponibilidade de cores. 
 
SELEÇÃO DA FORMA DOS DENTES ARTIFICIAIS 
TIPOS DE DENTES -> ANTERIORES 
➢ Pode-se utilizar uma foto antiga para auxiliar na escolha; 
➢ Fixar dois dentes de formas diferentes – lado direito e esquerdo com auxílio de cera. 
[Comentário do professor]: Para seleção dos anteriores, alguns até hoje utilizam uma foto antiga do paciente, 
mas isso é perigoso, pois se o paciente leva uma foto você deve reproduzir os dentes iguais aos da foto, porém os 
dentes artificiais não ficam 100% iguais. 
Para selecionar o formato do dente eu posso fixar em uma lâmina de cera um dente do lado direito e outro do lado 
esquerdo e ver qual se harmoniza melhor ao paciente. 
 
 SELEÇÃO DO RELEVO OCLUSAL 
 RELEVO OCLUSAL -> DENTES POSTERIORES 
Dentes anatômicos: possuem 33o de inclinação das cúspides v-1 em relação ao plano horizontal. 
Semi-anatômicos: quando a inclinação da cúspide é menor que 33o são denominados semi-
anatômicos. 
**Se chamam dentes anatômicos pois se parecem com os naturais. Não existe maior que 33o. 
[Comentário do professor]: Nos dentes posteriores temos que levar em consideração o registro oclusal. Temos 
então os dentes anatômicos, os semi-anatômicos e não-anatômicos. 
São anatômicos por que possuem anatomia parecida com os dentes naturais, possuindo 33º de inclinação das 
cúspides no sentido vestíbulo-lingual. 
E quando o dentes possuem a inclinação menor que 33º são chamados de dentes semi-anatômicos (não tem maior 
que 33º - para facilitar a protrusão e lateralidade). 
Quais são as vantagens então dos dentes anatômicos para os não-anatômicos 
Os semi-anatômicos possuem menos que 33º de inclinação das cúspides. 
 
VANTAGENS DOS DENTES ANATÔMICOS EM RELAÇÃO AOS NÃO ANATÔMICOS 
➢ São mais eficientesna mastigação; 
➢ Podem ser montados em oclusão balanceada bilateral; 
➢ Possuem ponto de oclusão definido; 
➢ São mais estéticos por parecerem mais com os dentes naturais. 
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[Comentário do professor]: Como possuem cúspides são mais eficientes para mastigar pois trituram melhor os 
alimentos. Podem ser montados em oclusão balanceada bilateral. Possuem ponto de oclusão definido, que é uma 
vantagem, porém isso faz com que dificulte também a montagem desses dentes. E por parecerem também como os 
dentes naturais, são mais estéticos. 
 
 RELEVO OCLUSAL -> DENTES POSTERIORES 
Dentes não anatômicos: também denominados dentes funcionais, pois suas formas oclusais 
diferem da anatomia dos dentes naturais. 
**Os não anatômicos não possuem cúspides, são retos. Não são parecidos com os dentes 
naturais. 
[Comentário do professor]: Os dentes não anatômicos não possuem cúspides, são retos. Possuem 0º. Eles não 
se parecem com a anatomia natural. Quais as vantagens em relação aos dentes anatômicos? 
 
VANTAGENS DOS DENTES NÃO-ANATÔMICOS EM RELAÇÃO AOS ANATÔMICOS 
➢ Possuem menor resistência ao deslizamento lateral; 
➢ Favorecem a retenção e a estabilidade; 
➢ Fáceis de serem montados; 
➢ Quando os anatômicos não podem ser balanceados, os não-anatômicos são menos 
traumáticos. 
[Comentário do professor]: Esses dentes produzem menor resistência ao deslizamento lateral, ou seja, como 
não tem cúspides, quando faço lateralidade eles deslizam um sobre o outro. 
Favorecem a retenção e estabilidade pois quando tenho cúspides, durante os movimentos de lateralidade e 
protrusão, tendem a deslocar a prótese, e quando não tenho cúspide isso acaba melhorando a estabilidade. 
E como não tem ponto de oclusão definido são mais fáceis de serem montados. Quando os dentes anatômicos não 
puderem ser montados em oclusão balanceada bilateral, utiliza-se os não-anatômicos. Não haverá tanta eficiência 
mastigatória pois não haverá cúspide. Os não anatômicos ou anatômicos são só os posteriores. 
Paciente que tem problemas de lateralidade e protrusão são recomendados para utilizarem os não-anatômicos. 
 
 SELEÇÃO DA FORMA 
ANTERIORES -> devem satisfazer a estética. 
POSTERIORES -> têm como objetivo atuar na função mastigatória. 
“Ambos devem funcionar em harmonia com o ambiente bucal, e ser anatômica e fisiologicamente 
compatíveis com ele.” 
[Comentário do professor]: Então, na forma, os dentes anteriores devem favorecer a estética e os posteriores 
devem exercer eficiência mastigatória. 
 
 
 
 
 
 
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79 
SELEÇÃO DO MATERIAL 
 DENTES DE RESINA ACRÍLICA 
➢ Maior capacidade de absorver impacto reduzindo a transmissão de forças ao rebordo 
residual; 
➢ Composição: metacrilato de metila – monômero e polímero. 
[Comentário do professor]: Dentes anteriores são mais para estética e posteriores para eficiência mastigatória. 
Os dentes de resina acrílica absorvem parte do impacto das forças mastigatórias; transferem menos força para 
rebordo residual, reduzindo a reabsorção óssea; 
Tenho dois tipos de materiais que os dentes artificiais são confeccionados: resina acrílica e porcelana. Então a 
composição dele é o pó de metacrilato que é muito próximo da composição química da resina que usamos no 
laboratório. 
Quais as vantagens dos dentes de resina acrílica sobre os dentes porcelana? 
 
VANTAGENS DOS DENTES DE RESINA ACRÍLICA EM COMPARAÇÃO AOS DENTES DE 
PORCELANA 
➢ Não há necessidade de elementos mecânicos para retenção; 
➢ Maior facilidade na montagem; 
➢ Não produz ruído quando em contato de oclusão; 
➢ Na demuflagem o perigo de fraturar é reduzido; 
➢ Maior versatilidade tanto nas mudanças de cor e forma – caracterizações; 
➢ Desgaste mínimo para os dentes naturais e próteses opostas, exceto de porcelana; 
➢ Não há necessidade de aumento de espessura – as bordas incisais podem ser mais finas; 
➢ Facilidade nos ajustes oclusais. 
[Comentário do professor]: Como a composição desse dente é muito próxima à composição da resina da base 
da prótese, a união que vai haver é uma união química, então não preciso de elementos mecânicos para união desses 
dentes na prótese total; eles tem maior facilidade de montagem pois são desgastados mais facilmente; não 
produzem ruídos quando em contato oclusal, o que acontece com o de porcelana; na demuflagem, quando for retirar 
da mufla, a chance de fratura é menor, por que tenho materiais quimicamente similares; quando preciso fazer 
mudanças na forma ou cor do dente é mais fácil pois vou desgastar o dente ou acrescentar resina para aumentar a 
forma ou mudar a cor. 
Quando tenho dentes naturais opostos, os dentes de resina acrílica não desgastam os dentes naturais, mas sim os 
naturais desgastam os de resina; 
Não há necessidade de aumento de espessura na incisal por que, na porcelana quando é fina tem perigo de fraturar, 
e na resina isso não tem problema, então o dente de resina pode ser mais fino. E por desgastar menos, os ajustes 
oclusais são mais fáceis. 
Quais são as desvantagens dos dentes de resina acrílica para os de porcelana? 
 
 
 
 
 
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DESVANTAGENS DOS DENTES DE RESINA ACRÍLICA EM COMPARAÇÃO AOS DENTES DE 
PORCELANA 
➢ Instabilidade de forma e cor; 
➢ Perda da dimensão vertical, devido à abrasão funcional; 
➢ Maior cuidado na limpeza e polimento; 
➢ Maior cuidado ao isolar o gesso da mufla, para inclusão da resina acrílica. 
[Comentário do professor]: Então não tem estabilidade de forma e cor. Como ele é desgastado mais fácil, muda 
com facilidade de forma; a cor também vai mudando, quanto mais corante ingerir mais escurece o dente. Escurece 
mais que os de porcelana; Com a oclusão do paciente esses dentes de resina vão se desgastando havendo uma 
redução da dimensão vertical com o tempo; tem que tomar cuidado com a limpeza e polimento para não desgastar 
esse dente de resina acrílica; e quando for isolar o gesso da mufla para colocar resina deve-se ter mais cuidado para 
o isolante não cair na região do dente que vai ficar em contato com a resina da base da prótese, pois se isso acontecer 
esse dente pode se soltar da prótese. 
Outro material que se tem é o dente de porcelana. 
 
 DENTES DE PORCELANA (Combinação de vários minerais). 
➢ Têm como objetivo atuar na função mastigatória; 
➢ Composição: feldspato-sódio e potássio. 
[Comentário do professor]: Tem dureza maior que os de resina acrílica, então tem melhor eficiência 
mastigatória, mas transmite muito mais força para o rebordo residual que o dente de resina acrílica. Quais são as 
vantagens dos dentes de porcelana sobre os de resina acrílica? 
 
VANTAGENS DOS DENTES DE PORCELANA EM COMPARAÇÃO COM OS DENTES DE RESINA 
ACRÍLICA 
➢ O desgaste é clinicamente insignificante durante muito tempo. [Comentário do professor]: 
Com isso não há variação da DV. 
➢ Não há diminuição importante da dimensão vertical; 
➢ Pode ser esculpido e polido, conservando sua forma durante anos. [Comentário do 
professor]: Isso se deve a sua dureza maior que da resina acrílica; 
➢ Permite/facilita reembasamento total daspróteses. O reembasamento é quando coloco 
resina para corrigir a reabsorção óssea; 
➢ Garante estabilidade de cor. [Comentário do professor]: Conserva por mais tempo a cor; 
➢ Torna mais fácil o polimento e a limpeza das próteses. [Comentário do professor]: Torna 
mais fácil por que não corre risco de desgastar tanto os dentes; 
➢ Não requer maiores cuidados no isolamento do gesso na mufla, para inclusão da resina da 
base. [Comentário do professor]: Como não tem união química com a resina da base da prótese, 
quando for isolar o gesso na mufla não tem problema o isolante cair na face do dente que vai ficar em 
contato com a resina da base da prótese. 
Quais são as desvantagens dos dentes de porcelana em comparação aos de resina acrílica? 
 
 
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DESVANTAGENS DOS DENTES DE PORCELANA EM COMPARAÇÃO AOS DE RESINA ACRÍLICA 
➢ Não se adere ao material da base, necessitando de artifícios que os retenham – pinos ou 
orifícios. [Comentário do professor]: Vai ter união mecânica e não química, então preciso de artifícios 
para retenção; 
➢ Perigo de fratura na demuflagem. [Comentário do professor]: Se houver força lateral esse dente 
de porcelana tem mais resistência que a resina da base da prótese, então ele pode rotacionar dentro da 
resina e quebrar; 
➢ Necessidade de aumento de espessura, as bordas incisais devem ser mais grossas. 
[Comentário do professor]: Se a borda incisal for fina há perigo de fratura; 
➢ Maior tempo gasto na caracterização – forno. Maior gasto de tempo para mudança de cor e forma 
pois tenho que aplicar a porcelana com pincel e com líquido e fazer a queima (cinterização) da porcelana no 
forno; 
➢ Dificuldade de adaptação quando espaço maxilo-mandibular for reduzido. [Comentário do 
professor]: Quando tem pouco espaço entre a maxila e a mandíbula tenho que desgastar na cervical desse 
dente para adaptá-lo, e como ele é difícil de desgastar, gera dificuldades; 
➢ Produz ruído em contato oclusal. [Comentário do professor]: O paciente mastiga e produz som 
por que é muito duro; 
➢ Dificuldade no ajuste oclusal. [Comentário do professor]: Pois é muito duro; 
➢ Dificuldade em polir a superfície desgastada e a rugosidade é prejudicial. [Comentário do 
professor]: A broca de baixa rotação não consegue, tenho que usar a de alta rotação. Quando faço ajuste 
oclusal e se não polir essa porcelana ela vai ficar rugosa e ela vai desgastar os dentes naturais, além de gerar 
abrasão; 
➢ Produz abrasão nos dentes naturais opostos. 
 
[Comentário do professor]: Tenho 3 tipos de união dos dentes artificiais com a base da prótese: 
 
TIPOS DE UNIÃO DO DENTE ARTIFICIAL COM A BASE DA PRÓTESE 
➢ UNIÃO QUÍMICA; 
➢ UNIÃO QUÍMICA E MECÂNICA (mais utilizada); 
➢ UNIÃO MECÂNICA. 
[Comentário do professor]: União química: vai ocorrer quando 
utilizar dentes de resina, pois eles são quimicamente similares a resina da 
base da prótese. Então facilitará a união. 
União química e mecânica: quando utilizo dentes de resina já tenho 
retenção química, e quando crio artifícios para a retenção mecânica, 
como orifícios, eu tenho união química e mecânica. Pois a resina da base 
da prótese vai penetrar os orifícios e provocar a retenção mecânica. Então 
terei dois tipos de união. Essa é a técnica mais utilizada hoje. 
União mecânica: quando utilizo dentes de porcelana, por que o dente de 
porcelana não é quimicamente similar à resina da base da prótese, então 
esses dentes de porcelana possuem pinos ou orifícios para a prótese reter 
esses dentes de maneira mecânica. 
Demonstração de união mecânica. 
Notar os pinos. 
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ESTÉTICA EM PRÓTESE TOTAL 
➢ Não há necessidade de harmonizar os pontos de vista entre paciente e profissional; 
➢ Orientar e supervisionar o trabalho do técnico. 
 
UM ARRANJO ESTÉTICO DEPENDE BASICAMENTE DE TRÊS FATORES: 
➢ Posição; 
➢ Forma do arco dental; 
➢ Situação individual de cada paciente. 
➢ Percepção profissional; 
➢ Geometria nas teorias das formas de rosto e dentes. 
 
[Comentário do professor]: Para ter estética em prótese tem que levar em conta a visão do paciente. Porém, 
deve-se orientar o paciente, além de supervisionar o trabalho do técnico ou protético para saber se fez o trabalho 
exatamente como solicitamos. Então o arranjo estético vai depender basicamente de 3 fatores: posição, forma do 
arco dental e situação de cada paciente. 
Posição: posição da montagem de dentes. 
Forma do arco dental, onde se tem três formas: quadrangular onde o arco é mais quadrado, a forma ovóide em 
forma de U e triangular em forma de triângulo. Se for muito quadrado os anteriores aparecem muito. No triangular 
esconde muito os anteriores. O melhor então é em forma ovóide, pois consigo esconder a vestibular dos dentes aos 
poucos. 
E deve-se fazer uma prótese satisfatória para cada paciente. Não posso usar um padrão pois cada paciente é 
diferente. 
Vai depender da percepção do profissional sobre estética; 
E deve-se utilizar a teoria das formas de rosto. Se o rosto do paciente é triangular, o tipo de dentição deve ser 
triangular, etc. Essa teoria diz que o dente deve possuir o mesmo formato da face. 
Deve-se tomar alguns cuidados em algumas diferenças estéticas entre homens e mulheres: 
 
ARRANJO DOS DENTES PARA ESTÉTICA 
SEXO: 
➢ Características que mantenham a identidade; 
➢ Feminilidade: delicadeza de movimentos e linhas, ausência de ângulos vivos, dentes com 
curvas leves e ângulos pouco marcados (Incisivo Central e Incisivo Lateral); 
➢ Masculinidade: vigor, formas cuboides, força, agressividade, ângulos marcados e linhas 
retas e o tamanho do Incisivo Lateral próximo dos Incisivos Centrais. 
[Comentário do professor]: Na questão de gênero existem algumas características que dão identidade. As 
mulheres possuem dentes mais arredondados e delicados. Nos homens tem ângulos menos arredondados. A 
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distância entre a incisal do central e do lateral é maior na mulher que no homem, ou seja, a distância entre a incisal 
do lateral e central é grande. No homem essa distância de tamanho é mais próxima. 
 
IDADE: 
➢ Cor: abrasão, atrição (cervical), restaurações; 
➢ Desgastes: mamelos (dentes serrinha), cúspides. 
[Comentário do professor]: A idade do paciente também é importante. Quanto mais velho geralmente cor mais 
escura e maior abrasão por desgaste. Mamelos é dente serrinha que é causado pelo desgaste. As cúspides também 
ficam mais arredondadas por desgaste. Então não se deve fazer um dente muito jovial para pacientes mais idosos. 
 
ALTURA DO LÁBIO SUPERIOR: 
➢ Alto, médio e baixo. 
[Comentário do professor]: A altura labial é importante. Deve-se ver a linha do sorriso alta, média ou baixa. 
Quando a altura é alta deve se ter mais cuidado, por que a transição do dente para a base da prótese é complicada. 
Se a gengiva aparece muito, não tem como mudar isso, pois é característica do paciente. 
Quando for baixo pode trabalhar com mais facilidade pois as mudanças de cor entre a gengiva artificial (base da 
prótese) e os dentes não é tão perceptível. Já na linha alta e média eu consigo percebermais facilmente. 
 
CORREDOR BUCAL: 
➢ Espaço nas duas extremidades da boca, determinados de “zonas vazias”. 
➢ É variável para cada paciente e determina a posição e inclinação das faces vestibulares, 
principalmente dos Pré-Molares. 
[Comentário do professor]: É o espaço entre os dentes e a mucosa jugal (bochechas). Deve haver esse corredor 
senão os dentes parecerão mais à frente e o paciente vai parecer que tem muitos dentes, aparecendo muito a 
vestibular dos dentes. Quando o corredor é muito grande o paciente parece mais velho do que realmente é, pois o 
corredor esconde muito a vestibular dos dentes. 
 
TRATAMENTO DAS SUPERFÍCIES POLIDAS: 
➢ Aparência natural; 
➢ Ser passível de auto-limpeza; 
➢ Suporte aos tecidos moles; 
➢ Aparência agradável em toda extensão; 
➢ Nuânces de cor que dê naturalidade. 
[Comentário do professor]: Deve-se polir para ter estética dos dentes e da resina da base da prótese. 
Tenho 3 superfícies na prótese: a superfície polida, a oclusal e tecidual. 
A oclusal é a oclusal dos dentes artificiais. A tecidual é a parte interna da prótese em contato com os tecidos do 
paciente. E a parte externa é a polida por que é a única superfície que deve ser dado polimento. O polimento faz 
parte da estética, então tem que ter aparência natural; o paciente deve conseguir limpar a prótese; dar suporte aos 
tecidos moles; aparência agradável e naturalidade de cores na base da prótese, para não só os dentes proporcionem 
estética, mas também a resina da base da prótese. 
 
 
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AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E EDUCAÇÃO DO PACIENTE 
➢ Prévia educação ao paciente para o tipo de composição estética que lhe será 
proporcionado; 
➢ Aceitação da estética se confunde com o grau de entendimento do paciente. 
[Comentário do professor]: Quando a prótese está pronta, a aceitação do paciente é melhor se o dentista falou 
a respeito da diferença entre a prótese e os dentes naturais. Então a explicação ao paciente é muito importante para 
que o paciente entenda e a aceitação da estética seja adequada. 
 
AULA 11 
 MONTAGEM DE DENTES 
São várias as sequências de montagem dos dentes artificiais e todas apresentam vantagens e 
desvantagens. Não há uma que seja melhor que outra. A escolha de uma sequência específica 
está na dependência da filosofia e preferência profissional. 
[Comentário do professor]: Existem várias sequências para montagem dos dentes, mas não há um padrão a ser 
seguido. 
 
[Comentário do professor]: **Para a escolha dos dentes, a linha alta do sorriso, linha das comissuras e a linha 
média vão orientar o início da montagem dos mesmos. 
Para que eu possa montar corretamente os dentes, devo primeiro selecionar um dente de tamanho adequado para 
o paciente. Para selecionar o tamanho vou utilizar as linhas de orientação que são 3: para o tamanho eu vou utilizar 
a linha alta do sorriso, linhas das comissuras e a linha média (que vai orientar o início da montagem). 
Então para a linha alta do sorriso eu peço para o paciente sorrir, venho com o lecron e marco a região do lábio 
superior dele. 
A linha das comissuras com o paciente em repouso eu afasto a comissura e marco essa linha das comissuras. E a linha 
média eu pego um fio dental, passo na linha média facial do paciente, passando pela glabela para a linha média 
dental coincidir com a linha média facial. 
 
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**as medidas sempre em mm. 
[Comentário do professor]: Como a linha alta do sorriso e das comissuras ajudam a selecionar o tamanho ideal 
de dentes? Eu pego uma régua e meço da linha média do sorriso até a extremidade do rolete de cera, e isso vai me 
dar o comprimento do incisivo central superior. 
Pego uma régua e meço entre a linha das comissuras, e essa medida me dá a distância entre os anteriores em curvas, 
por que nas comissuras é onde estão as distais dos caninos. Com essas duas medidas (linha alta do sorriso e linha das 
comissuras) eu vou com uma carta molde (catálogo de dentes que cada marca tem) e vejo o tamanho que é o dente. 
Vou escolher um dente mais próximo das medidas do paciente. 
Para fazer a montagem eu removo uma janela de cera para fazer a montagem. 
A linha média vai orientar onde irá iniciar a montagem dos dentes, já que o primeiro dente a ser montado é o incisivo 
central superior e este deve coincidir com a linha média. 
 
 
 
 Vestibular Oclusal 
IC – incisivo central Reto Vestibular 
IL – incisivo lateral Mesializado Vestibular 
C - canino Mesializado Vestibular 
 
 
 
 
 
 
 
 
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86 
 INCISIVO CENTRAL SUPERIOR 
Borda incisal acompanha a inclinação do rolete de cera. 
[Comentário do professor]: Primeiro dente a ser montado. Pela vista vestibular o dente pode ser reto (nem 
mesializado nem vestibularizado), mesializado (incisal para mesial) ou distalizado. Para uma vista oclusal o dente 
pode ser reto vestibularizado ou lingualizado. 
 
 
 
Quando eu fecho o articulador a incisal do ICS toca no rolete de cera inferior. Olhando por oclusal nós notamos que 
a incisal segue o arco. Deve seguir o arco pois senão o dente pode ficar bicudo (muito para vestibular) ou lingual (fica 
com lábio murcho). Então deve-se seguir o suporte labial. 
 
 
 
 INCISIVO LATERAL SUPERIORÉ o segundo dente a ser montado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[Comentário do professor]: O segundo dente a ser montado é o incisivo lateral superior. Por uma vista vestibular 
ele é mesializado e por uma vista oclusal ele é vestibularizado. Quando fecha-se o articulador, a incisal do ILS não 
toca o rolete de cera inferior. Continua seguindo o arco. 
 
 
 
 
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 CANINO 
É o terceiro dente a ser montado. 
 
 
 
[Comentário do professor]: O próximo a ser montado é o canino. Numa vista vestibular ele é mesializado, e por 
uma vista oclusal ele é vestibularizado também. Deve tocar o rolete de cera inferior. 
Então nos dentes superiores anteriores eu monto primeiro o incisivo central, lateral e canino de um lado, para depois 
montar central, lateral e canino de outro lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 DENTES POSTERIORES 
Para montar os posteriores é preciso ter uma linha guia (no inferior), que passa da linha media 
(centro) da papila piriforme até a região de caninos inferiores. Esta linha coincide com a crista do 
rebordo residual. 
 
 
 
 
 
 
 
[Comentário do professor]: Porque eu traço essa linha? Essa linha coincide com a crista do rebordo residual. 
Quando o paciente tinhadentes, a crista do rebordo residual coincidia com o sulco central do dente na inferior. E 
quem oclui sobre o sulco central inferior? A cúspide palatina do dente superior. Então quando o paciente mastiga 
(com os dentes naturais) onde que incide a maior força? Na crista do rebordo residual. Quando faz-se o rolete de 
cera, essa linha coincide com a linha da crista do rebordo residual. Então quem tem que ocluir nessa linha? A cúspide 
palatina dos dentes superiores posteriores. Então essa linha que eu faço, do centro da papila piriforme até a região 
de caninos inferiores serve como guia de montagem dos superiores posteriores, por que ela coincide com a crista do 
rebordo residual. Nessa linha tem que ocluir a cúspide palatina dos dentes superiores posteriores. 
O primeiro dente montado superior posterior é o primeiro pré-molar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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89 
 PRIMEIRO PRÉ-MOLAR 
Primeiro dente posterior a ser montado. 
 
[Comentário do professor]: Em uma vista vestibular ele é reto, e por uma vista oclusal ele também é reto. Ele 
também deve tocar no rolete de cera inferior, com a cúspide palatina, bem na linha que foi feita. 
 
 SEGUNDO PRÉ-MOLAR 
[Comentário do professor]: O segundo pré-molar é o próximo dente e ele segue as mesmas inclinações do 
primeiro. Ele é reto em uma vista vestibular e reto em uma vista oclusal. 
 
 
 
[Comentário do professor]: A cúspide dele também toca a linha traçada anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR 
Terceiro dente posterior a ser montado 
 
[Comentário do professor]: O próximo dente a ser montado é o primeiro molar superior. Em uma vista vestibular 
ele é distalizado, e por uma vista oclusal ele é vestibularizado. 
 
 SEGUNDO MOLAR SUPERIOR 
Quarto dente posterior a ser montado. 
 
[Comentário do professor]: O segundo molar em uma vista oclusal ele é vestibularizado e em uma vista 
vestibular é distalizado. Os primeiros e segundos molares são distalizados por que existe uma curva, a curva de Spee, 
além da curva de Wilson ou de Monson. Na oclusal deste dente o sulco central segue a mesma linha. 
Então no caso dos posteriores monta-se primeiro e segundo pré-molar e primeiro e segundo molar de um lado, para 
depois montar os mesmos dentes do outro lado. Então só depois se monta o outro lado. 
Quando eu vou montar os inferiores, o primeiro dente a ser montado vai ser o primeiro molar inferior, por que ele é 
chave de oclusão, ou seja, ele que determina a oclusão correta para o paciente. 
 
 
 
 
 
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DENTES INFERIORES 
 PRIMEIRO MOLAR INFERIOR 
É o primeiro dente inferior a ser montado. 
 
[Comentário do professor]: A referência para montar o primeiro molar inferior vai ser a cúspide mésio-vestibular 
do primeiro molar superior. Essa cúspide oclui no sulco vestibular do primeiro molar inferior. Isso determina a relação 
classe I entre a maxila e a mandíbula. 
Então o primeiro molar inferior por uma vista vestibular é mesializado e por uma vista oclusal é lingualizado. Então 
ao invés de montar todos os dentes posteriores de um lado, eu monto somente o primeiro molar inferior de um lado 
e monto o primeiro molar inferior do outro lado (36 e 46). Ele continua seguindo a linha demarcada anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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92 
 SEGUNDO MOLAR 
[Comentário do professor]: O segundo dente inferior a serem montado é segundo molare inferior, que por uma 
vista vestibular é também mesializado, e por uma vista oclusal é lingualizado. 
Então monta-se o segundo molar inferior de um lado e depois do outro lado oposto. 
 
 
 
 
 
 
 SEGUNDO PRÉ MOLAR 
Terceiro dente inferior a montar. 
 
[Comentário do professor]: Os próximos dentes a serem montados são os segundos pré-molares. Por uma vista 
vestibular ele é reto, e por uma vista oclusal ele é lingualizado. 
Os próximos dentes a serem montados serão os anteriores inferiores. 
A linha média dos dentes superiores coincide com a linha média facial, e a linha média dos dentes inferiores deve 
coincidir com a linha média dos dentes superiores. Então traço uma linha para obter a percepção e ver se todos estão 
seguindo a mesma linha média. 
 
 
 
 
 
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 INCISIVO CENTRAL 
Primeiro dente anterior inferior a ser montado. 
[Comentário do professor]: O primeiro dente anterior inferior a ser montado é o incisivo central. Por uma vista 
vestibular ele é reto, e por uma vista oclusal é vestibularizado. 
 
 
 INCISIVO LATERAL 
Segundo dente anterior inferior a ser montado. 
[Comentário do professor]: Os próximos a serem montados são os incisivos laterais inferiores. Monto primeiro 
de um lado, para depois montar do outro lado. Por uma vista vestibular ele é reto, e por uma vista oclusal ele também 
é reto. 
 
 
 
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 CANINO 
Terceiro dente anterior inferior a ser montado. 
[Comentário do professor]: O último dente anterior montado é o canino inferior. Por uma vista vestibular ele é 
mesializado, e por uma vista oclusal ele é lingualizado. 
 
 
[Comentário do professor]: Falta ainda o primeiro pré-molar inferior. Ainda falta ele pelo seguinte fato: tem-se 
uma pequena quantidade/variedade de modelos de dentes artificiais. Vamos supor que eu escolhi um dente (A23 e 
seus correspondentes). Se eu tenho um paciente com uma discrepância muito pequena de arco eu vou ter um mesmo 
tipo de dente. Então, às vezes o arco de uma pessoa é maior que de outra. Com isso, em determinados casos, um 
arco menor falta espaço para montagem de todos os dentes. Assim, existem alguns procedimentos para sanar a falta 
ou sobra de espaço. Quando sobra espaço tem-se os procedimentos abaixo. 
 
 PRIMEIRO PRÉ-MOLAR 
Último dente inferior a ser montado. 
 
[Comentário do professor]: Em uma vista vestibular ele é reto, e por uma vista oclusal ele é lingualizado. 
**No arco superior é mais possível sobrar do que faltar espaço. 
**No arco superior se faltar espaço, geralmente se monta apenas até o primeiro molar. Se sobrar espaço é por que 
escolheu o modelo de dente errado. 
 
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PROBLEMAS DE ESPAÇO PARA O 1O PMI (SOBRA ESPAÇO) 
➢ Aumento da sobre-mordida horizontal e vertical dos anteriores; 
➢ Diastemas entre os incisivos inferiores; 
➢ Diastema entre o 1o PMI e canino; 
➢ Utilizar cinco incisivos inferiores; 
➢ Utilizar dentes maiores na bateria anterior inferior. 
 
[Comentário do professor]: Sobre-mordida vertical (Overbite): a distância existente entre a incisal do dente 
superior e a incisal do dente inferior é chamada de sobre-mordida vertical, trespasse vertical ou overbite. 
Sobre-mordida horizontal (Overjet): a distância existente entre a palatina do dente superior e a vestibular do dente 
inferior é chamada de sobre-mordida horizontal ou trespasse horizontal ou overjet. 
Geralmente a discrepância de overbite e overjet é de 1mm. Diminuir o overjet é muito complicado pois os dentes já 
estão muito próximos. 
 
PROBLEMAS DE ESPAÇO PARA O 1O PMI (FALTA ESPAÇO) 
➢ Diminuição da sobre-mordida horizontal e vertical dos anteriores; 
➢ Apinhamento dos dentes anteriores inferiores; 
➢ Desgaste da mesial do 1o PMI ou distal do canino; 
➢ Utilizar três incisivos inferiores; 
➢ Utilizar dentes menores na bateria anterior inferior. 
 
[Comentário do professor]: Quando sobra espaço: entre os dentes eu tenho que aumentar o overjet. Quando 
eu aumento o overjet eu chego todos os dentes inferiores anteriores para posterior, e isso diminui o espaço que eu 
tenho entre a distal do canino e a mesial do segundo pré-molar. Quando faço isso faz-se o espaço do tamanho certo 
para montagem do primeiro pré-molar (último dente a ser montado). Se aumento o overjet e não aumento a 
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overbite, fica espaço entre os dentes, então tenho que aumentar os dois, pois parecerá que o paciente tem um 
espaço muito grande entre os dentes. 
Outra maneira de corrigir o espaço na boca do paciente para montagem dos dentes é aumentar os espaços entre os 
dentes (diastemas), mas isso pode acumular alimentos, além de não ser muito estético. 
Quando falta espaço: ao invés de aumentar o overbite e overjet, vou diminuir o overjet, ou seja, vou aproximar os 
dentes anteriores inferiores dos dentes anteriores superiores para criar espaço lá atrás. Quando se diminui o overjet 
também se diminui o overbite para facilitar a protrusão do paciente. 
Pode-se também apinhar os dentes anteriores inferiores; desgatar a mesial do primeiro pré-molar inferior ou distal 
do canino, e não acarreta problema se o desgaste for mínimo; utilizar 3 incisivos inferiores, o que deixa a aparência 
feia; ou ainda utilizar dentes menores na inferior. As mais utilizadas são o desgaste do primeiro pré-molar e distal do 
canino e a diminuição da overjet e overbite e utilizar dentes menores na parte inferior. 
Depois que monto os dentes tenho que fazer escultura da cera para que não pareça uma prótese, mas sim dentes 
naturais: 
 
 ESCULTURA E ENCERAMENTO 
“Fase clínico-laboratorial onde através 
da cera ou outro material plástico será 
dado a forma e inclinação adequadas e 
definitivas às superfícies externas da 
prótese.” 
[Comentário do professor]: Depois que se 
faz a montagem deve-se fazer a escultura e 
enceramento. A parte gengival da prótese deve 
estar muito bem desenhada para se ter uma 
boa estética da prótese total. 
Então esse enceramento é uma fase clínico-
laboratorial por que o protético vai fazer o 
enceramento e a escultura no laboratório, mas 
quando vamos provar essa escultura na boca 
do paciente a mesma pode precisar de 
modificações. Então geralmente se utiliza cera 
para fazer a escultura. 
Qual o objetivo para se fazer a escultura? 
 
 OBJETIVO PARA SE FAZER A ESCULTURA 
Visa restabelecer um contorno anatômico e funcional em cera da superfície polida da prótese, 
que será mantido após prensagem da mesma em resina. 
“Não existem regras definidas para a escultura de bases de prova.” 
[Comentário do professor]: Vou dar anatomia correta para essa região. Essa escultura não deve atrapalhar a 
funcionalidade do paciente. 
O que for esculpido na cera vai ser reproduzido na resina da base da prótese. 
Há uma sequência de procedimentos, mas não há regras para a escultura pois cada paciente é diferente do outro. 
Quais as características dessa escultura? 
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CARACTERÍSTICAS DA ESCULTURA 
➢ Papilas devem ter contorno convexo e arredondado, pois se for côncavo vai acumular 
alimentos.; 
➢ Preencher todo o espaço entre os dentes, para evitar o acúmulo de alimentos e ter uma 
melhor estética; 
➢ Estética favorável, mais parecido com o natural; 
➢ Evitar acúmulo de resíduos alimentares; 
➢ Imitar o contorno anatômico natural, com isso se terá uma estética mais adequada; 
➢ Não interferir negativamente nos movimentos musculares (lábios, língua, bochecha) por 
que isso causa desconforto ao paciente e desloca a prótese total; 
➢ Promover suporte de lábios, ou seja, manter o suporte labial estabelecido quando se fizer 
o ajuste do plano de orientação superior; 
➢ Não alterar a fonética. 
 
 DEFINIÇÃO DOS COLOS 
 
[Comentário do professor]: O primeiro passo da escultura é a definição dos colos dos dentes. Venho geralmente 
com a espátula 7 e lecron com 45º de inclinação de superior para inferior nos dentes superiores (de cima para baixo) 
e nos dentes inferiores de inferior para superior (de baixo para cima) e defino a altura dos colos, pois antes era tudo 
cera sobre os dentes. 
Notar que deve-se fazer o contorno das raízes, e isso deve ser reproduzido na reprodução anatômica. Como vou fazer 
isso? Vou marcar com o lecron (parte cortante) vários chapéus sobre os dentes (dependendo da raiz do dente), onde 
por exemplo a raiz do canino é a maior. Pego o lecron e escavo (com a parte da concha) entre os chapéus marcados, 
para fazer a raiz desse dente. 
Depois devo deixar a gengiva com aspecto saudável (aspecto de casca de laranja). Então utilizo uma escova de dente 
e passo na região. 
 
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[Comentário do professor]: Depois que se faz a escultura, deve-se levar essa base de prova com os dentes 
montados e com a escultura pronta à boca do paciente. Não posso mandar acrilizar antes de provar e ver se ficaram 
adequadas para o paciente. 
O que se deve verificar durante a prova clínica? 
 
PROVA CLÍNICA 
➢ Verificar a disposição dos dentes, para ver se foram montados corretamente. 
➢ Verificar contorno e suporte de lábios, se o suporte labial não foi perdido durante a 
montagem dos dentes; 
➢ Verificar retenção e estabilidade; 
➢ Análise da fonética, para ver se a escultura e os dentes estão alterando a fonética do 
paciente; 
➢ Análise da função mastigatória. Pode-se usar carbono para ver se a oclusão está correta; 
➢ Aprovação do paciente.O paciente deve ver o rosto todo em um espelho para ver se 
aprova a prótese. 
 
[Comentário do professor]: Há uma escultura chamada escultura funcional, que geralmente é feita para prótese 
total inferior. Como ela se baseia? 
 
ESCULTURA FUNCIONAL (geralmente para prótese total inferior) 
➢ Determina espessura, contorno e forma da superfície polida da prótese; 
➢ Funcionalmente compatível com a ação muscular, pois são os músculos que vão fazer essa 
escultura. Se for compatível com a ação muscular, quando o paciente falar ou comer, a 
musculatura da estibular e da lingual tenderão a não deslocarem a prótese; 
➢ Efetuada em 1 ou 2 etapas. Posso fazer primeiro a vestibular e depois a lingual, ou posso 
fazer a vestibular e lingual ao mesmo tempo; 
➢ Executada com as duas bases (com os dentes já montados) em posição; 
➢ Pasta de óxido de zinco e eugenol. Vou utilizar a pasta zinco-enólica para fazer essa 
escultura funcional. 
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[Comentário do professor]: Como faço isso? Está lá a base de prova com os dentes montados, vou passar 
vaselina nos dentes inferiores mas não vou passar vaselina na superfície polida da superfície da prótese; posso 
vaselinar também nos dentes superiores, por que caso caia a pasta zinco-enólica sobre os dentes, fica difícil para 
remover sem vaselina; Manipulo uma porção de pasta zinco-enólica e vou colocar tanto na vestibular quanto na 
lingual; Levo em posição a base de prova inferior (a superior já está em posição), e o paciente irá morder e fazer 
movimentos na bochecha, língua, tudo isso com os dentes ocluídos. Quando removo da boca do paciente a 
musculatura já moldou tanto a região vestibular quanto lingual, ou seja, o músculo mostrou até onde a prótese pode 
ir na lingual e vestibular para que esse músculo não desloque essa prótese durante a função. 
Foi dito que é bom vaselinar os dentes superiores, por que às vezes o material de moldagem cai nos dentes 
superiores. Então deve-se limpar a base de prova direito para mandar para o protético e a partir daí o protético faz 
a acrilização em mufla da prótese total. 
 
AULA 12 
INCLUSÃO 
“Somente com a realização de uma inclusão adequada das bases das próteses totais é que será 
possível realizar-se de maneira satisfatória os passos laboratoriais subsequentes.” 
[Comentário do professor]: Agora vamos fazer a acrilização, mas antes temos que incluir esse modelo em 
mufla. 
 
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[Comentário do professor]: A inclusão é importante pois é o primeiro passo laboratorial para obtermos a prótese 
total final. Se não fizermos essa inclusão adequadamente, os próximos passos dessa fase laboratorial, que são a 
eliminação da cera e a prensagem da resina acrílica, não irão acontecer de maneira satisfatória. E dependendo do 
erro posso perder toda prótese. Então devem ser seguidos corretamente os passos. Devemos evitar falhas na 
inclusão, que podem ser: 
 
FALHAS NA INCLUSÃO 
➢ Isolamento exagerado da mufla; 
➢ Proporcionamento incorreto de gesso; 
➢ Bolhas no gesso; 
➢ Isolamento deficiente entre as camadas de gesso; 
➢ Assentamento mufla/contra-mufla; 
➢ Excesso de resina acrílica; 
➢ Ausência de prensagem de prova; 
➢ Ausência de canais de escape para a resina. 
[Comentário do professor]: Porque se isola a mufla? Vou vazar gesso dentro da mufla, quando removo a prótese 
tenho que remover o gesso que também estava na mufla para poder incluir outra prótese. Então, eu isolo para o 
gesso sair mais facilmente, mas se isolo exageradamente pode haver deslocamento do modelo dentro da mufla e 
acarreta erro durante a prensagem. 
Pode haver gesso residual na mufla e isso será reproduzido na prótese e irá se perder a prótese. 
Se não isolo bem a camada de gesso, essa camada se une ao gesso da mufla e depois não se consegue abrir a mufla 
para fazer os passos subsequentes. 
Assentamento da mufla com a contra mufla: vai ser posta uma parte metálica sobre a outra e tem que estar bem 
assentado, pois se houver gesso entre a mufla e a contra-mufla pode entrar água durante a polimerização. E se essa 
água entra em contato com a resina ela não reage corretamente. 
Excesso de resina acrílica pode deformar a prótese. Para evitar isso tenho que fazer canais de escape, são canais por 
onde escoa o excesso de resina acrílica. 
Ausência da prensagem de prova: deve-se fazer uma prensagem antes da prensagem final, para ver se realmente 
tudo dentro da mufla está preenchido com resina acrílica. 
A primeira parte da inclusão vai consistir em incluir o modelo com os dentes montados, em cera já esculpida, na 
parte inferior da mufla, chamada base da mufla: 
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INCLUSÃO DO MODELO NA PARTE INFERIOR DA MUFLA 
➢ Vedamento periférico; 
➢ Posicionamento do modelo na mufla; 
➢ Isolamento das paredes internas da mufla; 
➢ Isolamento do modelo; 
➢ Utilização de gesso comum; 
➢ Não deve existir excesso de gesso sobre as partes metálicas da mufla; 
➢ Incluir o modelo sem que o gesso de inclusão invada a área de selado periférico. 
 
“Se o modelo tiver algum tipo de inclinação, tanto no sentido ântero-posterior, como no sentido 
látero-lateral, quando incluído na parte inferior da mufla, as forças resultantes durante as fases 
subsequentes poderão causar movimentação de dentes.” 
[Comentário do professor]: Então a primeira coisa que faço antes de 
colocar o modelo dentro da mufla é fazer o vedamento periférico (colocar cera 
entre a base de prova e o selado periférico do modelo). Isso para evitar que 
durante a inclusão penetre gesso entre minha base de prova e o modelo. Se 
penetrar gesso entre a base de prova e o modelo haverá alteração da 
moldagem feita e a borda da prótese vai ficar com erro e não vai dar retenção. 
Depois posiciono o modelo na mufla para ver se a base da mufla é do tamanho 
adequado. 
Isolo as paredes da base da mufla com vaselina, para quando remover esse gesso ele sair facilmente e eu poder 
colocar outro modelo posteriormente na mufla. 
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Passo vaselina também no modelo de gesso; posiciono o modelo e vou utilizar o gesso comum para vazar. E está 
pronta a primeira etapa. 
 
ISOLAMENTO DO GESSO 
➢ Isolamento do gesso (com vaselina ou cera 7); 
➢ Canais de escape (canais por onde escapam a resina acrílica). 
[Comentário do professor]: Quando coloco o modelo na base da mufla não pode haver gesso na parte metálica 
da mufla pois a contra-mufla irá por cima. Se houver gesso a contra-mufla não assenta adequadamente e entra água 
durante a acrilização e a resina não reage corretamente. 
Com o vedamento periférico eu evito ou diminuo a chance de que penetre gesso na região de selado periférico e 
altere a borda da prótese. Se alterar a borda da prótese não haverá selamento periférico. 
Quando incluir o modelo na parte inferior da muflaele não pode ter nenhuma inclinação ântero-posterior ou látero-
lateral, por que esse modelo vai ser prensado e pode haver deslocamento do material e dos dentes. Então tenta-se 
não deixar inclinação. 
Depois de incluir o modelo na base e o gesso reagir, antes de vazar outro gesso por cima, eu vou isolar o gesso já 
vazado, pois o gesso de cima não pode entrar em contato com o gesso de baixo, pois haverá união química e 
dificultará separar as duas partes de gesso depois. Vou isolar esse gesso com vaselina ou com cera 7 (passo por cima 
de todo gesso da base da mufla). 
Depois que isolo, pego a cera 7 e faço alguns rolinhos e confecciono os canais de escape para o excesso de resina 
acrílica poder escoar. 
 
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[Comentário do professor]: Depois que inclui o modelo na mufla, isolei o modelo de gesso e fiz os canais de 
escape, chegou a hora de fazer o assentamento da contra-mufla sobre a base da mufla. 
 
ASSENTAMENTO DA CONTRA-MUFLA 
➢ Verificação do perfeito assentamento das partes metálicas da mufla e contra-mufla; 
➢ Verificação do posicionamento do modelo; 
➢ Isolamento das paredes internas da contra-mufla; 
[Comentário do professor]: Devo verificar se a contra-mufla se adapta sobre a base da mufla (não 
pode haver espaço). Depois, antes de vazar o gesso por cima, vou verificar o posicionamento do 
modelo para ver se os dentes artificiais não ultrapassam a parede da contra-mufla, pois não deve 
haver contato da tampa com os dentes, pois isso acabará por deslocar os mesmos. 
Depois isolo as paredes internas da contra-mufla. Depois do isolamento eu tenho que vazar um 
novo gesso sobre o modelo de gesso já com os dentes montados em cera na base da mufla. A 
contra-mufla está sobre a base da mufla, então eu venho e vazo gesso sobre todo esse conjunto. 
 
VAZAMENTO DO GESSO 
➢ Vazamento do gesso na contra-mufla; 
➢ Exposição das pontas de cúspides; 
➢ Isolamento do gesso com vaselina; 
➢ Preencher por completo a mufla e tampar; 
➢ Prensagem (usa-se pressão de 500kg e espera-se o gesso reagir). 
**Foi utilizada a técnica de 3 camadas 
 
[Comentário do professor]: Notar que no vazamento, inicialmente, não se preenche completamente a contra-
mufla ainda. Depois que faço o vazamento nessa contra-mufla eu exponho a ponta das cúspides, por que depois que 
a resina for polimerizada e eu vou remover a prótese, é melhor visualizar onde estão as pontas das cúspides para 
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não bater o martelo de quebrar gesso e acabar quebrando o modelo. Se eu sei onde está a prótese o risco de fraturar 
a prótese na demuflagem é menor. 
Espero o gesso reagir e vaselino o gesso que está na contra-mufla, termino de encher e coloco a tampa da mufla. 
 
 
 
[Comentário do professor]: Então eu usei uma camada na base na mufla, uma camada na contra-mufla até 
expor as cúspides e mais uma camada para tampar. Então aqui foi utilizada a técnica de 3 camadas de gesso. 
Depois que preencho, o gesso expande quando reage, então levo esse conjunto na prensa hidráulica e coloco 
compressão de 500 kg e espero o gesso reagir para evitar a expansão do gesso. 
Independente do material utilizado para prensagem, eles devem ter as seguintes características: 
 
 
MATERIAL DE INCLUSÃO 
➢ Deve impedir movimentações dentárias tanto durante a inclusão, como nas fases 
subsequentes; 
➢ Deve permitir uma demuflagem simples e segura (demuflagem é a remoção da prótese já 
pronta de dentro da mufla). 
[Comentário do professor]: Os materiais devem impedir a movimentação dentária, principalmente na fase de 
prensagem onde vou colocar 1,250 ton; e deve permitir a demuflagem (remoção da prótese já pronta de dentro da 
mufla) de forma simples e segura, sem risco de fraturar. 
Existem algumas técnicas para fazer a inclusão dos dentes montados em cera na mufla: 
 
TÉCNICA DE INCLUSÃO 
➢ Duas camadas de gesso; 
➢ Três camadas de gesso; 
➢ Muralha de gesso; 
➢ Muralha de silicone; 
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[Comentário do professor]: Técnica de duas camadas de 
gesso: coloco o modelo na mufla, coloco gesso na base, espero 
reagir e já preencho toda contra-mufla até a tampa e fecho a 
mufla. Duas camadas (da base e da contra-mufla). 
Técnica das três camadas de gesso onde há o gesso da base da 
mufla, uma camada na contra-mufla até expor as cúspides dos 
dentes e depois termino de preencher a contra-mufla. 
Existe ainda a muralha de gesso e a muralha de silicone: somente 
sobre os dentes montados eu vou montar uma muralha. É a 
mesma técnica para os dois materiais (gesso e silicone). 
 
Quais os materiais então que utilizo para fazer a inclusão? 
 
 MATERIAL DE INCLUSÃO 
Outro tipo de gesso pode ser usado na contra-mufla, mas na base da mufla será SEMPRE utilizado 
gesso comum. 
➢ GESSO COMUM 
- Resistência insuficiente para suportar prensagem; 
- Facilita movimentação dos dentes; 
- Alterações na oclusão. 
[Comentário do professor]: O gesso comum possui propriedades mecânicas inferiores, com isso tem resistência 
insuficiente para prensagem. Como tem baixa resistência possibilita a movimentação dos dentes durante a 
prensagem e altera a oclusão da prótese do paciente. Então não se utiliza mais. 
➢ GESSO PEDRA 
- Base mais resistente para os dentes; 
- Demuflagem mais trabalhosa. 
[Comentário do professor]: O gesso pedra diminui a chance de haver a movimentação dos dentes, mas a 
resistência é muito grande e é difícil remover da base da mufla. 
 
➢ SILICONA 
- Técnica simples e rápida; 
- Facilidade na demuflagem; 
- Lisura na superfície polida da prótese em resina; 
- Material elástico. 
[Comentário do professor]: A silicona também pode ser usada para fazer essa inclusão. Ela é mais simples e mais 
rápida de fazer. Quando fazer demuflagem é mais fácil pois vou rasgando/cortando o silicone. Proporciona maior 
lisura superficial diminuindo o polimento necessário depois. Além de ser um material elástico. 
 
 
 
 
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GESSO X SILICONA 
➢ Não foi encontrada diferença estatisticamente significante em relação a alteração vertical; 
➢ Ambas as técnicas apresentam alterações no posicionamento dos dentes. 
[Comentário do professor]: Então independente de utilizar gesso ou silicone, uma pequena movimentação 
dentária sempre ocorre, mas essas movimentações não são suficientes para alterar a dimensão vertical do paciente. 
Como são pequenas as movimentações, posso utilizar tanto um material quanto o outro. O que vai determinar o uso 
de cada um? A facilidade da utilização. 
Depois que se faz a inclusão tem que levar a mufla para fazer a prensagem da resina acrílica, e para prensar a resina 
acrílica eu tenho que polimerizar a resina. 
 
 TÉCNICAS DE POLIMERIZAÇÃO 
[Comentário do professor]: Para polimerizar eu devo saber primeiramente o que é a polimerização:POLIMERIZAÇÃO 
“Ocorre através de uma série de reações químicas, pelas quais a macromolécula ou polímero é 
formado por um grande número de moléculas conhecidas como monômeros.” 
**Monômero = uma parte 
**Polímero = várias partes. O polímero deve ter dupla ligação. 
 
[Comentário do professor]: A polimerização é quando ocorre reações químicas que formam um polímero. O pó 
do polímero possui vários dímeros. Quando se joga o monômero dentro do polímero, as reações que são estáveis 
nos dímeros passam a ficar instáveis pois o monômero desestabiliza essas reações. Então vamos supor que o 
monômero precisa ter duas ligações estáveis. Quando jogo o monômero dentro do polímero ele desestabiliza as 
reações das ligações, abrindo braços ligantes para receber mais ligantes. Ou seja, quando se joga o monômero no 
meio do polímero ele quebra uma ligação abrindo vaga para mais ligações nos monômeros. Assim os vários dímeros 
formarão um polímero. 
 
Existem dois tipos de polimerização: por condensação e por adição: 
 
 POLIMERIZAÇÃO 
TIPOS 
➢ Por condensação -> forma subprodutos (H2O, CO2). Ex.: Silicona, polissulfeto. 
➢ Por adição -> A estrutura do monômero se repete. Não forma subproduto. Ex.: Silicona 
por adição, poliéter e resina acrílica. 
[Comentário do professor]: Por condensação: além do produto que eu espero obter forma-se outro produto 
que não serve para nada (subproduto). Então a reação não é uma reação pura. Diz-se reação pura quando entram 
dois reagentes e sai um produto somente. 
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Por adição: os dois reagentes se unem e há uma adição de um ao outro. Então tudo que sai no final da reação é tudo 
que espero, não há subprodutos. 
Quais são os métodos de processamento para os diferentes tipos de resinas ativas ou por calor, luz ou quimicamente 
ativadas? 
 
 MÉTODOS DE PROCESSAMENTO 
ATIVAÇÃO RESINA TÉCNICA DE 
PROCESSAMENTO 
 Úmido (H2O) 
CALOR Seco 
 Microondas 
 
TERMO 
COMPRESSÃO 
INJEÇÃO 
QUÍMICA AUTO COMPRESSÃO 
RESINA FLUIDA 
LUZ VISÍVEL FOTO ADIÇÃO E ESCULTURA 
[Comentário do professor]: Por calor são três tipos de ativação: 
➢ Úmido que é o banho de água; 
➢ Calor seco 
➢ Ou calor de forno/microondas 
A resina ativada por calor é chamada de termoativada ou termopolimerizável. Se não houver calor essa reação não 
ocorre. Pode-se utilizar como método de processamento a compressão da resina para depois leva-la ao calor, ou 
injeção, onde injeto calor na resina e depois coloco no molde. 
 
A resina quimicamente ativada, ou seja, que não precisa de fator externo para ativar a polimerização, basta misturar 
(pó e líquido / ou duas pastas), por que na composição já há agente ativador. Por isso é chamada de autoativada ou 
autopolimerizável. Posso utilizar resina fluida como técnica de processamento ou também a técnica de compressão. 
 
Resina fotoativada: tem-se ativação ainda pela luz visível, a fotoativada ou fotopolimerizável, onde tem-se a adição 
e escultura. Coloca-se resina e depois se esculpe. 
Porém, para resina da base da prótese nós teremos a resina termopolimerizável onde posso ter compressão ou 
injeção. A técnica mais utilizada é a técnica compressiva. 
 
TÉCNICA COMPRESSIVA (a mais utilizada) 
➢ Técnica mais utilizada; 
➢ Resina acrílica termo ou autopolimerizada; 
➢ Polimerização: 
- Calor seco (estufa, forno) 
- Calor úmido (banho d`água) 
- Microondas 
Posso utilizar a resina acrílica termopolimerizável ou autopolimerizável, mas aqui nesse caso, para prensar a resina 
da base da prótese, é utilizada a termopolimerizável. Depois que eu comprimo essa resina eu vou levar ao calor para 
ativar a polimerização, por calor seco (forno ou estufa), calor úmido (banho de água) ou calor por micro-ondas. 
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**A termopolimerizável é mais resistente, possuindo propriedades mecânicas melhores, apresentando menos 
porosidade. 
 
ELIMINAÇÃO DA CERA 
➢ MUFLA METÁLICA (feita de latão) 
Mergulhar a mufla em água em ebulição por um tempo mínimo de 5 minutos para que ocorra o 
derretimento da cera. 
 
➢ MUFLA DE MICROONDAS 
Colocar a mufla no microondas e aquecer por 1 minuto na potência máxima. O material dessa 
mufla de microondas é um tipo de acrílico/plástico mais resistente. 
Não posso utilizar uma mufla metálica no microondas por que a energia do microondas vai 
queimar o magneto do microondas ao bater no metal. 
 
 REMOÇÃO DA BASE DE PROVA 
Abrir a mufla e em seguida remover a base-de-prova. Assim que remover a mufla eu tenho que 
remover a base de prova, o acrílico da base de orientação. 
 
 ELIMINAÇÃO DA CERA 
Eliminar o restante de cera com água fervente até que não permaneça nenhum vestígio, e em 
seguida lavar as duas partes da mufla com uma escova utilizando detergente para desengordurá-
las. 
**Se a mufla ficar em água fervente muito tempo, ela queima. Por isso não precisa deixar mais 
que 5 minutos. 
 
 
 
 
 
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 ISOLAMENTO DO GESSO 
Com a mufla ainda quente aplicar o isolante de resina acrílica em toda a superfície de gesso. 
Cuidado para não isolar os dentes 
 
 
 
 PRENSAGEM DE PROVA DA RESINA ACRÍLICA 
É uma prensagem antes da prensagem final. É de 500 kg. 
 
 PRENSAGEM FINAL 
1,250 tonelada na mufla metálica, e na plástica 1,0 tonelada, pois o plástico não resiste acima de 
1,0 tonelada. Nessa prensagem a resina fica dentro da mufla por 30 minutos. 
 
 
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 PRENSAGEM FINAL DA RESINA ACRÍLICA 
Aguardar um período de 30 minutos, para: 
➢ Acomodação total da resina no interior do molde de gesso ou de silicone; 
➢ Agregação adequada do monômero ao polímero da resina acrílica. 
 
CICLOS DE POLIMERIZÇÃO 
➢ Úmido, de banho de água (o mais utilizado). Utiliza ciclos diferentes: o longo, curto e 
intermediário; 
➢ Seco, estufas ou fornos; 
➢ E o calor de microondas, método mais atual. 
 
CALOR POR BANHO DE ÁGUA 
➢ Ciclo longo: utiliza baixas temperaturas, entre 70o e 74o C, sem ebulição no final, em um 
período de tempo maior, cerca de 7 a 12 horas. Fica tempo maior pois a temperatura é 
baixa. Se deixar pouco tempo não polimeriza direito a resina. 
➢ Ciclo curto: utiliza temperaturas mais altas, com ebulição no final, em um período curto 
de tempo, no máximo 3hs. Como as temperaturas são altas tenho que deixar menos 
tempo pois senão a temperatura vai causar danos aos dentes e a resina. 
➢ Ciclo intermediário: são ciclos que utilizam temperaturas que variam, das baixas (70o – 
74O C) às altas (100o C). Podem ser também curtos ou longos. Temperaturas baixas no 
início e altas no final. O tempo de temperatura alta é menor que do ciclo curto e a 
temperatura baixa é menor que do ciclo longo. 
 
BANHO DE ÁGUA – POROSIDADES 
Ciclo intermediário: 
➢ 70o a 80o C por 1 hora, elevando-sea 100o C. É o ciclo que produz as menores porosidades. 
 
CALOR POR MICROONDAS 
➢ São ondas eletromagnéticas produzidas por um gerador chamado magnetron; 
➢ Elimina a necessidade de se transferir o calor do forno ou água quente à resina através da 
mufla, do gesso de inclusão e do modelo. 
**É um meio mais rápido, pois a transferência de calor é muito rápida. As microondas agem 
diretamente sobre a resina. Como o calor vai direto para a resina tem-se um menor tempo de 
polimerização, de em torno de 20 minutos. 
 
VANTAGENS DA RESINA ACRÍLICA DE MICROONDAS SOBRE A CONVENCIONAL 
➢ Maior velocidade de polimerização; 
➢ Facilidade de processamento; 
➢ Limpeza da técnica; 
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➢ Elevação de calor uniforme, pois vai diretamente sobre a resina acrílica.; 
➢ Uso do forno doméstico. 
 
CONCLUSÃO 
1) Independente da técnica utilizada, as resinas acrílicas sofrem distorções após sua 
polimerização, devido à contração de polimerização própria do material. Não são 
distorções que vão atrapalhar ou prejudicar a prótese, pois as distorções são pequenas. 
2) A imersão em água após a polimerização compensa em parte a contração de 
polimerização, mas não totalmente. A resina continua polimerizando após a primeira 
polimerização, chamada contração pós-polimerização. Então deve-se imergir em água 
para diminuir também essa distorção pós polimerização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROVA PRÁTICA 
 
Para que servem as áreas de alívio? Para aliviar áreas que não podem receber esforços 
mastigatórios pois são sensíveis e possuem terminações nervosas, podendo causar dor ao 
paciente. 
 
 
 
 
 
 
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ESPÁTULA 7 
 
 
ESPÁTULA 24 
 
 
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ESPÁTULA 36 
 
 
ESPÁTULA 70 
 
 
ESPÁTULA PARA GESSO 
 
 
 
 
 
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ESPÁTULA THOMPSON 
 
 
FACA PARA GESSO 
 
 
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GRAU DE BORRACHA 
 
 
LAMPARINA A ÁLCOOL 
 
 
 
 
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LAMPARINA DE CHAMA HORIZONTAL OU HANNAU 
 
 
LECRON 
 
 
PEÇA RETA 
 
 
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9 
 
MAXICUT MINICUT 
 
 
BROCAS PARA POLIMENTO 
 
 
MONÔMERO E POLÍMERO PARA RESINA ACRÍLICA 
 
 
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POTE DAPPEN 
 
 
POTE PALADON 
 
 
ARCO FACIAL 
 
 
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ARTICULADOR SEMI-AJUSTÁVEL ARCON 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 
ARTICULADOR SEMI-AJUSTÁVEL NÃO ARCON 
 
 
DIMENSÃO VERTICAL 
DE REPOUSO DE OCLUSÃO 
 
 
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3 
PLANO DE CÂMPER 
Utilizado para montagem do plano de orientação superior em articulador. Simula a linha de 
oclusão. 
 
 
 
PLANO DE ORIENTAÇÃO DE CERA 
 
 
 
RESINA ACRÍLICA 
 
 
 
 
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12
4 
ISOLANTE A BASE DE ALGINATO (para resina acrílica) 
Pois vaselina altera as propriedades da resina acrílica. Então deve-se utilizar isolante à base de 
alginato sobre o modelo de gesso quando for trabalhar com resina acrílica. 
 
 
ALGUMAS FASES DA RESINA ACRÍLICA

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